Fichamento de O Príncipe.docx

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COLGIO SANTA TERESINHA

Fichamento do livroO PRNCIPE de Nicolau Maquiavel

CARINE CAVALHEIRO 06WERTON MURAWSKI 12THAIN DA COSTA MARTIN 31JLIA MACHADO

Turma 221Lus AlexandreSociologia

Campo Bom, agosto de 2012.

Nicolau Maquiavelao magnfico Loureno de Mdici

Os que desejam obter o favor de um prncipe costumam, por via de regra, apresentar-se-lhe com aquilo que mais caro lhes ou julgam mais agradar a ele. (MAQUIAVEL, 2007, p.27)

COMENTRIO:Esta regra pode ser aplicada inversamente no mundo de hoje, em vez de o prncipe ser agradado, o povo que recebe o presente, claro que no sendo o bem mais precioso do prncipe, somente algo que agrade. O prncipe em questo um poltico tentando subir ao poder, que por meio de presentes e promessas pede ao povo em troca o voto e apoio.

Querendo eu, pois, comparecer ante Vossa Magnificncia com algum testemunho da minha submisso, no encontrei entre meus haveres coisas que mais ame ou estime do que o conhecimento das aes dos grandes homens, aprendido graas a uma longa experincia dos fatos modernos e a um estudo incessante dos antigos;(MAQUIAVEL, 2007, p.27) As duas escolas dos grandes homens.(CRISTINA DA SUCIA in MAQUIAVEL, 2007, p.27)

COMENTRIO:O livro rene conhecimentos que Maquiavel adquiriu na observao do seu prprio tempo, do momento histrico em que viveu, mas tambm de feitos antigos, de grandes governantes, que utilizou como exemplo em todas as partes do livro. Segundo Rainha Cristina, essas so as escolas dos grandes homens, aqueles que renem grande conhecimento.

(...) tais conhecimentos, aps os ter eu longa e diligentemente examinado, ponderando e, agora, resumido num pequeno volume, aqui lhos mando.(MAQUIAVEL, 2007, p.27)

COMENTRIO:Maquiavel encontra uma forma de agradar o seu soberano, Loureno de Mdici e lhe presenteia com o exemplar de O Prncipe dedicado a ele. Como se pde saber anteriormente, o presente a um prncipe vem com a inteno de pedir um favor ao mesmo e Maquiavel pensava exatamente nisso.(...) da mesma forma, para bem conhecermos a ndole dos povos mister sermos prncipes, e para conhecermos bem a dos prncipes precisamos ser do povo.(MAQUIAVEL, 2007, p.28)

COMENTRIO:Algum que do povo, para saber como ser governante e porque algumas decises so tomadas, precisa se colocar em seu lugar, assim conhecer realmente aquele que o governa e ao povo que pertence. Ocorre tambm o inverso, o prncipe s ir ver com clareza as suas aes e o impacto delas se estiver posicionado no lugar de seu povo, assim saber o que realmente acontece e o que se deve mudar.

IDe quantas espcies so os principadose de que modo se adquirem

Os principados so ou hereditrios, quando a estirpe do seu senhor desde longo tempo os rege, ou novos. Estes, ou so totalmente novos, (...) ou so como membros acrescidos ao estado hereditrio do prncipe que os adquire.(MAQUIAVEL, 2007, p.31)

COMENTRIO:Principados novos que se refere so aqueles que no seguem mais o padro hereditrio de uma linhagem antiga no governo, ou seja, de alguma forma foi conquistado por um novo governante que o torna, ou totalmente renovado, ou mesclado, com antigos comandantes e novos.Pode-se dizer que na poltica atual isso se aplica, mas de uma maneira diferente, onde o governo hereditrio um determinado partido que est h tempos no poder. Com uma nova eleio, outro partido entra no governo e o torna ou totalmente novo, ou ainda divide poder com o antigo partido.

IIOs principados hereditrios

Nos estados hereditrios e acostumados a ver reinar a famlia do seu prncipe, h dificuldades muito menores para mant-los, do que nos novos; porque basta apenas conservar neles a ordem estabelecida por seus antepassados, e em seguida contemporizar com os acontecimentos. Desta maneira, se o prncipe de habilidade normal, manter-se- sempre no seu estado (...).(MAQUIAVEL, 2007, p. 33 e 34)

COMENTRIO:Um povo acostumado com uma tradio regida por um governante hereditrio mais fcil de ser comandado, o nico dever do comandante conseguir encaixar a tradio com as evolues que ocorrem no tempo, pois assim, deixar o povo contente e poder governar em paz.

(...) a menos que uma fora extraordinria e muito superior venha arrancar-lho das mos; e ainda neste caso tornar a recuper-lo, seja qual for o grau de poderio do usurpador.(MAQUIAVEL, 2007, p.34)

COMENTRIO:Maquiavel diz que o prncipe retoma o poder no importando o poderio daquele que o tomou, mas se aquele que toma o poder tem bons aliados e competncia (virt) dificilmente ser tirado do mesmo, ainda mais se mostrar ao povo algo novo que melhorea vida de todos, como ocorre no presente, em disputas polticas. Entretanto, para se manter no poder necessrio cumprir as promessas feitas, ou pelo menos as mais importantes.

IIIOs principados mistos

, porm no principado novo que esto as dificuldades. Em primeiro lugar, se ele no for inteiramente novo, mas uma espcie de membro que no seu conjunto se pode chamar quase misto, as suas perturbaes nascem de uma dificuldade natural, peculiar a todos os principados novos. que os homens gostam de mudar de senhor, julgando melhorar, e esta crena os induz a pegar em armas contra quem os governa: crena ilusria, pois mais tarde a experincia lhes mostram que pioram.(MAQUIAVEL, 2007, p.37)

COMENTRIO:Em um governo misto existem homens que apiam o seu governante e aqueles que no esto ao seu lado, assim os que no se contentam tendem a querer mudar o seu governante, pois sempre pensam que pode ser melhor. H outro caso em que um candidato ao governo induz os homens a lhe apoiarem, prometendo algo melhor do que eles j tm, mas a experincia mostra que promessas demais tendem a no serem cumpridas.

E deve-se ter presente que, ainda quando disponhamos de exrcitos fortssimos, sempre nos indispensvel o favor dos habitantes de uma provncia para entrar nesta(MAQUIAVEL, 2007, p.38)

COMENTRIO:Em eleies de qualquer tipo, porm justas, h partidos que possuem mais poder econmico e vrios representantes. Entretanto, para chegar a algum cargo poltico, o candidato no depende principalmente disso, mas sim do voto do povo e de seu apoio.

Os estados que ao se adquirirem vo aumentar um estado antigo do adquirente, ou pertencem mesma provncia e falam a mesma lngua, ou no (...).(MAQUIAVEL, 2007, p.39)

Quem adquire tais territrios, desejando conserv-los, deve tomar em considerao duas cosias: uma, que a estirpe do seu antigo prncipe desaparea; a outra, no alterar suas leis, nem os seus impostos. Assim, dentro de brevssimo tempo formam um corpo s com o principado vizinho.(MAQUIAVEL, 2007, p.40)

COMENTRIO:Quando se conquista um local que possui uma tradio semelhante ao do novo governante mais fcil de ser cuidado, porm para evitar qualquer confronto e aborrecimento preciso eliminar por inteiro a linhagem do antigo prncipe, pois assim no haver algum que reivindique o trono. Outro cuidado a ser tomado de no alterar a tradio que o povo est acostumado a seguir, pois novas leis podem aborrecer os habitantes locais.

Mas se adquirem estados em uma provncia de lngua, costumes e instituies diversas, a que comeam as dificuldades e que se faz necessrio ter fortuna propcia e grande indstria para conserv-los. Um dos melhores e mais eficaz meios de tornar mais segura e duradoura a posse seria, em tal caso, ir o adquirente neles residir.(MAQUIAVEL, 2007, p.40)

que, estando no principado, vimos nascerem as desordens e podemos prontamente dar-lhes remdio; no estando, vimos a conhec-las quando j tomaram vulto e no h mais como atalh-las.(MAQUIAVEL, 2007, p.41)

(...) os sditos ficam satisfeitos com poderem recorrer ao prncipeque lhes est prximo, e tm maior motivo para am-lo (...).(MAQUIAVEL, 2007, p.41)

COMENTRIO:Quando se conquista um lugar com muitas diferenas difcil entend-lo por no estar acostumado aquela cultura, preciso ento ter sorte (fortuna) para administr-lo e necessrio estar por perto para ficar de olho em eventuais conflitos, assim podendo ser logo desfeitos, afim de no causarem grande estrago. Outro motivo de permanecer no local para garantir um povo fiel, pois com o governante perto deles, o povo se sente seguro e passa a ador-lo cada vez mais.

O outro meio igualmente eficaz consiste em mandar colonizar algumas regies que sejam como chaves do novo estado. No se fazendo isto ser foroso manter muita gente armada e infantes.(MAQUIAVEL, 2007, p.41)

COMENTRIO:H outro meio de ter sob controle e conservar o seu governo sem necessariamente estar presente l. Se for enviado um pessoal de confiana para se misturar com os antigos homens que l se encontram como ter os olhos no meio destes. Assim, alm de serem cuidados, os homens podem ser influenciados a aceitarem o novo governante, deste modo evitando conflitos. importante no ser revelada a inteno do pessoal enviado, caso contrrio a percepo da estratgia, far os homens recuarem e ser mais difcil o governo.

Note-se que os homens devem ser bem tratados ou ento aniquilados, pois se vingam das ofensas leves, mas no podem faz-lo mais graves. Por conseguinte a ofensa que se faz ao homem deve ser tal, que o impossibilite de se vingar.(MAQUIAVEL, 2007, p.42)

COMENTRIO:Quando se faz uma ofensa pequena, que no diminua o poder do indivduo, ele ainda ter as condies necessrias para rebat-la, mas quando a ofensa causada a ele tal, que lhe tira todo o poderio e toda sua influncia, levando-o a total falncia ou econmica, ou espiritual, no h recursos para a vingana.

Nunca lhes agradou o dito que os sbios de nossos tempos repetem constantemente: gozar o benefcio do tempo; preferiram, ao contrrio, o conselho da sua virtude [virt] e prudncia, pois o tempo impele tudo para a frente, e pode trazer consigo tanto o bem como o mal, e tanto o mal como o bem.(MAQUIAVEL, 2007, p.47)

COMENTRIO:Neste caso, no se confia na fortuna e sim na virtude, ou seja, nos conhecimentos e habilidades que possui o governante, pois sabe que o futuro incerto e talvez venha uma derrota iminente. Portanto, melhor prevenir do que remediar, como o caso de um governante escolher declarar guerra a uma nao e no a outra, por confiar mais nos seus conhecimentos estratgicos do que no desconhecido.

Querer conquistar realmente coisa muito natural e comum, e todas as vezes que o faam os homens que o podem, sero disso louvados e no condenados. Mas quando no podem e querem faz-lo seja como for, a h erro e cabe censura.(MAQUIAVEL, 2007, p.50)

COMENTRIO:No se deve fazer algo imprudente confiando na fortuna, se o governante no tem a virtude necessria acabar batendo de frente com uma barreira. Se tiver um poder muito grande em suas mos e no souber administr-lo corretamente, no se deve us-lo aos montes para todos os lados, sem a devida precauo e estratgia. Temos como exemplo a invaso de um estado vizinho sem necessidade, ou seja, uma guerra sem objetivo.

(...) ningum deve jamais deixar surgir uma desordem para evitar uma guerra; porque no a evita, mas a difere com desvantagem prpria. (MAQUIAVEL, 2007, p.51)

COMENTRIO:No se deve abrir mo de seu poderio para tentar evitar conflitos, porque s vai aumentar o poder daquele que est contra o seu governo. Nem deve distribu-lo em mos de diversos, pois estes mesmos diversos podem se unir e lhe atacar, ou seja, s cria uma confuso diferente da que teria criado originalmente.

IVPor que motivo o reino de Dario, que foi ocupado por Alexandre, no se rebelou contra os sucessores do macednio, aps a sua morte

(...) os principados dos quais se tem memria foram governados de duas formas distintas: ou por um prncipe, de quem todos os demais so servidores que, como ministros por graa e concesso sua, o ajudam a governar aquele reino; ou por um prncipe, e por bares cujos ttulos nobres derivam da sua ascendncia e no da graa do senhor, bares estes com estados e sditos prprios, que os reconhecem por amos e lhes dedicam natural afeio.(MAQUIAVEL, 2007, p.53-54)

COMENTRIO:No primeiro caso as pessoas dedicam afeio somente ao seu governante, assim aqueles que trabalham para ele so meros funcionrios, que no tem importncia afetiva para o povo. No segundo caso, o governante no tem o amor de seu povo mirado a ele, mas sim aos seus funcionrios que governam h tempos, tendo assim, os mesmos, a gratido e respeito do povo que rege. Portanto, se o governante tentar de alguma forma prejudicar um de seus funcionrios, h perigo desta parcela de sditos virar-se contra ele. Em concluso no primeiro caso o governo mais unido por ter um ponto central de afeio, j no segundo h uma diviso ligada gratido do povo para com o funcionrio do governante.

(...) em primeiro lugar, sendo todos escravos do monarca, a ele presos por deveres de gratido, mais difcil se torna corromp-los; em segundo lugar, ainda quando seja possvel corromp-los, pouca utilidade resultar da, visto no poderem eles, pelas razes expostas, arrastar consigo a populao.(MAQUIAVEL, 2007, p.55)

COMENTRIO:Quando um governante bom com o seu povo, deste recebe a fidelidade e a gratido, mesmo que sejam corrompidos pelas ideias de algum candidato rival, ainda esto presos a honra de cumprir com suas dvidas de gratido perante seu governante. Portanto, no vlido tentar adentrar em um governo onde no ter a fidelidade do povo.

VComo se devem governar as cidades ou principados que, antes de serem ocupados, se regiam por leis prprias

Quando se conquista um pas acostumado a viver com as prprias leis em liberdade trs maneiras h de proceder para conserv-lo: ou destru-lo; ou ir nele morar; ou deix-lo viver com as suas leis, exigindo-lhe um tributo e estabelecendo nele um governo de poucas pessoas que o mantenham fiel ao conquistador.(MAQUIAVEL, 2007, p.59)

COMENTRIO:Um estado acostumado a viver livre com suas prprias leis no se submete a um governante que tenta escraviz-los, a pode acontecer rebelies e protestos, o que torna o governo cansativo e fcil de ser destrudo. Um meio seguro ir nele residir, pois assim a liberdade pode ser controlada at o ponto que no interfira nas intenes do governante e haver possibilidade de introduzir algumas novas leis. Entretanto, uma forma de no ter aborrecimento com o estado, isto , quando se deseja t-lo, deix-lo viver livremente com suas prprias leis.

Na verdade, no h maneira segura de possuir um estado se no arruinando-o. Quem se torna senhor de uma cidade habituada a viver livre, e no a destri, pode estar certo de que por ela ser destrudo.(MAQUIAVEL, 2007, p.60)

Mas quando as cidades e as provncias esto acostumadas a viver sob o governo de um prncipe e a linhagem deste se haja extinguido, o hbito, por um lado, da obedincia, a falta do antigo senhor, por outro, impedem-lhes oporem-se de acordo entre si na escolha de um e o se acomodarem liberdade.(MAQUIAVEL, 2007, p.60-61)

COMENTRIO:Na primeira citao o estado est acostumado liberdade, se deseja somente possuir a terra, ento a melhor forma destruir o povo. Na segunda citao o estado j est acostumado a viver sobre um governo mais rgido, ento possu-lo mais fcil, pois a resistncia ser menor, j que as mudanas no so significativas, porm pode tardar, mas pegaro em armas.

VIDos principados novos que se conquistaram com as prprias armas e valor [virt]

Devo, pois, dizer que nos principados inteiramente novos, onde haja um novo prncipe, se encontra dificuldade maior ou menor para mant-los, conforme tenha mais ou menos predicados [virt]aquele que os conquista. E como o fato de passar algum de particular a prncipe pressupe valor [virt] ou fortuna, de crer que uma ou outra dessas duas coisas atenue em parte muitas dificuldades. Apesar disso, quem menos confiou na fortuna, por mais tempo reteve sua conquista.(MAQUIAVEL, 2007, p.64)

COMENTRIO:O nvel de dificuldade que um governante ir encontrar em seu governo depende de sua capacidade intelectual de lidar com situaes. Entretanto, se o governante chegou a este cargo porque possui tal capacidade ou sorte em forma de oportunidades. Possuindo mais grau de uma do que de outra, em algum momento as dificuldades iro aparecer, mas se o governante tiver mais sabedoria poder passar pelos obstculos mais facilmente, do que se tivesse confiado na sorte.

Dos que por virtude [virt],e no por fortuna, se converteram em prncipe, os mais notveis so Moiss, Ciro, Rmulo, Teseu e semelhantes. (...) Do mesmo modo, nas suas aes de vida nada indica houvessem recebido da fortuna outra coisa a no ser a oportunidade, da qual se aproveitaram pela forma que mais conveniente lhes pareceu. Sem tal oportunidade o seu valor pessoal [virt] ter-se-ia apagado, e sem ele a oportunidade teria vindo inutilmente.(MAQUIAVEL, 2007, p.65)

COMENTRIO:Quando um governante sobe ao poder por meio de sua capacidade intelectual e no pela sorte de notar que governam muito bem, pois no tiveram sorte, mas oportunidades de mostrar sua capacidade. Nota-se quese faz falta caso no se tenha elas em dosagem equilibrada. No adianta ter capacidade se no tiver oportunidade para demonstr-la, assim como ter oportunidades e nenhuma capacidade de torn-la til.

Os que por meios semelhantes aos referidos se tornam prncipes adquirem o principado com dificuldade, mas com facilidade o mantm. Esta dificuldade origina-se em parte das novas instituies em normas que os conquistadores so forados a introduzir para fundar o prprio estado e a prpria segurana.(MAQUIAVEL, 2007, p.66)

COMENTRIO:A competncia do novo governante far com que ele no perca facilmente seu estado. As dificuldades s aparecem no inicio da conquista pelo fato do governante ter de remodelar o estado para que ele se encaixe na sua forma de governar, isso ocorre porque os habitantes do local podem vir a se aborrecer com as novas leis. Entretanto, utilizando sua capacidade intelectual, o governante manter deu estado conservado e forte.

Todos esses encontram no seu caminho inmeros obstculos e perigos, e -lhes mister super-los com a virtude [virt]. Mas uma vez que o superaram e que comearam a ser venerados, ento, tendo destrudos os que invejaram a condio de prncipe, ficam poderosos, seguros, honrados e felizes.(MAQUIAVEL, 2007, p.68)

COMENTRIO:Para superar as dificuldades tem que, necessariamente, utilizar de inteligncia e estratgia para no surgir problemas futuros. Quando se estabiliza o governo, tendo tirado do caminho todos aqueles que eram contra ele, o governante tem estabilidade e segurana.

VIIDos principados novos que se conquistam com as armas e afortunade outrem

Aqueles que, somente pela fortuna, de cidados particulares se tornam prncipes fazem-no com pouco esforo, mas com muito esforo se matm. Nenhum obstculo encontram no seu caminho, porque voam nas asas da fortuna. depois de terem subido ao poder que veem surgir as dificuldades.(MAQUIAVEL, 2007, p.71)

COMENTRIO:Ao contrrio da capacidade intelectual [virt], a sorte [fortuna] garante uma conquista de governo fcil, mas a sua conservao ser difcil, pois diante de adversidades preciso ter conhecimento e sabedoria para ultrapass-las. Assim como foi para Obama, o primeiro presidente negro do EUA, a vitria era eminente, mas durante o governo, o mesmo no estava conseguindo administrar os problemas da sua nao, e o descontentamento do povo comeou a aparecer.

(...) os estados rapidamente surgidos, como todas as outras coisas da natureza que nascem e crescem depressa, no podem ter razes e as qualidades necessrias para a sua consolidao. Extingui-los- a primeira revolta (...).(MAQUIAVEL, 2007, p.72)

COMENTRIO:Aqueles que sobem ao poder somente pelas mos da sorte e boa f das pessoas, no conseguem se sustentar por muito tempo no poder. Por no ter tido a experincia durante algum outro governo no houve bases para criar o seu novo governo, assim ele inevitavelmente rui, a menos que o governante seja virtuoso e consiga superar as barreiras.

(...) quem no constri as bases antes poderia com grande talento [virt] constru-las depois, embora custa de dificuldades para o construtor e perigo para o edifcio.(MAQUIAVEL, 2007, p.73-74)

COMENTRIO:Se um reino conquistado to rapidamente sem que as bases tenham sido erguidas, o governante ainda tem a chance de constru-las depois, colocar suas leis, se livrar de inimigos que representam perigo, mas no seria fcil. O governante j est no poder, ento deve tomar cuidado, pois tentar de todos os modos sustentar o governo pode acabar por derrub-lo.

No obstante possua o duque tanta ferocidade e tanta virtude [virt], sabia to bem como se conquistam ou perdem os homens e to robustos eram os alicerces que em brevssimo tempo lanara, que, se no tivesse tido contra si aqueles dois exrcitos ou no houvessem cado doente, teria triunfado de todas as dificuldades.(MAQUIAVEL, 2007, p.81)

COMENTRIO:O governo pode vir a ruir no por falta de capacidade do governante e nem por falta de oportunidade, ele pode ter um grande imprio, mas s vezes acontecem eventualidades que botam tudo a perder e em nada disso ele tem culpa.

que, tendo ele tamanho valor e tamanha ambio, no lhe era possvel proceder de forma diversa.(MAQUIAVEL, 2007, p.83)

COMENTRIO:Quando se tem todas as armas para governar impossvel no ir ao poder, este um destino daqueles que nascem para viver essa forma de vida. Se de algum modo tenta se livrar disso, o tempo se encarrega de lev-lo ao poder, pois suas decises so tais, que o povo ir not-lo e tentar convenc-lo a reinar.

VIIIDos que se fizeram prncipes merc das suasAtrocidades

Penso que isso resulta do bom ou do mau uso da crueldade. Crueldade proveitosas pode-se chamar aquelas das quais faz-se uso uma nica vez por necessidade de segurana (...). (MAQUIAVEL, 2011, p. 45)

COMENTRIO:A crueldade, atrocidade, deve ser cometida apenas quando primordial o seu uso, em circunstncias de necessidade, como autodefesa. Mais adequadamente utilizada quando praticada uma nica vez, sem ter como ser revidada.

O mal, portanto, deve-se faz-lo de um jacto, de modo a que a fugacidade do seu acre sabor faa fugaz a dor que ele traz. O bem, ao contrario, deve-se conced-lo pouco a pouco, para que seja melhor apreciado o seu gosto. (MAQUIAVEL, 2011, p. 46)

COMENTRIO:As coisas ruins, o mal deve ser feito rapidamente, para sua destruio no perdurar. Para o que for feito seja esquecido ligeiramente. Mas o bem deve ser feito aos poucos para que perdure, assim todos iro se lembrar de sua bondade, e do que fez.

ora, quando ventos adversos te trouxerem a necessidade, j no poders infligir o mal, e do bem que fars no tirars proveito, pois nele vero um gesto forcado, indigno da menor gratido.(MAQUIAVEL, 2011, p. 46)

COMENTRIO:Independente da ocasio, sendo ele quem o prncipe no pode mudar sua conduta, seu modo de agir e de governar. Que no infortnio se sempre utilizou da crueldade no poders mais utiliz-la como recurso, nem poder usar do bem, pois parecer falso o seu ato.

IXDo principado civil

Mas aquele que contra o povo e com o patrocnio dos grandes se faz prncipe deve, antes de mais nada, procurar conquistar a simpatia daquele, o que facilmente lograr ao coloc-lo sob a sua proteo.(MAQUIAVEL, 2011, p. 49)

COMENTRIO:Se conseguir o poder por intermdio dos grandes e influentes, que se beneficiaram com esse ato, deve antes assegurar a fidelidade, lealdade deles. Para no ser trado, por uma melhor oferta.

Concluirei dizendo apenas que a um prncipe necessrio ter o povo a seu lado e que de outro modo ele sucumbir s adversidades.(MAQUIAVEL, 2011, p. 49)

COMENTRIO:Que um prncipe deve ter consigo o povo, aliado a ele, pois sem o povo ser dominado pelo infortnio. Pois mais fcil conquistar um reino cujos cidados no so leais ao seu governante, nem tem respeito a ele. Que com o povo unido e fortificado ao seu lado, o inimigo pensar muito antes de atac-lo.

Por isso, um prncipe cauteloso deve conceber um modo pelo qual os seus cidados, sempre e em qualquer situao, percebam que ele e o Estado lhes so indispensveis. S ento aqueles ser-lhe-o sempre fiis. (MAQUIAVEL, 2011, p. 51)

COMENTRIO:O prncipe deve criar um modo e mostrar a seus sditos, o quanto ele e seu Estado so necessrios para a vida deles. Que sem isso os cidados ficariam desorientados, s assim o prncipe teria a gratido e fidelidade do povo.

XDe que modo devemos medir as forasde todos os principados

(...) uma vez que os homens so sempre pouco propensos s empresas que prometem dificuldades e no se pode ver facilidades no ataque a um prncipe cujos redutos so slidos e que, ademais, no tem contra si o dio do povo.(MAQUIAVEL, 2011, p. 52 a 53)

COMENTRIO:Sendo seu reino, uma fortaleza forte e tendo o apoio do povo, o homem dificilmente tentar conquist-lo, apenas com um planejamento muito bem elaborado feito para reduzir as dificuldades de conquistar seu territrio. Com os cidados unidos ao seu lado, tendo a lealdade deles, isso fortificaria seu governo edificilmente seria dominado.

Ora, da natureza dos homens que eles confiram um grande mrito tanto aos favores que prestam quanto queles que recebem.(MAQUIAVEL, 2011, p. 54)

COMENTRIO:O prncipe quando presta um favor a algum, o beneficiado se sente como se devesse algo para ele, como se tivesse uma divida com o prestador. O que presta o favor sente como tivesse uma divida pendente, um favor a ser cobrado.

XIDos principados eclesisticos

(...) um pontificado poderoso e espera-se que, se aqueles fizeram-no grande pela fora das armas, este, armado de bondade e das suas inmeras outras virtudes, faa-o ainda maior e venervel. (MAQUIAVEL, 2011, p. 58)

COMENTRIO:Nesse trecho mostra que utilizando da fora e da crueldade para conquistar pode obter o poder, mas nunca a gloria e a lealdade de seus sditos. Que se forte seu reinado for, por meio da utilizao do primeiro mtodo, se usar o segundo ser mais ainda e tendo, sobretudo a fidelidade de seus cidados.

XIIDos vrios tipos de exrcito e dossoldados mercenrios

Os mais importantes alicerce de qualquer Estado, seja ele novo, velho ou ainda misto, so as boas leis e os bons exrcitos.(MAQUIAVEL, 2011, p. 59)

COMENTRIO:Esta parte do livro relata que a base de qualquer Estado, ter leis boas e um exrcito muito bem qualificado. Mas tem que ter ambos, pois um completa o outro. No adianta ter boas leis se no tiver um exrcito competente para cumpri-las e vise versa.

O prncipe tem de comand-las pessoalmente e assumir ele prprio os seus deveres de capito.(MAQUIAVEL, 2011, p. 61)

COMENTRIO:O prncipe deve ter como o mais importante em seu reino o exrcito, ele mesmo deve comandar suas tropas. Sendo ele mesmo o capito, deve estar a par de tudo relacionado ao seu exrcito. Pois ele que o garante no poder, no deixando seu reino ser conquistado.

XIIIDas milcias auxiliares, mistase do prprio pas.

Em concluso, nas milcias mercenrias, a coisa mais deletria a indolncia, nas auxiliares, a intrepidez [virt]. (MAQUIAVEL, 2011, p. 67)

COMENTRIO:Que as milcias mercenrias, so muito bem empregadas para reforar seu imprio, ainda mais em tempos de guerra. Mas tem que ter cautela em usar esse recurso, nunca deixar seu reino a merc deles, mesmo eles tendo valentia e coragem, sendo isso suas maiores virtudes, eles so perigosos, por no serem de confiana e no serem leais ao prncipe.

Numa palavra, a armadura de um outro, ou ela te cair dos ombros, ou pesar demais sobre eles, ou te comprimir. (MAQUIAVEL, 2011, p. 69)

COMENTRIO:Este trecho relata que se batalhar por intermdio de outros e vencer, prefervel perder, pois ganhar se utilizando de foras no sendo as suas prprias, ilusria a vitria. Exemplo disso so as milcias mercenrias, que se no tiver um exrcito forte e um reino estvel, pode at vencer a guerra se usando eles, mas pode a sua maior arma se voltar contra voc mesmo.

XIVDas atribuies do prncipe emmatria militar

Preconizo que um prncipe no tenha outro objeto de preocupaes nem outros pensamentos a absorv-lo, e que tampouco se aplique pessoalmente a algo que fuja aos assuntos a guerra e organizao e disciplina militares, porquanto apenas estes concernem nica arte atinente ao seu comando.(MAQUIAVEL, 2011, p. 71)

COMENTRIO:Maquiavel prioriza nessa parte, que um prncipe deve ter em sua vida como importncia maior a arte da guerra. Que sempre esteja pronto para a guerra, treine seu exrcito diariamente, disciplinando-o, mesmo em tempos de paz e se dedique integralmente a guerra.

Uma conduta semelhante deve ser observada pelo prncipe prudente, o qual jamais ceder ao cio em tempos de paz, mas empregar os seus esforos a constituir um aparato do qual se possa valer na adversidade, afim de que, uma vez trado pela fortuna, se encontra preparado para resistir. (MAQUIAVEL, 2011, p. 74)

COMENTRIO:Que um prncipe cauteloso, mesmo em tempos de paz estar preparado para guerrilhar, nunca descansar, nem o exercito e muito menos ele. Nunca ter preguia mesmo no dia mais montono, mas em tempos calmos dedicar a sua ateno a construir um aparelho, arma para no infortnio poder usar como recurso, assim mesmo sem sorte possa triunfar.

XVAs razes pelas quaisos homens,especialmente os prncipes,so louvados ou vituperados

De fato, o modo como vivemos to diferente daquele como deveramos viver (...). (MAQUIAVEL, 2007, p. 82)

COMENTRIO:Nicolau Maquiavel se fez pioneiro ao fato de escrever as coisas que os homens realmente faziam, e no o que deveriam fazer.

necessrio, portanto, que o prncipe que deseja manter-se aprenda a agir sem bondade, faculdade que usar ou no, em cada caso, conforme o necessrio.(MAQUIAVEL, 2007, p. 83)

COMENTRIO:Dependendo da situao, o prncipe deve se necessrio, fazer o mal com o objetivo de obter o bem. Sendo capaz de derrubar milhes, em virtude do Estado.

(...) preciso que tenha prudncia necessria para evitar o escndalo provocado pelos vcios que poderiam abalar seu reinado, evitando os outros se for possvel; se no for, poder pratic-los com menos escrpulos. Contudo, no dever se importar com a prtica escandalosa daqueles vcios sem os quais seria difcil salvar o Estado.(MAQUIAVEL, 2007, p. 83)

COMENTRIO: O homem deve ter certo cuidado ao realizar atos que so rotinas, podendo botar em risco o seu mandato. O ser humano possui vcios que no seu ponto de vista no so considerados atitudes anormais, essas atitudes juntamente com a segurana de que so atitudes absolutamente normais pode ser um erro no qual pode custar o seu reinado.

XVIA liberdade e a parcimnia

(...) a liberalidade, contudo, praticada de modo que seja vista por todos, prejudicar o prncipe. Se praticada com virtude, de modo apropriado, no ser reconhecida, levando reputao do vcio contrrio.(MAQUIAVEL, 2007, p. 84)

COMENTRIO: Maquiavel ao falar sobre isso tenta mostrar que ao se abusar muitas vezes de alguma liberdade ir o prejudicar, porm ao usar sua prpria virt como forma de administrar essa liberalidade, usando de forma que no seja reconhecida, poder ter um sucesso com sua reputao.

(...) h prncipes que gastam os prprios bens e os bens dos seus sditos, e os que gastam a riqueza alheia. No primeiro caso, devem ser parcimoniosos, mas no segundo no podem deixar de agir com grande liberalidade(MAQUIAVEL, 2007, p. 86)

COMENTRIO: Existem prncipes (prefeitos, governadores, presidentes) que gastam um dinheiro que no h necessidade, atualmente temos casos de utilizao de dinheiro pblico, por isso Maquiavel traz que; pode-se gastar riqueza alheia, porm nesse caso, deve-se saber usar a liberalidade.

(...) dentre as coisas que o prncipe precisa evitar, o mais importante o ser desprezado ou odiado; e a liberalidade conduzir a uma ou outra dessas condies.(MAQUIAVEL, 2007, p. 86)

COMENTRIO: Dependendo a forma que voc usar a liberalidade, voc ser desprezado ou odiado, e um dos princpios de que o prncipe precisa evitar estes dois status.

XVIIA crueldade e a clemncia.Se prefervel ser amado ou temido

O prncipe, portanto, no deve se incomodar com a reputao de cruel, se seu propsito manter o povo unido e leal.(MAQUIAVEL, 2007, p. 87)

COMENTRIO: Esta passagem mostra claramente o que foi retratado anteriormente. O prncipe no pode em nenhum momento se preocupar se est sendo cruel, seu objetivo manter o Estado leal e unido.

(...) seria desejvel ser ao mesmo tempo amado e temido, mas que, como tal combinao difcil, muito mais seguro ser temido, se for preciso optar.(MAQUIAVEL, 2007, p. 88)

COMENTRIO: O amor existe devido aos vnculos de gratido, ou seja, muito mais fcil fazer com que todos temam voc, do que com que todos amem voc.

(...) o prncipe se abstenha de tomar os bens, pois os homens se esquecem mais facilmente da morte do pai do que da perda do patrimnio.(MAQUIAVEL, 2007, p. 89)

COMENTRIO: O homem possui muito orgulho, ou seja, ser muito mais difcil esquecer-se de um bem do que ele conquistou do que esquecer seu prprio pai.

XVIIIA conduta dos prncipese a boa f

Como sabemos, pode-se lutar de duas maneiras: pela lei e pela fora. O primeiro mtodo prprio dos homens; o segundo, dos animais.(MAQUIAVEL, 2007, p. 92)

COMENTRIO: No Estado em que o homem vive precisase existir leis para serem respeitadas e reprimirem o homem, pois o Estado deve proteger o prprio Estado.

Sendo obrigado a saber agir como um animal, deve o prncipe valer-se das qualidades da raposa e do leo, pois o leo no sabe se defender das armadilhas, e a raposa no consegue defender-se dos lobos. preciso, portanto, ser raposa para reconhecer as armadilhas, e leo para afugentar os lobos.(MAQUIAVEL, 2007, p. 93)

COMENTRIO: O prncipe deve ser imponente, destemido, seus inimigos tem que tem-lo. Ao mesmo tempo tem que ser astucioso hbil para conseguir sair de qualquer insdia.

XIXComo se pode tentar evitar odesprezo e o dio

(...) o prncipe deve evitar as coisas que o faam odiado ou desprezado; quando conseguir isso, ter comprido sua parte, e os outros defeitos no o faro correr perigo.(MAQUIAVEL, 2007, p. 96)

COMENTRIO: Maquiavel tenta mostrar que; o nico objetivo de prncipe ter o bem do Estado, tentar no ser odiado e desprezado, aps cumprir seu objetivo ele no precisar mais se importar com seus defeitos, pois eles sero anulados logo aps o cumprimento de seu objetivo.

Os Estados bem organizados e os prncipes sbios estudam com interesse a maneira de poupar os aborrecimentos aos grandes, e como agradar o povo e mant-lo satisfeito. Esse um dos assuntos mais importantes com que os prncipes se devem ocupar.(MAQUIAVEL, 2007, p. 99)

COMENTRIO: Nicolau mostra que o Estado bem organizado o Estado pelo qual comandado pelo prncipeque se importa com os grandes, e que o principal manter o povo satisfeito. Para isso os Prncipes precisar se dedicar aos estudos, s assim podero evitar os grandes aborrecimentos.

(...) pois os prncipes no podem evitar ser odiados por algumas pessoas; devem, portanto, esquivar-se em primeiro lugar do dio da massa (...).(MAQUIAVEL, 2007, p. 101)

COMENTRIO: O prncipe no pode correr o risco de ser odiado de forma massiva, pode ser odiado por certas pessoas, porem precisa lembrar-se sempre de que jamais poder ser odiado por um grande nmero de pessoas.

Se naquela poca era necessrio satisfazer os soldados, e no o povo, isso se devia ao fato de que o exrcito detinha mais poder do que o povo (...).(MAQUIAVEL, 2007, p. 107)

COMENTRIO: Maquiavel quer dizer que o exrcito antigamente possua o poder, ou seja, ele se preocupa unicamente em satisfazer o bem ao povo, isso fala que o povo em sua poca detinha mais poder que o Estado.

XXA utilidade de construir fortalezas,e de outras medidas que os prncipesadotam com frequncia

Para manter seus domnios com segurana, alguns prncipes desarmaram seus sditos; outros mantiveram divididas as terras dos sditos, fomentaram a inimizade entre eles e procuraram ganhar-lhes a estima no princpio de seu reinado; alguns construram fortalezas, outros se demoliram.(MAQUIAVEL, 2007, p. 109)

COMENTRIO: Maquiavel falta que para seu mandato no correr perigo, no comeo do prprio era necessrio que se conquistasse os sditos. Porm ele retrata que os que no conseguiam conquistar renunciavam, os que conquistavam-os precisava ser feito uma fortaleza como forma de segurana.

Os prncipes adquirem grandeza quando conseguem superar oposio e dificuldades que enfrentam (...).(MAQUIAVEL, 2007, p. 112)

COMENTRIO: Alguns prncipes ao ver que as dificuldades foram superadas aumentam sua autoestima, vivendo em um status de grandeza, atualmente isso acontece muito facilmente ao passar por qualquer barreira.

XXIComo deve portar-se um prncipe para Fazer-se benquisto

Nada faz um prncipe ser to estimado quanto o fazem suas grandes aes.(MAQUIAVEL, 2012, p.108)

COMENTRIO:Maquiavel trata nessa citao que o que mais faz um prncipe ser estimado so duas aes militares, administrativas e diplomticas, o que faz notvel, alm, claro que gerando bons exemplos ser mais estimado ainda. E assim que hoje um presidente, ou at mesmo prefeito ou os homens e mulheres que assumem cargos polticos na nossa democracia conquistam o povo, pois o povo admira as aes favorveis ao povo, admira aquele (a) que faz merecer estar no comando, aquele que se faz notvel e um exemplo como pessoa para seu povo.

Um prncipe tambm extrai grande utilidade dos altos exemplos que d acerca dos negcios internos do seu Estado.(MAQUIAVEL, 2012, p.109)

COMENTRIO:Est citao se refere a Barnab, senhor de Milo, pois ele era reconhecido por sua crueldade e por suas excentricidades, mas ao mesmo tempo por sua energia e pelo seu cuidado poltico.Essa citao baseada em tal exemplo que tal ao positiva ou negativa, deveria ser reconhecida ou punida. Tambm dizia que um prncipe devia dar o melhor de si a cada passo dado. O prncipe tinha que dar a ideia de que era um grande homem, com grandes pensamentos.A questo de ser reconhecimento no dia de hoje nem esperada mais, as esperanas so mnimas sobre reconhecimento, mas o que o povo realmente espera que quem erre seja punido, mas punido de acordo com o cometido, e no que deixem passar como se no fosse nada, pois s tende a se repetir e repetir e o governo? Tome iniciativas, no deixe por ai quem faz mal a sua sociedade, o povo s quer que o governo cuide de seu povo e faa por merecer estar no governo.

(...) aquele que no teu amigo te solicitar a neutralidade e aquele outro, mais amistoso para contigo, rogar para que te declare com as armas. (MAQUIAVEL, 2012, p.110)

COMENTRIO:Diz que quem no quer ser teu amigo vai te querer neutro, pois assim vai ser um inimigo a menos, menos armas e menos um para brigar.J o teu amigo vai te preferir com armas, para juntos lutar, para juntos defender o outro e assim sarem vitorioso. O teu amigo ir comer quieto, ir pensar primeiramente em si beneficiar acima de tudo, enquanto o teu amigo vai ta do teu lado na hora da luta, incentivando a ganhar e ir atrs da vitoria, incentivando a fazer por merecer.

A prudncia, ela, consiste em saber-se reconhecer a extenso dos inconvenientes e tomar por bom o que menos ruim. (MAQUIAVEL, 2012, p.111)

COMENTRIO:Com isso a poltica seria a arte, o caminho para escolher dos males o menor assim vamos dizer.No meio da poltica h varias partidos e cabe somente ao povo saber quais dos males iro escolher, cabe ao povo tomar o seu lado e por ele lutar.

XXIIDos ministros dos prncipes

O primeiro juzo que, por conjetura, formamos das faculdades intelectuais de um soberano ampara-se no conceito que fazemos dos homens que ele tem em torno de si. (MAQUIAVEL, 2012, p.113)

COMENTRIO:Dizem que um bom prncipe faz uma boa escolha e tem bons ministros, ministro fieis, leais, ele considerado um homem inteligente, com grande sabedoria pois soube fazer a escolha certa. J quando os ministros no so to fies, leias se faz mal juzo do prncipe, pois ele j errou de primeira na escolha dos ministros.Um bom governante deve saber escolher quem ir ou no ir andar do seu lado, se no souber isso pode ser julgado como um governante de carter fraco, pois alm de botar pessoas de pssima confiana ao seu lado j comeou com um erro grande.

Ora, todas as vezes em que um prncipe revalar lucidez o bastante para apreciar o bem e o mal que um outro faz ou proclama, mesmo lhe faltando o engenho espontneo ele distinguir as boas e as ms aes do seu ministro, exaltando aquelas e punindo estas, de sorte que este no poder pretender engan-lo e tampouco subverter a ordem. (MAQUIAVEL, 2012, p.113-114)

COMENTRIO:Um governante deve saber conhecer seu ministro, ver se realmente ele bom ou no, para exalt-lo ou puni-lo. Ele tem que saber que quando um ministro pensa em si mesmo, na sua prpria pessoa e faz tudo pensando em se beneficiar, ele ir ser um mau ministro e por isso dera ser punido.Quando o ministro exalta sempre o seu governante e faz de tudo pelo seu bem, ele merecer ser exaltado merece que seu governante o faa rico, lhe dando confiana e mais responsabilidades, mas sempre lhe pondo em seu devido lugar... Merece que o governante o faa seu brao direito.

XXIIIComo espacar aos aduladores

(...) um prncipe prudente dever seguir por uma terceira via, selecionado em seu Estado homens que sejam avisados, somente aos quais ele dar a liberdade para que lhe falem a verdade, e apenas acerca do que lhes for perguntado e no de outras coisas. (MAQUIAVEL, 2012, p.115)

COMENTRIO:Diz que um bom prncipe, um prncipe prudente deve saber escolher bem quem o cerca, quem de confiana e trs somente a verdade, sem omitir a nada, e no aqueles que mantm s por bajulao e assim acabam por perder o respeito, pelo fato de quererem o reconhecimento do prncipe. Mas os prncipes devem se cuidar, porque muitos deles acabam por cair nessa bajulao e se enganando, levando assim seu reino ao desrespeito.

Um prncipe, portanto, deve sempre buscar conselho, mas apenas quando ele o quer, no quando o querem os outros; (MAQUIAVEL, 2012, p.116)

COMENTRO: importante um prncipe ter opinies de pessoas diferentes como um lder seu dever saber que nem todos pensam iguais. No h problema algum em ele ir a busca de conselhos e partilhar de suas ideias ou decises. Mas que fique claro que isso deve acontecer de espontnea vontade e no porque outro lhe influenciaram e tambm tem que decidir para quem ir pedi-los, com quem ir compartilhar, no tem que escolher as pessoas s porque elas esto pedindo para serem escolhidas e sim pela sua confiana e segurana.Ele tem que saber tambm ouvir e respeitas a opinio de cada pessoa e quando ver que alguma destas estiver certa, dever mostrar humildemente e francamente que est pessoa esta com a verdade, est correta.

(...) conclumos que os bons conselhos, de onde quer que emanem , despontam forosamente da sensatez do prncipe, e no a sensatez do prncipe dos bons conselhos. (MAQUIAVEL, 2012, p.117)

COMENTRIO:Um prncipe no mostra sabedoria quando toma suas decises por si prprio, mas sim fraqueza e bota em jogo todo seu estado, assim podendo o perder para outro.Um prncipe se mostra sbio quando ouve muitos conselhos diferentes e sabe combina-los, um prncipe sem sabedoria, sem inteligncia no saberia ouvir diversos conselhos e por fim juntar para formar uma concluso. Com isso se deixa claro que quem usa dos conselhos o prncipe, que sabe avalia-los e ver o que vale e o que no vale. o prncipe que forma os conselhos e no os conselhos que o formam.

XXIVPor que os prncipes da Itlia perderamOs seus Estados

De fato, um prncipe novo muito mais atentamente observado em suas aes que um prncipe hereditrio, e, quando estas so julgadas virtuosas, elas angariam muito mais a simpatia dos homens e granjeiam bem mais a sua afeio que a antiguidade do sangue. (MAQUIAVEL, 2012, p. 118)

COMENTRIO:Quando um governante tem um bom governo e j agrada todos os homens, ele j se torna um grande governante, pois os homens no pensam no que j passou e sim s no presente, no que esta os beneficiando. Assim como no pensando no que passou, no ambicionam nada, o que importa de fato o beneficio que lhes tem no momento, eles s querem desfrutar de tudo.E se assim forem beneficiados e o governante sempre cumprir com suas obrigaes, os homens sempre, em qualquer hiptese tomaram a defesa do seu governante, isso quer dizer que sempre defendero seu governante se o mesmo sempre cumprir com suas obrigaes.

(...) afinal, jamais desejarias um tombo baseando-te na certeza de encontrares algum que te reerguesse. (MAQUIAVEL, 2012, p.119)

COMENTRIO:Isso no existe. E se existir fraqueza, falta de segurana, porque se mostra uma defesa covarde, fora do seu comando, do seu controle.Defesas boas, seguras e que tem bastante tempo de durao so aquelas dependentes de ti mesmo, do teu valor, da tua fora, da tua sorte e da tua vontade.

XXVO quanto influi a fortuna nas coisashumanas e como reagir a elas

(...) visto que no nulo o nosso livre arbtrio, creio poder ser verdadeira a arbitragem da fortuna sobre a metade das nossas aes, mas que etiam ela tenha-nos deixado o governo da outra metade, ou cerca disso. (MAQUIAVEL, 2012, p.120)

COEMENTRIO:A sorte tem sim um grande poder que quando da certo, um poder de tamanha grandeza que no h foras que o parem, um poder ao qual os homens no conseguem fugir e muito menos dizer no, ela arrebatadora e vai levando o que puder com ela, assim tomando conta. Mas ao mesmo tempo ela pode no existir e assim causar piores impactos.Ento quando h tiver, no deixe a escapar, cuida e cuide bem, porque ela pode mudar muitas coisas.

(...) um prncipe que se arrima to somente na fortuna sucumbe ao variar desta. (MAQUIAVEL, 2012, p.121)

COMENTRIO:Um prncipe que no sabe lhe dar com a sorte e muito menos sem ela, ter seu governo jogado por gue abaixo, ser um prncipe que no sabe administrar e se no sabe se administrar, como ir administra um povo? E assim o mesmo acaba por ver sua sorte e seu reinado indo embora.

Creio igualmente que feliz aquele que se coaduna o seu modo de operar com as condies da sua poca, e que, de um modo smile, desditoso aquele cujo procedimento com estas conflita. (MAQUIAVEL, 2012, p.121)

COMENTRIO:Sbio aquele que sabe viver com a sorte que o dispe, a sorte de sua poca, nem querendo esbanjar ou usar de menos. Sbio aquele que sabe viver em suas condies, sabendo se administrar e administrar assim o seu povo.

(...) Dois que se conduzem diversamente logram o mesmo resultado e dois outros, agindo de forma idntica, um atingir o seu objetivo e o outro no. (MAQUIAVEL, 2012, p.122)

COMENTRIO:Cada um tem seu sucesso, sua glria e sua sorte quando tem seu prprio carter e de acordo com a poca que vive. Os governantes tm que estar ciente que os tempos mudam e eles tem que andar de acordo com o tempo para seu governo no cair em runas.Dificilmente se encontram prncipes que sabem se adequar a mudana de tempos e os que conseguem ser virtuoso, pois muito difcil se adequar a tempos diferentes, pois conforme muda o tempo muda toda uma sociedade todo um povo e sim quem tem que se adequar a essa mudana somente o governante.O governante que quer se adequar ao tempo h de ter muita prudncia e pacincia para pautar suas aes, para assim alcanar o sucesso.

(...) Concluo que, sendo a sorte [fortun] inconstante e os homens obstinados em suas formas de agir, estes sero felizes pelo tempo em que com ela convergirem e desditosos quando dela divergirem. (MAQUIAVEL, 2012, p.123-124)

COMENTRIO:Homens que tem seu prprio carter e so fortes o bastantes para manter os seus governos at mesmo com as mudanas de pocas tero a sorte, alcanaram a fortuna.

(...) mais vale ser impetuoso que circunspecto, pois que a fortuna a mulher, e, para mant-la submissa, preciso bat-la e maltrat-la [sic]. (MAQUIAVEL, 2012, p.124)

COMENTRIO:Para manter sua sorte em seu favor, no seu poder, deve brigar por ela, cuidar e saber administra l, pois em questo de segundos, tudo pode se ir.Vemos que a sorte e o acaso se deixam administrar por quem a melhor domina, pelos que se portam com frieza.O exemplo dado em questo da mulher que vemos que ela sempre amiga dos jovens, que so mais fortes, mais aguerridos e com mais audcia para a comandar.

XXVIExortao tomada da Itlia e sualibertao dos brbaros

E embora um certo lume j tenha-se feito entrever em algum e estivemos a ponto de considera-lo como um envidado de Deus para a redeno do pas - , tamen vimos, depois, de que modo, ao culminar, das suas aes, foi ele rejeitado pela sorte [fotuna]. (MAQUIAVEL, 2012, p. 125-126)

COMENTRIO:Se trata de Csar Brgia que no soube se administrar e assim acabou por no ter sua sorte e nem seu acaso. Um belo exemplo daqueles que no tiveram boas aes e assim acabaram por fracassar.

Presentemente, no vemos quem mais poderia ela apontar suas esperanas seno a vossa ilustre casa, que, com sua dita [fortuna] e o seu valor [virt], amparada por Deus e pela igreja, da quais sois prncipe, poderia assumir o comando dessa redeno. (MAQUIAVEL, 2012, p.126)

COMENTRIO:Ningum melhor do que Maquiavel sabia como fatalmente a Igreja deveria opor-se a qualquer tentativa de unificao principalmente da Itlia, que do que se trata o contexto desde capitulo.

Conquanto tais homens hajam sidos raros e admirveis, eles foram homens [e nada mais]; nenhum deles contou com ocasio melhor que a presente; suas empresas no foram nem mais justas, nem mais fceis que esta; nem Deus foi deles mais amigo que de vs. Aqui, muito justo dizer-se: justum enim est bellum quibus necessarium, et pia arma ubi nulla nisi in armis spes est. (MAQUIAVEL, 2012, p.126)

COMENTRIO: Todos os homens so iguais no importa o que eles foram ou deixaram de ser, todos viveram os mesmos fatos e todos tinham Deus ao seu lado, ningum era mais que ningum.Naquele contexto se achava muito justo a frase aqui traduzida: Justa a guerra, para quem se faz ela necessria; santas so as armas, para quem somente nelas pode esperar.Mas tudo era apresentado de forma favorvel, onde era tantas disposies favorveis, que chegava a nem haver dificuldades, mas sempre tendo como inspiradores aqueles personagens que foram ditos modelos.

(...) nada, afinal, eleva tanto um homem que surge quanto o fazem as novas leis e as novas instituies por ele concebidas. (MAQUIAVEL, 2012, p.127)

COMENTRIO:Quando um homem faz essas coisas bem direitinhas, bem fundadas e alcanam glria e grandeza com as mesmas, eles so reconhecidos e muito admirados pelas suas novas leis e novas instituies.

Observai, nos duelos e nos confrontos de poucos homens, o quanto os italianos so superiores em fora, em destreza, em inteligncia. Quando, porm, o embate de exrcitos, eles fazem uma triste figura. (MAQUIAVEL, 2012, p.127)

COMENTRIO:Isso tudo vem da fraqueza de quem comanda, no caso os chefes, enquanto aqueles que sabem no so chamados, no so reconhecidos pelo seu valor e sua condio, ningum foi capaz de impor autoridade.E o resultado disso foram muitas guerras entregadas (no da para se dizer nem perdidas) em 20 anos e tudo porque os Italianos no souberam dar o devido valor e tambm no foram inteligentes o bastante para escolher homens fortes e competentes para comandar os exrcitos e assim fazer a Itlia sair vitoriosa ou pelo menos no passar vergonha.Mas ao menos sabamos que tnhamos homens fortes o suficiente para ter um bom exrcito, mas os Italianos acabaram por cometer um erro e assim pagando por ele.

Ainda que cada qual seja bom, todos juntos tornam-se melhores quando se veem comandados pelo seu prncipe, sendo por este mantidos e honrados. (MAQUIAVEL, 2012, p.128)

COMENTRIO:Essa citao mostra que um homem sozinho pode ser forte, mas que vrios juntos comandados por um bom governante podero ser mais fortes ainda e assim sarem vitoriosos, com orgulho no peito, defendendo o seu povo e assim tambm podendo ser mantidos e honrados.Mas que fosse deixado claro que seria necessrio empenho e fora para se prepararem e organizarem todas essas foras juntas, para que assim pudessem enfrentar o que viesse e sem temer e com grandes possibilidades de vitrias.

Eis aqui daquelas coisas que, uma vez reordenadas, conferem prestgio e grandeza a um prncipe novo. (MAQUIAVEL, 2012, p.129)

COMENTRIO:Quando um prncipe descobre certa fraqueza do seu adversrio e assim consegue elaborar uma estratgia que possa o levar a vitria, ele, logo como um prncipe novo, ganha grandeza, prestigio e gloria.Seria a porta para ele ser um grande lder e assim j ser aceito por seu povo que tem sede de vingana depois de tantas guerras peridadas, ele seria aceito por um povo com f e devoo. Assim abrindo-lhe muitas portas, todos o dariam obedincia e o mais importante, ganharia o respeito do povo Italiano.

Que vossa ilustre casa assuma esta misso, com aquela coragem e com aquela esperana de que so tomadas as justas iniciativas, afim de que, sob o seu estandarte, nossa Ptria seja engrandecida , e a fim de que, sob os seus auspcios, se comprove este dito do Petrarca:Virt contro a furoreprender larme; e a fia El combatter corto,che lantico valorenellitalici cor non ancor morto.(MAQUIAVEL, 2012, p.130)

COMENTRIO:Que o prncipe que ganha o respeito do seu povo, assuma com toda sua fora, coragem, bravura e honra a ptria que faa por merecer as guerras e o respeito ganhado do povo Italiano, que ele assuma este povo com justia e comprove o dito do Patrarca aqui traduzido:A virtude empunhar as armascontra a fria; e a luta ser breve,porque o antigo valorainda no se extinguiu nos coraes italianos.

BIBLIOGRAFIA

Livros

Captulo I ao VII: MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe: comentrios de Napoleo Bonaparte e Cristina da Sucia. So Paulo: Jardim dos livros, 2007. 248p.

Captulo VIII ao XIV:MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe. Porto Alegre: L&PM Editores, 2011. 176p. (Coleo L&PM POCKET).

Captulo XV ao XX:MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe: comentado por Napoleo Bonaparte. 10 Edio. So Paulo: Martin Claret, 2007. 184p.

Captulo XXI ao XXVI:MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe. Porto Alegre: L&PM Editores, 2012. 176p. (Coleo L&PM POCKET; vol.110).