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Fichamento Direito Internacional Privado – Prof. André Ramos TEXTO 1: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO E A CONSAGRAÇÃO DO CONFLITUALISMO CLAUDINEY ALVES FRANCO JUNIOR/ Nº USP: 8593507/ TURMA 186-11 O texto aborda a evolução do Direito Internacional Privado (DIPr), desde a Antiguidade, perpassando pela fase estatutária, até a sua fase clássica, destacando o papel da disciplina de gerir as atividades normativas no que tange ao regime jurídico aplicável referente aos fatos transfronteriços. Hodiernamente, verifica-se a existência de um grande fluxo de bens e pessoas, impulsionado pelo fenômeno da globalização, especialmente no que se refere às relações virtuais, gerando uma grande perplexidade jurídica quanto a que ordenamento jurídico seria aplicável em um caso concreto. A este fenômeno em que há possibilidade de aplicação de mais de um ordenamento jurídico em um fato social dá-se o nome de fenômeno transfronteiriço. É sobre esse ponto de partida em que se desenvolvem as bases do DIPr, tendo como pressupostos a pluralidade de Estados e ordenamentos, e a sociedade em constante movimento. Todavia, nem sempre foi assim, como se notará a partir da análise da evolução histórica da matéria. Na Antiguidade, mais precisamente na vigência do Direito Romano, não havia propriamente uma necessidade de gerir as atividades normativas, em razão do não reconhecimento de outras comunidades. Ou seja, o chamado jus gentium não se refere a um ordenamento jurídico distinto do ordenamento jurídico vigente em Roma. Contudo, pode ser visto como uma contribuição ao desenvolvimento do DIPr por representar certa atenção ao aos povos estrangeiros. Somente com a desintegração do regime jurídico romano é que a formação de uma pluralidade territorial e, consequentemente, uma pluralidade de jurisdições com grandes movimentações e fluxos populacionais e de riqueza, constituindo os elementos necessários para o florescimento e recrudescimento do DIPr. Entretanto, nesse período marcantemente feudal, ainda prevalecia uma forte tendência territorialista, de modo que a

Fichamento Direito Internacional Privado

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Fichamento de Direito Internacional Privado (da Antiguidade, fase estatutatária à fase iniciadora). Basedo no texto de André Carvalho de Ramos.

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Fichamento Direito Internacional Privado Prof.Andr RamosTEXTO 1: EVOLUO HISTRICA DO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO EA CONSAGRAO DO CONFLITUALISMOCLAUDINEY ALVES FRANCO JUNIOR/ N USP: 85!5"#/ TURMA 18$%11OtextoabordaaevoluodoDireitoInternacional Privado(DIPr),desdeaAntiguidade, perpassandopelafaseestatutria, atasuafaseclssica, destacando o papel da disciplina de gerir as atividades norativasno !ue tange ao regie "ur#dico aplicvel referente aos fatostransfronterios$%odiernaente, veri&ca'se a exist(ncia de u grande )uxo de bens epessoas, ipulsionadopelofen*enodaglobali+ao, especialenteno!ue se refere ,s rela-es virtuais, gerando ua grande perplexidade"ur#dica!uantoa!ueordenaento"ur#dicoseriaaplicvel eucasoconcreto$ A este fen*eno e !ue . possibilidade de aplicao de ais deuordenaento"ur#dicoeufatosocial d'seonoedefenmenotransfronteirio./ sobre esse ponto de partida e !ue se desenvolve asbases do DIPr, tendo coo pressupostos a pluralidade de 0stados eordenaentos, e a sociedade econstante oviento$ 1odavia, nesepre foi assi, coo se notar a partir da anlise da evoluo .ist2ricada atria$ 3aAntiguidade, aisprecisaentenavig(nciadoDireito4oano,no .avia propriaente ua necessidade de gerir as atividades norativas,era+o do no recon.eciento de outras counidades$ Ou se"a, oc.aado jus gentiumno se refere a u ordenaento "ur#dico distinto doordenaento "ur#dico vigente e 4oa$ 5ontudo, pode ser visto coo uacontribuio ao desenvolviento do DIPr por representar certa ateno aoaos povos estrangeiros$6oente co a desintegrao do regie "ur#dico roano !ue . aforao de ua pluralidade territorial e, conse!uenteente, uapluralidade de "urisdi-es co grandes ovienta-es e )uxospopulacionais e de ri!ue+a, constituindo os eleentos necessrios para o)oresciento e recrudesciento do DIPr$ 0ntretanto, nesse per#odoarcanteente feudal, ainda prevalecia ua forte tend(ncia territorialista,de odo !ue a aioria dos con)itos era solucionada utili+ando a c.aada78ex fori9, isto , a regra do local onde se encontrava o intrprete$:oi na ;aixa Idade uris 5ivilis)$ :oi assi !uesurgiu a 0scola de ;olon.a, tab con.ecida coo escola dos glosadores,!uebuscavauresgatedostextosroanos, ainda!ueodi&cadosaolongo do per#odo bi+antino, para a garantia de u substrato "ur#dico capa+de atender as necessidades da elite coercial da poca$Atribui'seaAc?rsioopioneirisodestaatividadeperitindouareleiturado5orpus>uris5ivilis$ Posteriorentetabsedestacaoutroitaliano, ;rtolode6assoferato, ea0scolados5oentriosoutabc.aados de p2s'glosadores$ De odo geral, tais estudiosos buscava, apartir daanlisedos estatutos (con"untos deleis, usos ecostues dedeterinado local), contrariar a unidade territorial antes iposta se gerarinsegurana "ur#dica aos coerciantes, tendo contribu#do para a discuss-esdos liites territoriais de cada direito local$ Isso se revela na faosaindagao de Ac?rsio sobre !ual lei deveria ser aplicada e o segundo pregou a favor doterritorialiso, diferenciando os estatutos aplicveis ,s pessoas e ,s coisas(pessoaisereais, respectivaente)$Assi, aprinc#piotodososestatutosso reais, e, portanto, subetidos ao territorialiso, de odo !ue osestatutos pessoais edealcanceextraterritorial soenteseaplica,sregras !ue afeta ua pessoa, seu estado e sua capacidade$ 5abe aindacitar aexist(nciadeoutrasescolas!uesedestacaranessecontexto,coo a escola .olandesa e a escola ale$Ap2ssculosdeduraodessafaseestatutria, oDIPrgan.aaindaais foras no sculo AIA, econse!u(ncia da expanso capitalistaindustrial geradaapartir da4evoluoIndustrial edaconsolidaodecodi&ca-es !ue introdu+ira regras de reg(ncia dos fatos transnacionais,dando in#cio a c.aada fase clssica$ 1r(s autores se destacara e uesforo para buscar ua identidade do DIPrB 6avignC,