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Alexandre da Silva Nascimento Um Toque De Clássicos: Marx, Durkheim e Weber Max Weber 1.0 QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira. Max Weber. In: QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia Monteiro de. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber - 2ª edição revista e atualizada. Belo Horizonte: UFMG, 2003. p. 113-121 “A ação é definida por Weber como toda conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de um significado subjetivo dado por quem a executa e que orienta essa ação. Quando tal orientação tem em vista a ação - passada, presente ou futura - de outro ou de outros agentes que podem ser “individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e completamente desconhecidos” - o público, a audiência de um programa, a família do agente etc. - a ação passa a ser definida como social.” (p. 113-114) “...embora a Sociologia não tenha a ver somente com a ação social, sem embargo, (...) ela é o dado central, constitutivo.” (p. 114) “Compreender uma ação é captar e interpretar sua conexão de sentido, que será mais ou menos evidente para o sociólogo. Em suma: ação compreensível é ação com sentido” (p. 114) “Uma conduta plural (de vários), reciprocamente orientada, dotada de conteúdos significativos que descansam na probabilidade de que se agirá socialmente de um certo modo, constitui o que Weber denomina relação social. Podemos dizer que relação social é a probabilidade de que uma forma determinada de conduta social tenha, em algum momento, seu sentido partilhado pelos diversos agentes numa sociedade qualquer. Como exemplos de relações sociais temos as de hostilidade, de amizade, as trocas comerciais, a concorrência econômica, as relações eróticas e políticas. Em cada uma delas, as pessoas envolvidas percebem o significado, partilham o sentido das ações dado pelas demais pessoas. Como membros da sociedade moderna, todos nós somos capazes de entender o gesto de uma pessoa que pega o seu cartão de crédito para pagar uma conta. O mesmo não aconteceria, por exemplo, com um índio ainda distante do contato com a nossa sociedade, pois ele seria incapaz de partilhar, numa primeira aproximação, o sentido de vários dos nossos atos.” (p. 117-

Fichamento - Um Toque de Clássicos

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Alexandre da Silva Nascimento

Um Toque De Clssicos: Marx, Durkheim e Weber

Max Weber1.0

QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira. Max Weber. In: QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Mrcia Gardnia Monteiro de. Um toque de clssicos: Marx, Durkheim e Weber - 2 edio revista e atualizada. Belo Horizonte: UFMG, 2003. p. 113-121A ao definida por Weber como toda conduta humana (ato, omisso, permisso) dotada de um significado subjetivo dado por quem a executa e que orienta essa ao. Quando tal orientao tem em vista a ao - passada, presente ou futura - de outro ou de outros agentes que podem ser individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivduos indeterminados e completamente desconhecidos - o pblico, a audincia de um programa, a famlia do agente etc. - a ao passa a ser definida como social. (p. 113-114)...embora a Sociologia no tenha a ver somente com a ao social, sem embargo, (...) ela o dado central, constitutivo. (p. 114)Compreender uma ao captar e interpretar sua conexo de sentido, que ser mais ou menos evidente para o socilogo. Em suma: ao compreensvel ao com sentido (p. 114)Uma conduta plural (de vrios), reciprocamente orientada, dotada de contedos significativos que descansam na probabilidade de que se agir socialmente de um certo modo, constitui o que Weber denomina relao social. Podemos dizer que relao social a probabilidade de que uma forma determinada de conduta social tenha, em algum momento, seu sentido partilhado pelos diversos agentes numa sociedade qualquer. Como exemplos de relaes sociais temos as de hostilidade, de amizade, as trocas comerciais, a concorrncia econmica, as relaes erticas e polticas. Em cada uma delas, as pessoas envolvidas percebem o significado, partilham o sentido das aes dado pelas demais pessoas. Como membros da sociedade moderna, todos ns somos capazes de entender o gesto de uma pessoa que pega o seu carto de crdito para pagar uma conta. O mesmo no aconteceria, por exemplo, com um ndio ainda distante do contato com a nossa sociedade, pois ele seria incapaz de partilhar, numa primeira aproximao, o sentido de vrios dos nossos atos. (p. 117-118)O carter recproco da relao social no significa uma atuao do mesmo tipo por parte de cada um dos agentes envolvidos. Apenas quer dizer que uns e outros partilham a compreenso do sentido das aes, todos sabem do que se trata, mesmo que no haja correspondncia. Sinais de amor podem ser compreendidos, notados, sem que este amor seja correspondido. (p. 118)O que caracteriza a relao social que o sentido das aes sociais a ela associadas pode ser (mais ou menos claramente) compreendido pelos diversos agentes de uma sociedade. (p. 118)Em suma: as relaes sociais so os contedos significativos atribudos por aqueles que agem tomando outro ou outros como referncia - conflito, piedade, concorrncia, fidelidade, desejo sexual etc. e as condutas de uns e de outros orientam-se por esse sentido embora no tenham que ter reciprocidade no que diz respeito ao contedo. (p. 119)