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Apresentação Atividade de educação ambiental na forma de uma exposição de divulgação sobre a biodiversidade vegetal. Dirigida ao alunado de 12 a 18 anos, que na Galiza corresponde ao ensino secundário obrigatório e o bacharelato e em Portugal cobre o terceiro ciclo da educação escolar e o ensino secundário. A exposição fornece diversa informação sobre a diversidade vegetal na Galiza e no norte de Portugal, e está organizada arredor de 3 núcleos principais: - A biodiversidade e os seus condicionantes - As espécies ameaçadas e as ameaças - Ações para a conservação das plantas ameaçadas Estes núcleos completam-se com uma última área onde queremos recolher as opiniões, pensamentos e ideias que a exposição motiva nas pessoas que a visitam. O documento que está a ler serve de apoio aos conteúdos da exposição e inclui várias atividades a desenvolver antes e depois da visita à exposição. A nossa intenção é que estas atividades sirvam a educadoras/es para poder integrar esta exposição na programação educativa não só como uma atividade pontual, mas como um projeto educativo-investigativo arredor da biodiversidade vegetal. No endereço web www.biodiversidade.eu, plataforma digital do projeto BIODIV-GNP, achará informação mais completa e atualizada, além doutros recursos úteis. Objetivos e competências: Esta exposição é uma atividade de educação ambiental e, como tal, pretende contribuir a que pessoas e comunidades tomem consciência do ambiente e, ao mesmo tempo, adquirir conhecimentos, valores, destrezas, experiência e também a determinação que as capacitará para atuar, individual e coletivamente, na prevenção e afrontamento dos riscos ambientais presentes e futuros. Mais em concreto, são objetivos desta exposição: - Conscientizar sobre os valores da biodiversidade vegetal e as ameaças que sofre na Galiza e Norte de Portugal

Fichas didáticas português

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Page 1: Fichas didáticas português

Apresentação

Atividade de educação ambiental na forma de uma exposição de divulgação sobre a

biodiversidade vegetal. Dirigida ao alunado de 12 a 18 anos, que na Galiza corresponde ao

ensino secundário obrigatório e o bacharelato e em Portugal cobre o terceiro ciclo da educação

escolar e o ensino secundário.

A exposição fornece diversa informação sobre a diversidade vegetal na Galiza e no norte de

Portugal, e está organizada arredor de 3 núcleos principais:

- A biodiversidade e os seus condicionantes

- As espécies ameaçadas e as ameaças

- Ações para a conservação das plantas ameaçadas

Estes núcleos completam-se com uma última área onde queremos recolher as opiniões,

pensamentos e ideias que a exposição motiva nas pessoas que a visitam.

O documento que está a ler serve de apoio aos conteúdos da exposição e inclui várias

atividades a desenvolver antes e depois da visita à exposição. A nossa intenção é que estas

atividades sirvam a educadoras/es para poder integrar esta exposição na programação

educativa não só como uma atividade pontual, mas como um projeto educativo-investigativo

arredor da biodiversidade vegetal.

No endereço web www.biodiversidade.eu, plataforma digital do projeto BIODIV-GNP, achará

informação mais completa e atualizada, além doutros recursos úteis.

Objetivos e competências: Esta exposição é uma atividade de educação ambiental e, como tal, pretende contribuir a que

pessoas e comunidades tomem consciência do ambiente e, ao mesmo tempo, adquirir

conhecimentos, valores, destrezas, experiência e também a determinação que as capacitará

para atuar, individual e coletivamente, na prevenção e afrontamento dos riscos ambientais

presentes e futuros. Mais em concreto, são objetivos desta exposição:

- Conscientizar sobre os valores da biodiversidade vegetal e as ameaças que sofre na

Galiza e Norte de Portugal

Page 2: Fichas didáticas português

- Divulgar o projeto BIODIV-GNP e, em especial, as ferramentas públicas que estarão

disponíveis na sua web.

A exposição está dirigida a um público escolar, pelo que também são tidas em conta as

diferentes competências básicas no currículo escolar. De jeito geral, as competências mais

ligadas a esta exposição e ao projeto BIODIV-GNP são:

- Competência no conhecimento e interação com o mundo físico

- Tratamento da informação e competência digital

- Competência social e cidadã

Para mais informação sobre educação ambiental e competências básicas podem-se consultar

os seguintes documentos:

- Estratégia Galega de Educação Ambiental:

http://www.sgea.org/documentos/000117_egea.pdf

- Apresentação da Xunta de Galiza sobre competências:

http://www.slideshare.net/guest5795fb9/competencias-basicas-presentation-856074

Fichas de atividades: Nas seguintes páginas apresentam-se as fichas das diferentes atividades propostas. Em cada

atividade assinalam-se:

- Justificação e apresentação da atividade

- Objetivos e competências básicas que se trabalham

- Duração proposta (número de sessões) e organização temporal (antes ou depois da

visita à exposição).

- Material necessário

- Desenvolvimento da actividade

- Recursos adicionais

Muitas das atividades têm uns conteúdos transversais, relacionadas não apenas com a área de

ciências naturais, mas também com as áreas de línguas, matemáticas, geografia..., podendo

trabalhar-se em diferentes disciplinas.

Page 3: Fichas didáticas português

1. O teu nome em uma planta:

Justificação: Além dos nomes que os seres vivos têm em cada língua (nome vernáculo),

todos os organismos vivos possuem um nome científico que consiste em duas palavras

em latim e escritas em letra cursiva. A primeira palavra indica o género (uma categoria

taxionómica) a que pertence esse organismo e a segunda palavra identifica a espécie dentro

do género.

Por exemplo: Pinus pinaster (pinheiro-bravo) pertence ao género Pinus, onde também temos Pinus pinea (pinheiro-manso), Pinus halepensis (pinheiro-de-Alepo), Pinus sylvestris (pinheiro-da-Escócia) e outros.

Esta nomenclatura binomial foi estabelecida pelo científico Carlos Lineu a finais do século

XVIII. Hoje é de uso generalizado de jeito que todos os organismos vivos têm um nome

científico único, inconfundível e universal (igual para todas as línguas).

Por exemplo o carvalho (galego-português) tem muitos nomes noutras línguas: roble (espanhol), chêne (francês), oak (inglês), roure pènol (catalã), stieleiche (alemão), mas só um nome científico: Quercus robur.

Existem normas para dar-lhe o nome científico a uma nova espécie. Algumas vezes esses

nomes são uma homenagem a um científico singular. Por exemplo, a Armeria merinoi leva o

seu nome em honra de Baltasar Merino (1845-1917) botânico autor da primeira (e única) flora

de Galiza; por enquanto a Ornithogalum broteroi está dedicada a Félix de Avelar Brotero

(1744-1828), pai da botânica em Portugal que publicou em 1804 a Flora Lusitanica, primeiro

inventário da flora portuguesa.

Na rede:

- Mais info de Brotero: http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p6.html

- Mais info de Merino: http://gl.wikipedia.org/wiki/Baltasar_Merino

A distinção entre espécies de plantas faz-se tradicionalmente em base à sua morfologia e

outras características do ciclo vital (p. ex. época de floração) se bem em tempos recentes

outros tipos de carateres (número de cromossomas, análise do ADN) estão a ser mais

utilizados.

E se por um bocado brincamos a ser cientistas? Acabamos de descobrir uma nova espécie de

planta! Como é que é? Que nome lhe pomos? Que propriedades tem?

Page 4: Fichas didáticas português

* Desenvolvimento da atividade: - Organizar o alunado em pequenos grupos.

- Apresentar o conceito de nome científico.

- Entregar a cada grupo folhas com desenhos de diferentes formas de folhas, flores,

frutos... (ver secção de recursos).

- Convidar a cada grupo a que imagine (e desenhe em papel) a sua própria espécie de

planta, o seu caule, as suas folhas e flores, os seus frutos, e que invente o seu nome.

Optativo: - Em lugar de entregar papéis com desenhos de folhas, caules, raízes..., pode-se programar uma

saída ao pátio da escola e fazer uma recolha de material vegetal e logo usá-lo como modelo.

Objetivos - Fazer um achegamento à nomenclatura científica. - Observar a enorme .diversidade morfológica que existe nas plantas - Estimular a imaginação e a criatividade

Competencias

- Competência em comunicação linguística. - Competência no conhecimento e interação com o mundo físico. - Competência cultural e artística. - Competência para aprender a aprender.

Duração aproximada

Uma sessão (preferivelmente antes da visita à exposição).

Material necessário

Fichas impressas com esquemas de diferentes tipos de raízes, caules, folhas, flores..., ou bem disponibilidade de acesso à internet para a consulta de imagens.

Recursos

Ligações onde se podem ver desenhos e fotografias de diferentes formas de folhas, caules, flores, cores...

- http://plants.ifas.ufl.edu/education/images/a_glossary_leaf_shapes.jpg - http://www.vplants.org/plants/glossary/plate01.html - https://charge.wisc.edu/botany/sales.asp - posters

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2. Plantas no prato

Justificação: um dos principais valores das plantas para o ser humano é o da alimentação,

de jeito que a população mundial obtém 95 % da sua alimentação de 30 espécies vegetais.

Três delas (milho, trigo e arroz) proporcionam 60 %. Cada uma das plantas cultivadas para a

alimentação “domesticou-se” a partir de exemplares silvestres numa região do mundo (p. ex. o

milho no sul de México e América Central), mas agora muitas delas são cultivadas e/ou

transportadas fora dessa região.

Partindo das perguntas E nós que é o que comemos? Temos uma dieta “internacional”?

Propomos uma pequena atividade de investigação.

* Desenvolvimento da atividade:

1ª sessão - Organizaremos o alunado em pequenos grupos.

- Cada grupo terá que pensar sobre as coisas que comeu o dia anterior nas 3 principais

comidas (pequeno-almoço, almoço, jantar) e quais dessas coisas eram plantas. Cada

grupo fará uma listagem com as plantas que consumiu. As plantas podem ser

consumidas cruas (uma salada, um sumo...) ou preparadas (um pedaço de pão, os

cereais do pequeno almoço, chocolate). Pode-se dar para isto 15-20 minutos.

- Depois, uma (ou duas) pessoa(s) por grupo irão lendo a sua listagem, e será feita uma

listagem comum para a aula. Esta posta em comum pode ser aproveitada para resolver

dúvidas que possam surgir.

- Com os resultados para toda a aula pode-se elaborar um painel.

Optativo: - Podemos agrupar as espécies em categorias, por exemplo: cereais, raízes ou tubérculos, frutas

e verduras, óleos. - Dependendo do nível educativo, pode-se contar também o número de pessoas que consumiram

um determinado vegetal, e calcular que percentagem constitui cada categoria (ou cada vegetal) sobre o total. P. ex.: 35 % do total de vegetais consumidos foram cereais, 12 % foram óleos...

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2ª sessão - Organizaremos o alunado em pequenos grupos.

- Dividiremos a listagem de plantas da sessão anterior, dando-lhe a cada grupo uma

parte da listagem.

- Cada grupo terá que procurar a área de origem de cada planta. Esta procura pode-se

facilitar empregando a rede.

- Haverá uma posta em comum dos resultados. Esta posta em comum pode-se fazer

empregando um mapa-múndi mudo e escrevendo o nome de cada planta sobre a

região na qual o cultivo dessa planta foi iniciado.

- Como remate desta sessão pode-se falar do trabalho do científico russo Nikolai I.

Vavilov, que a começos do século XX identificou oito centros primários de origem das

plantas cultivadas, que são áreas nas quais o ser humano começou o cultivo de

plantas (domesticou) a partir de parentes silvestres. Poderíamos sublinhar que o ser

humano dispõe agora de milho, trigo ou arroz graças a que na natureza existiam

plantas silvestres que puderam ser domesticadas. A biodiversidade foi imprescindível

para a origem da agricultura.

Objetivos - Reflexionar sobre o papel das plantas na nossa vida e na nossa

alimentação. - Conhecer a origem das plantas cultivadas.

Competencias

- Competência matemática. - Competência no conhecimento e interação com o mundo físico. - Tratamento da informação e competência digital. - Competência para aprender a aprender. - Autonomia e iniciativa pessoal.

Duração aproximada

Duas sessões (para a segunda é preferível ter acesso à Internet), preferivelmente antes da visita à exposição.

Material necessário

- Papel grande para elaboração de painel. - Mapa-múndi impresso em A3, sobre o qual se possam pintar as áreas de

origem das plantas cultivadas; como alternativa pode-se imprimir um mapa dos centros de origem de Vavilov (ver Recursos).

- Disponibilidade de acesso à Internet.

Page 9: Fichas didáticas português

Recursos

- Embora na rede existam muitos lugares onde procurar, nesta ligação http://www.fao.org/docrep/u8480e/u8480e07.htm pode-se ver informação sobre a origem de muitas plantas de cultivo. É um documento da FAO (organismo das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) que faz parte de um livro que celebrava os 50 anos deste organismo.

- Mapa dos centros de origem de Vavilov: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Vavilov-center.jpg

Page 10: Fichas didáticas português

3. Reflexionando na beleza

Justificação: além do valor material ou produtivo, as plantas têm um valor estético que

todas as pessoas precisam. É essa sensação que toda pessoa experimenta quando olhar uma

paisagem bela, da qual habitualmente as plantas são uma parte muito importante. Propomos

uma atividade de reflexão sobre a beleza.

Eis algumas perguntas que nos poderíamos fazer: As paisagens naturais são belas? E as

paisagens artificiais? E as paisagens degradadas? Que é o que sinto/sentimos ante cada uma

dessas situações? Qual é o meu/nosso ideal de beleza? Temos todas/os o mesmo ideal de

beleza?

Eis algumas imagens ilustrativas:

1. Paisagem do Courel (fonte: FlickR, Xoán Piñón). / 2.Canteira no Courel (fonte: SOS Courel)

3. Porto (fonte: wikimedia commons) / 4. Tokyo (fonte: wikimedia commons).

*Desenvolvimento da atividade: - Apresentaremos a atividade e convidaremos a que cada aluno/a imagine e plasme em

um papel, empregando se quer as pinturas, o lugar mais belo onde gostaria de viver ou

de estar.

- Cada aluno/a apresentará a sua criação por turnos, descrevendo o porquê da beleza

de cada um dos lugares.

- Apresentaremos as diferentes fotografias e podemos abrir um debate para falar sobre

qual das fotografias é mais semelhante à ideia de beleza expressada nos desenhos

dos/as alunos/as.

Page 11: Fichas didáticas português

Proposta opcional 1: pode-se completar este tema com uma exposição fotográfica (física

ou virtual-powerpoint) elaborada com imagens de lugares belos e lugares feios ou degradados

do município ao qual pertence a escola ou liceu, tomadas pelas/os próprias/os alunas/os.

Proposta opcional 2: elaboração do “meu mapa emocional", com as paisagens/lugares

favoritos, convidando a se fotografar naqueles lugares com significado pessoal e emocional,

junto aquelas pessoas que relacionamos com estes lugares especiais. Pode-se elaborar

também uma apresentação ou exposição.

Ambas as propostas podem complementar-se com uma pequena investigação preenchendo

uma ficha didática com as principais caraterísticas (nome do lugar, situação geográfica, motivo

pelo qual foi escolhido, principais valores -espécies, recursos da zona...-, problemas ambientais

observados, etc.).

Objetivos - Reflexionar sobre o valor emotivo das plantas e das paisagens. - Estimular as habilidades criativas.

Competencias

- Competência em comunicação linguística. - Competência no conhecimento e interação com o mundo físico. - Competência social e cidadã. - Competência cultural e artística. - Autonomia e iniciativa pessoal.

Duração

aproximada Uma sessão.

Material necessário

- Papel e pinturas de cores. - Fotografias ou imagens de paisagens “naturais”, paisagens urbanas e

paisagens destruídas/degradadas (minaria, sucatas, lixeiras,...).

Page 12: Fichas didáticas português

4. Plantas no mapa

Justificação: as plantas têm um papel importante nas sociedades humanas, bem como

fornecedoras de recursos (fonte de alimento, fibras, material de construção, combustível) ou

pelo seu valor emocional, simbólico ou cultural. Uma amostra disto são os fitotopónimos,

nomes comuns de plantas usados em muitos topónimos (nomes próprios de vilas, aldeias...) e

também em microtopónimos (nomes de caminhos, de fontes, de terras de cultivo...).

Aproveitando recursos geográficos disponíveis na rede (ver secção de recursos), ou bem

mapas topográficos em papel, propomos nesta atividade explorar os topónimos de uma zona

(por exemplo, o município ao qual pertence a escola) procurando nomes de plantas (p. ex. em

Compostela há uma freguesia chamada “Figueiras”) ou de formações da vegetação (p.ex. há muitos

lugares com o nome “Souto”...). Completaremos a nossa procura com uma investigação fora da

aula, perguntando a família e vizinhos/as por microtopónimos relacionados com a flora.

* Previamente à sessão: Previamente à sessão entregaremos a cada aluno/a uma cópia do mapa topográfico (reduzida

ou só de pedaços do mapa) correspondente ao município: animaremos a que o/a aluno/a

pergunte à família e vizinhos/as por fitotopónimos, e que a ser possível marque a sua

localização no mapa.

*Desenvolvimento da atividade: - Organizaremos a aula em pequenos grupos.

- Dividiremos a área do município entre todos os grupos.

- Cada grupo olhará o mapa (digital ou em papel), procurando e anotando topónimos

relacionados com a flora e a vegetação.

- Vai fazer-seuma posta em comum para toda a aula das duas investigações (dentro e

fora da aula).

- Pode-se comentar quais são as plantas que aparecem (São plantas silvestres ou

cultivadas? São plantas “úteis” ou “daninhas”?).

- Como conclusão gráfica, propomos que em um papel grande onde estão marcados os limites do município, cada grupo situe e escreva os nomes dos fitotopónimos.

Page 13: Fichas didáticas português

Objetivos

- Reconhecer o valor simbólico das plantas na sociedade e na cultura. - Ter contacto com informação geográfica, seja em papel (mapas) ou em

suportes digitais (plataformas de visionado de mapas e fotografia aérea). - Conhecer melhor o nosso entorno mais próximo.

Competencias

- Competência matemática. - Competência no conhecimento e interação com o mundo físico. - Tratamento da informação e competência digital. - Competência social e cidadã. - Competência cultural e artística. - Autonomia e iniciativa pessoal.

Duração aproximada Uma sessão.

Material necessário

- Folhas de mapa topográfico (escala 1:25.000) que correspondam ao município ao qual pertence o centro, ou bem disponibilidade de acesso à internet (preferivelmente com computador de aula) para poder consultar mapas digitais.

- Fotocópias em papel do mapa topográfico, para investigação fora da aula. - Papel grande para poder elaborar painel de conclusão.

Recursos

Ligações onde se podem consultar os mapas topográficos da Galiza e de Portugal

- http://signa.ign.es/signa/ - http://mapas.igeo.pt/igp/igp.phtml

Page 14: Fichas didáticas português

5. Ervas de poesia

Justificação: poetas têm nas plantas fonte de inspiração, bem na beleza das flores:

“Sonhei com lúcidos delírios À luz de um puro amanhecer Numa planície onde crescem lírios E há regatos cantantes a correr.” Sophia de Mello Breyner Andresen (Portugal 1919-2004)

ou bem nas paisagens e imensidade dos bosques:

Courel dos tesos cumes que olham de longe! Eiqui sinte-se bem o pouco que é um home. Augas brancas da Rogueira! Bouças pechas d'uzes e gestas! Abrairas teixos faias jardois e reboleiras! Outo bosco calado! Fontinhas do corço! Carroços picafondo! Nom hai outro templo mais vasto nim outro credo que este silêncio Uxío Novoneyra (Galiza, 1930-1999).

Nesta atividade propomos um aproximação à poesia e às plantas, empregando os haikus. Os

haikus (no Brasil haikai) são um tipo de poemas curtos tradicionais do Japão relacionados com

a natureza (as estações, as plantas...). Têm uma estrutura de apenas três versos sem rima. Eis

um exemplo:

Porque não sabemos o nome Tenho de exclamar apenas: “Quantas flores amarelas!” Paulo Franchetti (Brasil, 1954)

Page 15: Fichas didáticas português

*Desenvolvimento da atividade: - Apresentaremos o painel/diapositivo ou daremos links para ver imagens.

- Motivaremos os/as alunos/as a fazer as suas próprias obras.

- Partilharemos as criações lendo por turnos.

- silvestres ou cultivadas? São plantas “úteis” ou “daninhas”?).

- Como conclusão gráfica, propomos que em um papel grande onde estão marcados os

limites do município, cada grupo situe e escreva os nomes dos fitotopónimos.

Objetivos - Reconhecer o valor simbólico das plantas nas artes. - Estimular a criatividade e a expressão artística.

Competencias

- Competência em comunicação linguística. - Competência social e cidadã. - Competência cultural e artística. - Autonomia e iniciativa pessoal.

Duração aproximada Uma sessão.

Material necessário

- Papel. - Opcionalmente, pode-se preparar um painel (ou um grupo de diapositivos) com

imagens lindas de plantas e vegetação (ver recursos). - Opcionalmente, podem-se procurar poemas sobre plantas (ver recursos). - Como alternativa, pode-se dar acesso à internet para procurar imagens

lindas (ver recursos).

Recursos

Grupos de Flickr dedicados à botânica e às flores, de onde podemos tirar fotografias: - http://www.flickr.com/groups/48889066957@N01/pool/ - http://www.flickr.com/groups/plantimages/pool/ - http://www.flickr.com/groups/flowercloseups/pool/

Ligação a uma página com diversos haikus de poetas do Brasil e outros países de América do Sul: http://seabra.com/haikai/

Page 16: Fichas didáticas português

6. Plantas e contaminação

Justificação: o solo serve de suporte físico para as plantas. Aliás, do solo as plantas tomam

a água e diferentes elementos químicos necessários para o seu desenvolvimento. Existem

diferentes tipos de solo, em função de diversas variáveis: material de origem, conteúdo de

matéria orgânica, temperatura ambiental, humidade... Muitas plantas têm preferência por solos

com umas determinadas propriedades.

Um exemplo extremo disto são as plantas serpentinófitas (como Santolina melidensis, Armeria eryophylla ou Alyssum serpyllifolium subsp. lusitanicum, estas três endémicas da Galiza e Norte de Portugal), espécies capazes de crescer sobre solos pobres em nutrientes mas ricos em metais pesados (como Ni, Cr ou Co). Porém, diversas ações humanas afetam as condições e a fertilidade dos solos, alterando ou

fazendo impossível o crescimento das plantas.

Nesta atividade apresentamos um experimento no que poder observar os efeitos da

contaminação do solo sobre as plantas.

Desenvolvimento da atividade:

Apresentação teórica - Temos uma hipótese: a contaminação do solo afeta ao crescimento das plantas.

- Para testar esta hipótese vamos crescer sementes de plantas em dois grupos de vasos

cuja única diferença é a presença ou ausência de contaminação; para isso é muito

importante que o resto dos fatores seja igual em todo o experimento. Se é possível, os

vasos devem ser iguais, devem conter a mesma quantidade de substrato, devemos

regar com a mesma quantidade de água e em cada vaso colocaremos o mesmo

número de sementes.

- Observaremos os resultados do experimento e tentaremos tirar conclusões dele.

Sessão inicial - Dividiremos os vasos em dois grupos: “Controle” e “Contaminado”. Marcaremos cada

grupo com diferentes autocolantes ou etiquetas.

- Encheremos os vasos “controle” com o substrato.

Page 17: Fichas didáticas português

- Misturaremos substrato com sal de cozinha (se usamos copos de iogurte, podemos

adicionar uma colherada de sopa cheia de sal para cada copo) para obtermos

substrato “contaminado”. Encheremos com este substrato os vasos “contaminados”.

- Colocaremos em cada vaso duas sementes (se é lentilha ou grelo/couve) ou uma

semente (se é ervilha).

- Acrescentaremos água e deixaremos todos os vasos sobre a bandeja num lugar

iluminado da aula, não muito perto dos calefatores. Devemos manter a terra dos vasos

húmida.

NOTA: para favorecer a germinação das sementes, podemos deixá-las em um algodão com água o dia anterior ao

começo do experimento.

Seguimento - Uma vez por semana observaremos os vasos, tomando dados do número de sementes

germinadas em cada vaso e do estado de desenvolvimento das plantas (p. ex.: número

de folhas, longitude dos caules...). A informação pode-se recolher em tabelas como

estas:

Tabela 1: número de sementes germinadas

Vaso / Semana Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

Vaso 1

Vaso 2

...

Vaso n

Tabela 2: altura da planta (cm) Vaso / Semana Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

Vaso 1

Vaso 2

...

Page 18: Fichas didáticas português

Vaso n

Tabela 3: número de folhas. Vaso / Semana Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

Vaso 1

Vaso 2

...

Vaso n

- Depois das nossas observações, recolocaremos os vasos mudando as suas posições

na bandeja.

Sessão final - Tentaremos responder a nossa pergunta inicial: A contaminação afetou ao crescimento

das plantas?

- Para isso compararemos os dados dos dois grupos de plantas (“controle” e

“contaminado”) procurando diferenças entre eles:

o diferenças no tempo que tardaram em germinar

o diferenças na altura das plantas

o diferenças na quantidade de folhas que produziram

- Para simplificar, a comparação entre grupos pode-se fazer de jeito qualitativo e indicar

apenas qual grupo tem as plantas maiores ou mais pequenas.

- Em base às diferenças observadas, redigiremos entre toda a aula as conclusões.

Optativo: este experimento pode-se refletir em um painel coletivo com fotografias das plantas, tabelas ou

gráficos com os dados, as conclusões...

Page 19: Fichas didáticas português

Objetivos - Observar os efeitos da contaminação do solo sobre as plantas. - Valorar o solo fértil como recurso não renovável. - Fazer uma aproximação à metodologia científica.

Competencias

- Competência matemática. - Competência no conhecimento e interação com o mundo físico. - Tratamento da informação e competência digital. - Competência para aprender a aprender.

Duração aproximada

Duas sessões (montagem e desmontagem) e seguimento durante 4 semanas.

Material necessário

- Sementes (podem ser ervilhas, lentilhas ou sementes de grelo/couve). - Oito vasos pequenos para as plantas. Podem ser copos de iogurte ou outro

contentor (podemos aumentar o número de vasos em função do espaço na aula, do número de alunas/os...).

- Bandeja - Terra ou substrato suficiente para encher os vasos. - Autocolantes ou etiquetas para marcar os diferentes vasos. - Sal de cozinha (que usaremos como “poluente”). - Régua para tomar medidas.

Page 20: Fichas didáticas português

7. As plantas e a mudança climatica

Justificação: a atividade industrial humana durante os últimos séculos tem alterado o

funcionamento do ecossistema da Terra a nível global. Uma destas alterações é a chamada

mudança climática, elevação da temperatura média da terra causada por um aumento da

quantidade de CO2 e outros gases de efeito estufa (como o metano) na atmosfera, causado à

sua vez pelo nosso elevado consumo de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural).

As mudanças no clima afetam às plantas: estudos científicos revelaram que, por exemplo,

durante as glaciações muitas espécies de plantas que agora crescem no norte de Europa só

puderam sobreviver em diferentes lugares do sul do continente. Porém, não se conhecem os

efeitos concretos que a elevação da temperatura da Terra pode ter sobre a sobrevivência

futura de muitas plantas ameaçadas.

Esta atividade apresenta um exemplo de experimento no qual poder estudar os efeitos da

mudança climática sobre as plantas.

*Desenvolvimento da atividade:

Apresentação teórica - Temos uma hipótese: a elevação da temperatura afeta ao crescimento das plantas.

- Para testar esta hipótese vamos crescer sementes de plantas em dois grupos de vasos

cuja única diferença é a presença de uma estufa; para isso é muitoimportante que o

resto dos fatores seja igual em todo o experimento. Se é possível, os vasos devem ser

iguais, devem conter a mesma quantidade de substrato, devemos regar com a mesma

quantidade de água e em cada vaso colocaremos o mesmo número de sementes.

- Observaremos os resultados do experimento e tentaremos tirar conclusões dele.

Sessão inicial - Dividiremos os vasos em dois grupos: “Controle” e “Estufa”. Marcaremos cada grupo

com diferentes autocolantes ou etiquetas.

- Encheremos todos os vasos com a mesma quantidade de substrato.

Page 21: Fichas didáticas português

- Colocaremos em cada vaso duas sementes (se é lentilha ou grelo/couve) ou uma

semente (se é ervilha) e adicionaremos água.

- Usaremos as garrafas sem fundo como estufas artificiais, para o qual as colocaremos

sobre cada um dos vasos do grupo “Estufa”. Esses vasos devem ficar sempre

cobertos, e só retiraremos as garrafas quando queiramos regar.

- Deixaremos todos os vasos sobre a bandeja em um lugar iluminado da aula, não muito

perto dos calefatores. Devemos manter a terra dos vasos húmida.

- Para favorecer a germinação das sementes, podemos deixá-las em um algodão com

água o dia anterior ao começo do experimento.

Seguimento - Uma vez por semana observaremos os vasos, tomando dados sobre o estado de

desenvolvimento das plantas (p. ex.: número de folhas, longitude dos caules...). A

informação pode-se recolher em tabelas como estas:

Tabela 1: altura da planta (cm)

Vaso / Semana Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

Vaso 1

Vaso 2

...

Vaso n

Tabela 2: número de folhas.

Vaso / Semana Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4

Vaso 1

Vaso 2

Page 22: Fichas didáticas português

...

Vaso n

- Depois das nossas observações, recolocaremos os vasos mudando as suas posições

na bandeja.

Sessão final - Tentaremos responder a nossa pergunta inicial: afetou a temperatura ao crescimento

das plantas?

- Para isso compararemos os dados dos dois grupos de plantas (“Controle” e “Estufa”)

procurando diferenças entre eles:

o diferenças na altura das plantas

o diferenças na quantidade de folhas que produziram

- Para simplificar, a comparação entre grupos pode-se fazer de jeito qualitativo e, por

exemplo, indicar apenas qual grupo tem as plantas maiores ou mais pequenas.

- Em base às diferenças observadas, redigiremos entre toda a aula as conclusões.

Optativo:

- Este experimento pode-se refletir em um painel coletivo com fotografias das plantas, tabelas ou

gráficos com os dados, as conclusões...

- Em paralelo a este experimento, pode-se aproveitar para debater na aula sobre o fenómeno da

mudança climática, as suas causas, as possíveis soluções, as ações que cada aluno/a pode

fazer na sua vida para reduzir a sua contribuição ao efeito estufa...

Page 23: Fichas didáticas português

Objetivos - Refletir o fenómeno da mudança climática e os seus efeitos. - Fazer uma aproximação à metodologia científica.

Competencias

- Competência matemática. - Competência no conhecimento e interação com o mundo físico. - Tratamento da informação e competência digital. - Competência para aprender a aprender.

Duração

aproximada Duas sessões (montagem e desmontagem) e seguimento durante quatro semanas.

Material necessário

- Sementes (podem ser de relva ou sementes de grelo/couve). - Oito vasos pequenos para as plantas, podem ser copos de iogurte ou outro

contentor (podemos aumentar o número de vasos em função do espaço na aula, do número de alunas/os...).

- Quatro garrafas transparentes de plástico com tampa (podem ser de água ou refresco) de 1.5 ou 2 litros, às que previamente lhes tiramos o fundo.

- Bandeja. - Terra ou substrato suficiente para encher os vasos. - Autocolantes ou etiquetas para marcar os diferentes vasos.