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FELIPE FUSCHINI Vestindo a camisa Revendo o conceito de branding esportivo FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado São Paulo 2009

FIELD - Tomo I: projeto de pesquisa

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Trabalho de conclusão de curso como parte da graduação para obtenção do título de Bacharel em Design Gráfico. Tema: Identidade visual para uma nova marca de artigos esportivos.

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Felipe FuschiniVestindo a camisa

Revendo o conceito de branding esportivo

FAAp - Fundação Armando Alvares penteadosão paulo

2009

Felipe FuschiniVestindo a camisa

Revendo o conceito de branding esportivo

FAAp - Fundação Armando Alvares penteadoFaculdade de artes plásticas

são paulo2009

Trabalho de conclusão da graduação como parte obrigatória para

obtenção do grau de Bacharel em desenho indusTriAl com

habilitação em design gráFico.

tomo 1projeto de pesquisa

proFessores de projeToProfessor mestre Carlos Eduardo PERRONEProfessora mestre Maria Cecília CONSOLOProfessor doutor Miguel FARIASProfessor Paulo SAMPAIO

proFessor orienTAdorProfessora mestre Maria Cecília CONSOLO

créditos

A minha mãe, Regina da Costa, a quem devo tudo (e mais um pouco) o que fui, sou e serei na vida.

A meu pai, Almir Fuschini, meu amigo, referência, ídolo e meu eterno companheiro.

dedicatória

Primeiramente aos meus pais que me apoiaram durante toda minha vida escolar e sempre mantiveram seus incentivos mesmo nos momentos mais difíceis.

A minha namorada, Carolina, que desde o começo do nosso namoro, fez de mim um novo homem, amigo, filho e companheiro.

A meus eternos amigos (e irmãos que não tive) que sempre estiveram e sempre estarão ao meu lado: André, Dênis, Gustavo, Guilherme, Junior, Leandro, Lucas, Moe, Rodrigo, Thiago e Victor.

A todos os professores do meu curso, que de alguma forma contribuíram com a qualidade deste projeto. Em especial ao professor Paulo Sampaio que, assim como eu, é apaixonado pelo São Paulo F.C. e a arte que é o futebol e que sempre se mostrou interessado e fez com que o trabalho alcança-se este nível.

A minha orientadora Cecília Consolo, que sempre se mostrou muito tranquila e bem-humorada, até mesmo em suas aulas de projeto gráfico durante o curso. Sua experiência e conselhos, contribuíram imensamente com a qualidade deste trabalho.

agradecimentos

palavras-chave

• design gráFico• design de mArcA• BrAnding• idenTidAde de mArcA• idenTidAde visuAl• design corporATivo

resumo

Este Trabalho de Conclusão de Curso visa a criação de uma nova marca nacional de materiais esportivos para futebol, que

consiste na elaboração de um manual de identidade visual.

O foco deste projeto é fazer com que no gramado, na areia ou no concreto, as pessoas procurem um novo equipamento de qualidade e que se diferencia dos demais por transmitir as características dos brasileiros, em seu posicionamento.

abstract

This Graduation Project has the creation of a new nacional brand for soccer equipment as its objective, by that,

creating a visual identity guide.

The main focus of this project is, wheter on grass, sand or concrete, people will look for a new quality equipment that differentiates of other brands by communicating brazilians features, in its positioning.

sumário

inTrodução

1 indúsTriA1.1 Antecedentes históricos1.2 Cenário atual

2 Análise de mercAdo2.1 Análise dos concorrentes 2.1.1 Nike 2.1.2 Adidas 2.1.3 Puma 2.1.4 Reebok 2.1.5 Lotto 2.1.6 Umbro 2.1.7 Penalty 2.1.8 Topper2.2 Análise das marcas

3 perFil do usuário3.1 Perfil sócio-econômico3.2 Perfil psicográfico

4 projeTo4.1 Conceito4.2 Naming4.3 Esboços4.4 Cores 4.5 Tagline4.6 Exemplos de aplicação

considerAções FinAis

BiBliogrAFiA

índice de imAgens

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131416

192021

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Este Trabalho de Conclusão de Curso visa a criação de uma nova marca nacional de materiais esportivos para futebol, que

consiste na elaboração de um manual de identidade visual.

Futebol não é apenas um esporte em nosso país. Jogos de futebol da seleção brasileira em Copas do Mundo, já foram encarados como feriados. Mas para nosso maior esporte e um dos nossos maiores produtos de exportação, não possuímos uma marca adequada e que se posicione corretamente com os seus praticantes.

Sendo assim, o desenvolvimento de uma nova marca com um posicionamento inovador para artigos esportivos é útil não só para estudantes de design gráfico que poderão utilizar seus códigos visuais como referência, mas servirá também para estudantes de marketing esportivo que analisarão a comunicação da marca e sua forma de divulgar as novas tecnologias, através do design. Por conter um conceito e posicionamento inovador, isso mostrará o quão defasado é esse segmento em nosso país e o quanto damos valor mais para o que é importado do que o que é produzido internamente.

Temos o melhor futebol do mundo, cinco vezes campeão mundial e possuímos o maior jogador da

história do futebol, e mesmo assim preferimos utilizar uma marca estrangeira para “estampar” esse nosso desempenho no esporte. Essa vitória e raça contidos nos praticantes de futebol brasileiro devem ser transmitidas por uma marca nacional que entenda e revele que quem ganha realmente uma partida de futebol não é a tecnologia empregada na camisa do artilheiro, e sim a marca nacional que apoiou o clube e a prática do esporte. Isso faz da pesquisa uma nova forma de encarar a projeção e o posicionamento de uma marca em um segmento.

O objetivo desta pesquisa é conhecer a linguagem gráfica do setor de material esportivo em seus produtos e como essas marcas se posicionam no mercado, além de traçar um caminho para o desenvolvimento de uma nova marca nacional de materiais esportivos, através de uma pesquisa aplicada. Compreende nessa pesquisa, análises de mercado e levantamentos de dados para a elaboração de um briefing para realizar o projeto. Também a realização de uma pesquisa histórica do marketing esportivo e do cenário atual do mercado para a indústria de artigos esportivos no Brasil.

Por fim, o foco deste projeto é fazer com que no gramado, na areia ou no concreto, os brasileiros procurem um novo equipamento de qualidade

e que se diferencia dos demais por transmitir as característ icas do nosso povo, em seu posicionamento.

introdução

1indústria

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1. antecedentes históricos

Os primeiros indícios do marketing esport ivo no Brasi l que se tem conhecimento, foram do começo do

século XX em anúncios de jornais e revistas usados como peças publicitárias de campanhas de produtos, que as primeiras empresas desse segmento tentavam vincular às regatas e ao futebol, que eram esportes em ascensão na época.

No final da década de 70 e no início da década de 80, foi quando realmente empresas passaram a investir no esporte de fato. Foi nessa época que se começa a discutir as origens do marketing esportivo como nós conhecemos hoje, que é caracterizada pelo uso do esporte como um produto pelas empresas. At ravés de ações promocionais , e las selecionavam o esporte que mais transmitia os valores institucionais de suas marcas e definiam as melhores alternativas de promoção e patrocínio esportivo.

Um dos marcos do marketing esportivo aplicado ao futebol, tema deste trabalho, ocorreu justamente durante a década de 80, mais precisamente em 1984 na final da Copa Brasil entre Fluminense x Vasco. O Banco Nacional, estampou sua marca nas camisas de ambos os times. A final foi transmitida por 60 emissoras (49 dos sistemas Globo e Bandeirantes e 11

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1. antecedentes históricos

regionais). Com isso, o Banco Nacional obteve um retorno extraordinário que foi considerado um marco, pois nunca antes na história, ambos os clubes que disputavam a final, tinham estampado em suas camisas, o mesmo patrocinador.

Também durante esta época, a Alpargatas usou suas grifes esportivas Rainha, Topper e Nike como patrocinador esportivo de diversas equipes de futebol, entre elas, a seleção brasileira

Na década seguinte, a de 90, grandes empresas estatais passaram a investir pesado nos esportes, caso do Banco do Brasil, que de tão forte o investimento, até hoje o associamos a seleção brasileira de vôlei. Outras empresas como bancos e seguradoras, também passaram a querer associar suas marcas ao esporte.

Os clubes agora eram a sensação dos investimentos das empresas. Tanto os fabricantes de materiais esportivos, como empresas de diversos ramos de atividade, viram no esporte, oportunidades em seus produtos e marcas.

Durante esta década é que começou uma nova forma de patrocínio esportivo. Eram as empresas que viabilizavam o retorno de atletas que haviam sido vendidos para o exterior. Foi o caso da Pepsi, que repatriou o Túlio para o

B o t a f o g o e m 1 9 9 5 . Va l e u a p e n a o investimento? O clube carioca foi campeão brasileiro pela primeira vez, com o Túlio como seu principal atleta. Nessa época também, a Coca-Cola começou a ser a patrocinadora oficial da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Estes são alguns dos fatos que constituiem a história do marketing esportivo em nosso país. Graças a contribuição dessas empresas e suas diretrizes, o patrocínio esportivo é hoje uma atividade que movimenta um grande volume de negócios.

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1.2 cenário atual

Qualquer profissional que tenta ingressar no mercado do futebol percebe que se trata de um mundo extremamente

restrito. Quando se fala em trabalhar no mercado do futebol, a primeira possibilidade que vem à cabeça das pessoas é o contato direto com os clubes. No entanto, as possibilidades vão muito além dessa hipótese. O surgimento de novas áreas relacionadas ao esporte criou uma série de profissionais e de áreas que podem ser introduzidas no cotidiano das equipes. Profissionais formados em marketing esportivo e design estratégico são algumas das opções oferercidas. Nesse mercado de marketing esportivo é onde entram os patrocinadores esportivos dos clubes de futebol, que estampam sua marca no peito da camisa dos times e acabam comunicando sua mensagem através de jogadores em suas campanhas de marketing, como David Beckham pela Adidas.

Porém não existem dados oficiais sobre o tamanho do mercado de artigos esportivos no Brasil. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos conduziu uma pesquisa com especialistas da indústria e utilizou dados do Sistema de Comércio Exterior (Siscomex) para estimar o mercado total brasileiro para artigos esportivos e equipamentos recreativos. O resultado apontou para um mercado total

de US$ 4,73 bilhões em 2001, no varejo. Uma pesquisa realizada pela Abriesp (Associação Brasileira da Indústria do Esporte), em 2007, indica que o mercado de produtos esportivos no Brasil movimenta cerca de 2% do PIB.

Calcula-se que o esporte como um todo, movimente 6 bilhões de dólares no Brasil. Dois terços desse total estão ligados à bola no pé. Só a indústria de material de futebol tem um PIB de 1,5 bilhão. Por ano são fabricados e vendidos 3,3 milhões de pares de chuteiras e 5,6 milhões de pares de tênis para futebol de salão e futebol society. As bolas chegam a 6 milhões por ano, mas a fatia mais apetitosa do bolo é a de camisas de futebol. São 32 milhões de peças por ano, não incluídas aí as dos 12.000 jogadores profissionais, que recebem seus uniformes de graça dos fabricantes e patrocinadores. Podem-se acrescentar à conta mais 50.000 unidades.

Segundo o diretor de marketing da Adidas, Luciano Kleiman, há várias razões para explicar o fato de as pessoas comprarem mais e mais artigos de esporte, que vão de roupas, passando por calçados até chegar em acessórios para diversas modalidades. Um deles, segundo Kleiman, diz respeito à questão saúde. Com o aumento da prática da atividade física, cresce a procura por um tênis adequado, por exemplo.

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1.2 cenário atual

“Outro fator está ligado à estabilidade econômica do País”, completa o diretor de marketing, ao referir-se principalmente ao poder de compra dos brasileiros. Ainda existe um ponto importante, ressaltado por Kleiman, que é varejo. Ou seja, lojas especializadas - como a Centauro - estão investindo em pontos-de-venda maiores e mais agradáveis para escolher o produto esportivo ideal. Tão agradável que fica difícil sair do local somente com aquilo que realmente se procura.

Nas grandes fabricantes de artigos esportivos, o futebol tornou-se uma prioridade. A cada ano, o esporte movimenta 6 bilhões de dólares, bem mais, isoladamente, do que qualquer outra modalidade. Os números comprovam a eficácia da estratégia. A Nike, por exemplo, é líder de vendas de artigos esportivos na Europa, mas perde nos países com seleção patrocinada pela Adidas, como Alemanha e Espanha. A Adidas só se tornou líder de mercado no Japão depois de passar a bancar a seleção local, em 2002. No Brasil, a Nike lidera as vendas de artigos esportivos, com 32%, ante 19% da Adidas. “A exposição que a seleção brasileira garante é brutal”, diz Rafael Plastina, da Informídia Pesquisas Esportivas. Segundo os especialistas em marketing esportivo, essa exposição ajuda na venda de artigos ligados a outras modalidades. De acordo com Carlos Eduardo Costa, consultor de marketing esportivo,

“Pelo menos 40% das vendas dessas marcas estão ligadas à associação com o futebol. A venda de bolas, chuteiras ou uniformes é apenas uma parcela do negócio”.

A disputa entre as grandes marcas mundiais em torno do futebol é um fenômeno relativamente recente. Até a entrada da Nike no cenário, em 1994, com o patrocínio de atletas isolados, a Adidas praticamente dominava esse mercado. A empresa americana passou a crescer 30% ao ano e hoje a Nike detém participação de 25% nesse mercado, ante 30% da Adidas. A entrada da Puma em cena tornou a briga pelo patrocínio dos times nacionais ainda mais apertada. A competição se acirrou com a Copa do Mundo da Alemanha. Os 64 jogos do torneio tiveram audiência recorde de 32 bilhões de espectadores - só a final foi vista por 2 bilhões de pessoas. Foi a competição mais lucrativa da história da FIFA, com arrecadação de US$ 2 bilhões. A Puma, que voltou a investir maciçamente no patrocínio de futebol depois de muitos anos, ampliou sua receita em 40%, para US$ 1,8 bilhão. A Adidas, responsável pela produção da bola oficial do evento, viu as vendas do produto atingirem 1,2 milhão de unidades, o dobro da Copa de 2002. Esses resultados espetaculares mais a temporada de renovações de contratos tornaram as seleções

nacionais ainda mais valiosas. “É inegável que o jogo se inverteu. O poder de barganha agora está com as seleções”, diz o consultor Carlos Eduardo Costa.

A dimensão da interação da marca com os consumidores ocorre fundamentalmente através de ações de patrocínio, quando os consumidores visualizam a marca do patrocinador em situações de entretenimento e lazer. A empresa que patrocina alguma equipe, atleta ou evento esportivo une sua marca ás emoções e os sentimentos dos clientes, consumidores e potenciais consumidores, fazendo do patrocínio esportivo uma ferramenta altamente rentável, principalmente quando se fala de marketing institucional.

No patrocínio esportivo, a empresa busca potencializar a sua marca. As maiores motivações para tal investimento são provenientes do apelo junto à mídia, o vasto mercado constituído pelos torcedores, praticantes e admiradores das diversas modalidades esportivas e a sua segmentação. Profissionais da área, afirmam que o patrocínio esportivo é uma ação inteligente, pois agrega valor a marca do patrocinado e reforça sua presença no mercado, tornando-a uma marca forte e mais conhecida.

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1.2 cenário atual

Para selecionar um patrocínio é necessário identificar uma série de relações entre o atleta, equipe ou evento esportivo e a empresa patrocinadora. Atualmente existem pesquisas que mapeiam as relações de consumo dentro do universo esportivo, o que de fato é uma ferramenta importantíssima nas negociações de patrocínios. De acordo com Rafael Plastina (Diretor de Marketing da Informídia), existem três pontos de partida na indústria moderna do patrocínio: primeiro, as empresas precisam saber exatamente o que querem ao associar suas marcas ao esporte; segundo, o esporte precisa saber exatamente o que pode oferecer às marcas; terceiro, os inte-ressados têm que buscar especialistas em informações e inteligência para extrair e oferecer o máximo dentro da relação Marca X Esporte.

Como a atividade esportiva se desenvolve num clima de muita emoção, espontaneidade e alegria, o patrocinador deve tirar proveito des-ses fatores, para se posicionar melhor diante do seu público alvo e ser mais bem favorecido em relação aos seus concorrentes.

O patrocínio esportivo pode render bons frutos aos seus patrocinadores. Por exemplo: Em 2004 dos 91 jogos do São Paulo, 77 foram transmitidos pela TV, garantindo ao Clube, o primeiro lugar

no Ranking de exposição na Rede Globo e a 2ª colocação na Rede Record (que não possui os direitos de transmissão da Taça Libertadores da América). E mais, se a LG precisasse pagar os valores de tabela por exposição de mídia, iria desembolsar R$ 108 milhões no mesmo ano, sendo o valor pago pelo patrocínio custou a LG R$ 7 milhões.

Para um patrocinador o desempenho do atleta, ou do time, reflete na imagem institucional da empresa. Uma gestão responsável de patrocínio em determinada modalidade criam jogadores qualificados, o que geram vitórias, conseqüentemente, mais público e resultado na mídia. E consequentemente, mais lucro para quem investiu. Além da exposição na mídia, o apoio a uma atividade que promove resgate da auto-estima, cidadania e inserção social da po-pulação, agrega respeito e melhora a imagem institucional da empresa.

É importante ressaltar que em muitos casos é preciso mostrar ao público que você está patroci- nando algum evento, ou atleta. Para isso é preciso fazer a “Ativação do Patrocínio”. Essa ativação pode ser com uma ação de relacionamento com clientes, ou até mesmo em pequeno evento com um público específico dentro de um grande evento. Recentemente a Adidas lançou o “Desafio Adidas

Lances Impossíveis – Marque um gol incrível no Palestra Itália”. Nessa ação a Adidas utilizava a campo do estádio durante o intervalo dos jogos para que os torcedores participassem da promoção.

“O esporte é a organização social do lúdico, e toda sociedade elege uma modalidade que a caracteriza. O futebol é um fenômeno que traduz a cultura brasileira”, diz o sociólogo carioca Maurício Murad, criador do Núcleo de Sociologia do Futebol da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Expressões nativas dos gramados invadiram as conversas em todos os setores. Qualquer trama é uma “jogada”. Fazer algo bem-feito é “marcar um gol de placa”. Deixar de resolver um problema é “chutar para o alto” e salvar uma situação é “colocar para escanteio”. E por aí vai. Quem está a perigo vai para “a marca do pênalti”. Dar uma mancada é “pisar na bola”. Quem é ríspido “entra de sola” e tudo termina no “apito final”.

2mercado

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Para a inserção de uma nova marca no mercado, é vital uma breve análise da história, para saber onde os concorrentes

de hoje começaram seus investimentos no esporte , e também para entender seu posicionamento. Com esses dados, veremos se existe espaço para uma marca brasileira forte e ousada para competir de igual para igual com as estrangeiras e as nacionais.

2.1 análise dos concorrentes

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2.1.1 nike

É a principal marca de artigos esportivos do mundo e possui suas principais fábricas na Ásia. Apesar de hoje o futebol ser o esporte

que mais gera associação a marca, a corrida é ainda seu maior retorno financeiro.

Sua maior campanha, batizada de “Just do It” não conquistou apenas uma época ou geração, mas como hoje é tão forte quanto o símbolo da marca em si, sendo rapidamente associada a Nike. A empresa simboliza força, dedicação, trabalho (esforço) e suor para pessoas que querem vencer. Através dessa premissa, a Nike conseguiu assinar com diversos atletas campeões para usarem seus produtos enquanto mostram imagens de suas vitórias em campanhas criadas pela empresa. A mais recente delas, “Rala que Rola” mostra o jogador de futebol do Corinthians, Ronaldo, três vezes considerado campeão do mundo e o maior artilheiro em Copas do Mundo, que sofreu duas vezes o rompimento do tendão patelar (uma em cada joelho) e que mesmo assim deu a volta por cima e voltou a jogar novamente.

Apesar de trabalhar também no segmento fashion, a Nike está focada em pesquisas de novas tecnlogoias para a melhor performance dos equipamentos e confecções e inspirar cada atleta ao redor do mundo.

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2.1.2 adidas

Talvez a mais antiga entre as marcas esportivas atuais, patrocina atletas com seus equipamentos desde as Olimpíadas

de 1928. Com a sua campanha “Impossible is Nothing”, ela se posiciona como uma marca que ousa desafiar o impossível, tanto através dos seus atletas patrocinados que variam desde o lendário boxeador Muhammad Ali até o jogador de futebol David Beckham, já que superaram momentos difíceis e quebraram recordes, e também nos seus produtos que possuem uma alta tecnologia, como a bola sem costura (Roteiro) e a tecnologia Climacool, empregada em suas chuteiras quanto nas camisetas, que ajuda a regular a temperatura do corpo.

A Adidas possui outras comunicações voltadas para o mundo fashion, chamada de Adidas Style, onde seu foco é a imagem da pessoa que veste a marca para sair. Tem a estilista Stella McCartney com uma das estrelas da estratégia mundial para conquistar as mulheres e que também investe na linha casual para seus negócios.

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2.1.3 puma

Foi fundada pelo irmão de Adi Dassler (fundador da Adidas), Rudolf Dassler, após uma grande briga entre os dois. Essa

disputa quase que particular ajudar a formar duas das maiores companias esportivas da história do segmento.

O símbolo do puma pulando representa a combinação de velocidade, força e elegância exibida por atletas profissionais. Também representa a rivalidade feroz entre os irmãos.

Enquanto a Adidas possui a proposta de melhorar a performance de cada atleta através da inovação, a Puma propõe um estilo de vida esportivo que se adapte as suas atividades.

A bem-sucedida estratégia de mesclar moda ao esporte é o que tem diferenciado a Puma dos concorrentes. O principal objetivo é reforçar o conceito de marca, colocando o esporte, quase que como uma desculpa. A associação com grandes estilistas e modelos, reforça ainda mais a estratégia da empresa. A Puma, como a Adidas, investe em linhas femininas que podem ser usadas em diversas ocasiões.

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2.1.4 reebok

Criada em 1890 por Joseph William Foster na Inglaterra, sua missão original era aumentar a performance em provas

de corrida de longa distância através do equipamento dos seus atletas.

Durante os anos 80, Nike e Reebok eram bastante similares em suas estratégias de mercado: ambas investiam em produtos a longo prazo e mantinham o preço dos produtos bastante elevado. Também investiam em peso equivalente em novas tecnologias.

O problema veio no final dos anos 90 até 2005. A Reebok procurou investir de forma horizontal no mercado: atuar tanto em calçados, em diversos esportes e na área de moda enquanto suas concorrentes investiam na vertical: tinham prioridades de investimento como tecnologia ou equipamentos esportivos. Isso fez com que ela ficasse muito atrás de Nike e Adidas. A grande confusão dos clientes em associar a marca da Reebok com um posicionamento, fez com que ela perdesse muito dinheiro até que em 2006 fosse comprada pela Adidas por US$ 3,78 bilhões. Hoje as duas empresas formam uma gigante dos equipamentos esportivos que briga fortemente com a Nike até mesmo dentro dos Estados Unidos, pátria mãe da Nike.

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2.1.5 lotto

Está focada na pesquisa de novas tecnologias e design inovador. Os dois losangos sobrepostos (símbolo da marca) são uma

referência a uma quadra de tênis e um campo de futebol, segmentos onde a marca atua fortemente.

A grife italiana desembarcou no Brasil em abril de 2007 - pretende se posicionar entre as três maiores do setor no País em um prazo de cinco anos e competir com gigantes como Nike e Adidas. A estratégia da empresa, que direciona 10% do faturamento em ações de marketing, é investir em ações de patrocínio no futebol e no tênis.

De acordo com o diretor de operações da Lotto no Brasil, João Augusto Simone, a empresa enxerga na mídia espontânea gerada por essas ações a melhor forma de tornar a marca mais conhecida no País. “Não tinha sentido uma marca com foco no futebol, além do tênis, não ter presença no Brasil, o País do futebol”, afirma Simone.

A empresa, que tem seus produtos fabricados e distribuídos no Brasil pela Filon Confecções, acertou uma parceira de patrocínio de material esportivo com o Sport Clube do Recife, até 2011. “O Sport tem a maior torcida do Nordeste e é um clube muito bem administrado, com estádio

próprio”, ressalta Simone. A torcida do Leão da Ilha têm cerca de 1,8 milhões de fãs. A marca negocia para patrocinar também grandes equipes da região Sul e Sudeste.

A Lotto vai investir também em patrocínio individual de atletas, como faz na Itália, com nomes como Doni, Cafu e Dida. No Brasil a marca já patrocina 16 jogadores. A meta da empresa é patrocinar de 35 a 40 atletas no País. Outra estratégia para promover a marca é a realização, todo ano, da Copa Lotto de Futsal Intercolegial, destinado à estudantes do ensino médio e fundamental.

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2.1.6 umbro

Fundada em 1924 na Inglater ra , é reconhecida mundialmente pela sua dedicação exclusiva ao futebol e a lemas

associado a esse esporte como “Nós passamos 0% do nosso tempo pensando sobre outros esportes. O que nos deixa com 100% do nosso tempo para pensar em futebol e como desenvolver melhores kits para o futebol.”.

Ela está presente em 90 países e patrocina mais de 150 clubes e seleções, entre elas a seleção da Inglaterra, onde a empresa mais está focada em desenvolver a melhor camiseta de futebol para os ingleses até 2014 e também patrocina jogadores como Owen, Deco e Crespo.

A Umbro tem a proposta de transmitir paixão, união, crença (as três características que são muito fortes no futebol) e a sua essência britânica.

Durante o verão de 2006, a empresa decidiu partir para o segmento fashion, já que não estava mais conseguindo manter o mesmo ritmo das demais empresas de material esportivo que já atuavam no segmento como Nike, Adidas e Puma. Para isso contrataram o designer britânico Kim Jones e o mundialmente famoso designer de chapéus Philip Treacy.

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2.1.7 penaltY

Considerada por muitos, a maior empresa de material esportivo do Brasil, a Penalty ingressou de verdade no mercado de

produtos oficiais para futebol na década de 70, apesar de ter sido fundada pelo nome de Cambuci S/A na década de 30.

Depois de 1973, passou a patrocinar o primeiro time de peso, o São Paulo Futebol Clube. Mais tarde nesta mesma década, conseguiu os direitos de patrocínio da CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão) e firmou de vez sua força como “Marca de profissional”, slogan utilizado durante os anos 80 e 90, associado a todo o universo do futebol e suas diferentes modalidades.

E m 2 0 0 7 p a s s o u a u t i l i z a r o s l o g a n “Patrocinadora oficial do seu jogo”, firmando sua marca como aquela que está com você em qualquer jogo. Hoje a Penalty ainda patrocina diversas equipes de futebol e até mesmo algumas federações, inclusive a própria CBF nos uniformes dos árbitros no campeonato brasileiro. Também patrocina jogadores de peso como Rogério Ceni do São Paulo F. C..

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2.1.8 topper

Começou a operar no início da década de 70, justamente quando o esporte brasileiro alcançava glórias no futebol,

automobilismo e atletismo. Também foi nessa época que os brasileiros começavam a ter uma preocupação com sua saúde e a boa forma.

Na década de 80 foi quando a Topper passou a ser fortemente associada ao futebol ao se tornar a patrocinadora oficial da seleção brasileira de 1980 a 1991, presente em três copas do mundo (82, 86 e 90). Apesar de não ter ganho nenhuma copa durante este período, patrocinou também uma das melhores gerações de craques do futebol da nossa história, como Sócrates, Zico, Falcão e Júnior, isso sem contar os maiores clubes de nossos campeonatos. Com isso a Topper passou a

ter reconhecimento, credibilidade e confiança entre o público e o meio futebolístico.

Durante a década de 90, a empresa já tinha como slogan “A marca oficial do brasileiro”, por ser constantemente associada as glórias do futebol brasileiro. Porém a marca começou a perder espaço no mercado nacional graças a forte evolução das marcas estrangeiras e suas estratégias. Começou a ampliar sua força nas linhas de futsal, outra modalidade de futebol que o Brasil sempre foi muito forte, mas não foi suficiente para manter a mesma credibilidade da década de 80.

Recentemente a Topper decidiu renovar sua identidade visual para poder atuar em novos

segmentos esportivos, deixando de ser associada apenas ao futebol. Isso se deve ao fato de diversas empresas estrangeiras terem começado a expandir suas estratégias para outros esportes. A marca e o slogan antigos, eram muito fortes no meio futebolístico e tinha pouca expressão nos outros esportes, por isso passou a adotar o slogan “Coração Manda” , onde tenta demonstrar sua participação em esportes como basquete, tênis, volei e atletismo, fazendo o brasileiro resgatar toda aquela credibilidade que possui no futebol como a raça, competitividade e força de vontade. E está conseguindo. A Topper hoje atua em 10 países e é muito forte também na Argentina, onde sagrou-se a patrocinadora oficial do time Estudiantes de la Plata, campeão da Taça Libertadores de 2009.

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2.2 análise das marcas

Após a análise dos concorrentes e seus posicionamentos no mercado, é preciso verificar as marcas em si. No segmento

de patrocinadores esportivos, o símbolo utilizado é extremamente forte, pois é ele que vai acompanhado nas camisetas, bolas e chuteiras. Saber em quais categorias cada marca se encaixa é necessário para entender como esse setor se comunica com seu público-alvo e quais são as mais frequentes.

Para a tabela abaixo, foi decidido que seriam analisadas as marcas de acordo com suas aplicações nas camisetas de futebol, pois esta seria a definição para uma nova marca.

Não se pode dizer, que não existe inovação na marca proposta, por seguir uma tendência no ramo. É uma “tradição” que acontece no mercado e segui-la, significa não ter seu posicionamento arriscado apenas por querer inovar e nem

prejudicar a lembrança ou associação de uma nova marca na cabeça do consumidor.

Também ficou decidido que a nova marca, deveria ser apoiada em seu logotipo, pois por se tratar de uma marca nova, facilitaria na associação do seu símbolo com seu nome, como foi feito com empresas que hoje “aboliram” seus logotipos, devido ao tempo que atuão no mercado.

mArcAs picTóricAs:uma imagem literal imediatamente reconhecível que foi simplificada e estilizada

mArcAs ABsTrATAs/simBólicAs: um símbolo que transmite uma grande idéia e muitas vezes incorpora ambiguidade estratégica

mArcAs ApoiAdAs no logoTipo: um acrônimo de natureza livre, nome de empresa ou nome de produto que foi desenhado para transmitir o atributo ou posicionamento de uma marca

Puma

NikeReebokUmbro

AdidasLottoTopperPenalty

3perfil do usuário

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Agora é necessário uma avaliação dos possíveis usuários da nova marca. O mercado de marketing esportivo

p o s s u i u m a n a t u r e z a p r o m o c i o n a l e institucional. Cada vez mais as empresas investem em uma boa divulgação para proporcionar uma boa imagem da sua marca diante de seus consumidores, cada vez mais exigentes e menos fieis.

Até pouco tempo atrás a marca era um fator decisivo na hora da compra e o preço era algo secundário. Mas nos dias de hoje, existem muitas semelhanças entre as marcas, além de uma enorme variedade de marcas em um mesmo nicho de mercado. Por isso o preço é hoje um fator decisivo na hora da compra e ao comparar os preços de um produto produzido no mercado nacional com os produtos importados, percebemos o quanto é necessário um investimento em novas marcas com produtos e serviços com preços mais acessíveis à população brasileira. Mesmo o Brasil vivendo um ótimo momento no mercado internacional, emprestando dinheiro ao FMI e por ter sobrevivido à crise sem grandes prejuízos devido a força atual da economia, o brasileiro ainda possui uma renda muito inferior ao de consumidores internacionais. Uma marca criada hoje, levando em conta todos esses

fatores da economia do país, tem como público-alvo os jovens.

Em geral eles possuem entre 15 e 24 anos de idade. Segundo o censo demográfico realizado pelo IBGE, a porcentagem dessa parcela da população apresentou uma pequena queda entre 2000-2005, porém entre 2005-2010 volta a crescer e chegará a aumentar bastante até 2015, fazendo dessa faixa etária vital para a marca criada. Vale a pena ressaltar também que de acordo com a Contagem Populacional de 1996 a média de idade da população já era de 23,3 anos, ou seja, localizada entre a faixa etária de 15 e 24 anos.

Essa média de idade condiz até com a idade que os jogadores profissionais começam a despontar no futebol internacional, fazendo deles um grande valor para a marca que os patrocina. Podemos tirar como exemplo o Kaká, que saiu do São Paulo F.C. com 21 anos para o Milan-ITA onde viu sua carreira decolar entre 21 e 24 anos de idade onde conquistou diversos títulos. A Adidas, patrocinadora oficial do atleta, obteve um retorno altíssimo com Kaká como principal estandarte da marca.

Também precisamos avaliar o poder de compra dessa faixa etária. São nessas idades em que os

jovens estão se tornando adultos e começando a iniciar sua carreira profissional. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2004, entre 1993 e 2003, aumentou de 40,7% para 60,9% o número de adolescentes entre 15 e 17 anos de idade que tinham o estudo como atividade exclusiva. Porém, nas faixas etárias seguintes a vantagem de somente estudar ainda é uma realidade para poucos. Assim, 30,4% dos jovens de 18 e 19 anos de idade e 11,7% dos que têm entre 20 e 24 anos apenas estudam e com isso, mais da metade dos jovens entre 15 e 24 anos ocupavam um posto no mercado de trabalho em 2003. Veja abaixo:

3.1 perfil sócio-econômico

Jovens de 15 a 24 anos de idade segundo a condição

de atividade - 2003

Só estuda

Trabalha e estuda

Só trabalha

Afazeres domésticos

Não realiza nenhuma atividade

15 a 24 anos

34,3

27,4

14,6

4,3

19,2

Fonte: IBGE. Síntese de Indicadores Sociais 2004

63

A pós expor o perfil sócio-econômico do público-alvo deste projeto, é preciso avaliar os gostos e hábitos desses

jovens. Para ajudar na visualização desses possíveis usuários foi criado um painel semântico que resumisse em imagens essa descrição.

Na sua maioria são homens, que é o sexo com uma grande maioria na prática de futebol, seu esporte predileto para jogar tanto na escola, quanto com os amigos em seus momentos de lazer e também sua primeira escolha na hora de jogar video-games. Os jogos eletrônicos são considerados uma das maiores formas de retorno financeiro no marketing esportivo, por se tratar de um investimento incrívelmente pequeno quando comparado com outras ações publicitárias.

Estes jovens também almejam praticar o futebol profissionalmente e com isso preferem comprar todos os adereços que os atletas profissionais utilizam, como chuteiras, luvas, bolas e uniformes. Eles acreditam que ao usar estes acessórios, eles poderão encarnar o mesmo espírito de seus ídolos e melhorar suas habilidades diante dos seus adversários.

Eles são adolescente e adultos em formação. Suas preocupações são muito inferiores a de seus pais e geralmente utilizam o pouco que ganham, quando trabalham, em produtos pessoais. Claro que vale ressaltar que em algumas classes mais baixas, infelizmente ex is t e m j ove ns q u e p re c is a m a j u da r financeiramente em casa, por isso passam a

trabalhar mais cedo. Mas apesar de, ás vezes, terem responsabilidades como adultos, suas ações e objetivos estão de acordo com suas idades.

Também gostam de viajar em suas férias. Praia geralmete é o destino predileto de garotos entre 15 e 24 anos, porque na praia eles podem ir praticar esportes diversos como futebol, vôlei e surfe e a noite eles saem para paquerar garotas da sua idade.

E por fim, eles gostam bastante de ir aos estádios de futebol. Vendo seus jogos ao vivo, eles vestem a camisa do seu clube, torcem, vibram, gritam, choram e sofrem como se fizessem parte dos 11 jogadores do seu time.

3.2 perfil psicográfico

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4projeto

67

Para começar a elaborar este projeto de uma nova marca para artigos esportivos, foi preciso definir os valores dessa marca.

Estes valores são geralmente atributos positivos que estão inseridos no inconsciente do consumidor e são geralmente intangíveis.

Através da análise feita no capítulo 2, percebe-se como as marcas nacionais foram engolidas rapidamente pelas estrangeiras. Isso aconteceu principalmente porque elas não tinham um posicionamento e valores claros no mercado. Até mesmo algumas marcas estrangeiras como Reebok e Umbro acabaram sendo compradas pelas rivais Adidas e Nike respectivamente, devido ao seu mal posicionamento no mercado.

Decidiu-se então cr iar uma marca de patrocinador esportivo nacional, que investisse primeiramente no futebol . Também foi explicado no capítulo 1 como este esporte passou a ter uma importância tão grande para o nosso país, que hoje paramos tudo para acompanhar uma Copa do Mundo ou jogos dos

nossos times. O futebol por si só transmite a lguns valores que mui tas vezes são características do nosso país, como:

• GINGA: todos nós sabemos como o brasileiro é conhecido por sempre dar um “jeitinho” nas coisas. Muitas vezes em situações inusitadas, o nosso povo se vira, se esforça e chega ao seu objetivo superando o problema de forma geralmente inusitada. É a ginga também que faz do futebol brasileiro aquele com mais habilidade, caso de Pelé, Garrincha, Robinho e Ronaldinho Gaúcho.

• GARRA: a garra, muitas vezes conhecida no futebol como “raça”, demonstra a força e a coragem do brasileiro diante de situações de desespero, como na f inal da Copa das Confederações de 2009, quando o Brasil perdendo por 2x0 dos E.U.A., virou o jogo para 3x2 e foi campeão.

• BELEZA: este é o mais característico de todos. O Brasil é um país muito grande e com uma

costa litorânea enorme, onde abriga milhares de praias lindas e constantemente frequentada por turistas. Também temos uma fauna e flora valorizada pelo mundo todo, como a própria floresta amazônica, conhecida como o pulmão da Terra e a quase devastada Mata Atlântica, que apesar de ter tido seu tamanho reduzido significamente, ainda abriga uma das maiores biodiversidades do planeta. O belo futebol praticado por todos os brasileiros, é algo tão forte que chegamos a exportar mais jogadores do que exportamos banana. Literalmente!

Estes três atributos são os valores que estão contidos nesta nova marca. Juntos eles irão ajudar a oferecer um posicionamento claro no mercado dos fabricantes esportivos voltados para o futebol. Essa estratégia de branding tem muitas chances de se destacar perante as outras, devido a história das demais fabricantes que começaram a patrocinar primeiro atletas de corrida, área de especialidade até hoje de Nike, Adidas, Puma e Reebok.

4.1 conceito da marca

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69

Apesar de parecer um processo fácil comparado a outras escolhas que devem ser feitos diante de uma nova marca, o

nome certo precisa ter algumas qualidades para funcionar em conjunto com os demais produtos do processo. Segundo Alina Wheeler (2008) “O nome certo é atemporal, não cansa, é fácil de memorizar, representa alguma coisa e facilita as extensões da marca”.

Nesta etapa do projeto, foram pensados diversas abordagens para a escolha do nome. Uma delas foi resgatar palavras de origem Tupi para a marca, como nomes de animais ou adjetivos positivos. Porém, logo foi descartado pelos problemas que outras culturas que não as latinas, teriam ao pronunciar palavras como “anhangabaú” ou “arara”, por exemplo. Além do mais, alguns nomes podem ter conotações diferentes em outras culturas, como no caso da Chevrolet, que nomeou um do seus novos modelos de “Nova”. Rapidamente descubriu-se que em espanhol este nome seria lido como a expressão “No va” , ou se ja “Não vá” , contradizendo o conceito básico de um veículo de ser um meio de transporte.

Foi decidido então adotar nomes referentes ao futebol ou aos esportes que poderiam ajudar na rápida associação à proposta da marca. Para

fechar mais o leque de possibilidades, foi decidido que o nome seria em inglês, pois é o idioma mais usado em conversações entre culturas, é usado como língua oficial na internet, além de ser a língua oficial em diversas associações esportivas, como a FIFA (Fédération Internationale de Football Association) e a FIA. (Federation Internationale de l’Automobile). Abaixo estão listados alguns desses nomes:

BALL: tem uma grande relação com o futebol, mas a “bola” pode significar uma bola de qualquer esporte além de parecer que a marca só vende bolas; BALANCE: significa “equilíbrio”, mas uma marca chamada New Balance, já existe no mercado de tênis; CORNER: é “escanteio” em português, porém pode significar também “esquina”, fazendo com que a marca perca qualquer relação com o esporte;CROSS: um dos fundamentos do futebol, o “cruzamento”, mas em outros esportes pode ter outros sentidos, como o “cruzado”, um dos golpes utilizados no boxe;GOAL: foi um das primeiras escolhas para o nome, já que é uma das palavras mais associadas ao futebol, “gol”. Porém a escrita em inglês dificultaria a associação com o esporte, além de existirem outros produtos no mercado

com o mesmo nome, como carro da Volkswagen e a empresa de aviação comercial; KICK: também é um dos fundamentos do futebol, mas assim como CROSS, pode ser associado a um dos fundamentos de diversas artes marciais, o “chute”; ONE twO: um tipo de de drible no futebol, conhecido como “tabela” ou “um, dois”. Mas é muito restrito ao glossário do futebol e não facilitaria as extensões da marca; tARGEt: significa “alvo” e poderia ser aplicado a todos os esportes, já que todos possuem algum tipo de “objetivo”. Porém também dificulta a associação com o esporte e já existe uma rede de hipermercados nos E.U.A. FIELd: significa “campo”. Mas no caso dos esportes, ele é aplicável a praticamente toda delimitação de onde o esporte é exercido. Ele também facilitaria as extensões da marca, é fácil de memorizar, mesmo sendo em uma língua estrangeira, pois não tem uma pronuncia complicada, além de não cansar e representar facilmente o esporte.

Sendo assim, decidiu-se pelo último nome. Ele preenche todas qualidades requeridas para funcionar de forma correta. Com o nome definido, agora é possível começar a esboçar o design da marca.

4.2 naming

71

4.3 roughs da marca

Nesta primera etapa dos roughs, foi pensado em trabalhar os elementos do campo de futebol para representar o

símbolo da marca. Também já neste processo, iniciou-se a possibilidade de util izar a tipografia para representar o campo.

• A possibilidade da grande área como forma de representação gráfica do campo de futebol. Ainda é um símbolo muito “duro”, sem movimento.

• Para tentar dar um pouco de movimento ao símbolo, houve a possibilidade de trabalhar o círculo central do campo. Porém era um desenho que fazia lembrar bastante o formato da direção de um carro, que não é a proposta da marca.

• Uma das primeiras tentativas de trabalhar apenas a tipografia, sem o apoio de um símbolo.

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4.3 roughs da marca

• Algumas formas de trabalhar apenas a letra “F” de Field, para representar os elementos do campo.

• Neste esboço, a possibilidade de usar a “forma e contra-forma” como logotipo.

• Exemplos da simplificação da região do escanteio e da bandeirinha, para tentar algum movimento ao símbolo.

75

4.3 roughs da marca

• Estas eram algumas tentativas de dar movimento à grande área. Foram testadas diversas hipóteses, mas algumas faziam lembrar marca como Nike e Reebok.

• Em um dos encontros com a professora Cecília Consolo, ela sugeriu trabalhar uma das idéias abordadas anteriormente, de uma forma melhor: a de trabalhar a letra “F” como elemento de associação ao campo de futebol. A partir daí, começou a se trabalhar apenas em cima desta ideia.

77

4.3 roughs da marca

• Durante as aulas de TCC com o professor Paulo Sampaio, ele comentou sobre a simetria do campo de futebol e como isso deveria estar implícito na marca, além de também haver a necessidade de movimento. O campo de futebol e seus elementos são estáticos e “duros”, porém o jogo é de muita velocidade e ginga, um dos fatores que a marca nacional deveria transmitir.

79

4.3 roughs da marca

• Já escaneado e vetorizado no computador, começou o processo de obter a simetria do campo de futebol. Para isso então a vetorização foi feita sobre a grande área, para que houvesse a proporção exata. Depois disso, novamente algumas tentativas de dar movimento ao símbolo.

• Nesta etapa, algumas formas de apoiar o símbolo escolhido ao nome. Como a marca ainda tinha alguns cantos “quadrados”, foi escolhida uma letra serifada que tivesse as mesmas características. Mas ainda faltava o movimento, a “ginga” do futebol.

81

4.3 roughs da marca

• Nessa parte do processo, estava praticamente decidido que a fonte a ser utilizada é que precisava ter o movimento. Porém começou nesta etapa também, a possibilidade de adaptar a letra “F” da fonte escolhida, Colo Normal, para representar as duas áreas do futebol, de forma bastante estilizada a ponto de se tornar quase abstrata.

Durante esse processo, começou a união das letras para poder dar uma “ginga” ao logotipo e que ele fizesse uma associação a todo o movimento que existe no esporte.

• Quase definido, agora faltavam alguns ajustes. Em conversas com os professores, decidiu-se rever algumas das uniões das letras. Como por exemplo a letra “F” com a letra “I”, que quase formavam a letra “A”. Na fonte original também, existe uma linha branca que foi eliminada, devido a redução que toda marca sofre, o que faria com que ela sumisse. O mesmo aconteceu com as duas “bolinhas” que existiam antes, pois elas causariam o mesmo problema das linhas.

O símbolo final aplicado ao seu logotipo. A intenção é lembrar duas letras “F” espelhadas e invertidas, que fizessem lembrar as áreas do campo de futebol.

83

4.3 roughs da marca

• Nas duas imagens estão a aplicação da marca definida em uma possibilidade da marca. Também existe na primeira imagem, a comparação entre a primeira marca criada e a final. É nítido a melhora e como última “encaixa e conveersa” em relação aos demais elementos contidos na camiseta de um time de futebol.

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Em um primeiro momento não pensou-se em utilizar cores na marca. Isso porque a marca seria geralmente aplicada em

uniformes, chuteiras e bolas onde a marca geralmente varia de cor de acordo com as cores utilizadas no suporte. Porém, algumas marcas utilizam uma cor específica para ser aplicada em suas lojas, embalagens, papelaria e sites. Um exemplo é a Puma, que usa o vermelho para representar a agressividade do felino em suas aplicações. Sendo assim, o uniforme se torna um caso a parte, onde sua cor irá variar para não prejudicar as cores da equipe e manter um equilíbrio agradável com os outros símbolos como o escudo do clube e os demais patrocinadores.

Por estarmos falando de uma marca nacional e estar focado no futebol, algumas cores foram escolhidas, dentre elas:

O verde é abundante em nossa bandeira e representa nossa vasta quantidade de matas e florestas, além de ser uma cor constantemente associada à natureza, saúde, renovação e

rejuvenescimento. Vale ressaltar também por ser a cor do gramado dos campos de futebol profissional.

Também foi necessário levar em conta os concorrentes da Field. Apesar de alguns leigos não perceberem, algumas marcas possuem algumas cores associadas a elas. Caso do vermelho da Puma, o azul da Topper e da Adidas e o laranja da Nike e da Penalty. Estas seriam ótimas cores para serem usadas como co r i ns t i t u c i o nal da Fi e l d , p o ré m as concorrentes que estão a mais tempo no mercado já as utilizam e toda a proposta da marca, poderia ir por água abaixo.

4.4 cores

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De acordo com Debora Koontz Traverso da Outsmarting Goliath: “Uma tagline é um slogan, um esclarecedor, um

mantra, uma afirmação de uma empresa ou um princípio de conduta que descreve, singulariza ou ajuda a criar um interesse”. Isso faz da tagline um motivador extra que influencia o consumidor trazendo à tona uma resposta emocional. Ela é uma frase simples e direta que captura a essência e a personalidade da marca de uma empresa e a diferencia de seus concorrentes.

Relembrando a essência brasileira da marca FIELD, decidiu-se por extrair a famosa mania das crianças, e alguns adultos, de onde quer que esteja jogar futebol com uma bola feita de meia, elásticos, papel, tampinha de garrafa ou qualquer outro material que a pessoa tenha a disposição onde quer que ela esteja.

Com esses fatores em mãos, já idealizou-se a criação dessa tagline em diferentes línguas para facilitar a expansão da marca em outros possíveis países. Assim como a Nike com a “Just do It” e a Adidas com “Impossible is Nothing”, a nova marca Field possui...

... português: JOGUE EM QUALQUER LUGAR • inglês: PLAy ANywhERE• espanhol: JUEGA dóNdE QUIERAS• Alemão: SPIELE IRGENdwO• italiano: GIOCA dOVUNQUE• Francês: JEU N’IMPORtE Où• japonês: PUREIdOKO dE MO

Porém a tagline tem um tempo de vida re lat ivamente curto. Assim como as campanhas de marketing, elas são suscetíveis a mudanças no mercado e no estilo de vida de seus consumidores.

4.5 tagline

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4.6 exemplos de aplicação

91

Quando primeiro se idealizou este projeto, pensou-se em desenvolver uma marca nacional que transmitisse seus valores

brasileiros, através de grafismos e texturas apli-cadas aos produtos de um patrocinador esporti-vo. Porém, com no decorrer das pesquisas e aprofundamento na área, percebeu-se como é importante o posicionamento de uma marca.

No segmento de fabricantes de artigos espor-tivos, o posicionamento define completamente o conceito e os objetivos da marca. Até mesmo os clubes quando escolhem seus patrocinado-res, inconscientemente buscam aquela marca que praticamente define os ideais dos clubes e de todos os seus torcedores.

Também foi percebido a importância das ta-glines nas campanhas de marketing. Elas são muito fortes e geralmente ajudam a definir toda uma época e conceito da marca.

Mas o que mais se aprendeu neste projeto fo-ram as etapas de construção e conceituação da marca. As decisões tomadas nestas etapas, defi-nem completamente o posicionamento e identi-dade visual que todos os produtos e peças, a sua marca terá. A força das marcas de artigos espor-tivos, está completamente centrada no seu sím-bolo e na forma como ela é aplicada nas camise-tas dos clubes de futebol.

Foi o futebol que inspirou este projeto e são as aplicações voltadas ao futebol, que ajudam na força e posicionamento da marca. Os clubes deste esporte possuem milhões de torcedores, que são fanáticos pelos seus clubes e geralmen-te preferem a compra de produtos originais, do patrocinador oficial de seus clubes.

considerações finais

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• designWHEELER, Alina. Design de Identidade da Marca. Artmed, 2008. 288 páginas.

• FutebolCARMONA, Ledio; POLI, Gustavo. Almanaque do Futebol SporTV. Casa da Palavra, 2009. 344 páginas.

GINI, Paulo; RODRIGUES, Rodolfo. A História das Camisas dos 12 Maiores Times do Brasil. Panda Books, 2009. 273 páginas.

• marketing esportivoMELO NETO, Francisco Paulo de. Marke-ting Esportivo. Record, 1995. 247 páginas.

• sites pesquisadosADIDAS: Disponível em: <http://www.adidas.com.br>

ADIDAS PRESS: Disponível em: <http://www.press.adidas.com>

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NIKE BIZZ: Disponível em: <http://www.nikebiz.com>

PENALTy: Disponível em: <http://www.penalty.com.br>

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REEBOK: Disponível em: <http://www.reebok.com>

TOPPER: Disponível em: <http://www.topper.com.br>

UMBRO: Disponível em: <http://www.umbro.com>

bibliografia

95

© 1: Camisa da seleção brasileira. Disponível em: <http://www.flickr.com/photos/umbrofootball/3447397920>

© 2: Réplica da Taça Jules Rimet. Disponível em: <http://www.flickr.com/photos/umbrofootball/3446586827>

© 3: David Beckham, jogador do L.A. Galaxy. Disponível em: <http://www.press.adidas.com/>

© 4: Aloisi, jogador de futebol. Disponível em: <http://www.nikebiz.com/media/#view=presskit&kit=T 90>

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© 6: Culina, jogador de futebol. Disponível em: <http://www.nikebiz.com/media/#view=presskit&kit=T 90>

© 7: Canavarro, jogador de futebol. Disponível em: <http://www.nikebiz.com/media/#view=presskit&kit=T 90>

© 8: Kaká, jogador de futebol. Disponível em: <http://www.press.adidas.com/>

© 9: Messi, jogador de futebol. Disponível em: <http://www.press.adidas.com/>

© 10: Fred, jogador de futebol. Disponível em: <http://www.press.adidas.com/>

© 11: Anelka, jogador de futebol. Disponível em: <http://media.photobucket.com/image/PUMAanelka/jumento/017/PUMAanelka.jpg>

© 12: Jogador da seleção da Nigéria. Disponível em: <http://farm3.static.flickr.com/2576/3998585716_4b6137d5c9_o.jpg>

© 13: Buffon, jogador de futebol. Disponível em: <http://media.photobucket.com/image/PUMAbuffon/jumento/017/PUMABuffon.jpg>

© 14: Henry, jogador de futebol. Disponível em: <http://static.reebok.com/images/ TH_1024X768_UK_tcm48-4799>

© 15: Jogador de futebol do Palermo-ITA. Disponível em: <http://farm3.static.flickr.com/2368/1919330469_f0bb21c00a_o_d.jpg>

© 16: Jogadores de futebol do Sunderland-ING. Disponível em: <http://flickr.com/photos/umbrofootball/3541333401/sizes/o/>

© 17: Juninho, jogador de futebol. Disponível em: <http://flickr.com/photos/umbrofootball/3425927141/sizes/o/>

© 18: Juninho, jogador de futebol. Disponível em: <http://flickr.com/photos/umbrofootball/3425738931/sizes/o/>

© 19: Jogadores da seleção da Inglaterra. Disponível em: <http://flickr.com/photos/umbrofootball/3425927141/sizes/o/>

© 20: Camisa do Manchester City 2009. Disponível em: <http://flickr.com/photos/umbrofootball/3722535959>

© 21: Rogério Ceni, jogador do São Paulo F.C. Disponível em: <http://www.penaltysniper.com.br/wallpapers/wall_snip_04-1600x1200.jpg>

© 22: Esportistas patrocinados pela Topper. Disponível em: <http://marceloconti.com/images/topper.jpg>

© 23: Crianças jogando futebol. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/sb10069524b-001/Stone>

© 24: Adolescentes preparados para jogar futebol. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/85309342/Taxi>

© 25: Adolescentes jogando videogame. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/sb10064391b-001/The-Image-Bank>

© 26: Garoto jogando bola na praia. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/71516031/Dorling-Kindersley>

índice de imagens

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© 27: Torcida em jogo de futebol. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/88208203/LatinContent>

© 28: Garotos surfando. Disponível em: <http://www.latinstock.com.br>

© 29: Gêmeos brincando com laptop e celular. Disponível em: <http://www.www.latinstock.com.br>

© 30: Torcedores de futebol. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/79243640/Altrendo>

© 31: Arara Vermelha. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/85866689/Lonely-Planet-Images>

© 32: Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/88761057/Photodisc>

© 33: Homem mostrando os dentes. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/89123821/Flickr>

© 34: Bandeira do Brasil. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/90046206/Rubberball-Productions>

© 35: Garoto usando camiseta do Brasil. Disponível em: <http://www.gettyimages.com/detail/80291290/Discovery-Channel-Images>

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