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FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE MOÇOS DE SOROCABA OS BENEFÍCIOS BIOPSICOSSOCIAIS DA DANÇA NA TERCEIRA IDADE SAMIRA JUBRAM SEME AMED

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE MOÇOS DE

SOROCABA

OS BENEFÍCIOS BIOPSICOSSOCIAIS DA DANÇA NA TERCEIRA IDADE

SAMIRA JUBRAM SEME AMED

SOROCABA2014

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE MOÇOS DE

SOROCABA

OS BENEFÍCIOS BIOPSICOSOCIAIS DA DANÇA NA TERCEIRA IDADE

SAMIRA JUBRAM SEME AMED

ORIENTADOR: PROF. MS. EVANDRO DINIZ CORVINO

SOROCABA2014

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à Faculdade de Educação Física da Associação Cristã de Moços de Sorocaba, como parte dos requisitos para obtenção da Licenciatura em Educação Física.

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AGRADECIMENTOS

Quero agradecer primeiramente a Deus e minha mãe e meu

namorado. Agradeço ao professor Ms. Evandro, que me orientou na

elaboração deste trabalho, a todos os professores da Fefiso, que de

alguma maneira me ajudaram na execução desta pesquisa, a minha

prima Francine Jubram, que me deu a chance de fazer aula de jazz dance

(motivo pelo qual faço a Fefiso), a Laura Mayer que continuou minha

bolsa após a saída de minha prima de sua escola e a Silmara Verzinhassi

que acreditou em mim e me ajudou a chegar aonde cheguei. Por fim

quero fazer um agradecimento especial a Dr. Gisele, que destinou parte

de seu tempo a me ajudar na correção desta pesquisa.

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RESUMO

Esta pesquisa bibliográfica enfocou os seguintes aspectos: os benefícios biopsicossociais da dança na terceira idade. Assim o presente estudo teve como objetivos identificar as contribuições de descrever brevemente sobre a dança, descrever sobre a terceira idade e os benefícios biológicos, psicológicos e sociais da dança para a terceira idade. Baseando-se nos estudos que relatam a melhoria da qualidade de vida do idoso que não é sedentário, nem solitário. A dança vem de qualquer sociedade, sendo civilizadas ou não, suas qualidades desaceleram o envelhecimento, que é um fenômeno fisiológico. O idoso muitas vezes se distância dos familiares e amigos, por achar que não serve mais para nada ocasionando doenças, como a depressão, que é extinta quando o indivíduo não é sedentário e principalmente solitário. Conclui-se nesta investigação que os gerontes praticantes de dança tem uma melhor qualidade de vida.

Palavras-chaves: Dança, Terceira Idade e os Benefícios Biopsicossociais.

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.................................................................................11.1- Problema...............................................................................1

1.2- Situação Problema................................................................2

1.3- Justificativa............................................................................2

1.4- Objetivo Geral........................................................................2

1.5- Objetivos Específicos............................................................2

1.6- Hipótese................................................................................3

2- REVISÃO DE LITERATURA...........................................................42.1 A Dança......................................................................................4

2.2 A Terceira Idade.........................................................................6

2.3 Os Benefícios Biológicos da Dança na Terceira Idade..............8

2.4 Os Benefícios Psicológicos da Dança na Terceira Idade.........11

2.5 Os Benefícios Sociais da Dança na Terceira Idade.................12

3- MATERIASI E MÉTODOS....................................................................17

3.1 Tipo de Pesquisa.....................................................................17

4- Referências Bibliográficas.................................................................18

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1- INTRODUÇÃO

1.1- Problema

O problema se inicia aos 30 anos de idade, o

envelhecimento avança cerca de 1% ao ano, podendo ser acelerado por

ter maus hábitos, como, não se alimentar adequadamente, e não fazer

atividades físicas. É por aí que o corpo começa apresentar o processo de

envelhecimento, as rugas começam a aparecer, a pele os músculos

perdem sua tonicidade, os ossos se afinam e se tornam quebradiços

(VERDERI, 2004).

Conforme a idade cronológica aumenta, as pessoas vão se

tornado menos ativas, diminuindo sua capacidade física. (E com as

alterações psicológicas que seguem a idade anseio de velhice, o

estresse, depressão) e tendo uma diminuição ainda maior de atividade

física, logo as aparições de doenças crônicas que participam para a

deterioração do envelhecimento, e ainda pior é o desacostume das

funções fisiológicas que pode vir a ter dificuldades (MATSUDO, 2001).

A atividade física pode ser considerada a mais importante, pois

todas as funções do corpo humano melhoram quando se é praticada

diariamente. A dança é uma ótima atividade, visto que todo o físico é

trabalhado. Cerca de 20% das funções do corpo são maiores do

praticante de atividade física do que a de um sedentário. Assim, embora o

compasso essencial de envelhecimento tenha sido alterado muito

escasso, a pessoa ativa tem um nível de função suficiente para reduzir

sua idade biológica entre 10 e 20 anos relativamente à idade de um

indivíduo sedentário (SHEPHARD, 2003).

Para Rangel (2002), na experiência de observar o homem como

ser no mundo, que se relaciona com si mesmo, com os outros e com as

coisas, a Educação Física procura oferecer através de suas propostas de

desempenho, com atividades desde o jogo, o esporte, a ginástica e a

dança.

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1.2- Situação Problema

Quais benefícios biopsicossociais da dança na terceira idade?

1.3- Justificativa

As danças são contentos que, além da riqueza e abundância de

movimentos, podem como afirma Laban (1978), ser estudadas pelas

articulações do indivíduo, cujas combinações e modificações são quase

sem fim e como decorrência atenta uma melhoria na qualidade do gesto

motor. Porém, essa gestualidade mais sofisticada ultrapassa o movimento

motor, adquirindo uma definição mais aberta, sendo comparado com o

sentimento afetivo e social (MARQUES FILHO, 2006).

Os movimentos da dança contornam-se em uma opção distinta

para os idosos que buscam a atividade física e de primeiro momento não

têm uma afinidade pela ginástica ou esporte. Por tanto a dança permite

para quem a pratica os mesmos benefícios, motor e cognitivo que outros

costumes de atividade física (VERDERI, 2004).

1.4- Objetivos

1.4.1- Objetivo Geral

Estudar os benefícios biopsicossociais da dança na terceira idade.

1.4.2- Objetivos Específicos Pesquisar a história da dança;

Estudar a terceira idade;

Descrever os benefícios biológicos, psicológicos e sociais da

dança para a terceira idade.

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1.5- Hipótese

A dança está unida aos benefícios biopsicossociais, pois como

atividade física, é trabalhado ao mesmo tempo o físico, a mente e o social

de quem irá praticá-la, seja qual for sua idade. A dança tem como objetivo

proporcionar aos idosos uma qualidade de vida melhor não deixando

espaço para senilidade (caduquice) e outras doenças que são

ocasionadas pela idade, por falta de atividade física. O idoso quando

permanece sozinho, acaba desenvolvendo doenças degenerativas, visto

que o cérebro se encontra parado, o voltando a ser criança. Imagine ficar

em um lugar, com as mesmas cores, com os mesmos objetos, com tudo

igual, o cérebro “trava”, o mesmo precisa estar constantemente ativo e

para isso é preciso ler, passear, fazer atividades físicas, e a dança, é uma

atividade física completa, pois trabalha o biopsicossocial, ao mesmo

tempo! Quanto ao biológico, trabalha todos os músculos para poder fazer

um determinado movimento, exemplo: levantar o braço, agachar, subir

escadas. No psicológico, o idoso tem a mente ocupada, ele sabe que

durante a semana em um determinado dia ele tem aula de dança e na

mesma tende a se lembrar dos movimentos aprendidos anteriormente e

irá aprender passos novos, não entrará em depressão, com sua mente

ocupada, o geronte não se sentira sozinho. O social na dança ajuda o

idoso a se comunicar mais facilmente, quando ele não entende um

determinado movimento ele pode perguntar ao professor (a) ou a um

amigo, ele combina com os amigos do grupo a ensaiarem a dança na

casa de alguém, combinam de sair para passear.

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2- REVISÃO DE LITERATURA

2.1- A DANÇA

Para Portinari (1989), a dança é um conto que envolve todas as

culturas do Mediterrâneo ao Pacífico. Dançava-se por contentamento e

luto, para homenagear deuses e chefes, para habilitar guerreiros e educar

cidadãos.

Nanni (1995) descreve em seu livro que se estudarmos a vida de

qualquer povo, das civilizações mais incivilizadas até os dias de hoje,

encontraremos sempre procedimento de uma cultura e como educação

das crianças aos jogos, os desportos e a dança. As Danças, em todas as

histórias, para todos os povos é representada por suas manifestações,

conforme seus “estados de espíritos”, diversas emoções de expressão e

comunicação do ser e de animação a mais íntima das emoções

acompanha ou não de canções ou de ritmos simbólicos.

Portinari (1989), O que se vê durante os séculos medievais

prosseguirá a acontecer depois também. As danças nascem de amostras

deixando os instrumentos levarem pelo seu som. São posteriormente

absorvidas pelas classes dominantes que as adaptam então para

execução em recintos fechados, com indumentárias pesadas, e de acordo

com o que se considera em tom mais refinado. A espontaneidade inicial é

substituída assim por floreios nos passos, postura estudada,

movimentação codificada. Esse processo determina a necessidade de

mestres que vão começar a aparecer nas cortes renascentistas.

Como instrumento pedagógico a dança vem sendo aproveitada há

algum tempo. Apreciada, é uma ótima ferramenta de ensino, ela propicia

a habilidade de expressar os sentimento e representar. No entanto,

muitos significados foram se perdendo, e a dança hoje, na sua maior

parte, é baseada em movimentos organizados numa coreografia que une

a beleza ao ritmo. Aceitar a dança ser escondida a belos passos é negar

que ela é um transporte de cultura, prazer, é de extrema importância para

o desenvolvimento da criatividade, e cidadania (BARRETO, 1998).

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A dança moderna deveria ser desenvolvida na educação como

parte integrante do ensino global das pessoas. Ainda que os educadores

e os professores de dança investigásseis as diferentes formas de

comportamento geral das sociedades especificamente aquelas

comprometidas com os hábitos sociais e de trabalho relativos aos

diversos períodos da vida humana, cujas riquezas poderiam ser

transformados em atividades dançantes (LABAN, 1990).

Rangel (2002) fala em seu livro que enquanto atividade de modo

eminente, a dança é um ato certíssimo na vida de todos na sociedade e

em todos os tempos. Embora suas diferenças, o entendimento e a

compreensão que é obtido da dança, possuem características muito

parecidas entre si, onde o movimento surge como o elemento chave e

ponto comum entre as alteradas definições, mantendo um ligamento o

entre si. A dança é uma atividade que ajuda ao homem encontrar-se com

o seu interior e procurar os seus mais profundos segredos, consentindo

que o seu mundo interior seja revelado.

Hanselbach (1988) diz que o desenvolvimento da conscientização

do corpo, experiências de movimento em relação ao tempo, à dinâmica e

ao espaço. Condições preliminares para todas as futuras improvisações e

engenhos para danças tradicionais ou para algumas coreografias é um

conhecimento diferenciado para o próprio corpo. Crianças, jovens e

especialmente adultos chegam com muita rapidez ao final de sua fábula e

afastam-se na elaboração do movimento. Eles contêm conhecimentos

muito restritos a respeito das inúmeras possibilidades de variações do

movimento, e nenhuma confiança em seu talento.

Os movimentos devem ser envolvidos pelo meio da atitude interna

e continuamente serem extravasados de forma consciente. Para Laban

(1990) os programas de atividades físicas que utilizam a dança e suas

substâncias, de forma de exprimir os gestos corporais e necessários para

descarregar os fluxos naturais da expressão, poderão a um tempo

mínimo, lembrar a tomada de consciência de certos inícios que orientam

os movimentos corporais do ser humano.

Ducan (1986), pioneira da dança moderna, acha que uma nova

forma de dançar, deveria ser inserida no contexto histórico-social da

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época que lhe deu origem, justamente para evoluir com a ciência a

política e a sociedade.

Hanselbach (1988) diz que a ocupação de partes isoladas do corpo

para ações, em sua maioria, analisando a forma prática, no dia-a-dia,

dificilmente se mostrará conscientemente; trata-se da consequência de

um determinado condicionamento. Na ocupação de movimentos, na

maioria das vezes não intencionais, durante a dança, é necessário ter

uma escolha consciente dos movimentos da maneira como é realizado.

“Dançar é vivenciar e exprimir, com a natureza sociedade, com o

futuro e com seus deuses” (GARAUDY, 1980, apud, PORTINARI 1989 p.

14).

2.2- A TERCEIRA IDADE

Verderi (2004) diz em seu livro que, a velhice é um fenômeno

fisiológico, continuo e essencial a todo ser humano. No entanto, o

envelhecimento não será necessariamente patológico, pode se disser que

achamos na senilidade, e que muitas vezes acompanha um

envelhecimento vinculado a uma problemática qualidade de vida. Com

essa ocasião nosso organismo passará a deparar com alguns limites,

desequilíbrios nos sistemas motor e/ou cognitivo, comprometendo assim,

o dia-a-dia do idoso.

Simões (1994) diz que no geral, a bibliografia considera,

didaticamente, as pessoas acima de 60 anos como idosos e participantes

da terceira idade. Há um tempo, este marco referencial mudou para 65

anos, em função especialmente da expectativa de vida e das tentativas

legais para a espera do início da aposentadoria, dentre outros motivos.

Portanto, esta idade varia de pessoa para pessoa bem como na cultura

onde se insere.

Segundo recentes pesquisas, o mundo está passando por um

método de envelhecimento populacional rápido e intenso. Dá importância

que o número de pessoas com ou acima de 65 anos poderá,

exclusivamente nos Estados Unidos chegar à casa de 70 milhões

(MAZZEO et al.1998, apud DANTAS, 2003).

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O envelhecimento populacional está estabelecendo um grande

desafio para as políticas públicas de saúde (LIMA-COSTA, apud, VERAS,

2003). A dimensão de pessoas idosas está aumentando rapidamente,

mais do que qualquer outro grupo etário e, como consequência,

desencadeia-se a trajetória demográfica, gerando novas apreensões em

torno desse processo. Vendo de um modo geral, o crescimento da

população idosa é mais relevante nos países em desenvolvimento,

apesar de esse incerto proporcionalmente ser bem inferior àquele

descoberto nos países desenvolvidos (IBGE, 2002).

Para Corazza (2006), o envelhecimento é um procedimento

complicado que abrange, genética, estilo de vida e doenças crônicas, que

interagem e influenciam a maneira como chegamos a terceira idade.

Segundo o American Collegeof Sports Medicine (1998, apud, CORAZZA

2001, p. 19) em 2030 o número de indivíduos com 65 anos ou mais

alcançará 70 milhões apenas nos estados unidos. Como a população está

com uma espera de vida maior, fica importante então determinar que as

maneiras pelos quais o exercício físico pode melhorar a saúde, a

capacidade motora, a qualidade de vida e a independência dessa

população.

São recentes os estudos sobre a psicologia do envelhecimento,

iniciados ordenadamente no final dos anos 50. Atualmente, esta área

estuda as mudanças de comportamentos que seguem o declínio do

funcionamento dos vários comandos do procedimento psicológico. É uma

área que se inclui com a psicologia do desenvolvimento e com a terceira

idade - área multidisciplinar que tem interconexão com outras áreas que

estudam o envelhecimento (NERI, 1995, apud D’AVILA 1997 p. 39).

Corazza (2001) descreve em seu livro que os alunos gerontes são

muitos importantes, e com tal importância devem ser tratados; pode-se

até compará-los em alguns momentos da vida, com as crianças, de forma

alguma deve tratá-los como se fossem crianças. É imprescindível que o

professor os olhe e os aborde como adultos que são e, acima de qualquer

coisa, não só querem ser encarados a sério como precisam e devem ser

respeitados como tais. Sempre chamá-los pelo nome, nunca se devem

usar apelidos como Vô, vó, vozinha, vozinho, tio, entre outros.

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O envelhecimento pode ser marcante como uma série de

procedimentos que acontecem nos organismos vivos e que com o

decorrer do tempo leva à perda da adaptabilidade, à alteração funcional e

casualmente à morte. A taxa de envelhecimento é a alteração na função

dos órgãos e sistemas por unidade de tempo, apresentando um

crescimento exponencial após os 40 anos de idade, sendo diferente em

homens e mulheres (SPIRDUSO, 1995 apud D’AVILA, 1997).

Para Novaes (2000), é de extrema importância que sejam

assumidas escolhas pessoais e que não fique acusando os demais pela

solidão sentida, o abandono em que habita pelas dificuldades econômicas

ou sociais que apareceram.

Wagorn (1991) assegura em seu livro que para estar feliz e

saudável na terceira idade, não significa exatamente que o idoso será

capaz de correr numa maratona e nem fazer o que fazia quando era

jovem. Estar em boa forma significa simplesmente que a feliz idade terá

energia o suficiente para fazer os trabalhos do cotidiano. O geronte deve

fazer um esforço consciente para incluir a atividade física em tudo. Isso

trará vigor e vitalidade para própria vida.

2.3- OS BENEFÍCIOS BIOLÓGICOS DA DANÇA NA TERCEIRA IDADE

Beauvoir (1990) diz em seu livro que, durante a guerra, os

trabalhos eram mais lentos. Nos Estados Unidos em 1945 foi criada uma

Sociedade de Gerontologia, e em 1946 foi modificado ali o segundo jornal

dedicado à velhice. Em todos os países, essas publicações se

graduaram. Na Inglaterra, LordNuffield criou a Nuffield Foundation, que

prepara fundos apreciáveis: essa fundação estuda a geriatria e também a

qualidade dos velhos na Grã-Bretanha. Na França, sob o estímulo de

Léon Binet, as pesquisas sobre a velhice ganharam uma nova investida.

A Gerontologia amplia-se em três planos: Biológico, Psicológico e Social,

são esses planos que a dança trabalha ao mesmo tempo, por isso o Idoso

deve praticar está arte. Em todos estes posicionamentos positivistas; não

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se trata de esclarecer por que os fatos se produzem, mas de apresentar

suas manifestações.

Envelhecer não é acompanhar um caminho já designado, e sim,

construí-lo permanentemente. O idoso afronta-se com novos desafios,

cobranças, devendo desistir a certa forma de prosseguimento, e a dança

vem para ajudá-lo, sobretudo o geronte deve superar problemas e

conflitos juntando limites e possibilidades (NOVAES, 2000).

A chegada do envelhecimento da população que está acontecendo

em diferentes países, principalmente nos que estão em desenvolvimento,

é decorrência do descimento da mortalidade por doenças

infectocontagiosas e do aumento tecnológico no tratamento das doenças

crônico-degenerativas, adjunto à redução da fertilidade, permitindo uma

maior esperança de vida (COSTA, 2007). As modificações que

acontecem no organismo dos indivíduos avançam conforme ao

desenvolvimento e envelhecimento.

Para Veras (1997) as pesquisas internacionais têm mostrado que

os diagnósticos mais encontrados na comunidade, entre os idosos, são a

demência ou síndrome cerebral orgânica (SCO) e a depressão. A dança

vem para ajudar ao público da terceira idade a não ter este tipo de

doença.

Assim como o desenvolvimento inicial, o envelhecimento está

geneticamente delineado, sendo ambos inerentes ao longo da vida, cuja

característica principal é aguçar a perda da capacidade de adaptação e

menor expectativa de vida, depende de outros aspectos, de suas

condições físicas e internas, da sua cultura (SALGADO, 1980).

Beauvoir (1990) descreve em seu livro que ao lado da geriatria,

aumentou recentemente uma informação que chamamos hoje em dia de

gerontologia: ela não estuda a patologia da velhice, mas o favorável

método do desenvolvimento. No início do século, os estudos biológicos

sobre a velhice não eram mais que o subproduto de diversos trabalhos:

examinando a vida das plantas e dos animais, o interesse era

subsidiariamente voltado para as modificações por eles sofridas com a

idade.

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Chrischelles (1992) diz que para desenhar a importância do

problema, merece registrar os seguintes números: nos Estados Unidos da

América, os idosos estabeleciam 12% da população em 1998 e

consumiam 35% dos gastos com medicamentos prescritos, a dança

aparece para a população de idosos para diminuir/acabarem com os

gastos de medicamentos.

Só o fato de mencionarmos a ideia de “última etapa da vida”,

tomada como paralelo da velhice, é por si só tão intenso que faz com que

se apresente como evento biológico e universal (BARROS, 2000).

Veras (1997) menciona que, a partir dos 30 anos os indivíduos

deparam com uma lenta diminuição de exatos parâmetros anatômicos e

fisiológicos como força muscular, capacidade vital, potência sexual,

agudez dos órgãos dos sentidos, memória, reação psicomotora,

capacidade intelectual. Mesmo que o envelhecimento seja um

acontecimento biológico que afeta todos os níveis de consistência do

organismo, desde suas aparências estruturais aos seus aspectos

fisiológicos, pode se ter certeza de que nem todos os indivíduos

proporcionam os mesmos sinais de envelhecimento biológico na mesma

idade.

Por volta dos 50-60 anos para o homem e mais precocemente para

mulher que é por volta dos 45-75 anos de idade, acontece uma

importante mudança na composição corporal, que é a perda da massa

mineral óssea, como consequência universal do envelhecimento. Para o

homem a perda é 0,3% ao ano e na mulher 1%. Em uma mulher

aparentemente saudável tem por volta dos 70 anos uma perda de 20% na

densidade mineral óssea vertebral. E de 25-40% no colo do fêmur e

região trocantérica; e para o homem na mesma idade ocorre uma perda

de 3% na densidade óssea vertebral e 20-30% a densidade do fêmur

(GOING, WILLIAMS, LOHMAN, 1995).

A sarcopenia é a perda consecutivamente de massa magra e da

força que percorre com o progresso da idade (BAUMGARTNER et. al.,

1998). Para Roubenfoff (2001), os mecanismos que levam a sarcopenia,

percebida como reduções da massa muscular e da qualidade dos

músculos, são diversos e abrangem alterações no sistema nervoso

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central, alterações essenciais na contratilidade muscular e a biologia da

célula muscular e assim como fatores humorais e do estilo de vida.

A dança quando inclusa na vida do geronte irá lhe trazer mais

flexibilidade, que é de extrema importância para a realização de

atividades do cotidiano, como por exemplo, a higiene pessoal, (o idoso

que não pratica nenhuma atividade ou exercício físico não consegue

erguer o braço para limpar as axilas, agachar ou levantar as pernas para

a higienização dos pés). Para Araújo (1987), a flexibilidade ou mobilidade

articular, é a magnitude fisiológica paciente, onde um determinado

movimento articular acontece no seu máximo.

A dança trabalha o equilíbrio que é muito importante para quem

está na terceira idade pois sem ele o idoso terá muitas quedas. O

equilíbrio é fundamental na vida de Idosos, como, para caminhar, ficar de

pé (JOHNSON, BARRY, NELSON, JACK, 1986).

Na dança também é trabalhado a força que traz para a vida do

idoso uma importância, no decorrer no dia o geronte precisa abrir e fechar

uma torneira, mudar uma cadeira de lugar, erguer um copo, uma panela

de preção, abrir um pote de geleia, carregar pequenas cargas, como

bolsas de compras e manter-se em pé e em segurança num transporte

coletivo (o equilíbrio também). A força muscular dos idosos está abaixo

dos quais a autonomia se compromete em vários domínios até que tudo

se torne impossível sem ajuda (SHEPARD, 1978).

2.4- OS BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DA DANÇA NA TERCEIRA IDADE

Verdéri (2004), diz que, para o idoso, ter seu domínio psicológico é

mais difícil, pois os longos anos da vida acentuam as diferenças

individuais, quer pela aquisição de um sistema de reivindicações e

desejos pessoais, quer por fechar estratégias de comportamento. Pelo

meio de uma barreira de isolamento social, pessimismo em face de

existência, passividade e queixas somáticas, que tem sido avaliado como

partes do processo normal de envelhecimento mascaram-se a ansiedade,

a depressão a insônia, sintomas mais comuns de infarto do miocárdio.

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Nanni (1995) diz que, a preparação do conhecimento passa pela

elaboração do corpo entre o próprio corpo, ou seja, mundo interior e

exterior – elaboração solidária do sujeito e do objeto. Portanto, a

educação como disposição internacionalista – interação homem – mundo,

sujeito – elemento e imprescindível para que o homem se torne sujeito de

sua práxis enxergar a sua realidade histórica, através de sua

corporeidade.

Segundo Simões (1994), o tempo livre pode e deve ser ocupado

por uma atividade física bem dirigida. Através da dança é possível dar ao

idoso, chance para readaptar-se ao meio ambiente, para que a idade

deixe de ter uma conotação negativa; é bem possível que o idoso

permaneça sentindo-se “velho”, em uma função da idade cronológica,

porém, com um sentimento de alegria, orgulho, por se sentir disposto,

saudável e capaz como os mais jovens, de se abranger em atividades

físicas. Este prazer desencadeado poderá ser um fator motivacional na

própria vida do geronte.

Dr. Valter Ryfer, citado por Moreno (2003), fala que, a atividade

física melhora a tolerância à glicose, e assim diminui a resistência à

insulina e, facilitando o alcance, pela célula, da matéria-prima para a

produção de energia e reduz o processo de glicação proteica, ou seja, é

quando as proteínas, por um fenômeno da natureza, perdem a sua

função, levando a uma vagarosa e gradual desestruturação da micro

circulação arterial dos nervos e da retina. Seria conveniente, antes de

iniciar uma atividade física constante, avaliar as condições orgânicas em

geral, o desempenho cardiorrespiratório, os sistemas osteoarticular e

muscular.

No campo da Saúde Grupal o Brasil, hoje, se sobressai na América

Latina pela nobreza acadêmica e autoridade nesta área de informação,

com mais ênfase em Epidemiologia. Um dos campos de estudos e

debates mais relevantes no campo da Epidemiologia e Saúde Mental.

Sabe-se que a síndrome cerebral orgânica, e a depressão são dois dos

mais importantes distúrbios observados na comunidade da Terceira

Idade, e a dança como benefício biológico ajuda o indivíduo que a pratica

a não desenvolver esses tipos de doenças (VERAS, 1997).

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Se o idoso praticar a dança, ele não entrará na lista das pessoas

com mais de 60 anos que são hospitalizadas nos países desenvolvidos

como está no livro de Maguire, Taylor e Stout, 1986.

Os estudos de distúrbios mentais em populações acima de

sessenta anos se iniciaram há 40 anos. Até o começo dos anos 50, os

documentos de hospitais eram os únicos disponíveis para as pesquisas.

O primeiro estudo de grupo registrado neste campo foi concretizado por

Sheldon, em Wolverhampton, no ano de 1948 (BLAY, 1989).

Modificações, variações, amarguras e contentamentos, aquisições

e fracassos surgem em todo o trajeto vital, seja qual for a idade; é preciso

distinguir e saber aproveitar as ocasiões que aparecem, paralelamente,

até ao enfretamento da última cartada com a “morte”, libertadora, dirigindo

a uma nova extensão de vida (NOVAES, 2000).

Monteiro & Alves (1995), dizem que em uma análise da repartição

das admissões por perturbações mentais por sexo comprovou-se uma

maior dimensão de internações para o sexo masculino. Porém, quando a

análise é realizada subdividindo-se os dados por grupo etário comprova

que uma interessante modificação de padrão, tendo um desaparecimento

predominância do sexo masculino após os sessenta anos de idade.

Para Matsudo (2001), é admirável analisar que em diversos

estudos bem organizados não têm examinado resultados benéficos em

modificáveis psicológicas, como é o caso da pesquisa desenvolvida por

(SWOAP et. al. 1994). São comparados os efeitos de exercícios

aeróbicos (pode-se incluir a dança também) realizados por vinte e seis

semanas com alta intensidade e moderada na aptidão física e em

variáveis psicológicas como depressão, ética, e sensações corporais

auxiliando pessoas que já têm alguma alteração psicológica antes do

programa.

Moore et. al. (1999) descobrem, que ajustando para o sexo e a

idade, uma relação oposta entre atividade física e sintomas depressivos:

baixos níveis de atividade física foram comparados a sintomas mais

severos da depressão. Embora isto não deixe fazer uma relação causa-

efeito, uma implicação é que a dança pode ser um método concretizado

para a manutenção da habilidade funcional e a promoção de uma melhor

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sensação de bem-estar em idosos. É um método relativamente de baixo

custo, reduzindo a utilização de medicamentos e pode ser uma maneira

de prevenir a depressão.

O autor Glenister (1996) indica que provavelmente o exercício em

si não seria o bastante para melhorar a depressão ou a ansiedade e que

as astúcias individuais e particulares de enriquecimento são

indispensáveis para a mudança do humor, o autor conclui que o exercício

tem um papel no manejo da ansiedade e depressão. E a dança, que

também pode ser chamada de treino, serve para esse manejo, pois o

idoso que a pratica terá diversos fatores mais interessantes e importantes

a se pensar do que esquentar a cabeça com doenças como a depressão.

2.4.1- OS BENEFÍCIOS SOCIAIS DA DANÇA NA TERCEIRA IDADE

Shepard (2003) descreve em seu livro que é grande o número de

pessoas idosas que levam vidas muito solitárias. Os programas de dança

em grupo ou de exercícios apresentam um meio respeitável de atender à

necessidade de um maior número de relação sociais.

Aposentar-se é parecido para a maioria de abertura na Terceira

Idade, simulando uma verdadeira separação na existência do

aposentado. O passar do tempo faz com que o ambiente de relações

familiares e de amigos enfraqueça pelo processo natural de dispersão e

óbitos. Permanecendo o aposentado com a impressão de perder

bruscamente a base de sua razão de ser social. Abre-se então, nesta

prática uma porta através da qual se desenvolve um sentimento de

incapacidade, de marginalização da vida comunitária (LORDA PAZ,

1990).

Para Dantas (2003), o aumento de vida dos idosos existe a

ansiedade com seus destinos, como o tipo de vida deficiente que esteja

aguardando por cada uma delas, pela qualidade de vida que poderá estar

severamente afetada, pela não existência de uma infraestrutura social

e/ou econômico para ajuda desses idosos.

A importância social e científica de verificações a respeito das

categorias que favoreçam uma ótima qualidade de vida na velhice,

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estudos destacam averiguações entre a terceira idade e bem-estar e

entre velhice e doença. Para alguns autores, pesquisas sobre estes

assuntos contribuem para a compreensão do envelhecimento e para a

criação de novas influências que propiciem a promoção de bem-estar

nessa etapa da vida. (BARBOSA et al, 2005 apud, MACIEL GUERRA,

2006).

Novaes (2000) fala sobre a velhice, fala que pode ser vivenciado

de modo funcional, pacífico ou assustado, revoltado, inconformado, assim

adotando diversas máscaras sociais. O importante é não ficar entediado,

desanimado ou fechado em si mesmo, o idoso praticante da dança não

correrá o risco desses males, e a dança ainda ajudará o geronte a

descobrir que o envelhecimento possui seus benefícios.

Considerando que através da gerontologia educacional, deve ser

elaborado um projeto pedagógico onde o aluno seja capaz de, entre

outros, exercitarem sua aptidão de análise, comparação, síntese, diálogo,

crítica, se sujeitando ao estudo, não só ideias, mas também

acontecimentos, noção acadêmica e experiência de vida (MARTINS DE

SÁ, 2004).

Os idosos algumas vezes podem ser rotulados como improdutivos,

ou apenas responsáveis por gerar gastos (JIM, 2005), muitos são

excluídos de uma participação ativa na sociedade, não tendo

oportunidades de manter relações sociais condizentes com uma vida

independente e autônoma (BUCK; BALMER; PLEASENCE, 2005).

Para Beauvoir (1990), as sociedades que têm uma biografia são

contidas pelos homens; as mulheres jovens e velhas podem até

questionar a autoridade na vida privada; na vida pública seu regulamento

é semelhante, são inacabáveis menores. Ao oposto, a condição

masculina transforma ao longo do tempo. O jovem menino torna-se um

homem, um cidadão, e o adulto, um velho.

A noção de uma representação social, da pessoa envelhecida teve

o conhecimento de uma série de mutações que reclamavam,

metodicamente, a criação de categorias classificadas e mais adaptadas à

nova situação social, tal como a edificação ética do indivíduo “velho”, e

sempre fortemente vinculada às outras duas situações: decadência e

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incapacidade ao trabalho. Portanto ser “velho” significa ter a classificação

emblemática dos indivíduos desocupados e, geralmente, pobres.

Percebidas negativamente, assim gerando uma situação de exclusão

social; não é por uma casualidade que as pessoas dos conjuntos

populares são sempre chamadas de velhas, pois sempre apresentam

nitidamente as linhas de envelhecimento precoce e de decadência

(VERAS, 1997).

A relação da modernização da sociedade com a desvalorização do

envelhecido revela uma tendência cultural, responsável por uma visão

social ora ingênua, ora romântica, mas muito alucinada e malvada.

Bengston, citado por Novaes (2000), percebe que a modernização como

um processo social é diferente da modernidade e diz respeito às

qualidades de indivíduos particulares, numa dada sociedade, isolada de

seu grau sobre modernização.

É provável que se possa tentar praticar exercícios em total

isolamento social, por exemplo, pelo meio de um programa pessoal de

bicicleta ergométrica ou exercícios em aparelhos. Entre tanto, a

participação em aulas de dança é usualmente um processo em grupo que

propicia o contato com outros indivíduos que frequentemente falta na vida

de um idoso (SHEPARD, 2003).

Para Lorda Paz (1990), não se pode esquecer que o velho, assim

como a criança, centraliza sua sinceridade na família, mesmo que nessa

família ele nem sempre tenha a função de protagonista, enquanto ele terá

afazeres de responsabilidade que servirão para aumentar sua autoestima.

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3- Materiais e Métodos

3.1- Tipo de pesquisa Pesquisa Bibliográfica

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4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa visou “Os benefícios biopsicossociais da dança na

terceira idade” e analisou um breve histórico da dança, descreveu sobre a

terceira idade e analisou como a dança poderia ajudar nos benefícios

biopsicossociais para o mesmo. Os grupos de dança apresentam uma maneira respeitável de

atender as necessidades de que um idoso precisa para deixar de ser

sedentário e ser solitário.

Envelhecer significa que o geronte terá dificuldades para realizar

determinados movimentos, determinadas ações, e isso se intensifica

quando o sedentarismo e solidão permanecem.

Só o fato de se mencionar a última “etapa da vida”, é tão forte que

se torna um evento biológico e comum. Para muitos é uma etapa onde se

deixa de produzir para sociedade, acontecimento que é muito errado de

se pensar, pois é um passo da vida onde o geronte tem o direito de aliviar

a fadiga que teve no decorrer de sua vida. Quem faz aulas de dança têm

níveis baixos de sintomas depressivos, pois nesta atividade física o idoso

tem muitas outras coisas a se pensar, do que em como ele pode estar

“sozinho”, ou como “deixou de servir para a sociedade”. Os idosos

praticantes de dança têm seus movimentos e ações que superam suas

dificuldades, melhorando sua qualidade de vida.

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