3
Filosofia da Mente Resumo Esquemático do texto As Controvérsias entre Dualistas e Materialistas na Filosofia da Mente Contemporânea de Carlos Diógenes Cortes Tourinho ((PP. 77 a 86) Teorias Definições Problema Autores Observações Dualismo Afirmam que os estados e processos mentais não são estados e processos de um sistema puramente físico, mas constituem um tipo distinto de fenômenos cuja natureza é essencialmente não-física. Em suma, afirmam que o homem se constitui de duas substancias ontologicamente distintas: corpo e alma. Dualismo interacionista Defende que as duas substâncias distintas (corpo e mente) se interagem mutuamente. Com o desenvolvimento da física moderna, a posição interacionista perde força. De acordo as leis da física (princípio de conservação do movimento) , uma substancia incorpórea não pode alterar a direção de movimento de uma substância corpórea. Descartes (1596- 1650) Para solucionar a dificuldade colocada pela física moderna, surgem dois tipos distintos de correntes: a) paralelismo psicofísico alma e corpo existem como entidades separadas, sem interação. b) Materialismo que nega a existência de uma mente inextensa Materialismo Hobbes alega que toda realidade é física, constituída por corpos que ocupam um lugar determinado no espaço. Portanto toda substância é corpórea. Hobbes (1586- 1679) Isso é uma objeção radical ao dualismo cartesiano. Monismo panteísta Espinosa defende o monismo panteísta, ou seja, só existe na realidade uma substância absolutamente infinita, Deus, o qual possui infinitos atributos, mas podemos conceber apenas dois: pensamento e extensão. Dessa forma, mente e corpo são atributos distintos de uma única substância. Espinosa (1632-1677) Contesta o dualismo cartesiano Monismo metafísico / Paralelismo psicofisico Lei da inter-relação entre sensação e processos cerebrais. Significa não que a mente dependa do cérebro, mas sim um panpsiquismo, ou seja, que os fatos físicos estão indissoluvelmente identificados com os acontecimentos mentais. Para Fechner a diferença entre mente e matéria Theodor Fechner (1881-87) Influciou a psicologia experimental do século XIX

Filosofia da Mente

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Resumo Esquemático do texto As Controvérsias entre Dualistas e Materialistas na Filosofia da Mente Contemporânea de Carlos Diógenes Cortes Tourinho ((PP. 77 a 86)

Citation preview

Page 1: Filosofia da Mente

Filosofia da Mente – Resumo Esquemático do texto As Controvérsias entre Dualistas e Materialistas na Filosofia da Mente Contemporânea de

Carlos Diógenes Cortes Tourinho ((PP. 77 a 86)

Teorias Definições Problema Autores Observações Dualismo Afirmam que os estados e processos mentais não são

estados e processos de um sistema puramente físico, mas

constituem um tipo distinto de fenômenos cuja natureza é

essencialmente não-física. Em suma, afirmam que o

homem se constitui de duas substancias ontologicamente

distintas: corpo e alma.

Dualismo

interacionista

Defende que as duas substâncias distintas (corpo e mente)

se interagem mutuamente.

Com o desenvolvimento da

física moderna, a posição

interacionista perde força. De

acordo as leis da física

(princípio de conservação do

movimento) , uma substancia

incorpórea não pode alterar a

direção de movimento de uma

substância corpórea.

Descartes

(1596- 1650)

Para solucionar a dificuldade

colocada pela física moderna,

surgem dois tipos distintos de

correntes:

a) paralelismo psicofísico –

alma e corpo existem como

entidades separadas, sem

interação.

b) Materialismo – que nega a

existência de uma mente

inextensa

Materialismo Hobbes alega que toda realidade é física, constituída por

corpos que ocupam um lugar determinado no espaço.

Portanto toda substância é corpórea.

Hobbes (1586-

1679)

Isso é uma objeção radical ao

dualismo cartesiano.

Monismo

panteísta

Espinosa defende o monismo panteísta, ou seja, só existe

na realidade uma substância absolutamente infinita, Deus,

o qual possui infinitos atributos, mas podemos conceber

apenas dois: pensamento e extensão. Dessa forma, mente e

corpo são atributos distintos de uma única substância.

Espinosa

(1632-1677)

Contesta o dualismo cartesiano

Monismo

metafísico /

Paralelismo

psicofisico

Lei da inter-relação entre sensação e processos cerebrais.

Significa não que a mente dependa do cérebro, mas sim

um panpsiquismo, ou seja, que os fatos físicos estão

indissoluvelmente identificados com os acontecimentos

mentais. Para Fechner a diferença entre mente e matéria

Theodor

Fechner

(1881-87)

Influciou a psicologia

experimental do século XIX

Page 2: Filosofia da Mente

seria apenas uma no ponto de vista a partir do qual a

entidade psicofísica poderia ser observada. Existe uma

diferença entre pensar com o cérebro e examinar o cérebro

de uma pessoa que pensa.

Behaviorismo

metodológico

Para que psicologia se estabelecesse como ciência, sobre a

ótica behaviorista, ela abre mão do estudo introspectivo

dos estados mentais conscientes para privilegiar a

observação do comportamento do homem e do animal.

Watson

(precursor

norte-

americano),

Skinner,

Pavlov

Com a revolução behaviorista

no campo da psicologia o

paralelismo psicofísico sofreu

um enfraquecimento na medida

em que a noção de consciência

perdeu força.

Behaviorismo

Ontológico /

Monismo

Materialista

Afirma a tese do monismo materialista descartando em

definitivo a consciência. O que chamamos consciência ou

espíritos não seres, não são realidades. O homem não é

duplo. Ele é um teatro de fenômenos exclusivamente

materiais.

Tilquin (1950)

Filosofia da

Mente /

Primeira

tendência /

Analise

conceitual

Esta tendência afirma que a nossa cultura de uma forma

equivocada tende a reforçar uma perspectiva dualista ao

fazer uso de dois tipos de vocabulário: um físico e outro

mental.

Gilbert Ryle

(1949)

Segunda

tendência /

Materialismo

redutivo /

Teoria da

identidade

Essa vertente afirma a identidade entre estados mentais e

estados físicos do cérebro. Isso quer dizer que cada tipo de

estado mental seja idêntico a alguns tipos de estado físico

cerebral. Segundo tal vertente, a neurociência será capaz

de relacionar todos os estados neurais aos estados mentais.

Smart (1962) /

Armstrong

(1968)

Terceira

tendência /

Funcionalism

o

A mente é o resultado da capacidade de um sistema

desempenhar determinadas funções independente de sua

constituição físico-química. Dessa forma um computador

estaria apto para realizar as mesmas funções

desempenhadas pelo cérebro humano.

Hilary Putnam

(196?)

Enquanto o materialismo

redutivo afirma que a mente é o

cérebro, os funcionalistas dizem

que a mente é aquilo que o

cérebro faz.

Quarta

tendência /

Materialismo

eliminativo

A única realidade do mental é a sua base neurofisiológica.

De acordo com essa vertente, os conceitos da psicologia

popular (crença,medo, alegria, tristeza,etc.) constituem

uma terminologia equivoca em relação às causa do

Page 3: Filosofia da Mente

comportamento e da natureza da atividade cognitiva do

homem. Eles propõem eliminar radicalmente tal

terminologia.