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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL COMANDO GERAL Diretriz de Polícia Comunitária DPC Nº 001/2009 FILOSOFIA E CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DE POLÍCIA COMUNITÁRIA 1

filosofia e conceitos de policia comunitária

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERALPOLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

COMANDO GERAL

Diretriz de Polícia Comunitária

DPC Nº 001/2009

FILOSOFIA E CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DE POLÍCIA COMUNITÁRIA

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DPC Nº 01/2009 - FILOSOFIA E CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DE POLÍCIA COMUNITÁRIA

2009

DPC Nº 01/2009

FILOSOFIA E CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DE POLÍCIA COMUNITÁRIA

I – FINALIDADE

A presente Diretriz tem por finalidade expedir determinações gerais sobre polícia

comunitária, visando sua definição, filosofia, doutrinação e implantação, regulando alguns aspectos da

realização das atividades inerentes ao policiamento comunitário no campo institucional, tático e

operacional, inclusive administrativa e instrucional, dotando assim a Polícia Militar do Distrito Federal

– PMDF, de um sistema abstrato de pensamento voltado para a nova realidade.

II – OBJETIVOS

Em razão da implantação dessa nova filosofia de atuação policial a PMDF deve basear

suas ações administrativas, estratégicas, táticas e operacionais voltadas para a consecução de objetivo

geral e específicos, que tenham por escopo a mudança de gestão da maneira de realizar policiamento

na Capital Federal.

a. Objetivo Geral

Estabelecer um modelo policial que atenda a necessidade de segurança da população por

parte de uma polícia mais próxima da comunidade e capaz de possibilitar uma resposta de qualidade,

personalizada, eficaz e integral. Neste ponto há de se considerar também formas de interação entre os

órgãos vinculados à Secretaria de Segurança Pública com base na produção dos resultados, nas ações

conjuntas de policiamento e na unificação das informações relacionadas à analise criminal,

levantamentos estatísticos e resultados das ações de inteligência, com vistas a subsidiar o policiamento

ostensivo na prevenção de ocorrência de delitos.

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b. Objetivos específicos

São objetivos específicos desta diretriz estabelecer as ações, medidas, procedimentos e

orientações que norteiem a aplicação, desenvolvimento e fixação de doutrina pertinente à filosofia de

Polícia Comunitária em toda a Corporação, por parte dos policiais militares, em todos os níveis, e aos

que atuam nos diversos tipos e modalidades de policiamento, principalmente nos postos Comunitários

de Segurança – PCS. As ações para alcançar tais objetivos devem ser voltadas para à atuação do

policial militar integrado no PCS ou nos diversos tipos e modalidades de policiamento

complementares àquele e visam, especificamente:

1) Prestar serviços de qualidade à população por meio do policiamento comunitário,

considerada a boa doutrina de polícia preventiva e respeitadas as peculiaridades próprias de cada

comunidade;

2) Criar condições de trabalho junto à comunidade por meio da interatividade, que

aumente o grau de satisfação do cidadão com a Polícia Militar;

3) Reduzir a criminalidade visando resgatar a sensação do estado de segurança pública

da comunidade;

4) Manter bom relacionamento interpessoal e a transparência no atendimento das

ocorrências;

5) Atuar de forma integrada com os demais órgãos vinculados ao sistema de segurança

pública visando a preservação da ordem pública;

6) Valorizar o policial militar comunitário e a posição hierárquica e funcional de Gestor

de PCS, atribuindo-lhe setor de atuação específico;

7) Cumprir e fazer cumprir a lei priorizando os direitos e deveres do cidadão quando de

sua atuação na luta contra o crime e contra a delinqüência;

8) Conhecer os problemas do setor de atuação a partir da análise de diagnóstico do local

com a finalidade de antecipar-se aos fatos ilícitos;

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9) Valorizar a informação recebida ou coletada por meio da comunidade, dando-lhe o

encaminhamento imediato para providências;

10) Incentivar e promover a integração comunitária, por meio dos Núcleos Comunitários

de Segurança – NUSEG, dando conhecimento das dificuldades, das mazelas da ordem pública e da

necessidade de políticas sociais e preventivas;

11) Inserir a PMDF, como um todo, na “prevenção primária”, como forma facilitadora e

complementar à “prevenção secundária”, já normalmente exercida. Neste propósito o policial, atuando

e orientando a comunidade a canalizar esforços junto aos demais órgãos públicos, estará facilitando a

prevenção secundária. Destaca-se como fator principal de atuação do policiamento comunitário na

prevenção primária, a resolução pacífica de conflitos.

12) Atuar dentro do planejamento concebido pela Unidade Policial Militar - UPM,

buscando no público interno e externo, informações para atualização e padronização da excelência;

13) Orientar aos cidadãos quanto às medidas de prevenção que devem adotar a fim de

evitar a ocorrência de crime, de infração de trânsito e das dificuldades que possam colocá-los em risco;

14) Incentivar a participação da comunidade local nas atividades cívicas, culturais e

sociais;

15) Desenvolver atividades de cidadania, voltadas para a comunidade, principalmente

infantil e juvenil, tendo como premissa contribuir para a formação do cidadão do futuro;

16) Acompanhar e participar do desenvolvimento da comunidade na contínua busca de

melhoria da qualidade de vida.

17) Estabelecer como política de comando a implantação da doutrina de polícia

comunitária que, além de estabelecer proteção dos direitos da cidadania e da dignidade humana, possa

modificar o ambiente operacional e organizacional por meio de ações e medidas cujos resultados sejam

aqueles que:

a) Consolide a doutrina de polícia comunitária;

b) Estabeleça o nível de importância para os cursos e treinamentos na Corporação;4

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c) Se remeta ao cumprimento dos objetivos propostos;

d) Interaja com outros órgãos da SSP e outros órgãos públicos;

e) Valorize o trabalho do policial militar e aumente sua auto-estima.

18) Buscar soluções para recuperar a vida em comunidade e conscientizar a população

sobre a responsabilidade de cada um na prevenção indireta dos ilícitos;

19) Acionar e fazer acionar os organismos públicos e privados que possam providenciar

ou contribuir com medidas em prol da segurança pública, alertando a tempo as autoridades

competentes;

20) Zelar constantemente pelo bem-estar e qualidade de vida da comunidade local.

III – DESENVOLVIMENTO

a. Conceitos que integram o cenário da Segurança Pública

O acatamento ao ordenamento jurídico por parte das pessoas e instituições tem na

Constituição Federal a sua instância suprema. Nesse contexto, cabe ao Estado preocupar-se, em razão

das mazelas sociais, entre as quais a pobreza, a violência e a criminalidade, com a manutenção de um

estado de normalidade social e jurídica, de forma que possibilite a sociedade viver em harmonia e

alcançar seus objetivos calcados na preservação das garantias, dos direitos individuais e no bem

comum.

O ditame constitucional previsto no Art. 144 da Constituição Federal – CF, especifica: “A

segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida pela preservação da

ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio dos seguintes órgãos: [...]”.

Diante de tal preceito constitucional nada mais propício que adotar um modelo de policiamento que

tenha como escopo o estreitamento das relações entre a polícia e a comunidade.

São, portanto, os conceitos que integram o cenário da segurança pública:

1) Ordem Pública - Parafraseando Ely Lopes MEIRELLES, “É uma situação de

tranqüilidade e normalidade que o Estado deve assegurar às instituições e a todos os membros da

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sociedade, consoante as normas jurídicas legalmente estabelecidas.” Em sua mais profunda expressão,

é composta dos seguintes aspectos:

a) Tranquilidade pública - Clima de convivência pacífica e de bem-estar social,

onde reina a normalidade da comunidade, isenta de sobressaltos e aborrecimentos. É a paz nas ruas.

Conforme define Álvaro LAZZARINI “Exprime o estado de ânimo tranqüilo, sossegado, sem

preocupações nem incômodos, que traz às pessoas uma serenidade, ou uma paz de espírito. A

tranqüilidade pública, assim, revela a quietude, a ordem, o silêncio, a normalidade das coisas, que,

como se faz lógico, não transmitem nem provocam sobressaltos, preocupações ou aborrecimentos, em

razão dos quais se possam perturbar o sossego alheio. A tranqüilidade, sem dúvida alguma, constitui

direito inerente a toda a pessoa, em virtude da qual está autorizada a impor que lhe respeitem o bem-

estar, ou a comodidade do seu viver.”

b) Salubridade pública - Situação em que se mostram favoráveis as condições de

vida. Ainda aproveitando os ensinamentos de LAZZARINI “Refere-se as condições sanitárias de

ordem pública, ou coletiva. A expressão salubridade pública designa também o estado de sanidade e de

higiene de um lugar, em razão do qual se mostram propícias as condições de vida de seus habitantes.”

c) Segurança Pública - É o grau relativo de tranqüilidade que compete ao Estado

proporcionar ao cidadão, garantindo-lhe os direitos de locomoção. É um valor social a ser mantido ou

alcançado, em que o interesse coletivo, na existência de ordem jurídica e na incolumidade do Estado,

seja atendido, a despeito de comportamentos e de situações adversativas. Para tanto, o Estado deve

atuar preventiva ou repressivamente em quase todos os setores da atividade humana, tantos sejam os

comportamentos adversativos capazes de comprometê-la e de situações que a ponham em risco. Está

intrinsecamente relacionada com o conceito de ordem pública, pois esta, por ser uma situação de

pacífica convivência social, depende daquela. Para VEDEL “É o estado antidelitual que resulta da

observância dos preceitos tutelados pelos códigos penais comuns e pelas lei de contravenções penais,

com ações de polícia repressiva ou preventiva típicas, afastando-se, assim, por meio de organizações

próprias de todo ou traduzida no sentido lato como o estado de garantia e tranqüilidade que deve ser

assegurado à coletividade em geral e ao indivíduo em particular, quanto à sua pessoa, liberdade e ao

seu patrimônio, afastados de perigo e danos, pela ação preventiva dos órgãos a serviço da ordem

política e social.”

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2) Manutenção e Preservação da Ordem Pública - É o exercício dinâmico do Poder

de Polícia. No campo da Segurança Pública é manifestada por atuações predominantemente ostensivas,

visando prevenir e/ou coibir eventos que alterem a ordem pública e a dissuadir e/ou reprimir os

eventos que violem essa ordem para garantir sua normalidade. A preservação abrange tanto a

prevenção quanto à restauração da ordem pública, pois seu objetivo é defendê-la, resguardá-la, ou seja,

conservá-la incólume. A preservação da ordem pública, nesse contexto, abrange as funções de polícia

preventiva e a parte de polícia judiciária relativa à repressão imediata, pois é nela que ocorre a

restauração da ordem pública. Do ponto de vista organizacional a polícia tem como papel o controle do

crime e a manutenção da ordem, no sentido de garantir a segurança e o convívio harmônico entre os

seres humanos e a sociedade. Ela representa a conformidade a padrões de moralidade, de acordo com a

lei, que estabelece limites racionais à imposição da ordem. Neste caso cabe a polícia atuar em todos os

tipos de situação, empregando a força, inclusive, para cessar determinado problema no lugar ou no

instante em que os mesmos aparecerem.

b. Conceitualização, termos e orientações pertinentes

A metodologia policial militar para implantação da filosofia de policia comunitária e do

Policiamento Comunitário consiste em descrever o “como”. Desta forma, as técnicas a serem

utilizadas pela metodologia devem ser baseadas nos seguintes termos e orientações que devem ser

fixados para a criação de uma nova cultura voltada para a concepção doutrinária de polícia

comunitária.

1) Filosofia de Polícia Comunitária – A polícia comunitária não é um tipo ou

programa, nem tão pouco uma operação, é tão somente a interação do policial com a comunidade,

tornando-o parte integrante e ativa desta sociedade. Essa interação deve ser simples e natural. Parte do

princípio que o policial militar deve conhecer a comunidade, saber de seus problemas e buscar

soluções adequadas para minimizá-los ou solucioná-los. Tal filosofia conduz a um policiamento

personalizado de serviço completo. Neste contexto, o policial militar, vinculado a uma determinada

área, presta serviços em parceria preventiva com a comunidade local, para identificação e busca de

solução dos problemas contemporâneos, como crimes, drogas, medos, desordens físicas e morais e até

mesmo a decadência dos bairros, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida na área. É a ação do

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policiamento ostensivo-preventivo em parceria com a sociedade na busca de soluções de problemas de

segurança pública.

2) Policiamento Comunitário – É o conceito de atividade operacional para tipo ou

modalidade de policiamento cuja base principal é a interação do policial com a sociedade, na forma

proativa, de maneira a prevenir a ocorrência de delitos e que busca a satisfação do cidadão em seu

sentido completo, em relação ao atendimento dispensado pela polícia. (Junior: 16). É a atuação

operacional baseada na filosofia e estratégia da organização que proporciona a parceria entre a

população e a polícia. Baseia-se na premissa de que tanto a polícia quanto a comunidade devem

trabalhar juntas para identificar, priorizar e resolver problemas contemporâneos, com o objetivo de

melhorar a qualidade de vida na área (Trojanowicz; Bucqueroux, 1999: 4). É uma maneira inovadora e

mais poderosa de concentrar as energias e os talentos da polícia na direção das condições que,

freqüentemente, dão origem ao crime e a repetidas chamadas por auxílio local (Wadman, 1994 apud

Cartilha de Policiamento Comunitário – 2007, 1ª Ed. PMESP). É uma atitude, na qual o policial, como

cidadão, aparece a serviço da comunidade e não como uma força, mas como um serviço público

(Fernandes, 1994 apud idem). É o exercício de polícia voltado a defesa da cidadania, com integral

respeito aos direitos humanos e interação da sociedade (Junior: 21).

3) Estratégia – É o padrão global de decisões e ações que posicionam a PMDF em seu

ambiente e tem objetivo de fazê-la atingir seus objetivos de longo prazo. Observar o padrão geral das

decisões dá uma indicação do comportamento estratégico real (Slack, 2002: p. 87). Uma estratégia de

policiamento comunitário deve evitar tanto a ausência de controle quanto a falta de criatividade;

4) Para que sejam observados os efeitos preventivos do policiamento sobre o crime

devem os policiais comunitários atentar para as diferentes formas de interação e procedimentos,

segundo a literatura específica (Kahn, 2002:15):

a) Fiscalização Comunitária – Atividade voluntária desenvolvida pelos residentes

de um Setor que tem o efeito de reduzir a criminalidade porque os criminosos saberiam que a

vizinhança está atenta;

b) Inteligência baseada na comunidade – Aumento do fluxo de informações

sobre crimes e suspeitos, da população para a polícia, útil para as estratégias preventivas contra o

crime;

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c) Informação pública a respeito do crime – Aumento do fluxo de informações

da polícia para a população sobre a atividade criminal da área; e,

d) Legitimidade policial – Uma comunidade que vê a polícia legítima, justa e

confiável incrementa uma obediência generalizada a lei.

5) Devem ser aplicados nas UPM a fim de desenvolver o projeto de polícia comunitária

os seguintes elementos–chaves, segundo definição de Skolnick e Bayley (2002):

a) Organizar a prevenção do crime tendo por base a comunidade – Conduta

provativa por parte da polícia, ao invés de aguardar a prática de delito para identificar as condições que

ocorrem o crime;

b) Reorientar as atividades de patrulhamento para enfatizar serviços não-

emergenciais – Formas coletivas de vigilância e colaboração dos cidadãos, bem como as questões

sociais, de infra-estrutura urbana e ambientais que trazem desconforto à comunidade;

c) Aumentar a responsabilização das comunidades locais – Por meio de

condutas e procedimentos que possibilitem aumentar o nível de confiança entre a polícia e a cidadania,

além de medidas que possibilitem a organização comunitária e o conseqüente aumento da participação

cidadã nos assuntos comunitários;

d) Descentralizar o comando – Os comandantes, chefes e diretores passam por

uma mudança no papel de administradores, pois, ao invés de comandarem ações com domínio

completo sobre elas, passa a orientadores que farão o máximo para que os subordinados tenham o

apoio necessário para implementar as medidas que vão formulando em conjunto com a comunidade;

e) Divisão territorial – Estabelecer Setores e Subsetores de atuação nas subáreas

de atuação, pois, quanto menor o local de atuação melhor o controle sobre o crime.

6) Desdobramento operacional - Distribuição das UPM no terreno, devidamente

articuladas até nível de GPM, como limites de responsabilidades perfeitamente definidos. São os

seguintes os locais para desdobramento operacional e suas respectivas definições:

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a) Área - É o espaço físico atribuído à responsabilidade de um Batalhão de Polícia

Militar (BPM) ou Companhia de Polícia Militar Independente (CPMInd).

b) Subárea - É o espaço físico atribuído à responsabilidade de uma Subunidade

(Companhia PM) de Batalhão de BPM;

c) Setor - Compreende o espaço físico de atuação do PCS ou de viatura de

radiopatrulhamento de uma Subárea de Batalhão ou área de CPMInd;

d) Subsetor - É o espaço físico atribuído a um ou mais policiais militares para a

realização de policiamento ostensivo ou a responsabilidade de um ou dois policiais comunitários que

pertençam organicamente a um setor de PCS.

e) Posto - É o espaço físico delimitado, atribuído à responsabilidade de fração

elementar ou constituída, atuando em permanência ou patrulhamento.

7) Posto Comunitário de Segurança - Unidade de equipamento público comunitário,

idealizado e arquitetado, para servir como ponto-base dos agentes de segurança pública e para

atendimento da comunidade, garantindo a sensação de sentir-se segura e ter um referencial a buscar em

situações de risco iminente, emergências diversas ou para uma necessidade de mediação de conflitos.

O princípio de funcionamento dos PCS baseia-se no emprego da filosofia de Polícia Comunitária ou

Polícia Cidadã, pois além de servir para o cumprimento da função basilar de executar o policiamento

ostensivo-preventivo, abrange também um leque de novas oportunidades a partir da aproximação com

a comunidade. Tem por base a interação policial x cidadão, na distinção das pessoas que compõem

aquela comunidade da proximidade do posto perante outras desconhecidas, na facilidade da obtenção

de informações para aprimorar o policiamento em busca do combate à criminalidade, bem como na

confiança do cidadão comum que se reverte em sensação de segurança;

8) Variáveis - são critérios que visam a identificar os aspectos principais da execução

do policiamento ostensivo fardado. As variáveis são:

a) Tipo: Policiamento Ostensivo Geral – POG, Policiamento Ostensivo de

Trânsito – POT, Policiamento Ostensivo Ambiental – POA e Policiamento Ostensivo de Guarda -

POGda;

b) Processo: a pé, motorizado, montado, aéreo, em embarcação e em bicicleta;

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c) Modalidade: patrulhamento, permanência, diligência e escolta;

d) Circunstância: ordinário, extraordinário e especial;

e) Lugar: urbano e rural;

f) Tempo: jornada e turno;

g) Forma: desdobramento e escalonamento.

9) Roteiro - É a sucessão de pontos, de passagem obrigatória, sujeitos a vigilância por

um homem, uma dupla, uma viatura ou mesmo qualquer fração de distintas modalidades de

policiamento.

10) Setorização - A área da Unidade tipo BPM é desdobrada em Companhias (se

CPMInd em Pelotões) e este(a) em setores sobre os quais se farão policiamento comunitário, tendo por

base os PCS e as estatísticas, com o fim de "personalizar" e "focar" o esforço policial;

11) Fixação do policial comunitário ao Setor - Consiste em empregar sempre os

mesmos militares no mesmo setor para que crie vínculos com a população local, conheça melhor os

seus problemas e, possa atuar de modo continuado na prevenção e solução desses problemas. O

policial comunitário deve dispor de tempo suficiente para que conheça e seja conhecido na

comunidade, conquistando confiança e desenvolvendo parceria, interagindo com a população local,

dando orientações e coletando informações. A finalidade é a busca da qualidade nos resultados

pretendidos e a conseqüente diminuição da criminalidade.

12) Efetividade – Refere-se a constância, consistência e permanência. É a efetivação do

homem, equipamentos e materiais em um espaço físico e específico de atuação. A Polícia para ser

considerada efetiva deve manter-se constante, pois só assim englobará em sua atuação a eficiência e a

eficácia.

13) Vitimização - É o termo designativo do processo que identifica alguém do público

como usuário do sistema de segurança pública na condição de vítima, para que possa ser devidamente

acompanhado na recuperação, na visitação e na garantia da prevenção como vítima por outro ou o

mesmo crime.

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14) Visitas Comunitárias – atividade desenvolvida pelo policial comunitário que

consiste em efetuar visitas periódicas aos membros da comunidade do Setor de sua responsabilidade

(residências, comércios, bancos, escolas, creches, igrejas, lideranças comunitárias, órgãos públicos,

etc.) enquanto executa o policiamento preventivo. O policial comunitário por meio desse procedimento

deve catalogar e conhecer as pessoas de sua comunidade, bem como, conhecer seus anseios e

necessidades específicas. Caso necessário deve orientá-las quanto à conduta mais conveniente para a

sua segurança e da sua comunidade visando garantir-lhes sua auto-proteção, além de informar o modo

mais adequado de interagir com a PM e demais órgãos públicos da sua localidade.

15) Visitas Solidárias - Visita do policial comunitário do PCS ao morador vítima de

crime. Deve ser realizada, preferencialmente, no mesmo dia e após a ocorrência na qual foi vitima,

objetivando: a coleta de dado ainda não revelado sobre o crime ou de autoria; orientar o cidadão sobre

medidas preventivas convenientes para sua própria segurança; tomada de reflexão por parte do

policial comunitário quanto a possível melhoria na sua atuação preventiva que vise o impedimento de

novas ocorrências relacionadas ao fato.

16) Prevenção Primária - É a adoção de medidas de proteção específica, cujo objetivo é

evitar que a violência se manifeste. Atua nos fatores de risco, para reduzir a exposição de grupos

populacionais ou fortalecer mecanismos protetores. A qualidade de vida é essencial para esta

prevenção. Para seu êxito, há que se minimizar os agentes criminógenos sociais, como desemprego,

pobreza, miséria, carências na educação, problemas de infra-estrutura geral, terrenos e imóveis

abandonados, falta de iluminação, pavimentação, etc.

17) Prevenção Secundária - A prevenção secundária está relacionada com a definição

de políticas públicas de repressão ao crime. Compreende o envolvimento da Polícia, do Poder

Legislativo e da Justiça. Conecta-se com a intimidação causada pela possibilidade da repressão

judicial com a aplicação da lei penal, bem como com a ação policial voltada aos interesses da

prevenção.

18) Prevenção Terciária - Na prevenção terciária estão compreendidas as medidas de

tratamento e reabilitação de casos estabelecidos. Dá-se durante o período de reclusão do infrator e

depois de sua passagem pela prisão. Consiste na recuperação e reintegração do infrator à sociedade.

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19) Atendimento - É uma ação padronizada do policial comunitário no intuito de atuar

com seu comportamento pró-ativo, de maneira que durante o seu relacionamento com alguém do

público que o solicite, estabeleça um contato de forma a assegurar um nível de controle em

determinada situação. Conduz ao policial militar empenhar-se em uma ação específica para

determinada situação conforme cada caso. Pode resultar em: recepcionar as pessoas no PCS; registrar

em livro ocorrências ou situações detectadas; adotar atitude eminentemente policial; efetuar uma

averiguação; e outra forma de empenho ou ações provocadas por terceiros ou fatos relacionados a

intervenção policial.

20) Auto-proteção - É o comportamento individual ou coletivo que visa garantir a

pessoa humana condições favoráveis ao estabelecimento ou restabelecimento da sua segurança pessoal

ou comunitária. Tem por objetivo prevenir a vitimização de membro da comunidade.

21) Inserção do Policial Militar na comunidade - É a aproximação dos policiais

militares à comunidade onde atua visando humanizar o trabalho policial e não apenas fornecer um

número de telefone ou uma instalação física de referência. Para se alcançar tal mister a atividade

policial deve ser sistemática, planejada e detalhada.

22) Parceria - É o termo utilizado para caracterizar a ação conjunta entre a polícia

militar e os diversos seguimentos da sociedade ou do sistema de segurança pública, para identificar

uma relação positiva e assinalar uma comunidade parceira, que numa visão moderna participa de todo

o processo de maneira definitiva com o poder público para a solução dos problemas de segurança

pública com durabilidade, eficácia e alto índice de participação social, onde há divisão de tarefas e de

responsabilidades na identificação de problemas e na implementação de soluções planejadas.

23) Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) - é o agrupamento de pessoas de

uma sociedade organizada que se reúnem com entidades representativas de segurança, prefeituras de

quadras e/ou associações comunitárias, para discutir, analisar e planejar ações em busca de soluções de

problemas de segurança. Essas reuniões fortalecem os laços entre a polícia e o seu principal cliente, a

SOCIEDADE. As decisões e discussões realizadas nos CONSEG poderão ter efeitos nos trabalhos

desenvolvidos pelos agentes de segurança dos Postos Comunitários de Segurança.

24) NUSEG (Núcleo Comunitário de Segurança) - É um mini-conselho que atuará na

comunidade atendida pelo efetivo do PCS, cuja atuação é limitada a seu setor correspondente, criado

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por portaria do Secretário de Segurança Pública, atendendo ao interesse da comunidade e limitado a

questões de segurança pública ou que apresente peculiaridades que justifique sua existência.

25) Lideranças Comunitárias - são membros de uma sociedade organizada, designados

como representantes da comunidade em que moram e falam em nome da maioria. São pessoas que

mantém com freqüência contatos com os agentes de segurança em serviço nos postos policiais, a fim

de propor, obter ou discutir a solução de algum problema de segurança surgido.

26) Segurança Cidadã – É um modelo que tem por finalidade expandir o processo de

articulação de todas as forças da sociedade e formas de governo no combate à criminalidade. De tal

modo, cada representante dessas diferentes forças seria co-responsável por planejar e controlar as

operações em cada âmbito que se deseja intervir, observando as características locais, bem como

desenvolver técnicas de prevenção, mediação, negociação e investigação de conflitos sociais e de

crimes. Consiste também na implementação de políticas públicas, ações e estratégias com vistas à

prevenção da violência e criminalidade, passando pelo tratamento igualitário de todas as pessoas que

convivem em um mesmo ambiente social e pela capacitação de agentes públicos e membros da

comunidade com o objetivo de estimular a confiança entre esses e a polícia.

c. Princípios filosóficos e doutrinários do policiamento comunitário que devem ser aplicados:

1) Filosofia (uma maneira de pensar) e estratégia organizacional (uma maneira de

desenvolver a filosofia) – A base desta filosofia é a comunidade. Para direcionar seus esforços, a

Polícia Militar, ao invés de buscar idéias pré-concebidas, deve buscar, junto as comunidades, os

anseios e as preocupações das mesmas, a fim de traduzi-los em procedimentos de segurança;

2) Comprometimento da PMDF com a concessão de poder à comunidade – Dentro

da comunidade, os cidadãos devem participar, como plenos parceiros da polícia, dos direitos e das

responsabilidades envolvidas na identificação, priorização e solução dos problemas;

3) Policiamento descentralizado e personalizado – É necessário um policial

plenamente envolvido com a comunidade, conhecido pela mesma e conhecedor de suas realidades;

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4) Resolução preventiva de problemas a curto e a longo prazo – A idéia é que o

policial não seja acionado pelo rádio, mas que se antecipe à ocorrência. Com isso, o número de

chamadas ao serviço de emergência deve diminuir;

5) Ética, legalidade, responsabilidade e confiança – O Policiamento Comunitário

pressupõe um novo contrato entre a polícia e os cidadãos aos quais ela atende, com base no rigor do

respeito à ética policial, da legalidade dos procedimentos, da responsabilidade e da confiança mútua

que devem existir;

6) Extensão do mandato policial – Cada policial passa a atuar como um chefe de

polícia local, com autonomia e liberdade para tomar iniciativa, dentro de parâmetros rígidos de

responsabilidade. O propósito, para que o Policial Comunitário possua o poder, é perguntar-se: Isto

está correto para a comunidade? Isto está correto para a segurança da minha região? Isto é ético e

legal? Isto é algo que estou disposto a me responsabilizar? Isto é condizente com os valores da

Corporação?

7) Ajuda as pessoas com necessidades específicas – Valorizar as vidas de pessoas

mais vulneráveis: jovens, idosos, minorias, pobres, deficientes, sem teto, etc. Isso deve ser um

compromisso inalienável do Policial Comunitário;

8) Criatividade e apoio básico – Ter confiança nas pessoas que estão na linha de frente

da atuação policial, confiar no seu discernimento, sabedoria, experiência e, sobretudo, na formação que

recebeu. Isso propiciará abordagens mais criativas para os problemas contemporâneos da comunidade;

9) Mudança interna – O Policiamento Comunitário exige uma abordagem plenamente

integrada, envolvendo toda a organização. É fundamental a reciclagem de seus cursos e respectivos

currículos, bem como de todos os seus quadros de pessoal;

10) Construção do futuro – Deve-se oferecer à comunidade um serviço policial

descentralizado e personalizado, com endereço certo. A ordem não deve ser imposta de fora para

dentro, mas as pessoas devem ser encorajadas a pensar na polícia como um recurso a ser utilizado para

ajudá-las a resolver problemas atuais de sua comunidade.

d. Ações a serem desenvolvidas com base nos princípios doutrinários de policiamento

comunitário:

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1) Integração entre os órgãos que compõe o sistema de segurança pública - O

objetivo comum às organizações que compõem o Sistema de Segurança Pública é o bom atendimento

à população. Todos os policiais comunitários são co-participes neste processo de integração. O

trabalho integrado, na nova filosofia, deverá ser cooperativo e complementar, respeitando a missão,

cultura e tradição de cada organização. É fundamental para o sucesso do programa que a integração

seja intra e interorganizacional, buscando, se necessário, a quebra de paradigmas.

2) Integração com os órgãos locais de proteção social - O policial comunitário deve

utilizar a integração com os órgãos de ação social que têm atuação naquela comunidade (ou de outras

instâncias), fazendo o devido encaminhamento aos serviços de saúde, esporte e lazer, promoção social,

educação, justiça, serviços públicos, etc. Para tanto, são fundamentais o trabalho conjunto e

coordenado com os Conselhos Comunitários de Segurança, Administrações Regionais e outros órgãos

de proteção social públicos e da sociedade civil, para o desenvolvimento de programas de atendimento

aos problemas sociais mais persistentes que tenham implicações na segurança pública.

3) Descentralização dos procedimentos - É necessária a delegação de autoridade e de

responsabilidade aos policiais militares envolvidos no programa, sob supervisão direta do comandante

da companhia a que está subordinado, contribuindo para a sua autonomia e flexibilidade. Com isso,

busca-se o desenvolvimento de um novo tipo policial, que atue como um elo entre a comunidade e os

órgãos público. A limitação de uma área de atuação e responsabilidade facilita o contato diário, direto

e pessoal do policial comunitário com as pessoas a quem serve.

4) Interação ativa com o cidadão - O policial comunitário deve conhecer

pessoalmente o máximo possível de cidadãos da comunidade. Esclarecer que o seu papel na localidade

em que atua é ajudar a identificar, resolver e evitar problemas. Estar acessível aos cidadãos, o que, com

certeza, trará à comunidade a melhoria na qualidade de vida. Devem ser desenvolvidos mecanismos

que permitam o pronto atendimento do policial comunitário quando acionado, para aumentar o grau de

satisfação e a sensação de segurança da população. O objetivo desse procedimento é possibilitar ao

policial militar conhecer a população de sua área de atuação bem como ser conhecido por ela.

5) Agilidade na resolução de problemas - O conceito de problema é ampliado, indo

muito além de incidentes criminais e de desastres, buscando-se assim maneiras mais ágeis de se lidar

com as preocupações da comunidade, por meio de intervenções imediatas. A avaliação das ações de

segurança pública passa a depender mais da qualidade dos seus resultados (problemas resolvidos e o 16

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aumento da sensação de segurança), do que simplesmente de índices quantitativos (quantidade de

prisões efetuadas, multas aplicadas, ocorrências registradas, etc.). O estímulo à cooperação social será

agilizado e terá um caráter preventivo diante de situações que, potencialmente, poderiam se

transformar em mais uma incidência criminal.

6) Mediação pacífica de conflitos - O policial comunitário se depara muitas vezes com

situações de conflito, nas quais deve atuar evitando disputa, estabelecendo diálogo e iniciando uma

negociação para resolver questões pendentes e promover reconciliações entre desafetos. É necessário

experiência e uma preparação especial para lidar com o conflito, de uma forma positiva, e a técnica de

mediação é parte fundamental desta preparação, que vai fazer do agente um mediador comunitário na

superação dos conflitos, evitando situações extremas e delituosas. Os atos resultantes da mediação do

agente de segurança comunitária devem ser passíveis de divulgação para toda a comunidade,

porquanto os atos e acordos que não possam ser explicitados poderiam implicar em prevaricação ou

uso de arbítrio. Esta modalidade de resolução de conflitos impõe uma solução, mas trabalha para que

os reais interessados resolvam, eles próprios, a questão. O desafio é buscar alternativas que

possibilitem o predomínio da diversidade e a convivência com a diferença. O mediador necessita de

uma sensibilidade de lidar com cada conflito, pois esta é uma prática que requer conhecimento e

treinamento em técnicas próprias. Deve-se ressaltar qualidades tais como: facilidade de comunicação,

sensibilidade para escutar, credibilidade, capacidades técnicas para analisar questões e um desempenho

que respeite os princípios éticos. Enfim, o policial comunitário ao atuar como mediador deve mostrar

às partes que elas mesmas podem resolver seus problemas, sem necessidade de recorrerem à violência

ou qualquer outro meio ofensivo.

7) Fixação do policial comunitário na função – o policiamento comunitário é

orientado para a solução de problemas, a qual só é alcançada na medida da interação e confiança do

policial com a comunidade. Por isso se faz necessário fixar os comandantes, gestores e demais

policiais comunitários envolvidos no programa para que conheçam os problemas de cada região, por

um período médio de dois anos, por exemplo. Deve-se superar gradativamente o sistema tradicional,

que tem as suas carreiras organizadas em um grau elevado de rodízio de comandos e chefias. É

fundamental a continuidade e a fixação do oficial e praça para o sucesso do programa e fixação da

filosofia e doutrina de polícia comunitária nas regiões em que atuam.

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8) Transparência das ações - é um pré-requisito básico para desenvolver a confiança,

não só entre as organizações envolvidas, como também entre a comunidade e os policiais

comunitários. Faz parte deste processo de transparência a realização e divulgação de pesquisas de

avaliação do programa, não só junto aos policiais comunitários como aos demais órgãos sediados na

localidade e a comunidade atendida. A comunidade será incentivada a fazer o acompanhamento do

programa, participar da avaliação conjunta das suas ações e de sua divulgação junto à mídia.

9) Humanização do policial militar e dos serviços - na interação diária com os

cidadãos o policial comunitário naturalmente se envolve com problemas e soluções, com isso, a sua

responsabilidade aumenta, assim como, sua auto-estima e valoriza a sua capacidade de agir de forma

autônoma. Ao compartilhar dos sentimentos dos cidadãos e participar na superação dos seus problemas

vai estar mais presente e motivado, de uma maneira mais humanística do que nas ações

tradicionalmente pontuais e reativas. Esta humanização vai se forjando com base em crescente

confiança, cooperação e respeito mútuo. O programa de policiamento comunitário dá ampla

discricionariedade ao policial que atua junto a comunidade. Cabe neste contexto, à Polícia Militar,

investir em um sistema de controle interno eficaz, constituído por mecanismos de seleção, formação,

promoção e correções capazes de garantir a autodisciplina e a integridade moral dos policiais militares

que atuam no processo.

10) Planejamento integrado com a comunidade - quando as pessoas passam a se

relacionar com outros cidadãos, seus problemas comuns tendem a ser equacionados e compreendidos

de modo mais racional. É fundamental o incentivo à participação dos cidadãos como parceiros dos

policiais comunitários, não somente na implantação do programa, mas de forma continuada, para que

compartilhem a responsabilidade de identificar, priorizar e planejar as soluções dos problemas para a

melhoria da qualidade de vida da comunidade (social, assistencial, empresarial, escolar, legislativa,

religiosa, junto a mídia etc.). Todo e qualquer planejamento de polícia comunitária deve ser integrado

e com a participação da comunidade. A elaboração e desenvolvimento de projetos voltados para

atender a uma demanda da comunidade, que esteja relacionado à redução dos índices de criminalidade

do Setor, devem ser desenvolvidos por meio de parceria em cada local contemplado pelo policiamento

comunitário.

11) Capacitação específica – os policiais militares e os membros da comunidade

engajados no processo devem ser capacitados em conhecimentos e habilidades específicos. A filosofia

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demanda uma capacitação diferenciada e específica que alcance os treinamentos: escolar, em campo,

por meio de intercâmbio com outros modelos e o treinamento contínuo em razão do serviço. Esta nova

estratégia exige o aproveitamento das habilidades específicas de todos os envolvidos no programa,

inclusive a comunidade. O policiamento comunitário exige que os policiais militares sejam

generalistas e atuem com uma visão ampla, diagnosticando os pontos fortes e fracos dos bairros,

setores, quadras e ruas, captando apoios e sugestões dos cidadãos e desenvolvendo em conjunto um

plano de ação. Devem estar qualificados a prevenir problemas e ilícitos, que, uma vez ocorridos,

merecerão a sua pronta reação. Por fim, também se faz necessário que a comunidade e as suas

lideranças participem e se capacitem de acordo com a filosofia de polícia comunitária.

12) Priorização das ações preventivas - O policial comunitário amplia o seu raio de

ação na medida em que estabelece parceria com a comunidade, para prevenir os problemas antes do

seu agravamento e para desenvolver iniciativas de longo prazo para a melhoria da qualidade de vida da

comunidade. A comunidade será incentivada a adotar medidas de proteção para reduzir as

oportunidades de vitimização. A priorização destas ações significa um salto qualitativo que amplia o

papel tradicional da segurança pública para além do reativo-repressivo.

13) Coordenação das atividades e implementação do programa de policiamento

comunitário - a gestão do Programa de Policiamento Comunitário ficará a cargo do Comando de

Policiamento e dos Comandos Regionais e terá como orientação doutrinária as Diretrizes de Polícia

Comunitária – DPC emanadas pelo comando da corporação. Caberá aos coordenadores regionais e

setoriais utilizar os processos de busca de informação e de capacitação dos policiais militares e da

comunidade para que se envolvam no processo. É importante a utilização de informações relacionadas

aos dados estatísticos e análise criminal para a formulação de estratégias e planejamentos que visem a

atuação eficaz da polícia para a redução dos índices de criminalidade. Para a execução dos processos

devem ser promovidas reuniões, fóruns, seminários e palestras que envolvam os demais órgãos

vinculados a SSP. Tais encontros terão por finalidade a elaboração de planejamentos integrados e que

contemplem a participação comunitária, e como objetivo final estabelecer prioridades e planejar

operações integradas.

14) Policiamento preventivo - Para a realização do policiamento preventivo, o princípio

básico é a busca da diminuição do distanciamento entre o policial militar e o cidadão. Deste modo, a

fiscalização a pé, de bicicleta ou em motos favorece uma melhor aproximação com a comunidade.

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IV – ATRIBUIÇÕES AOS ELEMENTOS SUBORDINADOS

a. Chefia do Estado Maior e Subcomando Geral

1) Instruir aos chefes de seções do EM, Comandantes, Chefes e Diretores em todos os

níveis, quanto à assunção da nova filosofia por parte da Corporação, orientando que todas as ações,

medidas e procedimentos relacionados às unidades referentes à área operacional e administrativa sejam

baseada na filosofia e doutrina de polícia comunitária, conforme os conceitos e orientações constantes

nesta e nas demais Diretrizes de Polícia Comunitária – DPC;

2) Criar mecanismos para alterar o estilo de administração das Unidades Operacionais,

passando do modelo burocrático para gerência de resultados, através da diminuição do efetivo da

atividade meio, mantendo na UPM o mínimo necessário para planejamento operacional, controle de

pessoal e do patrimônio;

3) Consolidar e fortalecer a doutrina de polícia comunitária como estratégia perene da

Corporação;

4) Estabelecer programa de difusão, direcionando, inicialmente, amplo trabalho junto

ao público interno.

5) Conceber mecanismos de aferição da sensação de segurança da população em

relação à implementação da filosofia de polícia comunitária e da confiança da comunidade local na

Polícia Militar.

6) Determinar e supervisionar a elaboração de diretrizes que tenham por escopo

estabelecer padrões de procedimentos para a atuação dos policiais comunitários de acordo com a

filosofia de polícia comunitária;

7) Criar condições de integração com os demais órgãos do sistema de segurança pública

com vistas a definir em nível estratégico as respectivas atuações e procedimentos em razão da

implantação dos Postos Comunitários de Segurança e conseqüente doutrina de Polícia Comunitária;

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8) Priorizar a classificação dos Capitães e Tenentes nas Unidades Operacionais para

atuação junto as companhias subordinadas aos BPM e CPMInd;

9) Elaborar planejamento estratégico para alcançar resultados a curto, médio e longo

prazo com vistas a criar novo ambiente operacional e fortalecer a doutrina em razão da nova forma de

atuar da polícia;

10) Adotar critérios de avaliação quanto ao policiamento aplicado;

b. Comando de Policiamento

1) Planejar a divulgação desta DPC ao efetivo operacional em conjunto com os demais

órgãos setoriais e de execução para fins de consolidação da mesma à atividade operacional;

2) Descentralizar o comando, para que os comandantes locais tenham mais liberdade e

velocidade nas adaptações necessárias em cada bairro ou localidade, possibilitando inclusive, uma

maior aproximação da polícia com a comunidade;

3) Avaliar relatórios com vistas à produção de dados utilizando com mais eficácia o

serviço de inteligência, aproveitando-os para orientações ao policiamento e planejamento das ações;

4) Aumentar o nível de supervisão e fiscalização do efetivo empregado;

5) Estipular a Companhia como célula de referência para a execução do policiamento

comunitário em todas as suas modalidades;

6) Possibilitar por meio da divisão territorial a descentralização do comando, a

distribuição do efetivo e dos meios necessários à execução do policiamento;

7) Criar condições de possibilitar à divisão de iniciativas, decisões rápidas e

responsabilidade descendente, a fim de atribuir mais autonomia aos policiais que executam o

policiamento mais próximo a comunidade, possibilitando que ele seja o solucionador dos problemas e

que atue com mais ênfase no atendimento aos serviços não emergenciais;

8) Difundir as orientações constantes desta diretriz aos comandos Regionais;21

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9) Coordenar a implantação da doutrina em todos os níveis;

10) Desenvolver estudos pertinentes ao tema a fim de aperfeiçoar o novo modelo e

consolidá-lo como doutrina permanente e efetiva da Corporação;

11) Fiscalizar a implementação da doutrina e filosofia de polícia comunitária nas UPM

de forma constante e sistemática;

12) Efetuar planejamento de proposta orçamentária anual, em conjunto com o EM e

Assessoria de Polícia Comunitária, para a aplicação e desenvolvimento da filosofia e doutrina de

polícia comunitária conforme o plano de comando da Corporação;

c. Centro de Inteligência – CI

1) Produzir e divulgar as informações produzidas pela Seção de Análise Criminal aos

comandos de policiamento;

2) Difundir os conhecimentos necessários para a produção, pelos policiais militares, de

informações policiais nas áreas, subáreas e setores de atuação;

3) Consubstanciar as informações ao policiamento por meio de levantamentos e dados

produzidos e análise criminal, com vistas a possibilitar às UPM a sistematização da informação

setorizada. O levantamento das informações deve referir-se à área da UPM, porém, com dados

pertinentes também as subáreas das companhias e setores de atuação dos PCS e radiopatrulha.

d. Diretoria de Ensino – DE

1) Organizar e desenvolver cursos e estágios de Policiamento Comunitário destinados a

Oficiais e Praças, a ser aplicados a todo o efetivo da Corporação;

2) Revisar o currículo do CFO, CAO, CAE, CFSd, CFC, CFS e CAS às diretrizes e

peculiaridades do policiamento comunitário conforme a nova doutrina em vigor;

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DPC Nº 01/2009 - FILOSOFIA E CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DE POLÍCIA COMUNITÁRIA

3) Planejar cursos de promotor, e multiplicador de polícia comunitária, bem como,

estágio de nivelamento e atualização para gestores de PCS, anualmente;

4) Providenciar o acompanhamento e participação dos integrantes dos cursos de

formação e aperfeiçoamento em reuniões dos CONSEG e NUSEG levados a efeito nas regiões

administrativas e nos setores de atuação dos PCS, conforme legislação em vigor;

5) Planejar o intercâmbio de policiamento comunitário a outros Estados da Federação

com vistas a ampliar os conhecimentos de alunos dos cursos de multiplicador e promotor em Polícia

Comunitária quando de seu desenvolvimento na Corporação;

6) Prever a instrução permanente do efetivo das UPM quanto à filosofia e doutrina de

polícia comunitária.

e. Diretoria de Apoio Logístico – DAL

1) Providenciar e distribuir os equipamentos necessários ao desenvolvimento da polícia

comunitária aos órgãos e UPM mediante planejamento prévio para atender a demanda operacional e

administrativa;

2) Manter controle sobre os equipamentos e materiais distribuídos;

f. Diretoria de Finanças – DIF

- Manter previsão orçamentária anual para atender a Corporação no que concerne a

aplicação e desenvolvimento da filosofia e doutrina de polícia comunitária conforme planejamento

prévio elaborado pelo EM, em conjunto com o CP e Centro de Polícia Comunitária;

g. Diretoria de Pessoal – DP

1) Efetuar estudo que contemple a redistribuição do efetivo para as UPM, de forma que

tenham condições de atender ao cumprimento da demanda operacional imposta pela filosofia e

doutrina de polícia comunitária;

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2) Priorizar a classificação dos 3º e 2º Sargentos às UPM, assim como os Cabos, para

atuação operacional nas companhias subordinadas de BPM e CPMInd;

h. UPM com responsabilidade de área

1) Cumprir rigorosamente as orientações e determinações constantes nesta diretriz;

2) Avaliar constantemente a aplicação da filosofia e doutrina aos elementos

subordinados;

3) Descentralizar o comando de sua UPM ao nível de subárea, atribuindo maior

responsabilidade aos comandantes de companhia com responsabilidade de subárea;

4) Instituir na Companhia a execução de todas as modalidades de policiamento,

excetuando as especializadas como policiamento de trânsito, montado e ambiental;

5) Efetuar a divisão territorial até o nível de Setor, sendo este o espaço físico de atuação

de uma RP e de um PCS;

6) Instruir constantemente o efetivo quanto à filosofia e doutrina de polícia comunitária;

7) Propor alterações e sugestões ao comando de policiamento regional a que estiver

subordinado, quanto a necessidade de mudança dos procedimentos, normas e doutrinas estipuladas

pelo comando da Corporação relacionado ao tema;

8) Evitar a substituição de policiais já adaptados a um setor de atuação.

V – PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Deverão ser promovidas, pelas respectivas UPM, instruções e acompanhamentos

permanentes de todo seu efetivo, sem prejuízo para o serviço e outras atividades desenvolvidas na

área;

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b. Todo o policial deve ser inserido na filosofia de polícia comunitária, todavia, para o

desenvolvimento do policiamento comunitário devem ser escolhidos policiais que mais se enquadram

no perfil exigido para tal programa;

c. É fundamental que as várias atividades desenvolvidas pela Corporação estejam

sintonizadas com a filosofia de polícia comunitária, de forma a não comprometer sua implantação e

desenvolvimento;

d. O comprometimento com a filosofia de Polícia Comunitária requer um esforço contínuo de

melhoria. Não basta simplesmente estabelecer-se uma data ou um estágio onde se considerará

concluído o processo, visto que é dinâmico e deve ser constantemente aperfeiçoado;

e. Deverão ser baixadas, de acordo com a necessidade, normas complementares requeridas à

plena execução das disposições constantes desta DPC; e

f.O teor da presente DPC deverá ser divulgado a todas as UPM subordinadas.

VI – DISPOSIÇÕES FINAIS

a. No prazo de 90(noventa) dias a contar da data de publicação, esta Diretriz deverá ser

reavaliada, devendo as sugestões serem encaminhadas ao Chefe do Estado Maior, para o

aperfeiçoamento desta, durante o período.

b. Os casos omissos deverão ser encaminhados por escrito inicialmente ao Chefe do Estado

Maior para instrução, e posteriormente, ao Comandante Geral para decisão.

c. Publique-se em Boletim do Comando-Geral, revogando-se as disposições contrárias.

d. Seja distribuído um 01(um) exemplar a cada UPM.

Brasília, ____ de setembro de 2009.

LUIZ SÉRGIO LACERDA GONÇALVES - CEL QOPM

Comandante Geral da PMDF

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Decreto Nº 28.495, de 04 de dezembro de 2007 que dispõe sobre o funcionamento dos Conselhos

de Segurança (CONSEG), bem como, estabelece a criação dos Núcleos Comunitários de Segurança

(NUSEG)s e estabelece a limitação da área de abrangência dos Postos Comunitários de Segurança

(PCS).

• Decreto Nº 29.180, de 19 de junho de 2008 que dispõe sobre a organização e funcionamento do

Comando de Policiamento (CP) da PMDF.

• Portaria SSP/DF nº 30, de 28 de fevereiro de 2005 que institui a Diretriz de Segurança Comunitária

(DSC).

• Portaria PMDF Res nº 584, de 04 de dezembro de 2008 que cria o Centro de Polícia Comunitária e

Ações Sociais (CPCAS).

• Diretriz de Estado-Maior Nº 001/08 – EM/PM-3 que dispõe sobre os PCS.

• Manual de Redação Oficial (MRO) da PMDF (ed. 2008).

• Manual de Policiamento Ostensivo Geral (MPOG) da PDMF (ed. 1991).

• Manual Básico de Policiamento Ostensivo (MBPO) da IGPM/EME/EB.

JUNIOR, L. C. (Coord.). Polícia Comunitária – Curso Internacional de Multiplicador de Polícia

Comunitária – Sistema Koban. PRONASCI – SENASP.

• KAHN, Túlio. Velha e nova polícia – Polícia e políticas de segurança pública no Brasil atual. S.

Paulo: Sicurezza, 2002.

• LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1983.

• LAZZARINI, Álvaro. Temas de direito administrativo. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,

2000.

• ROLIM, M. F.. A síndrome da rainha vermelha – policiamento e segurança pública no Século XXI.

Rio de Janeiro: JZE, 2006.

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• SKOLNICK, Jerome H.; BAYLEY, David H. Policiamento Comunitário: Questões e Práticas por

meio do Mundo; tradução de Ana Luísa Amêndola Pinheiro. – São Paulo: Editora da Universidade

de São Paulo, 2002 (Série Polícia e Sociedade; n. 6).

• SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas,

2002.

• TROJANOWICZ, R.; BUCQUEROUX, B.. Policiamento Comunitário – como começar. São

Paulo: PMESP, 1999.

• VEDEL, Georges, apud CRETELA JÚNIOR, José. Dicionário de Direito Administrativo. 3 ed. Rio

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