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FILOSOFIA JURÍDICA E ÉTICA Prof. Digiany da Silva Godoy Teixeira

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FILOSOFIA JURÍDICA

E ÉTICAProf. Digiany da Silva Godoy Teixeira

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BIBLIOGRAFIACurso de Ética Jurídica - Ética Geral e

Profissional - 11ª Ed. 2014.

Bittar, Eduardo C. B.

Média: R$ 136,70

Curso de Filosofia do Direito - 10ª Ed. 2012

Almeida, Guilherme Assis de; Bittar, Eduardo C.

B. / ATLAS

Média: R$ 109,00

Filosofia do Direito - 20ª Ed. 2002

Reale, Miguel, Saraiva.Média: R$ 112,00.

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PERÍODO COSMOLÓGICO

OU PRÉ-SOCRÁTICOSec. VII – V a.C

Busca do princípio das coisas

Primeiros temas em filosofia

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CONTEXTO: MITO E FILOSOFIA

Antes do nascimento da filosofia os mitos davam respostas

às perguntas do homem. As histórias mitológicas passavam

de geração em geração. Na Grécia por volta de 700 aC, os

poetas narradores Homero e Hesíodo registraram boa parte

da mitologia grega, o que possibilitou a discussão e

questionamento dos mesmos.

A filosofia reformulou e racionalizou as narrativas míticas,

transformando-as numa explicação nova e diferente.

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A Filosofia foi a primeira tentativa ocidental de se

tentar explicar o mundo, a origem das coisas, as

relações entre os homens, de maneira racional.

Antes, as explicações eram fantasiosas, não

consistentes, muito menos racionais. Davam-se,

principalmente, por meio do mito.

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Os primeiros filósofos viveram no final do século

VII antes de Cristo ao século V antes de Cristo,

em colônias gregas como Jônia (em Mileto, Éfeso,

Samos e Clazômeda), Magna Grécia (Crotona,

Tarento, Eléia e Agrigento) e Abdera, na Tracia,

explica Marilena Chauí (p. 39).

Sua principal preocupação era com a origem do

mundo e as causas das transformações na

natureza, prossegue a professora (p. 38).

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A cosmogonia, típica do pensamento mítico, é

descritiva e explica como do caos surge o cosmos, a

partir da geração dos deuses, identificando-os às forças

da natureza.

Já na cosmologia, as explicações rompem com o mito:

aarché (princípio) não se encontra na ordem do tempo

mítico mas significa tempo teórico, fundamento de

todas as coisas”, ensinam Maria Lúcia de Arruda

Aranha e Maria Helena Pires Martins (p. 119)

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Por isso, eram conhecidos como filósofos da

natureza ou pré-socráticos e seu período histórico

como cosmológico.

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As principais escolas pré-socráticas, segundo Eduardo

Carlos Bianca Bittar e Guilherme de Assis Almeida

(p. 63-64), eram:

Escola Jônica, na Ásia Menor: Tales de Mileto,

Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto e

Heráclito de Éfeso;

Escola Pitagórica, na Magna Grécia: Pitágoras de

Samos, Alcmeão de Crotona, Filolau de Crotona e

Árquitas de Tarento;

Escola eleata, da Magna Grécia: Xenófanes de

Colofão, Parmênides de Eléia, Melissos de Samos;

Escola de Pluralidade: Leucipo e Demócrito de

Abdera, Empédocles de Agrigento e Anaxágoras de

Clazómena.

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Eles tentavam, a seu modo, explicar a natureza.

E, assim, explicar a origem e as mudanças dos

seres humanos que estão inseridos, por sua vez,

na natureza.

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Os pré-socráticos tentavam explicar

racionalmente o mundo, sem recorrer à

mitologia ou à religião.

Eles buscavam encontrar explicações para um

princípio ordenador do universo. Por isso, são

chamados também fisiólogos, já que tentavam

compreender a physis, a natureza material.

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Não havia consenso sobre o princípio

primeiro (arché), ou fundamental, de todas as

coisas entre os filósofos da natureza. Como

escreve Marilena Chauí (p. 40),

para Tales, era a água (ou úmido); para

Anaximandro, o ilimitado; para Anaxímedes, o

ar (ou o frio); para Pitágoras, o número; para

Heráclito, o fogo; para Empédocles, quatro raízes

(úmido, seco, quente e frio); para Anaxágoras,

as sementes que continham os elementos de

todas as coisas; para Leucipo e Demócrito, o

átomo.

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EXERCÍCIO

1. Conhecer é superar as aparências e as ilusões.

ARÍSTOCLES/PLATÃO

2. O homem é a medida de todas as coisas;

daquelas que são, enquanto são; e daquelas que

não são, enquanto não são. (PROTÁGORAS-

SOFISTA)

3. Conhece-te a ti mesmo. SÓCRATES

4. O ser se exprime de muitos modos, mas nenhum

modo exprime o ser. O ser se diz em vários

sentidos. ARISTÓTELES

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PERÍODO ANTROPOLÓGICO

OU CLÁSSICO

SÉC. IV-V A.C

Busca da verdade e ação pragmática

Formação dos grandes sistemas filosóficos

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MOMENTO HISTÓRICO

Atenas – Grécia Antiga (Século de Péricles)

Gregos vitoriosos em suas conquistas (Ásia

Menor), estruturação da democracia, maior

estratificação, participação popular, expansão das

fronteiras gregas e do comércio, acúmulo de

riquezas. Aparecimento de novas classes.

Deuses perdendo a centralidade;

Interesse das novas elites de militares, comerciantes

e financistas.

Teleológico-mítica (deuses e mitos) para secular

(humana e mundana). – de teocêntrica para

antropocêntrica;

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SOFISTAS

Protágoras (490-721 a.C) e Górgias (485 -380 a.C)

Filosofia para o estudo do homem, como ser individual e social.

Iniciaram uma reflexão sistemática x naturais e cosmológicas dosfilósofos pré-socráticos;

Destacaram o caráter diverso e relativo das leis, próprias de cadacidade, enfatizando a contraposição entre natureza (physis), lei(nómos) e pacto (thésis), em que se baseiam o direito natural e odireito positivo.

Defenderam o conceito de natureza comum a todos os homens, o queserviu para fundamentar a lei de modo mais igualitário euniversalista;

Desenvolveram princípios educativos para o ensino de gramática eretórica;

Protágoras considerava-se um mestre da sabedoria e da virtudepolítica (politiké areté), formando os jovens para o debate público e ogoverno do Estado.

O ideal sofístico de uma natureza humana que pode ser educada econstantemente aperfeiçoada deu início à ciência pedagógica e àformação humanista na antiguidade.

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EXTRA

O homem é a medida de todas as coisas, e nós

vimos um exemplo simples na polêmica da

internet para saber, se um vestido é branco e

dourado ou azul e preto, não entendeu?

Pense que é primavera em Atenas, e temos um

visitante da Suécia que diz que o tempo está

quente e o visitante do Egito que diz que o tempo

está frio. Ambos estão falando a verdade. A

verdade depende da perspectiva e, portanto, é

relativa! Logo, o homem é a medida de todas

as coisas.

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RELATIVISMO

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SÓCRATES (469-399 A.C)

Séc. V a.C.

Atenas/Grécia.

Corrente Filosófica: Idealismo.

Escola: Socrática.

Obra: Apologia a Sócrates (de Platão).

Palavras-chave:

Razão

Alma

Lei

Justiça no Além

Dialética=Tese x Antítese>Síntese

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SÓCRATES (469-399 A.C)

Acreditava que era possível chegar ao conceitoverdadeiro das coisas, ao pleno conhecimento.

Bem geral deve prevalecer sobre o individual; No entanto: governo de sábios aristocratas

Justiça fundamental (e não relativa), conhecimentopoderia ser alcançado através do diálogo.

Método: fazer perguntas ao interlocutor e questionar asrespostas, ao que se deu o nome de MAIÊUTICA.

Ética significava conhecimento e poderia ter conhecimentoquem fosse educado (paideia).

Ensina obediência irrestrita às leis, apesar de poderem serjustas ou injustas. Retidão, ética e justiça: MEDO da punição transcendental.

Na concepção coletiva, Sócrates tinha como ético o agirconforme as leis da Pólis. E essa ética, para ele, estavaacima da individual. Provou isso com sua morte.

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A MORTE DE SÓCRATES (FR: LA MORT DE SOCRATE).

PINTURA DE 1787 DO PINTOR FRANCÊS JACQUES-LOUIS DAVID.

A PINTURA TAMBÉM RETRATA PLATÃO E CRÍTON, COM O PRIMEIRO SENTADO MELANCOLICAMENTE NA

BEIRA DA CAMA E CRÍTON SEGURANDO O JOELHO DE SÓCRATES.

NO QUADRO, DE VESTES VERMELHAS, UM DISCÍPULO DE SÓCRATES, SEGURA A TAÇA DE CONIUM.

A MÃO DE SÓCRATES APONTA PARA O CÉU, INDICANDO A SUA REVERÊNCIA AOS DEUSES E ATITUDE

CORAJOSA PELA SUA MORTE.

ESTA PINTURA É CONSIDERADA UMA DAS MAIORES OBRAS DE JACQUES-LOUIS DAVID E ESTÁ EXPOSTA EM

NOVA IORQUE NO METROPOLITAN MUSEUM OF ART.

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PLATÃO (427-347 A.C )

Séc. V c.C.

Atenas- Grécia

Corrente Filosófica: Idealismo.

Escola: Socrática/Platônica.

Obra: A República.

Palavras-chave:

Razão

Alma

Sabedoria

Justiça no Além

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PLATÃO (427-347 A.C )

Discípulo de Sócrates

Mundo das ideias

Platão defendia que cada pessoa tinha umaaptidão (justiça = natural designação).

Papel do homem: pré-determinado.

Sociedade ideal seria a comandada pelos filósofos,os sábios, seguidos pelos guerreiros e, por fim, nabase da pirâmide social, pelos trabalhadores.

Entendia ser legítima a intervenção do Estadopara “adequar” o homem ao seu papel.

Ética: ser ético é ter racionalidade despida deinteresse próprio.

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MITO DE ER

Relatos do pós morte: responsabilidade/destino.

CAIXA DE PANDORA

Acontecimentos decorrem da vontade dos deuses.

Esperança.

O MITO DA CAVERNA

Felicidade no conhecimento obtuso e desvirtuado dos

homens.

Reflexão sobre a corrosiva apatia dos homens aos

questionamentos sobre o que faz o homem

prisioneiros de si mesmos.

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AMOR

A GENTE AMA O QUE DESEJA..

A GENTE DESEJA O QUE NÃO TEM...

AMOR=EROS=ENCANTAMENTO POR

AQUILO QUE NOS FALTA

AMAMOS O QUE NÃO TEMOS...

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EXTRA: AMOR PLATÔNICO

Sócrates define o amor como sendo a busca da beleza e dobem. E sendo assim, ele mesmo não pode ser belo nem bom.Quem ama, deseja algo que não tem. Quando se tem, não sedeseja mais, ou se se deseja, deseja manter no futuro, o quesignifica que não o tem.

Combater o Mito de Aristófanes: Mito da Alma gêmea

Diotima disse ao nosso filósofo que durante uma festa,todos os deuses foram convidados, menos a deusa Penúria.Faminta e isolada, ela procurou alimento nos restos dafesta. Porém, ao ver o deus Astuto, deus engenhoso, cheiode recursos e que estava embriagado, deitado num jardim,a deusa resolveu ter um filho com ele. Nasce daí o deusEros (ou amor), que assume as características de seus pais.Como sua mãe, ele é pobre, carente, faminto, desejante.Mas como seu pai, ele é nobre, cheio de recursos paraalcançar o que lhe aprouver, saciando suas necessidades.

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Escola de Atenas, de Rafael Sanzio, com Platão e Aristóteles no centro

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ARISTÓTELES (384-322 A.C)

Séc. IV a.C.

Atenas-Grécia.

Corrente Filosófica: Indutivismo.

Escola: Aristotélica.

Obra: Ética a Nicômaco.

Palavras-chave:

Razão

Práxis

Felicidade

Ética

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ARISTÓTELES (384-322 A.C)

Rejeitou a teoria das ideias de seu mestre Platão,privilegiando o mundo concreto.

Elege a experiência como fonte de conhecimentomostrando que as formas são a essência das coisas,que não há separação entre os objetos e as formas.

Homem é um ser racional e sua felicidade consiste naatuação da razão.

É preciso haver harmonia entre razão e sentidos.Prazer e razão. O meio para conseguir a felicidade é avirtude.

Virtude é o hábito de escolher o justo meio. “A virtudeestá no meio”.

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CONCEITOS

Democracia (demagogia).

Aristrocracia (oligarquia).

Monarquia (tirania)

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JUSTIÇAS

Justo Total (Direito Público)

Justo Particular (Direito Civil)

Justo Meio (Ente particular e coletivo)

Distributiva: Proporcionalidade. Ex. I.R

Comunativa: Equidistância. Evitar desigualdade.

Social : paz e harmonia internas e relações

internacionais. Ex. Mercosul

Participativa: participação política de cidadãos eestrangeiros sob a tutela do estado. Ex. Iniciativa popular,referendo, plebliscito, ação popular.

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EXERCÍCIO

1. Qualquer um pode ser completamente feliz, sedepender apenas de si e tiver em si mesmo tudo oque chamar de seu.

2. Tomai cuidado para que ninguém vos escravize porvãs e enganadoras especulações da “filosofia”,segundo a tradição dos homens, segundo oselementos do mundo e não segundo Cristo.

3. Acostume-se à ideia de que a morte para nós não énada, visto que todo bem e todo mal residem nassensações, e a morte é justamente a privação dassensações. A consciência clara de que a morte nãosignifica nada para nós proporciona a fruição davida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempoinfinito e eliminando o desejo de imortalidade.

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ÉTICO RACIONAL

SÉC. IV A.C – I D.C

ÉTICO RELIGIOSO

SÉC. II - IIIBusca de princípios racionais que fundamentem

ações éticas.

Busca de princípios religiosos que fundamentem

ações morais

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EPICURO (341 -271 ACC.)

Epicuro de Samos

Séc. IV-III a.C.

Atenas-Grécia (Samos).

Corrente Filosófica: Materialismo.

Escola: Epicurismo.

Obra: Carta sobre a Felicidade (a Meneceu).

Palavras-chave:

Razão

Existência

Felicidade

Ética

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EPICURISMO (341 -271 ACC.)

Fundado por Epicuro.

Resgate da visão atomística de Demócrito.

Concepção ético-política de cunho individualista.

Única vida:

Conhecimento –Sensação

Felicidade decorre do prazer.

2 grupos: Prazer duradouro: boa conversação, contemplação das

artes, audição da música.

Prazeres imediatos: movidos pelas paixões poderiamresultar em dor e sofrimento.

Busca da ataraxia: ausência de dor.

Confundida com hedonismo (escolacirenaica/disc.sócrates) : difere-se pela racionalidade xbusca desenfreada pelos prazeres mundanos.

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ESTOICISMO/CÍCERO (336-263 A.C)

Cícero

Séc. II-I a.C.

Roma – Império Romano.

Corrente Filosófica: Holismo Dialético.

Escola: Estoicismo.

Obra: Das Leis.

Palavras-chave:

Razão

Conhecimento

Natureza

Direito

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ESTOICISMO/CÍCERO (336-263 A.C)

Fundada por Zenão de Cítio

Estoicismo de Marco Túlio Cícero (106-43a.C)/Filósofo e Magistrado: Pretor.

Império Romano/Jusfilósofo.

Visão generalista do direito/ caminho individual daintegração do homem com o cosmos (humildade).

Predominância da ação sobre o pensamento.

Opção pela ética .

Moral: seres naturais, todos os mesmos direitos.

Com os estóicos e com Cícero inaugura-se no Direito aescola Jusnaturalismo:

Homem como elemento da natureza.

Homens com direitos a serem alcançados e respeitadosindependentemente do ordenamento jurídico e/ou dossistemas de Direito Construídos.

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NOVO CONTEXTO-FILOSOFIA

MEDIEVAL

Último período da filosofia conhecido como greco-

romano.

Fase de expansão militar em Roma (Guerras Púnicas

264 a.C até decadência do Império Romano, em fins

do séc V da era Cristã).

Pensadores :Sêneca, Cícero, Plotino, Plutarco mais

herança da Grécia e menos criação.

Até então união jurídica era a lei- Direito

Romano

Progressiva penetração do Cristianismo no decadente

Império Romano:

Dissolver a filosofia grega clássica qualificada como pagã.

Próprio código: Direito Divino – Direito Canônico

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JUSTIÇA CRISTÃ

CRISTO

Séc. I

Império Romano -Queda

Corrente Filosófica: Cristianismo.

Escola: Teologia(explicativa)/Liturgia(prática).

Obra: Escritura sagrada/Bíblia.

Palavras-chave:

Teocentrismo

Alma

Juízo Final

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JUSTIÇA CRISTÃ

Conflitos e Conciliação entre fé e razão.

E meio ao esfacelamento do Império Romano, IgrejaCatólica manteve-se como instituição social: E passou também a exercer papel político importante.

Fé como pressuposto, antecedente necessário da vidaintelectual e espiritual.

Fé como crença irrestrita/adesão incondicional àverdades reveladas por Deus.

Verdades expressas nas Sagradas escrituras einterpretadas segundo autoridade da igreja.

Se a Verdade é do espírito Santo: não há mais busca:demonstrar racionalmente as verdades da fé.

Desprezo pela filosofia grega: porta aberta para opecado, a dúvida, o descaminho e a heresia (opçãodiscordante).

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FILOSOFIA MEDIEVAL 4 MOMENTOS

Padres apostólicos (séc. I e II): apóstolos

disseminaram a palavra de Cristo sobretudo

sobre temas morais.

Padres apologistas (séc. III e IV): faziam apologia

do cristianismo contra a filosofia pagã. (Orígenes,

Justino, Tertuliano).

Patrística (séc. IV – séc. VIII): conciliação entre fé

e razão. (Santo Agostinho e influência da

filosofia Platônica).

Escolástica (séc. IX – séc. XVI): sistematização

da filosofia Cristã: interpretação de Aristóteles,

destaque: Santo Tomás de Aquino.

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SEMINÁRIO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO

PENSAMENTO

FILOSÓFICO/ FILOSÓFICO JURÍDICO

Primeira Etapa- Seminário e Prova 1

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CRONOGRAMA

Início 28/10/2015

Término xxxxxx

Pontos Obrigatórios:

Entrega um dia antes (e-mail);

Impressão do material para todos

os alunos;

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AVALIAÇÃO

Pontualidade da entrega;(1,00)

Conteúdo do material impresso;(2,00)

Respeito à Bibliografia e forma;(1,00)

Apresentação;(1,00)

Prova (5,00)=2,5 +2,5

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TÓPICOS OBRIGATÓRIOS

Período: Ex: Período Cosmológico ou

Pré-Socrático (sec. VIII- V. a.C).

Momento Histórico;

Principais Pensadores, Características e Obras.

Resumo do Período;

Ilustrações.

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Capítulos Tema

1 e 2 Sofistas e Sócrates PEDRO DIAS/LEONARDO/LETÍCIA

3 Platão DIEGO/RAFAEL/LUCAS (12/11)

4 Aristóteles RAFAEL/ARHUR/AQUILA (12/11)

5 Epicurismo ANA LAURA/LAURA (12/11)

7 Justiça Cristã ANDERSON/PEDRO/JOSÉ (12/11)

PROVA PROVA 19/11

6 Cicero DAYANNE/THAINAN/YASMIN/GIULLIANNE (26/11)

8 Sto Agostinho ANDRESSA/MATEUS (26/11)

9 Sto Tomas de Aquino VITÓRIA/LUCAS/KARLA (26/11)

10 Thomas More SEBASTIÃO/GIOVANNI (26/11)

11 Jusnaturalismo (Grocio,

Pufendorf, Locke e Hobbes)

ALEXIA/SARA/ISADORA/ANA (26/11)

Extra Nicolau Maquiavel ERDI (03/11)

12 Rousseau e o Contrato Social KARINE/LUYSE(03/11)

13 e 14 Hume e Kant LUCAS/VINICIUS

15 Hegel: Razão... JOÃO/MARIANE/MURILO

16 Marx BRUNA/GABRIELA/TARCÍSIO

17/18 e 19 Avatares do Positivismo

Positivismo: Hans Kelsen e

Cossio

AMANDA/MILENA/TARISSA

20 Existencialismo JÉSSICA/BRUNA GANESPAN/JOÃO VITOR

21 Hannah Arendt ANA/PRISCILA/DANIELLE

22 e 23 Rawls e Viehweg INGRID E MAURICIO

24 Perelman OS SEM GRUPO

SEMINÁRIO DE FILOSOFIA JURÍDICA E ÉTICA