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O Papa que cresceu comigo Peregrinação anual dos Acólitos Fim-de-semana de reflexão com os jovens A nossa Páscoa Crianças em Oração Assembleia Vicarial da Família Raid nocturno IV Festival da Francesinha Festa da Vida e do Credo Passeio aos Bálticos Encerramento do mês de Maria Festa do Bom Pastor Concerto Coral Sinfónico Uma Bíblia em cada casa Sangue-Relíquia: a santidade do Beato João Paulo II Santa Mãe do Redentor Boletim Paroquial de São Pedro da Cova

Fim com os jovens - paroquiasaopedrodacova.org · imagem, notícia, algo para ser discutido em conjunto. Os temas debatidos foram variados, desde a situação actual do país, o amor,

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O Papa que cresceu comigo

Peregrinação anual dos

Acólitos

Fim-de-semana de reflexão

com os jovens

A nossa Páscoa

Crianças em Oração

Assembleia Vicarial da

Família

Raid nocturno

IV Festival da Francesinha

Festa da Vida e do Credo

Passeio aos Bálticos

Encerramento do mês de

Maria

Festa do Bom Pastor

Concerto Coral Sinfónico

Uma Bíblia em cada casa

Sangue-Relíquia: a santidade

do Beato João Paulo II

Santa Mãe do Redentor

Boletim Paroquial de São Pedro da Cova

O PAPA QUE CRESCEU

COMIGO

Quando foi eleito como Papa, João

Paulo II vinha sob a ameaça de ser breve o

Seu pontificado… mês e meio antes tinha

sido eleito um, João Paulo I e logo se

estava a pensar no seguinte, a seguir a um

sorriso aberto e provocador, tínhamos

agora uns braços aberto, como que a

abraçar o mundo e uma mensagem de

grande optimismo: “Não tenhais medo!” A

quem diria Karol Wojtyla estas palavras?

Só aos cristãos como Cristo as disse aos

discípulos, ou aos homens do mundo

inteiro? Não ter medo dele, Papa, ou saber

que por baixo de qualquer medo dos

homens reside uma esperança que se pode

levantar a qualquer bondade e nos enche

da coragem de sermos melhores? Confesso

que prefiro pensar o Papa desse modo mais

universal: quando fala, fala para todos,

mesmo para os que não querem ouvir… da

varanda de Pedro, de braços abertos ao

mundo, não era só a Igreja que ele

desafiava: “Não tenhais medo!”

Assim o disse, melhor o viveu.

Tinham-lhe dito que não devia aproximar-

se tanto das pessoas, não porque fossem

más mas porque os maus se podiam

aproveitar. Passear em carro aberto no

meio duma multidão que não tinha

qualquer barreira de segurança, foi no que

deu: um tiro saído dum ódio desconhecido

que o deitou nos braços dos que o

acompanhavam.

Foi por causa desse tiro que vi pela

primeira vez João Paulo II. Vinha à minha

cidade, ia estar a quatro kilómetros da

minha casa. Pertencia eu a um grupo de

jovens e logo nos organizamos: compramos

pano branco e amarelo, fizemos uma

grande bandeira, mais uma tiras para cada

um, preparamos o merendeiro e fomos

bem cedo para a Avenida dos Aliados.

Chegamos cedo para arranjar um bom

lugar, sentamo-nos na relva que lá havia e

brincamos, cantamos, comemos, voltamos

a cantar, voltamos a jogar às cartas… foram

oito horas até as calças de ganga ficarem

verdes de relva.

Depois foi o delírio: primeiro a

saudar o helicóptero, depois apareceu ele

ao fundo da praça até subir ao enorme

palco que tinham construído… havia um

coro e muitos músicos nas arcadas da Câmara que

tocavam e nos faziam cantar. Era de novo um

homem direito, cheio de força, cheio de coragem…

Depois foi marcando a história com muitas

intervenções e com muitos gestos, foi-se afirmando

pela coerência, pela intervenção nem sempre

compreendida mas sempre intencional, mudou a

história e deitou abaixo um muro que os ódios

tinham construído…

Estive com o Papa uma dezena de vezes e foi

vendo-o crescer, crescer até ao fim. O seu ministério

foi acompanhado pelo mundo e nunca o vimos

desfalecer diante de nenhum grande e procurou

mesmo aqueles que não queriam ser incomodados,

foi crescendo na assertividade com que analisava o

mundo, na bondade como estendia a mão às outras

religiões, na sua relação com os jovens, na verdade

que sempre procurou pôr na vida da Igreja, cresceu

até ao fim quando o fomos vendo a agigantar-se na

sua fragilidade, protegida mas não escondida, sem

ceder à tentação mediática que um Papa não pode

mostrar-se a sofrer… cresceu até à morte e nós

podemos crescer com Ele.

Com um Pontificado tão grande abarcou a

juventude de muitos de nós e por isso marcou a

nossa vida para sempre. Não pelo comprimento,

mas pela vontade, pela franqueza, pela coragem,

pelo atrevimento de encarnar uma Igreja forte e

verdadeira, frágil e indigente, que precisa de todos

os homens, tanto como os homens precisam da

Igreja.

Muitos crescemos com Ele e muito

crescemos com Ele.

Não foi na Avenida dos Aliados que comecei

a ser Padre… foi uns meses mais tarde, talvez

Outubro (lembro-me por causa do aniversário do

meu Pároco) mas hoje penso que os meus gritos ao

Papa devem ter deixado ficar marcar. Gritávamos o

seu lema: TOTUS TUUS, que em português quer

dizer alguma coisa como TODO TEU. Lembrei ao

Papa, aos berros, aquilo que ele não queria esquecer

(é isso um lema) e talvez tenha aí começado a dizer

com ele, a aprender com ele a dizer o que não quero

esquecer todos os dias.

Pe. Fernando Rosas

Boletim Paroquial de São Pedro da Cova

iniciamos a actividade que a maioria

considera o sucesso destes dias de reflexão,

que se designava “Assuntos de Algibeira”.

Para este dinamismo, cada elemento do grupo

de jovens tinha a tarefa de arranjar uma

imagem, notícia, algo para ser discutido em

conjunto. Os temas debatidos foram variados,

desde a situação actual do país, o amor, o

seguir em frente depois da morte de alguém

especial… Todos estávamos a adorar e depois

de uma pausa para tomar um chazito

regressamos para a sala de debates. Foi nesta

noite, que o André após nos ter mostrado

livros para cada um ler durante o fim-de-

semana, ficou com a missão de seleccionar um

para cada. De referir que antes de irmos

dormir rezamos em conjunto a oração das

horas - completas.

Sábado de manhã, depois do stress na

casa de banho e dos pequenos-almoços

“atacados”, o grupo juntou-se para rezar as

Laudes. Seguidamente ocorreu o primeiro

momento de reflexão. À hora combinada o

grupo começou a preparar o almoço e como

este se atrasou um pouquito, criaram-se

momentos de dança e musica que mantiveram

o grupo super animado. À tarde, depois de

uma caminhada para fazer melhor a digestão

deu-se o segundo encontro de reflexão. Já à

noite, após o jantar, o grupo caminhou pelas

ruas próximas de casa e rezou o terço em

conjunto. Uma vez de regresso, ninguém

resistiu e retomamos os “Assuntos de

Algibeira” que durou até tardito… mesmo

assim, o grupo antes de ir dormir rezou

completas.

A alvorada de Domingo foi bastante

cedo, dado que a Missa de Ramos da freguesia

era às 8h. Chegados novamente a casa e

depois do pequeno-almoço tomado, o grupo

juntou-se, como já era habitual para o último

momento de reflexão. Após os momentos de

reflexão individuais de cada um, já ninguém

necessitava de dizer nada, porque só o olhar

para os outros proporcionava a união

automática para iniciarmos de novo os

“Assuntos de Algibeira”. Hora do almoço a

aproximar-se e com o reverendo Padre Rosas

a vir-nos visitar… à que esmerar na cozinha!

Logo após o almoço, o grupo regressou a São

Pedro da Cova.

De referir que todos os momentos de

reflexão foram feitos com a auxílio da Bíblia

(S. Lucas), assim como de perguntas

orientadoras que facilitavam a meditação de

cada um. Ao longo destes três momentos,

PEREGRINAÇÃO NACIONAL DE

ACÓLITOS

No dia 30 de Abril realizou-se mais uma

Peregrinação Nacional de Acólitos, em Fátima. Este

encontro tem como objectivo juntar os acólitos de

todo o país em Fátima, num dia especialmente

dedicado a eles. Como não poderia faltar, o grupo

de acólitos de S. Pedro da Cova marcou presença

mais uma vez.

Este dia começou na cripta da nossa Igreja

pelas 07:10 onde nos juntámos para dar inicio à

nossa peregrinação. Seguimos para Jovim, onde nos

encontrámos com os restantes acólitos que nos

iriam acompanhar nesta viagem e partimos rumo a

Fátima. Após chegarmos lá, preparámo-nos para a

Eucaristia que ia ser realizada na Igreja da

Santíssima Trindade. Esta foi presidida pelo bispo

de Viana do Castelo (D. Anacleto) e contou com a

presença de milhares de acólitos de todas as

dioceses do país. No final da celebração, realizou-se

o nosso almoço, que foi partilhado entre todos e

cheio de boa disposição.

No período da tarde, aproveitámos para

visitar Fátima. Devido ao mau tempo foi-nos

comunicado que a procissão tinha sido cancelada.

Por volta das 18:00 deixámos Fátima de regresso a

casa, onde chegamos bastante animados e bem

dispostos pelas 20:30. Foi um dia bem passado, ao

qual esperámos repetir para o próximo ano.

Ana Almeida

FIM-DE-SEMANA

DE REFLEXÃO COM OS JOVENS

Malas feitas, comida comprada e emoção ao

rubro, os 10 elementos do grupo de jovens da nossa

paróquia - Se(de)+ - e, o seminarista André Soares

partiram assim, no passado dia 15 de Abril para um

fim – de - semana de reflexão em Valença. Depois

de instalados, jantados e com o pijamita vestido, o

grupo teve o primeiro encontro zero. Este tinha

como principais objectivos, a formação de equipas

de limpeza e cozinha assim como a organização do

horário de todo o fim-de-semana. Posteriormente,

foi hora de “jogarmos” ao “rotular e ser rotulado”,

que consistia em dialogar com seis pessoas

diferentes e com todas elas encontrar semelhanças,

de seguida escrever essa analogia e colocá-la no

pijama do companheiro. Ambiente criado,

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celebrante diante dos nossos olhos, mostra-nos que

se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em

nós”. É também nesta celebração que é renovado o

convite de Jesus: “Se alguém quiser seguir-Me, tome

a sua cruz e siga-Me”…

Na Sexta-Feira Santa (feriado nacional criado

propositadamente para nos juntarmos pelas três

horas da tarde…) celebrámos a Paixão do Senhor…

Surpreendeu-me a serenidade da celebração… a

doçura dos cânticos… Emocionou-me e arrepiou-me

a entrada solene da Santa Cruz… a beleza daquela

espécie de dança que os acólitos, com as suas vestes

brancas, fizeram em seu redor, segurando-a para

que a adorássemos, beijando-a…

Finalmente a Vigília Pascal… noite bela… a

noite mais bela, mais serena… Diante da porta da

igreja acendeu-se a lindíssima fogueira preparada

pelos nossos escuteiros, símbolo da vida que

desponta… Reuniu-se o povo, em silêncio e, benzido

o fogo, a luz foi passando de mão em mão e

entramos na igreja silenciosa e escura… A beleza e

profundidade das leituras e as vozes melodiosas dos

nossos salmistas e demais cantores encheram a

noite e a nossa alma… E finalmente… o momento

tão esperado: explodiu o Glória e os sinos e os

foguetes cantaram aleluias! Jesus Ressuscitou!

Seguiu-se o ritual da bênção da água baptismal e

todos renovámos o nosso baptismo, professando a

nossa Fé…

Foram momentos muito especiais e repletos

de simbologias que ficam gravados na nossa

memória…

No dia de Páscoa, os elementos da visita

pascal percorreram os caminhos íngremes e

sinuosos da nossa terra, anunciando a toda a gente

que Cristo Vive! Entraram na nossa igreja matriz

cansados, mas felizes, fazendo repicar as

campainhas. E uma alegria intensa transborda … Só

assim é realmente Páscoa!

É verdade que nem tudo foi perfeito… É

verdade que precisamos de nos coordenar melhor e

ter a humildade suficiente para reconhecermos as

nossas falhas para podermos evoluir cada vez mais,

mas o balanço é, na minha opinião, francamente

positivo e muito, muito gratificante.

A Páscoa acontece nos montes, nas flores

brancas e roxas que rebentam da terra,

miraculosamente… A Páscoa renasce, anos após ano,

dos ramos das árvores secas que, aparentemente

mortas, explodem cheias de vigor, de verde e de

vida… Até os cardos agrestes das bordas dos

caminhos florescem e perfumam o ar…Parece que a

própria Natureza se une para cantar “aleluias” a

Jesus Ressuscitado que irrompe em nossas casas,

deixando laivos de esperança em nossos corações…

Viver o Tríduo Pascal é deixar a Páscoa

nascer também dentro de nós e inundar-nos de

esperança e alegria! Saibamos parar e saborear estes

cada um teve a oportunidade de fazer

uma introspecção da sua relação com

Deus.

Deste fim-de-semana cada

elemento do grupo saiu mais forte na sua

fé e mais consciente das suas atitudes

assim como aberto a partilhar as suas

alegrias e experiências. O grupo Se(de)+ é

uma família cada vez mais fortalecida e

como família de Deus que é quer crescer e

multiplicar-se.

A NOSSA PÁSCOA

Este ano, pela primeira vez, vivi de

forma completa e intensa as celebrações

pascais… Para mim, a Festa da Páscoa

sempre teve um encanto especial, uma

força inexplicável, capaz de me transmitir

uma alegria espiritual difícil de expor em

palavras… Uma alegria que sempre foi

capaz de suplantar as muitas agruras que

quase que de forma messiânica foram

acontecendo na minha vida precisamente

por alturas da Páscoa…

Há apenas três anos descobri que

existia “uma missa especial”, dividida em

três momentos e celebrada ao longo de

três dias: Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira

Santa e Sábado de Aleluia. Só este ano

consegui viver os três momentos,

apercebendo-me da beleza do seu todo.

Um todo que se torna ainda mais pleno e

belo quando pensamos que o Santo Tríduo

envolve o trabalho de muitos grupos que

exercem vários ministérios, ao longo do

ano, nos três centros da nossa paróquia e

que, nesta altura tão intensa, unem

esforços para tornar estes dias realmente

especiais: grupos corais, leitores, acólitos,

grupo de jovens, escuteiros, zeladoras,

elementos da visita pascal e muitos

outros…

Começamos com a Ceia do Senhor onde,

após a homilia, tem lugar o lava-pés:

“Para nos dar o exemplo, Jesus levantou-

se da mesa e começou a lavar os pés aos

seus discípulos.” (Jo, 13, 6.7.8.). A beleza

extraordinária deste gesto, repetido pelo

esperança e alegria! Saibamos parar e saborear

estes momentos únicos que inflamam e reavivam

a nossa Fé.

Fernanda Albertina

CRIANÇAS EM ORAÇÃO…

No passado dia doze, deste mês maternal

As crianças participaram numa noite especial.

Toda a igreja se encheu de inocência, luz e cor

As crianças e a comunidade rezaram com todo o fervor.

Levaram amor e flores, para oferecer a Maria

Foi um momento único, de ternura e alegria.

Depois de oferecerem o que tinham para dar,

Não foram para casa com as mãos a abanar.

Levaram uma vela, uma luz para iluminar,

Para que todos os dias continuem a rezar.

Foi uma noite especial, com alguma emoção,

Uma noite a guardar dentro do nosso coração.

Catequista Ana Pontes

ASSEMBLEIA VICARIAL DA

FAMÍLIA

No passado dia 15 realizou-se, na Capela de

s. José, a IX Assembleia Vicarial da Família.

Estiveram presentes representantes dos vários

grupos que fazem parte da Pastoral Familiar,

como as Equipas de Nossa Senhora, que ajudam a

aprofundar o sacramento do Matrimónio, as

Conferências de S. Vicente de Paulo, ligadas à

acção sócio-caritativa, que tão atentas estão às

dificuldades por que as famílias atravessam nesta

altura, e a Equipa Vicarial de Jovens de

Gondomar.

O tema proposto era “A Pessoa e a Família:

O Desafio da Verdade” e o orador convidado, o

Prof. Dr. Jorge Cunha da Universidade Católica do

Porto. Apesar de não se ter alongado na sua

exposição, o Prof. Jorge Cunha conseguiu

apresentar uma quantidade de pontos de vista

sobre a verdade que envolve as famílias que

proporcionaram uma acesa discussão a quem os

quisesse aprofundar.

Finda a sua exposição, foram colocadas

duas questões para serem respondidas pelos

grupos em plenário: “Que aspectos me

parecem mais importantes para a Pastoral

da Família hoje?” e “O que posso fazer,

como família, para melhorar a qualidade da

vida familiar no meu meio?” . No plenário

foram apresentadas propostas muito

interessantes, e a sensação que ficou é que,

mais uma vez, foi desaproveitada uma

oportunidade que as famílias cristãs tinham

de partilhar as suas dificuldades e tentarem

encontrar soluções comuns. Passamos

demasiado tempo a queixarmo-nos da falta

de formação, que a Igreja não está atenta às

pessoas e às suas necessidades e esquecemo-

nos que também nós somos Igreja e ainda

assim preferimos ficar em casa. Vai sendo

tempo de mudarmos alguma coisa. Nas

nossas atitudes.

RAID NOCTURNO

Na madrugada do dia 19 de Março, o

grupo Pioneiro realizou mais uma

actividade. A actividade teve inicio em

Campo, Valongo por volta das 21h30m. No

local foi distribuído a cada equipa uma carta

topográfica da zona e uma bússola. Na carta

estavam marcados vários pontos por onde

teríamos que passar, para chegar ao tão

desejado local onde iríamos acampar. Cada

equipa tirou o azimute do 1º ponto e partiu

rumo a esse, e assim sucessivamente. Nos

vários pontos desenvolvemos técnicas de

sobrevivência. Chegámos ao local por volta

3h30m, sendo este o topo da Serra de Pias.

Montámos acampamento e dormimos, pois

o dia seguinte iria ser cheio de actividades.

A alvorada foi às 7h30, tomámos o pequeno-

almoço e retomámos as actividades do dia

anterior com a construção de um abrigo por

equipa, bem como a realização de diferentes

tipos de fogueiras onde cozinhámos o nosso

almoço. Após o almoço desmontámos o

campo e partimos rumo à nossa sede.

Demos por terminada a nossa actividade

com a Eucaristia.

IV FESTIVAL DA

FRANCESINHA

No dia 9 de Abril realizou-se o Festival da

Francesinha, organizado pelo agrupamento

892. O local escolhido para o evento foi a

Cripta da Igreja Matriz. Como objectivo

desta actividade tínhamos a angariação de

fundos

fundos para a construção da nossa nova

sede. A ementa ia desde Francesinha; Prego

em Prato; Bifanas e salsichas com arroz

para os mais pequenos e bebidas de todos

os tipos e para todos os gostos. O evento

teve bastante adesão por parte do público, o

que nos deixou bastante satisfeitos. Durante

o festival tivemos também a actuação de

uma banda de garagem e o sorteio de uma

camisola. Esperámos que na próxima vez a

adesão seja ainda maior!

ESPAÇO CATEQUESE Ideias Partilhadas, Positivas e

Pertinentes

Colabora! Envia as tuas

ideias, as tuas opiniões e

sugestões sobre Catequese

para

[email protected].

FESTA DA VIDA

No passado dia 15 de Maio,

celebraram a Festa da Vida 12 adolescentes

do 8º ano de Catequese de toda a Paróquia.

A Festa foi inserida na Eucaristia Dominical

das 11h, na Igreja Matriz.

Nesta Celebração,

festejamos com estes adolescentes o Grande

Amor de Deus por nós, ao nos entregar

Jesus, Fonte de Vida. Cada adolescente,

depois da bênção das Cruzes, foi convidado

a dizer, perante toda a comunidade, quem é

para si Jesus, o Crucificado, e levou para

casa uma Cruz. Pretende-se que, ao

olharem-Na, se recordem sempre do Amor

de Jesus por cada um de nós e pela Igreja, e

que se lembrem também que cada um deve

tomar a sua Cruz e seguir Cristo fiel e

generosamente.

Foi belo observar nestes

adolescentes a vontade de segurar na mão

de Deus e ir, como escutamos no cântico

que entoaram, e esperamos que esta seja

sempre a sua atitude ao longo das suas

vidas.

Catequista Raquel

PASSEIO-CONVÍVIO DE

CATEQUISTAS

Vamos aproveitar o melhor possível o dia 10

de Junho. Este ano, organizamos com

tempo, avisamos com antecedência e vamos

passear um

tempo, avisamos com antecedência e vamos

passear um pouco, que é como quem diz, vamo-

nos encontrar de modo diferente do habitual. O

Secretariado da Catequese optou por um Passeio

Mistério de modo que os Catequistas não sabem

para onde vão mas, sabem que vão estar uns com

os outros, conhecer-se melhor, conversar sobre

mais um ano que termina, almoçar em comum,

enriquecer-se com alguma cultura… Vai ser um

dia em cheio: saímos da Igreja Matriz às 8.30 h. e

chegaremos às 19.00 H. Não podem faltar.

SIM, CREIO!

A Festa do Credo vai realizar-se

amanhã, dia 29 de Maio, pelas 11h, na nossa

Igreja Matriz. Um momento muito especial para

estes pré-adolescentes que terminam agora a

Catequese da Infância. Por isso, trarão a sua vela

baptismal e, perante a família cristã, irão

reacendê-la e dizer alto e em bom som: “SIM,

CREIO!”.

O centro desta festa, também denominada

por Profissão de Fé, é a oração do Credo.

“Profissão” no sentido de “professar”, ou seja,

reconhecer publicamente a condição de cristão,

seguir, abraçar a Fé. “Credo” significa “Creio”, ou

seja, “Acredito” e, tal como o nosso Pe. Rosas fez

notar, algures num dos muitos encontros que com

ele vamos tendo ao longo do ano pastoral, trata-se

de uma oração difícil de rezar individualmente,

mas que flui facilmente das nossas bocas e dos

nossos corações quando rezada em grande grupo.

De facto, é uma fórmula para ser dita com firmeza

e em voz alta, perante a comunidade, pois resume

as bases em que assenta a nossa Fé. Assim, os

meninos e meninas do 6º ano, irão rezá-la

perante todos, cheios de força e alegria!

Este ano não são muitos, mas, acreditamos

que, tal como reza o ditado, “são poucos, mas

bons!” e irão certamente continuar a crescer com

a ajuda dos Pais e dos Catequistas na Catequese

da Adolescência!

Parabéns a todos!

FILHOS DE DEUS

No mês de Abril entraram para a Igreja pelo

Baptismo:

Gabriela Ferreira Martins

Rafaela Pinto Tavares

Ana Carolina Santos Oliveira

Margarida João Pereira Almeida

Margarida Rua Teixeira

NAS MÃOS DE DEUS

No mês de Fevereiro faleceram:

Teresa Ribeiro das Neves – 85 anos

Joana Vanessa Cardoso – 22 anos

Teresa Prazeres Leitão – 72 anos

Maria José Oliveira da Fonseca – 74 anos

Rosa de Oliveira Ribeiro – 98 anos

Nuno António da Silva Freire – 35 anos

Jaime de Sousa Carvalho – 61 anos Maria Teresa Sequeira – 83 anos

No mês de Abril faleceram:

Maria Damiana Ferreira Aguiar Cardoso – 88 anos

Ermelinda André da Silva – 78 anos

Alice Moreira de Azevedo Moura – 84 anos

Orlando Magalhães – 59 anos

Manuel Ribeiro Alves – 76 anos

Maria Natália veiga de Oliveira Ferreira – 64 anos

António de Sousa Dias – 89 anos

Francisco Lopes da Cruz Monteiro – 52 anos

José Fernando Sousa Vilas Boas Pereira – 50 anos

Eduardo Giesta Pereira – 59 anos

Maria Odete Santos Ferreira Ribeiro – 39 anos

António Pereira Tavares – 82 anos

FILHOS DE DEUS

No mês de Fevereiro entraram para a Igreja

pelo Baptismo:

Miguel Martinho Seabra Martins Lima

Henrique Maria Baptista Rodrigues

Diego Filipe Santos Pascoal

Maria Adriana Ferreira de Almeida

Neuza Alexandra Sampaio Moreira

VIAGEM AOS PAÍSES BÁLTICOS

Quem quiser passear com a Paróquia até aos

Países Bálticos: Letónia, a Estónia e a Lituânia,

Deve inscrever-se rapidamente porque o prazo está a acabar. O preço é uma surpresa para um turismo de 1ª classe. Venham connosco que o FMI ainda autoriza…

ENCERRAMENTO DO MÊS

DE MARIA

“A 13 de Maio Na Cova da Iria Apareceu brilhando A Virgem Maria…”

Não há amor como o de uma Mãe

pelos seus filhos, é algo único, indescritível

e inexplicável que só é experimentado por

quem tem a felicidade dessa vivência. Por

outro lado, a dedicação de um filho a sua

mãe começa desde muito cedo, e vai

aumentando, adensando ao logo da vida. Só

este sentimento tão único e mágico pode

explicar o que vivemos no ano passado, no

dia 31 de Maio de 2010, quando saíram

várias procissões, com vários andores, de

diferentes lugares da nossa freguesia em

direcção à nossa Igreja Matriz. Para quem

participou e para quem assistiu, foi um

momento lindo, de união da paróquia mas

também de Fé e Devoção a Nossa Senhora.

Esperemos que este ano não seja diferente.

Mais do que isso, façamos para que este ano

seja muito melhor, quer ao nível da

comunidade cristã de S. Pedro da Cova,

quer ao nível individual. Que este não seja

apenas um passeio com uma “vela na mão”.

Como em todas as procissões, quem nelas

participa deve assistir em silêncio, deve

seguir em oração e meditação, entoando

cânticos de louvor. Quem, por outro lado

não quer participar, não as deve incomodar

ou perturbar de forma alguma. O respeito e

a ordem dependem de todos sem excepção.

Como no ano passado, faremos o

encerramento do Mês de Maria a 31 de

Maio. As procissões sairão dos seguintes

lugares com os seguintes horários:

Beloi -Igreja de Nossa Senhora das Mercês

às 21.00 H

Bairro da Gandra – Junto ao Nicho de

Nossa Senhora às 21.15 H

Passal – Largo do Passal às 21.30 H

Bela Vista – Igreja da Senhora de Fátima

às 21.30 H

Tardariz – Junto ao Nicho da Senhora dos

Caminhos às 21.30 H

Tudo isto para ajudar as nossas obras que, não

podemos esquecer, têm de ser pagas e só agora

começa o mais difícil. Vá lá, ajudem-nos…

CONCERTO CORAL SINFÓNICO

Há muita gente que reconhece a

necessidade das obras paroquiais e que quer

ajudar. E tem de ser assim porque não temos

subsídios de ninguém, só podemos contar mesmo

com a generosidade dos sãopedresses… E tem

sido muita, obrigado.

Também o Orfeão do Estrelas de

Silveirinhos está a organizar um Concerto Coral

Sinfónico para o dia 11 de Junho, pelas 21.30 H.

na cripta da Igreja Matriz. Terá a participação do

Coralistas do Orfeão, da Orquestra Ligeira de São

Pedro da Cova e a participação do Coral da

Universidade Sénior de Valongo. Portanto, uma

noite de muita e de boa música. O preço do

bilhete é o de sempre: 5,00 €. Compre já o seu e

ajude-nos mais um pouco. Obrigado.

UMA BÍBLIA EM CADA CASA

Com a Festa da Palavra que celebra o 4º

ano da nossa Catequese, mais uma vez somos

convidados todos a colocar a Palavra de Deus no

centro da vida cristã: ela é verdadeiro alimento

para a nossa oração, para orientar os nossos

passos, para brilhar no serviço aos outros… Não

podemos viver sem ela.

Portanto, se tem uma Bíblia cheia de pó,

habitue-se a abri-la cada dia, ou cada semana… Senão

tem, é tempo de comprar uma (não é assim tão cara…)

e ponha-a em lugar acessível para que se lembre que

aberta, lida e metida no coração irradia uma Luz como

mais nenhuma outra palavra, porque é Palavra de

Deus.

Bairro Mineiro – Capelinha de São José

às 21.30 H

E outros locais que se organizarem com

tempo e avisarem o Pároco.

A chegada à Igreja Matriz está

prevista para as 22.30 H onde se fará uma

pequena meditação sobre uma leitura do

Evangelho. A nossa meditação terminará

com a Bênção Mariana Solene.

Façamos desta Festa um grande

Louvor a Jesus Ressuscitado, por

intercessão de Maria, Sua Mãe!

Vítor Almeida

CATEQUESE DA

ADOLESCÊNCIA

No dia 11 de Junho toda a Catequese

da Adolescência vai encontrar-se:

Catequistas, Adolescentes e Pároco para

fazermos um balanço deste ano, tentar

melhorar para o ano, além de convívio,

diversão e pic-nic Assim, temos encontro

marcado para a Igreja da Senhora das

Mercês às 10.00 horas para nos

encaminharmos para o local do encontro.

Pede-se que todos levem boa-disposição e

vontade de crescer, além do farnel…

FESTA DO BOM PASTOR

Já há muito tempo que não fazíamos

uma festa todos juntos… Na Igreja de Nossa Senhora das Mercês juntaram-se vontades e forças e estão a organizar uma Festa do Bom Pastor. É fruto de muito trabalho e dedicação de todos, especialmente do Coro que está a fazer encenações, músicas e composições com algumas passagens do Evangelho que são significativas para “a relação do Bom Pastor nas nossas vidas”. Será no dia 4 de Junho no salão da Senhora das Mercês a partir das 21.00 H. O preço do bilhete é o do costume: 5,00 €

Mais ainda, a partir das 19.00 H. estão a servir os petiscos do costume, com a maior qualidade das cozinheiras locais. Portanto, o programa para dia 4 é simples e bom: jantar e, depois, espectáculo.

SANGUE-RELÍQUIA

Uma meditação possível sobre a

santidade do Beato João Paulo II

Pe. José Nuno, capelão do Hospital de S. João

Quem, no Domingo da Pascoela, o Domingo da Divina Misericórdia, esteve na Praça de São Pedro, experimentou a vibração íntima dos momentos únicos, particularmente durante o rito da beatificação do Papa João Paulo II, logo no início da celebração. Este rito incluiu a apresentação e veneração de uma relíquia. Cresceu a emoção e a aclamação da assembleia reunida quando os muitos grandes ecrãs permitiram ver a Ir. Marie Simon Pierre, cuja cura da doença de Parkinson constituiu o milagre necessário à beatificação, acompanhada pela Ir. Tobiana, que acompanhou sempre o Papa vindo de longe, avançando em direcção a Bento XVI, levando o relicário com sangue do novo Beato. O Papa olhou e beijou a relíquia.

Que relíquia! Não poderia ser encontrada melhor memória de João Paulo II, para expor à veneração dos crentes, que o seu sangue: sangue-relíquia. Ele foi o Papa que o mundo pôde ver ensanguentado por amor do mundo, num momento crucial, quase no início do seu longuíssimo pontificado, a 13 de Maio de 1981, quando, em plena Praça de São Pedro, sofreu o atentado que veio a definir o sentido do seu percurso, vinculando-o a Fátima e à sua Mensagem, nomeadamente à terceira parte do Segredo que, por sua iniciativa, foi divulgado no ano 2000, oferecendo a imagem de um bispo de branco, caindo sob o fogo de armas.

Um Papa em sangue. João Paulo II ofereceu, aos olhos dos homens deste tempo, algo já esquecido nas lonjuras da Igreja nascente: o sangue de um sucessor de Pedro. Escolher o seu sangue como relíquia é trazer para o século XXI a lembrança do sinal de contradição que o acontecimento do atentado constituiu nos fins do século XX. A sua vida como Papa, sabemo-lo, obedeceu a esse desígnio: introduzir a Igreja no terceiro milénio. O seu sangue, de ora em diante exposto à compreensão ou à incompreensão dos homens, crentes ou não, reveste-se de grande significado, convoca, para o milénio que começa, a trama global em que viveu o seu múnus pontifício. Discípulo de Cristo e seu Vigário, do chamado a concretizar nestes tempos a missão do primeiro dos apóstolos, nada de mais significativo poderia ser oferecido aos tempos, como sinal e interpelação, que o seu próprio sangue. Este permanecerá perenemente como lugar de enraizamento de um milénio que se escreve diferente desde o princípio, porque João Paulo II, Papa entre dois tempos, não temeu derramá-lo.

Vale a pena determo-nos sobre a origem desta relíquia. Pouco tempo antes da sua morte, no contexto do tratamento que recebeu, foi recolhido algum do seu sangue, para eventual

transfusão futura. Não tendo esta sido necessária, o sangue foi conservado em quatro pequenas ampolas. Duas destas foram levadas para a Polónia pelo seu secretário pessoal, Stanislaw Dziwisz, hoje Cardeal Arcebispo de Cracóvia. Outras duas foram conservadas pela comunidade das irmãs do hospital Bambino Gesù, cujos serviços haviam feito a colheita, acrescentando ao sangue uma substância anti-coagulante, o que explica o facto de este se conservar em estado líquido. A Santa Sé tem tido grande cuidado em fornecer este esclarecimento, para evitar possíveis interpretações sobrenaturais deste facto, que desviariam do verdadeiro sentido da relíquia. A ampola exposta é uma destas duas conservadas pelas religiosas do hospital pediátrico romano. Vale ainda mais a pena determo-nos sobre leituras possíveis do sangue-relíquia de João Paulo II. Ele pede para ser trazido à luz pelas palavras, dadas as muitas evocações que sugere. Algumas me ocorrem e partilho.

João Paulo II, todos o conhecemos, todos convivemos com ele, todos o sentimos, apesar da distância do pontificado, próximo, um de nós, visitante incansável dos nossos lugares. A sua santidade, o seu modo de ser santo apresenta-se-nos na concretude de um contemporâneo, de um homem a quem conhecemos feitos e defeitos, qualidades e limites. Gostámos de algumas coisas, de outras discordámos, algumas não compreendemos, quantas não saberemos…

A sua santidade é próxima, real, nada tem de etéreo ou angelismo. É de carne e de osso, de olhares e sorrisos, palavras serenas e palavras duras, palavras de compreensão e palavras de censura, palavras de compaixão e palavras de beleza… e gestos, muito gestos, muitos gestos e actos de sentido profético inesgotável. Místico, não fugiu ao mundo nem se voltou sobre si em misticismo desencarnado. Actuante, não caiu em activismo. Viajante, imobilizava-se em longos silêncios orantes. Atlético e saudável, soube envelhecer sem se esconder nem

permitir que o escondessem,

como hoje tanto acontece. Confiado aos cuidados médicos e neles confiante, recusou o encarniçamento terapêutico e acolheu a morte na sua hora. A sua santidade foi uma santidade corpórea, tangível, situada no tempo e no espaço, tecida das múltiplas relações que estabeleceu, mas profundamente enraizada na experiência quotidiana da Páscoa de Cristo, acontecimento culminante da divina Misericórdia. O sangue diz a santidade totalmente humana que corria nas artérias e veias do corpo que foi e que nós vimos e ouvimos, tocámos e sentimos. Só o sangue poderia expressar esta totalidade, porque só o sangue não é dizível como uma parte do corpo que a pessoa é. O sangue chega a todo o corpo. Chegou a todo o corpo que João Paulo II foi, naturalmente bombeado por um coração incansável, levando e trazendo, cumprindo a troca que possibilita a vida; só o sangue, elemento corpóreo culturalmente símbolo de martírio e doação, poderia expressar a radicalidade que em cada um dos seus compromissos foi visível. Nada como o sangue seria relíquia adequada do Beato João Paulo II. Sangue-relíquia. É belo, também, lembrar que o sangue deste Papa, sendo sangue derramado, é sangue recebido. Sangue recebido de anónimos homens e mulheres que, na dádiva do seu próprio sangue, dão vida, como deram vida a João Paulo II, nas muitas circunstâncias da sua existência em que precisou do sangue de outros para continuar vivo, nomeadamente na sequência do atentado. Quem seriam? Quem terá, sem o saber, dado do seu sangue ao Papa? Toda a tradição bíblica do sangue como princípio de vida e, em Jesus, princípio de vida nova, oferece um horizonte de compreensão para visitarmos a relíquia do sangue do Papa de todas as gentes, que todo o mundo visitou. O sangue do Papa das gentes resulta da mistura dos sangues de pessoas várias, em momentos críticos vários da sua existência. Sangue derramado que é sangue recebido, que é sangue dado. A relíquia surge, assim, liberta de toda e qualquer enviesamento de interpretação pietista ou marcada pela superstição, como uma narrativa de amor, expressão do elevado patamar de comunhão, tão global quanto interpessoal, que este Pastor universal atingiu. É sangue-relíquia líquida na transparência do seu sentido.

O sangue-relíquia de João Paulo II

oferece-se, ainda, a uma outra reflexão que

é oportuno fazer. Este sangue foi colhido

por razões clínicas e clinicamente

conservado para a eventualidade de ser

medicamente necessário. O pontificado do Papa que se atreveu, contra o espírito do tempo, a não esconder o envelhecimento e a doença, estendeu-se ao longo de um largo período que conheceu a radicalização de um dos fenómenos mais determinantes, para o melhor e para o pior, da cultura contemporânea: a medicalização da existência, aliás da própria condição humana.

O sangue do Papa que escreveu a Encíclica Evangelium Vitae assume-se, neste contexto, uma relíquia moderna, obtida pelo recurso à ciência e às tecnologias médicas, de algum modo resgatando a veneração das relíquias, ligada ao culto dos santos, dos resquícios de crendice e de irrazoabilidade que muitas vezes anda associada a esta devoção. É de sangue que se trata, não fragmento de osso ou de veste ou objecto. É sangue e o sangue é o que é, é biografia da própria pessoa, líquida epifania do seu ser, estado de alma que se exprime na cor do rosto, estado físico que se avalia nos valores analíticos que mostra, vida que se esvai quando em hemorragia imparável, vida que se dá no acto simples da dádiva. Tinha que ser sangue, a relíquia de João Paulo II, e sangue colhido clinicamente, para deste modo se inscrever, como rasgo de transcendência, no íntimo do movimento imparável da medicalização que define esse traço característico dos passos presentes da história dos homens.

A este propósito, justifica-se recordar que João Paulo II foi o Papa que instituiu a Pastoral da Saúde como campo específico e organizado da missão eclesial. Por estes dias, muito tem sido recordado da acção e magistério deste gigante da história da Igreja na transição de milénio. Não tem, contudo, sido realçado o seu compromisso com a causa do mundo da doença e da saúde, do sofrimento e da morte; o seu empenhamento com os doentes e os sofredores, os cientistas e os cuidadores, profissionais e voluntários. (…) As suas Mensagens para o Dia Mundial do Doente, em conjunto com a imensidão de outros documentos, como homilias, discursos e intervenções em múltiplos momentos, desde congressos científicos a celebrações com doentes em hospitais, audiências várias a profissionais do

mundo da saúde e outros constituem um corpus doutrinal ímpar, indispensável a quem quer que pretenda aprofundar a reflexão sobre a antropologia, a ética, a teologia ou a espiritualidade neste domínio.

As datas marianas, 13 de Maio e 11 de Fevereiro, marcam este percurso. O percurso de um Papa de arreigada devoção à Mãe de Deus; um Papa a quem a própria história pessoal consentiu descobrir, na maternidade de Maria ao pé da Cruz, a figura da Igreja, rosto da misericórdia e ícone da compaixão, pela participação na Paixão do Filho, nas paixões de todos os filhos; uma Igreja a aprender-se a si mesma neste lugar materno e compassivo que é a figura de Mãe acompanhando o derramar do sangue de Jesus. O acontecimento do sangue derramado de João Paulo II, em 13 de Maio de 1981, assinala um caminho pessoal, que se tornou eclesial, de valorização dos que sofrem na Igreja e no mundo, como se a experiência pessoal do sofrimento permitisse, de um modo mais real, descobrir o verdadeiro valor dos sofredores e o sentido que resgata o sofrimento inevitável das sombras do absurdo.

O sangue-relíquia do Papa que, já sem voz, teimava comunicar e comunicava, nunca permitirá à Igreja esquecer ou ignorar este facto, que a vida e a morte de João Paulo II deixam como herança inalienável. Pode a comunidade eclesial ocupar-se em mil e uma tarefas e pastorais específicas muito importantes, muito de ponta, mas enquanto não descobrir a centralidade desta, evangelicamente aprendida do seu Senhor, corre o risco de se desviar do núcleo do Evangelho. O sangue-relíquia do convocador da Nova Evangelização, porque remete para o Sangue derramado na Cruz, exige-nos reconhecer, procurar e integrar os que completam em si mesmos a Paixão de Cristo, no dizer do Apóstolo dos gentios, como João Paulo II intimamente viveu e, por ter vivido, compreendeu. Experimentando-o escrito com o próprio sangue, compreendeu este mistério com aquela lucidez imperativa das experiências que fazem a pessoa. E propô-lo à Igreja, que nesta dimensão pastoral encontra hoje uma das principais linhas de fronteira a transpor, a fim de corresponder à convocação para a tarefa sempre inconclusa da Nova Evangelização, que não lhe permite furtar-se ao encontro com o Homo dolens, o homem confrontado com os mistérios confins do sofrimento e do mal, da morte e da culpa. Também para esta responsabilidade histórica nos remete o sangue-relíquia do Beato João

Paulo II que a Igreja propõe à nossa veneração,

falácia, se não encontrar consequência em opções

concretizadas.

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www.paroquiasaopedrodacova.org

CELEBRAÇÃO DA

EUCARISTIA

Ferial (2ª a 6ª feira): 19.00 H na Igreja Paroquial

Dominical Sábado:

19.00 H. na Igreja Paroquial

Domingo: 8.00 H. na Igreja Paroquial

9.00 H. na Igreja da Senhora de Fátima 10.00 H. na Igreja da Senhora das Mercês

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HORÁRIO DA SECRETARIA

PAROQUIAL

A Secretaria Paroquial está instalada junto da entrada lateral da Igreja do lado do Cemitério e funciona de 2ª a Sábados das 15.00 Horas às 19.00 Horas

O atendimento normal do Pároco é de 3ª a 6ª feira das 16.30 Horas às 18.30 Horas. Se houver necessidade de atender noutro horário, pode-se combinar com o Pároco qualquer outra hora mais conveniente.

EQUIPA EDITORIAL

Clã – Agrupamento Escuteiros Fernanda Albertina Costa Correia Fernando José Teixeira Oliveira Fernando Silvestre Rosas Magalhães João Vasco Castro Rodrigues José Armando Coimbra de Pinho José Cristóvão Fernandes Nogueira Vitor Damião França Almeida

Arranjo Gráfico: Rui Pombares (www.token.pt)

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Igreja Paroquial de São Pedro da Cova

Rua da Igreja 4510-283 SÃO PEDRO DA COVA

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Em reflexão “Santa Mãe do Redentor,

Porta do céu, Estrela do mar, socorrei o Vosso povo que anela por erguer-se!”. Uma vez mais nos dirigimos a Vós, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, ajoelhados a Vossos pés aqui na Cova da Iria, para Vos agradecer por tudo quanto fizestes nestes anos difíceis pela Igreja, por cada um de nós e pela humanidade inteira. Quantas vezes Vos invocámos! E hoje aqui estamos a agradecer-Vos, porque sempre nos escutastes. Vós mostrastes ser Mãe: Mãe da Igreja, missionária pelos caminhos da terra preparando-se para o Terceiro Milénio cristão; Mãe dos homens pela constante protecção que nos livrou de tragédias e destruições irreparáveis e favoreceu o progresso e as conquistas sociais dos nossos dias.

Mãe das Nações, pelas mudanças inesperadas que restituíram a confiança a povos longamente oprimidos e humilhados; Mãe da vida, pelos múltiplos sinais com que nos acompanhastes defendendo-nos do mal e do poder da morte; Minha terna Mãe de sempre, mas de modo particular naquele 13 de Maio de 1981 em que senti junto a mim a Vossa presença salvadora; Mãe de todo o homem, que luta pela vida que não morre. Mãe da humanidade resgatada pelo Sangue de Cristo. Mãe do amor perfeito, da esperança e da paz, Santa Mãe do Redentor.

Em unidade colegial com os Pastores, em comunhão com todo o Povo de Deus, espalhado pelos quatro cantos da terra, também hoje Vos renovo a consagração filial do género humano. A Vós, com confiança, todos nos consagramos. Convosco queremos seguir Cristo, Redentor do homem: que o cansaço não nos abata, nem a fadiga nos desalente, as dificuldades não extingam a coragem nem a tristeza, a alegria no coração. Vós, ó Maria, Mãe do Redentor, continuai a mostrar que sois Mãe para todos, velai sobre o nosso caminho, fazei com que vejamos, cheios de alegria, o Vosso Filho no Céu. Amém!

João Paulo II Santuário de Nossa Senhora de Fátima 13 de Maio de 1991