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O Papa que cresceu comigo
Peregrinação anual dos
Acólitos
Fim-de-semana de reflexão
com os jovens
A nossa Páscoa
Crianças em Oração
Assembleia Vicarial da
Família
Raid nocturno
IV Festival da Francesinha
Festa da Vida e do Credo
Passeio aos Bálticos
Encerramento do mês de
Maria
Festa do Bom Pastor
Concerto Coral Sinfónico
Uma Bíblia em cada casa
Sangue-Relíquia: a santidade
do Beato João Paulo II
Santa Mãe do Redentor
Boletim Paroquial de São Pedro da Cova
O PAPA QUE CRESCEU
COMIGO
Quando foi eleito como Papa, João
Paulo II vinha sob a ameaça de ser breve o
Seu pontificado… mês e meio antes tinha
sido eleito um, João Paulo I e logo se
estava a pensar no seguinte, a seguir a um
sorriso aberto e provocador, tínhamos
agora uns braços aberto, como que a
abraçar o mundo e uma mensagem de
grande optimismo: “Não tenhais medo!” A
quem diria Karol Wojtyla estas palavras?
Só aos cristãos como Cristo as disse aos
discípulos, ou aos homens do mundo
inteiro? Não ter medo dele, Papa, ou saber
que por baixo de qualquer medo dos
homens reside uma esperança que se pode
levantar a qualquer bondade e nos enche
da coragem de sermos melhores? Confesso
que prefiro pensar o Papa desse modo mais
universal: quando fala, fala para todos,
mesmo para os que não querem ouvir… da
varanda de Pedro, de braços abertos ao
mundo, não era só a Igreja que ele
desafiava: “Não tenhais medo!”
Assim o disse, melhor o viveu.
Tinham-lhe dito que não devia aproximar-
se tanto das pessoas, não porque fossem
más mas porque os maus se podiam
aproveitar. Passear em carro aberto no
meio duma multidão que não tinha
qualquer barreira de segurança, foi no que
deu: um tiro saído dum ódio desconhecido
que o deitou nos braços dos que o
acompanhavam.
Foi por causa desse tiro que vi pela
primeira vez João Paulo II. Vinha à minha
cidade, ia estar a quatro kilómetros da
minha casa. Pertencia eu a um grupo de
jovens e logo nos organizamos: compramos
pano branco e amarelo, fizemos uma
grande bandeira, mais uma tiras para cada
um, preparamos o merendeiro e fomos
bem cedo para a Avenida dos Aliados.
Chegamos cedo para arranjar um bom
lugar, sentamo-nos na relva que lá havia e
brincamos, cantamos, comemos, voltamos
a cantar, voltamos a jogar às cartas… foram
oito horas até as calças de ganga ficarem
verdes de relva.
Depois foi o delírio: primeiro a
saudar o helicóptero, depois apareceu ele
ao fundo da praça até subir ao enorme
palco que tinham construído… havia um
coro e muitos músicos nas arcadas da Câmara que
tocavam e nos faziam cantar. Era de novo um
homem direito, cheio de força, cheio de coragem…
Depois foi marcando a história com muitas
intervenções e com muitos gestos, foi-se afirmando
pela coerência, pela intervenção nem sempre
compreendida mas sempre intencional, mudou a
história e deitou abaixo um muro que os ódios
tinham construído…
Estive com o Papa uma dezena de vezes e foi
vendo-o crescer, crescer até ao fim. O seu ministério
foi acompanhado pelo mundo e nunca o vimos
desfalecer diante de nenhum grande e procurou
mesmo aqueles que não queriam ser incomodados,
foi crescendo na assertividade com que analisava o
mundo, na bondade como estendia a mão às outras
religiões, na sua relação com os jovens, na verdade
que sempre procurou pôr na vida da Igreja, cresceu
até ao fim quando o fomos vendo a agigantar-se na
sua fragilidade, protegida mas não escondida, sem
ceder à tentação mediática que um Papa não pode
mostrar-se a sofrer… cresceu até à morte e nós
podemos crescer com Ele.
Com um Pontificado tão grande abarcou a
juventude de muitos de nós e por isso marcou a
nossa vida para sempre. Não pelo comprimento,
mas pela vontade, pela franqueza, pela coragem,
pelo atrevimento de encarnar uma Igreja forte e
verdadeira, frágil e indigente, que precisa de todos
os homens, tanto como os homens precisam da
Igreja.
Muitos crescemos com Ele e muito
crescemos com Ele.
Não foi na Avenida dos Aliados que comecei
a ser Padre… foi uns meses mais tarde, talvez
Outubro (lembro-me por causa do aniversário do
meu Pároco) mas hoje penso que os meus gritos ao
Papa devem ter deixado ficar marcar. Gritávamos o
seu lema: TOTUS TUUS, que em português quer
dizer alguma coisa como TODO TEU. Lembrei ao
Papa, aos berros, aquilo que ele não queria esquecer
(é isso um lema) e talvez tenha aí começado a dizer
com ele, a aprender com ele a dizer o que não quero
esquecer todos os dias.
Pe. Fernando Rosas
Boletim Paroquial de São Pedro da Cova
iniciamos a actividade que a maioria
considera o sucesso destes dias de reflexão,
que se designava “Assuntos de Algibeira”.
Para este dinamismo, cada elemento do grupo
de jovens tinha a tarefa de arranjar uma
imagem, notícia, algo para ser discutido em
conjunto. Os temas debatidos foram variados,
desde a situação actual do país, o amor, o
seguir em frente depois da morte de alguém
especial… Todos estávamos a adorar e depois
de uma pausa para tomar um chazito
regressamos para a sala de debates. Foi nesta
noite, que o André após nos ter mostrado
livros para cada um ler durante o fim-de-
semana, ficou com a missão de seleccionar um
para cada. De referir que antes de irmos
dormir rezamos em conjunto a oração das
horas - completas.
Sábado de manhã, depois do stress na
casa de banho e dos pequenos-almoços
“atacados”, o grupo juntou-se para rezar as
Laudes. Seguidamente ocorreu o primeiro
momento de reflexão. À hora combinada o
grupo começou a preparar o almoço e como
este se atrasou um pouquito, criaram-se
momentos de dança e musica que mantiveram
o grupo super animado. À tarde, depois de
uma caminhada para fazer melhor a digestão
deu-se o segundo encontro de reflexão. Já à
noite, após o jantar, o grupo caminhou pelas
ruas próximas de casa e rezou o terço em
conjunto. Uma vez de regresso, ninguém
resistiu e retomamos os “Assuntos de
Algibeira” que durou até tardito… mesmo
assim, o grupo antes de ir dormir rezou
completas.
A alvorada de Domingo foi bastante
cedo, dado que a Missa de Ramos da freguesia
era às 8h. Chegados novamente a casa e
depois do pequeno-almoço tomado, o grupo
juntou-se, como já era habitual para o último
momento de reflexão. Após os momentos de
reflexão individuais de cada um, já ninguém
necessitava de dizer nada, porque só o olhar
para os outros proporcionava a união
automática para iniciarmos de novo os
“Assuntos de Algibeira”. Hora do almoço a
aproximar-se e com o reverendo Padre Rosas
a vir-nos visitar… à que esmerar na cozinha!
Logo após o almoço, o grupo regressou a São
Pedro da Cova.
De referir que todos os momentos de
reflexão foram feitos com a auxílio da Bíblia
(S. Lucas), assim como de perguntas
orientadoras que facilitavam a meditação de
cada um. Ao longo destes três momentos,
PEREGRINAÇÃO NACIONAL DE
ACÓLITOS
No dia 30 de Abril realizou-se mais uma
Peregrinação Nacional de Acólitos, em Fátima. Este
encontro tem como objectivo juntar os acólitos de
todo o país em Fátima, num dia especialmente
dedicado a eles. Como não poderia faltar, o grupo
de acólitos de S. Pedro da Cova marcou presença
mais uma vez.
Este dia começou na cripta da nossa Igreja
pelas 07:10 onde nos juntámos para dar inicio à
nossa peregrinação. Seguimos para Jovim, onde nos
encontrámos com os restantes acólitos que nos
iriam acompanhar nesta viagem e partimos rumo a
Fátima. Após chegarmos lá, preparámo-nos para a
Eucaristia que ia ser realizada na Igreja da
Santíssima Trindade. Esta foi presidida pelo bispo
de Viana do Castelo (D. Anacleto) e contou com a
presença de milhares de acólitos de todas as
dioceses do país. No final da celebração, realizou-se
o nosso almoço, que foi partilhado entre todos e
cheio de boa disposição.
No período da tarde, aproveitámos para
visitar Fátima. Devido ao mau tempo foi-nos
comunicado que a procissão tinha sido cancelada.
Por volta das 18:00 deixámos Fátima de regresso a
casa, onde chegamos bastante animados e bem
dispostos pelas 20:30. Foi um dia bem passado, ao
qual esperámos repetir para o próximo ano.
Ana Almeida
FIM-DE-SEMANA
DE REFLEXÃO COM OS JOVENS
Malas feitas, comida comprada e emoção ao
rubro, os 10 elementos do grupo de jovens da nossa
paróquia - Se(de)+ - e, o seminarista André Soares
partiram assim, no passado dia 15 de Abril para um
fim – de - semana de reflexão em Valença. Depois
de instalados, jantados e com o pijamita vestido, o
grupo teve o primeiro encontro zero. Este tinha
como principais objectivos, a formação de equipas
de limpeza e cozinha assim como a organização do
horário de todo o fim-de-semana. Posteriormente,
foi hora de “jogarmos” ao “rotular e ser rotulado”,
que consistia em dialogar com seis pessoas
diferentes e com todas elas encontrar semelhanças,
de seguida escrever essa analogia e colocá-la no
pijama do companheiro. Ambiente criado,
4
celebrante diante dos nossos olhos, mostra-nos que
se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em
nós”. É também nesta celebração que é renovado o
convite de Jesus: “Se alguém quiser seguir-Me, tome
a sua cruz e siga-Me”…
Na Sexta-Feira Santa (feriado nacional criado
propositadamente para nos juntarmos pelas três
horas da tarde…) celebrámos a Paixão do Senhor…
Surpreendeu-me a serenidade da celebração… a
doçura dos cânticos… Emocionou-me e arrepiou-me
a entrada solene da Santa Cruz… a beleza daquela
espécie de dança que os acólitos, com as suas vestes
brancas, fizeram em seu redor, segurando-a para
que a adorássemos, beijando-a…
Finalmente a Vigília Pascal… noite bela… a
noite mais bela, mais serena… Diante da porta da
igreja acendeu-se a lindíssima fogueira preparada
pelos nossos escuteiros, símbolo da vida que
desponta… Reuniu-se o povo, em silêncio e, benzido
o fogo, a luz foi passando de mão em mão e
entramos na igreja silenciosa e escura… A beleza e
profundidade das leituras e as vozes melodiosas dos
nossos salmistas e demais cantores encheram a
noite e a nossa alma… E finalmente… o momento
tão esperado: explodiu o Glória e os sinos e os
foguetes cantaram aleluias! Jesus Ressuscitou!
Seguiu-se o ritual da bênção da água baptismal e
todos renovámos o nosso baptismo, professando a
nossa Fé…
Foram momentos muito especiais e repletos
de simbologias que ficam gravados na nossa
memória…
No dia de Páscoa, os elementos da visita
pascal percorreram os caminhos íngremes e
sinuosos da nossa terra, anunciando a toda a gente
que Cristo Vive! Entraram na nossa igreja matriz
cansados, mas felizes, fazendo repicar as
campainhas. E uma alegria intensa transborda … Só
assim é realmente Páscoa!
É verdade que nem tudo foi perfeito… É
verdade que precisamos de nos coordenar melhor e
ter a humildade suficiente para reconhecermos as
nossas falhas para podermos evoluir cada vez mais,
mas o balanço é, na minha opinião, francamente
positivo e muito, muito gratificante.
A Páscoa acontece nos montes, nas flores
brancas e roxas que rebentam da terra,
miraculosamente… A Páscoa renasce, anos após ano,
dos ramos das árvores secas que, aparentemente
mortas, explodem cheias de vigor, de verde e de
vida… Até os cardos agrestes das bordas dos
caminhos florescem e perfumam o ar…Parece que a
própria Natureza se une para cantar “aleluias” a
Jesus Ressuscitado que irrompe em nossas casas,
deixando laivos de esperança em nossos corações…
Viver o Tríduo Pascal é deixar a Páscoa
nascer também dentro de nós e inundar-nos de
esperança e alegria! Saibamos parar e saborear estes
cada um teve a oportunidade de fazer
uma introspecção da sua relação com
Deus.
Deste fim-de-semana cada
elemento do grupo saiu mais forte na sua
fé e mais consciente das suas atitudes
assim como aberto a partilhar as suas
alegrias e experiências. O grupo Se(de)+ é
uma família cada vez mais fortalecida e
como família de Deus que é quer crescer e
multiplicar-se.
A NOSSA PÁSCOA
Este ano, pela primeira vez, vivi de
forma completa e intensa as celebrações
pascais… Para mim, a Festa da Páscoa
sempre teve um encanto especial, uma
força inexplicável, capaz de me transmitir
uma alegria espiritual difícil de expor em
palavras… Uma alegria que sempre foi
capaz de suplantar as muitas agruras que
quase que de forma messiânica foram
acontecendo na minha vida precisamente
por alturas da Páscoa…
Há apenas três anos descobri que
existia “uma missa especial”, dividida em
três momentos e celebrada ao longo de
três dias: Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira
Santa e Sábado de Aleluia. Só este ano
consegui viver os três momentos,
apercebendo-me da beleza do seu todo.
Um todo que se torna ainda mais pleno e
belo quando pensamos que o Santo Tríduo
envolve o trabalho de muitos grupos que
exercem vários ministérios, ao longo do
ano, nos três centros da nossa paróquia e
que, nesta altura tão intensa, unem
esforços para tornar estes dias realmente
especiais: grupos corais, leitores, acólitos,
grupo de jovens, escuteiros, zeladoras,
elementos da visita pascal e muitos
outros…
Começamos com a Ceia do Senhor onde,
após a homilia, tem lugar o lava-pés:
“Para nos dar o exemplo, Jesus levantou-
se da mesa e começou a lavar os pés aos
seus discípulos.” (Jo, 13, 6.7.8.). A beleza
extraordinária deste gesto, repetido pelo
esperança e alegria! Saibamos parar e saborear
estes momentos únicos que inflamam e reavivam
a nossa Fé.
Fernanda Albertina
CRIANÇAS EM ORAÇÃO…
No passado dia doze, deste mês maternal
As crianças participaram numa noite especial.
Toda a igreja se encheu de inocência, luz e cor
As crianças e a comunidade rezaram com todo o fervor.
Levaram amor e flores, para oferecer a Maria
Foi um momento único, de ternura e alegria.
Depois de oferecerem o que tinham para dar,
Não foram para casa com as mãos a abanar.
Levaram uma vela, uma luz para iluminar,
Para que todos os dias continuem a rezar.
Foi uma noite especial, com alguma emoção,
Uma noite a guardar dentro do nosso coração.
Catequista Ana Pontes
ASSEMBLEIA VICARIAL DA
FAMÍLIA
No passado dia 15 realizou-se, na Capela de
s. José, a IX Assembleia Vicarial da Família.
Estiveram presentes representantes dos vários
grupos que fazem parte da Pastoral Familiar,
como as Equipas de Nossa Senhora, que ajudam a
aprofundar o sacramento do Matrimónio, as
Conferências de S. Vicente de Paulo, ligadas à
acção sócio-caritativa, que tão atentas estão às
dificuldades por que as famílias atravessam nesta
altura, e a Equipa Vicarial de Jovens de
Gondomar.
O tema proposto era “A Pessoa e a Família:
O Desafio da Verdade” e o orador convidado, o
Prof. Dr. Jorge Cunha da Universidade Católica do
Porto. Apesar de não se ter alongado na sua
exposição, o Prof. Jorge Cunha conseguiu
apresentar uma quantidade de pontos de vista
sobre a verdade que envolve as famílias que
proporcionaram uma acesa discussão a quem os
quisesse aprofundar.
Finda a sua exposição, foram colocadas
duas questões para serem respondidas pelos
grupos em plenário: “Que aspectos me
parecem mais importantes para a Pastoral
da Família hoje?” e “O que posso fazer,
como família, para melhorar a qualidade da
vida familiar no meu meio?” . No plenário
foram apresentadas propostas muito
interessantes, e a sensação que ficou é que,
mais uma vez, foi desaproveitada uma
oportunidade que as famílias cristãs tinham
de partilhar as suas dificuldades e tentarem
encontrar soluções comuns. Passamos
demasiado tempo a queixarmo-nos da falta
de formação, que a Igreja não está atenta às
pessoas e às suas necessidades e esquecemo-
nos que também nós somos Igreja e ainda
assim preferimos ficar em casa. Vai sendo
tempo de mudarmos alguma coisa. Nas
nossas atitudes.
RAID NOCTURNO
Na madrugada do dia 19 de Março, o
grupo Pioneiro realizou mais uma
actividade. A actividade teve inicio em
Campo, Valongo por volta das 21h30m. No
local foi distribuído a cada equipa uma carta
topográfica da zona e uma bússola. Na carta
estavam marcados vários pontos por onde
teríamos que passar, para chegar ao tão
desejado local onde iríamos acampar. Cada
equipa tirou o azimute do 1º ponto e partiu
rumo a esse, e assim sucessivamente. Nos
vários pontos desenvolvemos técnicas de
sobrevivência. Chegámos ao local por volta
3h30m, sendo este o topo da Serra de Pias.
Montámos acampamento e dormimos, pois
o dia seguinte iria ser cheio de actividades.
A alvorada foi às 7h30, tomámos o pequeno-
almoço e retomámos as actividades do dia
anterior com a construção de um abrigo por
equipa, bem como a realização de diferentes
tipos de fogueiras onde cozinhámos o nosso
almoço. Após o almoço desmontámos o
campo e partimos rumo à nossa sede.
Demos por terminada a nossa actividade
com a Eucaristia.
IV FESTIVAL DA
FRANCESINHA
No dia 9 de Abril realizou-se o Festival da
Francesinha, organizado pelo agrupamento
892. O local escolhido para o evento foi a
Cripta da Igreja Matriz. Como objectivo
desta actividade tínhamos a angariação de
fundos
fundos para a construção da nossa nova
sede. A ementa ia desde Francesinha; Prego
em Prato; Bifanas e salsichas com arroz
para os mais pequenos e bebidas de todos
os tipos e para todos os gostos. O evento
teve bastante adesão por parte do público, o
que nos deixou bastante satisfeitos. Durante
o festival tivemos também a actuação de
uma banda de garagem e o sorteio de uma
camisola. Esperámos que na próxima vez a
adesão seja ainda maior!
ESPAÇO CATEQUESE Ideias Partilhadas, Positivas e
Pertinentes
Colabora! Envia as tuas
ideias, as tuas opiniões e
sugestões sobre Catequese
para
FESTA DA VIDA
No passado dia 15 de Maio,
celebraram a Festa da Vida 12 adolescentes
do 8º ano de Catequese de toda a Paróquia.
A Festa foi inserida na Eucaristia Dominical
das 11h, na Igreja Matriz.
Nesta Celebração,
festejamos com estes adolescentes o Grande
Amor de Deus por nós, ao nos entregar
Jesus, Fonte de Vida. Cada adolescente,
depois da bênção das Cruzes, foi convidado
a dizer, perante toda a comunidade, quem é
para si Jesus, o Crucificado, e levou para
casa uma Cruz. Pretende-se que, ao
olharem-Na, se recordem sempre do Amor
de Jesus por cada um de nós e pela Igreja, e
que se lembrem também que cada um deve
tomar a sua Cruz e seguir Cristo fiel e
generosamente.
Foi belo observar nestes
adolescentes a vontade de segurar na mão
de Deus e ir, como escutamos no cântico
que entoaram, e esperamos que esta seja
sempre a sua atitude ao longo das suas
vidas.
Catequista Raquel
PASSEIO-CONVÍVIO DE
CATEQUISTAS
Vamos aproveitar o melhor possível o dia 10
de Junho. Este ano, organizamos com
tempo, avisamos com antecedência e vamos
passear um
tempo, avisamos com antecedência e vamos
passear um pouco, que é como quem diz, vamo-
nos encontrar de modo diferente do habitual. O
Secretariado da Catequese optou por um Passeio
Mistério de modo que os Catequistas não sabem
para onde vão mas, sabem que vão estar uns com
os outros, conhecer-se melhor, conversar sobre
mais um ano que termina, almoçar em comum,
enriquecer-se com alguma cultura… Vai ser um
dia em cheio: saímos da Igreja Matriz às 8.30 h. e
chegaremos às 19.00 H. Não podem faltar.
SIM, CREIO!
A Festa do Credo vai realizar-se
amanhã, dia 29 de Maio, pelas 11h, na nossa
Igreja Matriz. Um momento muito especial para
estes pré-adolescentes que terminam agora a
Catequese da Infância. Por isso, trarão a sua vela
baptismal e, perante a família cristã, irão
reacendê-la e dizer alto e em bom som: “SIM,
CREIO!”.
O centro desta festa, também denominada
por Profissão de Fé, é a oração do Credo.
“Profissão” no sentido de “professar”, ou seja,
reconhecer publicamente a condição de cristão,
seguir, abraçar a Fé. “Credo” significa “Creio”, ou
seja, “Acredito” e, tal como o nosso Pe. Rosas fez
notar, algures num dos muitos encontros que com
ele vamos tendo ao longo do ano pastoral, trata-se
de uma oração difícil de rezar individualmente,
mas que flui facilmente das nossas bocas e dos
nossos corações quando rezada em grande grupo.
De facto, é uma fórmula para ser dita com firmeza
e em voz alta, perante a comunidade, pois resume
as bases em que assenta a nossa Fé. Assim, os
meninos e meninas do 6º ano, irão rezá-la
perante todos, cheios de força e alegria!
Este ano não são muitos, mas, acreditamos
que, tal como reza o ditado, “são poucos, mas
bons!” e irão certamente continuar a crescer com
a ajuda dos Pais e dos Catequistas na Catequese
da Adolescência!
Parabéns a todos!
FILHOS DE DEUS
No mês de Abril entraram para a Igreja pelo
Baptismo:
Gabriela Ferreira Martins
Rafaela Pinto Tavares
Ana Carolina Santos Oliveira
Margarida João Pereira Almeida
Margarida Rua Teixeira
NAS MÃOS DE DEUS
No mês de Fevereiro faleceram:
Teresa Ribeiro das Neves – 85 anos
Joana Vanessa Cardoso – 22 anos
Teresa Prazeres Leitão – 72 anos
Maria José Oliveira da Fonseca – 74 anos
Rosa de Oliveira Ribeiro – 98 anos
Nuno António da Silva Freire – 35 anos
Jaime de Sousa Carvalho – 61 anos Maria Teresa Sequeira – 83 anos
No mês de Abril faleceram:
Maria Damiana Ferreira Aguiar Cardoso – 88 anos
Ermelinda André da Silva – 78 anos
Alice Moreira de Azevedo Moura – 84 anos
Orlando Magalhães – 59 anos
Manuel Ribeiro Alves – 76 anos
Maria Natália veiga de Oliveira Ferreira – 64 anos
António de Sousa Dias – 89 anos
Francisco Lopes da Cruz Monteiro – 52 anos
José Fernando Sousa Vilas Boas Pereira – 50 anos
Eduardo Giesta Pereira – 59 anos
Maria Odete Santos Ferreira Ribeiro – 39 anos
António Pereira Tavares – 82 anos
FILHOS DE DEUS
No mês de Fevereiro entraram para a Igreja
pelo Baptismo:
Miguel Martinho Seabra Martins Lima
Henrique Maria Baptista Rodrigues
Diego Filipe Santos Pascoal
Maria Adriana Ferreira de Almeida
Neuza Alexandra Sampaio Moreira
VIAGEM AOS PAÍSES BÁLTICOS
Quem quiser passear com a Paróquia até aos
Países Bálticos: Letónia, a Estónia e a Lituânia,
Deve inscrever-se rapidamente porque o prazo está a acabar. O preço é uma surpresa para um turismo de 1ª classe. Venham connosco que o FMI ainda autoriza…
ENCERRAMENTO DO MÊS
DE MARIA
“A 13 de Maio Na Cova da Iria Apareceu brilhando A Virgem Maria…”
Não há amor como o de uma Mãe
pelos seus filhos, é algo único, indescritível
e inexplicável que só é experimentado por
quem tem a felicidade dessa vivência. Por
outro lado, a dedicação de um filho a sua
mãe começa desde muito cedo, e vai
aumentando, adensando ao logo da vida. Só
este sentimento tão único e mágico pode
explicar o que vivemos no ano passado, no
dia 31 de Maio de 2010, quando saíram
várias procissões, com vários andores, de
diferentes lugares da nossa freguesia em
direcção à nossa Igreja Matriz. Para quem
participou e para quem assistiu, foi um
momento lindo, de união da paróquia mas
também de Fé e Devoção a Nossa Senhora.
Esperemos que este ano não seja diferente.
Mais do que isso, façamos para que este ano
seja muito melhor, quer ao nível da
comunidade cristã de S. Pedro da Cova,
quer ao nível individual. Que este não seja
apenas um passeio com uma “vela na mão”.
Como em todas as procissões, quem nelas
participa deve assistir em silêncio, deve
seguir em oração e meditação, entoando
cânticos de louvor. Quem, por outro lado
não quer participar, não as deve incomodar
ou perturbar de forma alguma. O respeito e
a ordem dependem de todos sem excepção.
Como no ano passado, faremos o
encerramento do Mês de Maria a 31 de
Maio. As procissões sairão dos seguintes
lugares com os seguintes horários:
Beloi -Igreja de Nossa Senhora das Mercês
às 21.00 H
Bairro da Gandra – Junto ao Nicho de
Nossa Senhora às 21.15 H
Passal – Largo do Passal às 21.30 H
Bela Vista – Igreja da Senhora de Fátima
às 21.30 H
Tardariz – Junto ao Nicho da Senhora dos
Caminhos às 21.30 H
Tudo isto para ajudar as nossas obras que, não
podemos esquecer, têm de ser pagas e só agora
começa o mais difícil. Vá lá, ajudem-nos…
CONCERTO CORAL SINFÓNICO
Há muita gente que reconhece a
necessidade das obras paroquiais e que quer
ajudar. E tem de ser assim porque não temos
subsídios de ninguém, só podemos contar mesmo
com a generosidade dos sãopedresses… E tem
sido muita, obrigado.
Também o Orfeão do Estrelas de
Silveirinhos está a organizar um Concerto Coral
Sinfónico para o dia 11 de Junho, pelas 21.30 H.
na cripta da Igreja Matriz. Terá a participação do
Coralistas do Orfeão, da Orquestra Ligeira de São
Pedro da Cova e a participação do Coral da
Universidade Sénior de Valongo. Portanto, uma
noite de muita e de boa música. O preço do
bilhete é o de sempre: 5,00 €. Compre já o seu e
ajude-nos mais um pouco. Obrigado.
UMA BÍBLIA EM CADA CASA
Com a Festa da Palavra que celebra o 4º
ano da nossa Catequese, mais uma vez somos
convidados todos a colocar a Palavra de Deus no
centro da vida cristã: ela é verdadeiro alimento
para a nossa oração, para orientar os nossos
passos, para brilhar no serviço aos outros… Não
podemos viver sem ela.
Portanto, se tem uma Bíblia cheia de pó,
habitue-se a abri-la cada dia, ou cada semana… Senão
tem, é tempo de comprar uma (não é assim tão cara…)
e ponha-a em lugar acessível para que se lembre que
aberta, lida e metida no coração irradia uma Luz como
mais nenhuma outra palavra, porque é Palavra de
Deus.
Bairro Mineiro – Capelinha de São José
às 21.30 H
E outros locais que se organizarem com
tempo e avisarem o Pároco.
A chegada à Igreja Matriz está
prevista para as 22.30 H onde se fará uma
pequena meditação sobre uma leitura do
Evangelho. A nossa meditação terminará
com a Bênção Mariana Solene.
Façamos desta Festa um grande
Louvor a Jesus Ressuscitado, por
intercessão de Maria, Sua Mãe!
Vítor Almeida
CATEQUESE DA
ADOLESCÊNCIA
No dia 11 de Junho toda a Catequese
da Adolescência vai encontrar-se:
Catequistas, Adolescentes e Pároco para
fazermos um balanço deste ano, tentar
melhorar para o ano, além de convívio,
diversão e pic-nic Assim, temos encontro
marcado para a Igreja da Senhora das
Mercês às 10.00 horas para nos
encaminharmos para o local do encontro.
Pede-se que todos levem boa-disposição e
vontade de crescer, além do farnel…
FESTA DO BOM PASTOR
Já há muito tempo que não fazíamos
uma festa todos juntos… Na Igreja de Nossa Senhora das Mercês juntaram-se vontades e forças e estão a organizar uma Festa do Bom Pastor. É fruto de muito trabalho e dedicação de todos, especialmente do Coro que está a fazer encenações, músicas e composições com algumas passagens do Evangelho que são significativas para “a relação do Bom Pastor nas nossas vidas”. Será no dia 4 de Junho no salão da Senhora das Mercês a partir das 21.00 H. O preço do bilhete é o do costume: 5,00 €
Mais ainda, a partir das 19.00 H. estão a servir os petiscos do costume, com a maior qualidade das cozinheiras locais. Portanto, o programa para dia 4 é simples e bom: jantar e, depois, espectáculo.
SANGUE-RELÍQUIA
Uma meditação possível sobre a
santidade do Beato João Paulo II
Pe. José Nuno, capelão do Hospital de S. João
Quem, no Domingo da Pascoela, o Domingo da Divina Misericórdia, esteve na Praça de São Pedro, experimentou a vibração íntima dos momentos únicos, particularmente durante o rito da beatificação do Papa João Paulo II, logo no início da celebração. Este rito incluiu a apresentação e veneração de uma relíquia. Cresceu a emoção e a aclamação da assembleia reunida quando os muitos grandes ecrãs permitiram ver a Ir. Marie Simon Pierre, cuja cura da doença de Parkinson constituiu o milagre necessário à beatificação, acompanhada pela Ir. Tobiana, que acompanhou sempre o Papa vindo de longe, avançando em direcção a Bento XVI, levando o relicário com sangue do novo Beato. O Papa olhou e beijou a relíquia.
Que relíquia! Não poderia ser encontrada melhor memória de João Paulo II, para expor à veneração dos crentes, que o seu sangue: sangue-relíquia. Ele foi o Papa que o mundo pôde ver ensanguentado por amor do mundo, num momento crucial, quase no início do seu longuíssimo pontificado, a 13 de Maio de 1981, quando, em plena Praça de São Pedro, sofreu o atentado que veio a definir o sentido do seu percurso, vinculando-o a Fátima e à sua Mensagem, nomeadamente à terceira parte do Segredo que, por sua iniciativa, foi divulgado no ano 2000, oferecendo a imagem de um bispo de branco, caindo sob o fogo de armas.
Um Papa em sangue. João Paulo II ofereceu, aos olhos dos homens deste tempo, algo já esquecido nas lonjuras da Igreja nascente: o sangue de um sucessor de Pedro. Escolher o seu sangue como relíquia é trazer para o século XXI a lembrança do sinal de contradição que o acontecimento do atentado constituiu nos fins do século XX. A sua vida como Papa, sabemo-lo, obedeceu a esse desígnio: introduzir a Igreja no terceiro milénio. O seu sangue, de ora em diante exposto à compreensão ou à incompreensão dos homens, crentes ou não, reveste-se de grande significado, convoca, para o milénio que começa, a trama global em que viveu o seu múnus pontifício. Discípulo de Cristo e seu Vigário, do chamado a concretizar nestes tempos a missão do primeiro dos apóstolos, nada de mais significativo poderia ser oferecido aos tempos, como sinal e interpelação, que o seu próprio sangue. Este permanecerá perenemente como lugar de enraizamento de um milénio que se escreve diferente desde o princípio, porque João Paulo II, Papa entre dois tempos, não temeu derramá-lo.
Vale a pena determo-nos sobre a origem desta relíquia. Pouco tempo antes da sua morte, no contexto do tratamento que recebeu, foi recolhido algum do seu sangue, para eventual
transfusão futura. Não tendo esta sido necessária, o sangue foi conservado em quatro pequenas ampolas. Duas destas foram levadas para a Polónia pelo seu secretário pessoal, Stanislaw Dziwisz, hoje Cardeal Arcebispo de Cracóvia. Outras duas foram conservadas pela comunidade das irmãs do hospital Bambino Gesù, cujos serviços haviam feito a colheita, acrescentando ao sangue uma substância anti-coagulante, o que explica o facto de este se conservar em estado líquido. A Santa Sé tem tido grande cuidado em fornecer este esclarecimento, para evitar possíveis interpretações sobrenaturais deste facto, que desviariam do verdadeiro sentido da relíquia. A ampola exposta é uma destas duas conservadas pelas religiosas do hospital pediátrico romano. Vale ainda mais a pena determo-nos sobre leituras possíveis do sangue-relíquia de João Paulo II. Ele pede para ser trazido à luz pelas palavras, dadas as muitas evocações que sugere. Algumas me ocorrem e partilho.
João Paulo II, todos o conhecemos, todos convivemos com ele, todos o sentimos, apesar da distância do pontificado, próximo, um de nós, visitante incansável dos nossos lugares. A sua santidade, o seu modo de ser santo apresenta-se-nos na concretude de um contemporâneo, de um homem a quem conhecemos feitos e defeitos, qualidades e limites. Gostámos de algumas coisas, de outras discordámos, algumas não compreendemos, quantas não saberemos…
A sua santidade é próxima, real, nada tem de etéreo ou angelismo. É de carne e de osso, de olhares e sorrisos, palavras serenas e palavras duras, palavras de compreensão e palavras de censura, palavras de compaixão e palavras de beleza… e gestos, muito gestos, muitos gestos e actos de sentido profético inesgotável. Místico, não fugiu ao mundo nem se voltou sobre si em misticismo desencarnado. Actuante, não caiu em activismo. Viajante, imobilizava-se em longos silêncios orantes. Atlético e saudável, soube envelhecer sem se esconder nem
permitir que o escondessem,
como hoje tanto acontece. Confiado aos cuidados médicos e neles confiante, recusou o encarniçamento terapêutico e acolheu a morte na sua hora. A sua santidade foi uma santidade corpórea, tangível, situada no tempo e no espaço, tecida das múltiplas relações que estabeleceu, mas profundamente enraizada na experiência quotidiana da Páscoa de Cristo, acontecimento culminante da divina Misericórdia. O sangue diz a santidade totalmente humana que corria nas artérias e veias do corpo que foi e que nós vimos e ouvimos, tocámos e sentimos. Só o sangue poderia expressar esta totalidade, porque só o sangue não é dizível como uma parte do corpo que a pessoa é. O sangue chega a todo o corpo. Chegou a todo o corpo que João Paulo II foi, naturalmente bombeado por um coração incansável, levando e trazendo, cumprindo a troca que possibilita a vida; só o sangue, elemento corpóreo culturalmente símbolo de martírio e doação, poderia expressar a radicalidade que em cada um dos seus compromissos foi visível. Nada como o sangue seria relíquia adequada do Beato João Paulo II. Sangue-relíquia. É belo, também, lembrar que o sangue deste Papa, sendo sangue derramado, é sangue recebido. Sangue recebido de anónimos homens e mulheres que, na dádiva do seu próprio sangue, dão vida, como deram vida a João Paulo II, nas muitas circunstâncias da sua existência em que precisou do sangue de outros para continuar vivo, nomeadamente na sequência do atentado. Quem seriam? Quem terá, sem o saber, dado do seu sangue ao Papa? Toda a tradição bíblica do sangue como princípio de vida e, em Jesus, princípio de vida nova, oferece um horizonte de compreensão para visitarmos a relíquia do sangue do Papa de todas as gentes, que todo o mundo visitou. O sangue do Papa das gentes resulta da mistura dos sangues de pessoas várias, em momentos críticos vários da sua existência. Sangue derramado que é sangue recebido, que é sangue dado. A relíquia surge, assim, liberta de toda e qualquer enviesamento de interpretação pietista ou marcada pela superstição, como uma narrativa de amor, expressão do elevado patamar de comunhão, tão global quanto interpessoal, que este Pastor universal atingiu. É sangue-relíquia líquida na transparência do seu sentido.
O sangue-relíquia de João Paulo II
oferece-se, ainda, a uma outra reflexão que
é oportuno fazer. Este sangue foi colhido
por razões clínicas e clinicamente
conservado para a eventualidade de ser
medicamente necessário. O pontificado do Papa que se atreveu, contra o espírito do tempo, a não esconder o envelhecimento e a doença, estendeu-se ao longo de um largo período que conheceu a radicalização de um dos fenómenos mais determinantes, para o melhor e para o pior, da cultura contemporânea: a medicalização da existência, aliás da própria condição humana.
O sangue do Papa que escreveu a Encíclica Evangelium Vitae assume-se, neste contexto, uma relíquia moderna, obtida pelo recurso à ciência e às tecnologias médicas, de algum modo resgatando a veneração das relíquias, ligada ao culto dos santos, dos resquícios de crendice e de irrazoabilidade que muitas vezes anda associada a esta devoção. É de sangue que se trata, não fragmento de osso ou de veste ou objecto. É sangue e o sangue é o que é, é biografia da própria pessoa, líquida epifania do seu ser, estado de alma que se exprime na cor do rosto, estado físico que se avalia nos valores analíticos que mostra, vida que se esvai quando em hemorragia imparável, vida que se dá no acto simples da dádiva. Tinha que ser sangue, a relíquia de João Paulo II, e sangue colhido clinicamente, para deste modo se inscrever, como rasgo de transcendência, no íntimo do movimento imparável da medicalização que define esse traço característico dos passos presentes da história dos homens.
A este propósito, justifica-se recordar que João Paulo II foi o Papa que instituiu a Pastoral da Saúde como campo específico e organizado da missão eclesial. Por estes dias, muito tem sido recordado da acção e magistério deste gigante da história da Igreja na transição de milénio. Não tem, contudo, sido realçado o seu compromisso com a causa do mundo da doença e da saúde, do sofrimento e da morte; o seu empenhamento com os doentes e os sofredores, os cientistas e os cuidadores, profissionais e voluntários. (…) As suas Mensagens para o Dia Mundial do Doente, em conjunto com a imensidão de outros documentos, como homilias, discursos e intervenções em múltiplos momentos, desde congressos científicos a celebrações com doentes em hospitais, audiências várias a profissionais do
mundo da saúde e outros constituem um corpus doutrinal ímpar, indispensável a quem quer que pretenda aprofundar a reflexão sobre a antropologia, a ética, a teologia ou a espiritualidade neste domínio.
As datas marianas, 13 de Maio e 11 de Fevereiro, marcam este percurso. O percurso de um Papa de arreigada devoção à Mãe de Deus; um Papa a quem a própria história pessoal consentiu descobrir, na maternidade de Maria ao pé da Cruz, a figura da Igreja, rosto da misericórdia e ícone da compaixão, pela participação na Paixão do Filho, nas paixões de todos os filhos; uma Igreja a aprender-se a si mesma neste lugar materno e compassivo que é a figura de Mãe acompanhando o derramar do sangue de Jesus. O acontecimento do sangue derramado de João Paulo II, em 13 de Maio de 1981, assinala um caminho pessoal, que se tornou eclesial, de valorização dos que sofrem na Igreja e no mundo, como se a experiência pessoal do sofrimento permitisse, de um modo mais real, descobrir o verdadeiro valor dos sofredores e o sentido que resgata o sofrimento inevitável das sombras do absurdo.
O sangue-relíquia do Papa que, já sem voz, teimava comunicar e comunicava, nunca permitirá à Igreja esquecer ou ignorar este facto, que a vida e a morte de João Paulo II deixam como herança inalienável. Pode a comunidade eclesial ocupar-se em mil e uma tarefas e pastorais específicas muito importantes, muito de ponta, mas enquanto não descobrir a centralidade desta, evangelicamente aprendida do seu Senhor, corre o risco de se desviar do núcleo do Evangelho. O sangue-relíquia do convocador da Nova Evangelização, porque remete para o Sangue derramado na Cruz, exige-nos reconhecer, procurar e integrar os que completam em si mesmos a Paixão de Cristo, no dizer do Apóstolo dos gentios, como João Paulo II intimamente viveu e, por ter vivido, compreendeu. Experimentando-o escrito com o próprio sangue, compreendeu este mistério com aquela lucidez imperativa das experiências que fazem a pessoa. E propô-lo à Igreja, que nesta dimensão pastoral encontra hoje uma das principais linhas de fronteira a transpor, a fim de corresponder à convocação para a tarefa sempre inconclusa da Nova Evangelização, que não lhe permite furtar-se ao encontro com o Homo dolens, o homem confrontado com os mistérios confins do sofrimento e do mal, da morte e da culpa. Também para esta responsabilidade histórica nos remete o sangue-relíquia do Beato João
Paulo II que a Igreja propõe à nossa veneração,
falácia, se não encontrar consequência em opções
concretizadas.
Página Web da Paróquia:
www.paroquiasaopedrodacova.org
CELEBRAÇÃO DA
EUCARISTIA
Ferial (2ª a 6ª feira): 19.00 H na Igreja Paroquial
Dominical Sábado:
19.00 H. na Igreja Paroquial
Domingo: 8.00 H. na Igreja Paroquial
9.00 H. na Igreja da Senhora de Fátima 10.00 H. na Igreja da Senhora das Mercês
11.00 H. na Igreja Paroquial
HORÁRIO DA SECRETARIA
PAROQUIAL
A Secretaria Paroquial está instalada junto da entrada lateral da Igreja do lado do Cemitério e funciona de 2ª a Sábados das 15.00 Horas às 19.00 Horas
O atendimento normal do Pároco é de 3ª a 6ª feira das 16.30 Horas às 18.30 Horas. Se houver necessidade de atender noutro horário, pode-se combinar com o Pároco qualquer outra hora mais conveniente.
EQUIPA EDITORIAL
Clã – Agrupamento Escuteiros Fernanda Albertina Costa Correia Fernando José Teixeira Oliveira Fernando Silvestre Rosas Magalhães João Vasco Castro Rodrigues José Armando Coimbra de Pinho José Cristóvão Fernandes Nogueira Vitor Damião França Almeida
Arranjo Gráfico: Rui Pombares (www.token.pt)
CONTACTOS
Igreja Paroquial de São Pedro da Cova
Rua da Igreja 4510-283 SÃO PEDRO DA COVA
Tel.: 938 539 139
e-mail da Paróquia: [email protected]
e-mail do Pároco:
e-mail do Boletim Paroquial: [email protected]
Em reflexão “Santa Mãe do Redentor,
Porta do céu, Estrela do mar, socorrei o Vosso povo que anela por erguer-se!”. Uma vez mais nos dirigimos a Vós, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, ajoelhados a Vossos pés aqui na Cova da Iria, para Vos agradecer por tudo quanto fizestes nestes anos difíceis pela Igreja, por cada um de nós e pela humanidade inteira. Quantas vezes Vos invocámos! E hoje aqui estamos a agradecer-Vos, porque sempre nos escutastes. Vós mostrastes ser Mãe: Mãe da Igreja, missionária pelos caminhos da terra preparando-se para o Terceiro Milénio cristão; Mãe dos homens pela constante protecção que nos livrou de tragédias e destruições irreparáveis e favoreceu o progresso e as conquistas sociais dos nossos dias.
Mãe das Nações, pelas mudanças inesperadas que restituíram a confiança a povos longamente oprimidos e humilhados; Mãe da vida, pelos múltiplos sinais com que nos acompanhastes defendendo-nos do mal e do poder da morte; Minha terna Mãe de sempre, mas de modo particular naquele 13 de Maio de 1981 em que senti junto a mim a Vossa presença salvadora; Mãe de todo o homem, que luta pela vida que não morre. Mãe da humanidade resgatada pelo Sangue de Cristo. Mãe do amor perfeito, da esperança e da paz, Santa Mãe do Redentor.
Em unidade colegial com os Pastores, em comunhão com todo o Povo de Deus, espalhado pelos quatro cantos da terra, também hoje Vos renovo a consagração filial do género humano. A Vós, com confiança, todos nos consagramos. Convosco queremos seguir Cristo, Redentor do homem: que o cansaço não nos abata, nem a fadiga nos desalente, as dificuldades não extingam a coragem nem a tristeza, a alegria no coração. Vós, ó Maria, Mãe do Redentor, continuai a mostrar que sois Mãe para todos, velai sobre o nosso caminho, fazei com que vejamos, cheios de alegria, o Vosso Filho no Céu. Amém!
João Paulo II Santuário de Nossa Senhora de Fátima 13 de Maio de 1991