67
Carla Isabel Rocha Prova Aptidão Artística

Final Prova Artistica

Embed Size (px)

DESCRIPTION

çlwoe CKJER KEW QVLKEW-

Citation preview

Page 1: Final Prova Artistica

Carla Isabel Rocha

Prova AptidãoArtística

Page 2: Final Prova Artistica
Page 3: Final Prova Artistica

Carla Isabel Rocha

Prova AptidãoArtística

Page 4: Final Prova Artistica

Índice

Page 5: Final Prova Artistica

5

IntroduçãoPesquisaSinopsePersonagensAnáliseEspaçoConceitoConcepçãoCotagemMateriaisProductoConclusão

070911131517192145535767

Page 6: Final Prova Artistica

Introdução

Page 7: Final Prova Artistica

7

Para a Prova de Aptidão Artística decidi conceber uma cenografia para um espetáculo teatral, tendo por base o texto As Lições de Eugene Ionesco. Para a criação deste optei pelo teatro Carlos Alberto como espaço de receção a este projeto.

Este dossier está dividido em duas partes - primeiramente a pesquisa e análise e de seguida o projeto criativo - nas quais irão constar uma breve pesquisa sobre o autor, análise dramatúrgica, caracterização das personagens, análise da evolução dos espaços técnicos, desenvolvimento da ideia, pesquisa de elementos formais, esboços e estudos de cor, representação rigorosa do projeto, materiais e, por fim, a maqueta do produto final.

Page 8: Final Prova Artistica

Pesquisa

Page 9: Final Prova Artistica

EUGENE IONESCOEugene Ionesco nasceu na Roménia a 26 de Novembro de 1909.Foi um dos maiores patafísicos e dramaturgos tendo sido considerado um dos pais do teatro do absurdo.Foi admitido na academie francese e escreveu obras como: A Lição, As cadeiras e O novo inquilino.Faleceu em Paris com 81anos.

TEATRO DO ABSURDOO Teatro Absurdo nasceu do surrealismo. Explora os sentimentos humanos fazendo críticas à sociedade sendo uma forma de teatro moderna.Os textos procuram expor incoerência e ignorância aprofundado pela discussão psicológica culminando sempre na desgraça total.

9

Page 10: Final Prova Artistica

Sinopse

Page 11: Final Prova Artistica

Um professor conhecido da cidade, especializado em aulas particulares de aritmética, filologia, filosofia, línguas, medicina, etc, acompanha alunos interessados em apresentarem-se ao concurso de doutorado total ou parcial.

Nesse ambiente entra uma nova aluna, interessada nos conhecimentos do professor. O que acompanhamos após a sua chegada são as diferentes relações de poder entre as personagens, destacando a governanta- uma figura aparentemente omnisciente. Através de diálogos aparentemente absurdos, o problema universal da falha de comunicação e a procura incessante pela informação são expostos de forma extremamente cômica, algumas vezes, mas também dramática, quando não trágica por estas três personagens.

A Lição, de Eugene Ionesco, procura, através do absurdo, esmiuçar parte da verdade das afinidades humanas e a busca infinita pelo conhecedor e pelo conhecimento.

11

Page 12: Final Prova Artistica

Personagens

Page 13: Final Prova Artistica

Aluna: Inicialmente muito bem comportada, cheia de vivacidade, ao longo da peça a sua dinâmica vai diminuir progressivamente e no fim já não passa de um objecto inerte e débil nas mãos do professor

Governanta: Inicialmente tem uma postura normal distanciando-se da acção, ao longo da peça vai intervindo dando indícios do desfecho e no fim, apesar da gravidade da acção, age calmamente contrariando as expectativas

Professor: Inicialmente aparenta ser uma pessoa correta e de boas maneiras, ao longo da peça tende a ficar mais nervoso e agressivo e no fim acaba por dominar completamente a aluna

13

Page 14: Final Prova Artistica

Análise

Page 15: Final Prova Artistica

15

Análise dramaturgica face à cenografia:

Page 16: Final Prova Artistica

Espaço

Page 17: Final Prova Artistica

17

Podemos verificar que a peça As lições de Eugene Ionesco está dividida, cenograficamente, em três momentos distintos:

Inicia-se com cena vazia onde só se ouve as personagens nos bastidores. De seguida, denota-se a presença de ambas as personagens num ambiente acolhedor de uma sala.

Por fim, como se fosse um ciclo, a cena finaliza-se como se inicia - vazia

Page 18: Final Prova Artistica

Conceito

Page 19: Final Prova Artistica

19

Para a criação do cenário comecei por perceber quais os objectivos a transmitir ao público-alvo: hierarquização das personagens e os dois momentos distintos da peça – inicialmente tudo parece muito normal, real mas no decorrer da acção este torna-se completamente absurdo.

Hierarquização das personagens – no topo a governanta, de seguida o professor e por fim a aluna.

Page 20: Final Prova Artistica

Concepção

Page 21: Final Prova Artistica

21

Page 22: Final Prova Artistica

PRIMEIRA IDEIA

Tendo por base o conceito da hierarquização criei uma ’’caixa’’ com motor rotativo que seria o espaço da governanta e estaria mais elevado ao local a onde se desenrolaria toda a acção mostrando o seu grau superior aos restantes personagens.

Mas esta primeira ideia só continha a autoridade da governanta e, de todo, respeitava o meu conceito total.

Page 23: Final Prova Artistica

Img.1 - Esboço (ideia 1)

Page 24: Final Prova Artistica

Img.2 - Vista de frente (ideia 1)

Page 25: Final Prova Artistica

Img.3 - Vista de cima (ideia 1)

Page 26: Final Prova Artistica

SEGUNDA IDEIA

Comecei a pensar no que realmente queria passar ao público e várias coisas me surgiram prontamente: hierarquização (governanta- professor - aluna) e criar uma espécie de divisão de um mundo real, onde tudo é agradável e harmonioso, com o mundo ilusório ou, até mesmo, absurdo.

Foi, então que criei um balcão arredondado com uma cadeira que circulava em torno deste. O objetivo era mostrar que a aluna estava dependente do professor e a governanta era a personagem mais livre pois não tinha um local fixo.

Assim, cumpria com o conceito da hierarquização mas, de novo, faltava a distinção dos dois ambientes. Como tal, decidi inseri o balcão (fora do normal) num meio agradável e cómodo.

Após ver e rever achei que não resultava muito bem este ambiente, era demasiado incompreensível, não dava a entender o que realmente queria.

Page 27: Final Prova Artistica

Img.4 - Esboço (ideia 2)

Page 28: Final Prova Artistica

Img.5 - Vista de frente (ideia 2)

Page 29: Final Prova Artistica

Img.6 - Vista de cima (ideia 2)

Page 30: Final Prova Artistica

TERCEIRA IDEIA

Para tentar resolver o problema anteriormente referido tento diferenciar por completo os espaços, criando três ambientes distintos: o exterior e interior da casa e a sala.

Porque estes espaços? Primeiramente o exterior da casa pois, a narração inicia-se com o toque da campainha o que fez com que criasse este espaço, de seguida o interior da casa pois gostaria, tal como eu quando li a peça, levar o público a confiar nas personagens com um ambiente completamente ’’normal’’, cómodo. E, por fim, a sala – local onde se desenrola toda a ação, e com este espaço tencionava surpreender o público, leva-lo de um ambiente harmonioso para outro completamente absurdo.

Assim, os dois primeiros espaços, tem por objetivo ser realistas mas, já o terceiro tende em ser completamente absurdo onde insiro o balcão anteriormente abordado.

Mas, deparo-me, mais uma vez, que há um ambiente que não resulta bem – o exterior da casa- pois, para este sair de cena teria de subir para a teia devido à ausência de bastidor. Com isto ver-se-ia a fachada da casa ’’voar’’, tirando todo o sentido de local realista e normal.

Page 31: Final Prova Artistica

Img.7 - Esboço (ideia 3)

Page 32: Final Prova Artistica

Img.8 - Vista de lado (ideia 3)

Page 33: Final Prova Artistica

Img.9 - Vista de cima (ideia 3)

Page 34: Final Prova Artistica

Img.10 - Esboço 2 (ideia 3)

Page 35: Final Prova Artistica

Img.11 - Vista de frente (ideia 3)

Page 36: Final Prova Artistica

Img.12 - Esboço 3 (ideia 3)

Page 37: Final Prova Artistica

Img.13 - Vista de frente (ideia 3)

Page 38: Final Prova Artistica

QUARTA IDEIA

Mais uma vez, tenciono mostrar ao público a mesma visão que tive da peça ao lê-la e ao analisa-la. Tudo começa numa casa completamente normal, harmoniosa, agradável mas no decorrer da acção esta torna-se saturante, cansativa e acima de tudo imprevisível.

Tento transmiti-lo através dos dois espaços – interior da casa (o seu lado mais agradável) e a sala (o ambiente mais absurdo).

Assim, definido, começo a pensar nos objectos cénicos.Volto a reler a peça e a ter em atenção a análise dramatúrgica

salientando para o meu trabalho algumas didascálias:’’…lançando um olhar à sala, aos móveis e também ao teto…’’ –

móveis na sala; ’’…levantando-se…’’ – cadeira/sofá; ’’…dirige-se para o guarda-loiça…’’ – guarda-loiça; ’’…sentam-se frente um do outro, à mesa, de perfil para a sala…’’ –

uma mesa com duas cadeiras.

Page 39: Final Prova Artistica

Img.14 - esboço 1 (ideia final)

Img.15 - esboço 2 (ideia final)

Page 40: Final Prova Artistica

Img.16 - primeiro ambiente (ideia final)

Page 41: Final Prova Artistica

Img.17- segundo ambiente (ideia final)

Page 42: Final Prova Artistica

Cotagem

Page 43: Final Prova Artistica

45

Page 44: Final Prova Artistica

Img.18 - vista de cima - balcão

18 cm

8 cm

4 cm

4 cm

0 ,3cm9 cm

Page 45: Final Prova Artistica

Img.19 - vista de frente - balcão

8cm5cm

5cm

18cm

5m

0 ,3cm0 ,3cm 0 ,9cm

Page 46: Final Prova Artistica

10 cm

4 cm5 cm

5 cm

1cm0,2 cm

1,7 cm1,7 cm 1,7 cm 1,7 cm 1,7 cm

Img.20 - vista de frente - móvel

Page 47: Final Prova Artistica

10 cm

0,2 cm

2 cm

Img.21 - vista de cima -móvel

Page 48: Final Prova Artistica

5 cm

2 ,5cm0,05 cm

0,05 cm2,5cm

1 cm

Img.21 - vista de frente (cadeira)

Page 49: Final Prova Artistica

Img.22 - vista de cima - cadeira

0,5 cm

3 cm2 cm

Page 50: Final Prova Artistica

Img.23 - vista de cima (cadeira do balcão)

3 cm

4 cm6 cm

0,3 cm

2 cm

Page 51: Final Prova Artistica

Img.24 - vista de frente (cadeira do balcão)

3 cm

4 cm

2 cm

2 cm

0,3 cm

Page 52: Final Prova Artistica

Materiais

Page 53: Final Prova Artistica

55

Page 54: Final Prova Artistica

Produto Final

Page 55: Final Prova Artistica

57

Page 56: Final Prova Artistica
Page 57: Final Prova Artistica
Page 58: Final Prova Artistica
Page 59: Final Prova Artistica
Page 60: Final Prova Artistica
Page 61: Final Prova Artistica
Page 62: Final Prova Artistica
Page 63: Final Prova Artistica
Page 64: Final Prova Artistica

Conclusão

Page 65: Final Prova Artistica

67

Com este trabalho despertei uma atitude de empenho pessoal, responsabilidade e participação ativa, adquirindo e desenvolvendo competências técnico-artísticas, relacionais e organizacionais adequadas.Aprofundei os conhecimentos no âmbito dos conceitos, processos, materiais, técnicas e tecnologias, específicas da área de trabalho que integra a cenografia.

Assim, de forma autónoma, senti que utilizei de forma correta os recursos físicos, materiais e equipamentos.

Page 66: Final Prova Artistica
Page 67: Final Prova Artistica

Prova AptidãoArtística

Carla Isabel Rocha