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Finanças Públicas Cathedra.net – Vídeoaula Prof. Kleber Morales cursosparaconcursosrkm@blogspotcom [email protected]

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Finanças Públicas

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Financiamento dos gastos públicos

• O fluxo de arrecadação de receitas do Governo Federal praticamente determina o processo de liberação dos recursos junto aos órgãos, realizado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

• Como toda empresa responsável pela gestão de recursos, o Governo Federal também administra e gere seus recursos, liberando verbas orçamentárias mediante a arrecadação de receitas. Hoje, o fluxo de liberação de recursos do Governo Federal é fixado pela STN via Decreto, no que denominamos de Decreto de Programação Financeira.

• As fontes de recurso são agrupamentos de determinadas receitas como as derivadas de impostos, taxas, contribuições, etc e/ou originadas por empréstimos externos, tarifas, etc., que são utilizadas para financiar os gastos públicos.

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Princípios FundamentaisPrincípio da Neutralidade         O Princípio da Neutralidade estabelece que a tributação deve ser otimizada

de forma a interferir o mínimo possível na alocação de recursos da economia, visto que quaisquer alterações nos preços relativos de bens e serviços provocadas por modificações da tributação poderiam causar uma redução do bem-estar (não pode causar uma ineficiência do sistema econômico).

Princípio da Equidade  O Princípio da Equidade é complementar ao Princípio da Neutralidade, e

tem por objetivo a garantia de uma distribuição eqüitativa do ônus tributário pelos indivíduos (“justiça fiscal”), podendo ser dividido em duas linhas de ação: na primeira, o ônus tributário deveria ser repartido entre os indivíduos de acordo com o benefício que cada um recebe em relação aos bens e serviços prestados pelo governo (princípio do benefício); e, na segunda, a repartição tributária deveria ser baseada na capacidade individual de contribuição (princípio da capacidade contributiva).

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• Neutralidade e eqüidade Neutralidade: a implantação de

tributos não deve distorcer o sistema de preços relativos, pois este é o orientador da alocação dos recursos produtivos.

Equidade: horizontal e vertical Horizontal: quando se dá tratamento

igual para iguais; Vertical: quando se dá tratamento

desigual para desiguais

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 Princípio do Benefício  O Princípio do Beneficio estabelece que cada indivíduo

deve ser tributado de forma proporcional ao benefício que recebe do governo. Entretanto, há uma grande dificuldade em se identificar o quantum de benefícios que são usufruídos por cada indivíduo, prejudicando, conseqüentemente, a utilização deste princípio.

Princípio da Capacidade Contributiva  O Princípio da Capacidade Contributiva determina que

cada indivíduo deva ser tributado de acordo com a sua capacidade econômica. Deve-se garantir as eqüidades horizontal e vertical.

Na teoria econômica o conceito “utilidade” é definido como a propriedade que os bens e serviços possuem de satisfazer as necessidades dos indivíduos. A Teoria da Utilidade define que, à medida que a renda aumenta, a utilidade de cada novo bem ou serviço consumido pelo indivíduo diminui, pois a utilidade marginal é decrescente

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                        • Princípio da Simplicidade

• Pelo Princípio da Simplicidade, a administração do sistema tributário deve procurar ser a mais eficiente possível de forma a minimizar os custos demandados pela fiscalização e pela arrecadação e garantir um fácil entendimento por parte dos indivíduos que utilizam o sistema. O objetivo é facilitar a operacionalização da cobrança do tributo.

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• Outros Princípios•             Os demais princípios da tributação são estudados

em Direito Tributário:• (i) Princípio da Legalidade (art. 150, I, da CF)• (ii) Princípio da Isonomia (art. 150, II, da CF)• (iii) Princípio da Irretroatividade (art. 150, III, “a”, da CF)• (iv) Princípio da Anterioridade (art. 150, III, “b”, da CF)• (v) Princípio da Noventena (art. 150, III, “c”, da CF)• (vi) Princípio do Não-confisco (art. 150, IV, da CF)• (vii) Princípio da Liberdade de Tráfego (art. 150, V, da

CF)• (viii) Princípio da Uniformidade Geográfica (art. 151, I,

da CF)• (ix) Princípio da Proibição às Isenções

Heteronômas (art. 151, III, da CF)• (x) Princípio da Não-Discriminação Tributária (art.

152, da CF)

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EXERCÍCIOS

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1- (AFRF-2003) A tributação é um instrumento pelo qual a sociedade tenta obter recursos coletivamente para satisfazer as necessidades da sociedade. De acordo com a teoria da tributação, aponte a opção falsa.

 a) O mecanismo da tributação, associado às políticas orçamentárias, intervém diretamente na alocação dos recursos, na distribuição de recursos na sociedade e pode reduzir as desigualdades na riqueza e na renda.

b) O sistema tributário é o principal instrumento de política fiscal do governo.

c) Por princípio, o sistema de tributação deve ser o mais justo possível.

d) Os tributos devem ser escolhidos de forma a maximizar sua interferência no sistema de mercado, a fim de não torná-lo mais ineficiente.

e) A análise da aplicação da tributação baseia-se no princípio do benefício e no princípio da habilidade de pagamento.

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2 – (AFRF-2002) Segundo o princípio da eqüidade, na teoria da tributação, dois critérios são propostos: a classificação dos indivíduos que são considerados iguais e o estabelecimento de normas adequadas de diferenciação. Indique quais são esses critérios.

 a) Neutralidade e eficiência.

b) Benefício e capacidade de contribuição.

c) Unidade e universalidade.

d) Eficiência e justiça.

e) Produtividade e eficiência.

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3 – (AFRF-2002) A principal fonte de receita do setor público é a arrecadação tributária. Com relação às características de um sistema tributário ideal, assinale a opção falsa.

 a) A distribuição do ônus tributário deve ser eqüitativa.

b) A cobrança dos impostos deve ser conduzida no sentido de onerar mais aquelas pessoas com maior capacidade de pagamento.

c) O sistema tributário deve ser estruturado de forma a interferir o minimamente possível na alocação de recursos da economia.

d) O sistema tributário deve ser eficiente e maximizar os custos de fiscalização da arrecadação.

e) O sistema tributário deve ser de fácil compreensão para o contribuinte e de fácil arrecadação para o governo.

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4 – (AFRF-2002) Admitindo que um imposto geral e progressivo sobre a renda é mais eficiente que outro tributo, identifique a única afirmativa que não é verdadeira.

a) Diferentes categorias de rendimentos são variáveis homogêneas no que se refere ao esforço e ao custo financeiro envolvido na sua percepção.

b) O imposto de renda da pessoa física permite uma adaptação às características pessoais do contribuinte.

c) A utilidade marginal da renda é decrescente e assume valores equivalentes para indivíduos diversos, de tal forma que uma curva de utilidade marginal para a comunidade pode ser obtida pela agregação dos valores individuais correspondentes.

d) As distorções provocadas a longo prazo pela inflação e pelo crescimento econômico são adequadamente compensadas por reajustamentos periódicos na escala do imposto.

e) O nível de renda é considerado como um parâmetro de pior qualidade para a medição da capacidade individual de contribuição.

 

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5 – (AFRF-2001) A teoria econômica moderna estabelece critérios de imposição de tributos. O critério que postula que a tributação não introduza distorções nos mecanismos de funcionamento e alocação de recursos da economia de mercado é o da

a) universalidade

b) eqüidade

c) neutralidade

d) justiça social

e) adequação

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6 – (AFRF-1998) Do ponto de vista das finanças públicas, diz-se, em relação ao princípio do benefício, que

a) cada um deve pagar proporcionalmente às suas condições.

b) este princípio é o mais adotado, sendo as despesas de consumo a variável que melhor explica o benefício.

c) a renda é uma medida para avaliar quantitativamente o benefício advindo dos gastos públicos.

d) as pessoas devem ser tributadas de acordo com a vantagem que recebem das despesas governamentais.

e) este princípio é de fácil aplicação, não envolvendo questões subjetivas como o conhecimento das curvas de preferência dos consumidores.

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7 – (AFRF-1998) Afirma-se, na Teoria da Tributação, com relação ao princípio de neutralidade, que

 a) um tributo justo é aquele em que cada contribuinte paga ao Estado um montante diretamente relacionado com os benefícios que dele recebe.

b) um imposto deve distribuir seu ônus de maneira justa entre os indivíduos.

c) os agentes deveriam contribuir com impostos de acordo com sua capacidade de pagamento.

d) este princípio é seguido quando os tributos não alteram os preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado.

e) um indivíduo paga o tributo de maneira a igualar o preço do serviço recebido ao benefício marginal que ele aufere com sua utilização.

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8 – (AFTN-1996) A teoria da tributação repousa em dois princípios fundamentais. Aponte a opção que caracteriza estes princípios:

a) neutralidade e eficiência

b) justiça e eficiência

c) eficiência e eqüidade

d) eqüidade horizontal e eqüidade vertical

e) neutralidade e eqüidade

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9 – (AFTN-1996) Baseado no princípio de neutralidade fiscal, assinale a resposta correta:

a) A neutralidade pressupõe o critério de benefício, atribuindo a cada indivíduo um ônus equivalente aos benefícios que ele usufruir.

b) A neutralidade do sistema tributário é obtida quando existe eqüidade vertical.

c) A neutralidade do ponto de vista da alocação de recursos pressupões que o ônus seja repartido entre os indivíduos.

d) A neutralidade do sistema tributário é obtida quando a forma de captação de recursos pelo governo não modifica os preços relativos dos bens e serviços.

e) A neutralidade do sistema tributário é obtida quando existe eqüidade horizontal.

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10 – (AFC-SFC-2002) Com base na teoria da tributação, identifique a única opção incorreta.

a) A eficiência de um sistema tributário refere-se aos custos que impõe aos contribuintes.

b) A eqüidade de um sistema tributário diz respeito à justiça na distribuição da carga tributária entre a população.

c) Ao considerar alterações na legislação tributária, os formuladores de políticas econômicas enfrentam um dilema entre eficiência e eqüidade.

d) Segundo o princípio do benefício, é justo que as pessoas paguem impostos de acordo com o que recebem do governo.

e) A eqüidade vertical afirma que os contribuintes com capacidades de pagamento similares devem pagar a mesma quantia.

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Tributos com características fiscais

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Imposto: É um tributo independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte ou independente da contraprestação de um serviço. Decorre do jus imperis estatal e elencados na Constituição. Por exemplo, à União compete o IPI, II, IE, IOF, IGF, ITR e IR, aos Estados compete o ICMS, ITCMD e IPVA, aos Municípios compete o ISS, ITBI e IPTU. Cada ente possui um conjunto de impostos específicos já previamente determinados. Não pode o Estado instituir ou cobrar imposto de competência da União, ou do Município, por isso dizemos que a competência é privativa para cada ente, ou seja, só o ente determinado na CF pode cobrar o imposto que lhe é atribuído.

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• Taxa: É um tributo cobrado tendo em vista a prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, efetivamente prestados ou potencialmente colocados à disposição do contribuinte, ou, ainda, pelo simples exercício do poder de polícia.

• Os serviços têm que ser específicos e divisíveis, ou seja, tem que estar claramente definidos na lei e poderem ser medidos no consumo por cada usuário efetivo ou potencial. Não podem ser serviços genéricos nem indivisíveis, como a cobrança da taxa de iluminação pública (Contribuição especial), por exemplo, repetidamente argüida como inconstitucional pelos cidadãos, pela sua não divisibilidade entre os contribuintes beneficiados.

Page 22: Finanças Públicas

• A competência de instituir taxas é comum da União, Estados, DF, Municípios, ou seja, tanto a União, como Estados, DF ou Municípios, podem instituir taxas com o mesmo nome em suas esferas (nunca sobre a mesma base de cálculo dos impostos).

• Contribuição de melhoria: É um tributo cobrado somente nos acréscimos de valor de imóveis, decorrente de alguma obra pública. A competência é comum entre a União, Estados, DF e Municípios.

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• Tributos extrafiscais: Alguns tributos apresentam característica de extrafiscalidade, ou seja, o objetivo não é arrecadar, mas sim, coibir uma atividade ou regular o próprio mercado.

Exemplo disto é o imposto de importação, não destinado propriamente à arrecadar, mas sim, coibir a entrada de produtos estrangeiros com preços mais baratos que os nacionais

Page 24: Finanças Públicas

• Empréstimo Compulsório: É exigido a partir de investimento relevante efetuado pela União (princípio da anterioridade da lei) ou por motivo de guerra externa ou iminência de guerra, ou, ainda, por calamidade pública.

• No caso de guerra ou calamidade pública, o empréstimo compulsório não fica sujeito ao princípio da anterioridade, ou seja, da antecedência que deve haver entre a publicação da lei e a cobrança efetiva do tributo.

• A competência para a instituição do empréstimo compulsório é exclusiva da União e é necessário Lei Complementar (maioria absoluta de parlamentares) para instituição do tributo.

Page 25: Finanças Públicas

• Contribuição: As contribuições previstas na Constituição Federal podem ser sociais, de interesse de categorias profissionais ou econômicas, de intervenção no domínio econômico ou da seguridade social, sendo que estas últimas necessitam de 90 dias de prazo entre a lei que as instituiu e a sua efetiva cobrança (neste caso, exige-se somente a anterioridade nonagesimal, sem a necessidade da anterioridade de exercício). A competência para instituição de contribuições é exclusiva da União.

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• Tarifas ou preços públicos: são valores cobrados por um bem ou serviço prestado, mas não compulsório como a taxa, que é um tributo exigido do contribuinte, independentemente da utilização do serviço, bastando a potencialidade de uso para a cobrança.

• As tarifas são preços públicos cobrados por algum serviço efetivamente prestado ou consumido, como o que se consome em energia elétrica ou no uso do sistema telefônico. As tarifas envolvem um contrato entre o fornecedor (concessionário do serviço público) e um consumidor (usuário) do serviço.

• O usuário paga o que consome, nada além disto.

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Outra classificação dos tributos:

Tributos Diretos: aplicados ao contribuinte diretamente, sobre a renda e a riqueza sem transferências tributárias.Ex. IPTU, IPVA, IR, IOF.

Tributos Indiretos: são aqueles cobrados sobre a produção, sobre o consumo, sobre vendas ou circulação de bens e mercadorias e repassados para o consumidor. Quem arca é o consumidor final, não o produtor ou vendedor, que repassa o imposto. Ex. IPI, ICMS, ISS.

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Tipos de Impostos• Progressivo: Ocorre quando a relação

Fato Gerador/Renda é crescente carga superior para quem ganha mais;

• Regressivo: Ocorre quando a relação Fato Gerador/Renda é decrescente, ou seja, é o inverso (em termos percentuais do valor tomado como base, em ambos os casos);

• Neutro (Proporcionais): Ocorre quando a relação Fato Gerador/Renda é constante, ou seja, a carga (percentual ou alíquota) é igual para todas as faixas de renda;

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• Diretos: o sujeito passivo reúne em si as obrigações de direito e de fato perante o sujeito ativo;

• Indiretos: o sujeito passivo de direito é um e o de fato é outro. O primeiro é o que carreia o numerário ao erário público e possui as demais obrigações acessórias (registros contábeis).

• Carga fiscal ótima: Ocorre quando propicia um equilíbrio orçamentário, concomitantemente com a manutenção constante dos níveis de poupança e investimento no setor privado.

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No nível macroeconômico, o conceito embutido na Curva de Laffer ou Curva Reversa de Laffer, pode, em princípio, oferecer uma alternativa para o reconhecimento de uma carga fiscal excessiva, existiria uma alíquota de tributos máxima aceitável pela sociedade, a partir da qual, caso o governo insista em aplicar alíquotas superiores, o resultado será inevitavelmente uma redução da arrecadação total.

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Efeito Tanzi

• A perda real da receita pública decorrente da defasagem entre a data da ocorrência das transações (fato gerador) e a data do recolhimento efetivo dos tributos sobre as mesmas, em épocas de inflação, é conhecida na literatura como efeito Tanzi (também conhecido como “efeito Oliveira-Tanzi).

Page 32: Finanças Públicas

Efeito Patinkin

Existe um outro efeito da inflação sobre as contas públicas mas que atua de forma oposta ao efeito Tanzi. Trata-se do efeito Patinkin. Enquanto o efeito Tanzi afirma que a inflação contribui para a redução real da receita do governo, aumentando em conseqüência o déficit público, o efeito Patinkin argumenta que a elevação dos preços, isto é, a inflação, propicia uma redução do déficit público por meio da queda real nos gastos públicos.Para que ocorra o efeito Patinkin basta que o governo adie seus pagamentos e postergue aumentos de salários de seus servidores num ambiente de aceleração inflacionária.

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• AFC 2006) Assinale a alternativa errada:a) Contribuição de melhoria: É um tributo

cobrado somente nos acréscimos de valor de móveis.

b) Imposto: É um tributo independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte ou independente da contraprestação de um serviço.

c) Empréstimo Compulsório: É exigido a partir de investimento relevante efetuado pela União

d) Taxa: É um tributo cobrado tendo em vista a prestação de serviços públicos específicos e divisíveis.

e) Tributos extrafiscais: o objetivo não é arrecadar, mas sim, coibir uma atividade ou regular o próprio mercado.

Page 34: Finanças Públicas

• AFC – STN 2000) -Tributo não sujeito ao princípio da anterioridade:

a) Taxa

b) Imposto

c) Contribuição de Melhoria

d) Empréstimo compulsório

e) Tributo Extra fiscal

Page 35: Finanças Públicas

AFC 2002) A tarifa pública também é chamada de:

a) Contribuição

b) Imposto

c) Taxa

d) Empréstimo

e) Preço público

Page 36: Finanças Públicas

• É considerado um imposto indireto:a) IPTUb) IPVAc) IRd) ICMSe) IOFConsiderado imposto direto:a) IPIb) ICMSc) ISSd) IPVAe) ICC

Page 37: Finanças Públicas

• MPOG 2001) Tributo aplicado sobre a renda e a riqueza;

a) Imposto indireto

b) Taxa

c) Contribuição

d) Imposto direto

e) Imposto

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(AFRF/ESAF – 2003) A forma como são estruturados os sistemas tributários determina o impacto dos impostos tanto sobre o nível de renda como sobre a organização econômica. Quanto ao aspecto de afetar a distribuição de renda, não se pode afirmar que:

a) os impostos indiretos aumentam a desigualdade na distribuição do produto nacional.

b) a implantação de um sistema tributário em que todos pagam 7% de sua renda como imposto caracteriza um sistema proporcional.

c) os impostos diretos, tais como o ICMS e o IPI, que não incidem sobre a renda, mas sobre o preço das mercadorias, são impostos regressivos.

d) com impostos regressivos, os segmentos sociais de menor poder aquisitivo são os mais onerados.

e) a estrutura tributária, baseada em impostos progressivos, onera proporcionalmente mais os segmentos da sociedade de maior poder aquisitivo.

Page 39: Finanças Públicas

(AFRF/ESAF – 2000) O governo não só arrecada impostos, mas também devolve parte deles sob a forma de transferências e subsídios. Segundo os textos usuais de Finanças Públicas, identifique a opção correta.

a) Os impostos indiretos incidem sobre a renda ou a propriedade.

b) O imposto de renda é exemplo de imposto indireto e de tributo federal.

c) Subsídios podem ser considerados impostos indiretos com o sinal negativo.

d) Transferências são impostos indiretos com o sinal positivo.

e) Os impostos diretos incidem sobre os preços dos bens e serviços.

Page 40: Finanças Públicas

–(AFRF/ESAF – 2002) Identifique a única opção incorreta no que tange aos tipos de impostos:

a) Tributos diretos são aqueles cujo ônus de pagamento recai sobre o próprio contribuinte.

b) Os impostos indiretos costumam ser proporcionais ou seletivos, de acordo com a essencialidade do produto ou serviço em que incidem.

c) Os impostos diretos costumam ser progressivos, incidindo de forma graduada, de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.

d) Os impostos indiretos, por não serem transferíveis a terceiros, permitem que a carga tributária seja distribuída de forma eqüitativa.

e) A diferenciação entre tributos diretos e indiretos é importante para a análise da eqüidade.

Page 41: Finanças Públicas

ESAF 2004) Os registros a seguir mostram o total de imposto pago pelos contribuintes,correspondente a cada nível de renda, em quatro sistemas tributários (em unidades monetárias)

O sistema que aplica a forma regressiva do imposto é:A) W

B) X

C) YD) nenhum

E) Z

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Lei do Orçamento – Classificação da DESPESA

I) Despesas correntes - são aquelas despesas que não produzem qualquer acréscimo patrimonial para o governo, decompondose em:

a) Despesas de custeio - referem-se aos gastos com manutenção, funcionamento e obras de conservação das unidades administrativas do governo (compras de bens e serviços e gastos com pessoal).

b) Transferências correntes - são as despesas realizadas pelo governo sem a devida contraprestação em bens e serviços, como aposentadorias, pensões, auxílio-desemprego, incluindo, também, os juros da dívida pública, bem como as subvenções para a manutenção de entidades públicas e privadas, geralmente de caráter filantrópico como,por exemplo, asilos e creches.

Page 43: Finanças Públicas

II) Despesas de capital - compostas de três categorias:a) Investimentos - referem-se às despesas com obras de

construção, aquisição de instalações, de máquinas e equipamentos, bem como dotações para aumento de capital de empresas públicas que não sejam comerciais e financeiras.

b) Inversões financeiras - são as dotações destinadas a: i) aquisição de imóveis ou de bens de capital usados;ii) compra de títulos ou ações de empresas, desde que

não implique aumento de capital; eiii) constituição ou aumento de capital de entidades ou

empresas comerciais ou financeiras.c) Transferências de capital - são as despesas destinadas

a entidades de direito público ou privado, sem a contraprestação de bens e serviços, e voltadas para investimentos ou inversões financeiras, bem como despesas com amortizações da dívida pública.

Page 44: Finanças Públicas

A ótica das "Necessidades de Financiamento do Setor

Público"- NFSP• Este é um método de apuração das

contas do setor público largamente utilizado por organismos internacionais (particularmente o FMI) em suas análises do desempenho do setor público e que, desde a crise da dívida externa (1982) se tornou rotineiro nos estudos cálculos tanto do Banco Central do Brasil (BACEN), como da própria Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Page 45: Finanças Públicas

As NFSP são obtidas a partir da medição do chamado "Resultado do Setor Público Não-Financeiro" - RSP - já que, como foi dito anteriormente, não inclui as contas das entidades financeiras públicas.

Na prática, há dois critérios para se calcular o RSP ou, o que dá no mesmo, as NFSP:

O primeiro - chamado critério "acima da linha" e que é utilizado pela STN - consiste simplesmente na apuração da diferença entre receitas e despesas orçamentárias;

o segundo - denominado critério "abaixo da linha" e que é adotado pelo FMI e pelo Banco Central do Brasil - é obtido pelo lado do financiamento do déficit público, sendo calculado a partir da variação da dívida líquida do setor público junto ao setor privado.

Page 46: Finanças Públicas

• Independentemente do critério utilizado, o resultado do setor público - RSP - (déficit ou superávit) pode apresentar três valores diferentes, dependendo dos itens que se incluam ou se excluam do cálculo. Esses resultados são, assim, denominados:

i) Resultado Nominal do Setor Público;

ii) Resultado Operacional do Setor Público.

iii) Resultado Primário do Setor Público;

Page 47: Finanças Públicas

i) Resultado "Nominal" do Setor Público (RNSP)

• Consiste simplesmente, na diferença entre o total das receitas correntes do governo (tributárias e outras receitas) e o total de suas despesas (custeio, transferências, subsídios, financeiras e de capital). Visto da ótica da dívida, corresponde à variação da dívida líquida do setor público não-financeiro em determinado período de tempo (mês, trimestre ou ano), incluindo aí a variação devida à correção monetária da própriadívida e dos ativos do setor público.

Page 48: Finanças Públicas

ii) Resultado "Operacional" do Setor Público (R0SP)

• corresponde ao resultado obtido quando se exclui do resultado nominal a correção monetária da dívida pública e dos ativos do setor público.

• Nesse critério, assume-se que as variações da dívida são distribuídas de maneira uniforme no período considerado.

Page 49: Finanças Públicas

iii) Resultado "primário" do Setor Público (RPSP)

• corresponde ao resultado obtido quando se exclui do resultado operacional os juros líquidos reais. O resultado primário também pode ser obtido deduzindo-se do resultado nominal (RNSP) os juros líquidos nominais (que correspondem à soma da correção monetária mais os juros reais). Em outras palavras, o resultado primário do setor público é dado pela diferença entre receitas e despesas não-financeiras.

Page 50: Finanças Públicas

Déficit - P O N

Déficit Primário = Receitas não financeiras – Despesas não financeiras

Déficit Operacional = Def. Primário + Juros

Déficit Nominal = Def. Operacional + (correção Cambial) + correção Monetária (Inflação)

Page 51: Finanças Públicas

Regra de Ouro do Endividamento Público

• A regra de “ouro” da administração da dívida pública seria a seguinte: caso os juros sejam pós-fixados, deve-se procurar colocar títulos de longo prazo quando a taxa de juros de mercado encontra-se alta; se a taxa de juros estiver baixa, recomenda-se a colocação de títulos de curto prazo. Se se tratar de juros pré-fixados, o procedimento deve ser o oposto.

Page 52: Finanças Públicas
Page 53: Finanças Públicas

Receitas correntes X Receitas de capital

• Independentemente do fato de serem receitas próprias ou de transferências, as receitas podem ser classificadas em correntes e de capital.

• O § 1° do art. 11 define como Receitas correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Corrente. (Redação dada pelo Decreto-lei n° 1939, de 20/05/82).

• Já as Receitas de Capital, de acordo com o § 2° daquele art. 11, são aquelas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

Page 54: Finanças Públicas

RECEITAS CORRENTESReceita tributária Operações de CréditoImpostos Alienação de Bens Móveis e ImóveisTaxas Amortização de empréstimos ConcedidosContribuições de Melhoria Transferências de CapitalReceita Patrimonial Outras receitas de Capital.Receitas ImobiliáriasReceitas de valores mobiliáriosParticipações e DividendosOutras Receitas PatrimoniaisReceita IndustrialReceita de Serviços IndustriaisOutras Receitas IndustriaisTransferências CorrentesReceitas DiversasMultasContribuiçõesCobrança da Dívida AtivaOutras receitas diversas

RECEITAS DE CAPIAL

Page 55: Finanças Públicas

FEDERALISMO FISCAL• O federalismo fiscal constitui-se em uma técnica administrativa

que possibilita o exercício do poder em territórios de grande amplitude, geralmente com populações cultural e socialmente diversificadas. É um sistema federal de governo tem a possibilidade de permitir à nação acomodar um amplo leque de preferências individuais. Baseia-se no estabelecimento de governos de âmbitos regional e municipal. Pressupõe a livre negociação entre as partes, com vistas a garantir certo grau de autonomia e delinear a divisão das funções a serem cumpridas pelos diversos níveis administrativos.

• A descentralização fiscal em cada país se manifesta na criação de várias competências tributárias e pode ser decorrente de vários fatores, entre eles, fatores a) econômicos; b) culturais,políticos e institucionais, e c) geográficos. Não existe um modelo único, há características específicas em cada país. Descentralizar competências significa administrar de modo mais eficiente os impostos, os gastos, transferências, etc entre outras funções públicas. No Brasil, há impostos federais, estaduais e municipais e competências definidas na Constituição para cada ente federativo.

Page 56: Finanças Públicas

• O fator econômico da alocação mais eficiente de recursos pelas esferas estaduais e municipais está intimamente ligado à questão da descentralização, alegando-se sobre esta tese, de que governos estaduais e municipais estão mais próximos dos seus efetivos problemas, e, portanto, mais capacitados para atender ás demandas e gerenciar melhor os recursos. Sob a ótica alocativa, serviços de cunho municipal ou estadual, devem ser financiados preferencialmente por impostos municipais ou estaduais.

• E se houver superposição nos serviços como saúde, educação, que também são de competência federal, o financiamento deve ser mediante transferências do governo central, somando-se aos recursos dos Estados e Muncípios.

Page 57: Finanças Públicas

• A descentralização fiscal por fatores culturais, políticos institucionais é outra realidade, pois a descentralização das competências de arrecadação e destino dos recursos favorece a integração social com maior participação política e democrática dos cidadãos nas decisões e rumos da comunidade.

• Os fatores geográficos também contribuíram para um descentralização fiscal, pois quanto maior a área do país, menor o ganho de eficiência dos governos, em termos de alocação de recursos, pois mais caros serão os serviços, se custeados pelo ente federal.

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• Em termos de evolução da receita disponível, o que se pode dizer é que desde 1964, havia uma forte tendência à centralização de recursos pele ente federal, em detrimento dos entes estaduais municipais. Porém, nas décadas de 1980 e 1990, com a promulgação da nova Carta Política em 1988, este tendência se inverteu e o que se viu foi um acentuado crescimento das receitas estaduais e municipais, em detrimento dos recursos federais da União, que passou a transferir grande parte da sua arrecadação tributária a estados e municípios.

• Após o advento da Constituição Federal de 1988, os principais beneficiados com o processo de descentralização tributária foram os municípios, que praticamente dobraram sua receita disponível pelas diversas transferências, tanto da União como dos Estados.

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• A receita disponível é a receita líquida que fica em poder de cada ente federativo, depois de computadas as transferências recebidas e os repasses efetuados à outras esferas de Governo. O Governo Federal tem hoje uma receita disponível bem menor do que arrecada, pois transfere boa parte de seus recursos para os Estados e Municípios por determinação constitucional.

• Os Estados também transferem parte dos impostos arrecadados de sua competência para os Municípios. Em termos de transferências constitucionais da União para os Estados, o Fundo de Participação dos Estados - FPE (inclui DF) é calculado a base de 21,5 % do Imposto de Renda e do IPI. Quanto às transferências federais aosMunicípios, o Fundo de Participação dos Municípios - FPM é calculado a base de 22,5 % do IR e IPI.

• Também há uma transferência de 3% do IR e IPI a programas de financiamento do Norte, Nordeste eCentro-Oeste.

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Também no IPI, 10% da arrecadação bruta deve ser destinada à Estados/ DF na proporção de seus produtos exportados, sendo que estes entregam 25% do valor aos municípios.

Por outro lado, o imposto de renda (IR) cobrado dos servidores próprios de Estados e Municípios, o valor arrecadado pertence aos próprios Estados e Municípios.

Aos Estados e o DF, também pertencem 20% dos impostos residuais criados (se forem criados impostos novos criados na competência residual da União).

Aos Municípios, pertence 50% do ITR (imposto territorial rural) de competência da União, 50% do IPVA, de competência dos Estados (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e 25% do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

O controle do endividamento é mais complexo em países descentralizados como o Brasil, tendo em vista que nem todos os governantes têm interesse na contenção dos gastos, tendo em vista a questão do voto. O governo federal não tem controle direto sobre os Estados e Municípios no que tange às finanças dos entes federativos, mas exerce um monitoramento sobre as fontes de financiamento.

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Os instrumentos de controle do endividamento estadual e municipal do governo federal consistem em resoluções do Banco Central e Conselho Monetário Nacional, determinando limites para o endividamento, controle na aprovação de projetos com apoio financeiro externo e restrição à avais, limitação de empréstimos das instituições financeiras federais, regras mais rígidas para rolagem ou ampliação da dívida bancária e aprovação pelo Congresso de restrições ao endividamento pela emissão de títulos públicos.

Várias medidas foram tomadas pelo Governo federal nos últimos anos para conter o endividamento e melhorar os resultados das contas públicas dos Estados e Municípios, dentre eles, a privatização de vários bancos estaduais que financiavam o tesouro dos Estados, a limitação de contratos com vistas a antecipar a receita orçamentária nos bancos e a renegociação de dívidas estaduais com a União.

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Na teoria do ciclo político, existem duas fases do governante, a primeira que se sucede às eleições com medidas de caráter restritivo, fiscais e monetárias, com vistas a arrumar a casa e a economia, e a segunda, de caráter expansionista, com vistas a obter o voto nas próximas eleições, com medidas e políticas fiscal e monetária visando a crescer a economia, podendo gerar uma inflexão na trajetória da inflação.

O impasse distributivo é gerado pelo problema de que todos os indivíduos, mesmo sem contribuirem para a arrecadação, são contemplados com benefícios na ação do Governo provida pelo Orçamento. Assim acontece com vários Estados da federação, que mesmo sem contribuírem muito, são os mais desejosos de recursos do bolo orçamentário.

As diferentes área do Governo como saúde, educação, transportes, etc. também desejam receber recursos sem cortes no Orçamento, mas o problema é que o Governo, muitas vezes, tem que fazer ajustes voltados à política fiscal, com vistas a obter resultados e aumentar o superávit primário.

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Cabe ao Presidente da República escolher onde cortar e alocar os recursos de acordo com a sua conveniência. O Legislativo também pode remanejar algumas despesas de um órgão para outro, por ocasião da votação do orçamento.

As pressões pela liberação de recursos e verbas do orçamento comprometem as ações do Governo no sentido de sanear as contas públicas com o ajuste fiscal. Há uma verdadeira paralisia fiscal do Governo no que tange á questão da influência de grupos, lobbies e setores politicamente organizados.

O Governo, muitas vezes, não consegue implantar suas políticas, sofrendo, ainda, diversos revezes de grupos que se organizam no Congresso, propondo e criando novos fundos, ou subsídios para algum setor específico. Todos esperam receber um benefício pelo gasto do governo, mas poucos são os que querem ser penalizados ou incorrer nos custos.

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O ESTADO REGULADOR O Brasil começou a criar agências reguladoras no final dos

anos 90, principalmente no campo da infraestrutura, para o controle de serviços públicos. O poder regulador tem a obrigação de zelar pelas regras de prestação de serviços de utilidade pública prestado por terceiros, com garantia de qualidade a um preço justo.

Cabe ao órgão regulador a defesa e a interpretação das regras, a definição operacional dos contratos e a investigação de denúncia de atividades ilícitas ou abusos. O objetivo é o bem-estar do consumidor, a melhora da eficiência alocativa e distributiva, com regras de concorrência e determinação da estrutura de tarifas a serem cobradas pelos serviços públicos.

Os contratos de concessão são a tônica no caso brasileiro e cabe ao Estado regulador dar independência às agências para atender os direitos e interesses dos consumidores e indústrias, com a escolha de instrumentos eficientes de produção e alocação de recursos. As agências devem propiciar o estímulo à atividade competitiva e à qualidade dos serviços.

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