47
FINANÇAS PÚBLICAS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTAÇÃO GOVERNAMENTAL ................................. 03 PLANO PLURIANUAL - PPA Conceito ................................................................... 04 Legislação ................................................................ 04 Prazo de Encaminhamento ....................................... 05 Elaboração do PPA................................................... 05 Conteúdo do PPA ..................................................... 07 Acompanhamento, Avaliação e Revisão do Plano Plunianual.................................................. 07 Material Técnico para Consulta ............................... 07 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Conceito ................................................................... 08 Legislação ................................................................ 08 Prazo de Encaminhamento ....................................... 09 Conteúdo da LDO .................................................... 09 Anexo de Metas Fiscais e Anexo de Riscos Fiscais ...................................................... 09 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA Conceito ................................................................... 10 Prazo de Encaminhamento ....................................... 10 Legislação ................................................................ 11 Elaboração da LOA.................................................. 12 Conteúdo da LOA .................................................... 13 RECEITA PÚBLICA Introdução ................................................................ 14 Conceito ................................................................... 14 Regulamentação ....................................................... 14 Classificação Econômica da Receita Pública ........... 14 Deduções da Receita Pública ................................... 18 Codificação da Natureza da Receita......................... 18 Classificação da Receita por Fonte de Recursos ..... 18 Regime de Execução Orçamentária da Receita Pública .................................................... 20 Renúncia de Receita ................................................. 20 Previsão da Receita .................................................. 21 Receita Corrente Líquida - RCL .............................. 21 DESPESA PÚBLICA Introdução ................................................................ 21 Classisficação da Despesa ........................................ 22 Codificação da Despesa por Destinação de Recurso ............................................. 24 Execução Orçamentária da Despesa ........................ 26 Regime de Adiantamento ......................................... 28 Créditos Adicionais .................................................. 28 Restos a Pagar .......................................................... 29 Despesa com Pessoal - Art. 18 a 20 da LC 101/00............................................................ 29 Despesas de Exercícios Anteriores........................... 30 TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO .................................... 30 CICLO ORÇAMENTÁRIO ................ 30 SISTEMAS DE CONTAS ...................... 31 LEGISLAÇÃO Arts. 165 a 169 da CF/88 .......................................... 32 BIBLIOGRAFIA.......................................... 34 EXERCÍCIOS ............................................... 35 GABARITO ................................................... 47 ÍNDICE Elaboração: Prof. Rita de Cássia Teixeira Pires Organização: Prof. Leandro Eustáquio de Matos Monteiro

Finanças Públicas

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  • FINANAS PBLICAS

    INStrumeNtoS de PLANejAmeNto e orAmeNtAoGoverNAmeNtAL..................................03

    PLANo PLurIANuAL - PPAConceito.................................................................... 04Legislao................................................................. 04Prazo.de.Encaminhamento........................................ 05Elaborao.do.PPA.................................................... 05Contedo.do.PPA...................................................... 07Acompanhamento,.Avaliao.e.Revisodo.Plano.Plunianual.................................................. 07Material.Tcnico.para.Consulta................................ 07

    LeI de dIretrIzeS orAmeNtrIAS

    Conceito.................................................................... 08Legislao................................................................. 08Prazo.de.Encaminhamento........................................ 09Contedo.da.LDO..................................................... 09Anexo.de.Metas.Fiscais.e.Anexo.de.Riscos.Fiscais....................................................... 09

    LeI orAmeNtrIA ANuAL - LoA

    Conceito.................................................................... 10Prazo.de.Encaminhamento........................................ 10Legislao................................................................. 11Elaborao.da.LOA................................................... 12Contedo.da.LOA..................................................... 13

    reCeItA PBLICAIntroduo................................................................. 14Conceito.................................................................... 14Regulamentao........................................................ 14Classificao Econmica da Receita Pblica............ 14Dedues.da.Receita.Pblica.................................... 18

    Codificao da Natureza da Receita.......................... 18Classificao da Receita por Fonte de Recursos ...... 18Regime.de.Execuo.Oramentriada.Receita.Pblica..................................................... 20Renncia.de.Receita.................................................. 20Previso.da.Receita................................................... 21Receita.Corrente.Lquida.-.RCL............................... 21

    deSPeSA PBLICAIntroduo................................................................. 21Classisficao da Despesa......................................... 22Codificao da Despesa por Destinao.de.Recurso.............................................. 24Execuo.Oramentria.da.Despesa......................... 26Regime.de.Adiantamento.......................................... 28Crditos.Adicionais................................................... 28Restos.a.Pagar........................................................... 29Despesa.com.Pessoal.-.Art..18.a.20.da.LC.101/00............................................................. 29Despesas.de.Exerccios.Anteriores........................... 30

    trANSPArNCIA, CoNtroLe e FISCALIzAo..................................... 30

    CICLo orAmeNtrIo................. 30

    SIStemAS de CoNtAS....................... 31

    LeGISLAoArts..165.a.169.da.CF/88............................................ 32

    BIBLIoGrAFIA........................................... 34

    exerCCIoS................................................ 35

    GABArIto.................................................... 47

    ndice

    Elaborao:.Prof..Rita.de.Cssia.Teixeira.PiresOrganizao:.Prof..Leandro.Eustquio.de.Matos.Monteiro

  • IMPRESSO:

    proibida a reproduo, salvo pequenos trechos, mencionando-se a fonte. A violao dos Direitos Autorais (Lei n 9.610/98) crime (Artigo 184 do Cdigo Penal).

    2009, Estudo Real EdiesBelo.Horizonte./.Minas.Geraiswww.estudoreal.com.bre-mail:[email protected]:.(31).3274-3898./.3274-3317

  • Instrumentos de Planejamento e oramentao Governamental

    O planejamento, como metodologia de administrao e como instrumento orientador das decises e aes, constitui-se em pr-requisito para a conduo dos negcios pblicos.

    Essa prtica, em nvel institucional pblico, visa a alte-rar as situaes consideradas indesejveis pela coletividade e a assegurar a viabilizao de objetivos e metas desejveis, de forma eficiente e eficaz.

    Nesse aspecto, a Constituio Federal de 1988 (CF/88) consagra esse princpio no artigo 165, estabelecendo como leis de iniciativa do Poder Executivo o (PPA) plano pluria-nual, a (LDO) Lei das diretrizes oramentrias e a (LOA) Lei do oramento anual.

    Plano Plurianual

    lei de diretrizes oramentrias

    oramento anual

    Com objetivo de melhorar a administrao das Finanas Pblicas e ampliar os controles sobre as receitas e despesas, a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) Lei Complementar n 101, de 04 de maio de 2000 introduziu mecanismos ca-pazes de gerenciar adequadamente estes 3(trs) dispositivos legais, visto que estabelece normas de finanas pblicas vol-tadas para a responsabilidade na Gesto Fiscal. O pargrafo I do artigo 1 estabelece que:

    A responsabilidade na gesto fiscal pressupe a ao planejada e transparente, em que se previnem riscos e cor-rigem desvios capazes de afetar o equilbrio das contas p-blicas, mediante o cumprimento de metas de resultados en-tre receitas e despesas e a obedincia a limites e condies no que tange a renncia de receita, gerao de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dvidas con-solidada e mobiliria, operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita, concesso de garantia e inscrio em Restos a Pagar.

    Devem obedincia Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios estando compreendidos:

    Executivo, Legislativo, inclusive Tribunais de Con-tas, Judicirio e o Ministrio Pblico;

    Devem obedincia Lei de Responsabilidade Fiscal a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios (Art. 1 2) estando compreendidos:

    ADMINISTRAOINDIRETA

    AUTARQUIAS (INSS)

    FUNDAES PBLICAS

    EMPRESAS PBLICAS (Caixa Econmica Federal

    SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA (Banco do Brasil)

    FUNDOS ESPECIAIS

    PODEREXECUTIVO

    FEDERAL

    ESTADUAL

    MUNICIPAL

    PRESIDNCIA DA REPBLICA

    MINISTRIOS

    GOVERNADORIA

    SECRETARIAS DE ESTADO

    PREFEITURA

    SECRETARIAS E RGOS AUXILIARES

    PODERJUDI-CIRIO

    FEDERAL

    ESTADUAL

    SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

    SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA

    TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

    TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

    TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

    SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

    TRIBUNAL DE JUSTIA

    PODERLEGISLA-TIVO

    FEDERAL

    ESTADUAL

    MUNICIPAL

    SENADO FEDERAL

    CMARA DOS DEPUTADOS

    TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO

    ASSEMBLIA LEGISLATIVA

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

    CONSELHO DE CONTAS

    CMARA DOS VEREADORES

    TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO OU DO MUNICPIO

    Finanas Pblicas

  • As respectivas administraes diretas, fundos, autar-quias, fundaes e empresas estatais dependentes.

    Durante o processo de elaborao destes instrumentos de planejamento, o Poder Executivo dever incentivar a par-ticipao popular e realizar audincias pblicas, assegurando a transparncia da gesto fiscal, conforme determina o artigo 48 da Lei Complementar n 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Com a publicao, em julho de 2001, da Lei Federal n 10.257/01 (Estatuto da Cidade), a realizao de debates, audin-cias e consultas pblicas passaram a ser condio obrigatria para aprovao do PPA, LDO e LOA pelo Poder Legislativo.

    Devero ser obedecidos tambm, os princpios constitu-cionais a seguir mencionados:Art. 37. Administrao pblica direta e indireta de qual-quer dos poderes da unio, dos estados, do distrito federal e dos municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, ....

    Constituio Federal

    LIMPE

    Legalidade

    Impessoalidade

    Moralidade

    Eficincia Publicidade

    Planejamento, Gesto Pblica eResponsabilidade Fiscal

    O PLANO PLURIANUAL - PPA - constitui-se de Programas, Metas e Indicadores para 4 anos.

    A LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS - LDO - define diretrizes para elaborao e execuo do oramento e estabelece as metas e prioridades das aes governamentais.

    A LEI ORAMENTRIA ANUAL - LOA - prover recursos para a execuo das aes necessrias ao al-cance das Metas.

    Plano PlurIanual - PPa

    ConCeito

    O Plano Plurianual de um ente qualquer da federao o instrumento de planejamento estratgico de suas aes, con-templando um perodo de quatro anos. Por ser o documento de planejamento de mdio prazo, dele se derivam as Leis de Diretrizes Oramentrias e as Leis de Oramento Anual.

    O PPA tem como finalidade estabelecer os programas e metas governamentais. Tais programas e metas se apresentam sob a forma de aes voltadas para a ampliao da capacidade produtiva do setor pblico e para o desenvolvimento socioeco-nmico, bem como para os programas de manuteno dos ser-vios essencialmente criados. Sendo assim, o PPA constitui-se de Programas com Metas e Indicadores para 4 anos.

    LegisLao

    A Constituio Federal, em seu artigo 165, 1, dispe que a lei que instituir o Plano Plurianual estabelecer de forma re-gionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.

    A interpretao que se d ao texto constitucional, no que se refere alocao de recursos que o plano deve conter a previso de recursos de investimentos (despesas de capital), como tambm para sua operacionalidade e manuteno (des-pesas decorrentes). Exemplo: construo de escola (despesas de capital). Ser necessrio, para coloc-la em funcionamen-to, adquirir equipamentos, material de consumo, contratar pessoal, etc. (despesas decorrentes).

    Alm disso, quando se refere s despesas relativas aos programas de durao continuada, entende-se a insero de despesas de custeio. Exemplo: produo de leite de soja para complementao alimentar de pessoas carentes.

    A Constituio Federal em seu artigo 165, 9 estabele-ce que a Lei Complementar dispor sobre o exerccio finan-ceiro, vigncia, prazos, elaborao e organizao do PPA, da LDO e da LOA. O art. 3, da Lei Complementar 101/00, dispunha sobre o plano plurianual, no entanto, ele foi vetado, restando apenas a definio trazida pelo 1, do art. 165, da CF/88. Vale ressaltar que, foi a LRF que estabeleceu os me-canismos de integrao entre os trs instrumentos de plane-jamento previstos constitucionalmente, embora o artigo 166 da CF/88 j mencionasse que as emendas ao Projeto de LOA ou a projetos que modifiquem o oramento anual tm que ser compatveis com PPA e LDO. A CF/88 menciona ainda, que o investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio finan-ceiro s poder ser iniciado se includo no PPA (Art.167) sob pena de cometer crime de responsabilidade.

    O artigo 48 da LRF prev o incentivo participao po-pular e a realizao de audincias pblicas durante a elabo-rao e discusso dos planos.

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  • no Plano Plurianual que se definem as grandes linhas de atuao do governo que, por sua vez iro se decompor em aes prprias dos outros dois instrumentos de planejamen-to: Lei de Diretrizes Oramentrias - LDO e Lei Orament-ria Anual - LOA.

    Prazo de enCaminhamento

    A Constituio Federal prev no artigo 35, pargrafo 2, inciso I, das Disposies Constitucionais Transitrias que o Governo Federal dever encaminhar o projeto de lei do Plano Plurianual para apreciao pelo Poder Legislativo at 4 (quatro) meses antes do encerramento do primeiro exerc-cio financeiro ou seja, at 31 de agosto do primeiro ano do mandato executivo e dever ser devolvido para sano at o encerramento da sesso legislativa. Os Estados e Municpios obedecero aos prazos estabelecidos em suas constituies, e caso no estejam previstos, devero adotar o prazo deter-minado para a Unio.

    Prazo de Encaminhamento

    O Projeto do Plano Plurianual - PPA ser enviado pela Unio ao Poder Legislativo at dia 31/08, ou seja, quatro meses antes do encerramento do primei-ro exerccio financeiro (31/12), e devolvido para san-o at o encerramento da sesso legislativa (22/12). (art. 35, 2, I do ADCT)

    O Projeto do Plano Plurianual de Ao Governa-mental - PPAG - ser enviado pelo Governo de Mi-nas Gerais ao Poder Legislativo at dia 30/09, ou seja, trs meses antes do encerramento do primeiro exerccio financeiro (31/12), e devolvido para sano at o encerramento da sesso legislativa (20/12). (art. 68, I do ADCT)

    Planejamento, Gesto Pblica eResponsabilidade Fiscal

    A Lei de Responsabilidade Fiscal integra os trs ins-trumentos de planejamento previstos pela Consti-tuio de 1988:

    eLaborao do PPa

    O Plano Plurianual no deve ser visto apenas como o cum-primento de um dispositivo constitucional, mas como um ins-trumento que visa orientar as decises e aes, atravs da for-mulao de diretrizes, objetivos e metas setoriais compatveis com os recursos disponveis e as reais necessidades do ente.

    Nesse contexto, o Plano Plurianual ser o vnculo de in-tegrao entre o planejamento oramentrio e o financeiro, o que lhe confere o status de referncia bsica para a elabora-o dos demais instrumentos de planejamento.

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    Plano Plurianual

    ESTABELECE DIRETRIZES,OBJETIVOS E METAS

    DOCUMENTO BSICO DEPLANEJAMENTO

    PLANO DE MDIO PRAZO - 4 ANOS

    O Plano dever expressar as intenes concretas dos compromissos assumidos pelo Governante com a populao. Este plano a melhor referncia para o cidado e para o ad-ministrador pblico, uma vez que, em eleies, o que est em disputa so as propostas de governo e no o candidato. Sendo assim, o plano dever atingir os seguintes objetivos:

    definir com clareza as metas e prioridades da admi-nistrao, bem como os resultados esperados;

    organizar, em programas, as aes que resultem em bens ou servios que atendam as demandas da sociedade;

    estabelecer a necessria relao entre as aes a se-rem desenvolvidas e a orientao estratgica de governo;

    possibilitar que a alocao de recursos nos oramen-tos anuais seja coerente com as suas diretrizes e metas;

    facilitar o gerenciamento da administrao, atravs de definio de responsabilidades pelos resultados, permitin-do a avaliao do desempenho dos programas;

    estimular parcerias com entidades pblicas e priva-das, em busca de fontes alternativas de recursos para finan-ciamento dos programas;

    permitir o gerenciamento das aes, atribuindo res-ponsabilidade por seu monitoramento e resultados;

    dar transparncia aplicao de recursos e aos resul-tados obtidos.

    O Plano Plurianual constitui-se em uma funo do pla-nejamento governamental, de carter permanente, de mdio prazo. Portanto, dever ser realizado em todas as instncias e nveis da organizao e, elaborado, a partir de decises e prioridades formuladas na dimenso estratgica da organiza-o. A estruturao do plano ser de acordo com as normas estabelecidas por cada esfera governamental, de acordo com o seu porte e com os diferentes focos e formas de atuao.

    diagnstiCos e diretrizes gerais

    a) Diagnstico

    Para subsidiar a tomada de decises, os dirigentes dos rgos/Entidades que compem a Administrao Pblica devero apresentar um diagnstico da situao real de suas pastas, as demandas da comunidade e a indicao das priori-dades setoriais, atravs de:

    caracterizao da situao atual apontando os princi-pais problemas, as limitaes e as carncias;

    indicao das principais aes que o rgo/Entidade vem implementando para atenuar os problemas identifica-dos;

    levantamento da atual situao financeira e econmi-ca do ente, apresentando as disponibilidades de recursos para implementar as aes de governo no perodo do Plano;

    Plano Plurianual- PPA

    Lei Oramentria Anual - LOA

    Lei de DiretrizesOramentrias - LDO

  • previso da receita e da despesa consideradas obriga-trias (transferncias constitucionais, dvida, manuteno da mquina administrativa, etc).

    b) Diretrizes

    So as indicaes necessrias para orientar as aes de uma entidade de modo que os objetivos sejam alcanados e as aes realizadas.

    Caracteriza-se como o momento da tomada de decises pela Direo Superior, no qual se define o estado de coisas que se pretende atingir com a ao planejada. So orienta-es de carter geral, que apontam os rumos e as intenes da atuao poltica. So definies que se devem basear nas caractersticas econmicas, sociais e polticas de cada esfera governamental.

    As diretrizes constituem um conjunto de orientaes se-toriais que nortearo as aes de governo durante o perodo de vigncia do Plano. Sero definidas com base na estimati-va de disponibilidade de recursos e no ambiente macroeco-nmico para o perodo do Plano.

    Previso de reCursos e eLaborao dos Programas

    a) Previso de Recursos

    Conforme dispe o artigo 12 da LRF, as previses de receita observaro as normas tcnicas e legais, consideraro os efeitos das alteraes na legislao, da variao do ndi-ce de preos, do crescimento econmico ou qualquer outro fator relevante e sero acompanhadas de demonstrativo de sua evoluo nos ltimos trs anos, da projeo para os dois seguintes quele a que se referirem, e da metodologia de cl-culo e premissas utilizadas.

    Com base na receita prevista e, de acordo com as diretri-zes do governante para execuo das aes, sero definidos os recursos disponveis de cada rgo e/ ou Unidade da Ad-ministrao para a formulao dos programas de trabalho.

    Programas do PPA

    IPI

    ITBI

    Oper.CrditosICMS

    IPTU

    ConvniosIPVA

    b) Elaborao dos Programas

    De acordo com as modificaes introduzidas na classifi-cao funcional, pela Portaria n 42, de 14 de abril de 1999, os programas e aes nascem dos problemas e das demandas da sociedade identificados pelo planejamento e passam a ser unidades de gesto, com estrutura idntica no plano e nos oramentos.

    Cada esfera governamental passa a ter liberdade para solucionar seus problemas, organizando suas aes em ter-mos de funes, subfunes e programas, de acordo com as especificidades decorrentes do Plano Plurianual. O que se pretende com este novo modelo transformar o Plano Plu-rianual num instrumento de gesto.

    Para efeitos de entendimento da Portaria mencionada, consideram-se:

    Funo: Maior nvel de agregao das diversas reas de despesa que competem ao setor pblico.

    Subfuno: Representa uma partio da funo, visando agregar determinado subconjunto de despesa do setor pblico.

    Programa: Instrumento de organizao da ao go-vernamental, visando a concretizao dos objetivos preten-didos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no Plano Plurianual.

    Aos Programas estaro vinculados os Projetos, as Ati-vidades e as Operaes Especiais, de codificao local, que constituem o menor nvel de agregao das aes. O progra-ma o elo de ligao entre o planejamento e o oramento.

    Toda ao finalstica, ou seja, aquela que proporcione bem ou servio para atendimento direto s demandas da so-ciedade, dever estar estruturada em programa, conforme disposto no Decreto Presidencial n 2.829, de 29 de outubro de 1998 e Portaria n 42, de 14 de abril de 1999.

    Segundo Ari Vainer e outros os programas esto divi-didos em dois grandes grupos, os Programas Finalsticos e os Programas de Apoio Administrativo. Os finalsticos so compostos por aes que resultam em produtos (bens ou ser-vios) ofertados populao e os de apoio administrativo compreendem aes de natureza administrativa, dos quais decorrem as despesas com pessoal e encargos sociais, manu-teno e conservao de bens imveis, manuteno de servi-os de transporte, aes de informtica dentre outros.

    Conceito e Objetivo do ProgramaPortaria SOF 42 - 1999

    PROGRAMA o instrumento de organizao da ao governamental com vistas ao enfrentamento de um PROBLEMA.

    Objetivo o alvo a ser atingido ou o resultado que se pretende alcanar atravs de polticas prioritrias.

    PPA - Legislao: CLASSIFICAO FUNCIONALPortaria SOF 42 - 1999

    Os objetivos pretendidos pela ao sero medidos por INDICADORES estabelecidos no PPA.

    A Unio, o DF, cada Estado e Municpio definiro sua estrutura de PROGRAMAS.

    O PROGRAMA se torna uma unidade bsica do pla-nejamento de cada ente da federao.

    Os PROGRAMAS so compostos de AES que, conforme suas caractersticas, podem ser classificadas como projetos, atividades ou operaes especiais.

  • estruturao do Programa a Partir do Problema

    Estrutura Programtica

    As estruturas do PPA e da LOA so integradas a partir do PROGRAMA.O PROGRAMA o elo entre o PPA e a LOA.O PPA termina no PROGRAMA e a LOA comea no PROGRAMA.

    Contedo do PPa

    O projeto do PPA compreender: mensagem encaminhando o projeto de lei; projeto de lei contendo o que determina a legislao

    vigente e dever ser redigido de acordo com as tcnicas pr-prias de redao legislativa;

    anexos contendo as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica a serem executadas por programa de trabalho, o demonstrativo de projeo da receita, a memria e a metodologia de clculo e a receita corrente lquida.

    aComPanhamento, avaLiao e reviso do PLano PLurianuaL

    Dever ser adotado o acompanhamento de cada progra-ma para avaliao, tanto fsica quanto financeira, dos resul-tados em relao aos objetivos e s metas fixadas, visando correo de rumos do Plano, em tempo hbil.

    O Plano Plurianual poder ser revisto anualmente, me-diante autorizao legislativa, em decorrncia da avaliao dos resultados alcanados e para ajustar sua realizao con-juntura econmico-social.

    Esta reviso dever ser efetuada durante o perodo de elaborao do projeto de lei de diretrizes oramentrias com o objetivo de alterar as metas e prioridades da admi-nistrao.

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    O Ciclo de Gesto do Plano Plurianual

    ELABORAOO Poder Executivo estabelece polticas, prioridades, estra-tgias e define os programas a serem implantados e/ou im-plementados.

    REVISOAdequao do Plano s mudanas internas e externas da conjuntura poltica, social e eco-nmica, pela alterao, excluso ou incluso de Programas.

    APROVAOO Projeto de Lei do PPAG enviado ao Poder Legislativo para a sua aprovao at 30 de setembro. (art.68, I do ADCT)

    AVALIAOAvaliao levar em conta o desempenho do conjunto dos progra-mas de cada rea, em relao s opes estra-tgicas do Governo, os objetivos prioritrios definidos no PMDI e a execuo fsica e finan-ceira das aes.

    EXECUORealizao fsica e financeira dos pro-gramas e aes sob responsabilidade dos rgos e entidades por meio da alocao de recursos previstos na LOA.

    MONITORAMENTOOs Programas e Aes so monitorados trimes-tralmente por meio do Sistema de Informaes Gerenciais e de Planeja-mento - SIGplan.

    materiaL tCniCo Para ConsuLta

    Compete comisso coordenadora e aos demais tcni-cos dos rgos e unidades responsveis pela elaborao do PPA, observar, alm das normas e portarias editadas pela Se-cretaria do Tesouro Nacional, o seguinte:

    Constituio Federal, Estadual e Lei Orgnica Mu-nicipal;

    Lei Federal n 4.320/64; Lei Complementar n 101/00; Lei Federal n 9.424/96 - FUNDEF; Lei Federal n 9.394/96 - LDB; Lei Federal n 10.028/00; Decreto Presidencial n 2.829, de 29 de outubro de

    1998.

    RESUMINDO O PLANO PLURIANUAL

    PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS:

    L EGALIDADE (CF/88)I MPESSOALIDADE (CF/88)M ORALIDADE (CF/88)P UBLICIDADE (CF/88)E FICINCIA (CF/88)

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    Sociedade: Pessoas, Famlias, Empresas

    Plano Plurianual- PPA

    Lei Oramentria Anual - LOA

    Programa

    ProGrama

    ProBlema oBJetiVo +indiCador

    Causas

    C1C2C3

    Aes

    A1A2A3

  • PLANO PLURIANUAL foi introduzido pela CONS-TITUIO FEDERAL/88;

    PLANO PLURIANUAL tem vigncia de 4 anos; PLANO PLURIANUAL estabelece diretrizes, objeti-

    vos e metas para as despesas de capital, as delas decorrentes e para as de durao continuada.

    PLANO PLURIANUAL elaborado no primeiro ano do mandato do: Presidente da Repblica, do Governador do Estado e do Prefeito Muncipal.

    O Projeto do Plano Plurianual - PPA ser enviado pela Unio ao Poder Legislativo at dia 31/08 ou seja, quatro me-ses antes do encerramento do primeiro exerccio financeiro (31/12) e devolvido para sano at o encerramento da ses-so legislativa (22/12). (art.35, 2, I do ADCT)

    ELABORAO DO PPA:

    OBJETIVO: expressar as intenes concretas dos com-promissos assumidos pelo Governante com a populao.

    DIAGNSTICO: promover o levantamento da situao financeira, econmica e social; das demandas da comunidade e definir prioridades.

    DIRETRIZES: definir com base na disponibilidade de recursos (previso da receita) e no ambiente macroeconmi-co as orientaes para elaborao das aes.

    PROGRAMA: definir os programas tendo como referncia os pro-

    blemas levantados; mensurar os indicadores para avaliar as aes desen-

    volvidas.

    O PROGRAMA o elo de ligao entre o Plano Pluria-nual e a Lei Oramentria Anual.

    ACOMPANHAMENTO das metas fsicas (quantidade de aes realizadas) e das metas fiscais (quantidade de re-cursos aplicados).

    AVALIAO dos indicadores estabelecidos.

    REVISO atravs de lei, mediante autorizao legis-lativa.

    leI de dIretrIzes oramentrIas

    ConCeito

    A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) um instrumen-to de planejamento inovador, introduzida no sistema oramen-trio brasileiro pela Constituio Federal de 1988 para dar mais transparncia ao processo de elaborao do oramento e, segun-do James Giacomoni tornar possvel a participao concreta do Parlamento na conduo das finanas pblicas. At 1988, as prioridades do setor pblico eram definidas unilateralmente pelo Poder Executivo, sem trnsito pelo Parlamento.

    A Lei de Responsabilidade Fiscal, ao acrescentar es-trutura da LDO o denominado Anexo de Metas Fiscais, con-feriu-lhe maior importncia e significado dentro do sistema oramentrio, visto que o mesmo servir de base para a ela-borao da Lei Oramentria Anual - LOA e para o acompa-nhamento da execuo oramentria.

    Conceitualmente Meta Fiscal a meta financeira a ser atingida pela Administrao, ou seja, quanto o tesouro p-blico pretende arrecadar e gastar para alcanar o resultado. Ou seja, fazer sobrar, visando ao pagamento dos juros e do principal da dvida, seja ela flutuante ou fundada.

    Ao estabelecer as metas anuais da Administrao, o Ane-xo de Metas Fiscais se traduz numa demonstrao de como ser alcanado e mantido o equilbrio das finanas pblicas, que alis, constitui o principal fundamento da administrao: perseguir o equilbrio entre a receita e a despesa.

    De acordo com a lei n 10.028, de 19/10/00, art. 5, inciso II, constitui infrao administrativa contra as leis de finanas pblicas, propor lei de diretrizes oramentrias anual, que no contenha as metas fiscais na forma da lei. A infrao prevista para o descumprimento deste mandamento legal ser de 30% dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa.

    LegisLao

    A Lei de Diretrizes Oramentrias obedecer aos artigos 165, 2 e 169 da Constituio Federal, Constituio Esta-dual ou Municipal, Lei Complementar n 101/00 e Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional.

    A Constituio Federal - CF no artigo 165 2 dispe:A lei de diretrizes oramentrias compreender as

    metas e prioridades da administrao pblica federal, in-cluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subseqente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias finan-ceiras oficiais de fomento.

    Metas e prioridades para o exerccio seguinte: aes do plano plurianual que se realizar no ano vindouro; esse teor, o das metas e prioridades, faz da LDO uma ponte entre o Plano Plurianual e a Lei de Oramento.

    Orientao para a elaborao da Lei Oramentria Anual. Ex: estabelecer prazos para entrega das propostas parciais, regras para repasse de subvenes sociais, etc.

    Alterao na legislao tributria; neste ponto, o Execu-tivo sinalizar que pretende, por exemplo elevar a alquota do IRRF ou ICMS ou do IPTU ou corrigir seus valores venais.

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  • A LDO por determinao constitucional (art. 169) de-ver dispor ainda sobre as mudanas na poltica de pessoal; neste caso, a Administrao informar que pretende criar e prover cargos, conceder aumento ao funcionalismo, reestru-turar carreiras etc; nula a despesa de pessoal que no dis-puser de tal previso (art. 21, I; LRF).

    Pargrafo 1 do artigo 169 da Constituio:A concesso de qualquer vantagem ou aumento de

    remunerao, a criao de cargos, empregos e funes ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, s po-dero ser feitas:

    I - ...........II - se houver autorizao especfica na lei de diretri-

    zes oramentrias, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista.

    Alm dos contedos determinados pela Constituio, a LDO passar a prever vrias outras situaes. So elas:

    equilbrio entre Receita e Despesa (art. 4, I,a, LRF); critrios para contingenciamento (congelamento)

    de dotaes, quando a evoluo da receita comprometer os resultados oramentrios pretendidos (art. 4, I,b, LRF);

    regras para avaliar a eficincia das aes desenvolvi-das (controle operacional, art. 4, I, e, LRF);

    condies para ajudar financeiramente (subvencio-nar) instituies privadas (ex: nome da instituio, valor a ser repassado, destinao do repasse, metas de atendimento etc; (art. 4, I, f, LRF);

    condies para transferir recursos para entes da Ad-ministrao Indireta (ex: cumprimento de metas por parte de autarquias, fundaes, empresas: (art. 4, I, f, LRF);

    autorizao para o Municpio auxiliar o custeio de despesas prprias do Estado e da Unio. Ex: gastos de ope-rao do quartel da Polcia Militar, do Tiro de Guerra, do Cartrio Eleitoral, da Delegacia de Polcia, do Frum, dentre tantos outros (art. 62, I, LRF);

    critrios para incio de novos projetos, aps o adequa-do atendimento dos que esto em andamento (art. 45, caput, LRF);

    critrios para o Poder Executivo estabelecer a pro-gramao financeira e o cronograma de execuo mensal de desembolso (art. 8, caput, LRF);

    percentual da receita corrente lquida que ser retido, na Lei Oramentria, para Reserva de Contingncia destina-da a cobrir despesas com passivos contingentes (art. 5, III, LRF);

    definio de despesas consideradas irrelevantes, que no precisam atender aos pressupostos para gerao de des-pesas (art. 16, 3, LRF);

    definio das condies para contratao de horas-extras dos servidores pblicos (art. 22, V, LRF).

    Prazo de enCaminhamento

    A LDO ser elaborada por iniciativa do Poder Executi-vo e seu encaminhamento ao Legislativo, antecede remessa da Lei de Oramento Anual - LOA. O prazo de remessa do Governo Federal o estabelecido na Constituio Fede-ral, no art. 35, 2, inciso II, do Ato e das Disposies

    W

    Constitucionais Transitrias que corresponde ao dia 15 de abril, devendo ser devolvida para sano at o encerramen-to da primeira sesso legislativa. Os Estados e Municpios obedecero aos prazos estabelecidos em suas constituies, e caso no estejam previstos, devero adotar o prazo deter-minado para a Unio.

    Contedo da Ldo

    O projeto de lei de diretrizes oramentrias compreen-der:

    mensagem encaminhando o projeto de lei; projeto de lei contendo o que determina a legislao

    vigente e dever ser redigido de acordo com as tcnicas pr-prias de redao legislativa;

    anexos de metas e prioridades, anexo de Metas Fis-cais e Anexo de Riscos Fiscais.

    anexo de metas FisCais e anexo de risCos FisCais

    Integraro o projeto de lei de diretrizes oramentrias o anexo de Metas Fiscais e o anexo de Riscos Fiscais.

    anexo de metas FisCais

    No anexo de Metas Fiscais sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a recei-tas, despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes.

    A Lei de Responsabilidade Fiscal dispe no 2 do artigo 4 que o anexo de Metas Fiscais dever conter:

    a) avaliao do cumprimento das metas do ano anterior;b) demonstrativo das metas anuais, instrudo com me-

    mria e metodologia de clculo que justifiquem os resul-tados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs exerccios anteriores, e evidenciando sua consistncia com as premissas e os objetivos da poltica econmica nacional;

    c) evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios, destacando a origem e a aplicao dos recur-sos obtidos com a alienao de ativos;

    d) avaliao da situao financeira e atuarial dos fundos de previdncia dos servidores pblicos e dos demais fundos pblicos e programas estatais de natureza atuarial;

    e) demonstrativo da estimativa de compensao da re-nncia de receitas (anistias, remisses, isenes, subsdios, etc.) e da margem de expanso das despesas obrigatrias de carter continuado.

    Em atendimento ao que dispe a LRF, a Secretaria do Tesouro Nacional, atravs da Portaria n 575, de 30/08/2007, regulamentou sua elaborao. Este anexo dever conter os seguintes demonstrativos:

    previso das Metas Anuais; comparao das Metas Anuais Previstas com as Reali-

    zadas; avaliao do Cumprimento das Metas Fiscais do

    Exerccio Anterior; avaliao Financeira do Regime Prprio de Previdn-

    cia; renncia de Receitas; origem e Aplicao dos Recursos Obtidos com a

    Alienao de Ativos; evoluo do Patrimnio Lquido.

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  • 10

    anexo de risCos FisCais

    No anexo de Riscos Fiscais sero avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas p-blicas, informando as providncias a serem tomadas, caso se concretizem ( 3 do artigo 4 da Lei de Responsabilidade Fiscal).

    A Secretaria do Tesouro Nacional tambm regulamen-tou a elaborao deste anexo atravs da Portaria n 574, de 30/08/2007.

    Risco fiscal uma ameaa s previses fiscais, ou seja, um acontecimento que pode vir a prejudicar a previso da receita e fixao da despesa, tal como, a no arrecadao de uma receita ou a realizao de uma despesa em patamar superior ao programado.

    Trmite Legal da LDO

    Poder Executivo Elabora o projeto de lei.

    Executivo - Sanciona e publica a lei, poden-do propor veto ao texto aprovado pelo legislati-vo.

    Encaminha

    Devolve

    PODER LEGIS-LATIVO - Discute, altera e aprova o projeto de Lei.

    L E G I S L AT I V O - Aprova ou no os vetos propostos pelo Executivo.

    leI oramentrIa anual - loa

    ConCeito

    Segundo Cludio Nascimento o Oramento o docu-mento que apresenta os meios para se chegar aos fins, ou melhor, os recursos financeiros a serem obtidos e a alocao destes para atender aos objetivos e s metas pretendidas. o Oramento Pblico, que, como os demais componentes do sistema oramentrio brasileiro, assume a forma de lei. Possui carter autorizado para os gestores pblicos, pois es-tabelece limites de despesa, em funo da receita estimada, para que a Administrao atue.

    Slomski (2005, p. 47) pontua que:

    Alguns publicitas afirmam que na administrao p-blica tudo mais difcil, pois, diferentemente da iniciativa privada, nela s pode ser feito o que est previsto em lei e na iniciativa privada no. (...). O gestor pblico ao candi-datar-se, profere discursos enunciando o seu programa de governo, uma vez eleito, escreve o PPA, com base nele redige a LDO e com base nela a Lei de Oramento, podendo, ainda, mesmo durante o exerccio, ajust-la por meio de crditos adicionais, suplementares, especiais e /ou extraordinrios.

    O autor menciona ainda, que preciso aprimorar, ain-da mais, o processo de planejamento e execuo dos entes pblicos brasileiros. Faz-se necessrio que a LOA deixe de ser autorizativa para ser executiva. No processo atual, s en-tra na LOA o que est previsto no PPA, uma vez entendido como prioritrio na LDO.

    Prazo de enCaminhamento

    A LOA ser elaborada por iniciativa do Poder Executivo. O prazo de remessa pelo Governo Federal o estabelecido na Constituio Federal, inciso III, do pargrafo 2 do artigo 35 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias que determina o envio ao Poder Legislativo at 31 de agosto. Os Estados e Municpios obedecero aos prazos estabelecidos em suas constituies, e caso no estejam previstos, devero adotar o prazo determinado para a Unio.

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    A seguir resumo dos prazos para encaminhamento dos trs instrumentos de planejamento:

    Governo Federal

    ProjetoPrazo de Envio pelo Poder Executivo ao Legislativo

    Prazo de Devoluo pelo Poder Legislativo ao Poder Executivo

    Fund. Legal

    PPA 4 meses do encerramento do primeiro exerccio financeiro do mandato, ou seja, 31 de agosto.

    At o encerramento do segundo pe-rodo da sesso Legislativa (22 de dezembro), do exerccio em que for encaminhado.

    Art. 35 2, inciso I do ADTC

    LDO 8 meses e meio antes do en-cerramento do primeiro exer-ccio financeiro do mandato, ou seja, 15 de abril.

    At o encerramento do primeiro pe-rodo da sesso Legislativa (17 de julho), do exerccio em que for en-caminhado.

    Art. 35 2, inciso II do ADTC

    LOA 4 meses antes do encerra-mento do primeiro exerccio financeiro do mandato, ou seja, 31 de agosto.

    At o encerramento do segundo pe-rodo da sesso Legislativa (22 de dezembro), do exerccio em que for encaminhado.

    Art. 35 2, inciso III do ADTC

    Cuidado: os prazos das Constituies Estaduais e Leis Orgnicas Municipais so diferentes, portanto no tome isso como base para concursos pblicos estaduais e municipais.

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    Governo do Estado de Minas Gerais

    ProjetoPrazo de Envio pelo Poder Executivo ao Legislativo

    Prazo de Devoluo pelo Poder Legislativo ao Poder Executivo

    Fund. Legal

    PPAG 3 meses antes do encerra-mento do primeiro exerccio financeiro do mandato, ou seja, 30 de setembro.

    At o encerramento do segundo pe-rodo da sesso Legislativa (20 de dezembro), do exerccio em que for encaminhado.

    Art. 68, inciso I do ADTC

    LDO 7 meses e meio antes do en-cerramento do primeiro exer-ccio financeiro do mandato, ou seja, 15 de maio.

    At o encerramento do primeiro pe-rodo da sesso Legislativa (18 de julho), do exerccio em que for en-caminhado.

    Art. 68, inciso II do ADTC

    LOA 3 meses antes do encerra-mento do primeiro exerccio financeiro do mandato, ou seja, 30 de setembro.

    At o encerramento do segundo pe-rodo da sesso Legislativa (20 de dezembro), do exerccio em que for encaminhado.

    Art. 68, inciso III do ADTC

    LegisLao

    A Lei Oramentria Anual obedecer aos artigos 165, 5 da Constituio Federal, Constituio Estadual ou muni-cipal, Lei Complementar n 101/00, Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional, Lei Federal n 4.320/64 e normas esta-belecidas pela a Lei de Diretrizes Oramentrias.

    O artigo 165 5 da Constituio Federal, dispe que a Lei Oramentria Anual compreender:

    I - O oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta, in-direta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;

    II - O oramento de investimentos das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

    III - O oramento da seguridade social abrangendo todos os rgos e entidades a ela vinculados, da adminis-trao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico.

    a Lei Federal n 4.320, de 17 de maro de 1964 que estatuiu as Normas Gerais de Direito Financeiro para elabo-rao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal o principal instrumento legal a ser observado durante o processo de ela-borao da LOA.

    Cabe destacar a Portaria n 42/99 e a Portaria Inter-ministerial n 163/01, que introduziram normas legais para classificao da receita e da despesa, visando uniformizar os conceitos e cdigos numricos nas trs esferas de governo.

    So estabelecidos tambm pela legislao pertinente os princpios oramentrios com intuito de dar mais consistn-cia ao cumprimento das finalidades do Oramento, destacan-do-se o 8 do art. 165 da Constituio Federal referente ao principio da exclusividade e o art. 2 da Lei n 4.320/64:

    W Art. 2 A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmi-ca financeira e o programa de trabalho do Governo, obe-decidos os princpios de unidade, universalidade e anua-lidade.

    a) Princpio da Unidade: Cada esfera governamental possui um nico documento, consolidando todos os demais oramentos. Assim, a Unio engloba, em um nico docu-mento, todos os rgos de sua esfera. O fato do Oramento Geral da Unio possuir trs peas, como o Oramento Fiscal, o Oramento da Seguridade Social e o Oramento de Inves-timento no representa afronta ao princpio da unidade, pois o Oramento nico, vlido para os trs Poderes. O que h so apenas volumes diferentes segundo reas de atuao do Governo.

    b) Princpio da Universalidade: O oramento constar de todas as receitas e despesas, vedadas quaisquer dedues, ou seja, nenhuma instituio pblica que receba recursos or-amentrios ou gerencie recursos federais pode ficar de fora do Oramento.

    c) Princpio da Anualidade/Periodicidade: O ora-mento elaborado e aprovado para vigorar pelo perodo de um ano ou exerccio financeiro. No Brasil, este perodo corresponde ao ano civil ou exerccio financeiro, de 01/01 a 31/12, conforme est definido no art. 34 da Lei n 4.320/64. O dia 31 de dezembro assinala o encerramento do exerc-cio e data marcada para a elaborao de um balano fsico e financeiro do que foi programado e realizado no ano que terminou.

    d) Princpio da Exclusividade: A lei oramentria anu-al no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autoriza-o para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. ( 8 do art. 165 da Constituio Federal)

  • 12

    Alm dos princpios anteriormente citados, existem ou-tros que merecem destaques, tais como:

    a) Legalidade: O Oramento objeto de uma lei es-pecfica (Lei ordinria no Brasil), e como tal, deve cumprir o rito legislativo prprio, com o cumprimento de todos os quesitos, inclusive seu sancionamento e publicao pelo Pre-sidente da Repblica ou Congresso Nacional. O art. 166 da CF/88 estabelece que Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditos adicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

    b) Princpio da Publicidade: O Oramento de um pas deve ser sempre divulgado quando aprovado e transforma-do em lei. No Brasil, o Oramento Federal publicado no Dirio Oficial da Unio. Atravs desse Princpio, exige-se do poder pblico uma transparncia absoluta e um acesso irrestrito s informaes mnimas necessrias fiscalizao dos dirigentes, por qualquer interessado. O art. 37 da CF/88 estabelece que A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Fe-deral e dos Municpios obedecer aos princpios de legalida-de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: ............... . e o art. 165, 3 da CF/88, que estipula a publicao bimestral de relatrio resumido da execuo oramentria.

    c) No-Afetao ou No-Vinculao: vedada a vin-culao dos impostos a rgo, fundo ou despesa, exceto as prprias transferncias constitucionais para manuteno e desenvolvimento do ensino (FPE, FPM, etc.) e as garantias s operaes de crdito por antecipao da receita (CF art. 167 inciso IV).

    Art. 167: So vedados: ....I. ..........IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo

    ou despesa, ressalvadas a repartio do produto da arreca-dao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para manuteno e desenvolvimen-to do ensino, como determinado pelo art. 212, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art. 165, 8;

    a) Princpio de Unidade de Tesouraria: O recolhi-mento de todas as receitas far-se- em estrita observncia ao princpio de unidade de tesouraria, vedada qualquer frag-mentao para criao de caixas especiais (Art. 56 da Lei 4.320/64).

    b) Princpio do Oramento Bruto: A Lei n 4.320/64 faz jus ao Princpio do Oramento Bruto, que estabelece que todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no oramento em seus valores brutos, consagrando em seu ar-tigo 6 que todas as receitas e despesas constaro da lei de Oramento pelos seus totais, vedados quaisquer dedues.

    c) Princpio da Clareza: O oramento pblico deve ser expresso em linguagem compreensvel a qualquer pessoa que precisa manipul-lo. Neste sentido, como relata Giaco-moni (2002, p. 86), uma soluo seria melhorar os anexos sintticos, cujos componentes deveria conter peas auto-ex-plicativas com informaes gerais acerca da programao oramentria.

    d) Princpio da Programao: considerado o mais moderno princpio oramentrio. Os governos, cercados de encargos cada vez maiores e com recursos sempre limitados, conforme relata Giacomoni (2002, p. 87), passaram a utilizar o oramento - que era mecanismo de autorizao e controle parlamentar - como auxiliar efetivo da administrao e como ligao entre funes de planejamento e de gerncia. Com o intuito de representar os elementos do planejamento, o ora-mento tem sofrido mudanas significativas em sua lingua-gem, com o propsito de veicular a programao de trabalho de governo: os objetivos e metas perseguidos.

    e) Equilbrio Oramentrio (Contbil): Receita = Despesa o governo no deve absorver da coletividade mais do que o necessrio para o financiamento de suas atividades, sendo condicionada a realizao de dispndios capacidade efetiva de ingressos.

    f) Equilbrio Fiscal (Econmico): O Estado dever pautar sua gesto pelo equilbrio oramentrio e toda vez que aes ou fatos venham a desviar a gesto da equalizao entre receitas e despesas no financeiras, medidas devem ser tomadas para que a trajetria do equilbrio seja retomada pois vrios so as limitaes estabelecidas pela CF/ 88, a saber:

    Art. 167: So vedados: ....II - a realizao de despesas ou a assuno de obri-

    gaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou adicionais;

    III - a realizao de operaes de crditos que exce-dam o montante de despesa de capital (regra de ouro);

    V - a abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao legislativa e sem indicao dos recursos correspondentes;

    VII - a concesso de crditos ilimitados.

    Art. 166, 3, inciso II, aprovao de emendas ao pro-jeto de lei do oramento anual ou aos projetos que o mo-difiquem somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa (exceto: pessoal, juros e dvida).

    g) Especificao ou Discriminao ou Especializa-o: So vedadas autorizaes globais no Oramento. As despesas devem ser especificadas no Oramento, no mnimo, por modalidade de aplicao.

    eLaborao da Loa

    A Lei Oramentria Anual ser elaborada em consonn-cia com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Oramen-trias. A interligao entre o Plano Plurianual e o Oramen-to ser feita por intermdio dos programas criados para as aes de governo.

    Alm dos demonstrativos determinados pela Lei Fede-ral 4.320/64, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece ainda, que o Projeto de Lei Oramentria dever conter de-monstrativo da compatibilizao dos objetivos e das metas estabelecidas no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Or-amentrias (art. 5, inciso I).

    W

  • 1

    Os recursos oramentrios, necessrios realizao das aes contidas nos programas devero ser detalhados por Projetos, Atividades e Operaes Especiais e discriminados por natureza de despesa e fonte de recurso.

    A maioria das regras exigidas no processo de elaborao da LOA consta na Lei Federal n 4.320/64, que continua em vigor, devendo, adicionalmente serem obedecidas s exign-cias contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal, tais como:

    apresentar documentos que demonstre como sero compensadas a renncia de receitas e a margem de expan-so das despesas obrigatrias de carter continuado (art. 5, inciso II da LRF);

    prever a Reserva de Contingncia para garantir pa-gamentos imprevistos, inesperados e contingncias (art. 5, inciso III da LRF);

    todas as despesas relativas dvida pblica, mobili-ria ou contratual, e as receitas que as atendero, constaro da lei oramentria anual ( 1 do art 5 da LRF);

    o refinanciamento da dvida pblica constar separa-damente na lei oramentria e nas de crdito adicional ( 2 do art 5 da LRF);

    a atualizao monetria do principal da dvida mobi-liria refinanciada no poder superar a variao do ndice de preos previsto na lei de diretrizes oramentrias, ou em legislao especfica ( 3 do art 5 da LRF);

    vedado consignar na lei oramentria crdito com finalidade imprecisa ou com dotao ilimitada ( 4 do art 5 da LRF);

    a lei oramentria no consignar dotao para inves-timento com durao superior a um exerccio financeiro que no esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autori-ze a sua incluso, conforme disposto no 1 do art. 167 da Constituio ( 5 do art 5 da LRF);

    integraro as despesas da Unio e sero includas na lei oramentria, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefcios e assistncia aos servidores, e a investimentos ( 6 do art 5 da LRF).

    Contedo da Loa

    Ao ser enviada para o Poder Legislativo, a Proposta Or-amentria dever apresentar a mensagem, o projeto de lei, tabelas explicativas, descrio das finalidades de cada unida-de administrativa, demonstrativo de compatibilidade LOA / PPA e a reserva de contingncia e estar organizada da forma a seguir discriminada:

    a) A MENSAGEM conter: exposio circunstanciada da situao econmico-fi-

    nanceira; demonstrativo da dvida fundada e flutuante, saldos

    de crditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigveis;

    exposio e justificativa da poltica econmico-finan-ceira do governo;

    justificativa da receita e da despesa, particularmente no tocante ao oramento de capital, com breve descrio dos principais projetos.

    W

    b) O PROJETO DE LEI do oramento ser composto por:

    texto do projeto de lei; sumrio geral da receita, por fontes, e da despesa, por

    funes de governo; quadros demonstrativos da receita e da despesa, se-

    gundo as categorias econmicas (Anexo 1 da Lei Federal n 4.320/64);

    quadro discriminativo da receita, por fontes, e respec-tiva legislao;

    quadro das dotaes por rgos do governo (Artigo 2, Pargrafo 1, Inciso IV);

    quadros demonstrativos da receita e planos de aplica-o dos fundos especiais;

    quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do governo, por funo governamental (Anexo 7 da Lei n 4.320/64);

    quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do governo com a distribuio das misses entre os rgos executores e as unidades oramentrias (Anexo 6 da Lei n 4.320/64);

    quadro geral, indicando as despesas de cada rgo executor, segundo as funes governamentais (Anexo 9 da Lei n4.320/64);

    demonstrativo da despesa por funes, subfunes e programas conforme o vnculo com os recursos (Anexo 8 da Lei 4.320/64).

    c) Tabelas explicativas, com o comportamento da recei-ta e da despesa de diversos exerccios (Artigo 22, inciso III da Lei n 4.320/64).

    d) Descrio sucinta das principais finalidades de cada unidade administrativa, com a respectiva legislao.

    e) Demonstrativo do efeito, sobre as receitas e as despe-sas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia, bem como das medidas de compensao renncia de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de carter continuado (art. 5, inciso II da LRF).

    f) Demonstrativo de compatibilidade da programao dos oramentos com os objetivos e as metas, constante no Anexo de Metas Fiscais, que integra a LDO.

    g) Reserva de contingncia, calculada com base em per-centual da receita corrente lquida, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais im-previstos, cuja forma de utilizao e montante so regulados na LDO.

    h) Demonstrativo contendo todas as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual, e as receitas que as atendero ( 2 do art. 5).

    Alm desses demonstrativos legalmente exigidos, pode-ro ser anexados os relativos aos gastos com Manuteno e Desenvolvimento de Ensino, Aes e Servios de Sade e Pessoal objetivando dar maior transparncia s aes gover-namentais.

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    Oramento

    Instrumento de planejamento e programao

    Retrata plano de ao Define objetivos Reflete decises polticas

    Instrumentode gerncia e administrao

    Facilita coordenao Evidencia distores Possibilita correes

    tempestivas Indica duplicaes e

    superposies

    Instrumento de controlee avaliao

    Base para contabilidade Especifica origem dos

    recursos e a destinao dos gastos

    Permite comparaesrealizado x previsto

    Permite acompanhamento gerencial

    Oramento Tradicional Oramento Programa

    O processo oramentrio dissociado dos processos de planejamento e programa-o.

    O Oramento Programa o elo de ligao entre o plane-jamento e as funes execu-tivas da organizao.

    A alocao de recursos visa aquisio de meios.

    A alocao de recursos visa consecuo de objetivos e metas.

    As decises oramentrias so tomadas tendo em vista as necessidades das unida-des organizacionais.

    As decises oramentrias so tomadas com base em avaliaes e anlises tcni-cas das alternativas poss-veis.

    Na elaborao do Ora-mento Tradicional so con-sideradas as necessidades financeiras das unidades organizacionais.

    Na elaborao do Oramen-to Programa so conside-rados todos os custos dos programas.

    A estrutura do Oramento Tradicional d nfase aos aspectos contbeis de ges-to.

    A estrutura do Oramento Programa est voltada para os aspectos administrativos e de planejamento.

    Principais critrios de clas-sificao: unidades admi-nistrativas e elementos.

    Principal critrio de classi-ficao: funcional - progra-mtica.

    Inexistem sistemas de acom-panhamento e medio de trabalho, assim como, dos resultados.

    Utilizao sistemtica de indicadores e padres de medio do trabalho e dos resultados.

    O controle visa avaliar a honestidade dos agentes go-vernamentais e a legalidade no cumprimento do ora-mento tradicional.

    O controle visa avaliar a eficincia, a eficcia e a efe-tividade das aes governa-mentais.

    Fonte: GIACOMANI, James. Oramento pblico. 9 ed. SP. Atlas, 2000.

    receIta PblIca introduo

    Na Administrao Pblica, de modo geral, a receita se origina de seu poder impositivo de cobrar tributos, cujo to-tal, nas leis de oramento, denomina-se receita prevista ou estimada.

    A Portaria Conjunta n 02, de 08 de agosto de 2007 da Secretaria do Tesouro Nacional e Secretaria de Oramento Federal, aprovou a 4 edio do Manual de Procedimentos da Receita Pblica (MPRP). A seguir, apresentamos a transcrio dos itens pertinentes a esta matria contidos neste manual:

    ConCeito

    Receitas Pblicas so todos os ingressos de carter no devolutivo auferidas pelo poder pblico, em qualquer esfera governamental, para alocao e cobertura das despesas p-blicas. Dessa forma, todo o ingresso oramentrio constitui uma receita pblica, pois tem como finalidade atender s despesas pblicas.

    reguLamentao

    A Lei n 4.320/64 regulamenta os ingressos de disponi-bilidades de todos os entes da federao, classificando-os em dois grupos: oramentrios e extra-oramentrios. Os ingres-sos oramentrios so aqueles pertencentes ao ente pblico, arrecadados exclusivamente para aplicao em programas e aes governamentais. Esses ingressos so denominados Receita Pblica.

    Os ingressos extra-oramentrios so aqueles perten-centes a terceiros, arrecadados pelo ente pblico exclusiva-mente para fazer face s exigncias contratuais pactuadas para posterior devoluo. Esses ingressos so denominados recursos de terceiros.

    CLassiFiCao eConmiCa da reCeita PbLiCa

    A classificao econmica da receita oramentria es-tabelecida pela Lei n 4.320/64 para sustentar o conceito com base no ingresso de recursos financeiros e no pelo reconhe-cimento do direito, conforme o princpio contbil da compe-tncia de registro. Portanto, deve-se proceder ao registro da receita oramentria, mas antes deve-se proceder ao registro do direito no momento em que for reconhecido, para refletir o real estado patrimonial da entidade.

    A Lei n 4.320/64, em seu artigo 11, classifica a receita pblica oramentria em duas categorias econmicas: Re-ceitas Correntes e Receitas de Capital. Com a Portaria Inter-ministerial STN/SOF n 338 de 26 de abril de 2006, essas categorias econmicas foram detalhadas em Receitas Cor-rentes Intra-Oramentrias e Receitas de Capital Intra-Ora-mentrias. Essa especificao deveu-se necessidade de se evidenciar as receitas decorrentes de operaes intra-ora-mentrias, ou seja, operaes que resultem, de um lado, de despesa de rgos, fundos ou entidades integrantes dos ora-mentos fiscal e da seguridade social, e, de outro lado, receita de outros rgos, fundos ou entidades tambm constantes desses oramentos no mbito da mesma esfera de governo.

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    reCeitas Correntes

    So os ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades operacionais, para aplicao em despesas corres-pondentes, tambm em atividades operacionais, correntes ou de capital, visando ao alcance dos objetivos constantes dos programas e aes de governo. So denominadas de recei-tas correntes porque no tm suas origens em operaes de crdito, amortizao de emprstimos e financiamentos nem alienao de componentes do ativo permanente. Elas so de-rivadas do poder de tributar ou resultantes da venda de pro-dutos ou servios colocados disposio dos usurios.

    Receitas Correntes Intra-Oramentrias

    Receitas correntes de rgos, fundos, autarquias, fun-daes, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do oramento fiscal e da seguridade social decor-rentes do fornecimento de materiais, bens e servios, rece-bimentos de impostos, taxas e contribuies, alm de outras operaes, quando o fato que originar a receita decorrer de despesa de rgo, fundo, autarquia, fundao, empresa esta-tal dependente ou outra entidade constante desses oramen-tos, no mbito da mesma esfera de governo.

    As receitas correntes intra-oramentrias sero classi-ficadas nos mesmos nveis de subcategorias econmicas em que so classificadas as receitas correntes, os quais constam do item Classificao. No entanto, atendem especifici-dade de se referirem a operaes entre rgos, fundos, au-tarquias, fundaes, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do oramento fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental.

    As receitas correntes so classificadas nas seguintes subcategorias econmicas:

    Receita Tributria: So os ingressos provenientes da arrecadao de impostos, taxas e contribuies de melhoria. Dessa forma, uma receita privativa das entidades investi-das do poder de tributar: Unio, Estados, Distrito Federal e os Municpios.

    Exemplo: IRRF, IPI, ICMS, IPVA, ISSQN, IPTU, Taxa de fiscalizao, Taxa de registro de produto etc.

    O Cdigo Tributrio Nacional, no art. 3, define tributo como toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

    PRESTAOPECUNIRIA

    Quer dizer obrigao de pa-gar pecnia, isto dinheiro.

    COMPULSRIA

    Significa no ser espon-tnea, obrigatria. Tem que ser feita quer queira, quer no. Independe, pois da vontade do devedor.

    EM MOEDA OU CUJO VALOR NELA SE POSSA EXPRIMIR

    o mesmo que dizer em moeda corrente, ou em ttulo que a represente (ex. cheque, ordem de pagamento, etc.)

    QUE NO CONSTITUA SANO DE ATOILCITO

    Significa que o tributo no pode representar uma san-o de qualquer ato ilegal. Assim a multa jamais ser tributo, porque ela cons-titui sano de ato ilcito.

    INSTITUDA EM LEI

    A obrigao tributria nasce da vontade da lei.Lei no sentido formal e material, quer dizer, norma que tenha emanado do po-der legislativo e cujo con-tedo seja uma regra geral Um decreto regulamentar no lei: apesar de conter uma regra geral e abstrata, tem como objetivo regu-lamentar uma lei anterior.

    COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE ADMINIS-TRATIVA

    Significa que s o poder p-blico tem competncia para cobrar. s vezes pode ser que um particular o faa, mas ser sempre por delega-o de algum rgo pblico.

    PLENAMENTEVINCULADA

    o mesmo que dizer que o poder pblico no tem livre arbtrio para cobrar um tributo, mas o faz vin-culado lei, isto , den-tro dos limites da lei.

    Receita de Contribuies: o ingresso proveniente de contribuies sociais, de interveno no domnio econmico e de interesse das categorias profissionais ou econmicas, como instrumento de interveno nas respectivas reas. So subdivididas em: Contribuies Sociais, Contribuies de Interveno no Domnio Econmico e Contribuies de In-teresse das Categorias Profissionais ou Econmicas.

    Exemplo: Contribuio Social - Contribuies ao Fun-do Previdencirio.

    Receita Patrimonial: o ingresso proveniente de ren-dimentos sobre investimentos do ativo permanente, de apli-caes de disponibilidades em operaes de mercado e ou-tros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes.

    Exemplo: Aluguel de bens pblicos, o produto da ven-da de ingressos em parques florestais, museus, reas de re-creao e lazer, o produto de aplicao financeira etc.

    Receita Agropecuria: o ingresso proveniente da ativida-de ou da explorao agropecuria de origem vegetal ou animal.

    Exemplo: Venda de sementes, mudas, laticnios etc.

    Receita Industrial: o ingresso proveniente da ativi-dade industrial de extrao mineral, de transformao, de construo e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundao Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatstica - IBGE.

    Exemplo: Beneficiamento ou venda de produtos de ma-deira, manilhas, tijolos, extrao mineral, receita da industria editorial e grfica etc.

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    Receita de Servios: o ingresso proveniente da pres-tao de servios de transporte, sade, comunicao, porturio, armazenagem, de inspeo e fiscalizao, judicirio, proces-samento de dados, vendas de mercadorias e produtos ineren-tes atividade da entidade e outros servios.

    Exemplo: Venda dos servios prestados pelos portos, ter-minais rodovirios, cinemas, funerrias, matadouros, mercados, SAAE etc.

    Transferncia Corrente: Recursos recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado, independente de con-traprestao direta em bens e servios.

    Exemplo: Cota parte do FPE, cota parte do FPM cota parte do ICMS, convnios etc.

    Outras Receitas Correntes: So os ingressos prove-nientes de outras origens no classificveis nas subcategorias econmicas anteriores.

    Exemplo: Receita da divida ativa, juros de mora, inde-nizaes etc.

    A Receita de Dvida Ativa: uma subcategoria das Outras Receitas Correntes que merece destaque dentro da Receita Pblica.

    Dvida ativa a receita oriunda dos crditos do ente pblico contra terceiros, inscritos por no terem sido liqui-dados na poca do seu vencimento. Constituem Dvida Ati-va, a partir da data de sua inscrio e depois de apurada a sua liquidez e certeza, as importncias relativas a tributos, multas e demais crditos da Fazenda Pblica, de natureza tributria e no tributria, exigveis pelo transcurso do prazo para pagamento.

    O artigo 13 da LRF estabelece que:Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas pre-

    vistas sero desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadao, com a especificao, em sepa-rado, quando cabvel, das medidas de combate evaso e sonegao, da quantidade e valores de aes ajuizadas para cobrana da dvida ativa, bem como da evoluo do montante dos crditos tributrios passveis de cobrana ad-ministrativa.

    A no observncia desta norma, tem como punio a cassao do mandato, conforme determina o art. 4, inciso VII do Decreto-lei 201/67.

    A Portaria n 564, de 27 de outubro de 2004 da Secre-taria do Tesouro Nacional, aprovou a 1 edio do Manual de Procedimentos da Divida Ativa. A seguir, apresentamos a transcrio de alguns itens pertinentes a esta matria conti-dos neste manual:

    Conceitos Bsicos

    a) A Contabilidade, como cincia que tem por objeto o patrimnio, responsvel por evidenciar suas variaes, controlar e interpretar os fenmenos que nele ocorrem. de suma importncia o registro contbil real e tempestivo de todos os fenmenos econmicos, potenciais ou efetivos rela-cionados ao patrimnio das entidades, pblicas ou privadas.

    b) Patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes de responsabilidade de um ente. Bens e direitos constituem o Ativo; as obrigaes constituem o Passivo, e a diferena representa o Patrimnio Lquido. Dentre os elementos inte-grantes do Patrimnio dos Entes Pblicos, o presente Manual trata das contas do Ativo que registram crditos inscritos em Dvida Ativa, das contas de controle, e as relacionadas com as respectivas variaes.

    c) Dentro do Ativo dos Entes Pblicos so registrados crditos a favor da Fazenda Pblica com prazos estabeleci-dos para recebimento. A Dvida Ativa constitui-se em um conjunto de direitos ou crditos de vrias naturezas, em fa-vor da Fazenda Pblica, com prazos estabelecidos na legis-lao pertinente, vencidos e no pagos pelos devedores, por meio de rgo ou unidade especfica instituda para fins de cobrana na forma da lei.

    d) Portanto, a inscrio de crditos em Dvida Ativa representa contabilmente um fato permutativo resultante da transferncia de um valor no recebido no prazo estabeleci-do, dentro do prprio Ativo, contendo, inclusive, juros e atualiza-o monetria ou quaisquer outros encargos aplicados sobre o valor inscrito em Dvida Ativa.

    e) O eventual cancelamento, por qualquer motivo, do devedor inscrito em Dvida Ativa representa extino do cr-dito e por isto provoca diminuio na situao lquida patri-monial, relativamente baixa do direito que classificado como variao patrimonial passiva independente da execu-o oramentria ou simplesmente variao passiva extra-oramentria. Da mesma forma so classificados o registro de abatimentos, anistia ou quaisquer outros valores que re-presentem diminuio dos valores originalmente inscritos em Dvida Ativa mas no decorram do efetivo recebimento.

    f) A Dvida Ativa integra o grupamento de Contas a Re-ceber e constitui uma parcela do Ativo de grande destaque na estrutura patrimonial de qualquer rgo ou entidade p-blica.

    g) Os montantes a serem registrados em Contas a Rece-ber devem ser mensurados por seu valor lquido de realiza-o, ou seja, pelo produto final em dinheiro ou equivalente que se espera obter, de forma a assegurar a fiel demonstrao dos fatos contbeis. No entanto, nem sempre possvel as-segurar que os valores registrados efetivamente sero rece-bidos, existindo sempre um percentual de incerteza sobre a realizao dos crditos.

    prudente instituir mecanismos que previnam a incer-teza dos recebimentos futuros registrados no Ativo, revestin-do o demonstrativo contbil de um maior grau de preciso.

    Com o objetivo de evidenciar essa margem de incerteza emprega-se contas redutoras para os agrupamentos de contas de registro desses Ativos, permitindo que o valor final dos crditos a receber seja uma expresso correta dos recebimen-tos futuros.

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    No caso da Dvida Ativa, constituir-se- uma proviso para os crditos de recebimento ou liquidao duvidosa. A conta redutora dos crditos de Dvida Ativa denominada Proviso para Perdas de Dvida Ativa.

    Essa proviso corresponde estimativa da entidade da parcela de crditos a receber cuja realizao no ocorrer. Tal estimativa deve ser apurada de forma criteriosa, tendo em vista o carter de incerteza envolvido, tomando por base o histrico de recuperao em exerccios anteriores.

    Base Legal

    A Dvida Ativa uma espcie de crdito pblico, cuja matria definida desde a Lei 4.320/64, sendo sua gesto econmica, oramentria e financeira resultante de uma con-jugao de critrios estabelecidos em diversos outros textos legais. O texto legal referido, que versa sobre normas gerais de direito financeiro e finanas pblicas, institui os funda-mentos deste expediente jurdico-financeiro, conforme seu artigo 39:

    Art. 39. Os crditos da Fazenda Pblica, de natureza tributria ou no tributria, sero escriturados como recei-ta do exerccio em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas oramentrias. (Redao dada pelo Decreto Lei n 1.735, de 20.12.1979).

    1 ......... 5 A Dvida Ativa da Unio ser apurada e inscrita

    na Procuradoria da Fazenda Nacional. (Pargrafo inclu-do pelo Decreto Lei n 1.735, de 20.12.1979).

    A Lei 4.320/64, ao mesmo tempo em que evidencia a natureza do crdito a favor do Ente Pblico, caracterizando a origem como tributria e no-tributria, atribui Procura-doria Geral da Fazenda Nacional - PGFN competncia para gesto administrativa e judicial da Dvida Ativa da Unio.

    As demais esferas governamentais, Estados, Distrito Fe-deral e Municpios, disporo sobre competncias de rgos e entidades para gesto administrativa e judicial da Dvida Ativa pertinente.

    A Competncia para Inscrio

    A inscrio em Dvida Ativa ato jurdico que visa legi-timar a origem do crdito em favor da Fazenda Pblica, re-vestindo o procedimento dos necessrios requisitos jurdicos para as aes de cobrana.

    A Lei 6.830, de 22 de setembro de 1980, em seu ar-tigo 2, pargrafo 3, determina que cabe ao rgo compe-tente apurar a liquidez e certeza dos crditos, qualificando a inscrio como ato de controle administrativo da legalida-de. Depreende-se, portanto, que os Entes Pblicos devero outorgar a um rgo a competncia para este procedimento, dissociando, obrigatoriamente, a inscrio do crdito em D-vida Ativa e a origem desse crdito.

    Para o caso da Unio, a Constituio Federal, em seu artigo 131, 3, atribui expressamente a representao da

    Dvida Ativa de natureza tributria da Unio Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN. A Lei Complementar n 73 estabelece uma nova situao quando, alm de atri-buir competncia Procuradoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN para apurao da liquidez e certeza da dvida ativa tributria e representao da Unio em sua execuo, delega as mesmas atribuies s autarquias e fundaes, em seus artigos n 12 e n 17.

    Assim, como regra geral, no caso da Unio, a Procu-radoria Geral da Fazenda Nacional - PGFN responsvel pela apurao da liquidez e certeza dos crditos da Unio, tributrios ou no, a serem inscritos em Dvida Ativa, e pela representao legal da Unio. A Lei Complementar n 73 d aos rgos jurdicos das autarquias e fundaes pblicas a mesma competncia para o tratamento da Dvida Ativa res-pectiva.

    De forma anloga, para os Estados e Municpios, a competncia para inscrio em Dvida Ativa atribuda, por intermdio de normativos de mesma espcie, aos represen-tantes legais de cada esfera de governo, conforme j men-cionado.

    reCeitas de CaPitaL

    So denominadas receitas de capital as derivadas da ob-teno de recursos mediante a constituio de dvidas, amor-tizao de emprstimos e financiamentos ou alienao de componentes do ativo permanente, constituindo-se em meios para atingir a finalidade fundamental do rgo ou entidade.

    Receitas de Capital Intra-Oramentrias

    Receitas de capital de rgos, fundos, autarquias, fun-daes, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos oramentos fiscal e da seguridade social decorrentes do fornecimento de materiais, bens e servios, recebimentos de impostos, taxas e contribuies, alm de ou-tras operaes, quando o fato que originar a receita decorrer de despesa de rgo, fundo, autarquia, fundao, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses ora-mentos, no mbito da mesma esfera de governo.

    As receitas de capital intra-oramentrias sero classi-ficadas nos mesmos nveis de subcategorias econmicas em que so classificadas as receitas de capital, os quais constam do item Classificao. No entanto, atendem especifici-dade de se referirem a operaes entre rgos, fundos, au-tarquias, fundaes, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do oramento fiscal e da seguridade social da mesma esfera governamental.

    As receitas de capital so classificadas nas seguintes subcategorias econmicas:

    Operaes de Crdito: So os ingressos provenientes da colocao de ttulos pblicos ou da contratao de em-prstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais ou privadas.

    Alienao de Bens: o ingresso proveniente da aliena-o de componentes do ativo permanente.

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    Amortizao de Emprstimos: o ingresso prove-niente da amortizao, ou seja, parcela referente ao recebi-mento de parcelas de emprstimos ou financiamentos conce-didos em ttulos ou contratos.

    Transferncias de Capital: o ingresso proveniente de outros entes ou entidades referente a recursos pertencen-tes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condies preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigncia, desde que o objetivo seja a aplicao em despesas de capital.

    Outras Receitas de Capital: So os ingressos provenien-tes de outras origens no classificveis nas subcategorias econmicas anteriores.

    dedues da reCeita PbLiCa

    O critrio utilizado para registro da Receita Pblica o do ingresso de disponibilidades. Se o ingresso recebido pres-supor transferncias para outros entes, tais como: restituies, devolues, descontos e outros abatimentos, esses fatos no devem ser tratados como despesas, mas como deduo de receita. So recursos arrecadados que no pertencem e no so aplicveis em programas e aes governamentais sob a responsabilidade do ente arrecadador.

    Nesse caso, a contabilidade utiliza-se do conceito de conta redutora de receita, e no de despesa, para evidenciar o fluxo de recursos da receita bruta at a lquida, em funo de suas operaes econmicas e sociais.

    A metodologia de deduo de receita tambm deve ser utilizada para demonstrar contabilmente a renncia de recei-tas previstas na Lei Complementar n 101/00 - Lei de Res-ponsabilidade Fiscal.

    No mbito da administrao pblica, a deduo de re-ceita utilizada nas seguintes situaes, entre outras:

    restituio de tributos recebidos a maior ou indevi-damente;

    recursos que o ente tenha a competncia de arreca-dar, mas que pertencem a outro ente, de acordo com a lei vigente;

    demonstrar contabilmente a renncia de receita.

    As rubricas de dedues das receitas devem ser identifi-cadas a partir do cdigo 9000.00.00.

    Exemplo:9000.00.00 - Dedues da Receita9100.00.00 - Renncia9200.00.00 - Restituies9300.00.00 - Descontos Concedidos9600.00.00 - Compensaes9900.00.00 - Outras Dedues

    9200.00.00 - Restituies R$ 1.000,001111.01.01 - Imposto sobre Importao R$ 200,001112.01.00 - Imposto Territorial Rural R$ 100,001112.04.10 - IRPF R$ 700,00

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    CodiFiCao da natureza da reCeita

    Na elaborao do oramento pblico a codificao eco-nmica da receita oramentria composta dos nveis abai-xo:

    1 Nvel - Categoria Econmica2 Nvel - Subcategoria Econmica3 Nvel - Fonte4 Nvel - Rubrica5 Nvel - Alnea6 Nvel - Subalnea

    Detalhamento de Cdigo da Natureza da Receita Or-amentria

    Para atender s necessidades internas, a Unio, os Esta-dos, o Distrito Federal e os Municpios podero detalhar as classificaes oramentrias constantes do anexo I, a partir do nvel ainda no detalhado. A administrao dos nveis j detalhados cabe Unio.

    Exemplo 1:

    1.1.1.2.04.10 - Pessoas Fsicas:1 = Receita Corrente (Categoria Econmica);1 = Receita Tributria (Subcategoria Econmica);1 = Receita de Impostos (Fonte);2 = Impostos sobre o Patrimnio e a Renda (Rubrica);

    04 = Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (Alnea);

    10 = Pessoas Fsicas (Subalnea) - NVEL EXCLUSI-VO DA STN.

    XX = NVEL DE DETALHAMENTO OPTATIVO.

    Exemplo 2:

    1.1.2.1.40.00 - Taxas de Servio de Transporte Marti-mo de Passageiros:

    1 = Receita Corrente (Categoria Econmica);1 = Receita Tributria (Subcategoria Econmica);2 = Taxas (Fonte);1 = Taxa pelo Exerccio do Poder de Polcia (Rubrica);40 = Taxas Serv. de Transp. Martimo de Passag. (Al-

    nea) - NVEL EXCLUSIVO DA STN;00 = NVEL DE DETALHAMENTO OPTATIVO (Su-

    balnea).XX = NVEL DE DETALHAMENTO OPTATIVO.

    De acordo com os exemplos, o detalhamento de nvel de cdigo de natureza de receita somente poder ser efetiva-do nos nveis que esto com zeros, ou em um 7 nvel a ser criado, opcionalmente pelo ente. No exemplo 1 no poder detalhar em nvel de subalnea (1.1.1.2.04.36), e no exemplo 2 no poder detalhar em nvel de alnea (1.1.2.1.41.00).

    CLassiFiCao da reCeita Por Fonte de reCursos

    A classificao por natureza da receita busca a melhor identificao da origem do recurso segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de classificar a receita con-forme a destinao legal dos recursos arrecadados. Assim, foi institudo pelo Governo Federal um mecanismo denomi-nado fontes de recursos.

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    As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma de-terminada regra de destinao legal, e servem para indicar como so financiadas as despesas oramentrias.

    Entende-se por fonte de recursos a origem ou a proce-dncia dos recursos que devem ser gastos com uma determi-nada finalidade. necessrio, portanto, individualizar esses recursos de modo a evidenciar sua aplicao segundo a de-terminao legal.

    Destinao da Receita Pblica

    A Destinao da Receita Pblica foi conceituada pela Portaria 340, de 26/04/06 como sendo o processo pelo qual os recursos pblicos so vinculados a uma despesa espec-fica ou a qualquer que seja a aplicao de recursos, desde a previso da receita at o efetivo pagamento das despesas constantes dos programas e aes governamentais. A desti-nao de Receita Pblica, para fins de aplicao, dividida em ordinria e vinculada.

    a) Destinao Vinculada - o processo de vinculao de fonte na aplicao de recursos, em atendimento s finali-dades especficas estabelecidas pela legislao vigente.

    b) Destinao Ordinria - o processo de alocao li-vre de fonte parcial ou totalmente no vinculada, aplicao de recursos para atender s finalidades gerais do ente.

    O argumento utilizado na criao de vinculaes para as receitas o de garantir a despesa correspondente, seja para funes essenciais, seja para entes, rgos, entidades e fun-dos. Outro tipo de vinculao aquela derivada de convnios e contratos de emprstimos e financiamentos, cujos recursos so obtidos com finalidade especfica.

    O mecanismo utilizado para controle dessas destinaes a codificao denominada: DESTINAO DE RECUR-SOS (DR). Ela identifica se os recursos so vinculados ou no e, no caso daqueles vinculados, indica a sua finalidade. Identifica tambm se o recurso originrio do Tesouro (Na-cional, Estadual ou Municipal), se pertence ao exerccio cor-rente ou a exerccios anteriores e, ainda, se correspondente a contrapartidas de emprstimos ou financiamentos. Ade-mais, as destinaes esto divididas em Destinaes Prim-rias ou No-Primrias, conceitos importantes na elaborao do Demonstrativo do Resultado Primrio, parte integrante do Relatrio Resumido da Execuo Oramentria, regulamen-tado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Mecanismo de Utilizao das Destinaes de Recursos

    Destinar reservar para determinado fim ou emprego. A metodologia de destinao da receita constitui instru-mento que interliga todo o processo oramentrio-financei-ro, desde a previso da receita at a execuo da despesa. Esse mecanismo possibilita o atendimento da necessidade de transparncia no gasto pblico e de controle das fontes de financiamento das despesas, por motivos estratgicos e pela existncia de dispositivos legais que estabelecem vincu-laes para as receitas. Um desses dispositivos o Pargrafo nico do art. 8 e o art. 50, da Lei Complementar n 101/2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, transcritos a seguir:

    ......................Art. 8 Pargrafo nico. Os recursos legalmente vin-

    culados a finalidade especfica sero utilizados exclusiva-mente para atender ao objeto de sua vinculao, ainda que em exerccio diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

    Art. 50 . Alm de obedecer s demais normas de conta-bilidade pblica, a escriturao das contas pblicas obser-var as seguintes:

    I - a disponibilidade de caixa constar de registro pr-prio, de modo que os recursos vinculados a rgo, fundo ou despesa obrigatria fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

    ......................

    Ao se fixar a despesa, includa, na sua classificao, a destinao de Fonte de Recursos que ir financi-la, junta-mente com a Natureza da Despesa, Programa de Trabalho e outras classificaes.

    Codificao Utilizada para Controle das Destinaes de Recursos

    Esta codificao obedece a Portaria 340 do STN e ao disposto na LDO.

    O cdigo composto no mnimo por 4 dgitos, poden-do-se utilizar a partir do 5 dgito para atender peculiaridades internas:

    1 dgito:IDUSO - IDENTIFICADOR DE USO

    2 dgito:GRUPO DE DESTINAO DE RECURSOS

    3 e 4 dgitos:ESPECIFICAO DAS DESTINAES DE RE-

    CURSOS

    5 ao n dgitos:

    DETALHAMENTO DAS DESTINAES DE RE-CURSOS

    Identificador de Uso (IDUSO): Cdigo utilizado para indicar se os recursos so livres ou se so destinados a con-trapartida. Se for contrapartida indicar a que tipo de operao - emprstimos, doaes ou outras aplicaes.

    Grupo de Destinao de Recursos: Divide os recursos em originrios do Tesouro ou de Outras Fontes e fornece a indicao sobre o exerccio em que foram arrecadadas, se corrente ou anterior.

    Os chamados Recursos do Tesouro so aqueles geri-dos de forma centralizada pelo Poder Executivo do ente, que detm a responsabilidade e controle sobre as disponibilida-des financeiras. Essa gesto centralizada se d, normalmente, por meio do rgo Central de Programao Financeira, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberaes aos rgos e entidades, de acordo com a programao financeira e com base nas disponibilidades e nos objetivos estratgicos do go-verno.

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    Por sua vez, os Recursos de Outras Fontes so aqueles arrecadados e controlados de forma descentralizada e cuja disponibilidade est sob responsabilidade desses rgos e entidades, mesmo nos casos em que dependam de autoriza-o do rgo Central de Programao Financeira para dispor desses valores. De forma geral esses recursos tm origem no esforo prprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestao de servios ou explorao econmica do pa-trimnio prprio.

    Nessa classificao, tambm so segregados os recur-sos arrecadados no exerccio corrente daqueles de exerccios anteriores, informao importante j que os recursos vincu-lados devero ser aplicados no objeto para o qual foram re-servados, ainda que em exerccio subseqente ao ingresso, conforme disposto no pargrafo nico do artigo 8 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Especificao das Destinaes de Recursos: o cdigo que individualiza cada destinao. Traz em si a parte mais substantiva da classificao, sendo complementado pela in-formao do IDUSO e Grupo Fonte.

    Sua apresentao segrega as destinaes em dois gru-pos: Destinaes Primrias e No-primrias. As Destinaes Primrias so aquelas no-financeiras, tambm chamadas de destinaes boas, j que em grande parte so receitas efe-tivas.

    Detalhamento das Destinaes de Recursos: o maior nvel de particularizao da Destinao de Recursos. Nele a Destinao detalhada por obrigao, convnio ou cadastro, sendo este ltimo um cdigo genrico para diversas situa-es, e os dois anteriores oriundos de cadastro de obrigaes ou de convnios do ente, respectivamente.

    Para padronizao do detalhamento a ser utilizado em cada Destinao de Recursos, so utilizados os seguintes in-dicadores:

    a) Destinao pode ser detalhada por convnio ou obri-gao;

    b) Destinao detalhada por convnio;c) Destinao detalhada por obrigao;d) Destinao detalhada por cadastro;e) Destinao no pode ser detalhada; ef) Destinao detalhada por convnio, obrigao ou ca-

    dastro. Tabelas

    a) IDUSO:

    O - Recursos no destinados contrapartida;1 - Contrapartida - Banco Internacional para a Recons-

    truo e o Desenvolvimento - BIRD;2 - Contrapartida - Banco Interamericano de Desenvol-

    vimento - BID;3 - Contrapartida de emprstimos com enfoque setorial

    amplo;4 - Contrapartida de outros emprstimos;5 - Contrapartida de doaes.

    b) GRUPO DE DESTINAO DE RECURSOS: 1 - Recursos do Tesouro - Exerccio Corrente;2 - Recursos de Outras Fontes - Exerccio Corrente;3 - Recursos do Tesouro - Exerccios Anteriores;6 - Recursos de Outras Fontes - Exerccios Anteriores;9 - Recursos Condicionados.

    regime de exeCuo oramentria da reCeita PbLiCa

    Do ponto de vista oramentrio, o regime de caixa legal-mente institudo para a Receita Pblica, ou seja, no momento do ingresso de disponibilidade. Tal situao decorre da aplicao da Lei n 4.320/64, que em seu artigo 35 dispe que pertencem ao exerccio financeiro as receitas nele arrecadadas.

    estgios da reCeita PbLiCa

    Estgio da receita oramentria cada passo identifi-cado que evidencia o comportamento da receita e facilita o conhecimento e a gesto dos ingressos de recursos.

    Os estgios da receita oramentria so os seguintes:Previso: estimativa de arrecadao da receita, constante da

    Lei Oramentria Anual - LOA, que consiste na organizao e no estabelecimento da metodologia de elaborao da estimativa.

    Lanamento: o ato da repartio competente que ve-rifica a procedncia do crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora e inscreve o dbito desta. (Art. 53 da Lei Federal n 4.320/64).

    Arrecadao: entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao Tesouro. A arrecadao ocorre somente uma vez, vindo em seguida o recolhimen-to. Quando um ente arrecada para outro ente, cumpre-lhe apenas entregar os recursos pela transferncia, no sendo considerada arrecadao quando do recebimento pelo ente beneficirio.

    Recolhimento: transferncia dos valores arrecadados conta especfica do Tesouro, responsvel pela administrao e controle da arrecadao e programao financeira, observando o Princpio da Unidade de Caixa, representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada ente.

    rennCia de reCeita

    Dica: POSSVEL A RENNCIA DE RECEITA, DESDE QUE HAJA A DEVIDA COMPENSAO. PRESTE ATENO NISSO.

    a no arrecadao de receita em funo da concesso de isenes, anistias ou subsdios. Ao se conceder ou ampliar benefcio de natureza tributria do qual decorra renncia de receita, dever ser estimado o impacto oramentrio-finan-ceiro, acompanhado de demonstrao de que a renncia foi considerada na estimativa de receita da Lei Oramentria ou de medidas de compensao, conforme disposto no art.14 da Lei de Responsabilidade Fiscal, que assim dispe:

    Art. 14. A concesso ou ampliao de incentivo ou be-nefcio de natureza tributria da qual decorra renncia de receita dever estar acompanhada de estimativa do impac-to oramentrio-financeiro no exerccio em que deva ini-ciar sua vigncia e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes oramentrias e a pelo menos uma das seguintes condies:

    W

    W

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    I - demonstrao pelo proponente de que a renncia foi considerada na estimativa de receita da lei oramen-tria, na forma do art. 12, e de que no afetar as metas de resultados fiscais previstas no anexo prprio da lei de diretrizes oramentrias;

    II - estar acompanhada de medidas de compensao, no perodo mencionado no caput, por meio do aumento de recei-ta, proveniente da elevao de alquotas, ampliao da base de clculo, majorao ou criao de tributo ou contribuio.

    1 A renncia compreende anistia, remisso, subs-dio, crdito presumido, concesso de iseno em carter no geral, alterao de alquota ou modificao de base de clculo que implique reduo discriminada de tributos ou contribuies, e outros benefcios que correspondam a tratamento diferenciado.

    2 Se o ato de concesso ou ampliao do incentivo ou benefcio de que trata o caput deste artigo decorrer da condio contida no inciso II, o benefcio s entrar em vigor quando implementadas as medidas referidas no men-cionado inciso.

    3 O disposto neste artigo no se aplica:I - s alteraes das alquotas dos impostos previsto