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FISCALIZAÇÃO DO COMÉRCIO E USO DE
AGROTÓXICOS NO RIO GRANDE DO SUL
Departamento de Defesa Agropecuária
Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários
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O que são agrotóxicos e afins?
DEFINIÇÃO (Art. 1°, inciso IV, Decreto Federal 4.074/02):
Produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos,
destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e
beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, proteção de
florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e
ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja
alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las
da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como
as substâncias e produtos empregados como desfolhantes,
dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.2
Regulamentação
Lei Federal 7.802, de 11 de julho de 1989
Decreto Federal 4.074, de 04 de janeiro de 2002
Lei Federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998
(Crimes Ambientais)
Legislações estaduais e municipais
Normas técnicas (armazenamento, transporte,
devolução de embalagens, etc...)3
Competências – Lei 7.802/89
Federal - MAPA
Controlar e fiscalizar os estabelecimentos de produção,
importação e exportação de agrotóxicos, seus componentes
e afins.
Estadual – OEDSV
Fiscalizar o armazenamento, transporte, comércio,
prestação de serviço, uso e consumo de agrotóxicos e afins.
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Receita agronômica
Art. 64 do Decreto Federal n° 4.074/2002: os agrotóxicos só poderão
ser comercializados ao usuário, mediante apresentação de
receituário próprio emitido por profissional legalmente habilitado.
Profissional legalmente habilitado: Engenheiro Agrônomo e Florestal,
nas suas respectivas áreas de competência.
DF n°. 4.560/2002: técnicos agrícolas de 2° grau.
Fiscalização: SEAPA (emissão e conteúdo da receita) e CREA
(exercício profissional).6
Receita agronômica
A receita deverá ser expedida em no mínimo duas vias, sendo a
primeira para o usuário e a segunda para o estabelecimento comercial,
devendo permanecer à disposição dos órgãos fiscalizadores pelo
prazo de dois anos, contados da sua emissão.
Específica para cada cultura ou problema.
Conteúdo: nome do usuário, propriedade e localização; diagnóstico;
recomendação para que o usuário leia o rótulo e a bula; recomendação
técnica; data, nome, CPF e assinatura do profissional emitente.
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Receita agronômica
a) Nome do produto comercial e eventual equivalente;
b) Cultura e áreas onde serão aplicados;
c) Doses de aplicação e quantidades totais a serem adquiridas;
d) Modalidade de aplicação, com anotação de instruções específicas, quando
necessário e, obrigatoriamente, nos casos de aplicação aérea;
e) Época de aplicação;
f) Intervalo de segurança; (período de carência)
g) Orientações quanto ao MIP e resistência;
h) Precauções de uso;
i) Orientação quanto à obrigatoriedade do uso de EPI.
Recomendação técnica:
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Fiscalização da receita agronômica
DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO
Prescrever receita agronômica com diagnóstico falso (cultura inexistente).
Prescrever receita agronômica com diagnóstico impossível.
Prescrever receita agronômica de maneira genérica, errada, displicente ou indevida.
Deixar a receita agronômica assinada e sem preenchimento do seu conteúdo, sob
responsabilidade do estabelecimento comercial.
Prescrever a utilização de agrotóxicos e afins não cadastrados na FEPAM.
Infrações cometidas pelo profissional emitente:
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Cultura: Arroz e Soja.
Diagnóstico: Controle de Plantas Daninhas.
Art. 66 do Decreto Federal 4.074: a receita é específica para cada
cultura ou problema.
Duas culturas bem distintas e um diagnóstico superficial. As
mesmas plantas daninhas que ocorrem no arroz também estão
ocorrendo na soja?
RECEITA GENÉRICA
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Produto: Zapp e Zaphir. Quantidade: 360 litros e 180 litros.
Dose: 3,0 l/ha e 1,0 l/ha Carência: 66 dias.
AGROFIT: o produto Zapp tem doses variáveis de aplicação conforme
a praga (0,7 a 4,2 l/ha); mas qual é a praga? Para este produto o
intervalo de segurança é de 1 dia, e não 66 dias...
Indução ao erro??? No mesmo RA há 2 produtos para 2 culturas. O
produto Zaphir é muito utilizado no RS no arroz, mas seu uso é
restrito para soja...12
Modalidade e equipamento de aplicação: tratorizado ou aéreo.
Toxicidade: II e II.
Quanto à modalidade de aplicação, pode induzir o agricultor a erro,
pois o produto Zaphir só deve ser aplicado por via terrestre. Na
recomendação de aplicação aérea deveriam ter instruções
específicas. Será que o receituário reflete a realidade do agricultor?
Será que ele tem um avião ou condições de contratar uma
prestadora de serviços?
Toxicidade: Zapp é classe III (medianamente tóxico) e Zaphir é
classe I (extremamente tóxico).13
NENHUMA ORIENTAÇÃO
Não é obrigatória, mas é importante para a
segurança jurídica do profissional. Ciência
do agricultor.14
Fiscalização em Propriedades Rurais – Respaldo Legal
Art. 74, Decreto Federal 4074/2002: agentes de
fiscalização (...) terão livre acesso aos locais (...)
comércio, armazenagem e a aplicação dos agrotóxicos
(...).
Art. 76: a fiscalização será exercida sobre os produtos
nos estabelecimentos comerciais, nos depósitos e nas
propriedades rurais.
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a) receituário agronômico: culturas exploradas, autenticidade;
b) condição de armazenamento dos agrotóxicos;
c) existência de EPI e sua condição de uso;
d) equipamentos de aplicação;
e) realização da tríplice lavagem;
f) destinação das embalagens vazias;
g) possível utilização de produtos contrabandeados,
falsificados ou não recomendados;
Fiscalização em Propriedades Rurais – aspectos fiscalizados
18
Armazenamento na propriedade rural
Verificar as condições de armazenamento dos agrotóxicos.
Armazenamento seguro:
• acesso restrito;
• manter os produtos nas embalagens originais;
• verificar as condições das embalagens (tampas,
rompimentos...);
• sinalização (“cuidado veneno”);
• evitar que outros produtos fiquem depositados junto aos
agrotóxicos.
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Embalagens vazias
Verificar se o agricultor está devolvendo
as embalagens vazias e se estão
adequadamente armazenadas.
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Obrigações - Agricultor
Art. 6°, parágrafo 2°, Lei Federal n° 7.802/1989: os
usuários de agrotóxicos deverão efetuar a
devolução das embalagens vazias dos produtos
aos estabelecimentos comerciais em que foram
adquiridos, de acordo com as instruções previstas
nas respectivas bulas, no prazo de até um ano,
contado da data da compra, (...), podendo a
devolução ser intermediada por postos ou centros
de recolhimento, desde que autorizados e
fiscalizados pelo órgão competente.
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Obrigações - Comerciante
Notas fiscais de venda de agrotóxicos devem constar
o endereço para devolução das embalagens vazias. O
comerciante é obrigado a RECEBER todas as
embalagens de agrotóxicos vendidas em seu
estabelecimento, sendo responsável por elas até o
recolhimento pelo fabricante. Caso não tenha
condições de receber as embalagens, o comerciante
deve disponibilizar e indicar uma unidade de
recebimento (posto ou central), levando em
consideração que as condições de acesso não devem
dificultar a devolução pelo usuário.22
Principais problemas constatados:
Embalagens vazias a céu aberto, espalhadas;
Enquanto aguardam devolução.
Reutilização embalagens agrotóxicos;
Agrotóxicos mal armazenados, não isolados,
junto com outros produtos;
Contrabando – quantidade e freqüência.
Acesso à NF e receita agronômica.
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Fiscalização na propriedade rural
Verificar a existência e as condições dos EPI’s e equipamentos de
aplicação.
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Registro no OEDSV
Para comercializar
agrotóxicos e afins, o
estabelecimento comercial
deve registrar-se na SEAPA.
www.agricultura.rs.gov.br
Listagem das empresas
registradas para
comercialização de
agrotóxicos33
Depósito irregular, comércio
sem registro, Comércio sem
receita, Livro de registro,
produto proibido...
Infrações: comércio
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Contatos
Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários - DISA
Avenida Getúlio Vargas, 1384, sala 38 Bairro Menino Deus -
Porto Alegre / RS CEP 90.150-900
Telefones: 51 3288 6298
E-mail: [email protected]
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