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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 1 FISCALIZAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS AEU COLETÂNICA DE LEGISLAÇÃO Versão: JUNHO/2017 ELABORAÇÃO: WILSON FRANCISCO DE LIMA AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS RAF 2

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 1

FISCALIZAÇÃO DE

ATIVIDADES ECONÔMICAS AEU

COLETÂNICA DE

LEGISLAÇÃO

Versão:

JUNHO/2017

ELABORAÇÃO: WILSON FRANCISCO DE LIMA

AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – RAF 2

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INDICE

LICENÇA DE FUNCIONAMENTO .........................................................................................................................................3

LEI Nº 5.547, DE 06 DE OUTUBRO DE 2015– LEI DE LICENÇA/AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO ............... 4 DECRETO Nº 36.948/2015 - REGULAMENTA A LEI N° 5.547/2015 ................................................................................ 17 Decreto 36.948, de 04 DE DEZEMBRO DE 2015 – ATIVIDADES DE RISCO ................................................................... 36 LEI Nº 4.880, 12/07/2012, ANISTIA DE DÉBITOS – MULTAS .......................................................................................... 37 LEI Nº 3.896, 17/07/2006 – PRODUTOS PIRATEADOS ..................................................................................................... 38 DECRETO N° 19.081/98 – HORÁRIO DE COMÉRCIO ...................................................................................................... 39 LEI Nº 3.630, 28/07/2005, JOGOS ELETRÔNICOS E LAN HOUSES ................................................................................ 41 LEI N° 5.385/2014 – ÁREA ESCOLAR DE SEGURANÇA ................................................................................................. 42 DECRETO N° 29.446/2008 – PERÍMETRO ESCOLAR ....................................................................................................... 44

ÁREA PÚBLICA ..................................................................................................................................................................... 46

DECRETO N° 17.079/95 – ÁREA PÚBLICA ........................................................................................................................ 47 DECRETO N° 17.078/95 – ÁREA PÚBLICA ........................................................................................................................ 50 INSTRUÇÃO NORMATIVA TC N.º 01/95– ÁREA PÚBLICA ........................................................................................... 50

TRAILLERS e QUIOSQUES................................................................................................................................................... 53

DECRETO Nº 30.090/2009 – Traillers e Quiosques ............................................................................................................... 64 DECRETO Nº 30.141/2009 – TRAILLERS E QUIOSQUES ................................................................................................. 69

PUBLICIDADEM, PROPAGANDA e POLUIÇÃO SONORA .............................................................................................. 70

LEI N° 3.036/2002 – PUBLICIDADE E PROPAGANDA ..................................................................................................... 71 LEI N° 4.092/2008 – POLUIÇÃO SONORA ......................................................................................................................... 91 DECRETO N° 33.868/2012 – POLUIÇÃO SONORA ........................................................................................................... 99 DECRETO N°23.926/2003–CARROS DE SOM REVOGADO PELO DEC. 33868/2012 .................................................. 112 LEI N° 967/1995 – PICHAÇÕES E CARTAZES ................................................................................................................. 114

LAN HOUSES ........................................................................................................................................................................ 116

LEI N° 3.437/2004– CADASTRO EM LAN HOUSES ........................................................................................................ 117

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO .............................................................................................................................. 118

LEI N° 4.567/2011 – PROCEDIMENTO FISCAL ............................................................................................................... 119 DECRETO Nº 33269/2011 – REGULAMENTA a LEI 4567/2011 PAF.............................................................................. 140 LEI Nº 2.834/2001 – RECEPCIONA A LEI 9.784/1999 AO DF ......................................................................................... 179 LEI Nº 9.784/2001 – PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FEDERAL ........................................................................ 180 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 068, DE 23 DE JANEIRO DE 2014. ............................................................................... 191 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 047, DE 20 DE OUTUBRO DE 2011. ............................................................................ 205 INSTR. NORMATIVA Nº 48, DE 20/10/2011– PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS ........................................... 215

APREENSÃO DE PRODUTOS............................................................................................................................................. 216

INSTR. NORMATIVA Nº 99, DE 24/08/2016 – APREENSÃO, REMOÇÃO E CUSTÓDIA DE BENS .......................... 217 INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 14/2010 – FIEL DEPOSITÁRIO .................................................................................... 229 LEI N° 2.395/1999 – DOAÇÃO DE BENS APREENDIDOS .............................................................................................. 231 LEI N° 5.607/2016 – DOAÇÃO DE PRODUTOS APREENDIDOS ................................................................................... 232

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ..................................................................................................................................... 233

LEI N° 613/1993 – TERRENOS BALDIOS ......................................................................................................................... 234 DECRETO N° 18.493/1997 – TERRENOS BALDIOS ........................................................................................................ 237 PORTARIA CONJUNTA Nº. 16-SEFAU/SUCAR/2004 – LOTES ABANDONADOS ..................................................... 239 DECRETO Nº 944/69 – CODIGO DE EDIFICAÇÕES ....................................................................................................... 240 DECRETO2.078/1972 – FIXA PENALIDADES DO DECRETO 944/69 ........................................................................... 242

APÊNDICE............................................................................................................................................................................. 243

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LICENÇA DE

FUNCIONAMENTO

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LEI Nº 5.547, DE 06 DE OUTUBRO DE 2015– LEI DE

LICENÇA/AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO

LEI Nº 5.547/2015 LICENÇA/AUTORIZAÇÃO DE

FUNCIONAMENTO

Dispõe sobre as autorizações

para localização e funcionamento de atividades econômicas e

auxiliares e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º A localização e o funcionamento de atividades econômicas e auxiliares dependem de autorizações específicas do Poder Público.

Parágrafo único. As autorizações de que trata o caput são autônomas e interdependentes, sendo que:

I – a primeira tem a finalidade de admitir a possibilidade do exercício das atividades econômicas e auxiliares declaradas para o local indicado;

II – a segunda tem a finalidade de reconhecer o cumprimento de requisitos necessários ao início ou à continuidade do funcionamento das atividades econômicas ou auxiliares.

Art. 2º As autorizações previstas no art. 1º, parágrafo único, são exigidas para qualquer estabelecimento de empresa, independentemente de porte, natureza jurídica e tipo de atividade nele exercida, econômica ou auxiliar.

§ 1º As autorizações para empresas sem estabelecimento têm tratamento específico previsto nesta Lei.

§ 2º As autorizações para realização de eventos, incorporação e construção de imóveis e ocupação e uso de espaço público e de áreas especialmente protegidas pela legislação ambiental indicadas no art. 26 são regidas por leis específicas.

§ 3º Deve ser observada a legislação marítima para o exercício de atividades em rios e lagos, sem prejuízo de outras regras definidas na legislação distrital.

Art. 3º Deve ser garantida pelo Poder Público consulta atualizada a uma base de dados, de preferência pela internet, sobre a situação das autorizações previstas no art. 1º, parágrafo único, relativas a cada atividade econômica e auxiliar da empresa e seus estabelecimentos.

Art. 4º A autorização prevista no art. 1º, parágrafo único, I, chamada de Viabilidade de Localização, é concedida com base na legislação de uso e ocupação do solo, em relação a aspectos tanto urbanísticos quanto ambientais, de horário de funcionamento e de preservação de Brasília como patrimônio cultural da humanidade.

Art. 5º A autorização prevista no art. 1º, parágrafo único, II, chamada de Licença de Funcionamento, é concedida em conformidade com a legislação que trata dos requisitos relativos a segurança sanitária, ambiental e contra incêndios e às posturas urbanísticas, edilícias e de acessibilidade.

CAPÍTULO II DA VIABILIDADE DE LOCALIZAÇÃO

Seção I Da solicitação

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Art. 6º A Viabilidade de Localização é gratuita, e para sua solicitação não são exigidos documentos ou comprovações por parte do interessado.

Art. 7º Para garantir a integração com outros órgãos da administração pública da União, de estados e municípios, a descrição das atividades econômicas e auxiliares que constem da solicitação devem seguir padronização nacional de classificação descrita com uso da estrutura de subclasses e respectivas notas explicativas da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, oficialmente editada pela Comissão Nacional de Classificação – CONCLA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Art. 8º Deve constar da solicitação o exato local onde serão exercidas as atividades econômicas e auxiliares, mediante o uso da descrição do logradouro, com a identificação precisa da respectiva numeração, complemento e do Código de Endereçamento Postal – CEP, se houver.

Parágrafo único. É exigida a indicação, para efeito da concessão da Viabilidade de Localização:

I – do número da inscrição no Cadastro Imobiliário Fiscal do Distrito Federal, se houver, de todos os imóveis que compõem o estabelecimento;

II – da metragem do estabelecimento, independente da metragem do imóvel no qual está contido.

Seção II Da concessão e seus efeitos

Art. 9º A Viabilidade de localização é concedida para atividades econômicas e auxiliares que sejam compatíveis com os parâmetros de uso e ocupação do solo definidos para o local pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT, pelo respectivo Plano de Desenvolvimento Local – PDL e pelas demais normas de uso e ocupação do solo aplicáveis.

Art. 10. Desde que estejam incluídas no memorial descritivo ou nas normas de edificações, uso e gabarito definidas no projeto provisório de urbanismo ou, no mínimo, não contrariem as respectivas diretrizes urbanísticas, a Viabilidade de Localização pode ser concedida para as atividades econômicas e auxiliares que pretendam ser exercidas em local situado nas áreas de:

I – Regularização de Interesse Específico – ARINE;

II – Regularização de Interesse Social – ARIS;

III – Parcelamento Urbano Isolado – PUI.

Parágrafo único. Para as atividades econômicas e auxiliares que pretendam ser exercidas em local situado em área de PUI, somente pode ser concedida a Viabilidade de Localização se houver demarcação da respectiva área pelo Poder Público.

Art. 11. A Viabilidade de Localização não pode ser concedida para atividades econômicas e auxiliares que pretendam ser exercidas em áreas de risco e em áreas especialmente protegidas pela legislação ambiental indicadas no art. 26, nos termos de regulamento.

Art. 12. Para garantia da precisão e dos limites da Viabilidade de Localização, o Poder Público:

I – deve confirmar o endereço informado na solicitação;

II – pode impor, no ato concessório, restrições para o exercício das atividades econômicas e auxiliares, se for o caso.

Art. 13. O prazo de análise para a concessão de Viabilidade de Localização é de 5 dias úteis para empresas com atividades de baixo risco e de 10 dias úteis para empresas com atividades de alto risco.

Parágrafo único. O prazo determinado no caput pode ser prorrogado uma única vez por igual período, apenas no caso das áreas previstas no art. 10, I, II e III.

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Art. 14. Os efeitos da Viabilidade de Localização concedida para atividades econômicas e auxiliares que se enquadrem nos parâmetros de uso e ocupação do solo definidos no art. 9º perduram para a empresa e seus estabelecimentos:

I – por até 180 dias, contados da data da concessão, enquanto não solicitada a Licença de Funcionamento;

II – por prazo indeterminado, desde que:

a) sejam mantidos os elementos que a justificaram e sejam obedecidas as restrições impostas, nos termos do art. 12, II;

b) a Licença de Funcionamento tenha sido solicitada dentro do prazo previsto no inciso I.

§ 1º Em caso de alteração dos elementos que justificaram a concessão original, deve ser providenciada pelo interessado nova solicitação de Viabilidade de Localização.

§ 2º Constatada, a qualquer tempo, a alteração dos elementos que justificaram a Viabilidade de Localização ou a desobediência às restrições impostas nos termos do art. 12, II, o Poder Público deve declará-la ineficaz, sem prejuízo da possibilidade de interdição imediata das atividades econômicas e auxiliares.

Art. 15. Caso novos parâmetros de uso e ocupação do solo venham a ser definidos para o local, em decorrência de aprovação definitiva, por lei, da regularização das áreas previstas no art. 10, o Poder Público pode, em relação à Viabilidade de Localização originalmente concedida:

I – revogá-la, caso as atividades econômicas e auxiliares exercidas contrariem os novos parâmetros;

II – alterar as restrições impostas nos termos do art. 12, II, para adequá-las aos novos parâmetros.

Art. 16. A concessão da Viabilidade de Localização não significa:

I – autorização para início ou continuidade do funcionamento das atividades econômicas e auxiliares;

II – reconhecimento de qualquer direito sobre a propriedade relativa ao local objeto da solicitação;

III – reconhecimento da regularidade da edificação ou da ocupação do imóvel ou de espaço público, se for o caso.

CAPÍTULO III

DA LICENÇA DE FUNCIONAMENTO Seção I

Da solicitação e da definição do tipo de procedimento

Art. 17. A solicitação da Licença de Funcionamento da empresa e seus estabelecimentos está vinculada aos processos de:

I – abertura ou alteração no registro empresarial;

II – renovação de licenciamento, assim entendido o processo para concessão de nova licença, em função da expiração do prazo de validade ou da alteração dos critérios que foram utilizados para definição do potencial de lesividade, nos termos do art. 18;

III – regularização de licenciamento, assim entendido o processo concessório para atividades econômicas e auxiliares em funcionamento cujas licenças nunca tenham sido solicitadas ou tenham sido indeferidas ou cassadas.

Parágrafo único. As Licenças de Funcionamento somente podem ser concedidas caso a Viabilidade de Localização permaneça válida em seus efeitos, nos termos do art. 14.

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Art. 18. Os órgãos ou as entidades do Distrito Federal com atribuição legal de licenciamento definem, para cada atividade econômica e auxiliar constante da solicitação, o tipo de procedimento necessário à concessão da Licença de Funcionamento, em função do potencial de lesividade.

§ 1º O potencial de lesividade de cada atividade econômica e auxiliar é definido pelos órgãos ou pelas entidades do Distrito Federal, com base nos requisitos da respectiva legislação de regência.

§ 2º O potencial de lesividade pode ser definido em função da constatação de critérios objetivos preestabelecidos, extraídos dos requisitos da respectiva legislação de regência de cada órgão ou entidade do Distrito Federal, os quais considerem a natureza das atividades, os modos do respectivo exercício, o porte e a natureza jurídica da empresa, as capacidades e as habilidades exigidas para o funcionamento e o local do estabelecimento.

Art. 19. Para as atividades econômicas e auxiliares incluídas na solicitação que forem definidas como de significativo potencial de lesividade, o procedimento para concessão da Licença de Funcionamento envolve:

I – apresentação de documentos, projetos, estudos e demais comprovações do cumprimento das exigências previstas na respectiva legislação de regência, inclusive em relação ao pagamento das taxas de fiscalização de cada órgão ou entidade do Distrito Federal;

II – realização de vistorias prévias, se for o caso.

Art. 20. Para as atividades econômicas e auxiliares incluídas na solicitação que forem definidas como de pequeno potencial de lesividade, o procedimento para concessão da Licença de Funcionamento envolve a prestação de declarações e o fornecimento de dados por parte dos responsáveis pela empresa, como forma de presunção da constatação dos critérios objetivos preestabelecidos previstos no art. 18, § 2º, dispensando-se qualquer comprovação documental e vistorias prévias.

§ 1º A comprovação do pagamento das taxas de fiscalização também pode ser feita mediante declaração do responsável da empresa de que efetuou o respectivo recolhimento nos valores e nos prazos previstos nas leis que as instituíram.

§ 2º Em relação às licenças ambientais, face à respectiva legislação e ao Sistema Distrital do Meio Ambiente, consideram-se como de pequeno potencial de lesividade as atividades econômicas e auxiliares que, cumulativamente:

I – não demandem novas construções ou uso e exploração de recursos naturais;

II – não demandem vistoria prévia e cujo licenciamento possa se dar mediante ato declaratório, nos termos da legislação de regência.

Seção II Da concessão e seus efeitos

Art. 21. A Licença de Funcionamento é concedida pelos órgãos ou pelas entidades do Distrito Federal de forma específica para cada atividade econômica e auxiliar contida na respectiva solicitação.

Parágrafo único. Em função do potencial de lesividade, os órgãos ou as entidades do Distrito Federal definem os prazos de validade das respectivas Licenças de Funcionamento.

Art. 22. As Licenças de Funcionamento de atividades econômicas e auxiliares definidas como de pequeno potencial de lesividade são concedidas imediatamente após a apresentação das declarações e dos dados previstos no art. 20.

Art. 23. Integram a Licença de Funcionamento os seguintes elementos: I – o número do ato concessório; II – o prazo de validade; III – os critérios previstos no art. 18, § 2º, que foram identificados e considerados na

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definição do potencial de lesividade; IV – as declarações prestadas e os dados fornecidos pelos responsáveis da empresa,

previstos nos arts. 20 e 25; V – as condições eventualmente impostas pelos órgãos e pelas entidades do Distrito

Federal para o exercício das atividades.

Art. 24. Em caso de indeferimento da concessão da Licença de Funcionamento para as atividades classificadas como de significativo potencial de lesividade, os órgãos e as entidades do Distrito Federal devem indicar os respectivos motivos.

Art. 25. Em relação aos requisitos de natureza edilícia, as Licenças de Funcionamento para atividades econômicas e auxiliares definidas como de pequeno potencial de lesividade são concedidas mediante declaração do responsável da empresa de que o imóvel atende a pelo menos uma das seguintes hipóteses:

I – foi construído com base em projeto de arquitetura, estrutura e eletricidade com a respectiva anotação de responsabilidade técnica ou registro de responsabilidade técnica de profissional habilitado na entidade ou conselho profissional pertinente, e permanece cumprindo os requisitos relativos a segurança, condições de higiene, estabilidade e habitabilidade;

II – possui carta de habite-se.

Art. 26. Em relação aos requisitos de natureza ambiental, as Licenças de Funcionamento para atividades econômicas e auxiliares definidas como de pequeno potencial de lesividade são concedidas mediante declaração do responsável da empresa de que o imóvel foi construído fora dos limites de parques públicos de quaisquer natureza, unidade de conservação de proteção integral ou área de preservação permanente, notadamente sobre campos de murundum, no entorno de nascentes e veredas ou em faixa non edificandi de beira de rio, excetuados os casos excepcionais em que haja previsão legal expressa.

Art. 27. Os efeitos da Licença de Funcionamento perduram até que:

I – haja expiração do respectivo prazo de validade;

II – seja revogada pelo Poder Público, por motivo de:

a) alteração da legislação de regência que contrarie a concessão original, inclusive dos critérios previstos no art. 18, § 2º;

b) superveniência de situação que constitua ameaça à segurança, inclusive ambiental, ao sossego, ao bem-estar, ao interesse público e à saúde;

III – seja cassada, após o devido processo, em função da constatação de situações que indiquem a desobediência ou a falta de cumprimento dos elementos previstos no art. 23, III a V;

Parágrafo único. A consulta que trata o art. 3º deve refletir a situação das Licenças de Funcionamento, inclusive dos motivos que provocaram o término dos seus efeitos.

Art. 28. Indeferida a solicitação ou cassada a Licença de Funcionamento, o procedimento para nova concessão é obrigatoriamente aquele previsto no art. 20.

Art. 29. A concessão da Licença de Funcionamento não significa reconhecimento da regularidade da edificação, da ocupação de espaço público e do imóvel, inclusive do direito sobre a sua propriedade.

CAPÍTULO IV DAS EMPRESAS SEM ESTABELECIMENTO

Art. 30. A Viabilidade de Localização é concedida para empresas que pretendam exercer atividades econômicas sem estabelecimento, nas hipóteses em que o respectivo exercício se dê exclusivamente em:

I – dependências de estabelecimentos ou residências de clientes ou contratantes;

II – local público, desde que haja permissão do Poder Público para ocupação e uso do

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espaço e mobiliário urbanos pretendidos, em ato próprio, nos termos da legislação específica.

§ 1º O Poder Público fixará em regulamento as atividades econômicas que são admitidas para exercício nas hipóteses previstas nos incisos I e II, em função da adequabilidade de suas naturezas ao tratamento previsto no caput.

§ 2º As empresas cujas atividades econômicas sejam exercidas nas hipóteses previstas nos incisos I e II devem indicar a localização apenas para efeito de eleição do domicílio.

§ 3º Considerado o disposto no § 2º, o Poder Público deve confirmar o endereço e pode impor restrições ao respectivo exercício, nos termos do art. 12.

Art. 31. A Viabilidade de Localização pode ser concedida para empresas cujas atividades econômicas pretendam ser exercidas em residência de sócio ou titular, desde que o modo de exercício empregue exclusivamente meios virtuais e não haja atendimento presencial de clientes, recebimento, estocagem, expedição e produção de mercadorias.

Parágrafo único. O Poder Público fixará em regulamento as atividades econômicas que são admitidas para exercício na hipótese prevista no caput.

Art. 32. A concessão das Licenças de Funcionamento para as empresas cujas atividades pretendam ser exercidas na forma dos arts. 30 e 31 deve seguir integralmente o tratamento previsto nos arts. de 17 a 29.

CAPÍTULO V DAS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS

Seção I Das normas gerais de aplicação

Art. 33. Considera-se infração administrativa: I – toda ação ou omissão que importe inobservância dos preceitos desta Lei, de sua

regulamentação e de demais instrumentos legais afetos; II – o desacato ao responsável pela fiscalização.

Art. 34. A autoridade pública que tenha ciência da ocorrência de infração na região administrativa em que atua deve adotar as providências para que o fato seja apurado, bem como proceder ao seu encaminhamento, se for o caso, aos órgãos de apuração de infrações penais.

Art. 35. As infrações às obrigações instituídas nesta Lei e na sua regulamentação sujeitam o infrator às seguintes penalidades administrativas, sem prejuízo de outras previstas em leis específicas:

I – advertência;

II – multa;

III – interdição parcial ou total do estabelecimento ou da atividade;

IV – apreensão de mercadorias e equipamentos;

V – cassação da licença de funcionamento.

§ 1º As sanções previstas neste artigo são aplicadas pela autoridade competente, na forma do regulamento.

§ 2º No caso de o proprietário, o locatário ou o responsável se recusar a assinar o documento de notificação, o agente fiscalizador deve fazer constar a ocorrência no próprio documento.

§ 3º A aplicação das penalidades previstas nesta Lei deve ser feita sem prejuízo da exigência dos tributos devidos e das providências necessárias à instauração da ação penal cabível, inclusive por crime de desobediência.

§ 4º Aplicadas as penalidades previstas nesta Lei, são garantidos aos infratores o

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contraditório e a ampla defesa, conforme regulamento.

§ 5º Para fiscalização do cumprimento das disposições desta Lei e da respectiva regulamentação, pode ser requisitado pelos órgãos ou pelas entidades do Distrito Federal apoio dos órgãos de segurança pública necessário às atividades de fiscalização.

Art. 36. A advertência é aplicada por meio de notificação, estabelecendo prazo para regularização, na forma do regulamento, ressalvados os casos de interdição sumária.

Art. 37. Considera-se infratora a pessoa física ou jurídica de direito público ou privado que se omita ou pratique ato em desacordo com esta Lei ou que induza, auxilie ou constranja alguém a fazê-lo.

§ 1º É considerado infrator reincidente aquele que comete a mesma infração no período de 12 meses, tendo como termo inicial a data de decisão administrativa definitiva sobre eventual impugnação.

§ 2º É considerada infração continuada a manutenção da ação ou da omissão imputável dentro do período de 30 dias da penalização originária.

Art. 38. A microempresa e a empresa de pequeno porte, assim definidas nos termos da Lei Complementar federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, devem ser notificadas para cumprimento das obrigações previstas nesta Lei e na respectiva regulamentação, antes da devida penalização, sempre que for aplicável o critério da dupla visita nos termos dos arts. de 34 a 37 da Lei nº 4.611, de 9 de agosto de 2011.

Seção II Das Multas

Art. 39. As ações ou as omissões que importem desobediência às disposições desta Lei e de sua regulamentação ficam sujeitas à imposição das seguintes multas:

I – relativas às autorizações previstas no art. 1º, nos seguintes casos:

a) exercer atividade econômica ou auxiliar sem a prévia Viabilidade de Localização – multa de R$1.240,00;

b) exercer atividade econômica ou auxiliar sem as prévias Licenças de Funcionamento dos órgãos ou das entidades do Distrito Federal responsáveis pela respectiva fiscalização – multa de R$930,00;

c) exercer atividade econômica ou auxiliar sem a renovação das Licenças de Funcionamento cujo prazo de validade tenha se expirado ou das quais tenham sido alterados os critérios que foram utilizados para definição do potencial de lesividade – multa de R$620,00;

II – relativas à localização da empresa e seus estabelecimentos:

a) informar endereço inexato de estabelecimento de empresa – considera-se que o estabelecimento exerce atividade econômica ou auxiliar sem a prévia Viabilidade de Localização;

b) deixar de informar o cadastro imobiliário fiscal de todos os imóveis que compõem o estabelecimento – multa de R$930,00 por unidade não informada;

c) informar metragem inexata do estabelecimento – multa de R$930,00;

III – relativas ao exercício de atividade econômica ou auxiliar:

a) informar códigos da CNAE inexatos – considera-se que o estabelecimento exerce atividade econômica ou auxiliar sem a prévia Viabilidade de Localização;

b) deixar de cumprir ou desobedecer a restrição ao exercício das atividades

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econômicas ou auxiliares imposta na concessão da Viabilidade de Localização – multa de R$620,00;

c) deixar de cumprir ou desobedecer a condição para o exercício das atividades econômicas ou auxiliares imposta na concessão da Licença de Funcionamento – multa de R$930,00;

IV – relativas aos procedimentos para concessão das Licenças de Funcionamento:

a) obter Licenças de Funcionamento mediante apresentação de documentação falsificada, inapta ou eivada de vícios na respectiva elaboração perante órgãos ou entidades do Distrito Federal responsáveis pelas respectivas concessões – multa de R$1.240,00;

b) obter Licenças de Funcionamento mediante apresentação de declarações falsas e de dados inexatos perante órgãos ou entidades do Distrito Federal responsáveis pelas respectivas concessões – multa de R$1.240,00;

V – relativas ao tratamento aos agentes de fiscalização e suas determinações:

a) deixar de cumprir notificação regular e manifestamente legal expedida por agente de órgão ou entidade do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização – multa de R$620,00;

b) desacatar os agentes de órgãos ou entidades do Distrito Federal com a intenção de impedir, embaraçar ou se evadir à ação legítima e manifestamente legal de fiscalização – multa de R$930,00.

§ 1º Não deve ser aplicada cumulativamente a multa a que se refere o inciso I nas hipóteses dos incisos II, III e IV deste artigo.

§ 2º Ressalvado o caso do § 1º, a imposição de multa para uma infração não exclui a aplicação de multa fixada para outra, caso constatada, nem a aplicação de outras penalidades cabíveis.

Art. 40. Os valores de que trata o art. 39 são multiplicados pelo índice "k", tomando-se por base as seguintes categorias de empreendedores e de empreendimentos:

I – microempresas: k = 3;

II – empresas de pequeno porte: k = 5;

III – empresas de médio porte: k = 7;

IV – demais empresas: k = 10.

Art. 41. O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de reparar os danos resultantes da infração, nem o libera do cumprimento da exigência prevista nesta Lei e na respectiva regulamentação.

Art. 42. As multas previstas no inciso I do art. 39 devem ser aplicadas com acréscimo de 100% nas hipóteses em que o tempo de exercício das atividades econômicas ou auxiliares no momento da constatação seja superior a 180 dias do respectivo início.

Art. 43. As multas aplicadas nos termos do art. 39 devem ter acréscimo de 100% nos seguintes casos:

I – se houver reincidência ou infração continuada; II – nas hipóteses em que o infrator esteja desenvolvendo atividade considerada de

significativo potencial de lesividade.

Art. 44. As multas previstas no art. 39, I, a, e III, a, devem ser aplicadas considerando cada atividade econômica ou auxiliar exercida no momento da constatação.

Art. 45. As multas previstas art. 39, I, b e c, e III, a, devem ser aplicadas por cada órgão ou entidade do Distrito Federal responsável pela fiscalização das atividades econômicas ou

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auxiliares exercidas no momento da constatação.

Art. 46. Aos valores das multas aplicadas e não recolhidas no prazo legal são acrescidos os respectivos encargos moratórios.

Art. 47. O valor final das multas aplicadas é reduzido em 50% nas hipóteses em que o infrator seja microempresa e empresa de pequeno porte, assim definidas nos termos da Lei Complementar federal nº 123, de 2006.

Seção III Da interdição

Art. 48. A interdição das atividades econômicas e auxiliares pode ser aplicada nas hipóteses em que o infrator:

I – promova a respectiva localização e exercício de atividade econômica e auxiliar sem a obtenção prévia das autorizações previstas no art. 1º desta Lei;

II – deixe de cumprir as restrições para o exercício das atividades econômicas e auxiliares impostas no ato de concessão da Viabilidade de Localização, nos termos do art. 12, II;

III – deixe de cumprir as condições para o exercício das atividades econômicas e auxiliares impostas no ato de concessão das Licenças de Funcionamento;

IV – deixe de cumprir as notificações formuladas pelos agentes dos órgãos ou das entidades do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização.

§ 1º A reincidência de descumprimento do horário estabelecido na legislação sujeita o infrator a interdição por 24 horas, não se excluindo a aplicação de outras penalidades.

§ 2º O período de interdição é dobrado a cada reincidência.

§ 3º O período de aplicação da penalidade de interdição deve ser objeto de termo específico, nos termos de regulamento, expedido pelos agentes dos órgãos ou das entidades do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização, e deve ser adequado ao cumprimento das respectivas obrigações exigidas.

Art. 49. O órgão ou a entidade do Distrito Federal que aplique penalidade de interdição de empresa, estabelecimento ou atividade econômica e auxiliar deve comunicá-la aos demais órgãos e entidades responsáveis pela respectiva fiscalização e aos órgãos de segurança pública, visando à efetividade e à garantia do exercício integrado do poder de polícia e do cumprimento da interdição.

Art. 50. Cabe interdição sumária no caso de estabelecimento que exerça atividade de significativo potencial de lesividade e que não possua Licença de Funcionamento ou tenha suas licenças cassadas.

Art. 51. A desinterdição da empresa, do estabelecimento ou da atividade econômica ou auxiliar deve ser objeto de termo específico expedido pelos agentes dos órgãos ou das entidades do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização, nos termos de regulamento, e fica condicionada ao cumprimento das obrigações exigidas.

Seção IV Da apreensão de mercadorias e equipamentos

Art. 52. A apreensão de mercadorias ou equipamentos provenientes de instalação e funcionamento de estabelecimento ou atividade econômica irregular é efetuada pelos órgãos ou pelas entidades de fiscalização, que devem providenciar a respectiva remoção para depósito público ou para local determinado pelo órgão competente, ou nomear fiel depositário, na forma da lei civil.

§ 1º A apreensão é formalizada por meio de auto de apreensão contendo o local da apreensão, a identificação do eventual proprietário, possuidor ou detentor, as quantidades e, de forma discriminada, dados necessários à correta identificação das mercadorias ou dos equipamentos.

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§ 2º A devolução das mercadorias e dos equipamentos apreendidos fica condicionada ao pagamento das despesas de que trata o § 3º.

§ 3º Os gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito de mercadorias e equipamentos apreendidos são ressarcidos ao Poder público, mediante pagamento de valor calculado com base em preços definidos em regulamento específico, independentemente da devolução do bem.

§ 4º O órgão competente deve fazer publicar no Diário Oficial do Distrito Federal, no prazo de 5 dias, a relação de mercadorias e equipamentos apreendidos, quando não forem identificados seus proprietários.

§ 5º A solicitação de devolução de mercadorias e equipamentos apreendidos é feita no prazo de 30 dias, contados do primeiro dia útil subsequente à data da lavratura do auto de apreensão ou, na falta de identificação de seus proprietários, da publicação a que se refere o § 4º, sob pena de perda do bem.

§ 6º O interessado pode reclamar as mercadorias e os equipamentos apreendidos antes da publicação de que trata o § 4º deste artigo.

§ 7º A mercadoria ou o equipamento apreendido e removido para depósito não reclamado no prazo do § 5º é tido por abandonado, na forma disciplinada no regulamento.

§ 8º As mercadorias e os equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos desta Lei são incorporados ao patrimônio do Distrito Federal, doados ou vendidos a critério do Poder Executivo, em ação motivada.

§ 9º Nos casos em que seja impraticável a lavratura imediata do auto de apreensão, deve ser lavrado o termo de retenção de volumes.

Art. 53. A autoridade fiscal pode, mediante lavratura de termo próprio, nomear fiel depositário para a guarda das mercadorias e dos equipamentos apreendidos, o qual fica sujeito ao disposto no art. 647 combinado com o art. 652 do Código Civil.

§ 1º O depósito se dá de forma a não onerar os cofres públicos.

§ 2º Em caso de apreensão de recipientes com material inflamável ou tóxico, a autoridade competente pode determinar que fiquem depositados no próprio estabelecimento, à disposição do órgão que realizou a apreensão.

Art. 54. É do proprietário o ônus decorrente de eventual perecimento natural ou perda de valor das mercadorias e dos equipamentos apreendidos.

Seção V

Da cassação das Licenças de Funcionamento

Art. 55. A penalidade de cassação da Licença de Funcionamento concedida para atividades econômicas e auxiliares é aplicada pelos respectivos órgãos ou entidades do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização, conforme regulamento, nas hipóteses em que o infrator:

I – deixe de cumprir de forma insanável as condições para o exercício das atividades econômicas e auxiliares impostas no ato de concessão das Licenças de Funcionamento;

II – deixe de cumprir de forma insanável as obrigações previstas nesta Lei, na sua regulamentação e na legislação de regência do respectivo órgão ou entidade do Distrito Federal responsável pela fiscalização;

III – deixe de cumprir contumazmente as notificações formuladas pelos agentes dos órgãos ou das entidades de fiscalização;

IV – deixe de cumprir as obrigações necessárias à manutenção da inscrição no Cadastro

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Fiscal do Distrito Federal;

V – seja reincidente na mesma infração por mais de 3 vezes num período de 12 meses;

VI – apresente documentação falsificada, inapta ou eivada de vícios na respectiva elaboração perante os órgãos ou as entidades do Distrito Federal concedentes;

VII – apresente declarações falsas e dados inexatos perante os órgãos ou as entidades do Distrito Federal concedentes.

Parágrafo único. A consulta de que trata o art. 3º deve refletir a situação da cassação das Licenças de Funcionamento de empresa, estabelecimento ou atividade econômica e auxiliar, inclusive dos motivos que a provocaram.

Art. 56. A imposição da penalidade de cassação não exclui a aplicação das multas fixadas no art. 39, nem a aplicação de outras penalidades cabíveis.

CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 57. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 dias.

Art. 58. As penalidades previstas no art. 39 se aplicam, no que couber, aos ambulantes, autônomos e microempreendedores individuais.

Art. 59. São reguladas por esta Lei, no que couber, as autorizações previstas nos arts. 4º e 5º para a localização e funcionamento de atividades exercidas por:

I – entidades ou instituições sem fins lucrativos, mesmo que em caráter assistencial e ainda que imunes ou isentas de tributos, incluindo as associações civis desportivas, religiosas e de ensino;

II – sociedades decorrentes de profissão, arte ou ofício;

III – órgãos públicos e atividades de uso institucional e outras atividades previstas em lei federal.

Art. 60. A Viabilidade de Localização é excepcional e obrigatoriamente concedida para as pessoas jurídicas previstas no art. 59, I e II, até a aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo – LUOS e do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília – PPCUB, desde que, cumulativamente:

I – estejam instaladas em imóvel anteriormente a 31 de maio de 2015;

II – não estejam instaladas em imóvel em área destinada ao uso residencial multifamiliar.

§ 1º Para a concessão das Licenças de Funcionamento na hipótese da Viabilidade de Localização obtida nos termos do caput, deve ser seguido integralmente o disposto nos arts. de 17 a 29.

§ 2º Caso novos parâmetros de uso e ocupação do solo venham a ser definidos para o local, em decorrência de aprovação de novas leis, o Poder Público pode, em relação à Viabilidade de Localização originalmente concedida nos termos do caput:

I – revogá-la, caso as atividades exercidas contrariem os novos parâmetros;

II – restringi-la nos termos do art. 12, II, para adequá-las aos novos parâmetros.

Art. 61. As Licenças de Funcionamento com prazo indeterminado emitidas com base em leis anteriores permanecem válidas por 5 anos após a entrada em vigor desta Lei.

Art. 62. A Lei nº 5.321, de 6 de março de 2014, fica alterada como segue:

I – os arts. 6º e 7º passam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 6º O controle sanitário de que trata o art. 5º, I, refere-se a procedimentos e ações exercidos por autoridades sanitárias e ambientais para garantir a qualidade dos produtos e dos serviços, bem como as condições adequadas de funcionamento dos

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estabelecimentos.

Parágrafo único. No Distrito Federal, atuam na condição de autoridade sanitária, observadas as atribuições dos respectivos cargos, empregos e funções e nos limites por elas impostos, os seguintes agentes públicos:

I – secretário de Estado de Saúde; II – gestores dos órgãos de Vigilância Sanitária, incluídos os de vigilância e

controle de produtos de origem animal e vegetal; III – gestores dos órgãos de vigilância ambiental em saúde, incluídos os de

vigilância e controle do saneamento ambiental e de zoonoses; IV – gestores dos órgãos de vigilância da saúde do trabalhador, incluídos os de

vigilância e controle de ambientes e de processos de trabalho; V – gestores dos órgãos de saúde pública, de vigilância epidemiológica e de

imunização; VI – servidores públicos em efetivo exercício das atribuições específicas do cargo

nas áreas de especialização relacionadas à vigilância em saúde.

Art. 7º Os Auditores de Atividades Urbanas da especialidade Vigilância Sanitária, no desempenho das atribuições de seu cargo, têm livre acesso, em qualquer dia e hora, atendidas as formalidades legais, a estabelecimentos, ambientes e serviços de interesse direto ou indireto para a saúde, para proceder às seguintes medidas de auditoria e controle sanitário:

I – auditorias, inspeções e barreiras sanitárias para verificar as condições de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviços e veículos de transporte relacionados direta ou indiretamente com a saúde, bem como em terrenos ou unidades habitacionais, nos limites da legislação pertinente, para apurar condutas que coloquem em risco a coletividade e infrações à legislação sanitária;

II – apreensão de amostras necessárias para análises laboratoriais, compreendidas as de orientação, de investigação de surto, prévia, de controle e fiscal;

III – interdição de estabelecimentos, ambientes, serviços, equipamentos ou produtos;

IV – apreensão de equipamentos e apreensão ou inutilização de produtos que não satisfaçam as exigências legais, com o prazo de validade expirado, manifestamente alterados, com embalagens alteradas ou avariadas, fora dos padrões de identidade e qualidade, deteriorados, dilacerados, adulterados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos, em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição, armazenamento ou exposição à venda ou ao consumo ou ainda aqueles que, por qualquer motivo que represente risco sanitário, se revelem inadequados ao fim a que se destinam;

V – lavratura de autos e de outros termos fiscais; VI – aplicação de penalidades cabíveis e de outros atos necessários ao bom

desempenho das ações de controle sanitário; VII – recolhimento de registros, notas, contratos e outros documentos

necessários para fins de auditoria e apuração da ocorrência de infração sanitária.

§ 1º As demais autoridades sanitárias, no desempenho de suas atribuições, têm igualmente livre acesso, atendidas as formalidades legais, a estabelecimentos, ambientes e serviços de interesse direto ou indireto para a saúde, bem como o acesso a registros e outros documentos necessários a avaliação, monitoramento e controle.

§ 2º No exercício de suas atribuições, os Auditores da Vigilância Sanitária podem fazer uso de meios tecnológicos para registro e produção de provas materiais das infrações sanitárias encontradas, as quais comporão o processo sanitário instaurado.

§ 3º Se houver óbice à ação fiscalizadora, as autoridades sanitárias podem solicitar auxílio e intervenção policial para a execução da medida ordenada, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis.

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II – o art. 118 passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 118. É obrigatória a licença sanitária para o funcionamento dos estabelecimentos de saúde e de interesse para a saúde considerados de alto risco sanitário, sem prejuízo de outras exigências legais.

§ 1º A classificação das atividades econômicas em alto e baixo risco sanitário será definida pelo órgão de vigilância sanitária do Distrito Federal, de acordo com a Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE.

§ 2º A licença sanitária é emitida pelo órgão de vigilância sanitária do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal e tem validade de 1 ano, ressalvada a competência da autoridade sanitária para sua revogação, se constatada, mediante inspeção sanitária, alguma irregularidade no exercício da atividade.

§ 3º A renovação anual da licença sanitária dá-se conforme previsto em legislação e normas técnicas específicas.

§ 4º As atividades econômicas classificadas em baixo risco sanitário são licenciadas, com validade de 3 anos, de forma unificada com os demais órgãos fiscalizadores do Distrito Federal definida em lei.

§ 5º As infrações, as penalidades, os procedimentos e o processo administrativo sanitário são regidos pelo disposto na Lei federal nº 6.437, de 20 de agosto de 1977.

Art. 63. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 64. Revogam-se as disposições em contrário, em especial: I – os arts. 11, 12 e 13 da Lei nº 4.611, de 2011; II – a Lei nº 5.280, de 24 de dezembro de 2013; III – a Lei nº 5.510, de 27 de julho de 2015.

IV – o art. 68, parágrafo único, os arts. 125, 134, 138, 141 e 157 e os arts. de 233 a 268 da Lei nº 5.321, de 2014.

Brasília, 6 de outubro de 2015 127º da República e 56º de Brasília

RODRIGO ROLLEMBERG

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, de 7/10/2015. Errata publicada no Diário Oficial do Distrito Federal, 20/10/2015.

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DECRETO Nº 36.948/2015 - REGULAMENTA A LEI N° 5.547/2015

DEC Nº 36.948/2015 LICENÇA E AUTORIZAÇÃO

DE FUNCIONAMENTO DODF DE 07.12.2015

A Viabilidade de Localização e a Autorização de atividades econômicas, no Distrito Federal, são regidos pela Lei nº 5.547/2015 e regulamentado por este Decreto.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere os incisos VII e XXVI, do artigo 100 da Lei Orgânica do Distrito Federal, e considerando a Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, com as alterações da Lei Complementar Federal nº 147, de 07 de agosto de 2014, DECRETA:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º No Distrito Federal, compete aos Administradores Regionais da circunscrição do imóvel, a análise, o deferimento das solicitações de Viabilidade de Localização e todos os atos necessários à expedição da Autorização de Funcionamento de atividades econômicas previstas na Lei nº 5.547, de 06.10.2015. Art. 2º A Viabilidade de Localização e todos os atos necessários a expedição da Autorização de Funcionamento de atividades econômicas previstas na Lei nº 5.547/2015 serão realizados no Distrito Federal, por meio de Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas (RLE) ou processo administrativo, nos termos deste Decreto. Art. 3º Os processos administrativos referentes a Autorização de atividades econômicas terão prioridade em sua tramitação no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública do Distrito Federal.

CAPÍTULO II DOS PROCEDIMENTOS REFERENTES A AUTORIZAÇÃO DE ATIVIDADES

ECONÔMICAS Seção I

Do Procedimento Geral

Art. 4º A Autorização de atividades econômicas prevista na Lei nº 5.547/2015 inicia-se com a Viabilidade de Localização, devendo os demais atos serem praticados nos mesmos autos dos processos administrativos ou utilizando-se o Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas (RLE). §1º Os requerimentos de autorização de atividade econômica que já disponham de processo administrativo até a data da publicação da Lei nº 5.547/2015, atendidos os princípios da eficiência, economicidade, conveniência e oportunidade da Administração Pública, terão as etapas necessárias concluídas por meio deste; §2º As atividades econômicas que apresentem legislação específica serão licenciadas por meio de processo administrativo até a completa implantação dos módulos do Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas (RLE), em especial aquelas indicadas no artigo 13 deste decreto, sociedades anônimas e sociedades simples, cujos atos constitutivos são realizados em cartório; §3º Os atos administrativos necessários a atualização ou averbação de dados das empresas que já disponham de registro na Junta Comercial serão realizados por meio de processo administrativo até a completa implantação dos módulos do Sistema de Registro e Licenciamento

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de Empresas (RLE);

§4º O registro e as autorizações de empresas no Distrito Federal requeridos a partir da publicação da Lei nº 5.547/2015 serão realizados por meio do Sistema RLE, ressalvados os casos dispostos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo ou os casos de eventual interrupção do funcionamento do Sistema operacional do RLE;

§5º A averbação de mudança de horário de funcionamento, de atividades relacionadas a serviços de saúde e do órgão ambiental, conforme regulamento próprio, ficarão condicionadas à manifestação ou vistoria destes órgãos, que deverá ocorrer em prazo máximo de 15 (quinze) dias.

Seção II DA VIABILIDADE DE LOCALIZAÇÃO

Art. 5º A Viabilidade de Localização é o procedimento pelo qual o interessado solicita a Administração Regional as informações acerca do imóvel e as exigências para a implementação da atividade econômica, por meio de processo administrativo ou do Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas (RLE), de acordo com as previsões e anexos deste regulamento. Parágrafo único: Na Viabilidade de Localização, o interessado será informado da possibilidade ou não de instalação das atividades no local pretendido, bem como sobre as restrições que limitam ou impedem o seu funcionamento. Art. 6º A Viabilidade de Localização será deferida atendidas as disposições da Lei nº 5.547/2015 e deste decreto. §1º A Viabilidade de Localização é concedida para atividades econômicas elencadas na Lei nº 5.547/2015 que sejam compatíveis com os parâmetros de uso e ocupação do solo definidos para o local, pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial – PDOT, pelo respectivo Plano de Desenvolvimento Local – PDL e pelas demais normas de uso e ocupação do solo aplicáveis; §2º No caso dos imóveis incluídos no memorial descritivo ou nas normas de edificações, uso e gabarito definidas no projeto provisório de urbanismo ou, no mínimo, que não contrariem as respectivas diretrizes urbanísticas, a Viabilidade de Localização pode ser concedida para as atividades econômicas e auxiliares que pretendam ser exercidas em local situado nas áreas de: I – Regularização de Interesse Específico – ARINE; II – Regularização de Interesse Social - ARIS; III – Parcelamento Urbano Isolado – PUI; IV – Para as atividades econômicas previstas na Lei nº 5.547/2015 que pretendam ser

exercidas em local situado em área de PUI, somente pode ser concedida a Viabilidade de Localização se houver demarcação da respectiva área pelo Poder Público.

§3º A Viabilidade de Localização não pode ser concedida para atividades econômicas e auxiliares que pretendam ser exercidas em áreas de risco e em áreas especialmente protegidas pela legislação ambiental indicadas no art. 26 da Lei nº 5.547/2015, nos termos deste regulamento; §4º Para garantia da precisão e dos limites da Viabilidade de Localização, o Poder Público: I – deve confirmar o endereço informado na solicitação;

II – pode impor, no ato concessório, restrições para o exercício das atividades econômicas e auxiliares, se for o caso;

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§5º O prazo de análise para a concessão de Viabilidade de Localização é de 5 (cinco) dias úteis para empresas com atividades de baixo risco; §6º O prazo de análise para a concessão de Viabilidade de Localização para empresas com atividades de alto risco é de 10 (dez) dias úteis, a contar da completa apresentação dos documentos necessários da área técnica dos órgãos licenciadores do Distrito Federal, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período; §7º Os efeitos da Viabilidade de Localização concedida para atividades econômicas elencadas na Lei nº 5.547/2015 que se enquadrem nos parâmetros de uso e ocupação do solo definidos no §1º deste artigo perduram para a empresa e seus estabelecimentos:

I – por até 180 dias, contados da data da concessão, enquanto não solicitada a Autorização de Funcionamento;

II – por prazo indeterminado, desde que:

a) sejam mantidos os elementos que a justificaram e sejam obedecidas as restrições impostas, nos termos do §4º, II, deste artigo;

b) a Autorização de Funcionamento tenha sido solicitada dentro do prazo previsto no inciso I do § 7º deste artigo;

c) em caso de alteração dos elementos que justificaram a concessão original, deve ser providenciada pelo interessado nova solicitação de Viabilidade de Localização.

III - Constatada, a qualquer tempo, a alteração dos elementos que justificaram a Viabilidade de Localização ou a desobediência às restrições impostas nos termos do §4º, inciso II deste artigo, o Poder Público deve declará-la ineficaz, sem prejuízo da possibilidade de interdição imediata das atividades econômicas e auxiliares.

§8º Caso novos parâmetros de uso e ocupação do solo venham a ser definidos para o local, em decorrência de aprovação definitiva, por lei, da regularização das áreas previstas no §2º deste artigo, o Poder Público pode, em relação à Viabilidade de Localização originalmente concedida:

I – revogá-la, caso as atividades econômicas e auxiliares exercidas contrariem os novos parâmetros; II – alterar as restrições impostas nos termos do §4º, II, deste artigo, para adequá-las aos novos parâmetros.

§9º A concessão da Viabilidade de Localização não significa:

I – autorização para início ou continuidade do funcionamento das atividades econômicas e auxiliares; II – reconhecimento de qualquer direito sobre a propriedade relativa ao local objeto da solicitação; III – reconhecimento da regularidade da edificação ou da ocupação do imóvel ou de espaço público, se for o caso.

Seção III

DAS EMPRESAS SEM ESTABELECIMENTO

Art. 7º A Viabilidade de Localização é concedida para empresas que pretendam exercer atividades econômicas sem estabelecimento, nas hipóteses em que o respectivo exercício se dê exclusivamente em:

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I – dependências de estabelecimentos ou residências de clientes ou contratantes; II – local público, desde que haja permissão do Poder Público para ocupação e uso do espaço e mobiliário urbanos pretendidos, em ato próprio, nos termos da legislação específica.

§1º As empresas cujas atividades econômicas sejam exercidas nas hipóteses previstas neste artigo devem indicar a localização apenas para efeito de eleição do domicílio. §2º O Poder Público, nestes casos, deve confirmar o endereço, e poderá impor restrições ao respectivo exercício, nos termos do art. 12 da Lei nº 5.547/2015. Art. 8º A Viabilidade de Localização pode ser concedida para empresas cujas atividades econômicas pretendam ser exercidas em residência de sócio ou titular. Parágrafo único: Nas hipóteses previstas no caput enquadram-se as empresas que o modo de exercício empregue exclusivamente meios virtuais e não haja atendimento presencial de clientes, recebimento, estocagem, expedição e produção de mercadorias. Art. 9º A concessão das Autorizações de Funcionamento para as empresas cujas atividades pretendam ser exercidas na forma dos arts. 7º, I e II deste decreto deve seguir integralmente o tratamento previsto nos arts. 17 a 29 da Lei nº 5.547/2015.

Seção IV DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DAS EMPRESAS QUE JÁ DISPONHAM DE

REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL OU SE ENQUADRAM NAS DISPOSIÇÕES DO ARTIGO 13 DESTE DECRETO

Art. 10. A Autorização de Funcionamento permite o exercício de atividades econômicas de que trata a Lei nº 5.547/2015 no Distrito Federal. §1º A autorização de funcionamento será expedida ao estabelecimento localizado em edificação regular e em áreas regularizadas com diretrizes urbanísticas definidas; §2º A autorização de funcionamento será expedida permitindo o início de desenvolvimento da atividade econômica ao estabelecimento localizado:

I - em área ou edificação desprovidas de regulação fundiária e imobiliária, inclusive habite-se;

II – nas áreas previstas na estratégia de regularização fundiária prevista na Lei Complementar nº 803, de 25 de abril de 2009, que aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT e posteriores alterações;

III – nas demais áreas passíveis de regularização fundiária. Art. 11. Deverão ser atendidas as exigências dispostas em regulamentação específica das atividades econômicas previstas na Lei nº 5.547/2015, quando da concessão de autorização de funcionamento. Art. 12. As empresas que até a publicação da Lei nº 5.547/2015 já dispunham de registro na Junta Comercial ou se enquadrem nas disposições do artigo 13 deste decreto, deverão solicitar ao Administrador Regional competente, a Autorização de Funcionamento de atividades econômicas, mediante preenchimento de formulário próprio, constante do Anexo IV deste Decreto.

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§1º Atendidos os princípios da eficiência, economicidade, conveniência e oportunidade da Administração Pública, as empresas que se enquadrem nas condições dispostas no caput deste artigo terão as etapas necessárias a autorizações das atividades econômicas concluídas por meio dos processos administrativos que ensejaram a análise da Consulta Prévia, durante a vigência da Lei nº 5.280/2013. §2º O requerimento deverá ser instruído com os documentos abaixo elencados:

I. nos casos de Autorização de Funcionamento de atividades econômicas a ser expedida ao estabelecimento localizado em edificação regular e em áreas regularizadas com diretrizes urbanísticas definidas:

a) comprovante de Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CFDF;

b) declaração, conforme modelo padrão constante do Anexo VIII deste Decreto, de que cumpriu os requisitos discriminados no resultado da Viabilidade de Localização e atende as normas de segurança sanitária, de preservação ambiental e de prevenção contra incêndio e pânico;

c) comprovante de pagamento da Taxa de Funcionamento de Estabelecimento – TFE, de que trata a Lei Complementar nº 783, de 30 de outubro de 2008, e posteriores alterações, quando couber;

d) outros documentos julgados pertinentes elencados em Portaria ou Ordem de Serviço da Secretaria de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo, em decorrência do Acordo de Cooperação Técnica nº 02/2015, firmado com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República em 04.03.2015, publicado em 06.03.2015 (DODF nº 46, p. 24).

II. para a concessão de Autorização de Funcionamento de atividades econômicas de empresas classificadas como de significativo potencial de lesividade (alto risco) nos termos do Anexo VI deste decreto, e disposições do artigo 18 §§1º e 2º da Lei nº 5.547/2015, situadas em áreas descritas no inciso I do §2º do artigo 10 deste decreto (área regular) caberá à Administração Regional solicitar aos órgãos e entidades licenciadoras os competentes relatórios, laudos de vistoria ou atos equivalentes, com manifestação favorável à concessão da autorização da atividade econômica. III - Para a concessão de Autorização de Funcionamento expedida a empresas localizadas em área ou edificação desprovidas de regulação fundiária e imobiliária, inclusive habite-se; nas áreas previstas na estratégia de regularização fundiária prevista na Lei Complementar nº 803, de 25 de abril de 2009, que aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT e posteriores alterações; nas demais áreas passíveis de regularização fundiária, indicadas neste Decreto, deverão ser juntados os documentos abaixo elencados:

a) comprovante de Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CFDF; b) comprovante de pagamento da Taxa de Funcionamento de Estabelecimento –

TFE, de que trata a Lei Complementar nº 783, de 30 de outubro de 2008, quando couber;

c) projeto arquitetônico da edificação acompanhado da ART relativa ao projeto, registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA ou de RRT registrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal – CAU/DF, acompanhado de laudo técnico que ateste as condições de segurança e estabilidade estrutural da edificação, nos termos do Anexo VII;

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d) declaração, conforme modelo padrão constante do Anexo VIII deste Decreto, de que cumpriu os requisitos discriminados no resultado da Viabilidade de Localização e atende as normas de segurança sanitária, de preservação ambiental e de prevenção contra incêndio e pânico;

e) declaração de que a edificação foi concluída antes da data de publicação da Lei 5.547, de 06 de outubro de 2015, conforme modelo constante do Anexo IX, acompanhada de comprovante relativo ao Imposto Predial Territorial Urbano – IPTU ou fatura de serviço prestado por concessionária de serviço público;

§3º Para as atividades classificadas como pequeno potencial de lesividade (baixo risco) nos termos do artigo 20 da Lei nº 5.547/2015, nas áreas passíveis de regularização o projeto arquitetônico da edificação de que trata a alínea c do inciso II deste artigo poderá ser substituído por vistoria realizada pela Defesa Civil do Distrito Federal, que ateste as condições de segurança e estabilidade estrutural, para a edificação térrea de até 50m² (cinquenta metros quadrados) de área construída, sem subsolo e pavimento superior, quando se tratar de microempresa ou empreendedor individual. §4º Para atividade classificada como significativo potencial de lesividade (alto risco), conforme Anexo VI deste Decreto, disposições do artigo 18 §§1º e 2º da Lei nº 5.547/2015, a Administração Regional deverá solicitar aos órgãos e entidades licenciadores os competentes relatórios, laudos de vistoria ou atos equivalentes, com manifestação favorável à concessão do licenciamento da atividade econômica, conforme abaixo elencado:

I – manifestação dos órgãos competentes no Distrito Federal relativa ao manejo de resíduos sólidos, ao horário de funcionamento, em conformidade com a lista de atividades e diretrizes urbanísticas definidas para a área e localização em imóvel edificado;

II – vistorias realizadas pela Defesa Civil do Distrito Federal e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, atestando que a edificação e as condições de funcionamento estão de acordo com as normas de segurança;

III – manifestação técnica favorável emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal – BRASÍLIA AMBIENTAL, nos casos de risco ambiental;

IV – relatório de vistoria ou ato equivalente com manifestação favorável do órgão ou entidade competente para as atividades com o grau de risco alto listadas no Anexo VI.

Art. 13. Além dos documentos constantes do artigo 12, §4º, incisos I e II deste Decreto, o interessado deverá apresentar os seguintes documentos, para emissão da Autorização de Funcionamento nos casos abaixo descritos, sendo a instrução realizada em processo administrativo até a completa implantação dos módulos do Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas (RLE):

I – projeto de arquitetura, para emissão da Autorização de Funcionamento em locais de concentração de público, com área construída superior a 200m², com capacidade total de público acima de 200 pessoas ou com subsolo com capacidade de público acima de 50 pessoas;

II – autorização do órgão educacional competente, em se tratando de atividade educacional privada;

III – termo de permissão de uso e comprovante de pagamento de preço público relativo a área que será ocupada, para atividades realizadas em mobiliário urbano;

IV – declaração de regularidade de uso da área a ser ocupada ou documento equivalente expedido pela Secretaria de Estado competente para funcionamento de atividade

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vinculada ao Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal – PRÓ/DF e a outros programas instituídos pelo Governo do Distrito Federal;

V – comprovante de protocolo ou registro da atividade junto à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, para a atividade relacionada com transporte de produtos de origem animal ou com produção e comercialização de sementes e mudas;

VI – cópia do Projeto de Instalação de Central de GLP, Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou Registro de Responsabilidade Técnica – RRT de execução da Central de GLP, Teste de Estanqueidade da Central de GLP e respectiva ART/RRT, caso o estabelecimento fizer uso de mais de 39 kg de GLP;

VII – termo de anuência das empresas ou interessados, nos casos de solicitação de expedição de mais de uma autorização de funcionamento para um mesmo endereço, conforme modelo constante do Anexo V deste regulamento.

Art. 14. Em áreas rurais, para atividades comerciais, de prestação de serviços e industriais, deverá ser apresentado requerimento em modelo padrão constante do Anexo IV e os seguintes documentos:

I - inscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal - CFDF, quando as atividades pretendidas forem objeto de incidência do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS ou ambos;

II - comprovante de pagamento da Taxa de Funcionamento de Estabelecimento - TFE, de que trata a Lei Complementar nº 783, de 30 de outubro de 2008, e posteriores alterações, quando couber;

III - declaração da pessoa física ou jurídica, conforme modelo padrão constante do Anexo VIII deste decreto, de que cumpriu os requisitos discriminados no resultado da Viabilidade de Localização e atende as normas de segurança sanitária, de preservação ambiental e de prevenção contra incêndio e pânico;

IV - declaração da pessoa física ou jurídica, conforme modelo padrão constante do Anexo XII deste decreto, de que está ciente das exigências relativas aos sistemas e procedimentos de segurança contra incêndio e pânico;

V - projeto arquitetônico da edificação acompanhado da ART relativa ao projeto, registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA ou de RRT registrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal - CAU/DF, e laudo técnico que ateste as condições de segurança e estabilidade estrutural da edificação, nos termos do Anexo VII.

§1º A Administração Regional deverá provocar os órgãos e entidades competentes, juntando aos autos os seguintes documentos:

I - relatório de vistoria ou ato equivalente, com manifestação favorável do órgão ou entidade competente, para as atividades de risco listadas no Anexo VI;

II - relatório emitido pela Companhia Imobiliária de Brasília quanto à situação fundiária do imóvel;

III - manifestação técnica favorável emitida pelo Instituto Brasília Ambiental - IBRAM, nos casos de risco ambiental;

IV - vistorias realizadas pela Defesa Civil do Distrito Federal e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, atestando que a edificação e as condições de funcionamento estão de acordo com as normas de segurança.

§2º Em se tratando de empreendimento cuja inscrição no CFDF não seja obrigatória, será necessária a apresentação, ainda, dos seguintes comprovantes:

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I - de registro na Junta Comercial do Distrito Federal ou em Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Distrito Federal;

II - do exercício legal da atividade profissional regular, em se tratando de profissional autônomo estabelecido;

III - de utilização regular do imóvel onde se pretende desenvolver a atividade, constituído por um dos seguintes documentos:

a) registro de propriedade em cartório de registro de imóveis; b) documento referente a arrendamento, usufruto, comodato, promessa de

compra e venda, contrato de locação ou sublocação, ou declaração de ocupação fornecida por órgão público.

Art. 15. O prazo de vigência da autorização de área que disponha de regularidade fundiária é de 5 (cinco) anos - licença, e, no caso da autorização de área que não dispunha de regularidade fundiária, seu prazo de vigência é de 12 (doze) meses, ambos os prazos a contar da data da publicação da Lei nº 5.547, de 06.10.2015.

Seção IV Da Vistoria

Art. 16. A vistoria é o procedimento de fiscalização e controle realizado pelos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta do Distrito Federal, realizada de forma permanente e a qualquer tempo. §1º Os resultados das vistorias serão registrados por meio de Relatórios de Vistoria ou ato equivalente. §2º As vistorias serão realizadas após o início de operação do estabelecimento, exceto quando se tratar de atividade classificada como de significativo potencial de lesividade (alto risco) nos termos do Anexo VI deste decreto, e disposições do artigo 18 §§1º e 2º da Lei nº 5.547/2015. Art. 17. Os relatórios de vistoria ou atos equivalentes conterão as exigências específicas de cada órgão ou entidade de fiscalização e controle da Administração Pública Direta ou Indireta do Distrito Federal para o funcionamento do estabelecimento e observarão a legislação específica. Parágrafo único: O interessado deverá cumprir as exigências formuladas pelos órgãos fiscalizadores e de controle, dentro do prazo máximo de 60 (sessenta) dias, ficando sujeito a posterior vistoria para verificação do seu atendimento. Art. 18. Em se tratando de atividade classificada como de significativo potencial de lesividade (alto risco) nos termos do Anexo VI deste decreto, e disposições do artigo 18 §§1º e 2º da Lei nº 5.547/2015, o relatório de vistoria ou ato equivalente, com manifestação desfavorável de qualquer órgão de fiscalização e controle competente, impede a concessão de Autorização de Funcionamento pela Administração Regional.

Seção V

Das Atividades Econômicas com Significativo Potencial de Lesividade Art. 19. Consideram-se atividades econômicas com significativo potencial de lesividade, as relacionadas no Anexo VI deste Decreto, bem como aquelas assim classificadas em função da constatação dos critérios objetivos pré-estabelecidos no Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas (RLE), conforme dispõe o artigo 18 § 2º da Lei nº 5.547/2015.

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Art. 20. Para a autorização das atividades classificada como de significativo potencial de lesividade (alto risco) nos termos do Anexo VI deste decreto, e disposições do artigo 18 §§1º e 2º da Lei nº 5.547/2015, será obrigatória a vistoria prévia dos órgãos ou entidades constantes do Anexo VI deste Decreto, no prazo de 12 (doze) meses, com a emissão dos relatórios de vistoria ou ato equivalente, resguardado o disposto no Capítulo referente as penalidades deste Decreto. Art. 21. Deverá o responsável legal pela empresa que exerça atividades classificada como de significativo potencial de lesividade (alto risco) nos termos do Anexo VI deste decreto, e disposições do artigo 18 §§1º e 2º da Lei nº 5.547/2015, apresentar, a cada cinco anos, laudo técnico referente à segurança da edificação e às condições de funcionamento, nos termos do modelo constante do Anexo XI deste Decreto. §1º Após a apresentação do Laudo Técnico de que trata o caput deste artigo, a Administração Regional notificará os órgãos de fiscalização e controle responsáveis pela vistoria indicada no Anexo VI deste Decreto, para que realizem a avaliação e vistoria pertinentes. §2º Fica excluída a apresentação de Laudo Técnico de que trata o caput deste artigo, o empreendimento que nesse período for fiscalizado pelo órgão ou entidade responsável pela vistoria indicada no Anexo VI deste Decreto, de acordo com a atividade desenvolvida, devendo o interessado apresentar à Administração Regional a vistoria respectiva. §3º O prazo para apresentação do laudo técnico e demais documentos, de que trata este artigo, será contado a partir:

I – da data de emissão da Autorização de Funcionamento; II – da apresentação da vistoria ou laudo técnico à respectiva Administração Regional; III – do início da vigência da Lei nº 4.611, de 9 de agosto de 2011, para as autorizações

de Funcionamento de atividades econômicas ou outros atos equivalentes, concedidas com base em Leis anteriormente vigentes.

Art. 22. A qualquer tempo, não tendo sido consideradas suficientes as medidas indicadas nos Laudos Técnicos de que tratam os artigos 23 e 28 deste Decreto, os órgãos de fiscalização e controle da Administração Pública Direta e Indireta do Distrito Federal, no âmbito de suas respectivas competências, exigirão as medidas julgadas necessárias para a correção das irregularidades detectadas. Parágrafo único: O não atendimento das exigências, de que trata este artigo, impedirá a concessão da autorização ou do alvará, ou a continuidade do funcionamento da atividade.

CAPÍTULO III - Dos Prazos Art. 23. Para a expedição da Autorização de Funcionamento de atividades econômicas previstas na Lei nº 5.547/2015, devem ser observados os prazos especificados quanto à Viabilidade de Localização, às vistorias e à emissão de Autorizações, contados da data do respectivo requerimento:

I – até cinco dias úteis para a Viabilidade de Localização; II – até trinta dias úteis para as vistorias em atividades classificadas como de significativo

potencial de lesividade (alto risco); III – até dez dias úteis para a Autorização de Funcionamento.

§1º Se constatada exigência relativa à documentação, os prazos serão reiniciados a partir do saneamento desta.

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§2º Nos casos em que a exigência depender exclusivamente de ato a ser realizado pelo interessado, poderá o Administrador Regional, arquivar de forma terminativa o processo administrativo, ultrapassado o prazo de 60 (sessenta) dias da notificação do interessado quanto à exigência. Art. 24. Na falta do cumprimento do prazo previsto no art. 25 deste Decreto, poderá o interessado apresentar, em substituição ao relatório de vistoria ou ato equivalente de que trata o art. 17 deste Decreto, laudos técnicos indicando as medidas, já existentes ou a serem implementadas, de segurança sanitária, de controle ambiental, de controle educacional e de segurança pública, necessárias ao funcionamento da atividade, conforme modelo constante do Anexo VII deste Decreto, ressalvados os casos exigidos em lei específica. §1º Existindo medidas a serem implementadas, o autor do Laudo Técnico, de que trata o caput deste artigo, será responsável pelo acompanhamento de sua execução até o seu término. §2º Os Laudos Técnicos, de que trata o caput deste artigo, serão encaminhados imediatamente ao seu recebimento, aos órgãos técnicos competentes do Distrito Federal, não sendo necessária, contudo, a sua aprovação prévia para a expedição da Autorização de Funcionamento de atividade econômica. §3º O descumprimento injustificado dos prazos estabelecidos em lei ou regulamento, por culpa ou dolo, implicará responsabilidade do servidor que o causar, cabendo à chefia imediata promover a apuração de responsabilidade, nos termos da legislação vigente. §4º Na falta de cumprimento do prazo previsto no art. 20 deste Decreto, a Administração Regional deverá notificar o órgão de fiscalização e controle competente para apresentar resposta no prazo de 72 (setenta e duas) horas, com o devido parecer da vistoria da atividade de risco. Art. 25. Conforme análise realizada pela Administração Regional competente, o interessado deve apresentar, no prazo de até 12 (doze) meses, salvo quando o Poder Público der causa ao impedimento, todos os documentos necessários à emissão da Autorização de Funcionamento, sob pena de anulação dos mesmos.

CAPÍTULO IV DAS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS

Seção I Das normas gerais de aplicação

Art. 26. O agente público que tenha ciência da ocorrência de infração na região administrativa em que atua deve adotar as providências para que o fato seja apurado, bem como proceder ao seu encaminhamento, se for o caso, aos órgãos competentes. Parágrafo Único – No caso da AGEFIS, as ações fiscais ocorrerão mediante programações fiscais ou atos equivalentes, por designação da chefia. Art. 27. Considera-se infração administrativa:

I – toda ação ou omissão que importe inobservância dos preceitos deste decreto, de sua regulamentação e de demais instrumentos legais afetos;

II – o desacato ao responsável pela fiscalização. Art. 28. A autoridade pública que tenha ciência da ocorrência de infração na região administrativa em que atua deve adotar as providências para que o fato seja apurado, bem como proceder ao seu encaminhamento, se for o caso, aos órgãos de apuração de infrações penais.

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Art. 29. As infrações às obrigações instituídas nesta Lei e na sua regulamentação sujeitam o infrator às seguintes penalidades administrativas, sem prejuízo de outras previstas em leis específicas:

I – advertência; II – multa; III – interdição parcial ou total do estabelecimento ou da atividade; IV – apreensão de mercadorias e equipamentos; V – cassação da autorização de funcionamento.

§1º As sanções previstas neste artigo são aplicadas pela autoridade competente, na forma do regulamento. §2º No caso de o proprietário, o locatário ou o responsável se recusar a assinar o documento de notificação, o agente fiscalizador deve fazer constar a ocorrência no próprio documento. §3º A aplicação das penalidades previstas nesta Lei deve ser feita sem prejuízo da exigência dos tributos devidos e das providências necessárias à instauração da ação penal cabível, inclusive por crime de desobediência. §4º Aplicadas as penalidades previstas nesta Lei, são garantidos aos infratores o contraditório e a ampla defesa, conforme regulamento. §5º Para fiscalização do cumprimento das disposições deste decreto e da respectiva regulamentação, pode ser requisitado pelos órgãos ou pelas entidades do Distrito Federal apoio dos órgãos de segurança pública necessário às atividades de fiscalização. Art. 30. A advertência é aplicada por meio de notificação, estabelecendo prazo de 30 (trinta) dias para regularização, podendo ser prorrogado por até 30 (trinta) dias, a critério da autoridade fiscalizadora. Art. 31. Considera-se infratora a pessoa física ou jurídica de direito público ou privado que se omita ou pratique ato em desacordo com esta Lei ou que induza, auxilie ou constranja alguém a fazê-lo. §1º É considerado infrator reincidente aquele que comete a mesma infração no período de 12 meses, tendo como termo inicial a data de decisão administrativa definitiva sobre eventual impugnação. §2º É considerada infração continuada a manutenção da ação ou da omissão imputável dentro do período de 30 dias da penalização originária. Art. 32. A microempresa e a empresa de pequeno porte, assim definidas nos termos da Lei Complementar federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006, devem ser notificadas para cumprimento das obrigações previstas nesta Lei e na respectiva regulamentação, antes da devida penalização, sempre que for aplicável o critério da dupla visita nos termos dos arts. 34 a 37 da Lei nº 4.611, de 9 de agosto de 2011.

Seção II Das Multas

Art. 33. As ações ou as omissões que importem desobediência às disposições deste decreto ficam sujeitas à imposição das seguintes multas:

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I– relativas às autorizações previstas no art. 1º, nos seguintes casos:

a) exercer atividade econômica ou auxiliar sem a prévia Viabilidade de Localização – multa de R$1.240,00;

b) exercer atividade econômica ou auxiliar sem as prévias Autorizações de Funcionamento dos órgãos ou das entidades do Distrito Federal responsáveis pela respectiva fiscalização – multa de R$930,00;

c) exercer atividade econômica ou auxiliar sem a renovação das Autorizações de Funcionamento cujo prazo de validade tenha se expirado ou das quais tenham sido alterados os critérios que foram utilizados para definição do potencial de lesividade – multa de R$620,00;

II – relativas à localização da empresa e seus estabelecimentos:

a) informar endereço inexato de estabelecimento de empresa – considera-se que o estabelecimento exerce atividade econômica ou auxiliar sem a prévia Viabilidade de Localização;

b) deixar de informar o cadastro imobiliário fiscal de todos os imóveis que compõem o estabelecimento – multa de R$930,00 por unidade não informada;

c) informar metragem inexata do estabelecimento – multa de R$930,00; III – relativas ao exercício de atividade econômica ou auxiliar:

a) informar códigos da CNAE inexatos – considera-se que o estabelecimento exerce atividade econômica ou auxiliar sem a prévia Viabilidade de Localização;

b) deixar de cumprir ou desobedecer a restrição ao exercício das atividades econômicas ou auxiliares imposta na concessão da Viabilidade de Localização – multa de R$620,00;

c) deixar de cumprir ou desobedecer a condição para o exercício das atividades econômicas ou auxiliares imposta na concessão da Autorização de Funcionamento – multa de R$930,00;

IV – relativas aos procedimentos para concessão da Autorizações de Funcionamento:

a) obter Autorizações de Funcionamento mediante apresentação de documentação falsificada, inapta ou eivada de vícios na respectiva elaboração perante órgãos ou entidades do Distrito Federal responsáveis pelas respectivas concessões – multa de R$1.240,00;

b) obter Autorizações de Funcionamento mediante apresentação de declarações falsas e de dados inexatos perante órgãos ou entidades do Distrito Federal responsáveis pelas respectivas concessões – multa de R$1.240,00;

V – relativas ao tratamento aos agentes de fiscalização e suas determinações:

a) deixar de cumprir notificação regular e manifestamente legal expedida por agente de órgão ou entidade do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização – multa de R$620,00;

b) desacatar os agentes de órgãos ou entidades do Distrito Federal com a intenção de impedir, embaraçar ou se evadir à ação legítima e manifestamente legal de fiscalização – multa de R$930,00.

§1º Não deve ser aplicada cumulativamente a multa a que se refere o inciso I nas hipóteses dos incisos II, III e IV deste artigo.

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§2º Ressalvado o caso do § 1º, a imposição de multa para uma infração não exclui a aplicação de multa fixada para outra, caso constatada, nem a aplicação de outras penalidades cabíveis. Art. 34. Os valores de que trata o art. 39 são multiplicados pelo índice “k”, tomando-se por base as seguintes categorias de empreendedores e de empreendimentos:

I – microempresas: k = 3; II – empresas de pequeno porte: k = 5; III – empresas de médio porte: k = 7; IV – demais empresas: k = 10.

Parágrafo Único – Na impossibilidade de enquadramento de porte do estabelecimento comercial, será aplicado o fator k=3. Art. 35. O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de reparar os danos resultantes da infração, nem o libera do cumprimento da exigência prevista nesta Lei e na respectiva regulamentação. Art. 36. As multas previstas no inciso I do art. 39 da Lei nº 5.547/2015 devem ser aplicadas com acréscimo de 100% nas hipóteses em que o tempo de exercício das atividades econômicas ou auxiliares no momento da constatação seja superior a 180 dias do respectivo início. Art. 37. As multas aplicadas nos termos do art. 39 da Lei nº 5.547/2015 devem ter acréscimo de 100% nos seguintes casos:

I – se houver reincidência ou infração continuada; II – nas hipóteses em que o infrator esteja desenvolvendo atividade considerada de

significativo potencial de lesividade. Art. 38. As multas previstas no art. 39, I, a, e III, a, da Lei nº 5.547/2015 devem ser aplicadas considerando cada atividade econômica ou auxiliar exercida no momento da constatação. Art. 39. As multas previstas art. 39, I, b e c, e III, a, da Lei nº 5.547/2015 devem ser aplicadas por cada órgão ou entidade do Distrito Federal responsável pela fiscalização das atividades econômicas ou auxiliares exercidas no momento da constatação. Art. 40. Aos valores das multas aplicadas e não recolhidas no prazo legal são acrescidos os respectivos encargos moratórios. Art. 41. O valor final das multas aplicadas é reduzido em 50% nas hipóteses em que o infrator seja microempresa e empresa de pequeno porte, assim definidas nos termos da Lei Complementar federal nº 123, de 2006.

Seção III Da interdição

Art. 42. A interdição das atividades econômicas e auxiliares será formalizada mediante auto de interdição, emitida pelo órgão fiscalizador competente, de acordo com a atividade econômica desenvolvida nas hipóteses em que o infrator:

I – promova a respectiva localização e exercício de atividade econômica e auxiliar sem a obtenção prévia das autorizações previstas no art. 1º da Lei nº 5.547/2015;

II – deixe de cumprir as restrições para o exercício das atividades econômicas e auxiliares

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impostas no ato de concessão da Viabilidade de Localização, nos termos do art. 12, II da Lei nº 5.547/2015;

III – deixe de cumprir as condições para o exercício das atividades econômicas e auxiliares

impostas no ato de concessão das Autorizações de Funcionamento; IV – deixe de cumprir as notificações formuladas pelos agentes dos órgãos ou das

entidades do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização. §1º A reincidência de descumprimento do horário estabelecido na legislação sujeita o infrator a interdição por 24 horas, não se excluindo a aplicação de outras penalidades. §2º O período de interdição é dobrado a cada reincidência. §3º O período de aplicação da penalidade de interdição deve ser objeto de termo específico, nos termos de regulamento, expedido pelos agentes dos órgãos ou das entidades do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização, e deve ser adequado ao cumprimento das respectivas obrigações exigidas. §4º Na hipótese do funcionamento de mais de uma atividade no mesmo estabelecimento, a interdição parcial permitirá a continuidade do funcionamento das demais atividades autorizadas. Art. 43. O órgão ou a entidade do Distrito Federal que aplique penalidade de interdição de empresa, estabelecimento ou atividade econômica e auxiliar deve comunicá-la aos demais órgãos e entidades responsáveis pela respectiva fiscalização e aos órgãos de segurança pública, visando à efetividade e à garantia do exercício integrado do poder de polícia e do cumprimento da interdição. Art. 44. Cabe interdição sumária no caso de estabelecimento que exerça atividade de significativo potencial de lesividade e que não possua Autorização de Funcionamento ou tenha suas autorizações cassadas. Art. 45. A desinterdição da empresa, do estabelecimento ou da atividade econômica ou auxiliar deve ser objeto de termo específico expedido pelos agentes dos órgãos ou das entidades do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização, nos termos de regulamento, e fica condicionada ao cumprimento das obrigações exigidas.

Seção IV Da apreensão de mercadorias e equipamentos

Art. 46. A apreensão de mercadorias ou equipamentos provenientes de instalação e funcionamento de estabelecimento ou atividade econômica irregular é efetuada pelos órgãos ou pelas entidades de fiscalização, que devem providenciar a respectiva remoção para depósito público ou para local determinado pelo órgão competente, ou nomear fiel depositário, na forma da lei civil. §1º A apreensão é formalizada por meio de auto de apreensão contendo o local da apreensão, a identificação do eventual proprietário, possuidor ou detentor, as quantidades e, de forma discriminada, dados necessários à correta identificação das mercadorias ou dos equipamentos. §2º A devolução das mercadorias e dos equipamentos apreendidos fica condicionada ao pagamento das despesas de que trata o § 3º deste artigo. §3º Os gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito de mercadorias e equipamentos apreendidos são ressarcidos ao Poder público, mediante pagamento de valor

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calculado com base em preços definidos em regulamento específico, independentemente da devolução do bem. §4º O órgão competente deve fazer publicar no Diário Oficial do Distrito Federal, no prazo de 5 dias, a relação de mercadorias e equipamentos apreendidos, quando não forem identificados seus proprietários. §5º A solicitação de devolução de mercadorias e equipamentos apreendidos é feita no prazo de 30 dias, contados do primeiro dia útil subsequente à data da lavratura do auto de apreensão ou, na falta de identificação de seus proprietários, da publicação a que se refere o § 4º deste artigo, sob pena de perda do bem. §6º O interessado pode reclamar as mercadorias e os equipamentos apreendidos antes da publicação de que trata o § 4º deste artigo. §7º A mercadoria ou o equipamento apreendido e removido para depósito não reclamado no prazo do § 5º deste artigo é tido por abandonado, na forma da legislação específica do órgão fiscalizador. §8º As mercadorias e os equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos deste decreto são incorporados ao patrimônio do Distrito Federal, doados ou vendidos a critério do Poder Executivo, em ação motivada. §9º Nos casos em que seja impraticável a lavratura imediata do auto de apreensão, deve ser lavrado o termo de retenção de volumes. §10 Inexistindo recurso pendente de análise ou ultrapassado o prazo recursal, e inexistindo ação judicial sobre o ato de interdição, poderá o órgão fiscalizador promover a apreensão das mercadorias, máquinas e equipamentos, demonstrado ser a medida imprescindível a preservação da saúde e segurança pública, devendo ser instaurado imediatamente processo administrativo, respeitada a ampla defesa e contraditório. Art. 47. A autoridade fiscal pode, mediante lavratura de termo próprio, nomear fiel depositário para a guarda das mercadorias e dos equipamentos apreendidos, o qual fica sujeito ao disposto no art. 647 combinado com o art. 652 do Código Civil. §1º O depósito se dá de forma a não onerar os cofres públicos. §2º Em caso de apreensão de recipientes com material inflamável ou tóxico, a autoridade competente pode determinar que fiquem depositados no próprio estabelecimento, à disposição do órgão que realizou a apreensão. Art. 48. É do proprietário o ônus decorrente de eventual perecimento natural ou perda de valor das mercadorias e dos equipamentos apreendidos.

Seção V Da cassação das Autorizações de Funcionamento

Art. 49. A penalidade de cassação da Autorização de Funcionamento concedida para atividades econômicas e auxiliares é aplicada pelos respectivos órgãos ou entidades do Distrito Federal responsáveis pela fiscalização, conforme regulamento, nas hipóteses em que o infrator:

I – deixe de cumprir de forma insanável as condições para o exercício das atividades econômicas e auxiliares impostas no ato de concessão das Autorizações de

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Funcionamento; II – deixe de cumprir de forma insanável as obrigações previstas nesta Lei, na sua

regulamentação e na legislação de regência do respectivo órgão ou entidade do Distrito Federal responsável pela fiscalização;

III – deixe de cumprir reiteradamente as notificações formuladas pelos agentes dos órgãos ou das entidades de fiscalização;

IV – deixe de cumprir as obrigações necessárias à manutenção da inscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal;

V – seja reincidente na mesma infração por mais de 3 vezes num período de 12 meses; VI – apresente documentação falsificada, inapta ou eivada de vícios na respectiva

elaboração perante os órgãos ou as entidades do Distrito Federal concedentes; VII – apresente declarações falsas e dados inexatos perante os órgãos ou as entidades

do Distrito Federal concedentes. Parágrafo único: A consulta de que trata o art. 3º deve refletir a situação da cassação das Autorizações de Funcionamento de empresa, estabelecimento ou atividade econômica e auxiliar, inclusive dos motivos que a provocaram. Art. 50. A imposição da penalidade de cassação não exclui a aplicação das multas fixadas no art. 39 da Lei nº 5.547/2015, nem a aplicação de outras penalidades cabíveis. Parágrafo Único – Compete as Administrações Regionais proceder a revogação das Autorizações, dar publicidade ao ato praticado e comunicar aos órgãos fiscalizadores para adoção das devidas providências.

CAPÍTULO V – DAS DISPOSIÇOES ESPECIAIS Art. 51. O responsável legal da empresa deverá declarar que o empreendimento atende as normas da segurança sanitária, da preservação ambiental, e da prevenção contra incêndio e pânico, conforme modelo constante do Anexo VIII deste Decreto. Art. 52. Poderá ser expedida mais de uma Autorização de Funcionamento para um mesmo endereço, desde que haja independência de funcionamento das atividades, em sala, loja ou parte do estabelecimento. §1º Entender-se-á como parte de um estabelecimento, para fins de concessão de Autorização de Funcionamento, a divisão de uma unidade imobiliária, com ou sem separação física. §2º O licenciamento de parte de um estabelecimento ocorrerá quando a Autorização for concedido para atividade instalada em unidade imobiliária, onde já exista atividade diversa. §3º Sem prejuízo do cumprimento das demais exigências legais pertinentes, a concessão da Autorização de Funcionamento de parte de um estabelecimento de que trata o parágrafo anterior, será condicionada à apresentação de anuência do titular ou responsável pela atividade primeiramente licenciada ou autorizada para o local, conforme Anexo V deste Decreto. §4º O estabelecimento licenciado ou autorizado como parte de outro deverá atender às exigências e parâmetros relativos à área dos ambientes ou compartimentos necessários à sua instalação previstos na Lei nº 2.105, de 08 de outubro de 1998, e posteriores alterações, e seu regulamento. §5º As atividades licenciadas ou autorizadas nos termos deste artigo não poderão caracterizar a alteração ou extensão dos usos ou atividades permitidos na legislação urbanística para a unidade imobiliária.

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Art. 53. É vedada a emissão de Autorização de Funcionamento para edificações que estejam interditadas por risco em sua estrutura, devendo os órgãos de fiscalização e licenciadores, informar à respectiva Administração Regional acerca da irregularidade constatada, bem como toda e qualquer interdição realizada. Art. 54. Deverá ser precedido de novo processo administrativo a autorização quando o empreendimento:

I – alterar seu endereço; II – mudar de atividade ou de uso do estabelecimento; III – tiver acréscimo de área construída; IV – alterar sua capacidade máxima de público; V – incluir o uso, armazenamento ou estocagem de líquidos inflamáveis, líquidos

combustíveis e pólvora; VI – incluir o uso de mais de 39kg de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP; VII – incluir

procedimentos médicos de sedação e internação; VIII – incluir uso de macas.

CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 55. Os órgãos e entidades técnicas da Administração Pública direta e indireta do Distrito Federal expedirão, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, as instruções necessárias ao cumprimento do estabelecido neste Decreto, relativamente às suas respectivas áreas de atuação. Art. 56. Os órgãos públicos com competência em qualquer das fases do processo de análise de Viabilidade de Localização e expedição de Autorização de Funcionamento de Atividades econômicas previstas na Lei nº 5.547/2015 deverão limitar-se a indicar a realização de vistorias e atos administrativos que encontrem previsão na Lei nº 5.547/2015, nos decretos regulamentadores e normas específicas às atividades econômicas, devendo a decisão ser formal, fundamentada técnica e juridicamente, cientificado pessoalmente o representante legal da empresa e publicado extrato da decisão no Diário Oficial do Distrito Federal. Art. 57. A realização de vistoria técnica ou apresentação de laudo técnico não desobriga o interessado de apresentar, ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, os projetos específicos de que trata o art. 16 do Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal, aprovado pelo Decreto nº 21.361, de 20 de julho de 2000, e suas posteriores alterações. Art. 58. O Laudo Técnico de que trata este Decreto deverá ser expedido por empresa ou profissional habilitado e registrado em órgão de classe. Parágrafo único: O Laudo Técnico elaborado por Engenheiro ou Arquiteto deverá ser acompanhado de ART ou RRT, respectivamente. Art. 59. Os valores da taxa para emissão da Autorização de Funcionamento de cada exercício serão tornados públicos por meio da publicação, pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal, de Edital de Aviso de Lançamento, no início de cada ano. Art. 60. A emissão de Autorização de Funcionamento em áreas passíveis de regularização fundiária, urbanística e ambiental, não implicará reconhecimento de posse ou de titularidade de domínio, nem produzirá compromisso ou presunção de regularidade da ocupação. Art. 61. As Autorizações de Funcionamento com prazo indeterminado emitidos com base em leis

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anteriores permanecem válidos pelo prazo de 5 (cinco) anos, conforme dispõe o artigo 61 da Lei nº 5.547/2015. Art. 62. A Secretaria de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo do Distrito Federal cumprirá em razão do Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República a gestão do Sistema de Registro e Licenciamento de Empresas (RLE), podendo, para tanto, expedir atos normativos, bem como os atos necessários a eficaz aplicação das disposições da Lei nº 5.547/2015 e seus decretos regulamentadores. Art. 63. Quanto a exigências pertinentes a Carta de Habite-se para Viabilidade de Localização ou Autorização de Funcionamento das atividades econômicas deverão ser aplicadas as disposições da Lei nº 5.547/2015, excepcionando-se apenas os casos em que exista legislação especial referente a atividade econômica em análise. Art. 64. As vistorias necessárias à concessão de Autorização de Funcionamento no Distrito Federal quando referentes a atividades classificadas como de significativo potencial de lesividade (alto risco) deverão ser executadas pelos órgãos após completa apresentação dos documentos necessários, em prazo máximo de 30 (trinta) dias, devendo, diante de impossibilidade técnica, ser justificada pelas autoridades licenciadoras ou vistoriadoras. Parágrafo único: Nos casos em que as atividades econômicas são classificadas inicialmente como de pequeno potencial de lesividade (baixo risco) mas que em razão do modo de operação, circunstância ou fator, necessite de vistoria nos termos da legislação vigente, os órgãos licenciadores e vistoriadores terão prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar da completa entrega da documentação apta a realização e expedição do laudo ou documento competente. Art. 65. À exceção das disposições legais que contem expressamente indicação de prazo, todos os demais atos e prazos vinculados às atividades econômicas dispostas na Lei nº 5.547/2015 e neste decreto, serão de 30 (trinta) dias a contar da cientificação do interessado, podendo ser prorrogado, por meio de decisão fundamentada da autoridade licenciadora ou fiscalizadora, com publicação de extrato da decisão. Art. 66. Todos os atos necessários à análise e expedição da Viabilidade de Localização e Autorizações de atividades econômicas serão realizados nas Administrações Regionais competentes, por meio de processo administrativo, devendo ser autuado, instruído por meio da Coordenação Executiva da Administração Regional, Gerência de Aprovação e Licenciamento (GEALIC), Núcleo de Licenciamento de Obras e Atividades econômicas, com manifestação técnica e submetido à Assessoria Técnica para manifestação jurídica antes da expedição das Autorizações pelo Administrador Regional. Art. 67. Os procedimentos presenciais previstos neste regulamento poderão ser realizados por meio eletrônico, de forma integrada entre órgãos e entidades da Administração Pública. Art. 68. A Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal disponibilizará aos órgãos de licenciamento e fiscalização o acesso às informações cadastrais dos contribuintes inscritos no CFDF e ao banco de dados referente ao IPTU. Art. 69. A Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal encaminhará, mensalmente, às Administrações Regionais, a relação dos empreendimentos cuja inscrição tenha sido cancelada. Art. 70. Os órgãos e entidades técnicas da Administração Pública Direta e Indireta do Distrito Federal expedirão, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, as instruções necessárias ao cumprimento do estabelecido neste decreto, relativamente às suas respectivas áreas de atuação.

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Art. 71. Este Decreto não se aplica à atividade agrícola primária anterior ao processo de transformação pela agroindústria. Parágrafo único: Para os fins do caput deste artigo, entende-se por atividade agropecuária primária a produção ou cultivo vegetal, incluindo a atividade de agricultura, extrativismo e colheita de frutos silvestres, a caça e pesca e a ordenha e criação de animais antes do abate. Art. 72. Aplicam-se as disposições previstas na Lei 5.547/2015 e as disposições deste decreto, no que couber, para o registro e licenciamento de empresas no Distrito Federal realizados por meio do Sistema RLE. Parágrafo único: Para aplicação das normas deste decreto, aos registros e licenciamentos de empresas por meio do Sistema virtual do RLE, deverão ser atendidas as diretrizes de auto declaração e as regras próprias de uso do Sistema RLE. Art. 73. Os órgãos licenciadores do Distrito Federal deverão no prazo de 5 (cinco) dias, encaminhar programação de vistorias referentes as atividades econômicas classificadas como de significativo potencial de lesividade (alto risco) às Administrações Regionais, com a instituição de força-tarefa visando dar celeridade a expedição dos laudos, vistorias e atos pertinentes. Parágrafo único: A coordenação dos trabalhos da força-tarefa instituída por meio deste artigo será realizada pela AGEFIS. Art. 74. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 75. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 35.815, de 16.09.2014 e o Decreto nº 36.924, de 27.11.2015.

Brasília, 04 de dezembro de 2015. 128º da República e 56º de Brasília

RODRIGO ROLLEMBERG

Este texto não substitui o original publicado no DODF de 07/12/2015, p. 1.

Os anexos XIII, XIV E XV constam no DODF.

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Decreto 36.948, de 04 DE DEZEMBRO DE 2015 – ATIVIDADES DE RISCO

(DODF de 07-12-2015- Pág. 21) ANEXO VI

Atividades com Grau de Risco Alto para efeito de aplicação da Lei N°. 5.547/2015 e deste Decreto com definição dos órgãos que realizaram Vistoria Prévia.

CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO QUE CONFIGURAM ATIVIDADE COM GRAU DE RISCO ALTO PARA FINS DE APLICAÇÃO DESTE ANEXO

1. Estabelecimentos industriais ou comerciais de produtos inflamáveis, corrosivos ou perigosos - vistoria Defesa Civil, CBMDF e IBRAM;

2. Estabelecimentos com música ao vivo, mecânica ou eletrônica - vistoria CBMDF, Defesa Civil, PC e IBRAM;

3. Cinemas, teatros, faculdades, cursos superiores, cursos preparatórios, ginásios e assemelhados com área construída superior a 200m² - vistoria CBMDF;

4. Cinemas, teatros, salões de festa e reuniões, templos religiosos, auditórios, escolas, universidades, faculdades, cursos superiores, cursos preparatórios, ginásios e assemelhados com capacidade de público total acima de 200 pessoas - vistoria CBMDF;

5. Cinemas, teatros, salões de festa e reuniões, templos religiosos, auditórios, escolas, universidades, faculdades, cursos superiores, cursos preparatórios, ginásios e assemelhados com subsolo(s) que tenham capacidade de público acima de 50 pessoas - vistoria CBMDF;

6. Casas de jogos e depósitos, com área construída superior a 750 m² - vistoria CBMDF;

7. Hospitais e clínicas, com área construída superior a 1200 m² - vistoria VISA e IBRAM;

8. Bares, lanchonetes, restaurantes e padarias ou assemelhados, com área construída superior a 750 m² ou que utilizem mais de 3 (três) botijões de 13kg de GLP - vistoria CBMDF;

9. Comercialização de defensivos agrícolas e pecuários - vistoria SEAGRI e IBRAM;

10. Atividades que dependam de prévio licenciamento ambiental - vistoria IBRAM;

11. Bares localizados dentro do perímetro escolar - vistoria PC;

12. Venda de bebidas alcoólicas, dentro do perímetro escolar - vistoria PC;

13. Estabelecimento onde se pratica jogos eletrônicos , sinuca, bilhar ou similares, dentro do perímetro escolar - vistoria PC;

14. Uso, estocagem e armazenagem de líquidos combustíveis, líquidos inflamáveis, pólvora e materiais explosivos - vistoria CBMDF, Defesa Civil e IBRAM;

15. Estabelecimentos que façam uso de maca e/ou com procedimentos médicos de internação e/ou sedação - vistoria CBMDF;

16. Quaisquer estabelecimentos que façam uso ou compartilhamento de Central de GLP - vistoria CBMDF;

17. Prestadores de serviços de esterilização e reprocessamento de roupas e artigos médico-hospitalares e odontológicos – vistoria VS;

18. Depósitos com área construída superior a 750m² – vistoria CBMDF e Defesa Civil.

ALTERAÇÕES REALIZADAS PELO DECRETO Nº 37.987, DE 1º DE FEVEREIRO 2017 (DODF Nº 24, 02/02/ 2017

§ 1º Não se consideram atividades potencialmente poluidoras estabelecimentos cuja atividade econômica principal seja de

restaurante ou outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebida (Código CNAE 5.611-2).

§ 3º Consideram-se potencialmente poluidores os empreendimentos cujas atividades econômicas primárias ou secundárias sejam

de discotecas, danceterias, salões de dança e similares (Código CNAE 9329-8/01), devendo suas licenças de funcionamento trazer em destaque a permissão para uso de música ao vivo ou mecânica, conforme comprovado pelo laudo técnico previamente apresentado e aprovado pelo setor competente da Administração Regional.

§ 5º É vedada a utilização de alto-falantes que direcionem o som exclusivamente para o ambiente externo, a menos que o

estabelecimento adote algum tipo de tratamento acústico que evite a propagação do som para as áreas residenciais." (NR)

Art. 2º Ficam excluídas da listagem de atividades com Grau de Risco Alto, para efeitos de aplicação da Lei Distrital no 5.547, de 6

de outubro de 2015, constante do Anexo VI do Decreto nº 36.948, de 4 de dezembro de 2015, as seguintes atividades: I - reprodução de som em qualquer suporte (Código CNAE 1830-0/01); II - reprodução de vídeo em qualquer suporte (Código CNAE 1830-0/02); e III - reprodução de software em qualquer suporte (Código CNAE 1830-0/03).

Legenda:

Defesa Civil: Defesa Civil CBMDF: Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal PCDF: Polícia Civil IBRAM: Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – Brasília Ambiental SEAGRI: Secretaria de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural VISA: Vigilância Sanitária

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LEI Nº 4.880, 12/07/2012, ANISTIA DE DÉBITOS – MULTAS

LEI Nº 4880/2012 ANISTIA DE DÉBITOS - MULTAS

DODF DE 12.07.2012

Dispõe sobre a anistia de débitos relativos a

multas aplicadas pelo Poder Público e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º São anistiados, na forma desta Lei, os débitos relativos às multas por não possuir a Licença de Funcionamento exigida pela Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, aplicadas pelo

Poder Público a ocupante de imóvel utilizado: I – para o exercício de atividades econômicas; II – por instituições religiosas;

III – por entidades de assistência social. § 1º A anistia abrange os débitos inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados ou por ajuizar.

§ 2º Para a concessão da anistia, deve ficar comprovado que o particular: I – requereu a Licença de Funcionamento junto a órgãos ou entidades competentes;

II – cumpriu eventuais diligências determinadas pela Administração Pública. § 3º A anistia não é concedida nas hipóteses em que a Licença de Funcionamento tenha sido

indeferida por órgão ou entidade competente. § 4º A anistia fica condicionada a que a multa esteja motivada, exclusivamente, em: I – questões urbanísticas;

II – questões de natureza ambiental; III – zoneamento; IV – questões fundiárias;

V – providências administrativas referentes à vistoria e à emissão de laudos técnicos imprescin-díveis à expedição da Licença de Funcionamento.

Art. 2º A anistia depende de requerimento dirigido à Agência de Fiscalização do Distrito Federal – AGEFIS, em formulário próprio, disponível no sítio dessa Agência. § 1º O requerimento deve ser protocolado na Administração Regional onde se localiza a atividade

econômica objeto da infração, para instrução. § 2º A Administração Regional, após instrução, deve encaminhar o Requerimento à AGEFIS para deliberação.

Art. 3º O art. 22 da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, que dispõe sobre o licenciamento para funcionamento de atividades econômicas e atividades sem fins lucrativos no âmbito do

Distrito Federal, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 22. A advertência prevista no art. 21, I, será aplicada por meio de notificação, estabelecendo prazo de até noventa dias, prorrogável por igual período, para

regularização, ressalvados os casos de interdição sumária, conforme regulamentação. (REVOGADO PELA LEI 5.547/2015)

Art. 4º O benefício de que trata esta Lei não dá direito a restituição ou compensação de valores já recolhidos. Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 11 de julho de 2012

124º da República e 53º de Brasília

AGNELO QUEIROZ

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LEI Nº 3.896, 17/07/2006 – PRODUTOS PIRATEADOS

LEI Nº 3896/2006 PRODUTOS PIRATEADOS

DODF DE 21.07.2006

Estabelece penalidades para a comercialização de produtos

pirateados no âmbito do Distrito Federal e dá outras providências.

A GOVERNADORA DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: Art. 1º A comercialização de produtos pirateados no âmbito do Distrito Federal fica sujeita às

penalidades previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, compreende-se por pirateados produtos falsificados ou adulterados e que burlam as normas relativas aos direitos autorais e industriais, tais

como:jogos eletrônicos, combustíveis, bebidas, roupas, calçados, publicações, eletroeletrônicos, cigarros, programas e componentes de computador, cosméticos, perfumaria, gêneros alimentícios, medicamentos, material fonográfico e cinematográfico, ou quaisquer outros

produtos manufaturados. Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Lei implicará ao infrator, no caso de pessoa jurídica, a aplicação das seguintes penalidades:

I – multa de R$ 1.000,00 (mil reais); II – multa de até cinqüenta vezes o valor previsto no inciso I, no caso de reincidência; III – caso persista a infração, poderá a Administração proceder à suspensão, temporária ou

definitiva, do alvará de funcionamento do estabelecimento infrator. § 1º Os valores das multas serão reajustados anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,

ou em outro índice que venha substituí-lo. § 2º Caso o infrator seja detentor de contrato de permissão ou de concessão de uso com o Distrito Federal, a Administração poderá realizar o destrato unilateralmente, sem prejuízo das

penalidades previstas neste artigo e emoutras normas vigentes. § 3º No caso da comercialização de produtos pirateados em feiras livres ou “camelódromos”, fica a Administração proibida de conceder licença para que o infrator se instale com suas mercadorias

em área pública, não sendo permitida, ainda, a participação do mesmo nos programas de desenvolvimento econômico promovidos pelo Governo do Distrito Federal até a reparação da infração.

§ 4º Caso o infrator seja pessoa física que comercializa os produtos itinerantemente, será aplicada multa de R$ 100,00 (cem reais), sendo vedado à mesma participar dos programas sociais realizados pelo Governo do Distrito Federal até a reparação da infração.

Art. 3º Havendo autorização expressa da Justiça, do fabricante original ou do detentor dos direitos autorais, as mercadorias pirateadas ou adulteradas apreendidas pela fiscalização do Distrito Federal serão destinadas a entidades que atuam na defesa e no amparo de comunidades

de baixa renda, respeitadas as normas de saúde pública. Art. 4º As penalidades instituídas nesta Lei não isentam o infrator de outras sanções previstas na legislação vigente.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 17 de julho de 2006

118º da República e 47º de Brasília

MARIA DE LOURDES ABADIA

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DECRETO N° 19.081/98 – HORÁRIO DE COMÉRCIO

( Autor GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL ) PUBLICAÇÃO: DODF N° 47 - QUARTA-FEIRA - 11 MAR 1998

DEC. 19.081/98 DE 10 DE MARÇO DE 1998

HORÁRIO DO COMÉRCIO

Regulamenta o horário e dias de funcionamento de estabelecimentos

comerciais, industriais, institucionais e prestadores de

serviço do Distrito federal e dá outras providências.

GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI da Lei Orgânica do Distrito Federal, e Considerando que a legislação atual que trata da matéria é esparsa, gerando dificuldade em

seu entendimento e aplicação, Considerando a necessidade de flexibilização do horário e dias de funcionamento de atividades econômicas e institucionais, conforme a demanda da sociedade e ainda garantindo os direitos e

deveres dos partícipes; Considerando, especialmente, a possibilidade de geração de novos empregos, face a atual situação econômica do pais; DECRETA:

Art. 1° O funcionamento dos estabelecimentos comerciais, industriais, institucionais e prestadores de serviços do Distrito Federal dar-se-á nos dias e horários declinados pelo

interessado no ato do requerimento do alvará de funcionamento. § 1° No exercício das atividades previstas no caput deste Decreto deverão ser observadas, dentre

outras, a legislação referente à Política Ambiental do Distrito Federal, à perturbação ao sossego, à proteção ao trabalho, bem como os acordos e convenções coletivas de trabalho § 2° Para as atividades localizadas fora do zoneamento específico, em área residencial, nos

termos da Lei n° 1.171 de 24 de julho de 1996, deverão constar os dias e o horário de funcionamento no documento de anuência da vizinhança atingida. § 3° As alterações dos dias e horários de funcionamento dar-se-ão mediante solicitação do

interessado e averbação, pela Administração Regional, no verso do alvará de funcionamento Art. 2° Os postos de abastecimento de combustíveis deverão observar os horários estabelecidos

pelo DNC - Departamento Nacional de Combustíveis ou órgão sucessor. Art. 3°1 As farmácias e drogarias em atividade no Distrito Federal, sem prejuízo do horário

previamente estabelecido na Licença de Funcionamento, ficarão sujeitas a regime de plantão estabelecido neste Decreto e na legislação sanitária federal.

§ 1º Observado o interesse público coletivo, dez por cento (10%), no mínimo, das farmácias e drogarias são obrigadas a funcionar em regime de plantão, das 18 horas de sábado às 18 horas do sábado seguinte, pelo sistema de rodízio, para atendimento ininterrupto da comunidade, nos

termos do artigo 56 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. § 2º O plantão que trata o parágrafo anterior constará de escala a ser elaborada anualmente, pela entidade sindical representativa da classe, e homologada pela Secretaria de Estado de

Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária ou unidade que vier a sucedê-la. § 3º As farmácias e drogarias de plantão são obrigadas a:

I - afixar letreiro luminoso vermelho, com a inscrição “plantão”; II - manter campainha para atendimento, em caso de cerrar as portas; § 4º Não será homologada a escala de plantão que deixar alguma localidade sem farmácia ou

drogaria de plantão. § 5º No Aeroporto Internacional de Brasília, na Rodoviária Interestadual e nos Terminais

Rodoviários, o funcionamento das farmácias e drogarias será ininterrupto, sendo que deverá ser prevista escala de plantão quando houver mais de um destes estabelecimentos. § 6º Nas localidades onde houver apenas uma farmácia ou drogaria, o funcionamento será

ininterrupto.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 40

§ 7º Nos Shopping Centers o funcionamento será de acordo com o horário de funcionamento

desses locais. § 8º Para as demais farmácias e drogarias, prevalece o horário de funcionamento constante da Licença de Funcionamento expedida pela Administração Regional.

§ 9º A escala de plantão será publicada em março de cada ano, por edital, no Diário Oficial do Distrito Federal, para vigorar a partir do primeiro sábado do mês de abril até a primeira sexta- -feira do mesmo mês, do ano seguinte.

§ 10. A escala de plantão, no interesse coletivo, poderá sofrer alterações no período de sua vigência, com consequente publicação, a juízo da autoridade sanitária da Diretoria de Vigilância Sanitária, ou unidade que vier a substituí-la.

§11. A inobservância do horário da escala de plantão configura infração à Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, sujeitando o infrator às penalidades previstas na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. (Texto com a redação dada pelo Decreto 35239 de 19/03/2014)

Art. 4° Terão o dever de fiscalizar os dias e horários de funcionamento regulados neste Decreto: as Administrações Regionais, o Departamento de Fiscalização de Saúde da Secretaria de Saúde

do Distrito Federal, a Secretaria de Segurança Pública, em conjunto ou não. § 1° A fiscalização do cumprimento do horário, inclusive de plantão, dos hospitais e similares,

das drogarias e farmácias, será feita pelo Departamento de Fiscalização de Saúde da Secretaria de Saúde. § 2° O descumprimento do horário estabelecido no alvará de funcionamento, configura infração

à Lei n° 1.171, de 24 de julho de 1996, sujeitando o infrator às penalidades ali previstas; § 3° A reincidência sujeitará o estabelecimento infrator a multa e interdição por 24 (vinte e quatro horas), cumulativamente ou não.

§ 4° O período de interdição dobrará, a cada reincidência. § 1º A Fiscalização do cumprimento do horário de plantão das drogarias e farmácias, será feita pela Diretoria de Vigilância Sanitária, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, da Secretaria de

Estado de Saúde, ou unidade que vier a substituí-la. (Texto com a redação dada pelo Decreto 35239 de 19/03/2014)

Art. 5° Conforme especificidade de cada Região Administrativa e mediante justificativa fundamentada, poderá o Administrador Regional emitir ordem de serviço, publicada no Diário

Oficial do Distrito Federal, estabelecendo horários e dias de funcionamento diferenciados por setor ou atividade, salvo quanto ao plantão de farmácias e drogarias.

Parágrafo único A justificativa de que trata o caput deste artigo, deverá ser fundamentada por meio de laudos, pareceres e demais instrumentos pertinentes, emitidos por órgãos técnicos da Administração Pública.

Art. 6° Ficam revogadas as disposições em contrário e em especial os Decretos n° 2.866, de 21 de março de 1975, n° 3.242, de 11 de maio de 1976, n° 3.632 de 04 de abril de 1977, n° 3 699,

de 17 de maio de 1977, n° 11.574, de 17 de maio de 1989, n° 12.834, de 27 de novembro de 1990, n° 17.827 de 14 de novembro de 1996.

Art. 7° Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de Março de 1998

110° da República e 38° de Brasília CRISTOVAM BUARQUE

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 41

LEI Nº 3.630, 28/07/2005, JOGOS ELETRÔNICOS E LAN HOUSES

(Autoria do Projeto: Deputado Distrital Fábio Barcellos)

LEI Nº 3630/2005 JOGOS ELETRÔNICOS

LAN HOUSE

Proíbe a concessão de alvará de

funcionamento para exploração de serviços de diversões e jogos

eletrônicos nas condições que especifica, e dá outras

providências.

LEI Nº 3686/2005 Altera a LEI 3630/2005

O GOVERNADOR DO DISTRITO

FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO

DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º Fica proibido a concessão ou renovação de alvará de funcionamento para

exploração de serviços de diversões e jogos eletrônicos numa área inferior a quinhentos metros de distância de todo e qualquer estabelecimento de ensino.

Parágrafo único. O descumprimento ao disposto no caput será considerado infração grave, ficando o responsável sujeito às penalidades previstas na Lei nº 8.112, de

11 de dezembro de 1990.

Art.1º Fica proibida a concessão ou renovação de alvará de funcionamento para

exploração de serviços de diversões e jogos eletrônicos num raio de cem metros de distância de todo e qualquer estabelecimento de ensino. (nova redação dada pela LEI

3686/2005 de 21/10/2005– DODF Nº. de 21/10/05);

Art. 2º Fica proibida a instalação e funcionamento de equipamentos eletrônicos

destinados a lazer ou jogos, numa área inferior a quinhentos metros de distância de estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Parágrafo único. O descumprimento ao disposto no caput sujeita o infrator ao pagamento de multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), a ser

revertida para o financiamento de programas e projetos voltados para a ação social

a serem executados pela Secretariade Ação Social.

Art. 2º Fica proibida a instalação e funcionamento de equipamentos eletrônicos destinados a lazer ou jogos, num raio de cem metros de distância de

estabelecimentos de ensino fundamental e médio, ficando excluídos dessa exigência os shoppings e as rodoviárias do Distrito Federal. (nova redação dada pela LEI

3686/2005 de 21/10/2005– DODF Nº. de 21/10/05); Art. 3º O Poder executivo poderá editar normas complementares para cumprimento

do disposto nesta Lei.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. Publicado no DODF do dia 29.07.2005

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LEI N° 5.385/2014 – ÁREA ESCOLAR DE SEGURANÇA

LEI 5.385/2014 DE 12 DE AGOSTO DE 2015

ÁREA DE SEGURANÇA ESCOLAR DODF DE 13.08.2014

Institui as diretrizes para a promoção da Área Escolar de Segurança e dá outras

providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL,

Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei estabelece as diretrizes para a promoção da Área Escolar de Segurança.

Parágrafo único. A Área Escolar de Segurança tem por finalidade assegurar a tranquilidade de alunos, professores, servidores, pais e responsáveis, por meio de ações ordenadas do Poder Público, de forma a contribuir para a melhor realização dos objetivos das instituições públicas e particulares de educação básica.

Art. 2º Entendem-se por Área Escolar de Segurança as mediações no raio de 100 metros dos limites das instituições públicas e particulares de educação básica.

Art. 3º As diretrizes para a promoção das Áreas Escolares de Segurança no Distrito Federal são as seguintes:

I – ampliação e melhoria da iluminação pública; II – instalação de câmeras de segurança, em parceria com o comércio local; III – pavimentação de ruas; IV – melhoria nos serviços de limpeza pública; V – limpeza de terrenos e edificações abandonadas; VI – poda de árvores; VII – implantação e manutenção de placas indicativas de parada de ônibus; VIII – implantação e manutenção de abrigos de passageiros nas paradas de transporte

coletivo;

IX – fiscalização do comércio existente, em especial o ambulante, a fim de coibir a comercialização para menores de bebida alcoólica, cigarro, entorpecentes e quaisquer tipos de jogos, em especial os eletrônicos, excetuando-se deste inciso os mercados que não tenham consumação no local e os restaurantes;

X – coibição da exposição ou distribuição de desenhos, pinturas, gravuras, estampas, escritos ou qualquer objeto pornográfico ou obsceno;

XI – priorizar as ações de prevenção e repressão policial nas áreas escolares de segurança, a fim de evitar o mau uso das cercanias das escolas por pessoas estranhas à comunidade escolar;

XII – repressão à realização de jogos de azar e jogos eletrônicos proibidos por lei, a fim de dificultar seu surgimento e proliferação;

XIII – controle rigoroso de:

a) limites de velocidades;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 43

b) sinalização adequada;

c) ordenamento e controle de estacionamento e parada;

d) faixas de travessia de pedestres;

e) semáforos e redutores de velocidade;

XIV – fomento a projetos, programas e campanhas de educação e segurança no trânsito no âmbito das escolas públicas e privadas;

XV – priorização do atendimento de ocorrências verificadas na Área Escolar de Segurança;

XVI – controle rigoroso da poluição sonora por meio de fiscalização sistemática na área indicada;

XVII – promoção de ações educativas que contribuam com a prevenção da violência e da criminalidade locais;

XVIII – promoção de ações em parceria com órgãos de Segurança Pública da esfera federal de todos os poderes.

Art. 4º As áreas referidas no art. 2º devem ser indicadas por placas com a mensagem “Área Escolar de Segurança”.

Parágrafo único. Cada placa a que se refere o caput deve ser afixada em local de fácil acesso ao público, possibilitando sua visualização à distância.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 12 de agosto de 2014

126º da República e 55º de Brasília

AGNELO QUEIROZ

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, de 13/08/2014.

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DECRETO N° 29.446/2008 – PERÍMETRO ESCOLAR

DEC. 29.466/2008

DE 28 DE AGOSTO DE 2008

PERÍMETRO ESCOLAR DODF DE 29.08.2008

Altera o Perímetro de Segurança Escolar no Plano Piloto e Cidades

Satélites do Distrito Federal.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal e, Considerando que, nos termos do

Decreto n° 12.386, de 22 de maio de 1990, foi instituído o Programa de Segurança Escolar, a ser desenvolvido no âmbito da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal e da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, através da Polícia Militar do Distrito Federal,

Considerando que o êxito do referido Programa depende, fundamentalmente, da conjunção de esforços de vários segmentos dos poderes públicos; Considerando a competência da Agência de Fiscalização do Distrito Federal em realizar as interdições e apreensões das irregularidades

constatadas nas atividades econômicas instaladas; Considerando maior integração entre os órgãos do Governo do Distrito Federal, DECRETA: Art. 1°. Fica estabelecido o Perímetro de Segurança Escolar, assim entendido a área contígua

aos estabelecimentos de ensino da rede pública e particular. § 1º Onde não houver regra oficial estabelecida, o perímetro de segurança escolar abrangerá uma faixa de 100 (cem) metros de extensão a partir dos portões de acesso de estudantes da

área em que se situar o estabelecimento de ensino. § 2º Dentro do referido perímetro fica proibida a instalação de vendedores ambulantes e

estabelecimentos que comercializem bebidas alcoólicas, cigarros e quaisquer tipos de jogos, em especial os jogos eletrônicos. § 3º Excetuam-se deste artigo os mercados que não tenham consumação no local e os

restaurantes. Art. 2°. O Perímetro de Segurança Escolar tem prioridade especial nas ações de prevenção e repressão policial, objetivando a tranqüilidade de professores, alunos e servidores dos

estabelecimentos de ensino, de modo a evitar o mau uso das cercanias das escolas por pessoas estranhas à comunidade escolar. Art. 3°. Compete a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, estabelecer

entendimentos com as Administrações Regionais, visando a disciplinar, onde houver regra estabelecida, a proibição da mercancia ambulante e atividade comercial que de qualquer forma possa comprometer ou prejudicar a tranqüilidade e segurança de estabelecimentos escolares.

Art. 4°. Os órgãos do complexo do Distrito Federal, em especial a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, através das Delegacias Policiais circunscricionais, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal e a Agência de Fiscalização do Distrito

Federal deverão priorizar o atendimento de ocorrências verificadas no Perímetro de Segurança Escolar. Art. 5°. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal, dentro de sua competência, deverá

regulamentar o uso de vias públicas abrangidas pelo Perímetro de Segurança Escolar, objetivando: I. Instituir sentido único de trânsito, quando possível;

II. Estabelecer limites de velocidade; e III. Determinar restrições de uso das vias ou parte delas, mediante fixação de locais, horários e períodos destinados a embarque ou desembarque de passageiros.

Art. 6°. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente o Decreto nº 12.387, de 22 de maio de 1990.

Brasília, 28 de agosto de 2008

120º da República e 49º de Brasília JOSÉ ROBERTO ARRUDA

Este texto não substitui o publicado na imprensa oficial. DODF 172, DE 29/08/2008, Pág. 04

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CIRCULAR Nº 43/09-DFAE – PERÍMETRO ESCOLAR

CIRCULAR 43/09-

DFAE PERÍMETRO ESCOLAR

Encaminha Parecer Nº 083/2008-PROMAI/PGDF, sobre o perímetro

escolar de que trata a Lei 3.630 e 3.886/2005.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 46

ÁREA PÚBLICA

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 47

DECRETO N° 17.079/95 – ÁREA PÚBLICA

DEC 17079/95 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1995

Compilação

Dispõe sobre a cobrança de preço público pela utilização de áreas

públicas do Distrito Federal e dá outras providências.

DECRETO N° 17.079, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1995

Dispõe sobre a cobrança de preço público pela utilização de áreas públicas do Distrito Federal e dá outras

providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 100 inciso VII da Lei Orgânica do Distrito Federal e tendo em vista o disposto no artigo 2° da Lei 769 de 23 de setembro de 1994, DECRETA: Art. 1° - A utilização de espaços em logradouros públicos ou uso de áreas públicas obedecera as seguintes condicionantes:

I. prévia anuência das Administrações Regionais, conforme as respectivas áreas de competência;

II. autorização a titulo precário, devendo cessar a qualquer tempo a juízo da Administração Regional, mediante revogação do termo, sem que assista ao usuário direito à indenização de qualquer espécie, inclusive por benfeitorias ou acessões;

III. observação da legislação especifica. Parágrafo Único - Ficam excluídas deste Decreto as ocupações de áreas públicas de uso predominantemente comercial que estejam inseridas dentro da área tombada ou que impliquem em alteração de loteamento registrado. Revogado pelo DECRETO Nº 17.611, DE 20 DE AGOSTO DE 1996. Art. 2° - A utilização deverá ser previamente formalizada através de assinatura de termo de ocupação entre a Administração e o usuário, sujeitando-se o segundo a uma contraprestação de preço, observado o disposto no Parágrafo único, do art. 2° da Lei 769 de 23 de setembro de 1994. § 1° - A Administração Regional estabelecerá, por meio de ordem de serviço, o preço correspondente à utilização de área pública, considerando os coeficientes previstos no Anexo I, II, III e IV, deste Decreto, bem como:

a) área utilizada; b) localização; c) valor de mercado dos imóveis existentes nas imediações; d) finalidade da utilização ou do uso, sendo onerada com maior valor aquela atividade com

finalidade lucrativa. § 2° - O preço será obtido pela aplicação dos coeficientes estabelecidos pela Administração Regional, incidentes sobre o valor da Unidade Padrão do Distrito Federal - UPDF, fixada para o mês de pagamento. § 3° - Na fixação do preço público os Administradores Regionais indicarão a fonte de consulta utilizada para definição do coeficiente arbitrado. Art. 3° - Os valores da ocupação nos Terminais Rodoferroviários e Rodoviários do Distrito Federal serão cobrados aplicando-se os coeficientes elencados na tabela do Anexo II. § 1º – Os percentuais da cota de rateio a serem pagos, mensalmente, pelos permissionários e cessionários dos Terminais Rodoviários e Rodoferroviário do Distrito Federal, terão por base o valor total das despesas das áreas de uso comum, relativas à manutenção, conservação, limpeza, energia elétrica, água , esgoto e outras, e serão cobrados proporcionalmente à área útil ocupada pelos seus respectivos permissionários e cessionários. § 2º - Os índices percentuais a serem cobrados dos permissionários e cessionários, referentes à cota de rateio, na Região Administrativa de Brasília, corresponderão no Terminal Rodoviário a 30% (trinta por cento), e no Terminal Rodoferroviário a 15% (quinze por cento) no mínimo e 30 (trinta por cento) no máximo, do total das despesas apuradas. § 3º - Para as demais Regiões Administrativas os índices percentuais a serem cobrados, referentes à cota de

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 48

rateio, poderão variar entre o mínimo de 2% (dois por cento), e o máximo de 15% (quinze por cento), do total das despesas apuradas no Terminal Rodoviário. § 4º - Cada Região Administrativa deverá estabelecer um único índice para cada Terminal, através de Ordem de Serviço, levando em consideração os seguintes fatores: I) volume médio de passageiros/usuários; II) volume de comércio; III) quantidade de permissionários; IV) aspectos socioeconômicos da Região Administrativa. <Nova redação do Artigo 3º. Dada pelo DECRETO Nº 17.611, DE 20 DE AGOSTO DE 1996> Parágrafo Único - No caso dos permissionários, as despesas a serem rateadas relativas à utilização das áreas de uso comum, corresponderão no terminal rodoviário a 30% e no terminal rodoferroviário 3,15% do total apurado.

Art. 4° - O pagamento do preço público obedecerá aos critérios abaixo estabelecidos:

I - Quando a utilização corresponder a período superior a 12 meses poderá o usuário optar por uma das seguintes formas:

a) pagamento mensal; b) pagamento em período semestral;

II - Quando a utilização corresponder a período até 12 meses, o pagamento será feito por uma das

seguintes formas:

a) pagamento mensal; b) pagamento antecipado, computados os dias efetivamente autorizados em cada mês; c) pagamento anual antecipado.

Parágrafo Único - Em qualquer das formas de pagamento deverá ser recolhida a primeira parcela, no ato da assinatura do termo próprio, contando-se a partir dessa data os prazos subsequentes fixados para os demais pagamentos. Art. 5° - O recolhimento do preço fixado, ou sua isenção, não desobriga o usuário de pagar as despesas com energia elétrica, água, limpeza ou outras, postas a sua disposição no logradouro público. Art. 5º Quando do pagamento do preço fixado para uso de espaço público, serão pagas também as despesas com energia elétrica, água, limpeza e outras, postas à disposição do usuário.

Nova redação do Artigo 3º. Dada pelo DECRETO Nº 25.881, DE 02 DE JUNHO DE 2005. § 1° - Os custos decorrentes dos danos da utilização da área pública, serão ressarcidos aos cofres públicos pelo autorizado apôs orçamento apresentado pela Administração Regional, sob pena de não lhe ser concedida uma nova autorização além de outras comutações legais. § 2° - Será de responsabilidade exclusiva do usuário, o custo relativo aos danos provenientes da manutenção de redes de serviços públicos , bem como seu remanejamento. Art. 6° - A celebração de termo para utilização de espaço em logradouros públicos, não exime o usuário da obrigação de cumprir as normas de posturas, saúde, segurança pública, trânsito, metrologia, edificações, meio ambiente e demais normas existentes para cada tipo de atividade a ser exercida. Art. 7° - Os termos celebrados em decorrência da utilização de áreas públicas, poderão ser prorrogados a critério da Administração, obedecidas a legislação em vigor. Art. 8° - O atraso no pagamento do preço ensejará a incidência, cumulativamente, de juros de mora atualização monetária e multa, assim especificados: I - juros de mora de um por cento ao mês ou fiação; II - variação da UPDF no período vigente; III - multa de dez por cento (10 %). Art. 8º. alterado pelo DECRETO Nº 19.265, DE 26 DE MAIO DE 1998, da seguinte forma:

Art. 8° O atraso no pagamento do preço, ensejará em incidência cumulativa, de juros de mora e multa, assim

especificados: I - juros de mora de um por cento ao mês ou fração

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 49

II - multa de dois por cento. Art. 9° - Não havendo o ocupante providenciado a regularização da ocupação no prazo de 30 dias após a notificação da Administração Regional, sujeitar-se à;

I - a imediata desocupação da área utilizada:

II - ao pagamento de multa de cinquenta por cento (50 %) acrescida sobre o preço correspondente á utilização, enquanto não for devolvida a área utilizada, sem prejuízo das penalidades previstas no artigo anterior, e das demais cominações legais.

Art. 10 - Na hipótese de licitação publica será observado o critério de preço base a ser fixado em razão do disposto no § 1°. art. 2° deste Decreto. Art. 11 - A normalização de ocupação a titulo precário de áreas públicas em especial as lindeiras a lotes de uso predominantemente comercial, serão feitas por meio de Instrução Normativa Técnica a serem expedidas pelo Instituto de Planejamento Territorial e urbano do Distrito Federal – IPDF. Art. 12 - Poderá ser dispensado o pagamento do preço público de ocupação se o usuário for orgão ou entidade da Administração Pública.

Nova redação do Artigo 3º. Dada pelo DECRETO Nº 25.881, DE 02 DE JUNHO DE 2005: Art. 12 – Poderá ser dispensado o pagamento do preço público de ocupação se o usuário for órgão ou entidade da Administração Pública direta, indireta ou estiver em parceria com órgão governamental na realização de eventos de caráter social, sem fins lucrativos e de conveniência comunitária. (Texto com redação Decreto 30634 de 30.07.2009) § 1º Fica facultada a dispensa do pagamento no caso de ocupações por canteiros de obras, quando a realização de obras executadas ou contratadas, pelas unidades supracitadas. § 2° As dispensas do pagamento serão concedidas por ato do Administrador Regional da circunscrição onde será realizado o evento, devidamente publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal. Parágrafo único - As dispensas do pagamento serão concedidas por ato do Subsecretário de Coordenação das Administrações Regionais, publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal. Art. 13 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 14 - Revogam-se as disposições em contrário especialmente os Decretos 10.923 de 18 de novembro de 1987. 15.397 de 30 de dezembro de 1993 e 16.959 de 22 de novembro de 1995.

Brasília D.F.2B de dezembro de 1995 107° da República e 36° de Brasília. CRISTOVAM BUARQUE

Este texto não substitui o original publicado no DODF de 29/12/1995, p144. Republicado no DODF de 18/13/1996, p2161. Republicado no DODF de 29/09/1996, p7866. Os Anexos constam no DODF.

OUTROS DECRETOS OU LEGISLAÇÃO CORRELATA:

DECRETO N° 19.072, DE 6 DE MARÇO DE 1998, Aprova a Instrução Normativa Técnica n° 001/97 do Instituto de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal – IPDF. Art. 1° Fica aprovada a Instrução Normativa Técnica n° 001/97 do Instituto de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal - IPDF, que estabelece normas sobre a utilização de áreas públicas abrangidas pelo Tombamento do Conjunto Urbanístico de Brasília, na forma do disposto no art. 2 da Lei n° 769, de 23 de setembro de 1994, e no art. 11 do Decreto n° 17.079, de 28 de dezembro de 1995, que dispõe sobre a cobrança de preço público pela utilização de áreas públicas do Distrito Federal. DECRETO Nº 30.768, DE 1º DE SETEMBRO DE 2009. Altera o Decreto nº 17.078, de 28 de dezembro de 1995. O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA: Art. 1º. O item 4 da Instrução Normativa Técnica nº 1, do extinto Instituto de PlanejamentoTerritorial e Urbano do Distrito Federal – IPDF, aprovada pelo Decreto nº 17.078, de 28 de dezembro de 1995,

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passa a vigorar com a seguinte redação: “ 4 – VIGÊNCIA. Esta Instrução Normativa vigerá até a aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo – LUOS, de que tratam o artigo 75, inciso IX, e o artigo 316 da Lei Orgânica do Distrito Federal.” Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 1º de setembro de 2009.

121º da República e 50º de Brasília JOSÉ ROBERTO ARRUDA

DODF Nº 170, quarta-feira, 2 de setembro de 2009, página 10

DECRETO N° 17.078/95 – ÁREA PÚBLICA

DEC 17.078/95 DE 28 DE DEZEMBRO DE 1995

ÁREA PÚBLICA

Aprova a Instrução Normativa

Técnica n.º 1 do Instituto de Planejamento Territorial e Urbano

do Distrito Federal – IPDF.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL , no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100 inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e 24, da Lei n.º 353, de 18 de novembro de 1992, decreta:

Art. 1º - Fica aprovada a Instrução Normativa Técnica n.º 1 do Instituto de Planejamento Territorial e Urbano – IPDF, para fins de cobrança do preço público de que trata o Decreto n.º

17.079, de 28 de dezembro de 1995. Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o Decreto n.º 16.960, de 22 de

novembro de 1995. Brasília-DF, 28 de dezembro de 1995. 107º da República e 36º de Brasília

Cristovam Buarque

INSTRUÇÃO NORMATIVA TC N.º 01/95– ÁREA PÚBLICA

INSTRUÇÃO TC 01/95 ÁREA PÚBLICA

Normatização de ocupação a título precário

de áreas públicas lindeiras a lotes de uso

predominantemente comercial.

1 – TÍTULO – NORMATIZAÇÃO DE OCUPAÇÃO A TÍTULO PRECÁRIO DE ÁREAS PÚBLICAS LINDEIRAS A LOTES DE USO PREDOMINANTEMENTE COMERCIAL.

2 – OBJETIVOS: I. Regulamentar a Art. 11 do Decreto n.º 17.079, de 28 de dezembro de 1995, que dispõe

sobre a utilização ou uso de áreas públicas do Distrito Federal e dá outras providências. II. Definir parâmetros urbanísticos e arquitetônicos básicos, com vistas à disciplinar a ocupação de área pública para atividades vinculadas a edificações de uso predominantemente

comercial. 3 – CAMPO DE APLICAÇÃO:

Nas regiões Administrativas do Distrito Federal, com exceção da área tombada regida pela Portaria n.º 314, de 08.10.92, do Instituto do Patrimônio Cultural – IBPC, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.

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4 – VIGÊNCIA: Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação pelo Diretor-Presidente vigindo até a aprovação dos Planos Diretores Locais – PDL’s das Regiões Administrativas e do

Código de Posturas do Distrito Federal, no que couber a cada um deles. “ 4 – VIGÊNCIA. Esta Instrução Normativa vigerá até a aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo – LUOS, de que tratam o artigo 75, inciso IX, e o artigo 316 da Lei Orgânica do Distrito Federal.”

Nova redação dada pelo Decreto Nº 30.768, DE 1º DE SETEMBRO DE 2009

5 – SEÇÃO ESPECIFICA:

Os parâmetros estabelecidos nesta instrução dizem respeito à fixação de afastamentos, percentuais e dimensões mínimas e máximas a serem respeitadas nos espaços ocupados, bem como às características de materiais que enfatizam a precariedade e provisoriedade da

ocupação, possibilitando fácil remoção a qualquer tempo. Os parâmetros básicos a serem respeitados são os seguintes:

5.1 – garantir a livre circulação de pedestres no espaço público em que ocorrer a ocupação a título precário, bem como o acesso franco ao mobiliário urbano das cidades e adequada visibilidade dos motoristas nas vias adjacentes, no sentido de melhor qualificar o espaço

urbano;

5.2 – as praças Públicas previstas nas plantas de parcelamento urbano registradas em cartório não poderão ser objeto de ocupação a título precário, conforme prescreve a Lei n.º 245, de

27.03.92, da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

5.3 – para os lotes com até 300,00 m² (trezentos metros quadrados) a ocupação a título precário poderá ser de até 50% (cinqüentaporcento) da área do lote;

5.4 – os casos que não se enquadram no item anterior serão considerados excepcionais, devendo ser objeto de estudo especial pela Administração Regional, em conjunto com o IPDF, para avaliar o impacto da ocupação proposta na estrutura urbana;

5.5 – a ocupação a título precário deverá ter a mesma atividade da unidade imobiliária da qual é extensão, sendo concedida somente ao detentor do Alvará de Funcionamento da atividade estabelecida na área contígua, com anuência do proprietário;

5.6 – a configuração do parcelamento urbano existente somado a ocupação a título precário não poderá ter extensão superior a 150,00 m (cento e cinqüenta metros);

5.7 – os materiais utilizados deverão ter características provisórias e serem de fácil remoção;

5.8 – deverá ser garantida uma faixa externa livre no entorno da ocupação, com largura mínima de 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros);

5.9 – deverá ser mantida uma área livre de no mínimo 3,00 m (três metros), quando limítrofe a abrigo para passageiros de ônibus, não podendo a ocupação restringir ou interferir nos fluxos de pedestres;

5.10 – deverá ser mantido um afastamento mínimo de 1,50 m (hum metro e cinqüenta centímetros) das vias classificadas na hierarquia viária como locais. Para as vias coletoras e para as vias arteriais este afastamento mínimo deverá ser de 3,00 m (três metros);

5.11 – nos espaços livres entre os conjunto de lotes de uso predominantemente comercial, incluídos aqueles espaços em galerias e/ou sob marquises, a ocupação a título precário, quando existente, deverá garantir no mínimo 3,00 m (três metros) de largura de calçada para

circulação de pedestres;

5.12 – deverá ser mantida uma faixa livre, com largura mínima de 6,00 m (seis metros), entre o limite externo da ocupação e os demais lotes previstos no parcelamento urbano, de modo a

favorecer a circulação de pedestres;

5.13 – deverá ser garantido acesso a escadas e rampas, para circulação de pedestre e deficiente de locomoção, observada a legislação específica;

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5.14 – as águas pluviais advindas das coberturas da área ocupada deverão ser captadas,

sendo proibido o deságüe nas calçadas públicas;

5.15 – a ocupação deverá preservar as árvores existentes, de acordo com a legislação ambiental vigente;

5.16 – a ocupação não poderá prejudicar o acesso às redes de infra-estrutura e demais equipamentos urbanos existentes ou projetados, cabendo ao ocupante o ônus da recuperação de qualquer dano;

5.17 – deverá ser mantido o pé direito livre, com uma altura mínima de 3,00 m (três metros) sob marquise e galerias, e entre conjunto de lotes com uso predominantemente comercial;

5.18 – os casos omissos desta Instrução Normativa deverão ser solucionados pela

Administração Regional em conjunto com o Instituto de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal – IPDF.

6 – DISPOSIÇÕES GERAIS:

A ocupação se dará mediante autorização a título precário e oneroso, obedecendo aos parâmetros estabelecidos nesta Instrução Normativa, sem prejuízo dos códigos de edificações e posturas e das normas de uso e ocupação do solo, ambientais, saúde, segurança pública,

trânsito, metrologia, juntamente com as demais legislações específicas para cada tipo de atividade a ser exercida.

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TRAILLERS e

QUIOSQUES

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LEI Nº 4.257/2008 – TRAILLERs e QUIOSQUES

LEI 4257/08 DE 02 DE DEZEMBRO DE 2008

TRAILLERs e QUIOSQUES DODF DE 03.12.2008 –REPUB.DODF

DE 04.12.2008

Estabelece critérios de utilização de áreas

públicas do Distrito Federal por

mobiliários urbanos do tipo quiosque e trailer para o exercício de atividades econômicas e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Capítulo I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1° Esta Lei estabelece normas para utilização de áreas públicas por mobiliários urbanos

do tipo quiosque e trailer para o exercício de atividades econômicas. Art. 1º Esta Lei estabelece normas para utilização de áreas públicas por mobiliários urbanos

do tipo quiosque e trailer, bem como similares a estes, para o exercício de atividades econômicas. (Alterado pela Lei 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10). (A Lei 4486/2010 foi declarada inconstitucional - ADI n.º 2013.00.2.026886-0).

Art. 2° Para os efeitos desta Lei, consideram-se as seguintes definições:

I - área de consumo: área do quiosque e trailer adjacente ao balcão de atendimento, composta por banquetas, mesas, cadeiras, destinada ao atendimento da clientela;

II - Conjunto Urbanístico de Brasília: área abrangida pelo tombamento, definida no art. 1º,

§ 2º, da Portaria nº 314 do Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural - IBPC, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, de 8 de outubro de 1992;

III - mobiliário urbano: objetos, elementos e pequenas construções integrantes da

paisagem, complementares às funções urbanas, cujas dimensões e materiais são compatíveis com a possibilidade de remoção, implantados em espaços públicos, podendo ser fixo ou móvel;

IV - Plano de Ocupação: documento resultante do procedimento que definirá os espaços destinados à instalação dos mobiliários urbanos do tipo quiosque e trailer;

V - quiosque: pequena construção edificada em área pública, destinada ao exercício de

atividade econômica;

VI - trailer: bem móvel acoplado a um veículo automotor, ou o próprio veículo adaptado destinado à comercialização de produtos e à prestação de serviços.

VII – similar a quiosque e trailer: carrinhos de sucos e lanches rápidos; estufas; churrasqueiras a carvão vegetal e a gás para o preparo de assados em geral; caixas térmicas

para a venda de bebidas em eventos ou temporadas culturais, artísticas, turísticas, esportivas, educativas ou de negócios, bem como outros móveis e equipamentos utilizados na atividade comercial, desde que totalmente retirados após o horário autorizado para o

funcionamento.(Inserido pela Lei 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10). (A Lei 4486/2010 foi declarada inconstitucional - ADI n.º 2013.00.2.026886-0).

Capítulo II

DOS MOBILIÁRIOS URBANOS

Art. 3° A instalação dos quiosques deve obedecer ao projeto-padrão de arquitetura que será elaborado e aprovado pelo Poder Executivo, obedecendo, no mínimo, aos seguintes parâmetros construtivos:

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I - área máxima permitida de projeção da cobertura no solo, computado nessa área o percentual destinado à manipulação de alimentos, aos banheiros e à área de consumo, de:

a) quinze metros quadrados na poligonal da Região Administrativa do Plano Piloto - RA I;

b) sessenta metros quadrados nas demais Regiões Administrativas; II - altura máxima permitida de três metros e oitenta centímetros, incluídas a cumeeira e a

caixa d'água não aparente.

§ 1º O projeto-padrão define o padrão construtivo e estabelece características diferenciadas considerando as atividades a serem desenvolvidas no local e as especificidades de cada Região Administrativa.

§ 2º O projeto-padrão dos quiosques localizados no Conjunto Urbanístico de Brasília deve ser submetido à anuência do órgão local de preservação do patrimônio cultural. § 3º Aos ocupantes de quiosques com metragem superior a 60 m2 (sessenta metros

quadrados) fica assegurada a permanência das suas instalações de funcionamento da atividade exercida, num período de transição de 18 (dezoito) meses, contados a partir da publicação da presente Lei.

LEI Nº. 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/2010 em seu Art. 7º): Fica estabelecido em 30 (trinta) meses o período de transição de que trata o art. 3º, §

3º, da Leinº 4.257, de 2 dezembro de 2008. Prazo Final: 05/06/2011 (Circular Nº. 050/2010-DFAE, de 16/11/2010). (A Lei 4486/2010 foi declarada inconstitucional - ADI n.º 2013.00.2.026886-0).

LEI Nº 5.015, DE 11 DE JANEIRO DE 2013. publicada no DODF Nº. 15/01/2013, em seu Art. 1º): Fica prorrogado por vinte e quatro meses o prazo disposto no art. 7º da Lei nº

4.486, de8 de julho de 2010.Novo Prazo Final:05/06/2013. (A Lei 5015/2013 foi declarada inconstitucional - ADI n.º 2013.00.2.026886-0).

§ 4º Comprovada a necessidade pelos ocupantes dos mobiliários urbanos, poderá o Poder Executivo autorizar a instalação de toldo retrátil nos quiosques, cabendo-lhe a responsabilidade pela definição de seu tamanho e características. (Inserido pela Lei

4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10). (A Lei 4486/2010 foi declarada inconstitucional - ADI n.º 2013.00.2.026886-0).

Art. 4° O máximo de ocupação de área pública por trailer é de dez metros quadrados, incluindo a área de consumo.

Parágrafo único. É permitida a utilização de parte da área máxima descrita no caput para a colocação de toldo recolhível, com altura máxima de dois metros e cinqüenta centímetros.

Art. 5° A instalação de quiosques e trailers no Distrito Federal é permitida somente se previstos em projeto urbanístico aprovado e registrado no cartório de registro de imóveis, ou em projeto paisagístico aprovado, ou constante no Plano de Ocupação.

§ 1º Os documentos descritos no caput devem ser aprovados pelos órgãos ou entidades de planejamento urbano.

§ 2º No Conjunto Urbanístico de Brasília, os documentos descritos no caput devem ter, também, a anuência do órgão ou entidade local de preservação do patrimônio cultural.

§ 3º Os quiosques e trailers localizados em Unidades de Conservação ficam condicionados à prévia anuência do respectivo órgão ou entidade gestor.

Art. 5º-A A autorização para o funcionamento de unidade ou ponto de venda classificado como similar a quiosque e trailer somente será concedida a pessoa que a explore na condição

de autônomo, vedadaa outorga de mais de uma autorização ao mesmo beneficiário.

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§ 1º O similar a quiosque e trailer compreende dois tipos: I – o autorizado a funcionar em local pré-determinado; II – o ambulante, cadastrado pelo Poder Público, autorizado a exercer atividade comercial

em eventos ou temporadas culturais, artísticas, turísticas, esportivas, educativas ou de negócios. § 2º Os locais de funcionamento dos similares a quiosque e trailer de que trata o art. 2º,

parágrafoúnico, I, serão definidos no plano de ocupação. § 3º No caso de eventos, o Poder Público estabelecerá a quantidade e os locais onde os autorizatáriospoderão se instalar, observados os requisitos de segurança, mobilidade e

acessibilidade do público presente. (Inseridos pela Lei 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10). (A Lei 4486/2010 foi declarada inconstitucional - ADI n.º

2013.00.2.026886-0).

Capítulo III

DO PLANO DE OCUPAÇÃO

Art. 6° O Plano de Ocupação, além de outros parâmetros definidos na regulamentação, deve:

I - definir os espaços públicos onde serão instalados os trailers e quiosques, respeitados os projetos de parcelamento aprovados e registrados em cartório competente;

I – definir os espaços públicos onde serão instalados os quiosques, trailers e similares, respeitados os projetos de parcelamento aprovados e registrados em cartório competente;

(Alterado pela Lei 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10). (A Lei 4486/2010 foi declarada inconstitucional - ADI n.º 2013.00.2.026886-0).

II - estabelecer a atividade econômica de comercialização de produtos ou de prestação de serviços.

Parágrafo único. A atividade econômica a ser desenvolvida, preferencialmente, deve ser diversa daquela estabelecida para o local.

Art. 7° A definição dos locais no Plano de Ocupação deve: I - ser precedida de consulta às concessionárias de serviços públicos, a fim de preservar a

infraestrutura existente; II - observar o cone de visibilidade em intersecções viárias; III - garantir as condições de acessibilidade, de acordo com a legislação vigente;

IV - manter uma faixa livre de circulação no entorno dos quiosques e trailers tratados nesta Lei, com largura mínima de dois metros livres de qualquer barreira arquitetônica; V - harmonizar, quando necessário, as relações entre quiosques, trailers e demais

estabelecimentos comerciais; VI - respeitar o estabelecido em legislação específica referente ao Perímetro de Segurança Escolar;

VII - manter afastamento de no mínimo dez metros do acostamento em relação aos trailers, quando localizados na faixa de domínio das rodovias do Sistema Rodoviário do Distrito Federal.

Art. 8° A definição dos locais no Plano de Ocupação não deve: I - comprometer o fluxo de segurança de pedestres e veículos;

II - prejudicar a paisagem urbana da cidade e as visuais dos conjuntos arquitetônicos significativos;

III - obstruir estacionamento público. Art. 9° O Plano de Ocupação será elaborado pela Administração Regional e aprovado pela

Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente no prazo máximo de um ano, a partir da publicação da regulamentação desta Lei.

Parágrafo único. O Plano de Ocupação será revisto sempre que necessário, visando

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 57

adequar a exploração das atividades econômicas à dinâmica do crescimento urbano da localidade.

Capítulo IV DOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS

Art. 10. A utilização de área pública por quiosques e trailers deve ser precedida de licitação

pública, observadas as normas desta Lei e da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com prazo máximo de dez anos, instrumentalizada por meio de Termo de Permissão de Uso.

Parágrafo único. Devem ser destinados dois por cento dos espaços definidos no Plano de Ocupação de cada Região Administrativa às pessoas com deficiência e dois por cento às pessoas idosas.

Art. 11. O preço mínimo da área pública destinada para locação do quiosque e trailer no

certame licitatório será estimado considerando a localização, as atividades econômicas a ser desenvolvidas e as características da Região Administrativa.

Art. 12. É vedada a participação no certame licitatório: I - de servidores públicos e empregados públicos ativos da Administração Pública Direta e

Indireta federal, estadual, distrital ou municipal; II - de empresário, ou sócio de sociedade empresária ou de sociedade simples, salvo aqueles que exerçam suas atividades exclusivamente em quiosque ou trailer;

III - de permissionários, concessionários ou autorizatários de qualquer outra área pública onde seja desenvolvida atividade econômica.

Capítulo V DAS OBRIGAÇÕES DOS PERMISSIONÁRIOS

Art. 13. É de inteira responsabilidade do permissionário a instalação do respectivo quiosque

ou trailer, às suas expensas, sem direito a qualquer tipo de indenização pelo Poder Público, obedecidos os prazos e as condições estabelecidas no edital de licitação ou no Termo de Permissão de Uso, bem como o projeto-padrão de arquitetura.

Art. 14. São obrigações dos permissionários:

I - manter conservada e limpa a área permitida e a área limite adjacente de até dez metros;

II - manter acondicionado o lixo, de forma adequada para os fins de coleta nos termos da

legislação vigente;

III - usar uniformes e equipamentos apropriados para a comercialização de produtos alimentícios, conforme legislação sanitária específica;

IV - manter o Alvará de Localização e Funcionamento e demais documentos relativos ao quiosque ou trailer em local visível;

V - exercer exclusivamente as atividades previstas no Termo de Permissão de Uso e Alvará

de Localização e Funcionamento;

VI - manter em dia o preço público e demais encargos relativos à ocupação;

VII - recolher diariamente o trailer da área permitida, após encerrar as atividades;

VIII - exercer as atividades somente em dias, horários e local permitidos, sendo possível àqueles que exerçam atividades que necessitam de deslocamento o atendimento externo, em caso de emergência;

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IX - obedecer às exigências de padronização impostas pelo concedente;

X - utilizar exclusivamente a área permitida;

XI - conservar o quiosque ou trailer dentro das especificações previstas nesta Lei;

XII - não utilizar som mecânico ou ao vivo, sendo permitida a utilização de televisão sem amplificação do som;

XIII - desenvolver pessoalmente a atividade licenciada;

XIV - não vender bebidas alcoólicas nas proximidades de escolas, hospitais e repartições públicas;

XV - arcar com as despesas de água, luz, telefone e outras decorrentes da instalação e do

uso do quiosque ou trailer ou da atividade desenvolvida;

XVI - não arrendar, ceder ou locar, a qualquer título, a permissão ou seu respectivo espaço

físico;

XVII - cumprir as normas de postura, de saúde pública, de segurança pública, de trânsito, de meio ambiente e outras estipuladas para cada tipo de atividade a ser exercida, nos termos

da legislação específica;

XVIII - não residir no trailer ou quiosque.

Art. 15. É permitido o funcionamento da atividade econômica no quiosque ou trailer somente após emissão do respectivo Alvará de Localização e Funcionamento, nos termos da legislação vigente, observado o prazo de requerimento disposto no art. 28 desta Lei.

Capítulo VI DAS SANÇÕES

Art. 16. O Permissionário que descumprir as normas desta Lei, bem como deixar de cumprir as obrigações do Termo de Permissão de Uso, total ou parcialmente, está sujeito às seguintes sanções, aplicadas isolada ou cumulativamente:

I - advertência; II - multa;

III - interdição; IV - apreensão de mercadorias, equipamentos, quiosque, trailer; V - cassação do Termo de Permissão de Uso;

VI - cassação do Alvará de Localização e Funcionamento; VII - determinação de retirada do quiosque ou trailer; VIII - demolição das instalações do quiosque.

Art. 17. As sanções previstas no art. 16 serão aplicadas pelo órgão ou entidade de fiscalização, constando do auto de infração o prazo para correção da infração.

Parágrafo único. O prazo referido neste artigo será de, no máximo, trinta dias, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período, desde que devidamente justificada a prorrogação.

Art. 18. A multa é aplicada nos casos de:

I - descumprimento desta Lei; II - descumprimento dos termos de advertência no prazo estipulado; III - desacato ao agente público;

IV - descumprimento de determinação de retirada; V - descumprimento de interdição.

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Art. 19. As multas pelas infrações preceituadas nesta Lei serão aplicadas de acordo com a gravidade da infração, no valor de:

I - R$ 200,00 (duzentos reais) por descumprimento do art. 14, I, II e III;

II - R$ 400,00 (quatrocentos reais) por descumprimento do art. 14, IV, e das infrações não

preceituadas nesse artigo;

III - R$ 600,00 (seiscentos reais) por descumprimento do art. 14, V;

IV - R$ 800,00 (oitocentos reais) por desacato a autoridade fiscal e por descumprimento do

art. 14, VI, VII e XII;

V - R$ 1.000,00 (um mil reais) por descumprimento do art. 14, VIII, IX, X, XI, XIII, XIV,

XVI e XVIII.

Art. 20. As multas deverão ser aplicadas em dobro e de forma cumulativa, se ocorrer má-fé, dolo, reincidência ou infração continuada.

§ 1º Considera-se infração continuada a manutenção do fato ou da omissão, por mais de trinta dias da autuação originária, ou o cometimento de várias infrações, de mesma espécie,

apuradas em uma única ação fiscal.

§ 2º Será considerado reincidente o infrator autuado mais de uma vez no período de doze meses, após o julgamento definitivo do auto de infração originário.

Art. 21. A INTERDIÇÃO dar-se-á quando:

I - não forem sanadas as determinações preceituadas na advertência no prazo estabelecido;

II - o exercício da atividade causar transtorno à comunidade;

III - o exercício da atividade apresentar risco de dano iminente à comunidade;

IV - for cassado o Alvará de Localização e Funcionamento.

§ 1º O estabelecimento apenas será desinterditado quando forem sanadas as causas que

ensejarem a interdição, sendo que, nos casos em que houver necessidade de vistoria para aferir o cumprimento da exigência, esta será consignada em Termo de Vistoria expedido pelo Poder Executivo.

§ 2º Dar-se-á interdição sumária por descumprimento ao disposto no art. 15 desta Lei.

Art. 22. O Termo de Permissão de Uso será cassado quando o permissionário:

I - não desenvolver atividade econômica no quiosque ou trailer por mais de quarenta e cinco dias sem justificativa; II - for advertido por escrito, por mais de três vezes no período de um ano por qualquer

infração; III - deixar de recolher ao erário o preço público correspondente à área utilizada, por período superior a seis meses;

IV - desatender à determinação do art. 14, XVI, desta Lei; V - descumprir a interdição; VI - obstruir a ação dos órgãos e das entidades de fiscalização;

VII - descumprir o disposto no art. 7º, XXXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, combinado com o art. 27, V, e artigo 78, XVIII, da Lei nº 8.666/1993.

Parágrafo único. A cassação do Termo de Permissão de Uso implicará a imediata cassação do Alvará de Localização e Funcionamento.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 60

Art. 23. Será determinada a retirada do quiosque ou trailer quando:

I - o interessado não possuir o respectivo Termo de Permissão de Uso; II - for cassado o Termo de Permissão de Uso; III - estiver em mau estado de conservação e não puder ser reparado, após prévia

notificação. Art. 24. A apreensão dar-se-á nos seguintes casos:

I - não-cumprimento da determinação estabelecida no art. 16, VII;

II - instalação irregular em desacordo com a legislação; III - comercialização de produtos proibidos ou de origem irregular.

Art. 25. A apreensão de materiais ou equipamentos provenientes de instalação e funcionamento de quiosque ou trailer irregular será efetuada pela fiscalização, que providenciará a remoção para depósito público ou para o local determinado pelo órgão ou

pela entidade competente. § 1° A devolução dos materiais e equipamentos apreendidos condiciona-se:

I - à comprovação de propriedade; II - ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente

realizados com remoção, transporte, depósito. § 2° Os gastos efetivamente realizados com a remoção, transporte e depósito dos materiais

e equipamentos apreendidos serão ressarcidos ao Poder Público, mediante pagamento de valor calculado com base em preços definidos em regulamento específico, independentemente da devolução do bem.

§ 3° O valor referente à permanência no depósito será definido em legislação específica.

§ 4° O órgão ou entidade competente fará publicar na Imprensa Oficial do Distrito Federal a relação dos materiais e equipamentos apreendidos, para ciência dos interessados.

§ 5° A solicitação para a devolução dos materiais e equipamentos apreendidos será feita no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da publicação a que se refere o § 4º, sob pena de perda do bem.

§ 6° Os interessados poderão reclamar os materiais e equipamentos apreendidos antes da publicação de que trata o § 4°.

§ 7° Os materiais e equipamentos apreendidos e removidos para depósito não reclamados no prazo estabelecido pelo § 5° serão declarados abandonados por ato do Poder Executivo

a ser publicado na Imprensa Oficial Distrito Federal. § 8° Do ato referido no § 7º constará no mínimo a especificação do tipo e da quantidade

dos materiais e equipamentos apreendidos. § 9° Os materiais e equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos desta Lei serão

incorporados ao patrimônio do Distrito Federal e posteriormente poderão ser doados ou alienados, a critério do Poder Executivo.

Art. 26. O proprietário não poderá reivindicar eventual reparação de danos decorrentes de perecimento natural, danificação ou perda de valor dos materiais e equipamentos

apreendidos. Art. 27. A demolição do quiosque dar-se-á quando:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 61

I - houver instalação irregular, em desacordo com a legislação, e não for possível a retirada ou apreensão;

II - for cassado o Termo de Permissão de Uso e não for cumprido o prazo determinado para retirada por meios próprios.

§ 1º A demolição ocorrerá às expensas do ocupante da área ou do responsável pela sua instalação.

§ 2º Se o ocupante não proceder à demolição por conta própria em vinte dias, o Poder

Executivo o fará, cobrando os custos do respectivo ocupante da área ou do responsável pela sua instalação.

Capítulo VII DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 28. Aqueles que exerçam atividades econômicas em quiosques e trailers até o início da vigência desta Lei podem, no prazo máximo de noventa dias, requerer ao Poder Executivo Permissão de Uso não qualificada, desde que o ocupante: (Artigo declarado inconstitucional:

ADI - TJDFT nº 2009 00 2 011901-8.)

Novo prazo previsto pela LEI Nº. 4972/2012, de 26 de novembro de 2012, DODF Nº 240 de 28 de novembro DE 2012 Art. 1º O prazo previsto no art. 28, caput, da Lei nº 4.257, de 2 de dezembro de 2008, fica prorrogado até 31 de dezembro 2013. (Lei 4972/2013, declarada

inconstitucional - ADI n.º 2012.00.2.027894-4)

O prazo previsto no art. 28, caput, da Lei nº 4.257, de 2 de dezembro de 2008, fica prorrogado até 31 de dezembro de 2013. Novo texto dado pelo Art. 2º da LEI 5.015, de 11 de janeiro de 2013 (Artigo vetado pelo Governador, mas mantido pela Câmara Legislativa).

(Artigo declarado inconstitucional: ADI - TJDF 2012.00.2.027894-4.) I - esteja adimplente com as obrigações referentes ao preço público e aos demais encargos

relativos à ocupação; II - se permissionário, concessionário ou autorizatário de mais de uma área pública, opte

por apenas uma delas; III - não seja servidor público e empregado público ativo da Administração Pública Direta e

Indireta federal, estadual, distrital ou municipal; IV - não seja empresário, ou sócio de sociedade empresária ou de sociedade simples, salvo

aqueles que exerçam suas atividades exclusivamente em quiosque ou trailer. Parágrafo único. Fica assegurado aos antigos ocupantes de espaços públicos que já

exerciam, comprovadamente, as atividades de que trata esta Lei e foram removidos em data posterior a 1º de janeiro de 2007 o direito a novas áreas em condições semelhantes àquelas objeto da remoção, exceto os removidos por abandono ou por envolvimento em

atividades ilegais. (Parágrafo declarado inconstitucional: ADI - TJDFT nº 2009 00 2 011901-8.)

Art. 29. Até que seja concluído o Plano de Ocupação e os devidos procedimentos administrativos para a regularização da utilização de área pública por trailers e quiosques no Distrito Federal, fica vedada a instalação de novos, bem como a reforma, ampliação ou

relocação. Parágrafo único. Excetua-se do caput o caso previsto no art. 32.

Art. 30. Após a publicação do Plano de Ocupação e da aprovação do projeto-padrão, o

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 62

permissionário contemplado no art. 28 deverá atender às exigências do Plano e do projeto no prazo máximo de quatro meses.

§ 1º Os quiosques e trailers que não estejam contemplados no Plano de Ocupação, ou em projeto urbanístico aprovado e registrado no cartório de registro de imóveis, ou em projeto paisagístico aprovado, serão relocados para outras áreas constantes do Plano de Ocupação,

preferencialmente na mesma Região Administrativa, considerando-se os critérios de conveniência e oportunidade. § 2º Será garantida a relocação dos quiosques que estavam instalados na faixa de domínio

do Sistema Rodoviário do Distrito Federal preferencialmente para a área da Região Administrativa lindeira.

Art. 31. O permissionário descrito no art. 28 deve pagar o preço público decorrente do uso da área estabelecida pelo Poder Executivo, considerando-se a localização, as atividades

econômicas a ser desenvolvidas e as características da Região Administrativa.

Capítulo VIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32. As áreas destinadas a quiosques e trailers podem ser redefinidas, a qualquer tempo, por determinação do Poder Público, em atendimento ao interesse público ou coletivo, ou ainda quando da alteração ou elaboração de projeto urbanístico ou

paisagístico para o local. Art. 33. Os produtos comercializados e os serviços prestados no quiosque ou trailer serão

definidos no Decreto regulamentador. Art. 34. É facultada ao Poder Público a utilização de quiosques e trailers de que trata esta

Lei para a prestação de serviços públicos. Art. 35. O permissionário é dispensado do pagamento dos valores de preço público

referentes à ocupação nos quatro primeiros meses, a título de fomento, contados a partir da assinatura do respectivo Termo de Permissão de Uso.

Art. 36. O Distrito Federal pode, por meio de programas de incentivo, financiar aos permissionários a construção do quiosque, desde que atenda ao projeto-padrão estabelecido pelo Poder Executivo, ou a aquisição do trailer.

§ 1º Obedecidas as disposições das Leis nº 3.035 e nº 3.036, de 18 de julho de 2002, fica permitida a exploração de propaganda comercial nas laterais dos quiosques por parte dos

permissionários, dentro dos padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Poder Executivo, emcontrapartida à construçãodo quiosque.

§ 2º O contrato de parceria para construção do quiosque não poderá ter prazo superior ao de sua concessão de uso. (Alterado pela Lei 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10). (A Lei 4486/2010 foi declarada inconstitucional - ADI n.º

2013.00.2.026886-0). Art. 37. O Poder Executivo instituirá o cadastro único dos permissionários.

Art. 38. Após conclusão do Plano de Ocupação de que trata o Capítulo III, os órgãos e as

entidades competentes, no prazo máximo de seis meses, realizarão as licitações das áreas não contempladas no art. 30.

Parágrafo único. O prazo de que trata o caput será contado a partir da data da publicação do Plano de Ocupação no DODF.

Art. 39. Os valores especificados nesta Lei serão corrigidos anualmente, ou em prazo menor

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 63

autorizado pela legislação do Distrito Federal, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, ou outro índice oficial que venha a substituí-lo.

Art. 40. Em caso de morte do permissionário, invalidez permanente ou doença que determine a incapacidade para gerir seus próprios atos, o Termo de Permissão de Uso e o Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada serão transferidos ao cônjuge sobrevivente ou

ao companheiro que vivia com o de cujus ou com o inválido, ao tempo do falecimento ou da invalidez, desde que ele não se enquadre nas vedações do art. 12, I, II e III, desta Lei.

Art. 41. O Poder Executivo instituirá, por meio de lei, programa de incentivo econômico com o fim de estimular a transferência de atividades desenvolvidas em quiosques que ocupem

áreas superiores às definidas para mobiliários urbanos, para áreas comerciais, sobretudo por meio de:

I - utilização do imposto territorial urbano para estimular o uso de setores comerciais específicos, sobretudo de imóveis que se encontram vazios ou subutilizados nas regiões administrativas;

II - reduções temporárias de impostos e taxas;

III - inserção em programas de desenvolvimento econômico, inclusive no Projeto Orla, abertura de linhas de crédito, treinamento profissional e demais medidas necessárias à

transferência das atividades para setores comerciais específicos.

Art. 42. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de sessenta dias.

Art. 43. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 44. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 02 de dezembro de 2008.

121º da República e 49º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA

Este texto não substitui o publicado na imprensa oficial.

LEI Nº 4.486, DE 08 DE JULHO DE 2010. (Texto em separado) (Artigo 8º. Não altera artigo especifico da lei 4257/2008)

(Autoria do Projeto: Deputados Paulo Tadeu e Raimundo Ribeiro)

Altera a Lei nº 4.257, de 2 de dezembro de 2008, que estabelece critérios de utilização de áreas públicasdo Distrito Federal por mobiliários urbanos do tipo quiosque e trailer para o

exercício de atividadeseconômicas e dá outras providências. Art. 8º Aplicam-se aos quiosques, trailers e similares instalados e em

funcionamento nos terminais rodoviários existentes no Distrito Federal as disposições da Lei nº 4.257, de 2 de dezembro de 2008. (Disposto na Lei 4486/2010 de 08/07/10, publicada no DODF Nº. 133 de 13/07/10). (A Lei

4486/2010 foi declarada inconstitucional - ADI n.º 2013.00.2.026886-0).

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DECRETO Nº 30.090/2009 – Traillers e Quiosques DODF DE 25.02.2009

DEC. 30.090/09 DE 20 DE FEVEREIRO DE 2009

TRAILLERs e QUIOSQUES

Regulamenta o Capítulo VII da Lei nº 4.257, de 02 de dezembro de 2008 e

dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal e, em obediência ao

artigo 42 da Lei nº 4.257, de 02 de dezembro de 2008, DECRETA:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Este Decreto regulamenta o Capítulo VII da Lei nº 4.257, de 02 de dezembro de 2008, que dispõe sobre as disposições transitórias para regularização da ocupação de área pública por mobiliário urbano do tipo quiosque e trailer para o exercício de

atividade econômica. CAPÍTULO II

DO REQUERIMENTO

Art. 2º. O ocupante de área pública por mobiliário urbano do tipo quiosque ou trailer poderá requerer Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada, até 02 de março de 2009, mediante comprovação de que:

I - exercia atividade econômica nesse tipo de mobiliário no Distrito Federal e tenha sido instalado até 03 de dezembro de 2008 ou;

II - tenha sido removido entre 1º de janeiro de 2007 e 03 de dezembro de 2008. Art. 3º. O requerimento deverá ser preenchido e entregue na Coordenadoria de

Serviços Públicos - Coorsep ou na Administração Regional da circunscrição onde o mobiliário está instalado ou fora removido.

Parágrafo único. O protocolo do requerimento não autoriza a ocupação de área pública por mobiliário urbano.

Art. 4º. O requerimento deverá:

I - seguir o modelo do Anexo I; II - ser instruído com a documentação exigida no item 5 do Anexo I.

Parágrafo único. Terá o prazo de sessenta dias após a publicação deste Decreto para

apresentar o requerimento conforme estabelecido no Anexo I, o interessado que até a publicação deste Decreto e dentro do prazo previsto na Lei 4.257 de 02 de dezembro de 2008, apresentou requerimento diferente do modelo do Anexo I, sob pena de

indeferimento. CAPÍTULO III

DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Art. 5º. A Administração Regional encaminhará o requerimento e a documentação à

Coordenadoria de Serviços Públicos - Coorsep.

Art. 6º. Caso a documentação obrigatória entregue esteja incompleta, a Coorsep notificará o requerente no endereço declarado, para entregá-la no prazo de trinta dias, sob pena de indeferimento.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 65

Art. 7º. A Coorsep solicitará, no prazo máximo de trinta dias, à Agência de Fiscalização do Distrito Federal - Agefis, que, também, no prazo de trinta dias, informará acerca

da: I - área ocupada pelo mobiliário urbano;

II - existência de autuação; III - motivos e data da remoção do mobiliário urbano, quando for o caso.

Art. 8º. Após a manifestação de que trata o artigo anterior, a Coorsep analisará a documentação no prazo máximo de trinta dias.

Parágrafo único. Caso o requerente não atenda a qualquer requisito, a Coorsep dará

publicidade mediante publicação no DODF, para que o requerente sane a exigência no prazo de trinta dias, sob pena de indeferimento.

Art. 9º. Após a análise da documentação, a Coorsep deverá, justificadamente, dar publicidade mediante publicação no DODF, quanto:

I - ao atendimento ou não das exigências legais do artigo 28 da Lei nº 4.257, de 02 de dezembro de 2008;

II - à existência de autorização, permissão, concessão para ocupação de área pública no Distrito Federal, em nome do requerente;

III - ao deferimento ou indeferimento do requerimento. Parágrafo único. A comprovação de ocupação dar-se-á por meio dos documentos

descritos no item 5 do Anexo I.

Art. 10. Os ocupantes de área pública que já exerciam, comprovadamente, atividade econômica em quiosque ou trailer e foram removidos entre 1º de janeiro de 2007 e 03

de dezembro de 2008 e que tiveram seu requerimento deferido receberão comunicado da Coorsep quanto ao deferimento e deverão aguardar a definição da área de instalação.

Art. 11. A Coorsep, constatando que:

I - o requerente possui autorização, permissão, concessão para ocupação de área pública no Distrito Federal diferente de quiosque ou trailer, deferirá o requerimento e

cassará as demais autorizações;

II - existem outras irregularidades, indeferirá o requerimento e arquivará o processo; III - o requerente ocupe mais de uma área pública com quiosque ou trailer, considerará como opção para a ocupação, a área objeto do primeiro requerimento

analisado deferido.

Art. 12. Não sendo constatadas as irregularidades no processo, a Coorsep emitirá o Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada.

Art. 13. Nos casos de indeferimento do requerimento ou cassação de autorizações, a Coorsep informará à:

I - Agefis para a realização das ações devidas; II - Administração Regional para cassar o Alvará de Localização e Funcionamento.

CAPÍTULO IV

DO TERMO DE PERMISSÃO

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 66

Art. 14. Permissão de Uso não-Qualificada é ato administrativo unilateral, personalíssimo, precário, intransferível, podendo ser revogado a qualquer tempo, sem

direito a nenhuma indenização. Art. 15. O Termo de Permissão de Uso não-Qualificada de que trata este Decreto

vigerá por no máximo quatro meses após a publicação do Plano de Ocupação.

Parágrafo único. O Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada para quiosque e trailer com ocupação superior a sessenta metros quadrados vigerá até no máximo 03 de junho de 2010.

Art. 16. O Termo de Permissão de Uso não-Qualificada deverá obedecer a modelo

padrão a ser definido pela Coorsep. Art. 17. Após edição do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada, a Coorsep

deverá: I - dar publicidade e disponibilizar as informações no sitio oficial;

II - efetuar o devido registro; III - encaminhar cópia do Termo à Agefis; IV - enviar cópia do Termo à Administração Regional competente para subsidiar a

emissão do Alvará de Localização e Funcionamento.

CAPÍTULO V DO PREÇO PÚBLICO

Art. 18. Ocupante deverá pagar mensalmente o preço público referente à área ocupada, conforme estabelecido no Anexo II.

Art. 19. O preço público será corrigido anualmente com base no Índice Nacional de

Preços ao Consumidor – INPC ou outro índice que o substitua. Art. 20. O pagamento será feito por meio de Documento de Arrecadação – DAR, nas

Agências do Banco de Brasília – BRB, devendo a tarifa correspondente ao primeiro mês ser calculado proporcionalmente até o quinto dia útil do próximo mês e recolhida no

ato da assinatura do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada. Parágrafo único. Os vencimentos subsequentes ocorrerão mensalmente no quinto dia útil.

Art. 21. O atraso no pagamento acarretará a incidência cumulativa de juros de mora

de um por cento ao mês ou fração, atualização monetária e multa de dois por cento sobre o valor a ser recolhido, nos termos das normas vigentes.

Art. 22. A cobrança do Preço Público – PP será feita de acordo com a área ocupada – A e o preço estabelecido por metro quadrado de ocupação – V, com a seguinte fórmula

de cálculo: PP = A x V, sendo que:

A é área pública ocupada em metros quadrados; V é o valor a ser cobrado por metro quadrado de área pública ocupada, em função da

faixa progressiva de cobrança relativa ao tamanho da área pública ocupada e do padrão da Região Administrativa, conforme as Tabelas 2 e 3 do Anexo II;

Art. 22. A cobrança do Preço Público = PP, será feita de acordo com a área ocupada = A, e o preço estabelecido por metro quadrado de ocupação = V, com a seguinte

fórmula de cálculo: PP = A x V, sendo que:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 67

A é área pública ocupada em metros quadrados;

V é o valor a ser cobrado por metro quadrado de área pública ocupada, e do padrão da Região Administrativa, conforme os valores definidos na tabela do Anexo deste decreto.

(ALTERADO PELO DECRETO Nº 30.141, DE 06 DE MARÇO DE 2009)

§ 1º O padrão da Região Administrativa onde está instalado o quiosque ou trailer está definido na Tabela 1 do Anexo II.

§ 1º O padrão da Região Administrativa onde está instalado o quiosque ou trailer está definido na Tabela do Anexo deste decreto.

(ALTERADO PELO DECRETO Nº 30.141, DE 06 DE MARÇO DE 2009) § 2º A dispensa de pagamento dos valores de preço público referentes à ocupação nos

quatro primeiros meses, a título de fomento, de que trata o artigo 35 da Lei, somente será aplicada para os após a assinatura do Termo.

§ 2º A dispensa de pagamento dos valores de preço público referentes à ocupação nos quatro primeiros meses, a título de fomento, de que trata o artigo 35 da Lei, somente

será aplicada após a assinatura do Termo. (ALTERADO PELO DECRETO Nº 30.141, DE 06 DE MARÇO DE 2009)

Art. 23. Compete à Agefis o controle de pagamento e arrecadação de preço público.

Art. 24. Constatada a inadimplência do preço público por três meses consecutivos ou intercalados num período de seis meses, a Agefis notificará a Coorsep para cassação

imediata do Termo, que após adoção das providências administrativas necessárias, informará imediatamente à Administração Regional competente para a cassação do

Alvará de Localização e Funcionamento.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 25. A atividade econômica permitida observará a atividade atualmente exercida, exceto na hipótese de não atender à legislação específica e ao interesse público.

Parágrafo único. É vedada a utilização do quiosque ou trailer como residência.

Art. 26. Considerar-se-á que o permissionário não desenvolveu a atividade econômica no quiosque ou trailer por mais de quarenta e cinco dias, nos termos do inciso I do artigo 22 da Lei, quando o mobiliário urbano for encontrado fechado, no horário de

funcionamento estabelecido no seu Alvará de Funcionamento, em três visitas fiscais consecutivas, efetuadas com intervalos de quinze a vinte dias, em dias diferentes da

semana. Parágrafo único. A Agefis, constatada a interrupção da atividade econômica,

comunicará a Coorsep para que promova a cassação do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada.

Art. 27. Verificada a instalação de novos mobiliários urbanos do tipo quiosque ou trailer, bem como a sua reforma, ampliação ou relocação após a publicação da Lei, a

Agefis, sem prejuízo das sanções estabelecidas, ressalvadas as hipóteses previstas no artigo 32, comunicará à Coorsep para que indefira o requerimento e/ou promova a

cassação do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada. Art. 28. A Coorsep instituirá cadastro único dos permissionários de ocupação de área

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 68

pública por mobiliário urbano do tipo quiosque e trailer e disponibilizará acesso para consulta aos órgãos e entidades do Governo do Distrito Federal, desde que autorizado

pela Secretaria de Estado de Governo do Distrito Federal. Art. 29. O ocupante terá o prazo máximo de trinta dias para requerer o Alvará de

Localização e Funcionamento, a partir da data de assinatura do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada, sob pena de cassação do Termo de Permissão de Uso Não-

Qualificada e sua imediata remoção. Parágrafo único. Indeferido o pedido de Alvará de Localização e Funcionamento, a

Administração Regional comunicará, imediatamente, à Coorsep para cassação, imediata, do Termo de Permissão de Uso Não-Qualificada.

Art. 30. Os requerentes serão formalmente informados de todos os atos de indeferimento.

Art. 31. O Poder Público poderá definir projeto padronizado de quiosque e trailer, cujo

o termo de permissão tenha sido deferido com base neste Decreto.

Art. 32. O permissionário que vender, alugar ou ceder a qualquer título, o quiosque ou trailer objeto de permissão de uso com base neste Decreto, terá cancelada

imediatamente sua permissão, sem direito a qualquer indenização, ficando impedido de concorrer a nova permissão.

Art. 33. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 34. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 20 de fevereiro de 2009

121º da República e 49º de Brasília JOSÉ ROBERTO ARRUDA

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DECRETO Nº 30.141/2009 – TRAILLERS E QUIOSQUES DODF DE 099.03.2009

DEC. 30.141/09 DE 06 DE MARÇO DE 2009

TRAILLERs e QUIOSQUES

Altera a redação do artigo 22 do Decreto nº 30.090 de 20 de

fevereiro de 2009

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe

confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1º. O artigo 22 do Decreto nº 30.090, de 20 de fevereiro de 2009, passa a

vigorar com a seguinte redação:

“Art. 22. A cobrança do Preço Público = PP, será feita de acordo com a área ocupada = A, e o preço estabelecido por metro quadrado de ocupação = V,

com a seguinte fórmula de cálculo: PP = A x V, sendo que:

A é área pública ocupada em metros quadrados;

V é o valor a ser cobrado por metro quadrado de área pública ocupada, e do padrão da Região Administrativa, conforme os valores definidos na tabela do

Anexo deste decreto.

§ 1º O padrão da Região Administrativa onde está instalado o quiosque ou trailer está definido na Tabela do Anexo deste decreto.

§ 2º A dispensa de pagamento dos valores de preço público referentes à

ocupação nos quatro primeiros meses, a título de fomento, de que trata o artigo 35 da Lei, somente será aplicada após a assinatura do Termo”.

Art. 2º Ficam definidas as tabelas do anexo I deste Decreto cuja vigência e

aplicação ocorrerão, tão somente, até que se encerre o prazo de transição previsto no § 3º do artigo 3º da Lei nº 4.257/2008, findo o qual voltarão a

vigorar as tabelas constantes do anexo II do Decreto nº 30.090, de 20 de

fevereiro de 2009, conforme publicado no DODF nº 38, de 25 de fevereiro de 2009.

Art. 3°. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4°. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 06 de março de 2009

121º da República e 49º de Brasília JOSÉ ROBERTO ARRUDA

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PUBLICIDADEM, PROPAGANDA e

POLUIÇÃO

SONORA

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LEI N° 3.036/2002 – PUBLICIDADE E PROPAGANDA (Autoria do Projeto: Poder Executivo)

LEI Nº 3036/2002 DE 18 DE JULHO DE 2002

PUBLICIDADE

Dispõe sobre o Plano Diretor de Publicidade das

Regiões Administrativas do Gama – RA II,

Taguatinga – RA III, Brazlândia – RA IV,

Sobradinho – RA V, Planaltina – RA VI, Paranoá

– RA VII, Núcleo Bandeirante – RA VIII,

Ceilândia – RA IX, Guará – RA X, Samambaia –

RA XII, Santa Maria – RA XIII, São Sebastião –

RA XIV, Recanto das Emas – RA XV e Riacho

Fundo – RA XVII.

Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, o Governador do Distrito Federal, nos termos do § 3º do art. 74 da Lei Orgânica do Distrito

Federal, sancionou, e eu, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, na forma do § 6º do mesmo artigo, promulgo a seguinte Lei: CAPÍTULO I

DO OBJETO DA LEI

Art. 1° O Plano Diretor de Publicidade é o instrumento básico que orientará a instalação dos meios de propaganda nas Regiões Administrativas do Gama – RA II, Taguatinga – RA

III, Brazlândia – RA IV, Sobradinho – RA V, Planaltina – RA VI - RA, Paranoá – RA VII, Núcleo Bandeirante – RA VIII, Ceilândia – RA IX, Guará – RA X, Samambaia – RA XII,

Santa Maria – RA XIII, São Sebastião – RA XIV, Recanto das Emas – RA XV e Riacho Fundo – RA XVII.

Art. 2° Reger-se-ão por legislação específica:

I - as propagandas veiculadas em radiodifusão, livros, jornais e outros periódicos, panfletos e internet; II- a propaganda eleitoral;

III– a propaganda colocada na fuselagem de veículos, trailers, reboques, aeronaves e embarcações;

IV- os meios de sinalização compostos pela sinalização de trânsito, sinalização oficial e sinalização relativa à edificação.

Art. 3° Integram esta Lei os Anexos I a XIV relativos aos parâmetros máximos especificados para os meios de propaganda.

Art. 4° Constituem objetivos do Plano Diretor de Publicidade:

I - manter a estética da paisagem urbana por meio do ordenamento da publicidade; II - ordenar os meios de publicidade no espaço urbano considerando as particularidades de

cada Região Administrativa; III- estabelecer parâmetros para instalação de meios de propaganda objetivando evitar os

abusos e a sobreposição dos mesmos; IV- normatizar a utilização de meios de publicidade em área pública, de forma a evitar prejuízos quanto à circulação de veículos e pedestres;

V - preservar a visibilidade do horizonte, característica fundamental na concepção da cidade.

CAPÍTULO II DA CONCEITUAÇÃO

Art. 5° Para os efeitos desta Lei, ficam estabelecidos os seguintes conceitos:

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I - altura da edificação: medida em metros entre o ponto definido como cotade soleira e o

ponto mais alto da edificação, observadas as normas de edificação, uso e ocupação do solo específicas e os Planos Diretores locais - PDL; II - área pública:área destinada a sistemas de circulação de veículos e pedestres e aos

espaços livres de uso público, incluindo as faixas de domínio de rodovias e ferrovias; III - área máxima de exposição:área medida em metros quadrados da superfície destinada

à colocação da mensagem publicitária; IV - área total de exposição dos meios de propaganda:somatório de todas as áreas máximas de exposição;

V - campanha de interesse público:publicidade ou propaganda realizada pelo Poder Público ou em parceria com este, de caráter educativo, informativo ou de orientação social;

VI - castelo d'água: construção elevada, isolada da edificação, destinada a reservatório de água;

VII -cercamento:elemento de vedação, construído nos limites das propriedades confrontantes com particulares ou domínio público; VIII - emblemas:insígnia, símbolo, alegoria, representação, distintivo, divisa militar,

símbolo de um conceito ou sentimento; IX - empena cega:fachada de edificação sem janelas ou aberturas;

X - eventos: atividades culturais, religiosas, educativas e de lazer, de caráter temporário, abertas à população em áreas públicas ou privadas; XI - faixa: meio de propaganda feito de tecido, destinado à pintura de publicidade ou

propaganda visual ou ainda de manifestação de apoio, protesto, apelo ou solidariedade; XII - faixa de domínio:superfície lindeira às vias erodovias, delimitada por lei específica e

sob jurisdição do órgão competente com circunscrição sobre a mesma; XIII - galeria:passagem coberta, destinada à circulação de pedestres que se estende interna ou externamente à edificação;

XIV - identificação: elemento de informação visual que identifica através do nome, denominação, logotipos, emblemas os bens públicos ou privados e pontos turísticos;

XV - logomarca:desenho que simboliza e identifica graficamente uma empresa ou instituição; XVI- logradouro público:toda parte pública da superfície urbana não constituída por

unidade imobiliária, destinada ao uso da coletividade e à circulação de veículos e pedestres, incluindo as faixas de domínio de ferrovias, rodovias e/ou espaço aéreo;

XVII- marquise: cobertura em balanço, ou não, na parte externa de uma edificação, destinada à proteção de fachada ou a abrigo de pedestres; XVIII- meios de propaganda: todos os elementos visuais utilizados para a divulgação de

produtos, serviços, marcas, promoções e eventos, bem como para a identificação de bens públicos e privados;

XIX- meios de publicidade:conjunto formado pelos meios de propaganda e meios de sinalização; XX - meios de sinalização:todos aqueles destinados a informar os usuários a respeito de

endereçamento ou fluxo de tráfego; XXI- mobiliário urbano: todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes

da paisagem urbana, implantados mediante outorga do Poder Público, em espaços públicos; XXII- patrimônio cultural:bem de natureza material ou imaterial, tomado individualmente

ou em conjunto, de valor histórico e cultural, cuja preservação assegure ao cidadão o direito à memória;

XXIII- patrocinador: pessoa física ou jurídica que financia ou presta apoio financeiro para realização de eventos abertos ao público ou para a instalação de meios de propaganda;

XXIV- placa de identificação dos profissionais da obra:identificação exigida por legislação do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA; XXV - propaganda inclinada à edificação:quando a superfície do meio de propaganda

apresentar angulação diferente de 90° (noventa graus) ou 180° (cento e oitenta graus) em relação à superfície na qual está afixada;

XXVI- propaganda paralela à edificação: quando a superfície do meio de propaganda possuir distância da edificação igual em toda a sua extensão;

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XXVII - propaganda perpendicular à edificação: quando a maior metragem linear de sua

superfície formar ângulo de 90° (noventa graus) em relação à edificação; XXVIII- sinalização oficial:meios de publicidade destinados a informar aos usuários sobre o endereçamento da cidade como: nomenclatura de vias, endereçamento de setores,

quadras, lotes e projeções, relativos a bens públicos e privados; XXIX- sinalização relativa à edificação: meios de propaganda destinados a informar os

usuários sobre fluxo ou percurso a ser seguido como entrada e saída de veículos; entrada de funcionários e visitantes; local de carga e descarga; circulação de pedestres e veículos; vagas de estacionamento para pessoas portadoras de necessidades especiais, veículos

oficiais, ambulâncias ou corpo de bombeiros; XXX – tapume: proteção provisória feita em madeira ou outros materiais, destinada a

limitar a área necessária para a construção de uma edificação; XXXI – toldos: cobertura de lona ou de outro material destinada a abrigar do sol e da

chuva; XXXII – tombamento: instrumento jurídico de competência do poder Público Federal, estadual, municipal e distrital destinado a preservar de dano, descaracterização, perda ou

destruição, os bens culturais de valor histórico, artístico, arquitetônico, ambiental e arqueológico, em conformidade com o que estabelece a Constituição Federal e legislação

específica; XXXIII – uso coletivo: também denominado uso institucional ou comunitário, refere-se à utilização de determinado espaço físico por um grupo ou coletividade em atividades de

natureza administrativa, cultural, esportiva, recreativa, educacional, social, religiosa ou de saúde.

CAPÍTULO III

DA PROPAGANDA

Art. 6° São considerados meios de propaganda, os elementos visuais utilizados para:

I - divulgação de produtos, serviços, marcas, promoções e eventos; II - identificação de:

a) pontos turísticos; b) bens públicos ou privados.

Art. 7° Os meios de propaganda são classificados em função de sua: I - fixação;

II - iluminação; III - dimensão.

Art. 8° Quanto ao local de fixação, os meios de propaganda podem ser: I - fixos na edificação:

a) no térreo; b) nos pavimentos superiores, incluindo torre de circulação vertical;

c) nas empenas cegas; d) em marquises; e) em galerias;

f) em toldos; g) em castelos d'água e silos;

h) no cercamento. II - fixos no solo:

a) em área pública; b) no interior do lote; III - fixos em bens móveis:

a) em equipamentos utilizados nas atividades de ambulante. IV - fixos em mobiliário urbano.

§ 1° Aplicam-se, para efeitos desta Lei, aos balões de eventos fixos no solo as regras referentes aos bens móveis. § 2° Os meios de propaganda na edificação podem ser afixados de forma:

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a) paralela;

b) inclinada; c) perpendicular.

Art.9° Os meios de propaganda afixados na edificação nos locais estabelecidos no art. 8°, inciso I, poderão veicular os seguintes tipos de propaganda:

I - identificação do edifício, dos órgãos ou entidades instalados na edificação; II- identificação do estabelecimento, instalado na edificação, com ou sem patrocinador;

III- identificação coletiva dos estabelecimentos instalados na edificação; IV- propaganda relativa a promoções e eventos a serem realizados no local.

V - propaganda para divulgação de produtos, marcas e serviços.

Art. 10. Os meios de propaganda fixos no solo em área pública ou no interior do lote poderão veicular os seguintes tipos de propaganda: I - identificação do edifício, dos órgãos ou entidades instalados na edificação;

II- identificação do estabelecimento, instalado na edificação, com ou sem patrocinador; III- identificação coletiva dos estabelecimentos instalados na edificação;

IV- divulgação de produtos, serviços, marcas e promoções; V - divulgação de eventos realizados no local; VI- placas de identificação obrigatórias por legislação específica.

Art. 11. Os meios de propaganda fixos na edificação ou no solo serão classificados quanto

à sua iluminação em: I - sem iluminação; II- iluminado: quando a fonte luminosa do meio de propaganda for um foco de luz a ele

dirigido; III- luminoso: quando a fonte luminosa for parte integrante do meio de propaganda com

ou sem alternância de movimento; IV - virtual: quando a mensagem publicitária for projetada em superfície visível de logradouro público.

ATENÇÃO: PORTE DOS ENGENHOS PUBLICITARIOS

Art. 12. Os meios de propaganda fixos no solo serão classificados, quanto à sua dimensão, em:

I - de pequeno porte: aquele que possua uma área total de exposição não superior a 6m² (seis metros quadrados) e altura máxima de 4m (quatro metros); II- de médio porte: aquele que possua uma área total de exposição acima de 6m² (seis

metros quadrados) e inferior ou igual a 20m² (vinte metros quadrados) e altura máxima de 6m (seis metros);

III - de grande porte: aquele que possua uma área total de exposição acima de 20m² (vinte metros quadrados) e inferior ou igual a 35m² (trinta e cinco metros quadrados) e altura máxima de 10m (dez metros);

IV - especial: aquele que possua uma área total de exposição acima de 35m² (trinta e cinco metros quadrados) e inferior ou igual a 70m² (setenta metros quadrados) e altura máxima

de 12m (doze metros). § 1° Para os meios de propaganda de dimensão especial fixos no solo a área máxima de

exposição de cada face não poderá ultrapassar 35m² (trinta e cinco metros quadrados).

§ 2° A altura máxima dos meios de propaganda será contada a partir da base de fixação da haste, incluindo seu comprimento.

§ 3° Não se aplica o disposto neste artigo aos meios de propaganda já instalados, devidamente licenciados.

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Art. 13. Os meios de propaganda instalados no solo deverão conter, no mínimo, o nome e

telefone da empresa responsável por sua instalação. Parágrafo único. Ainda que instalado pelo próprio anunciante, é obrigatória a informação

prevista neste artigo.

CAPÍTULO IV DA PROPAGANDA E SEUS PARÂMETROS

Seção I

Dos Parâmetros Máximos

Art. 14. A instalação dos meios de propaganda fica condicionada aos parâmetros máximos definidos nesta Lei.

§ 1° A definição da fixação, iluminação, distanciamento, quantidade, porte e demais parâmetros necessários será observada conforme o disposto nesta Lei e seus Anexos.

§ 2° A indicação da localização individual dos engenhos publicitários, quando em

áreapública, será feita pelo órgão responsável pela jurisdição da área onde o ponto for alocado.

§ 3° Na regulamentação da presente Lei pelo Poder Público, serão observados os Planos Diretores Locais, as normas de edificação, uso e ocupação do solo e as características

físicas da área. § 4° Nos casos de áreas ou bens tombados localizados nas Regiões Administrativas de que

trata esta Lei, a regulamentação prevista no parágrafo anterior, caso seja considerado necessário pela autoridade competente, será submetida à apreciação dos órgãos de

proteção ao patrimônio local e federal e do órgão competente de planejamento urbano.

Seção II

Em Lotes ou Projeções Edificados de Uso Comercial de Bens e Serviços, Industrial ou Coletivo, também denominado Institucional ou Comunitário para

os Meios de Propaganda Fixos em Edificação

Art. 15. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em edificações de uso

comercial de bens e serviços, industrial ou coletivo, também denominado institucional ou comunitário são os constantes do Anexo I desta Lei. Parágrafo único. Nos lotes ou projeções edificados cujos usos e locais de fixação sejam os

estabelecidos nesta Seção serão permitidos os meios de propaganda definidos no art. 9°.

Seção III Em Lotes Edificados de Uso Comercial de Bens e Serviços, Industrial ou Coletivo, também denominado Institucional ou Comunitário para os Meios de Propaganda

Fixos no Solo

Art. 16. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda diretamente no solo ou por haste de sustentação, no interior do lote, são os constantes do Anexo II desta Lei,

respeitado o seguinte: I - nos lotes ou projeções edificados, cujos usos e locais de fixação sejam os estabelecidos

nesta Seção serão permitidos os meios de propaganda definidos no art. 10; II - a altura do meio de propaganda não poderá ultrapassar a altura máxima da edificação

estabelecida nas normas de edificação, uso e ocupação do solo específicas e nos Planos Diretores Locais - PDL.

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Seção IV

Em Área Pública para os Meios de Propaganda Fixos no Solo

Art. 17. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda diretamente no solo ou

por haste de sustentação em área pública são os constantes do Anexo III desta Lei, respeitado o disposto nesta Seção.

Art. 18. Quando os meios de propaganda estiverem instalados numa distância máxima de 10m (dez metros) das divisas dos lotes, estes somente poderão veicular propaganda

relativa a:

I - identificação do edifício, dos órgãos ou entidades instalados na edificação; II - identificação do estabelecimento instalado na edificação, com ou sem patrocinador;

III - identificação coletiva dos estabelecimentos instalados na edificação, com ou sem patrocinador.

Parágrafo único. Os meios de propaganda de que trata este artigo poderão ser de pequeno ou médio porte, sendo que para o último, a área máxima de exposição de cada face deverá

ser no máximo de 10m² (dez metros quadrados). Art. 19. Em caráter excepcional, considerando a inexistência ou insuficiência de área verde

e as características físicas da área pública, poderá ser instalado meio de propaganda:

I - na circulação de pedestres, devendo, neste caso, ser respeitada a circulação mínima livre de 1,10m (um metro e dez centímetros) de raio em relação à haste deste meio e altura livre mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) em relação ao nível

do piso; II - no estacionamento público, respeitada a altura livre mínima de 4m (quatro metros) em

relação ao nível do piso do estacionamento. Parágrafo único. Os meios de propaganda de que trata este artigo serão alocados pelo

órgão responsável pela área urbana.

Art. 20. A instalação de meio de propaganda ao longo das faixas de domínio do Sistema Rodoviário do Distrito Federal deverá ser definida por meio de um Plano de Ocupação, elaborado, conjuntamente, pelo órgão responsável pelo Sistema Rodoviário do Distrito

Federal, pelo órgão responsável pela administração da área urbana e pelo órgão central do sistema de planejamento urbano de acordo com esta Lei.

Parágrafo único. O Plano de Ocupação de que trata este artigo deverá respeitar o espaçamento mínimo entre os meios de propaganda de 100m (cem metros), quando

localizados na mesma margem da rodovia.

Art. 21. Será permitida a veiculação de meio de propaganda, fixado nos suportes de sinalização de nomenclatura de vias, setores ou quadras, conforme definido no anexo XII.

Seção V Em Lotes ou Projeções Edificados de Uso Residencial do Tipo Habitação Coletiva

para Meios de Propaganda Fixos em Edificação

Art. 22. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em edificações de uso residencial do tipo habitação coletiva são os constantes do anexo IV desta Lei, respeitado o seguinte:

I - serão permitidos apenas os meios de propaganda utilizados para identificação do edifício

ou sinalização oficial; II - não será admitido o tipo luminoso e virtual.

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Seção VI

Em Lotes Edificados de Uso Residencial Habitação Unifamiliar com Alvará de Funcionamento a Título Precário para Meios de Propaganda Fixos em Edificação

e no Solo

Art. 23. Os parâmetros para a instalação de meios de propaganda fixos na edificação ou

no solo em habitações de uso residencial unifamiliar com alvará de funcionamento deverão respeitar o disposto no anexo V desta Lei.

Parágrafo único. Os parâmetros estabelecidos nesta Seção não se aplicam às cidades que já possuam Plano Diretor Local aprovado.

Seção VII

Em Canteiros de Obras de Lotes ou Projeções deUso Comercial de Bens e Serviços, Industrial, Coletivo, também denominado Institucional ou

Comunitário, e Residencial do Tipo Habitação Coletiva para os Meios de

Propaganda Fixos em Edificação ou no Solo

Art. 24. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em canteiros de obras de uso comercial de bens e serviços, industrial, coletivo, também denominado institucional ou comunitário, e residencial do tipo habitação coletiva são os constantes do Anexo VI desta

Lei. Parágrafo único. Para os meios de propaganda fixos na edificação não será permitida a

forma de fixação perpendicular e luminosa. Art. 25. Os meios de propaganda de que trata esta Seção poderão divulgar:

I - informações sobre o empreendimento ali em construção; II- placas de identificação dos profissionais da obra;

III- identificação das empresas prestadoras de serviços no empreendimento. IV- produtos, marcas e serviços.

Art. 26. Os meios de propaganda instalados a que se refere esta Seção deverão ser removidos juntamente com o canteiro de obras.

§ 1° Após a retirada do canteiro de obras, somente será permitida a veiculação de propaganda por meio de faixas fixas na edificação, referente à comercialização das

unidades imobiliárias ali estabelecidas, por um período máximo de seis meses contados a partir da data de expedição da carta de habite-se.

§ 2° As faixas de que trata o parágrafo anterior não poderão ter área de exposição superior a 2m² (dois metros quadrados).

Seção VIII

Em Estande de Vendas de Lotes ou Projeções de Uso Comercial de Bens e Serviços, Industrial, Coletivo, também denominado Institucional ou

Comunitário, e Residencial do Tipo Habitação Unifamiliar e Coletiva para Meios

de Propaganda Fixos em Edificação ou no Solo

Art. 27. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em estandes de vendas de lotes ou projeções de uso comercial de bens e serviços, industrial, coletivo, também

denominado institucional ou comunitário e residencial do tipo habitação unifamiliar e coletiva são os constantes do Anexo VII desta Lei.

§ 1° Os meios de propaganda de que trata esta Seção somente poderão divulgar informações sobre os empreendimentos comercializados no local;

§ 2° Para os meios de propaganda fixos na edificação não será permitida a forma de fixação perpendicular, luminosa e virtual.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 78

Seção IX Em Canteiros de Obras de Lotes de Uso Residencial do Tipo Habitação Unifamiliar para Meios de Propaganda Fixos em Edificação ou no Solo

Art. 28. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em canteiro de obras de

uso residencial do tipo habitação unifamiliar são os constantes do anexo VIII desta Lei. Art. 29. Os meios de propaganda de que trata esta Seção poderão divulgar:

I - informações sobre o empreendimento em construção;

II - placas de identificação dos profissionais da obra; III - identificação das empresas prestadoras de serviços no empreendimento.

Art. 30. Os meios de propaganda instalados a que se refere esta Seção deverão ser removidos juntamente com o canteiro de obras.

§ 1° Após a retirada do canteiro de obras, somente será permitida a veiculação de

propaganda por meio de faixas fixas na edificação, referente à comercialização da unidade imobiliária estabelecida no local, por um período máximo de seis meses contados a partir da data de expedição da carta de habite-se.

§ 2° As faixas de que trata o parágrafo anterior não poderão ter área de exposição superior

a 2m² (dois metros quadrados).

Seção X

Em Lotes ou Projeções não Edificados de Uso Comercial de Bens e Serviços, Industrial, Coletivo, também denominado Institucional ou Comunitário e

Residencial do Tipo Habitação Coletiva para os Meios de Propaganda Fixos no Solo

Art. 31. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda no interior de lotes ou projeções não edificadas de uso comercial de bens e serviços, industrial, coletivo, também

denominado institucional ou comunitário e residencial do tipo habitação coletiva são os constantes do anexo IX desta Lei.

Parágrafo único. Os meios de propaganda de que trata este artigo poderão ser utilizados para divulgação de produtos, serviços, marcas, promoções e eventos, bem como para

divulgação dos empreendimentos a serem instalados no local.

Seção XI

Em Postos de Abastecimento de Combustíveis para Meios de Propaganda Fixos em Edificação e no Solo

Art. 32. Os parâmetros para instalação de meios de propaganda em postos de abastecimento de combustíveis são os constantes do anexo X desta Lei.

§ 1° Os meios de propaganda de que trata este artigo poderão ser utilizados para

identificação do estabelecimento, bandeira, preços ou outra informação que a legislação específica assim o determine.

§ 2° Para os meios de propaganda fixos no solo não será permitido o porte especial.

Seção XII Em Faixas Afixadas na Edificação ou no Solo

Art. 33. Os parâmetros para implantação de faixas fixas na edificação ou no solo são os constantes do anexo XI desta Lei.

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Art. 34. A instalação de faixas na edificação poderá ser: I - de identificação provisória da edificação, até a instalação de propaganda definitiva;

II - alusiva a promoções em curso da mesma; III - destinada à venda de unidades imobiliárias;

IV - alusiva a produtos ou serviços oferecidos no estabelecimento; V - alusiva a eventos devidamente autorizados

Art. 35. Os locais para instalação de faixas no solo, em área pública, serão definidos quando da regulamentação desta Lei, pelo órgão responsável pela administração da área urbana

tendo caráter temporário. Parágrafo único. Nos locais a serem definidos poderão ser veiculadas propagandas relativas

a campanhas de interesse público bem como divulgar produtos, marcas, serviços, promoções e eventos, respeitado o disposto nesta Lei.

Seção XIII Em Mobiliário Urbano

Art. 36. Os parâmetros para implantação de meios de propaganda em mobiliário urbano

são os constantes do anexo XII desta Lei.

Art. 37. É permitida a veiculação de propaganda nos mobiliários urbanos como contrapartida do Poder Público ao particular que desejar construir, recuperar ou conservar os mesmos ou os espaços lindeiros a esse.

§ 1° Não será permitida a instalação de mobiliário urbano em locais onde sua utilização

tenha o intuito exclusivamente de veiculação da propaganda. § 2° A veiculação da propaganda prevista neste artigo conterá em seu projeto, além das

características da obra, reforma ou manutenção a ser realizada, todos os elementos individualizadores do tipo de propaganda a ser veiculada.

§ 3° É vedada a subcontratação, total ou parcial, ou alienação, de qualquer forma, dos direitos relativos à concessão de uso prevista neste artigo, bem como a cessão ou

transferência, total ou parcial, da titularidade do contrato para outrem.

§ 4° O contrato administrativo será imediatamente rescindido constatadas as hipóteses do parágrafo anterior, na forma dos arts. 78 a 80 da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 5° A instalação de meios de propaganda a que se refere este artigo fica vinculada à instalação ou recuperação completa do referido mobiliário urbano ou os espaços lindeiros

a esse. Seção XIV

Em Eventos

Art. 38. Em caráter excepcional, durante eventos abertos à população em logradouros

públicos ou áreas privadas, poderá ser autorizada a colocação de meios de propaganda para divulgar a realização do evento, promotores e de seus patrocinadores, em caráter

temporário, respeitado o disposto nesta Lei. § 1° A autorização de que trata este artigo fica condicionada à duração do evento.

§ 2° Fica a critério do órgão competente, a definição de parâmetros para instalação de

meios de propaganda em eventos. § 3° Poderá ser autorizada, a critério do órgão competente, a instalação de meio de

propaganda em bem móvel, equipamento eólico ou mobiliário urbano dentre outros.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 80

Art. 39. Os meios de propaganda nos eventos autorizados pelo Poder Público deverão estar restritos ao local onde será realizado o mesmo e deverão permanecer pelo período máximo compreendido entre os dez dias anteriores ao início do evento até os dois dias úteis

subseqüentes ao seu término.

Seção XV

Em Área Protegida pela Legislação Ambiental

Art. 40. 0s meios de propaganda a serem instalados no interior de Unidades de

Conservação, deverão ter prévia anuência do órgão ambiental, conforme definido em legislação específica.

Seção XVI Dos Parâmetros para Bens Móveis

Art. 41. É permitida a veiculação de propaganda nos seguintes bens móveis:

I - em veículos, trailers, reboques e similares em geral, de acordo com legislação específica;

II - em equipamentos utilizados nas atividades de ambulantes fixa no próprio equipamento de acordo com modelo fornecido pelo órgão competente, desde que não ultrapasse o

percentual de 40% (quarenta por cento) da área da superfície onde se encontra.

Capítulo V DOS MATERIAIS

Art. 42. Os materiais utilizados na execução dos meios de publicidade deverão:

I - garantir condições de segurança ao público;

II - resistir a intempéries;

III - ter padrão mínimo de qualidade;

IV - atender às normas técnicas de construção.

Capítulo VI

DAS PROIBIÇÕES

Art. 43. Nenhum meio de propaganda poderá:

I - desrespeitar os parâmetros definidos nesta Lei;

II - usar gás inflamável;

III - remover, danificar, encobrir, ser colado ou pintado, sobre outros meios de sinalização

ou propaganda;

IV - ter sua projeção horizontal avançando sobre a faixa de rolamento das vias públicas ou

circulação de pedestres;

V - apresentar formas ou padrões que possam ser confundidos com as placas de

sinalização, especialmente as de trânsito;

VI - ser instalado em edificações ou lotes com uso residencial unifamiliar, exceto quando for para veicular a sinalização oficial ou este possuir alvará de funcionamento a título

precário;

VII - ser instalado em edificações ou lotes de uso residencial habitação coletiva, exceto

para veicular a sinalização oficial ou a identificação do edifício;

VIII - ser instalado nas fachadas da edificação correspondente aos pavimentos residenciais e lotes ou projeções, cujo uso seja misto.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 81

Art. 44. Nenhum meio de propaganda poderá apresentar conteúdo que:

I - refira-se de forma desrespeitosa a pessoas, instituições, crenças ou profissões;

II - desrespeite o disposto na legislação penal brasileira.

Art. 45. É vedada a colocação de meios de propaganda de maneira a:

I - causar risco ou prejuízo à população e ao meio ambiente;

II - implicar em supressão e/ou corte de qualquer formação vegetal inserida em Área de Preservação Permanente, ou das espécies arbóreo - arbustivas tombadas em legislação

específica;

III - interferir na visibilidade da sinalização;

IV - obstruir, total ou parcialmente, áreas mínimas de ventilação e iluminação de edificações;

V - prejudicar a visibilidade dos motoristas que circulem em via pública;

VI - avançar com sua projeção além da divisa do lote ou projeção em que estiver situado, para os meios de propaganda fixados no solo;

VII - obstruir o trânsito de veículos, pedestres ou ciclistas;

VIII - danificar ou pôr em risco o funcionamento das redes de infra-estrutura das concessionárias de serviços públicos;

IX - localizar-se nas proximidades de redes de energia elétrica ou de telefonia, no caso de equipamento eólico com capacidade de flutuação no ar;

X - avançar mais de O,20m (vinte centímetros) além dos limites da marquise ou galeria;

Art. 46. Fica proibido afixar o meio de propaganda:

I - acima das edificações, nas caixas d'água ou acima dos pavimentos superiores;

II - no solo, com altura superior a 12m (doze metros);

III - em canteiros centrais;

IV - na forma de cavaletes, em área pública,

V - em árvores ou arbustos;

VI - em Área de Preservação Permanente, conforme definido em legislação específica;

VII - em monumentos públicos, esculturas, fontes ou mastros;

VIII - em interseções ou rótulas de vias urbanas e rodovias, exceto quando se tratar de sinalização de trânsito;

IX - em linhas e postes de transmissão ou em qualquer equipamento ou objeto de

sinalização, ressalvados os casos permitidos nesta Lei;

X - nos dutos de abastecimento de água ou hidrantes;

XI - em distância inferior a 50m (cinqüenta metros) da cabeceira de pontes, viadutos, elevados ou vias sobrepostas;

XII - em trevos, passagens de nível, viadutos, pontes, passarelas, túneis, muretas ou

grades de proteção das rodovias ou ferrovias e metrovias;

XIII - em alambrados, cercas ou muros de áreas, logradouros ou edifícios públicos,

salvo quando a Lei o permitir;

XIV - nas zonas de aproximação de aeronaves, para os meios de propaganda com capacidade de flutuação no ar presos ao solo;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 82

Parágrafo único.O disposto no inciso III não se aplica aos eventos a que se refere o Capítulo IV, Seção XIV desta Lei, às campanhas de relevante interesse público, aos mobiliários urbanos e aos lotes já previstos no parcelamento, bem como aos casos especificamente

dispostos de forma diversa nesta Lei.

Art. 47. Fica proibida a instalação de faixas em área pública: I - nos locais mencionados nos arts. 45 e 46;

II - nas faixas de domínio do Sistema Rodoviário do Distrito Federal;

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos eventos a que se refere a Seção XIV, do Capítulo IV desta Lei, nem a instalação de faixas para campanhas de relevante

interesse público.

CAPÍTULO VII

DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS Seção I

Dos Parâmetros de Análise

Art. 48. Cabe ao órgão competente analisar os projetos e as características da instalação

dos meios de propaganda quanto à sua adequação aos parâmetros dispostos nesta Lei.

Art. 49. A juízo do órgão competente poderão ser solicitados laudos técnicos sobre a segurança das instalações do meio de propaganda.

Seção II Da Aprovação do Projeto

Art. 50. O projeto do meio de propaganda em área urbana pública ou privada será submetido a exame no órgão competente para aprovação.

Parágrafo único. O projeto de meio de propaganda aprovado tem validade de dois anos contados a partir da data da aprovação se não licenciado.

Art. 51. A aprovação apenas do projeto de meio de propaganda fixa na edificação em separado do projeto de arquitetura não configura autorização para instalação do mesmo.

Art. 52. Os projetos de arquitetura da edificação submetidos à aprovação poderão indicar

os locais destinados à veiculação da propaganda. Art. 53. O projeto dos meios de propaganda encaminhado ao órgão competente, que

apresente divergências com relação à legislação vigente, será objeto de comunicado de exigência ao interessado.

§ 1° O comunicado de exigência será atendido no prazo máximo de trinta dias, contado a partir da data do ciente do interessado, sob pena de arquivamento do processo.

§ 2° Do comunicado de exigência constarão os dispositivos desta Lei não cumpridos em

cada exigência formulada.

§ 3° O pedido será indeferido caso persista a mesma irregularidade após a emissão de 3 (três) comunicados de exigência.

Art. 54. Cumpridas as exigências de que trata o artigo anterior, o órgão competente terá o prazo máximo de oito dias para apreciação do projeto, respeitado o detalhamento

estabelecido na regulamentação.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 83

Parágrafo único. A contagem do prazo será reiniciada a partir da data do cumprimento das

exigências objeto da comunicação. Art. 55. Pode o interessado fazer pedido de reconsideração, no prazo máximo de trinta

dias, contados da data da ciência do indeferimento da solicitação atinente à matéria disciplinada por esta Lei, sob pena de arquivamento do processo.

Parágrafo único. A resposta do órgão competente à solicitação de reconsideração do interessado será encaminhada no prazo máximo de trinta dias.

Seção III

Do Licenciamento

Art. 56. Os meios de propaganda em área pública, de que trata esta Lei, só podem ser instalados após a obtenção de licenciamento no órgão competente, salvo disposição expressa em contrário contida nesta Lei.

Art. 57. O licenciamento dos meios de propaganda poderá ser feito por:

I - autorização, concessão ou permissão, quando se tratar de área pública; II - licença, quando se tratar de área privada.

§ 1° A autorização de uso de que trata este artigo será concedida em caráter precário e

com prazo previamente estipulado. § 2° A autorização de uso na forma do parágrafo anterior, poderá ser revogada a qualquer

tempo, por conveniência da Administração Pública ou por interesse público, independentemente de ressarcimento ou indenização ao interessado.

§ 3° A permissão ou concessão de uso será sempre precedida de licitação pública nos termos da Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 4° O Governo do Distrito Federal poderá rescindir o contrato referido no parágrafo

anterior, nos casos de inadimplemento parcial ou total do mesmo ou do interessado público justificado.

§ 5° A rescisão do contrato de permissão ou concessão de uso implicará cancelamento do licenciamento.

Art. 58. A exploração dos meios de propaganda em quaisquer bens privados que forem visíveis de logradouros públicos dependem de licenciamento do órgão competente.

Art. 59. O licenciamento de que trata esta Lei terá os seguintes prazos de validade: I - para a instalação dos meios de propaganda em edificação e no interior do lote, o prazo

de validade será definido no licenciamento; II - para instalação de faixas em área pública será de sete dias;

III - em bem móvel, nos termos da legislação específica

Art. 60. Os meios de propaganda fixos na edificação e no interior do lote ou projeção que estejam de acordo com os parâmetros estabelecidos nesta Lei, na data de sua publicação, ficam dispensados da aprovação do projeto do meio de propaganda, devendo o

licenciamento ser procedido da seguinte forma: I - apresentação pelo interessado ou seu representante legal de declaração que assegure

o cumprimento dos parâmetros máximos estabelecidos nesta Lei; II - realização de vistoria pelo órgão competente pela fiscalização para verificação do cumprimento dos parâmetros de que trata o inciso anterior;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 84

III - expedição da licença.

Art. 61. Consideram-se licenciados pelo Poder Público os meios de propaganda: I - previstos nos projetos de arquitetura aprovados pelo órgão competente;

II - utilizados em contratos de publicidade com o Governo do Distrito Federal, desde que atendidas as exigências desta Lei.

Art. 62. Ficam dispensados de licenciamento os meios de propaganda: I - instalados no interior de canteiro de obras, cercamentos e tapumes quando se referirem

aos empreendimentos construídos no local; II - localizados no interior das edificações, quando não visíveis de logradouro público;

III - utilizados em assembléias ou manifestações populares; IV - relativos à sinalização de endereçamento, identificação do edifício, dos órgãos ou

entidades instaladas na edificação, conforme o disposto nesta Lei; V - fixos nos cercamentos de estabelecimentos de ensino público e centros esportivos públicos, quando se referirem às atividades específicas exercidas no local;

VI - que veiculem propaganda referente a empreendimentos ou campanhas de interesse público promovidas pelo Poder Público.

Art. 63. A solicitação encaminhada ao órgão competente, atinente à matéria disciplinada por esta Lei, será devidamente instruída pelo interessado ou seu representante legal e

analisada conforme a natureza do pedido, observadas as determinações desta Lei e sua regulamentação.

Art. 64. O órgão concedente do licenciamento poderá reservar a si o direito de exigir até 10% (dez por cento) da área de instalação de meio de propaganda licenciada para veicular

propaganda de interesse público, quando se tratar de área pública.

Art. 65. Para cada meio de propaganda a ser licenciado será constituído processo individual do qual constem os pedidos referentes à instalação do referido meio, acompanhados da documentação discriminada na regulamentação desta Lei.

Parágrafo único. Ficam dispensados de constituir processo individual de licenciamento os

meios de propaganda: I - objetos de concessão ou permissão;

II - que integrarem uma mesma unidade imobiliária; III - de propriedade de um mesmo interessado.

Art. 66. Procedimentos administrativos especiais e prazos diferenciados podem ser disciplinados pelo Chefe do Poder Executivo.

Art. 67. O licenciamento para instalação de meio de propaganda em área pública poderá ser, a qualquer tempo, mediante decisão fundamentada, por ato da autoridade concedente:

I - revogado, atendendo a relevante interesse público, com base na legislação vigente, ouvidos os órgãos técnicos competentes;

II - cassado, em caso de desvirtuamento da finalidade do documento concedido; III - anulado, em caso de comprovação de ilegalidade ou irregularidade no procedimento

de licenciamento ou na documentação apresentada ou expedida.

CAPÍTULO VIII DOS PREÇOS DEVIDOS

Art. 68. Os meios de propaganda objeto desta Lei ficam submetidos, cumulativamente ou não, ao pagamento dos seguintes preços públicos:

I - por interferência visual; II - por ocupação de área pública.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 85

Parágrafo único. O preço de que trata este artigo será cobrado da pessoa física ou jurídica

licenciada para exploração do meio de propaganda. Art. 69. Para os meios de propaganda objetos desta Lei instalados em área pública será

cobrado cumulativamente o preço por interferência visual e o preço por ocupação de área pública.

Art. 70. Para o cálculo do preço público por interferência visual, multiplicar-se-á a área total de exposição do meio de propaganda pelo preço mínimo estabelecido no anexo XIII,

desta Lei.

Art. 71. Para fins de licenciamento dos meios de propaganda instalados em área pública será tomado por base o preço mínimo estabelecido no Anexo XIII e XIV.

Art. 72. Ficam dispensados do pagamento dos preços públicos fixados neste Capítulo, os meios de propaganda:

I - fixos nos muros de estabelecimentos de ensino público e centros esportivos públicos

que veicularem somente propaganda relativa às atividades específicas exercidas no local; II - veiculados em eventos oficiais ou em parceria com o Poder Público; III - que veiculem propaganda oficial;

IV - veiculados por meio de faixas; V - na edificação ou fixos no solo, no interior do lote ou projeções que veiculem:

a) identificação do edifício, dos órgãos ou entidades instaladas na edificação; b) identificação do estabelecimento ou propaganda relativa à atividade desenvolvida no

local;

VI - localizados nos canteiros de obras ou nas fachadas dos estandes de vendas que veiculem somente propaganda relativa ao empreendimento realizado no local ou empresa

construtora; VII - placas obrigatórias em função de legislação específica; VIII - localizados no interior da edificação quando não visíveis de logradouro público;

IX - utilizados em assembléias ou manifestações populares.

CAPÍTULO IX

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Seção I Das Disposições Gerais

Art. 73. Para os efeitos desta Lei considera-se:

I – infração, toda e qualquer ação ou omissão que importe inobservância dos limites e preceitos estabelecidos nesta Lei e sua regulamentação, a que seja cominada penalidade;

II – infrator, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que praticar ato em desacordo com a legislação vigente; que se omitir a praticar ato por ela exigido; ou que induzir, auxiliar ou constranger alguém a fazê-lo ou a deixar de fazê-lo.

Art. 74. A autoridade pública que tiver ciência da ocorrência de infração na sua área de

atuação deverá promover a apuração imediata, sob pena de responsabilidade.

§ 1° Será considerado co-responsável o servidor público ou qualquer pessoa, física ou jurídica, que obstruir o processo de apuração da infração.

§ 2° A responsabilidade do servidor público será apurada nos termos da legislação específica.

Art. 75. Os encargos e as sanções previstos nesta Lei serão impostos à pessoa física ou ao responsável pela pessoa jurídica licenciada para exploração do meio de propaganda.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 86

Parágrafo único. Caso o meio de propaganda não possua o licenciamento previsto neste artigo os encargos e sanções desta Lei serão aplicados à pessoa física ou responsável pela pessoa jurídica que esteja fazendo uso do meio de propaganda.

Seção II

Das Penalidades

Art. 76. Os responsáveis por infrações decorrentes da inobservância aos preceitos desta

Lei e sua regulamentação serão punidos, de forma isolada ou cumulativa, sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, com as seguintes penalidades:

I - advertência; II - multa;

III - cancelamento do licenciamento; IV - determinação de retirada do meio de propaganda;

V - apreensão do meio de propaganda; VI - demolição do meio de propaganda; VII - cancelamento do alvará de funcionamento do infrator.

Art. 77. Quando o proprietário ou responsável pela instalação do meio de propaganda se

recusar a assinar documento referente às penalidades previstas nesta Lei, o responsável pela fiscalização fará constar o fato no próprio documento, que será assinado por testemunha, quando possível.

Art. 78. No caso de não ser localizado o proprietário ou responsável pelo meio de propaganda, o responsável pela fiscalização registrará o fato no próprio documento.

Parágrafo único. No caso previsto neste artigo a ciência ao responsável dar-se-á por meio de publicação no órgão oficial de imprensa do Distrito Federal.

Art. 79. Eventuais omissões ou incorreções nos documentos imputadores da penalidade não geram sua nulidade, quando constarem elementos suficientes para a identificação da

infração e do infrator. Subseção I

Da Advertência Art. 80. A advertência será aplicada pelo responsável pela fiscalização por meio de

notificação, na qual constará o prazo para correção da infração.

Parágrafo único. O prazo referido neste artigo será de, no máximo, vinte dias, podendo ser prorrogado, desde que devidamente justificado.

Subseção II Das Multas

Art. 81. A multa será aplicada, mediante auto de infração, emitido pelo responsável pela fiscalização nos seguintes casos:

I - por descumprir o disposto nesta Lei e sua regulamentação;

II - por descumprir os termos da advertência no prazo estipulado; III - por falsidade de declarações apresentadas ao órgão responsável pelo licenciamento; IV - por desacato ao responsável pela fiscalização;

V - por descumprimento da notificação de demolição.

Art. 82. As multas referentes ao descumprimento do disposto nesta Lei e sua regulamentação serão aplicadas obedecendo à seguinte graduação:

ATENÇÃO: MULTAS

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 87

I - R$ 200,00 (duzentos reais) se infringido o disposto no Capítulo IV, Seções II, III, V,

VII, VIII, IX, X, XI; art. 43, incisos I, V, VI e VII; art. 45, incisos VI e X; art. 46, incisos IV e XIII; e art. 47;

II - R$ 400,00 (quatrocentos reais) se infringidos o disposto no Capítulo IV, Seção VI; art. 43, incisos III e IV; art. 45, incisos III, IV, VII e IX; art. 46, incisos II, III, IV, V, VIII,

IX, X, XI, XII e XIV; III - R$ 600,00 (seiscentos reais) se infringido o disposto no Capítulo IV, Seções IV, XII,

XIII, XIV e XV; art. 43, inciso II; art. 44; art. 45, incisos I, II, V e VIII, art. 46, incisos I, VI e VII.

Art. 83. As multas previstas nesta Lei deverão ser impostas em dobro e ou de forma

cumulativa, se ocorrer reincidência ou infração continuada. Art. 84. Considera-se infrator reincidente aquele autuado mais de uma vez no período de

doze meses, independentemente da infração cometida.

Parágrafo único.A multa aplicada à infração reincidente será calculada em dobro, com base no valor da multa para a infração que gerou a reincidência. Art. 85. Considera-se infração continuada a manutenção ou omissão do fato que gerou a

autuação, dentro do período de sete dias, tornando o infrator incurso em multas cumulativas pelo mesmo período, impostas pelo responsável pela fiscalização.

Parágrafo único. A multa aplicada à infração continuada será calculada em dobro, com base no valor da multa imediatamente anterior concedida pela mesma infração.

Art. 86. As multas serão aplicadas tomando-se por base os valores previstos no

art. 82, desta Lei, multiplicadas pelo índice "K" proporcional à área do meio de propaganda, de acordo com o seguinte:

I - para meios de propaganda de pequeno porte, K=1 (um); II - para meios de propaganda de médio porte, K=3 (três);

III - para meios de propaganda de grande porte, K=6 (seis); IV - para meios de propaganda de dimensão especial, K=9 (nove).

Parágrafo único. A dimensão a que se refere este artigo corresponde ao somatório das áreas de exposição do meio de propaganda constatado no local.

Art. 87. O pagamento da multa não isenta o infrator de cumprir as obrigações necessárias para sanar as irregularidades que deram origem à infração e aquelas de outra natureza

previstas na legislação vigente.

Art. 88. As multas decorrentes do Auto de Infração serão recolhidas pelo infrator conforme procedimento definido em legislação específica.

Art. 89. A reparação de danos causados pela instalação de meio de propaganda em logradouros e/ou bens públicos deverá ser executada pelo responsável pela colocação do

referido meio, de acordo com os padrões estabelecidos pelo Poder Público.

§ 1° Os danos não sanados pelo particular no prazo determinado serão executados pelo Poder Público, sendo cobrado do responsável o valor do serviço executado acrescido de taxa de administração de 10% (dez por cento).

§ 2° O dano somente será considerado sanado após o aceite do Poder Público.

Subseção III

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 88

Do Cancelamento do Licenciamento

Art. 90. O licenciamento será cancelado nos casos de:

I - instalação do meio de propaganda em desacordo com o licenciamento; II - o infrator deixar de sanar irregularidades pelas quais foi notificado.

Subseção IV

Da Determinação da Retirada

Art. 91. Será determinada a retirada do meio de propaganda nos casos de:

I - estar em desacordo com os parâmetros definidos nesta Lei;

II - estar em mau estado de conservação e não puder ser reparado.

Subseção V

Da Apreensão

Art. 92. A apreensão dos meios de propaganda dar-se-á nos seguintes casos: I - não ser cumprida a determinação estabelecida na Subseção IV desta Lei;

II – se estiver em desacordo quanto ao local de fixação; III – se veicular conteúdos proibidos ou não permitidos para o local;

IV - por exigências não sanadas. Art. 93. A apreensão de materiais ou equipamentos provenientes de instalação de meio de

propaganda irregular será efetuada pelo responsável pela fiscalização, que providenciará a respectiva remoção para depósito público ou para o local determinado pelo órgão

competente. § 1° A devolução dos materiais e equipamentos apreendidos condiciona-se:

I - à comprovação de propriedade; II- ao pagamento das multas provenientes do descumprimento desta Lei, bem como

demais taxas afetas; III- ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito.

§ 2° Os gastos efetivamente realizados com a remoção, transporte e depósito dos materiais

e equipamentos apreendidos serão ressarcidos ao Poder Público, mediante pagamento de valor calculado com base em preços definidos em regulamento específico, independentemente da devolução do bem.

§ 3° O valor referente à permanência no depósito será definido na regulamentação desta

Lei. § 4° O órgão competente fará publicar, no órgão de Imprensa Oficial do Distrito Federal, a

relação dos materiais e equipamentos apreendidos, para ciência dos interessados.

§ 5° A solicitação para a devolução dos materiais e equipamentos apreendidos será feita no prazo máximo de trinta dias, contado a partir da publicação a que se refere o parágrafo

anterior, sob pena de perda do bem. § 6° Os interessados poderão reclamar os materiais e equipamentos apreendidos antes da

publicação de que trata o parágrafo anterior.

§ 7° Os materiais e equipamentos apreendidos e removidos para depósito, não reclamados no prazo estabelecido no § 5° deste artigo, serão declarados abandonados por ato do Poder Executivo, a ser publicado no órgão de imprensa oficial do Distrito Federal.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 89

§ 8° Do ato referido no parágrafo anterior, constará no mínimo, a especificação do tipo e da quantidade dos materiais e equipamentos apreendidos.

§ 9° Os materiais e equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos desta Lei, serão incorporados ao patrimônio do Distrito Federal, doados ou alienados, a critério do

Poder Executivo. Art. 94. O proprietário arcará com o ônus decorrente do eventual perecimento natural,

danificação ou perda de valor dos materiais e equipamentos apreendidos. § 1° Os materiais e equipamentos incorporados ao patrimônio do Distrito Federal, na forma

da legislação em vigor, serão utilizados na própria unidade administrativa ou transferidos para outros órgãos da administração direta ou indireta, mediante ato do Poder Executivo.

§ 2° Os materiais e equipamentos incorporados ao patrimônio do Distrito Federal constarão de relatório mensal discriminado, o qual será publicado em ato próprio, até o quinto dia

útil do mês subseqüente à data de sua incorporação.

Subseção VI Da Demolição

Art. 95. A demolição total ou parcial do meio de propaganda será imposta ao infrator quando se tratar de instalação em desacordo com a legislação e não for possível sua

apreensão. § 1° O infrator será comunicado a efetuar a demolição no prazo de até sete dias, exceto

quando a construção ocorrer em área pública, na qual cabe ação imediata.

§ 2° Caso o infrator não proceda à demolição no prazo estipulado, esta será executada pela Administração Regional em até quinze dias, sob pena de responsabilidade.

§ 3° O valor dos serviços de demolição efetuados pela Administração Regional serão cobrados do infrator e, na hipótese de não pagamento, o valor será inscrito na dívida ativa.

§ 4° O valor dos serviços de demolição previstos no parágrafo anterior serão cobrados conforme dispuser tabela de preço unitário constante da regulamentação desta Lei.

Subseção VII

Do Cancelamento do Alvará de Funcionamento do Infrator

Art. 96. O cancelamento do alvará de funcionamento do infrator ocorrerá na reincidência

das infrações estabelecidas na Subseção VI.

Subseção VIII Dos Procedimentos Administrativos das Infrações

Art. 97. Constatada qualquer infração, lavrar-se-á o respectivo auto, do qual constará o dispositivo de lei violado.

Art. 98. O infrator terá prazo de até cinco dias, contados da data de ciência do auto de

infração, para apresentar recurso. § 1° O prazo previsto neste artigo não suspende a aplicação das penalidades estabelecidas

nesta Lei.

§ 2° A comunicação poderá ser feita nos termos do art. 93 ou pelo correio, com aviso de recebimento.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 90

Art. 99. A autoridade que conhecer do recurso analisa-lo-á e ao auto de infração, levando

em conta: I - a existência dos fatos alegados; II - os parâmetros desta Lei.

Parágrafo único. É de quinze dias o prazo para proferir decisão relativa ao recurso apresentado.

CAPÍTULO X

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 100. A documentação necessária para efetiva aplicação do disposto nesta Lei, será

definida em sua regulamentação.

Parágrafo único. Deverão constar da regulamentação desta Lei os meios de propaganda cuja aprovação e execução exijam a apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

Art. 101. Os casos omissos nesta Lei e sua regulamentação deverão ser solucionados pelo

órgão competente pela administração da área em conjunto com o órgão de planejamento urbano, consultados os demais órgãos afetos à questão.

Art. 102. É direito de qualquer cidadão, comunicar à autoridade responsável a ocorrência de irregularidades relacionadas aos meios de publicidade, no âmbito da respectiva Região

Administrativa. Art. 103. Todos os meios de publicidade licenciados e instalados nas Regiões

Administrativas de que trata a presente Lei, deverão adequar-se a esta legislação no prazo de três anos, a contar da data de publicação da regulamentação desta Lei.

§ 1° Os meios de propaganda que se encontrem licenciados e instalados em área pública quando da publicação desta Lei, poderão ser mantidos, mediante renovação, pelo prazo de

adequação de que trata este artigo.

§ 2° Os meios de propaganda instalados em área pública sem licenciamento deverão ser retirados no prazo máximo de sessenta dias.

Art. 104. Após a publicação desta Lei, não poderá ser autorizada a colocação de nenhum meio de propaganda em área pública, sem o devido licenciamento.

Art. 105. Os valores previstos nesta Lei serão reajustados com base em índice que vier a substituir a Unidade Fiscal de Referência - UFIR.

Art. 106. Todos os prazos fixados nesta Lei são expressos em dias corridos contados a

partir do primeiro dia útil subseqüente ao fato. Art. 107. Os órgãos competentes pelo licenciamento e fiscalização da instalação de meios

de propaganda deverão formular programas de divulgação e cronograma de atuação, durante o prazo de adequação de que se refere esta Lei.

Parágrafo único. As ações de que trata este artigo visam à consolidação de um

procedimento de trabalho uniforme entre os órgãos afetos. Art. 108. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e vinte dias. Art. 109. Esta Lei entra em vigor na data de publicação.

Art. 110. Revogam-se as disposições em contrário, em especial, a Lei n° 1.918, de 27 de março de 1998.

Publicado no DODF de 26.11.2002 Ver anexo(s) no DODF

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 91

LEI N° 4.092/2008 – POLUIÇÃO SONORA (Autoria do Projeto: Deputado Wilson Lima)

LEI Nº 4092/2008 DE 30 DE JANEIRO DE 2008

Dispõe sobre o controle da poluição sonora e os

limites máximos de intensidade da emissão de

sons e ruídos resultantes de atividades urbanas

e rurais no Distrito Federal.

O VICE-GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, NO EXERCÍCIO DO CARGO DE

GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta e eu sanciono

a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei estabelece as normas gerais sobre o controle da poluição sonora e dispõe

sobre os limites máximos de intensidade da emissão de sons e ruídos resultantes de atividades

urbanas e rurais no Distrito Federal.

Art. 2º É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público da população pela emissão de

sons e ruídos por quaisquer fontes ou atividades que ultrapassem os níveis máximos de

intensidade fixados nesta Lei.

CAPÍTULO II DAS DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS

Art. 3º Para os efeitos desta Lei, são estabelecidas as seguintes definições:

I – poluição sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou

nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade ou transgrida o disposto nesta Lei;

II – atividades potencialmente poluidoras: atividades suscetíveis de produzir ruído

nocivo ou incomodativo para os que habitem, trabalhem ou permaneçam nas imediações do

local de onde decorre;

III – atividades ruidosas temporárias: atividades ruidosas que assumem caráter não

permanente, tais como obras de construção civil, competições desportivas, espetáculos, festas

ou outros eventos de diversão, feiras, mercados, etc.;

IV – ruído de vizinhança: todo ruído não enquadrável em atos ou atividades sujeitas a

regime específico no âmbito do presente dispositivo legal, associado ao uso habitacional e às

atividades que lhe são inerentes, produzido em lugar público ou privado, diretamente por alguém

ou por intermédio de outrem, ou de dispositivo à sua guarda, ou de animal colocado sob sua

responsabilidade que, pela duração, repetição ou intensidade do ruído, seja suscetível de atentar

contra a tranqüilidade da vizinhança ou a saúde pública;

V – meio ambiente: é o conjunto formado pelo meio físico e os elementos naturais,

sociais e econômicos nele contidos;

VI – som: fenômeno físico provocado pela propagação de vibrações mecânicas em

um meio elástico, dentro de faixa de freqüência de 16Hz (dezesseis hertz) a 20kHz (vinte

quilohertz), e passível de excitar o aparelho auditivo humano;

VII – ruído: qualquer som ou vibração que cause ou possa causar perturbações ao

sossego público ou produza efeitos psicológicos ou fisiológicos negativos em seres humanos

e animais;

VIII – distúrbio por ruído ou distúrbio sonoro é qualquer som que:

a) ponha em perigo ou prejudique a saúde de seres humanos ou animais;

b) cause danos de qualquer natureza à propriedade pública ou privada;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 92

c) possa ser considerado incômodo ou ultrapasse os níveis máximos fixados nesta Lei;

IX – ruído impulsivo: ruído que contém impulsos, que são picos de energia acústica

com duração menor do que 1s (um segundo) e que se repetem em intervalos maiores do

que 1s (um segundo);

X – ruído com componentes tonais: ruído que contém tons puros, como o som de

apitos ou zumbidos;

XI – ruído de fundo: todo e qualquer som que seja emitido durante um período de

medições sonoras e que não seja objeto das medições;

XII – nível de pressão sonora equivalente – LAeq: nível obtido a partir do valor

médio quadrático da pressão sonora (com ponderação A) referente a todo o intervalo de

medição, que pode ser calculado conforme Anexo A da Norma Brasileira da Associação

Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 10.151;

XIII – limite real da propriedade: aquele representado por um plano imaginário que

separa o imóvel de uma pessoa física ou jurídica do de outra ou de áreas, vias ou equipamentos

públicos;

XIV – horário diurno: o período do dia compreendido entre as sete horas e as vinte e

duas horas;

XV – horário noturno: o período compreendido entre as vinte e duas horas e as sete horas

do dia seguinte ou, nos domingos e feriados, entre as vinte e duas horas e as oito horas;

XVI – fonte móvel de emissão sonora: qualquer veículo em que se instale equipamento

de som ou de amplificação sonora.

CAPÍTULO III DAS COMPETÊNCIAS

Art. 4º (VETADO).

Art. 5º (VETADO).

Art. 6º (VETADO). CAPÍTULO IV

DOS NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA E SUAS MEDIÇÕES

Art. 7º O nível máximo de pressão sonora permitido em ambientes internos e externos e os

métodos utilizados para sua medição e avaliação são os estabelecidos pela ABNT NBR

10.151 e pela ABNT NBR 10.152, especificados nas Tabelas I e II dos Anexos I e II desta

Lei.

§ 1º Os níveis de pressão sonora deverão ser medidos de acordo com a ABNT NBR 10.151.

§ 2º Quando a fonte emissora estiver em uma zona de uso e ocupação diversa daquela de

onde proceder a reclamação de incômodo por suposta poluição sonora, serão considerados os

limites de emissão estabelecidos nesta Lei para a zona de onde proceder a reclamação.

§ 3º Escolas, creches, bibliotecas, hospitais, ambulatórios, casas de saúde ou similares deverão

comprovar devido tratamento acústico, visando ao isolamento do ruído externo, para adequação

do conforto acústico, conforme os níveis estabelecidos pela ABNT NBR 10.152, ressalvado o

disposto no art. 28 desta Lei.

§ 4º Quando o nível de pressão sonora proveniente do tráfego ultrapassar os padrões fixados por

esta Lei, caberá ao órgão responsável pela via buscar, com a cooperação dos demais órgãos

competentes, os meios para controlar o ruído e eliminar o distúrbio.

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§ 5º Independentemente do ruído de fundo, o nível de pressão sonora proveniente da

fonte emissora não poderá exceder os níveis fixados na Tabela I (Anexo I), que é parte

integrante desta Lei.

Art. 8º É vedado o uso de fonte móvel de emissão sonora em áreas estrita ou

predominantemente residenciais ou de hospitais, bibliotecas e escolas, bem como o uso de

buzinas, sinais de alarme e outros equipamentos similares.

§ 1º O órgão competente do Distrito Federal implantará a sinalização de silêncio nas

proximidades de hospitais, prontos-socorros, sanatórios, clínicas, escolas e bibliotecas.

§ 2º Os veículos automotores e os carros de som submetem-se aos limites de emissão sonora

especificados na Tabela I do Anexo I desta Lei.

Art. 9º Os níveis de pressão sonora provocados por máquinas e aparelhos utilizados nos

serviços de construção civil não poderão exceder os limites máximos estabelecidos nesta Lei.

§ 1º Os serviços de construção civil, mesmo quando de responsabilidade de entidades públicas,

dependem de autorização prévia do órgão competente quando executados:

I – em domingos e feriados, em qualquer horário;

II – em dias úteis, no horário noturno, observado o disposto nos parágrafos seguintes.

§ 2º As atividades relacionadas com construção civil, reformas, consertos e operações de carga

e descarga não passíveis de confinamento ou que, apesar de confinadas, ultrapassem o nível

de pressão sonora máximo para elas admitido somente podem ser realizadas no horário de sete

a dezoito horas, se contínuas, e no de sete a dezenove horas, se descontínuas, de segunda a

sábado.

§ 3º As atividades mencionadas no parágrafo anterior somente podem ser realizadas aos

domingos e feriados mediante licença especial, com discriminação de horários e tipos de serviço

passíveis de serem executados.

§ 4º As restrições referidas neste artigo não se aplicam às obras e aos serviços urgentes e

inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força maior, de acidentes graves ou de perigo

iminente à segurança e ao bem-estar públicos, bem como ao restabelecimento de serviços

públicos essenciais de energia elétrica, telefone, água, esgoto e sistema viário.

§ 5º (VETADO).

Art. 10. Não se inclui nas proibições impostas pelo art. 7º a emissão de sons e ruídos

produzidos:

I – por sirenes ou aparelhos de sinalização sonora utilizados por ambulâncias,

carros de bombeiros ou viaturas policiais;

II – por explosivos utilizados em pedreiras e em demolições, desde que detonados

no período diurno e com a devida licença dos órgãos ambiental e administrativo competentes;

– por sinos de igrejas ou templos ou sons similares e de instrumentos litúrgicos utilizados

no exercício de culto ou cerimônia religiosa, celebrados no recinto da sede e associação

religiosa, desde que sirvam exclusivamente para indicar as horas ou anunciar a realização

de atos ou cultos religiosos. (Inciso acrescido pela Lei nº 4.523, de 13/12/2010.) Declarada

inconstitucional: ADI nº ADI 52437 de 25/03/2011 – TJDFT, Diário de Justiça, de DJ 27/09/2011.)

Art. 11. Os níveis de pressão sonora produzidos pelo funcionamento de veículos

automotores e aeronaves e os produzidos no interior de ambientes de trabalho obedecem

às normas expedidas pelos órgãos federais competentes.

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Art. 12. Os equipamentos de medição (medidor de nível de pressão sonora e calibrador)

devem ser calibrados regularmente pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial – Inmetro ou por laboratórios pertencentes à Rede Brasileira de Calibração

– RBC, conforme a ABNT NBR 10.151.

CAPÍTULO V DAS AUTORIZAÇÕES

Art. 13. Dependem de prévia autorização do órgão competente da Administração Pública:

I – a obtenção de alvarás – mediante licença específica – para as atividades

potencialmente poluidoras;

II – a utilização dos logradouros públicos para:

a) o funcionamento de equipamentos de emissão sonora, fixos ou móveis, para

quaisquer fins, inclusive propaganda ou publicidade;

b) a queima de fogos de artifício;

c) outros fins que possam produzir poluição sonora.

Art. 14. Os ambientes internos de quaisquer estabelecimentos, exceto os de natureza religiosa, no caso de atividades sonoras potencialmente poluidoras, devem receber tratamento acústico nas instalações físicas locais para que possam atender aos limites de pressão sonora estabelecidos nesta Lei. (Expressão “exceto os de natureza religiosa” declarada inconstitucional:

ADI nº 2009 00 2 001564-5 – TJDFT, Diário de Justiça, de 21/1/2010 e de 30/11/2010.)

§ 1º A concessão ou a renovação de licença ambiental ou alvará de funcionamento estão

condicionadas à apresentação de laudo técnico que comprove tratamento acústico compatível

com os níveis de pressão sonora permitidos nas áreas em que os estabelecimentos estiverem

situados.

§ 2º (VETADO).

§ 3º É vedada a utilização de alto-falantes que direcionem o som exclusivamente para o

ambiente externo.

Art. 15. Em caso de comprovada poluição sonora, os técnicos do órgão competente, no

exercício da ação fiscalizadora, terão livre acesso às dependências onde estiverem instaladas

as fontes emissoras, ressalvado o disposto no art. 5º, VI, da Constituição Federal.

Parágrafo único. Nos casos em que os responsáveis pela fonte emissora impedirem a ação fiscalizadora, os técnicos ou fiscais do órgão competente poderão solicitar auxílio a autoridades policiais para o cumprimento do disposto no caput.

CAPÍTULO VI DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 16. A pessoa física ou jurídica que infringir qualquer dispositivo desta Lei, seus

regulamentos e as demais normas dela decorrentes fica sujeita às seguintes penalidades,

independentemente da obrigação de cessar a infração e de outras sanções cíveis e penais:

I – advertência por escrito, na qual deverá ser estabelecido prazo para o tratamento

acústico, quando for o caso;

II – multa;

III – embargo de obra ou atividade;

IV – interdição parcial ou total do estabelecimento ou da atividade poluidora;

V – apreensão dos instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer

natureza utilizados na infração;

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VI – suspensão parcial ou total de atividades poluidoras;

VII – intervenção em estabelecimento;

VIII – cassação de alvará de funcionamento do estabelecimento; IX –

restritivas de direitos.

§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser- lhe-ão aplicadas,

cumulativamente, as sanções a elas cominadas.

§ 2º A advertência poderá ser aplicada com fixação do prazo para que seja regularizada a

situação, sob pena de punição mais grave.

§ 3º A multa será aplicada sempre que o infrator, por negligência ou dolo:

I – após ter sido autuado, praticar novamente a infração e deixar de cumprir as exigências

técnicas no prazo estabelecido pelo órgão fiscalizador;

II – opuser embaraço à ação fiscalizadora.

§ 4º A apreensão referida no inciso V do caput obedecerá ao disposto em regulamentação específica.

§ 5º As sanções indicadas nos incisos IV e VII do caput serão aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não obedecerem às prescrições legais ou regulamentares.

§ 6º A intervenção ocorrerá sempre que o estabelecimento estiver funcionando sem a devida

autorização ou em desacordo com a autorização concedida.

§ 7º As sanções restritivas de direito são:

I – suspensão de registro, licença ou autorização;

II – cancelamento de registro, licença ou autorização;

III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;

IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em

estabelecimentos oficiais de crédito;

V – proibição de contratar com a Administração Pública pelo período de até três anos.

Art. 17. Os valores arrecadados em razão da aplicação de multas por infrações ao

disposto nesta Lei serão revertidos ao Fundo Único de Meio Ambiente do Distrito Federal,

criado pela Lei nº 41, de 13 de setembro de 1989.

Art. 18. Para efeito das aplicações das penalidades, as infrações aos dispositivos desta Lei

classificam-se em:

I – leves: aquelas em que o infrator for beneficiado por circunstâncias atenuantes;

II – graves: aquelas em que for verificada uma circunstância agravante;

III – muito graves: aquelas em que forem verificadas duas circunstâncias agravantes;

IV – gravíssimas: aquelas em que for verificada a existência de três ou mais

circunstâncias agravantes ou em casos de reincidência.

Art. 19. A pena de multa consiste no pagamento dos valores

correspondentes seguintes:

I – nas infrações leves, de R$200,00 (duzentos reais) a R$2.000,00 (dois mil reais);

II – nas infrações graves, de R$2.001,00 (dois mil e um reais) a R$5.000,00 ((cinco mil reais);

III – nas infrações muito graves, de R$5.001,00 (cinco mil e um reais) a R$10.000,00 (dez

mil reais);

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IV – nas infrações gravíssimas, de R$10.001,00 (dez mil e um reais) a R$20.000,00 (vinte

mil reais).

Parágrafo único. A multa poderá ser reduzida em até noventa por cento do seu valor se o infrator se comprometer, mediante acordo escrito, a tomar as medidas efetivas necessárias para evitar a continuidade dos fatos que lhe deram origem, cassando-se a redução, com o conseqüente pagamento integral da multa, se essas medidas ou seu cronograma não forem cumpridos.

Art. 20. Para imposição da pena e gradação da multa, a autoridade fiscalizadora ambiental

observará:

I – as circunstâncias atenuantes e agravantes;

II – a gravidade do fato, tendo em vista as suas conseqüências para a saúde e o meio

ambiente;

III – a natureza da infração e suas conseqüências; IV – o porte

do empreendimento;

V – os antecedentes do infrator quanto às normas ambientais; VI – a

capacidade econômica do infrator.

Art. 21. São circunstâncias atenuantes:

I – menor grau de compreensão e escolaridade do infrator;

II – arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela espontânea reparação

do dano ou limitação significativa da poluição ocorrida;

III – ser o infrator primário e a falta cometida ser de natureza leve; IV –

desenvolver o infrator atividades sociais ou beneficentes.

Art. 22. São circunstâncias agravantes:

I – ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada;

II – o infrator coagir outrem para a execução material da infração;

III – ter a infração conseqüências graves à saúde pública ou ao meio ambiente;

IV– se, tendo conhecimento do ato lesivo à saúde pública ou ao meio ambiente, o

infrator deixar de tomar as providências de sua alçada para evitá-lo;

V– ter o infrator agido com dolo direto ou eventual;

VI– a concorrência de efeitos sobre a propriedade alheia.

§ 1º A reincidência verifica-se quando o agente comete nova infração do mesmo tipo.

§ 2º No caso de infração continuada caracterizada pela repetição da ação ou omissão

inicialmente punida, a penalidade de multa poderá ser aplicada diariamente até cessar a infração.

Art. 23. A autoridade fiscalizadora que tiver conhecimento de infrações a esta Lei,

diretamente ou mediante denúncia, é obrigada a promover a sua apuração imediata, sob pena de

co-responsabilidade.

CAPÍTULO VII DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 24. As infrações ao disposto nesta Lei serão apuradas em processo administrativo próprio,

iniciado com a lavratura do auto de infração, observados os ritos e prazos estabelecidos nos arts.

56 a 67 da Lei nº 41, de 13 de setembro de 1989 Art. 25. (VETADO).

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Art. 26. (VETADO).

CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 27. Os padrões adotados nesta Lei devem ser revistos a cada dois anos, a fim de incorporar

novos conhecimentos nacionais e internacionais, quando necessário.

Art. 28. Escolas, creches, bibliotecas, hospitais, casas de saúde ou similares instalados em

áreas nas quais os níveis de pressão sonora ultrapassem os limites estabelecidos nesta Lei

têm o prazo de cinco anos para se adequar ao disposto no art. 7º, § 3º, desta Lei.

Art. 29. Os estabelecimentos comerciais em que os níveis de pressão sonora ultrapassem

80dB(A) em ambiente interno deverão informar aos usuários os possíveis danos à saúde

humana relacionados à poluição sonora.

Parágrafo único. As informações deverão constar em placa afixada em local de visibilidade imediata, com os dizeres explicitados na Tabela III do Anexo III.

Art. 30. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de trinta dias, contados de sua

publicação.

Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 32. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 380, de 11 de dezembro

de 1992, e a Lei nº 1.065, de 6 de maio de 1996.

Brasília, 30 de janeiro de 2008 120º da

República e 48º de Brasília

PAULO OCTÁVIO ALVES PEREIRA Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, de 1º/2/2008, e republicado em 12/3/2008.

ANEXO I Tabela I

Critérios de avaliação para ambientes externos

Tipo de área

Diurno

Noturno

Área de sítios e fazendas

40 dB(A)

35 dB(A)

Área estritamente residencial urbana ou de hospitais, escolas e bibliotecas

50 dB(A)

45 dB(A)

Área mista, predominantemente residencial e de hotéis

55 dB(A)

50 dB(A)

Área mista com vocação comercial, administrativa ou institucional

60 dB(A)

55 dB(A)

Área mista com vocação recreativa

65 dB(A)

55 dB(A)

Área predominantemente industrial

70 dB(A)

60 dB(A)

ANEXO II Tabela II

Critérios de avaliação para ambientes internos

Tipo de área

Diurno

Noturno

Área de sítios e fazendas

30 dB(A)

25 dB(A)

Área estritamente residencial urbana ou de hospitais, escolas e bibliotecas

40 dB(A)

35 dB(A)

Área mista, predominantemente residencial e de hotéis

45 dB(A)

40 dB(A)

Área mista com vocação comercial, administrativa ou institucional

50 dB(A)

45 dB(A)

Área mista com vocação recreativa

55 dB(A)

45 dB(A)

Área predominantemente industrial

60 dB(A)

50 dB(A)

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 98

ANEXO III Tabela III

ATENÇÃO

A poluição sonora a partir de 80dB (oitenta decibéis) pode provocar úlcera, irritação, excitação maníaco-

depressiva, desequilíbrios psicológicos, estresse degenerativo e pode aumentar o risco de infarto, derrame cerebral, infecções, osteoporose, hipertensão arterial e perdas auditivas, entre outras enfermidades.

Verifique os níveis de pressão sonora a que você está se expondo e reflita.

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DECRETO N° 33.868/2012 – POLUIÇÃO SONORA

DEC Nº 33.868/2012 DE 22 DE AGOSTO DE 2012

Regulamenta a Lei nº 4.092, de 30 de janeiro

de 2008, que dispõe sobre o controle da

poluição sonora e os limites máximos de

intensidade da emissão de sons e ruídos

resultantes de atividades urbanas e rurais do

Distrito Federal.

O VICE-GOVERNADOR NO EXERCÍCIO DO CARGO DE GOVERNADOR DO DISTRITO

FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 92, incisos VII e XXVI, do artigo 100,

da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º As normas gerais sobre o controle da poluição sonora e os limites máximos permitidos de intensidade da emissão de sons e ruídos resultantes de atividades urbanas e rurais no Distrito Federal serão regulados pela Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e por este Decreto.

Art. 2º É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público da população pela emissão de sons e ruídos por quaisquer fontes ou atividades que ultrapassem os níveis máximos de intensidade fixados na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento.

CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS

Art. 3º Para os efeitos da Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e deste Decreto,

serão adotadas as seguintes definições:

I – poluição sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade ou transgrida o disposto na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento; II – atividades potencialmente poluidoras: atividades suscetíveis de produzir ruído nocivo ou incomodativo para os que habitam, trabalham ou permaneçam nas imediações do local de onde decorrem; III – atividades ruidosas temporárias: atividades ruidosas que assumem caráter não permanente, tais como obras de construção civil, competições desportivas, espetáculos, festas ou outros eventos de diversão, feiras, mercados, etc.;

IV – ruído de vizinhança: todo ruído não enquadrável em atos ou atividades sujeitas a regime específico no âmbito do presente dispositivo legal, associado ao uso habitacional e às atividades que lhe são inerentes, produzido em lugar público ou privado, diretamente por alguém ou por intermédio de outrem, ou de dispositivo à sua guarda, ou de animal colocado sob sua responsabilidade, que, pela duração, repetição ou intensidade, seja suscetível de atentar contra a tranquilidade da vizinhança ou a saúde pública; V – meio ambiente: é o conjunto formado pelo meio físico e os elementos naturais, sociais e econômicos nele contidos;

VI – som: fenômeno físico provocado pela propagação de vibrações mecânicas em um meio elástico, dentro da faixa de frequência de 16Hz (dezesseis hertz) a 20kHz (vinte quilohertz), e passível de excitar o aparelho auditivo humano;

VII – ruído: qualquer som ou vibração que cause ou possa causar perturbações ao sossego público ou produza efeitos psicológicos ou fisiológicos negativos em seres humanos e animais;

VIII – distúrbio por ruído ou distúrbio sonoro é qualquer som que:

a) ponha em perigo ou prejudique a saúde de seres humanos ou animais;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 100

b) cause danos de qualquer natureza à propriedade pública ou privada;

c) possa ser considerado incômodo ou ultrapasse os níveis máximos fixados na Lei nº 4.092,

de 30 de janeiro de 2008, e neste Decreto;

IX – ruído impulsivo: ruído que contém impulsos, que são picos de energia acústica com duração menor do que 1s (um segundo) e que se repetem em intervalos maiores do que 1s (um segundo);

X – ruído com componentes tonais: ruído que contém tons puros, como o som de apitos ou zumbidos;

XI – ruído de fundo: todo e qualquer som que seja emitido durante um período de medições sonoras e que não seja objeto das medições;

XII – nível de pressão sonora equivalente – LAeq: nível obtido a partir do valor médio quadrático da pressão sonora (com ponderação A) referente a todo o intervalo de medição, que pode ser calculado conforme anexo A da Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 10.151.

XIII – limite real da propriedade: aquele representado por um plano imaginário que separa o imóvel de uma pessoa física ou jurídica do de outra ou de áreas, vias ou equipamentos públicos;

XIV – horário diurno: o período do dia compreendido entre as sete horas e as vinte e duas horas;

XV – horário noturno: o período compreendido entre as vinte e duas horas e às sete horas do dia seguinte ou, nos domingos e feriados, entre as vinte e duas horas e às oito horas;

XVI – fonte móvel de emissão sonora: qualquer veículo, comercial ou não, em que se instale equipamento de som ou de amplificação sonora.

CAPÍTULO III

DOS NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA E SUAS MEDIÇÕES

Art. 4º O nível máximo de pressão sonora permitido em ambientes internos e externos e os métodos utilizados para sua medição e avaliação serão os estabelecidos pela ABNT NBR 10.151 e pela ABNT NBR 10.152, conforme especificado nas Tabelas I e II, em anexo. §1º Os níveis de pressão sonora serão medidos de acordo com a ABNT NBR 10.151. §2º Quando a fonte emissora estiver em uma zona de uso e ocupação diversa daquela de

onde proceder à reclamação de incômodo por suposta poluição sonora, serão considerados os limites de emissão estabelecidos na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento para a zona de onde proceder a reclamação.

§3º Escolas, creches, bibliotecas, hospitais, ambulatórios, casas de saúde ou similares

deverão comprovar o devido tratamento acústico, visando o isolamento do ruído externo, para adequação do conforto, conforme os níveis estabelecidos pela ABNT NBR 10.152, ressalvado o disposto no art. 40, deste Decreto.

§4º Quando o nível de pressão sonora proveniente do tráfego ultrapassar os padrões fixados

pela Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e por este Regulamento, caberá ao Departamento de Trânsito do Distrito Federal – DETRAN/DF, Departamento de Estrada de Rodagem do Distrito Federal – DER/DF, Departamento Nacional de Estrada de Rodagem – DNER e ao órgão responsável pela via buscar, com a cooperação dos demais órgãos competentes, os meios para controlar o ruído e mitigar o distúrbio.

§5º Independentemente do ruído de fundo, o nível de pressão sonora proveniente da fonte

emissora não poderá exceder os níveis fixados na Tabela I em anexo.

Art. 5º É vedado o uso de fonte móvel de emissão sonora em áreas restritas ou predominantemente residenciais ou de hospitais, bibliotecas e escolas, bem como o uso de buzinas, sinais de alarme e outros equipamentos similares.

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§1º Os órgãos competentes do Distrito Federal implantarão sinalização de silêncio nas proximidades de hospitais, prontos- socorros, sanatórios, clínicas, escolas, bibliotecas e em outros locais assemelhados que se façam necessários.

§2º Nas demais áreas, o uso de fonte móvel sonora será permitido, desde que se submetam

aos limites de emissão sonora especificados na Tabela I em anexo, observado o disposto no art. 11.

Art. 6º Não se incluirá nas proibições impostas pelos artigos 4º e 5º a emissão de sons e ruídos

produzidos:

I – por sirenes ou aparelhos de sinalização sonora utilizada por ambulâncias, carros de bombeiros

ou viaturas policiais;

II – por explosivos utilizados em pedreiras e em demolições, desde que detonados no período

diurno e com a devida licença do órgão ambiental competente, seguindo o que diz a Norma

Reguladora de Mineração – NRM 08/DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral;

III – por alarmes automotivos ou residenciais quando os mesmos forem acionados em razão de

tentativa de furto.

Art. 7º Os níveis de pressão sonora provocados por máquinas e aparelhos utilizados nos serviços de construção civil não poderão exceder os limites máximos estabelecidos na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento. §1º As atividades relacionadas com construção civil, reformas, consertos e operações de carga e

descarga não passíveis de confinamento ou que, apesar de confinadas, ultrapassem o nível de pressão sonora máximo para elas admitido somente poderão ser realizadas no horário de sete a dezoito horas, se contínuas, e de sete a dezenove horas, se descontínuas, de segunda a sábado.

§2º Os serviços de construção civil, mesmo quando de responsabilidade de entidades públicas,dependerão de licença e/ou alvará de construção emitidos pela Administração Regional, em que constará os limites de ruídos legalmente permitidos para a área, além da discriminação de horários e tipos de serviços passíveis de serem executados, quando realizados:

I – aos domingos e feriados, em qualquer horário;

II – em dias úteis, no horário noturno.

§3º As restrições referidas neste artigo não se aplicarão às obras e aos serviços urgentes e

inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força maior, de acidentes graves ou de perigo iminente à segurança e ao bem-estar públicos, bem como ao restabelecimento de serviços públicos essenciais de energia elétrica, telefone, água, esgoto e sistema viário.

Art. 8º Os níveis de pressão sonora provocados pelo funcionamento de veículos automotores e aeronaves e os produzidos no interior de ambientes de trabalho, obedecerão às normas expedidas pelos órgãos federais competentes.

Parágrafo único. Quando o nível de pressão sonora proveniente do tráfego aéreo ultrapassar os padrões fixados pela Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e por este Regulamento, caberá à Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO, ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA e aos demais órgãos competentes buscar, com a cooperação dos órgãos ambientais e de planejamento urbano, os meios mais eficazes de controle de ruídos e eliminação de distúrbios.

Art. 9º O medidor de nível de pressão sonora e o calibrador deverão ser certificados regularmente pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO ou por laboratórios pertencentes à Rede Brasileira de Calibração – RBC, conforme a ABNT NBR 10.151., devendo realizar a integração direta dos dados.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 102

CAPÍTULO IV

DAS AUTORIZAÇÕES

Art. 110. Dependerão de autorização da Administração Pública, por intermédio da Administração

Regional:

I – a obtenção de Licença de Funcionamento da atividade, conforme Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, para as atividades potencialmente poluidoras;

II – a utilização dos logradouros públicos para:

a) o funcionamento de equipamentos de emissão sonora, fixos ou móveis, para quaisquer fins, inclusive propaganda ou publicidade;

b) a queima de fogos de artifício prolongada ou em larga escala;

c) outros fins que possam produzir poluição sonora.

§1º No período noturno, nas áreas em que a emissão sonora possa atentar contra a tranquilidade da vizinhança residencial, só poderá ser emitida Licença de Funcionamento para atividades até as vinte e três horas, de domingo a quinta, e uma hora da manhã do dia seguinte, de sexta a sábado, com exceção das festas tradicionais e aquelas que constem do calendário cultural da cidade.

§2º Na Licença de Funcionamento emitida para as atividades potencialmente poluidoras deverá

constar, em destaque, os limites de ruído legalmente permitidos para a área e os respectivos horários.

§3º Quando a realização do evento ou atividade for de responsabilidade da Administração

Regional, deverão ser observadas todas as condicionantes dos parágrafos anteriores.

§4º Sem prejuízo do disposto na Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, para a emissão ou renovação da Licença de Funcionamento para carros de som, o trabalhador de propaganda volante além do requerimento em modelo padrão, deverá apresentar junto a Administração os seguintes documentos:

a) Cópia dos documentos pessoais;

b) Comprovante de residência no Distrito Federal;

c) Certificado de Empreendedor Individual ou Contrato Social da Empresa;

d) Comprovante de inscrição no Cadastro Fiscal do Governo do Distrito Federal; (Alteração

dada pelo Decreto nº 34.430, de 10/06/2013). 2Art. 10-A. No caso das autorizações para o funcionamento de equipamentos de emissão sonora móveis em áreas que ultrapassem a circunscrição da respectiva Região Administrativa, a licença de funcionamento de que trata o art. 10 será emitida pela Coordenadoria das Cidades, da Casa Civil da Governadoria. . (Texto incluído pelo Decreto nº 34.430, de 10/06/2013)

Art. 113. O interessado, após a obtenção ou a renovação da Licença de Funcionamento para cada veículo comercial de som automotor, na qual deverá constar os limites sonoros a serem observados, deverá providenciar o cadastramento do mesmo junto ao DETRAN/DF, mediante vistoria, apresentando os seguintes documentos:

a) Cópia dos documentos pessoais;

b) Licença de Funcionamento;

c) Nada Consta de débitos expedido pelo DETRAN/DF.

§1º O cadastramento junto ao DETRAN/DF, ou a sua renovação, terá validade de 01 (um) ano, observado o prazo máximo do término da validade da Licença de Funcionamento quando

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for o caso. e funcionamento, será baseada nas determinações do Código de trânsito Brasileiro - CtB e nas Resoluções do Conselho Nacional de trânsito – CONTRAN.

§3° A altura máxima permitida do equipamento a ser instalado no teto do veículo de som não poderá exceder cinquenta (50) centímetros e suas dimensões não ultrapassarão o comprimento e a largura da parte superior da carroceria.

§4° Para fins de fiscalização e identificação pelos órgãos do Governo do Distrito Federal, deverá

ser afixado no para-brisa do veículo comercial de som automotor, o documento de cadastramento emitido pelo DETRAN/DF, no qual constará o número da Licença de Funcionamento da atividade, sua validade, os locais, dias e horários permitidos, bem como a placa do veículo, marca, modelo, categoria e nome do proprietário do veículo e do titular do empreendimento, além dos limites de emissão sonora permitidos.

§5° Os estabelecimentos comerciais, industriais e institucionais que possuam veículos de som

automotores, para transmitirem propaganda ligada à sua atividade, também deverão obedecer o disposto nos artigos 10 e 11 deste Decreto.

§6° Somente poderão transmitir som, os veículos comerciais de som automotores adaptados para este fi m, com o respectivo cadastramento.

§7° Para preservar o estado de conservação e garantir as condições de segurança, os veículos

comerciais de som só poderão circular após autorizados pelo DETRAN/DF.

§8° Qualquer outra fonte móvel automotora que não possua caráter comercial e produza emissões sonoras, deverá observar os limites e demais restrições previstas em lei e neste Decreto. (Texto com a redação do Decreto nº 34.430, de 10/06/2013)

Art. 412. Caberá às Administrações Regionais, ou à Coordenadoria das Cidades nos casos previstos no art. 10-A deste Decreto, a expedição de Licença de Funcionamento para atividade com a utilização de fonte móvel de emissão sonora por intermédio de veículos de som automotores.

§1º Os veículos comerciais de som automotores somente poderão transmitir propaganda sonora de segunda a sexta-feira no horário das nove horas às dezessete horas, e aos sábados no horário das nove às quatorze horas.

§2º Fica vedada a transmissão de propaganda sonora aos sábados, domingos e feriados e, em qualquer dia, no período compreendido entre às dezessete horas e às nove horas do dia seguinte.

§3º A Administração, observado o disposto no art. 6° deste Decreto, avaliará a conveniência e oportunidade de conceder a licença de que trata este artigo, com base, entre outros, nos seguintes critérios:

I – interesses, hábitos culturais e costumes da comunidade local;

II – espaço adequado e disponível;

III – cronologia dos pedidos;

IV – nível de incomodidade.

§4° Durante o período de propaganda eleitoral deverão ser observadas as determinações da justiça Eleitoral em relação aos veículos de som automotores.

§5° Fica vedada a utilização de fontes móveis não automotoras de caráter comercial. (Texto

com a redação do Decreto nº 34.430, de 10/06/2013)

5Art. 12-A. O pedido de reconsideração em caso de decisão desfavorável à concessão da licença será encaminhado à Coordenadoria das Cidades pela Administração Regional responsável, juntamente com o respectivo Processo, para emissão de Parecer técnico. §7° O Parecer técnico referido neste artigo será encaminhado à Administração Regional de origem,

juntamente com o Processo, para comunicação ao interessado e demais providências cabíveis.

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§8° A Coordenadoria das Cidades passa a ser instância terminativa para dirimir dúvidas relacionadas à expedição de Licença de Funcionamento para atividades potencialmente poluidoras. (Texto com a redação do Decreto nº 34.430, de 10/06/2013)

Art. 13. Quando houver desvirtuamento de finalidade ou, na prestação dos serviços, ocorrer infringência a quaisquer dos dispositivos deste Decreto e da Lei n° 4.092/2008, bem como do disposto no art. 228, do Código de Trânsito Brasileiro - CTB e da Resolução 204/2006 do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, aplicar-se-ão as penalidades previstas em lei, inclusive o cancelamento da Licença de Funcionamento por parte da Administração Regional.

Parágrafo único. Após o cancelamento da Licença de Funcionamento da atividade, a Administração Regional comunicará o DETRAN/DF para o devido cancelamento dos cadastramentos dos veículos comerciais de som automotores.

6Art. 14. Os ambientes internos de quaisquer estabelecimentos, no caso de atividades sonoras potencialmente poluidoras, devem receber tratamento acústico nas instalações físicas locais para que possam atender aos limites de pressão sonora estabelecidos na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento. § 1º Não se consideram atividades potencialmente poluidoras estabelecimentos cuja atividade

econômica principal seja de restaurante ou outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebida (Código CNAE 5.611-2).

§ 2º A concessão da licença de funcionamento, no caso dos estabelecimentos potencialmente poluidores,

fica condicionada à apresentação pelo requerente de laudo técnico feito por profissional habilitado pelo respectivo Conselho Profissional, mediante Termo de Referência expedido pelo órgão ambiental, comprovando o tratamento acústico compatível com os níveis de pressão sonora permitidos nas áreas em que os estabelecimentos estiverem situados.

§ 3º Consideram-se potencialmente poluidores os empreendimentos cujas atividades econômicas primárias

ou secundárias sejam de discotecas, danceterias, salões de dança e similares (Código CNAE 9329-8/01), devendo suas licenças de funcionamento trazer em destaque a permissão para uso de música ao vivo ou mecânica, conforme comprovado pelo laudo técnico previamente apresentado e aprovado pelo setor competente da Administração Regional.

§ 4º As licenças de funcionamento emitidas em desacordo com a Lei nº 4.092, de 2008, devem ser revistas

em um prazo de doze meses, a partir da data de publicação deste Decreto. § 5º É vedada a utilização de alto-falantes que direcionem o som exclusivamente para o ambiente

externo, a menos que o estabelecimento adote algum tipo de tratamento acústico que evite a propagação do som para as áreas residenciais. (Alteração dada pelo Decreto nº 37.987, publicado no DODF de 02/02/2017, p. 6).

Art. 15. Em caso de comprovada poluição sonora, os técnicos dos órgãos de fiscalização e controle, no exercício da ação fiscalizadora, terão livre acesso às dependências onde estiverem instaladas as fontes emissoras.

Parágrafo único. Nos casos em que os responsáveis pela fonte emissora impedirem a ação fiscalizadora, os técnicos ou fiscais dos órgãos de fiscalização e controle deverão solicitar auxílio a autoridades policiais para o cumprimento do disposto no caput.

CAPÍTULO V

DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 16. A pessoa física ou jurídica que infringir qualquer dispositivo da Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, deste Regulamento e as demais normas dela decorrentes fica sujeita às seguintes penalidades, independentemente da obrigação de cessar a infração e de outras sanções cíveis e penais:

I – advertência;

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II – multa;

III – embargo de obra;

IV – interdição parcial ou total do estabelecimento ou da atividade poluidora;

V – apreensão dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza

utilizados na infração;

VI – suspensão parcial ou total de atividades poluidoras;

VII – intervenção em estabelecimento;

VIII– revogação de Licença de Funcionamento do estabelecimento ou outra que vier a

substituí-la;

XI– restritivas de direitos.

§1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a ele cominadas.

§2º No caso de comprovada poluição sonora proveniente do uso de áreas públicas por

estabelecimentos comerciais caberá ação da AGEFIS, com a aplicação das sanções indicadas nos incisos IV e VII deste artigo.

§3º Caberá à AGEFIS, através da Fiscalização de Atividades Econômicas, verificar o cumprimento

das condicionantes de horário e dia constantes na Licença de Funcionamento, além das previstas nos artigos 12 e 14.

Art. 17. A advertência será aplicada por escrito, mediante autuação/notificação, com fixação do prazo de até 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por igual período, para que seja regularizada a situação, inclusive a realização de tratamento acústico, quando for o caso, sob pena de punição mais grave.

Art. 18. A multa será aplicada sempre que o infrator, por negligência ou dolo:

I – após ter sido autuado, praticar novamente a infração ou deixar de cumprir as exigências técnicas no prazo estabelecido pelo órgão fiscalizador;

II – opuser embaraço à ação fiscalizadora.

Art. 719. A autuação da obra pela AGEFIS através da Fiscalização de Obras dar-se-á quando a mesma estiver sendo executada em desacordo com que estiver estabelecido no Alvará ou na Licença de Construção, respeitado o disposto no artigo 7º deste Decreto. (Texto incluído pelo Decreto nº 34.430, de 10/06/2013)

Art. 20. A interdição ou suspensão parcial ou total do estabelecimento ou da atividade poluidora dar-se-á quando não forem cumpridas as determinações prescritas na autuação anterior, independentemente da aplicação cumulativa de multa. Art. 21. Quando ocorrer à interdição ou suspensão parcial ou total de estabelecimento ou atividade poluidora, ou a revogação da Licença de Funcionamento, a entidade autuante comunicará aos demais órgãos de fiscalização e controle e à Secretaria de Estado de Ordem Pública e Social – SEOPS e Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal, objetivando garantir o exercício do poder de polícia administrativa. §1º Quando se tratar de autuação de fontes móveis de ruído, o DETRAN-DF ficará encarregado

de impedir a circulação dos veículos automotores autuados, comerciais ou não, após comunicado pelo órgão autuante.

§2º A Administração Regional deverá comunicar ao DETRAN-DF sobre as Licenças de

Funcionamento de veículos comerciais de som automotores cassadas.

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§3º O descumprimento da interdição ou suspensão total ou parcial da atividade poluidora constitui crime de desobediência capitulado no art. 330 do Código Penal Brasileiro.

Art. 22. A intervenção, mediante interdição ou suspensão sumária, ocorrerá sempre que o estabelecimento ou atividade poluidora estiver funcionando sem a devida autorização ou em desacordo com a mesma, observando-se os parágrafos 2º e 3º do artigo 16. Art. 23. A desinterdição do estabelecimento ou da atividade poluidora ficará condicionada ao cumprimento das exigências estabelecidas no Auto de Infração emitido pelo Auditor Fiscal responsável. Parágrafo único. Nos casos em que houver necessidade de nova vistoria para auferir a

comprovação das exigências, estas, juntamente com o atendimento ou não, serão consignadas em Relatório de Vistoria expedido pelo Auditor Fiscal responsável.

Art. 24. A apreensão dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração referida no inciso V do artigo 17 deste Decreto, obedecerão às competências legais, inclusive as relativas à fiscalização tributária. §1º A fiscalização providenciará a remoção dos bens apreendidos para depósito público, quais

sejam:

I- quando se tratar de veículos de qualquer natureza, deverão ser recolhidos ao depósito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal – DETRAN-DF, que lavrará o respectivo Auto de Infração ou notificação.

II- quando se tratar de instrumentos, apetrechos, equipamentos deverão ser recolhidos

para o depósito da Agência de Fiscalização do Distrito Federal - AGEFIS, IBRAM, Órgãos de Segurança Pública e Administrações Regionais do Distrito Federal.

§2º A penalidade de apreensão será feita por meio de Auto de Infração/Apreensão devendo conter

obrigatoriamente o local da apreensão, a identificação do proprietário, possuidor ou detentor, as quantidades e, de forma discriminada, o tipo e o modelo, além de outros dados necessários à correta identificação dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos.

§3º A devolução dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos ficará condicionada:

I – Ao cumprimento das exigências formuladas no Auto ou à assinatura de Termo de Compromisso se comprometendo a regularizar a situação, quando for o caso;

II - À comprovação da propriedade dos bens apreendidos;

III - Ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito.

§4º Os gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e depósito dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos serão ressarcidos ao Poder Público, mediante pagamento de valor calculado com base em preços definidos em regulamento específico expedido pelo órgão ou entidade de fiscalização e controle, responsável pela apreensão, independentemente da devolução do bem.

§5º O órgão competente fará publicar, no prazo máximo de 10(dez) dias, no Diário Oficial do Distrito

Federal, a relação dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos, para ciência dos interessados.

§6º A solicitação para a devolução dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos

será feita no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados a partir do 1º dia útil subsequente à data da lavratura do Auto de Apreensão.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 107

§7º Os interessados poderão reclamar dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos antes da publicação de que trata o §5º deste artigo.

§8º Os instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos e removidos para depósito, não

reclamados no prazo estabelecido no §6º, serão declarados abandonados por ato do Poder Executivo, a ser publicado no Diário Oficial Distrito Federal.

§9º Os instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos e não devolvidos nos termos da

Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e deste Decreto Regulamentador serão incorporados ao patrimônio do Distrito Federal, doados ou alienados, a critério do Poder Executivo.

Art. 25. O responsável pela fiscalização poderá, a seu critério, mediante a lavratura de termo próprio, nomear fiel depositário para a guarda das mercadorias apreendidas, o qual ficará sujeito ao disposto no artigo 647, combinado com o artigo 652 do Código Civil Brasileiro. Parágrafo único. O depósito se dará de forma a não onerar os cofres públicos.

Art. 26. O proprietário não será indenizado por eventual perda de valor ou danificação durante o desmonte, a remoção ou a guarda dos instrumentos, apetrechos, equipamentos ou veículos apreendidos. Art. 27. A revogação da Licença de Funcionamento, pelo Administrador Regional, se dará nos

seguintes casos:

I – quando o interessado não cumprir, dentro do prazo fixado, as exigências formuladas pelos órgãos fiscalizadores e de controle; II - Ocorrendo reclamação fundamentada sobre transtorno acústico causado à vizinhança por atividade instalada em área residencial devidamente confirmado pelos órgãos competentes, nos termos da lei, e havendo impossibilidade ou recusa em resolvê-lo no prazo estipulado pelo órgão;

III – quando ocorrer o cancelamento da inscrição do estabelecimento no Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CFDF; IV - Nos demais casos previstos no art. 65 do Decreto nº 31.482, de 29 de março de 2010.

§1º A revogação da Licença de Funcionamento, implicará o cancelamento da inscrição da atividade

no CFDF.

§2º O ato de revogação, de que trata o caput deste artigo, será publicado, no prazo máximo de 10 (dez) dias, no Diário Oficial do Distrito Federal.

§3º A Administração Regional comunicará aos demais órgãos de fiscalização envolvidos, no

prazo máximo de 03 (três) dias, as revogações realizadas.

Art. 28. Esgotadas todas as medidas punitivas previstas nos artigos anteriores, não tendo o interessado regularizado os problemas acústicos apontados, poderão ser aplicadas, ainda, as seguintes sanções restritivas de direito:

I – suspensão de registro, licença ou autorização; II – revogação de registro, licença ou

autorização;

III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;

IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos

oficiais de crédito; V – proibição de contratar com a Administração Pública pelo período de até

três anos.

Parágrafo único. As penalidades de que trata este artigo poderão ser aplicadas individualmente ou acumulativamente, de acordo com a gravidade da situação, sem prejuízo das demais sanções cíveis e penais aplicáveis.

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Art. 29. Os valores arrecadados em razão da aplicação de multas por infrações ao disposto na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, serão revertidos ao Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal – Brasília Ambiental, por meio da Lei nº 3.984, de 28 de maio do mesmo ano.

Art. 30. Para efeito das aplicações das penalidades, as infrações aos dispositivos da Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e deste Regulamento classificam-se em:

I – leves: aquelas em que o infrator for beneficiado por circunstâncias atenuantes;

II – graves: aquelas em que for verificada uma circunstância agravante;

III – muito graves: aquelas em que forem verificadas duas circunstâncias agravantes;

IV – gravíssimas: aquelas em que for verificada a existência de três ou mais

circunstâncias agravantes ou em casos de

reincidência. Art. 31. A pena de multa consiste no pagamento dos valores correspondentes seguintes:

I – nas infrações leves, de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais);

II – nas infrações graves, de R$ 2.001,00 (dois mil e um reais) a R$ 5.000,00 (cinco mil reais);

III – nas infrações muito graves, de R$ 5.001,00 (cinco mil e um reais) a R$ 10.000,00 (dez

mil reais);

IV – nas infrações gravíssimas, de R$ 10.001,00 (dez mil e um reais) a R$ 20.000,00 (vinte

mil reais).

Parágrafo único. A multa poderá ser reduzida em até noventa por cento do seu valor se o infrator se comprometer, mediante acordo escrito, a tomar as medidas efetivas necessárias para evitar a continuidade dos fatos que lhe deram origem, cassando-se a redução, com o consequente pagamento integral da multa, se essas medidas ou seu cronograma não forem cumpridos.

Art. 32. Para imposição da pena e gradação da multa, a autoridade fiscalizadora ambiental observará:

I – as circunstâncias atenuantes e agravantes;

II – a gravidade do fato, tendo em vista as suas consequências para a saúde e o meio

ambiente;

III – a natureza da infração e suas consequências;

IV – o porte do empreendimento; V – os antecedentes do infrator quanto às normas ambientais;

VI – a capacidade econômica do infrator.

Art. 33. São circunstâncias atenuantes:

I – menor grau de compreensão e escolaridade do infrator;

II – arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano ou

limitação significativa da poluição ocorrida;

III – ser o infrator primário e a falta cometida ser de natureza leve; IV – desenvolver o infrator

atividades sociais ou beneficentes.

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Art. 34. São circunstâncias agravantes:

I – ser o infrator reincidente ou cometer a infração de forma continuada; II – o infrator coagir

outrem para a execução material da infração;

III – ter a infração consequências graves à saúde pública ou ao meio ambiente;

IV – se, tendo conhecimento do ato lesivo à saúde pública ou ao meio ambiente, o

infrator deixar de tomar as providências de sua alçada para evitá-lo;

V – ter o infrator agido com dolo direto ou eventual;

VI – a concorrência de efeitos sobre a propriedade alheia.

§1º A reincidência verifica-se quando o agente comete nova infração do mesmo tipo.

§2º No caso de infração continuada caracterizada pela repetição da ação ou omissão inicialmente punida, a penalidade de multa poderá ser aplicada diariamente até cessar a infração.

Art. 35. A autoridade fiscalizadora que tiver conhecimento de infrações a esta Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e a este Regulamento, diretamente ou mediante denúncia, é obrigada a promover a sua apuração imediata, sob pena de co-responsabilidade.

Parágrafo único. A apuração respeitará as atribuições e regulamentos inerentes às carreiras de estado incumbidas da aplicação da Lei nº 4092/2008 e deste Decreto.

Art. 36. A fiscalização do cumprimento das disposições da Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e deste Regulamento será exercida pelos órgãos ou entidades de fiscalização e controle, com apoio dos órgãos de Segurança Pública.

Parágrafo único. Os órgãos e entidades poderão realizar ações conjuntas através da coordenação prévia entre seus dirigentes.

Art. 37. No caso de flagrante perturbação da ordem pública em decorrência de emissões sonoras e a vítima comparecer à Delegacia Policial mais próxima para registrar ocorrência, o fato será apurado através da Lei nº 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais).

Parágrafo único. Na Delegacia Policial deverá ser feito o enquadramento legal e a vítima deverá ser mantida longe do alcance do infrator.

CAPÍTULO VI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 38. As infrações ao disposto neste Decreto serão apuradas em processo administrativo próprio, iniciado com a lavratura do auto de infração, observados os ritos e prazos estabelecidos nos arts. 56 a 67 da Lei nº 41, de 13 de setembro de 1989.

Parágrafo único. As autuações realizadas pela AGEFIS quanto ao cumprimento das condicionantes da Licença de Funcionamento, bem como aquelas realizadas por outros órgãos de fiscalização, seguirão ritos processuais e prazos próprios previstos nas respectivas legislações.

CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 39. Os padrões adotados neste Decreto devem ser revistos a cada dois anos, a fim de incorporar novos parâmetros nacionais e internacionais, quando necessário.

Art. 40. Escolas, creches, bibliotecas, hospitais, casas de saúde ou similares instalados em áreas nas quais os níveis de pressão sonora ultrapassem os limites estabelecidos neste Regulamento têm o prazo de cinco anos para se adequar ao disposto no art. 4º §3º, deste Decreto.

Art. 41. Os estabelecimentos comerciais em que os níveis de pressão sonora ultrapassem 80dB(A) em ambiente interno deverão informar aos usuários os possíveis danos à saúde humana relacionados

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à poluição sonora, constando da Licença de Funcionamento a expressão “estabelecimento causador de ruído nocivo à saúde humana”.

Parágrafo único. As informações deverão constar em placa afixada em local de visibilidade imediata, com os dizeres explicitados na Tabela III do Anexo III deste Decreto.

Art. 42. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 43. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto n° 23.926 de 18 de julho

de 2003.

Brasília, 22 de agosto de 2012. 124º da República e 53º de Brasília

TADEU FILIPPELLI

Governador em exercício Este texto não substitui o original, publicado no DODF de 23/08/2012 p. 03.

1Texto original: Art. 10. Dependerão de prévia autorização da Administração Regional correspondente: I – a obtenção

de Licença de Funcionamento da atividade, conforme Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, para as atividades

potencialmente poluidoras; II – a utilização dos logradouros públicos para: a) o funcionamento de equipamentos de

emissão sonora, fixos ou móveis, para quaisquer fins, inclusive propaganda ou publicidade; b) a queima de fogos de

artifício prolongada ou em larga escala; c) outros fins que possam produzir poluição sonora. §1º No período noturno,

só poderá ser emitida Licença de Funcionamento para atividades até as vinte e três horas, de domingo a quinta, e

uma hora da manhã do dia seguinte às sextas e sábados, com exceção das festas tradicionais e aquelas que

constem do calendário cultural da cidade. §2º Na Licença de Funcionamento emitida para as atividades

potencialmente poluidoras deverá constar, em destaque, os limites de ruídos legalmente permitidos para a área e os

respectivos horários. §3º Quando a realização do evento ou atividade for de responsabilidade de qualquer

Administração Regional, deverão ser observadas todas as condicionantes dos parágrafos anteriores.

2T exto incluído pelo Decreto nº 34.430, de 10/06/2013.

3Texto original: Art. 11. O interessado, após a obtenção da Licença de Funcionamento para cada veículo comercial de

som automotor, na qual deverá constar os limites sonoros a serem observados, deverá providenciar o cadastramento

do mesmo junto ao DET RAN/DF, mediante vistoria. §1º O cadastramento junto ao DET RAN terá validade de 01 (um)

ano, observado o prazo máximo do término da validade da Licença de Funcionamento quando for o caso. §2° A vistoria

do veículo de som, o qual deverá estar em perfeitas condições de higiene, limpeza e funcionamento, será baseada nas

determinações do Código de T rânsito Brasileiro - CT B e nas Resoluções do Conselho Nacional de T rânsito – CONT

RAN. §3° A altura máxima permitida do equipamento a ser instalado no teto do veículo de som não poderá exceder

cinquenta (50) centímetros e suas dimensões não ultrapassarão o comprimento e a largura da parte superior da

carroceria. §4° Deverá ser afixado no para-brisa do veículo comercial de som automotor, o documento de

cadastramento emitido pelo DETRAN/DF, no qual constará o número da Licença de Funcionamento da atividade, sua

validade, os locais, dias e horários permitidos, placa do veículo, marca, modelo, categoria e nome do proprietário do

veículo e do titular do empreendimento, além dos limites de emissão sonora permitidos. §5° Os estabelecimentos

comerciais, industriais e institucionais que possuam veículos de som automotores, para transmitirem propaganda ligada

à sua atividade, também deverão obter a respectiva Licença de Funcionamento e cadastrar os veículos de som junto

ao DETRAN/DF. §6° Somente poderão transmitir som, os veículos comerciais de som automotores adaptados para

este fim, com o respectivo cadastramento. §7° Para preservar o estado de conservação e garantir as condições de

segurança dos veículos comerciais de som, só obterão autorização para circular após submetidos a inspeção técnica

até completarem dez anos. §8º A referida inspeção será realizada anualmente ou a qualquer momento, no interesse

do DET RAN/DF, a ser realizada por instituição licenciada pelo DENAT RAN – Departamento Nacional de T rânsito e

credenciada pelo INMET RO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. §9° Qualquer outra

fonte móvel automotora que não possua caráter comercial e produza emissões sonoras, deverá observar os limites e

demais restrições previstas em lei e neste Decreto.

4Texto original: Art. 12. Caberá a Administração Regional da circunscrição onde se der o exercício de atividade

com a utilização de fonte móvel de emissão sonora por intermédio de veículos de som automotores, a expedição

de Licença de Funcionamento da atividade com os limites de emissão sonora permitidos, com identificação das

avenidas, ruas, quadras e logradouros públicos nos quais os veículos comerciais de som automotores estarão

autorizados a transitar. §1º Os veículos comerciais de som automotores somente poderão transmitir propaganda

sonora de segunda a sexta-feira no horário das dez horas às dezessete horas. §2º Fica vedada a transmissão de

propaganda sonora aos sábados, domingos e feriados e, em qualquer dia, no período compreendido entre às

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 111

dezessete horas e às dez horas do dia seguinte. §3º A Administração Regional, observado o disposto no art. 6° deste

Decreto, avaliará a conveniência e oportunidade de conceder a licença de que trata este artigo, com base, entre

outros, nos seguintes critérios: I – interesses, hábitos culturais e costumes da comunidade local; II – espaço

adequado e disponível; III – cronologia dos pedidos; IV – nível de incomodidade. §4° Durante o período de

propaganda eleitoral deverão ser observadas as determinações da Justiça Eleitoral em relação aos veículos de som

automotores. §5° Fica vedada a utilização de fontes móveis não automotoras de caráter comercial.

5Acréscimo dado pelo Decreto nº 34.430, de 10/06/2013.

6Texto original: Art. 14. Os ambientes internos de quaisquer estabelecimentos, no caso de atividades sonoras

potencialmente poluidoras, devem receber tratamento acústico nas instalações físicas locais para que possam atender

aos limites de pressão sonora estabelecidos na Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, e neste Regulamento.

§1º A concessão da Licença de Funcionamento ou outra que vier a substituí-la ficará condicionada à apresentação

pelo requerente de laudo técnico feito por profissional habilitado pelo respectivo Conselho Profissional, mediante

Termo de Referência expedido pelo órgão ambiental, comprovando o tratamento acústico compatível com os níveis

de pressão sonora permitidos nas áreas em que os estabelecimentos estiverem situados.

§2º As Licenças de Funcionamento deverão trazer, em destaque, a permissão para uso de música ao vivo e/ou

mecânica, conforme comprovado pelo laudo técnico previamente apresentado e aprovado pelo setor competente da

Administração Regional.

§3º As licenças de funcionamento porventura emitidas em desacordo com a Lei nº 4.092/2008 deverão ser revistas

em um prazo de 12 (doze) meses da data do início da vigência deste Decreto.

§4º O Laudo Técnico citado no parágrafo primeiro deverá atender ao disposto nas Normas Técnicas 10.151 de 30 de junho de 2000 da ABNT NBR.

§5º É vedada a utilização de alto-falantes que direcionem o som exclusivamente para o ambiente externo.

7Texto original: Art. 19. A autuação da obra pela AGEFIS através da Fiscalização de Obras dar-se-á quando a

mesma estiver sendo executada com a emissão de ruídos em níveis acima do permitido na Lei nº 4.092, de 30 de

janeiro de 2008, e neste Regulamento, ou sendo realizada fora do horário previsto no Alvará de Construção ou na

licença de que trata o artigo 7º deste Decreto.

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DECRETO N°23.926/2003–CARROS DE SOM REVOGADO PELO DEC.

33868/2012

DEC 23.926/2003

DE 18 DE JULHO DE 2003

CARROS DE SOM

DISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃO

DE CARROS DE SOM E DÁ

OUTRAS ROVIDÊNCIAS.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 100, inciso XXVI, da Lei

Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1° Os estabelecimentos ou profissionais autônomos prestadores de serviço de som que

utilizem veículos automotores ou assemelhados deverão obter o Alvará de Funcionamento da

atividade na Administração Regional da circunscrição de sua sede.

Parágrafo único. Para obtenção do Alvará de Funcionamento da atividade, deverão ser

observados:

I - as normas previstas na Lei 1.171/96 e seu regulamento;

II - declaração de finalidade do serviço de som a ser executado.

Art. 2° Após a obtenção do Alvará de Funcionamento da atividade, deverá o interessado proceder

ao cadastramento dos veículos, no DETRAN/DF, mediante:

I - apresentação do Alvará de Funcionamento da atividade;

II - vistoria do veículo.

§1º Deverá estar afixado nos veículos, o documento de cadastramento emitido pelo

DETRAN/DF, no qual constará o número do Alvará de Funcionamento, sua validade, e a placa

do veículo.

§ 2º Os estabelecimentos comerciais, industriais e institucionais que possuam veículos de som

próprios, para veicularem propaganda ligada à sua atividade, deverão cadastrar estes veículos no

DETRAN/DF.

§ 3° Somente poderão transmitir som, os veículos adaptados para este fim, com o respectivo

cadastramento.

§ 4° Os veículos cadastrados poderão transmitir som em qualquer Região Administrativa.

§ 5º O cadastramento de que trata este artigo terá validade de 01 ano.

Art. 3° Para a veiculação de mensagens de cunho comercial, religioso e de interesse comunitário

ou

classista, por meio de trios elétricos, deverá ser observado o disposto neste Decreto, na legislação

específica e comunicar previamente à Administração Regional onde irão funcionar, nos termos

da

Lei 380/92.

Art. 4° Os níveis sonoros emitidos pelos veículos, de que trata este Decreto, deverão observar a

legislação pertinente.

Art. 5° Será cancelado o Alvará de Funcionamento da atividade e o cadastramento do veículo:

I - quando houver desvirtuamento de finalidade ou quando, na prestação dos serviços, ocorrer

infringência a quaisquer dos dispositivos da lei penal, bem como do disposto no art. 229, do

Código Nacional de Trânsito e da Resolução 37/98 do CONTRAN, aplicando-se a penalidade

ali prevista;

II - quando da reincidência de transgressão.

Parágrafo único. Após o cancelamento do Alvará de Funcionamento, a Administração Regional

notificará o DETRAN/DF, para o devido cancelamento dos cadastramentos dos veículos.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 113

Art. 6° O funcionamento da atividade submete-se, ainda, às penalidades previstas na Lei 1.171/96

e seu regulamento.

Art. 7° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8° Revogam-se as disposições em contrário, e em especial o Decreto n° 22.127 de 15 de

maio de 2001.

Brasília, 18 de julho de 2003

115° da Republica 44° de Brasília

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 114

LEI N° 967/1995 – PICHAÇÕES E CARTAZES

LEI 967/1995

DE 6 DE DEZEMBRO DE 1995

PICHAÇÕES-CARTAZES

Dispõe sobre a proteção dos

bens públicos contra a ação de

pichadores e cartazeiros e dá outras providências

O GOVERNADORDO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art.1° A colagem de cartazes ou qualquer tipo de propaganda, bem como a inscrição, desenho ou pintura que empreguem tinta, piche, cal ou produto semelhante, em

bens, sem a devida autorização, constituem infrações administrativas.

Art.2° Entendem-se como bens públicos: I edifícios públicos em geral, interna e externamente, incluídos

muros e fachadas;

II equipamentos das empresas concessionárias de serviços públicos, tais como: postes, caixas de correios, orelhões, cabines

telefônicas, abrigos de ônibus e caixas de coleta de lixo;

III placas de sinalização, endereçamento e semáforos;

IV equipamentos de uso público, como parques e quadras de esportes;

V esculturas, murais e monumentos;

VI leito de vias, passeios públicos, meios-fios, árvores ou áreas plantadas;

VII Viadutos, portes, passagens de nível, inclusive testadas e guarda-

corpos;

VIII outros bens públicos, assim definidos em lei.

Art.3° Aos infratores das disposições desta Lei, sem prejuízo de outras sanções a que

estiverem sujeitos, serão aplicadas as seguintes penalidades:

I advertência;

II multa.

§1° O infrator será primeiramente advertido, sendo intimado a reparar o dano cometido no prazo de até 05 ( cinco ) dias.

§2° Nos casos em que o infrator não atenda aos termos da notificação de

advertência, serão aplicadas multas correspondentes aos valores de 02

( duas ) a 10 ( dez ) Unidades Padrão do Distrito Federal, ou equivalente que, porventura, venha substituí-la, pelas Divisões de Fiscalização das

Administrações Regionais do Governo do Distrito Federal, conforme a gravidade da infringência.

§3° O infrator deverá recolher aos cofres do Distrito Federal o valor correspondente à multa dentro do prazo de 10 ( dez ) dias, contados a

partir da data de sua aplicação.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 115

§4° O comprovante de recolhimento da multa deverá ser apresentado ao

órgão expedidor, nas 24 ( vinte e quatro ) horas seguintes à sua quitação, ou no primeiro dia útil subseqüente, sob pena de sua inscrição na Dívida Ativa.

§5° O pagamento da multa não exonera o infrator de reparar o dano

cometido. §6° A não reparação do dano cometido no prazo de 30 ( trinta ) dias,

contados da intimação, torna o infrator incurso em novas multas sucessivas, sendo obedecidos os mesmos critérios dos §§ 2°, 3° e 4°

deste artigo.

§7° Caso a infração ocorra em esculturas, murais ou monumentos, a multa poderá ser aplicada em dobro.

§8° Em caso de aplicação de multas, caberá recurso ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, no prazo de 20 (vinte) dias, contados

a partir da notificação, sem efeito suspensivo. Art.4° No caso da infração decorrer de propaganda eleitoral, a Administrção Regional

deverá comunicá-la ao Juiz Eleitoral da Zona onde a mesma se verificar.

Art.5° Compete ao Poder Executivo, através das Administrações Regionais, aplicar as penalidades previstas nesta Lei, sendo-lhes devido, por parte da Secretaria de Segurança Pública, por intermédio das Delegacias de Polícia e Polícia Militar, e

da Secretaria do Meio Ambiente Ciência e Tecnologia, todo auxílio necessário necessário à apuração das infrações.

Art.6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art.7° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 6 de Dezembro de 1995 107° da República e 36° de Brasília.

CRISTOVAM BUARQUE

(*) – VIDE VALORES ATUALIZADOS NO APENDICE DESSA COLETANEA

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LAN HOUSES

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 117

LEI N° 3.437/2004– CADASTRO EM LAN HOUSES

LEI 3437/2004 DE 09/09/2004 – DODF 16/09/04

CADASTRO - LAN

HOUSES

Dispõe sobre o cadastro dos usuários das empresas ou instituições que locam ou cedem gratuitamente computadores e máquinas para acesso à Internet, no âmbito do Distrito Federal, conhecidas também como “cyber-cafés”.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: Art. 1º As empresas ou instituições que locam ou cedem gratuitamente computadores e máquinas de acesso à Internet, no âmbito do Distrito Federal, deverão proceder ao cadastramento dos usuários do serviço. Art. 2° No cadastro a que se refere o artigo anterior deverão constar, no mínimo, os seguintes dados:

CADASTRO I - nome completo do usuário; II - carteira de identidade e cadastro da pessoa física; III - data de nascimento; IV – filiação; V – endereço; VI – telefone; e VII - dia, horário e máquina utilizados.

Parágrafo único. Cabe às empresas ou instituições constantes do art. 1° a verificação da documentação prevista no inciso II, sendo de sua inteira responsabilidade a veracidade das informações. Art. 3° O cadastro deverá ficar no poder das empresas, pelo prazo mínimo de um ano, em local acessível às autoridades policiais, judiciais e do Ministério Público. Art. 4° O não-cumprimento do estabelecido nesta Lei implicará ao infrator a multa de R$ 3.000,00 (três mil reais). Parágrafo único. A reincidência ensejará a suspensão das atividades pelo prazo de seis meses, sem prejuízo da multa. Art. 5° Cabe à Secretaria de Estado de Fiscalização observar o cumprimento desta Lei. Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7° Ficam revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 09 de setembro de 2004. 116º da República e 45º de Brasília

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 118

PROCEDIMENTO

ADMINISTRATIVO

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 119

LEI N° 4.567/2011 – PROCEDIMENTO FISCAL

LEI 4.567/2011

DE 09 DE MAIO DE 2011

PROCEDIMENTO FISCAL

Publicada no DODF do dia 11.05.2011

Dispõe sobre o processo

administrativo fiscal, contencioso e voluntário, no

âmbito do Distrito Federal e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta e eu sanciono a

seguinte Lei:

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei disciplina o Processo Administrativo Fiscal – PAF, de jurisdição contenciosa ou voluntária, no âmbito do Distrito Federal.

Art. 2º A Administração Fazendária obedecerá, entre outros, aos princípios da

legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público, eficiência, publicidade,

impessoalidade, instrumentalidade das formas, duração razoável do processo e devido processo legal.

TÍTULO II

DOS ATOS PROCESSUAIS

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 3º Os atos serão públicos, exceto quando o sigilo se impuser por motivo de ordem pública, caso em que será assegurada a participação do sujeito passivo.

Art. 4º O regulamento poderá dispor sobre o uso de meio eletrônico nos procedimentos e processos de que trata esta Lei, em especial quanto à comunicação de

atos e à transmissão e apresentação de documentos e peças processuais, quando cabível.

Parágrafo único. O regulamento também poderá dispor sobre autuação por meio eletrônico.

Art. 5º Ao intimado, nos termos desta Lei, é facultada vista dos autos, em qualquer fase do processo, vedada a sua retirada da repartição, nos termos do regulamento.

Art. 6º A intervenção do sujeito passivo se fará pessoalmente ou por intermédio de representante legal.

CAPÍTULO II DOS PRAZOS

Art. 7º Os atos serão praticados no prazo de 30 (trinta) dias, salvo disposição em

contrário.

Art. 8º Os prazos para a prática de atos não correm contra o Fisco na pendência

do cumprimento de diligências ou intimações expedidas pela autoridade fiscal.

Art. 9º Os prazos fixados nesta Lei serão contínuos, excluindo-se da sua contagem o dia de início e incluindo-se o do vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal no órgão em que tramite o processo ou em que deva ser praticado o ato.

Art. 10. O documento remetido pelo sujeito passivo por via postal será considerado entregue, para efeito de contagem de prazo, na data do recebimento pela autoridade fiscal.

CAPÍTULO III

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DA INTIMAÇÃO

Art. 11. Far-se-á a intimação:

I – por servidor competente, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem os intimar;

II – por via postal, com aviso de recebimento;

III – por publicação no Diário Oficial do Distrito Federal – DODF;

IV – por meio eletrônico, atestado o recebimento mediante:

a) certificação digital;

b) envio ao endereço eletrônico atribuído ao contribuinte pela administração

tributária;

V – pela publicação no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal,

na Internet, nos casos de deferimento integral em processos de jurisdição voluntária ou quando o sujeito passivo for notificado por qualquer um dos meios dispostos nos incisos

acima.

§ 1º A intimação quanto aos atos, procedimentos e processos previstos nos Títulos III, IV e V só será efetuada por publicação no DODF depois de esgotados os meios previstos

nos incisos II e IV do caput deste artigo, ressalvado o disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo e no art. 36, § 2º.

§ 2º No caso de comprovada impossibilidade de intimação pelas vias previstas nos incisos II e IV do caput, a intimação por publicação no DODF poderá ser feita sem a observância do disposto no § 1º deste artigo.

§ 3º A intimação referente aos atos e decisões dos órgãos julgadores de primeira e de segunda instâncias em processos sujeitos à jurisdição contenciosa poderá ser efetuada

diretamente por publicação no DODF.

§ 4º O regulamento disporá sobre as modalidades de intimação a ser adotadas em cada processo de jurisdição voluntária, sem prejuízo do disposto no art. 58, § 2º, e no art.

60.

§ 5º A utilização do endereço eletrônico a que se refere a alínea b do inciso IV do

caput deverá ser autorizada previamente pelo sujeito passivo.

Art. 12. Considera-se feita a intimação:

I – na data da ciência ou da declaração de que trata o art. 11, I;

II – na data da ciência no aviso de recebimento, na hipótese do art. 11, II, ou, se a data for omitida, 15 (quinze) dias após a entrega da intimação nos correios;

III – 15 (quinze) dias após a publicação no DODF;

IV – no dia em que o intimado efetivar a consulta ao teor da intimação ou, caso a consulta não ocorra, 15 (quinze) dias após a data de envio ou de disponibilização da

intimação de que trata o art. 11, IV;

V – na data da publicação, na hipótese do art. 11, V.

§ 1º O comparecimento espontâneo do contribuinte supre a falta de intimação.

§ 2º Nas hipóteses previstas no art. 11, § 3º, a intimação dos atos e das decisões se considerará efetuada na data da publicação no DODF.

CAPÍTULO IV DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 13. O servidor ou autoridade fiscal é impedido de atuar em procedimento administrativo fiscal nos casos em que:

I – seja interessado, direta ou indiretamente, ou nele tenha atuado;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 121

II – o cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou

colateral, até o terceiro grau, seja interessado, direta ou indiretamente, ou tenha atuado;

III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

§ 1º O termo “atuar” e a expressão “tenha atuado” mencionados neste Capítulo referem-se aos seguintes atos: lavrar Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão,

expedir Notificação de Lançamento ou Aviso de Lançamento, proferir parecer, relatório ou voto, decidir e julgar.

§ 2º O Conselheiro do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais – TARF deverá

ainda declarar-se impedido de estudo, discussão, votação e presidência do julgamento dos processos que interessarem a sociedade de que faça ou tenha feito parte como sócio,

advogado ou membro da Diretoria, do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal.

§ 3º Não está impedido de proferir:

I – juízo de admissibilidade o servidor ou autoridade que expediu Notificação de Lançamento;

II – voto no Pleno o Conselheiro do TARF que votou ou decidiu anteriormente nos

autos no âmbito do TARF.

§ 4º Inexiste impedimento de servidor ou autoridade para prática de ato que

objetive complementar ato por ele iniciado ou realizado anteriormente ou para expedir a Notificação de Lançamento de que trata o art. 36, § 2º.

Art. 14. Incorre em suspeição o servidor ou a autoridade que tenha amizade ou

inimizade notória com o sujeito passivo ou com pessoa interessada no resultado do procedimento ou do processo administrativo fiscal, ou com seus respectivos cônjuges,

companheiros, parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 15. O servidor ou autoridade que incorrer em impedimento ou suspeição deve

declarar o fato e as razões:

I – no prazo de 2 (dois) dias contados:

a) da designação para atuar em procedimento administrativo fiscal;

b) do recebimento dos autos do processo administrativo fiscal para relatório, voto, parecer, decisão ou julgamento;

II – antes de iniciado o julgamento do processo administrativo fiscal, no caso de Conselheiro diverso do Conselheiro Relator.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o servidor ou a autoridade se absterá de atuar e comunicará o fato ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal, que:

I – concordando, designará outro servidor ou autoridade;

II – discordando, determinará a atuação do servidor ou autoridade.

Art. 16. O interessado, o requerente ou a Administração poderá arguir, por meio de exceção, em processo próprio, o impedimento ou a suspeição de servidor ou autoridade, especificando seus motivos, antes da conclusão definitiva do procedimento ou do processo

administrativo fiscal objeto da arguição, ressalvado o disposto no art. 95, no prazo de até 30 (trinta) dias contados do fato que ocasionou o impedimento ou a suspeição.

§ 1º Caso o servidor ou a autoridade reconheça o impedimento ou a suspeição arguidos na forma do caput, deverá declarar o fato nos autos e encaminhá-los ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal, que designará outro servidor ou autoridade.

§ 2º Não reconhecendo o impedimento ou a suspeição, o servidor ou autoridade declarará suas razões nos autos do processo de exceção, encaminhando-os ao superior

hierárquico ou ao Presidente do Tribunal para decisão.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 122

§ 3º Em caso de procedência da exceção, serão considerados nulos os atos

praticados pelo servidor ou autoridade.

§ 4º O processo fica suspenso até a decisão da autoridade competente, quando for oposta exceção de suspeição ou impedimento.

TÍTULO III DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 17. O procedimento administrativo fiscal compreende as seguintes ações:

I – orientação, verificação e controle do cumprimento das obrigações tributárias por parte do sujeito passivo, podendo resultar em:

a) lavratura de Auto de Infração;

b) lavratura de Auto de Infração e Apreensão;

c) expedição de Notificação de Lançamento;

d) expedição de Aviso de Lançamento;

II – arrecadação de documentos de qualquer espécie, coleta e tratamento de

informações de qualquer natureza de interesse da administração tributária, inclusive para atender exigência de instrução processual.

Art. 18. O procedimento administrativo fiscal tem início com:

I – a cientificação, na forma do art. 11, do sujeito passivo ou seu representante, acerca de:

a) termo de início de ação fiscal;

b) Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão;

c) qualquer ato da administração tributária relacionado com a infração;

II – qualquer ato da administração tributária relacionado à verificação da regularidade do trânsito de mercadorias.

§ 1º A Secretaria de Estado de Fazenda praticará atos administrativos de monitoramento que buscarão o cumprimento espontâneo da legislação tributária.

§ 2º Os atos administrativos de monitoramento, sem prejuízo do disposto em regulamento:

I – compreendem a verificação periódica dos níveis de arrecadação dos tributos

administrados pela Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal, em função do potencial econômico-tributário dos contribuintes, assim como das

variáveis macroeconômicas de influência;

II – serão realizados por intermédio do acompanhamento da arrecadação e do tratamento de quaisquer informações relacionadas com o crédito tributário, utilizando-se

os dados disponíveis nos sistemas informatizados da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal e das informações coletadas junto a fontes externas.

Art. 19. O início do procedimento fiscal exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores relacionados com a infração.

§ 1º Para efeitos da espontaneidade, os atos que configurem o início do

procedimento fiscal serão válidos pelo prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por igual período a critério do superior hierárquico.

§ 2º O sujeito passivo deverá ser cientificado da prorrogação do prazo de que trata o § 1º deste artigo.

§ 3º Os atos administrativos de monitoramento não excluem a espontaneidade.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 123

Art. 20. Os termos decorrentes da atividade de fiscalização serão lavrados, e deles

serão extraídas cópias para entrega ao sujeito passivo e para anexação aos autos do processo, se for o caso.

Art. 21. O servidor do Fisco que tomar conhecimento de indícios de irregularidade

fiscal e for incompetente para formalizar a exigência tributária deve comunicar o fato à autoridade competente, mediante representação circunstanciada.

Parágrafo único. É facultado a qualquer pessoa registrar denúncia quando da verificação de irregularidade fiscal.

Art. 22. Na hipótese de procedimento fiscal de monitoramento, o débito não

declarado, constatado e não recolhido ensejará o lançamento por meio de Auto de Infração lavrado em razão de ação fiscal.

Art. 23. O reconhecimento, pelo sujeito passivo, do cometimento de qualquer infração à legislação tributária do Distrito Federal e o pagamento dos valores relativos a

imposto, penalidade e acréscimos legais, no curso de procedimento fiscal, serão relatados em Termo de Conclusão de Ação Fiscal ou em relatório circunstanciado, para fins de homologação.

CAPÍTULO II DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO SUJEITO À JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

Seção I Das Disposições Gerais

Art. 24. A exigência do crédito tributário sujeito à jurisdição contenciosa será

formalizada em Auto de Infração, em Auto de Infração e Apreensão ou em Notificação de Lançamento.

Seção II Do Auto de Infração e do Auto de Infração e Apreensão

Art. 25. O Auto de Infração e o Auto de Infração e Apreensão serão lavrados por

servidor competente e conterão, obrigatoriamente:

I – identificação do autuado;

II – local, data e hora de sua lavratura;

III – descrição do fato;

IV – disposição legal infringida e penalidade aplicável;

V – valor do crédito tributário e intimação para recolher ou apresentar impugnação no prazo de até 30 (trinta) dias;

VI – nome e assinatura do autuante, indicação do seu cargo ou função e número da matrícula.

§ 1º Tratando-se de emissão eletrônica, a exigência constante do inciso VI do caput

será disciplinada na forma do regulamento.

§ 2º O Auto de Infração e Apreensão será lavrado quando forem encontrados bens

ou mercadorias que constituam prova material de infração.

§ 3º Indicar-se-á, no Auto de Infração e Apreensão, o local em que serão depositados os bens ou as mercadorias apreendidos, assim como seus valores, se for o

caso.

Subseção I

Da Retenção de Bens ou Mercadorias

Art. 26. Quando houver indícios de infração, os bens ou as mercadorias poderão ser retidos até que seja concluído o correspondente procedimento de fiscalização, sendo o

responsável cientificado da retenção e intimado a prestar as informações necessárias à identificação do sujeito passivo.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 124

§ 1º Constatados os indícios referidos no caput, relativamente a bens e mercadorias

sob responsabilidade de empresa transportadora com inscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CF/DF, a autoridade fiscal poderá determinar que os bens ou as mercadorias sejam retidos nas dependências da transportadora.

§ 2º Os bens ou as mercadorias retidos poderão ser recolhidos ao depósito da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal, nos termos que dispuser o

regulamento.

Art. 27. Serão cobradas do sujeito passivo ou responsável pelos bens ou mercadorias apreendidos ou retidos em depósito da Secretaria de Estado de Fazenda as

despesas de retenção ou apreensão.

§ 1º Consideram-se despesas de retenção ou apreensão aquelas correspondentes

a transporte, carga, descarga, guarda e conservação dos bens ou mercadorias retidos ou apreendidos.

§ 2º Os recursos provenientes da cobrança prevista no caput serão destinados ao Fundo de Modernização e Reaparelhamento da Administração Fazendária – FUNDAF.

Subseção II

Da Liberação de Bens ou Mercadorias

Art. 28. Os bens e mercadorias retidos ou apreendidos serão liberados após a

lavratura do competente Auto de Infração e Apreensão, ainda que pendente o pagamento do imposto e das multas devidos, desde que o infrator:

I – efetue o pagamento das despesas decorrentes da retenção ou da apreensão;

II – esteja regularmente inscrito no CF/DF, ou no Cadastro de Pessoa Física – CPF, ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ da Receita Federal do Brasil.

Parágrafo único. A exigência de que trata o inciso II deste artigo somente poderá ser excepcionada nos seguintes casos:

I – pessoa física em situação cadastral irregular ou com paralisação de atividade

que comprove domicílio no Distrito Federal;

II – pessoa jurídica em situação cadastral irregular ou com paralisação de atividade

que comprove ter qualquer de seus sócios ou titulares domiciliado no Distrito Federal ou que participe como sócio ou titular de empresa regularmente inscrita no CF/DF.

Art. 29. Não serão liberados equipamentos relativos ao registro de operações com

mercadorias ou de prestação de serviços que não se apresentem em condições de atender às formalidades previstas na legislação específica do equipamento Emissor de Cupom Fiscal

– ECF, bem como aqueles encontrados em estabelecimento de contribuinte diverso daquele para o qual foi concedida autorização de uso.

Art. 30. Os bens ou as mercadorias apreendidos e não liberados na forma do art.

28 poderão, por requerimento, ser restituídos antes da decisão definitiva do processo, mediante depósito extrajudicial do valor do crédito constituído, desde que cumprida a

exigência de que trata o art. 28, I.

Art. 31. A critério da autoridade competente, poderá ser nomeado fiel depositário, na forma da lei civil, dos bens e das mercadorias apreendidos.

Subseção III Do Abandono de Bens ou Mercadorias Apreendidos

Art. 32. Considerar-se-ão abandonados os bens ou as mercadorias:

I – se não for impugnado o Auto de Infração e Apreensão no prazo previsto no art. 25, V, nem retirados ou reclamados, nos termos desta Lei, os bens ou as mercadorias

apreendidos no prazo de 30 (trinta) dias contados da apreensão;

II – não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contados do trânsito em julgado da

decisão administrativa contrária ao sujeito passivo;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 125

III – de fácil deterioração cuja liberação não tiver sido promovida no prazo máximo

de 72 (setenta e duas) horas ou, excepcionalmente, em prazo inferior fixado pelo autuante, à vista de sua natureza ou seu estado de conservação;

IV – quando faltarem menos de 30 (trinta) dias para expirar o prazo de validade

dos bens ou das mercadorias, observado o disposto no inciso III deste artigo;

V – não reclamados pelo interessado no prazo de 60 (sessenta) dias após decisão

administrativa ou judicial definitiva favorável ao sujeito passivo;

VI – na impossibilidade de identificação do sujeito passivo.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos I, II, V e VI do caput, os bens ou as mercadorias

poderão ser:

I – incorporados ao patrimônio de órgão ou entidade da Administração do Distrito

Federal ou da União, com precedência da Administração distrital;

II – doados a instituições beneficentes, campanhas públicas de cunho social,

entidades ou órgãos públicos.

§ 2º Nas hipóteses dos incisos III e IV do caput, os bens ou as mercadorias poderão ser distribuídos a órgão ou entidade da Administração do Distrito Federal ou a instituições

sociais sem fins lucrativos.

§ 3º Os bens ou as mercadorias abandonados que não forem objeto de incorporação

ou doação, nos termos do § 1º deste artigo, serão levados a leilão.

Art. 33. O crédito tributário e as despesas com transporte, carga, descarga, guarda e conservação dos bens e das mercadorias retidos ou apreendidos serão extintos

proporcionalmente ao valor:

I – da avaliação dos bens ou das mercadorias incorporados ou doados na forma do

art. 32, §§ 1º e 2º;

II – da arrematação dos bens ou das mercadorias levados a leilão na forma do art. 32, § 3º.

§ 1º O contribuinte não terá direito ao ressarcimento da diferença apurada entre o valor da avaliação dos bens ou das mercadorias incorporados ou doados e o valor do crédito

tributário acrescido das despesas de apreensão, caso aquele seja maior.

§ 2º O contribuinte terá direito ao ressarcimento da diferença apurada entre o valor da arrematação dos bens ou das mercadorias e o valor do crédito tributário acrescido das

despesas de apreensão, transporte, carga, descarga, guarda e conservação, caso aquele seja maior.

§ 3º A autoridade competente terá prazo de 30 (trinta) dias para providenciar:

I – a inscrição em dívida ativa do crédito tributário remanescente não extinto na forma do caput;

II – a retificação da certidão de dívida ativa relativamente ao montante do crédito tributário extinto proporcionalmente nos termos do caput deste artigo;

III – a extinção do processo quando não identificado o sujeito passivo da obrigação tributária.

Art. 34. Ato do Poder Executivo definirá:

I – os critérios e a forma de avaliação dos bens e das mercadorias retidos ou apreendidos;

II – os procedimentos para guarda e depósito de mercadorias e bens sujeitos a tratamento especial, nos termos de legislação específica.

Subseção IV

Da Revelia

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 126

Art. 35. Na hipótese de não ser cumprida ou impugnada a exigência no prazo

fixado no art. 25, V, e verificada a consistência material e formal do Auto de Infração ou do Auto de Infração e Apreensão, a autoridade competente declarará a revelia nos autos do procedimento, em termo próprio.

Seção III Da Notificação de Lançamento

Art. 36. A Notificação de Lançamento será expedida pelo órgão que administra o tributo e conterá, obrigatoriamente:

I – identificação do notificado;

II – data de emissão;

III – disposição legal infringida, se for o caso;

IV – valor do crédito tributário e intimação para recolher ou para apresentar impugnação no prazo de até 30 (trinta) dias;

V – nome e assinatura do chefe do órgão expedidor, ou de servidor autorizado com indicação de cargo ou função e número da matrícula.

§ 1º Tratando-se de emissão eletrônica, a exigência constante do inciso V deste

artigo será disciplinada na forma do regulamento.

§ 2º Tratando-se de tributo sujeito a lançamento anual, a Notificação de

Lançamento efetuada em caráter geral, por meio de edital publicado uma única vez no DODF, conterá:

I – identificação geral dos notificados;

II – data de emissão;

III – data de vencimento;

IV – informações essenciais ao cálculo do tributo;

V – prazo de 30 (trinta) dias para impugnação, contado da publicação;

VI – nome do titular do órgão expedidor ou de servidor autorizado, com indicação

de seu cargo ou função.

§ 3º A Notificação de Lançamento poderá ser utilizada para os tributos diretos, em

qualquer caso, e para os tributos indiretos quando não ocorrer infração à legislação tributária.

TÍTULO IV

DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO CONTENCIOSO

Art. 37. São créditos tributários não contenciosos:

I – aqueles constituídos por intermédio de:

a) Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão, esgotado o prazo fixado no art. 25, V, sem que tenha sido pago o crédito tributário ou tenha sido apresentada

impugnação;

b) Notificação de Lançamento, esgotados os prazos fixados no art. 36, IV e § 2º,

V, sem que tenha sido pago o crédito tributário ou tenha sido apresentada impugnação;

II – aqueles sujeitos a lançamento por homologação, não recolhidos, total ou parcialmente, no prazo estabelecido, declarados pelo contribuinte:

a) por escrituração fiscal eletrônica;

b) em guias de informação e apuração;

c) nos livros fiscais exigidos antes da obrigatoriedade da escrituração fiscal eletrônica.

§ 1º A autoridade competente providenciará a inscrição do crédito tributário de que

trata o inciso I do caput em dívida ativa, com os devidos acréscimos legais, no prazo de

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 127

até 30 (trinta) dias, contados de sua constituição definitiva, sem prejuízo do disposto na

Lei Complementar nº 4, de 30 de dezembro de 1994.

§ 2º Nos casos de que trata o inciso II do caput, a autoridade competente providenciará a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, com os devidos acréscimos

legais, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data estabelecida na legislação para pagamento do tributo declarado ou, para os casos de declaração fora do prazo legal,

a partir do recebimento da declaração.

§ 3º Caso a impugnação não contemple integralmente o ato de constituição do crédito tributário, a autoridade julgadora de primeira instância tomará as providências

necessárias para a inscrição em dívida ativa do crédito tributário incontroverso.

§ 4º A declaração de débito de que trata o inciso II do caput importa confissão de

dívida, ressalvada a possibilidade de retificação prevista no art. 31, parágrafo único, da Lei Complementar nº 4, de 30 de dezembro de 1994.

§ 5º Após a regular inscrição em dívida ativa do crédito tributário a que se refere o inciso II do caput, somente poderá ocorrer retificação de declaração de débito, por iniciativa do sujeito passivo, mediante processo administrativo no qual seja apresentada prova

inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro que a aproveite, do erro que fundamenta essa retificação.

Art. 38. Na hipótese prevista no art. 37, II, c, será expedido, por autoridade competente, Aviso de Lançamento, que, obrigatoriamente, conterá:

I – identificação do contribuinte;

II – data da lavratura;

III – descrição do fato que originou a lavratura;

IV – capitulação legal aplicável;

V – valor total do crédito tributário;

VI – intimação para comprovação do cumprimento da exigência no prazo

regulamentar;

VII – nome, qualificação funcional, matrícula e assinatura da autoridade fiscal

competente.

§ 1º O Aviso de Lançamento será expedido manualmente ou por meio mecânico ou eletrônico.

§ 2º Tratando-se de emissão eletrônica, a exigência constante do inciso VII do caput será disciplinada na forma do regulamento.

TÍTULO V DA JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

CAPÍTULO I

DA IMPUGNAÇÃO

Art. 39. A interposição tempestiva de impugnação pelo sujeito passivo

regularmente intimado da exigência do crédito fiscal inicia o contencioso administrativo fiscal e suspende a exigibilidade do crédito fiscal.

§ 1º A impugnação será dirigida ao titular do órgão responsável pelo lançamento

do tributo.

§ 2º A impugnação conterá:

I – a qualificação do impugnante;

II – os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, acompanhados das provas que se entenderem necessárias;

III – identificação e assinatura do sujeito passivo, de seu representante legal ou mandatário.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 128

§ 3º Com a apresentação de impugnação, opera-se a preclusão consumativa,

exceto quanto:

I – à adução de novas alegações relativas a direito superveniente;

II – à juntada de documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos

ocorridos depois dos articulados, ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos;

III – ao acréscimo de provas que não puderam ser produzidas dentro do prazo,

desde que citadas na peça impugnatória e apresentadas antes da distribuição do processo para análise de primeira instância.

Art. 40. Para elidir a incidência de juros moratórios, é facultado ao sujeito passivo,

em qualquer fase do processo, efetuar o depósito administrativo da totalidade do crédito tributário questionado, atualizado na forma da legislação aplicável e conforme dispuser o

regulamento.

§ 1º Esgotado o prazo para impugnação, sem que ela tenha sido apresentada, ou

após decisão transitada em julgado contrária ao sujeito passivo, o depósito será convertido em renda.

§ 2º Em caso de decisão transitada em julgado favorável ao sujeito passivo, fica-

lhe assegurado o levantamento do depósito administrativo.

Art. 41. É facultado ao sujeito passivo, em qualquer fase do processo, efetuar o

pagamento da parte incontroversa do crédito tributário, à qual será dada quitação.

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA

Art. 42. O juízo de admissibilidade da impugnação contra o lançamento compete

ao titular da unidade responsável pela constituição do crédito tributário.

Parágrafo único. A competência de que trata este artigo poderá ser delegada.

Art. 43. O julgamento administrativo do processo sujeito à jurisdição contenciosa

compete:

I – em primeira instância, ao Subsecretário da Receita;

II – em segunda instância, ao TARF.

§ 1º A competência prevista no inciso I do caput poderá ser delegada.

§ 2º A autoridade julgadora formulará o julgamento do processo plenamente

vinculado à legislação tributária, restringindo-se à matéria impugnada.

§ 3º A competência fixada neste artigo exclui:

I – a apreciação quanto à constitucionalidade;

II – a apreciação de conflito entre lei tributária distrital e lei de outra natureza;

III – a aplicação da equidade.

CAPÍTULO III DA ADMISSIBILIDADE

Art. 44. Será proferido, nos termos do regulamento, juízo de admissibilidade da impugnação contra o lançamento, o qual compreenderá a verificação dos requisitos constantes do art. 39, caput e § 2º.

§ 1º Será reaberto prazo para apresentação de impugnação contra o lançamento se, em razão do juízo de admissibilidade, houver agravamento da exigência.

§ 2º No caso de inadmissibilidade de impugnação contra o lançamento:

I – o interessado será cientificado na forma do art. 11;

II – caberá o recurso previsto no art. 110.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 129

CAPÍTULO IV

DO JULGAMENTO

Art. 45. Admitida a impugnação contra o lançamento, os autos do processo serão encaminhados, no prazo de 5 (cinco) dias, à autoridade julgadora de primeira instância,

que terá até 30 (trinta) dias para decidir, a contar da distribuição dos autos para elaboração de relatório e parecer.

§ 1º Não sendo proferida decisão de primeira instância no prazo legal, nem convertido o julgamento em diligência, o Presidente do TARF poderá avocar o processo mediante requerimento do interessado.

§ 2º Em caso de avocação, competirá ao TARF, por intermédio de uma de suas Câmaras, o julgamento do processo.

Art. 46. No julgamento em que for decidida questão preliminar, será também decidido o mérito, salvo quando incompatíveis, observado o disposto no art. 105, § 5º.

Art. 47. Na apreciação dos autos, a autoridade julgadora poderá formular quesitos ao autuante, cuja manifestação será obrigatória, observado o disposto no art. 7º.

Art. 48. O autuante ou servidor designado poderá rever os seus atos antes de

prolatada a decisão de primeira instância, observando-se o disposto na legislação tributária e sendo dada ciência ao diretor da área.

Art. 49. A decisão da autoridade julgadora de primeira instância conterá os fundamentos legais e a ordem de intimação e mencionará o relatório e o parecer acolhidos.

Art. 50. As inexatidões materiais da decisão poderão ser corrigidas de ofício ou por

requerimento do sujeito passivo.

CAPÍTULO V

DO RECURSO

Art. 51. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo caberá recurso voluntário, com efeito suspensivo, ao TARF, no prazo de até 30 (trinta) dias

contados da ciência.

Art. 52. A autoridade julgadora de primeira instância encaminhará os autos para

reexame necessário, no prazo de até 30 (trinta) dias, ao TARF, se a decisão exonerar o sujeito passivo de crédito tributário de valor superior a R$10.000,00 (dez mil reais), que será monetariamente atualizado na forma da legislação específica.

§ 1º O despacho de encaminhamento constará da decisão.

§ 2º Se a autoridade julgadora deixar de encaminhar os autos, cumpre a servidor

que tomar conhecimento do fato providenciar a remessa ao TARF.

§ 3º A decisão somente produzirá efeitos após confirmada pelo TARF.

§ 4º Para os efeitos de reexame necessário, não constitui exoneração de

pagamento a revisão de atos descritos no art. 48 da qual decorra desobrigação, total ou parcial, do sujeito passivo.

§ 5º Não será objeto de reexame necessário a decisão que resultar na diminuição total ou parcial do crédito tributário em decorrência da comprovação inequívoca de pagamento efetuado pelo sujeito passivo.

Art. 53. O disposto neste título não se aplica à exigência de crédito tributário decorrente de imposto escriturado e não recolhido no prazo regulamentar, ou recolhido a

menor, declarado pelo contribuinte em guias de informação e apuração, nos livros fiscais próprios ou por escrituração fiscal eletrônica.

CAPÍTULO VI

DA DESISTÊNCIA E DA RENÚNCIA

Art. 54. O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, a extinção

de crédito fiscal por qualquer de suas modalidades, ou a propositura, pelo contribuinte, contra a Fazenda Pública do Distrito Federal, de ação judicial sobre o mesmo objeto

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 130

caracteriza renúncia ao direito de recorrer ou desistência do processo administrativo fiscal

de jurisdição contenciosa.

Parágrafo único. A existência de processo judicial não impede o prosseguimento do julgamento administrativo relativamente a matéria não contemplada na ação judicial.

TÍTULO VI DA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA

CAPÍTULO I DO PROCESSO DE CONSULTA

Art. 55. Ao sujeito passivo é facultado formular consulta à autoridade fiscal em

caso de dúvida sobre a interpretação ou a aplicação da legislação tributária do Distrito Federal a determinada situação de fato, relacionada a tributo do qual seja contribuinte

inscrito no Cadastro Fiscal do Distrito Federal ou pelo qual seja responsável.

Parágrafo único. A faculdade prevista neste artigo estende-se aos órgãos da

Administração Pública e às entidades representativas das categorias econômicas ou profissionais, relativamente às atividades desenvolvidas por seus representados.

Art. 56. A consulta deverá conter:

I – identificação do consulente;

II – instrumento de procuração, se for o caso;

III – declaração de que a matéria consultada não versa sobre objeto de decisão anterior, proferida em processo contencioso ou não, em que tenha sido parte o consulente;

IV – descrição clara e objetiva da dúvida e elementos imprescindíveis a sua solução;

V – outros documentos e informações especificados em ato do Poder Executivo.

§ 1º A consulta deverá referir-se a uma só matéria, admitindo-se a cumulação

somente de questões conexas.

§ 2º Somente serão recebidas as consultas que atendam ao disposto nos incisos I, II, III e V do caput.

§ 3º O regulamento disporá sobre as formas de apresentação da consulta.

Art. 57. Não será admitida consulta:

I – em desacordo com o disposto no art. 55 e no art. 56, III;

II – que verse sobre assunto estranho à atividade desenvolvida pelo consulente ou pelos representados a que se refere o art. 55, § 1º;

III – formulada por quem esteja:

a) intimado a cumprir obrigação relativa ao objeto da consulta;

b) submetido a ação fiscal.

§ 1º Caberá ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal expedir Declaração de Inadmissibilidade de Consulta, sem análise de

mérito, especificando o motivo que lhe tenha dado causa.

§ 2º A competência a que se refere o § 1º deste artigo poderá ser delegada.

Art. 58. Será considerada ineficaz a consulta sobre fato:

I – definido ou declarado em disposição literal de legislação;

II – disciplinado em ato normativo, inclusive em Solução de Consulta, ou orientação

publicados antes de sua apresentação.

§ 1º Caberá ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda do

Distrito Federal expedir Declaração de Ineficácia de Consulta, especificando os respectivos motivos.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 131

§ 2º A declaração a que se refere o § 1º deste artigo, se acrescida de orientação

ao consulente, poderá, a juízo da autoridade julgadora, ser publicada no DODF.

§ 3º Da decisão pela ineficácia de consulta não cabe recurso.

§ 4º A competência a que se refere o § 1º deste artigo poderá ser delegada.

§ 5º Será considerada ineficaz a consulta que apresente falsidade na declaração a que se refere o art. 56, III.

Art. 59. A decisão em processo de consulta compete:

I – em primeira instância, ao Subsecretário da Receita;

II – em segunda instância, ao Secretário de Estado de Fazenda.

§ 1º As competências de que tratam os incisos I e II deste artigo poderão ser delegadas.

§ 2º A autoridade poderá, a qualquer tempo, rever a decisão de que trata este artigo, hipótese em que a decisão anterior será expressamente revogada.

§ 3º A revisão a que se refere o § 2º deste artigo produzirá os efeitos previstos nos art. 60.

Art. 60. A decisão em processo de consulta será publicada no DODF e terá eficácia

normativa após seu trânsito em julgado.

Parágrafo único. A decisão transitada em julgado constitui-se norma

complementar, nos termos do art. 100, II, do Código Tributário Nacional, e vincula os órgãos administrativos.

Art. 61. O sujeito passivo não será submetido a procedimento fiscal ou compelido

a cumprir obrigação tributária principal ou acessória relativos à matéria consultada, desde a data de protocolo da consulta até:

I – a ciência em Declaração de Inadmissibilidade de Consulta;

II – a ciência em Declaração de Ineficácia de Consulta;

III – o trânsito em julgado da decisão em processo de consulta eficaz.

Parágrafo único. O disposto neste artigo e no caput do seguinte, nos casos de consultas formuladas por entidades representativas das categorias econômicas ou

profissionais, não se aplica aos representados que não atendam ao disposto no art. 57, III.

Art. 62. Não incidirão juros de mora ou multa de mora relativos à matéria consultada enquanto inexistir trânsito em julgado em processo de consulta, desde que

protocolizada antes do vencimento da obrigação.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a consulta declarada

inadmissível ou ineficaz.

Art. 63. Da decisão de primeira instância caberá recurso voluntário, com efeito suspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados de sua publicação.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a consulta declarada inadmissível ou ineficaz.

CAPÍTULO II DO PROCESSO DE RECONHECIMENTO DE BENEFÍCIO FISCAL DE CARÁTER NÃO

GERAL

Art. 64. O reconhecimento de benefícios fiscais de caráter não geral dependerá de requerimento formulado pelo interessado ou por seu representante, no qual se comprovem

os requisitos legais exigidos.

§ 1º Os benefícios fiscais poderão ser reconhecidos a partir de dados cadastrais fornecidos por órgãos da administração pública direta ou indireta.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 132

§ 2º O benefício relativo a tributo lançado por período certo de tempo, uma vez

reconhecido, poderá surtir efeitos para períodos posteriores enquanto perdurarem as razões que o fundamentaram.

Art. 65. A decisão deverá ser proferida no prazo de até 90 (noventa) dias, contados

do recebimento do pedido pelo setor responsável pela análise.

Art. 66. Os beneficiários são obrigados a comunicar à administração tributária

qualquer alteração das condições exigidas para a concessão do benefício no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data da ocorrência.

Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput ensejará a cobrança do

tributo atualizado monetariamente, com os acréscimos legais, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, quando for o caso.

Art. 67. O reconhecimento de benefícios fiscais de caráter não geral se dará por Ato Declaratório ou por Despacho de Reconhecimento, na forma da legislação.

Art. 68. O benefício fiscal será cassado sempre que se verificar o descumprimento das condições para a sua fruição.

Art. 69. A decisão sobre o processo de reconhecimento de benefícios fiscais de que

trata este Capítulo compete:

I – ao Subsecretário da Receita, em primeira instância;

II – ao TARF, em segunda instância.

§ 1º A competência de que trata o inciso I do caput poderá ser delegada.

§ 2º A autoridade e o órgão de que trata o caput poderão determinar a realização

das diligências que se fizerem necessárias.

Art. 70. Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo,

ao TARF, no prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência.

Parágrafo único. Terá efeito suspensivo o recurso contra a decisão que altere, casse ou anule benefício fiscal.

CAPÍTULO III DO PROCESSO DE AUTORIZAÇÃO DE ADOÇÃO DE REGIME ESPECIAL

Art. 71. A adoção de regime especial de emissão e escrituração de documentos fiscais e de apuração e recolhimento de obrigação tributária, com o objetivo de facilitar o cumprimento das obrigações fiscais, poderá ser autorizada, mediante requerimento do

interessado na forma que dispuser o regulamento.

Art. 72. A decisão em processo de autorização de adoção de regime especial

compete:

I – ao Subsecretário da Receita, em primeira instância;

II – ao TARF, em segunda instância.

Parágrafo único. A competência de que trata o inciso I do caput poderá ser delegada.

Art. 73. A decisão deverá ser proferida no prazo de 90 (noventa) dias, contados do recebimento do pedido pelo setor responsável pela análise.

Art. 74. Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo,

ao TARF, no prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência.

Parágrafo único.A critério da autoridade julgadora de segunda instância, nos casos

de cassação ou alteração do regime especial, poderá ser concedido efeito suspensivo ao recurso, se a decisão acatada for suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação.

CAPÍTULO IV DO PROCESSO DE RESTITUIÇÃO

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 133

Art. 75. O sujeito passivo tem direito, independentemente de protesto prévio, à

restituição total ou parcial do tributo, atualizado monetariamente, nos seguintes casos:

I – recolhimento de tributo indevido, ou maior que o devido;

II – erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável,

no cálculo do montante do débito, ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

III – reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão contrária ao contribuinte.

Parágrafo único. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter

formal não prejudicadas pela causa da restituição.

Art. 76. O deferimento da restituição fica subordinado à prova de pagamento

indevido e ao fato de não haver sido o valor do tributo recebido de outrem ou transferido a terceiros.

§ 1º O terceiro que faça prova de haver suportado o encargo financeiro do tributo recolhido a maior ou em duplicidade sub-roga-se no direito à restituição respectiva.

§ 2º Na hipótese de recolhimento em duplicidade, salvo prova em contrário, terá

preferência na restituição o contribuinte cujo nome conste do Documento de Arrecadação – DAR.

Art. 77. Não será restituída a multa ou parte da multa recolhida anteriormente à vigência de lei que abolir ou diminuir a pena fiscal.

Art. 78. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de

5 (cinco) anos, contados:

I – da data da extinção do crédito tributário, nas hipóteses do art. 75, I e II;

II – da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou transitar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória, na hipótese do do art. 75, III.

Art. 79. A restituição será feita mediante compensação, nas modalidades de estorno contábil ou compensação financeira, ou ainda em moeda corrente.

Art. 80. A restituição em moeda corrente será feita na hipótese de recolhimento indevido de:

I – tributos diretos;

II – tributos indiretos, quando o titular do direito for contribuinte:

a) autônomo do ISS;

b) não inscrito no CF/DF;

c) optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES

NACIONAL, quanto aos tributos de competência do Distrito Federal, sem prejuízo da regulamentação específica do Comitê Gestor do Simples Nacional – CGSN, com fundamento

no art. 21, § 5º, da Lei Complementar federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Art. 81. A compensação financeira terá precedência à restituição em moeda corrente na hipótese de restituição de recolhimento indevido a contribuinte em débito de

natureza tributária para com a Fazenda Pública do Distrito Federal.

Parágrafo único. A compensação financeira se fará nos termos de legislação

específica.

Art. 82. O recolhimento indevido de impostos indiretos por contribuinte inscrito no CF/DF será compensado por meio do estorno contábil, na forma de crédito fiscal a ser

utilizado nos períodos subsequentes, ressalvado o disposto no art. 80.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 134

Art. 83. O saneamento do processo de restituição compete à autoridade designada

em ato do Poder Executivo e será concluído no prazo de 60 (sessenta) dias.

Art. 84. A decisão em processo de restituição se dará no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento do processo pela autoridade julgadora, e compete:

I – ao Subsecretário da Receita, em primeira instância;

II – ao TARF, em segunda instância.

§ 1º A competência de que trata o inciso I do caput poderá ser delegada.

§ 2º Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias contados de sua publicação.

CAPÍTULO V DA DESISTÊNCIA E DA RENÚNCIA

Art. 85. Caracteriza renúncia ao direito de recorrer ou desistência do processo administrativo fiscal de jurisdição voluntária a propositura pelo contribuinte contra a

Fazenda Pública do Distrito Federal de ação judicial com o mesmo objeto.

TÍTULO VII DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

CAPÍTULO I DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA

Art. 86. O TARF é integrado por quatorze conselheiros efetivos e igual número de suplentes, de reconhecida competência e possuidores de conhecimentos especializados em assuntos tributários, sendo sete representantes da Fazenda do Distrito Federal e sete

representantes dos contribuintes, todos nomeados pelo Governador do Distrito Federal para mandato de 3 (três) anos, admitida uma única recondução, a critério da autoridade

competente.

§ 1º Os representantes dos contribuintes e respectivos suplentes serão escolhidos dentre lista tríplice apresentada pelas entidades representativas do comércio, da indústria,

dos proprietários de imóveis, dos transportes, das instituições de ensino, dos serviços, da comunicação e da agricultura.

§ 2º Os representantes do Distrito Federal serão escolhidos dentre servidores integrantes da carreira Auditoria Tributária do Distrito Federal, com, no mínimo, cinco anos de efetivo exercício, mediante lista tríplice resultante de processo seletivo interno, na forma

estabelecida em regulamento aprovado pelo Secretário de Estado de Fazenda.

Art. 87. O TARF elegerá seu Presidente e Vice-Presidente para um mandato de 1

(um) ano, dentre os Conselheiros efetivos, observando-se que o Presidente será escolhido dentre os Conselheiros representantes do Distrito Federal, e o Vice-Presidente dentre os Conselheiros dos contribuintes.

Art. 88. O TARF funcionará com duas Câmaras e um Pleno.

§ 1º O Pleno funcionará composto pela totalidade dos Conselheiros, sendo vedado

o direito a voto do Vice-Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

§ 2º As Câmaras funcionarão com a seguinte composição:

I – Primeira Câmara, com o presidente do Tribunal, três representantes do Distrito

Federal e três dos contribuintes;

II – Segunda Câmara, com o vice-presidente do Tribunal, três representantes do

Distrito Federal e três dos contribuintes.

§ 3º O Pleno e a Primeira Câmara serão presididos pelo Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

§ 4º A Segunda Câmara será presidida pelo Vice-Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 135

§ 5º As decisões do Tribunal Pleno e das Câmaras serão tomadas por maioria de

votos, cabendo ao respectivo Presidente o voto de qualidade.

Art. 89. Ao TARF compete julgar em segunda instância os processos administrativos fiscais de jurisdição:

I – contenciosa;

II – voluntária de reconhecimento de benefícios fiscais de caráter não geral, de

autorização de adoção de regime especial de interesse do contribuinte e de restituição.

Parágrafo único. A competência para julgamento dos processos administrativos fiscais de jurisdição voluntária será exercida por intermédio do Pleno do TARF.

Art. 90. O Presidente do TARF não receberá o recurso se:

I – for intempestivo;

II – a decisão de primeira instância ou cameral estiver em plena conformidade com enunciado de súmula desse Tribunal.

Parágrafo único. O disposto no inciso II do caput aplica-se às decisões sujeitas ao reexame necessário.

Art. 91. A Fazenda Pública será representada junto ao TARF por integrantes da

carreira de Procurador do Distrito Federal.

Parágrafo único. A falta de comparecimento à sessão de julgamento de

representante da Fazenda Pública não é obstáculo para que a decisão seja proferida.

Art. 92. O julgamento no TARF se fará em conformidade com o disposto nesta Lei e em seu Regimento Interno.

§ 1º O Conselheiro relator e o representante da Fazenda Pública terão o prazo de até 30 (trinta) dias para fazerem conclusos os processos que lhes forem distribuídos.

§ 2º O pedido de vista não impede que os Conselheiros que se sintam habilitados possam votar.

§ 3º O Conselheiro que formular o pedido de vista restituirá os autos ao Presidente,

no prazo de 10 (dez) dias, contados da data do recebimento.

§ 4º A realização de diligências interrompe a contagem dos prazos fixados neste

artigo.

§ 5º As decisões do Pleno e das Câmaras serão tomadas por maioria de votos, cabendo ao respectivo Presidente o voto de qualidade.

Art. 93. O TARF poderá analisar o mérito ainda que a autoridade julgadora de primeira instância não o tenha feito, desde que se verifiquem nos autos elementos que

possibilitem o julgamento do recurso, sem retorno à primeira instância.

Art. 94. Dos atos do Presidente do TARF ou dos Presidentes das Câmaras cabe recurso ao Pleno, no prazo de 10 (dez) dias, contados da sua ciência.

Art. 95. Ocorrendo impedimento de Conselheiro, quando não declarado tempestivamente, pode a parte opor-lhe exceção.

§ 1º A exceção será arguida:

I – no prazo de 10 (dez) dias, contados da data da publicação no DODF da ata da sessão em que se der a distribuição do processo, se o arguido for o Conselheiro Relator;

II – na sessão de julgamento do processo, no momento próprio para sustentação oral, se outro Conselheiro for o arguido.

§ 2º Na hipótese do § 1º, II, deste artigo, se a exceção for acolhida, o julgamento do processo será adiado para a sessão subsequente.

Art. 96. Da decisão omissa, contraditória ou obscura cabem embargos de

declaração, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do acórdão.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 136

§ 1º Não serão conhecidos, e a sua oposição não interromperá o prazo para

interposição de outros recursos, os embargos que forem apresentados após o prazo previsto no caput.

§ 2º Na hipótese de embargos manifestamente protelatórios, a autoridade

julgadora ou o TARF conhecerá o recurso e consignará na decisão que subsequentes embargos com o mesmo objeto não serão conhecidos e não interromperão o prazo para

interposição de outros recursos.

CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS DOS PROCESSOS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

Art. 97. Da decisão da Câmara desfavorável à Fazenda Pública ou ao contribuinte em processo de jurisdição contenciosa, cabe recurso extraordinário ao Pleno no prazo de

20 (vinte) dias, contados da data da publicação do acórdão, nas seguintes hipóteses:

I – quando a decisão não for unânime;

II – quando a decisão, proferida com o voto de desempate do Presidente, for contrária à legislação ou à evidência dos autos;

III – quando a decisão, embora unânime, divergir de outras decisões das Câmaras

ou do Pleno do TARF quanto à interpretação do direito em tese, ou deixar de apreciar matéria de fato ou de direito que lhe tiver sido submetida.

Parágrafo único. Na hipótese de recurso interposto pela Representação Fazendária, será aberto prazo de 20 (vinte) dias, a contar da publicação da admissibilidade no DODF, para o contribuinte apresentar suas contrarrazões.

Art. 98. O Presidente da Câmara, na ausência de interposição de recurso extraordinário por parte da Fazenda Pública, encaminhará os autos do processo de

jurisdição contenciosa ao Pleno para reexame necessário, no prazo de 20 (vinte) dias, se a decisão, não unânime, exonerar o sujeito passivo de crédito tributário de valor superior a R$30.000,00 (trinta mil reais), que será atualizado na forma da legislação específica.

§ 1º Se o Presidente da Câmara deixar de encaminhar os autos, cumpre a servidor que do fato tomar conhecimento providenciar a remessa ao Pleno.

§ 2º O acórdão somente produzirá efeitos após confirmado pelo Pleno.

CAPÍTULO III DO ENUNCIADO DE SÚMULA DO TARF

Art. 99. Compete ao Pleno do TARF, por iniciativa de seu Presidente, do Subsecretário da Receita ou do representante da Fazenda Pública, editar enunciado de

súmula de suas reiteradas decisões.

§ 1º As decisões proferidas em pelo menos seis julgamentos em meses diversos poderão ser objeto de enunciado de súmula se oriundas das Câmaras, desde que unânimes,

ou do Pleno do TARF, ainda que por maioria.

§ 2º A decisão pela edição de enunciado de súmula será tomada por maioria de

votos dos Conselheiros que integram o Pleno do TARF.

Art. 100. O enunciado de súmula, a partir da data de sua publicação no DODF, terá efeito vinculante em relação aos órgãos julgadores e aos demais órgãos da

administração tributária do Distrito Federal.

§ 1º O enunciado de súmula poderá ser revisto ou cancelado mediante solicitação

das autoridades previstas no art. 96, caput, obedecidos os procedimentos previstos para a sua edição.

§ 2º A revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula produzirá efeitos na

data de sua publicação no DODF.

TÍTULO VIII

DA EXECUÇÃO DAS DECISÕES NA JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 137

Art. 101. A decisão definitiva contrária ao sujeito passivo deverá ser cumprida no

prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da data de ciência dessa condição pelo interessado, por meio de intimação.

§ 1º Na hipótese de não ser cumprida a exigência no prazo de que trata o caput

deste artigo, a autoridade competente terá o prazo de até 30 (trinta) dias para providenciar a inscrição do débito em Dívida Ativa.

§ 2º No caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cumpre à autoridade julgadora ou ao servidor designado exonerá-lo de ofício dos gravames decorrentes do contencioso fiscal, no prazo máximo de 20 (vinte) dias da ciência do interessado.

TÍTULO IX DA EFICÁCIA DAS DECISÕES

Art. 102. São definitivas as decisões:

I – de primeira instância, quando esgotado o prazo para recurso voluntário;

II – de segunda instância, se não couber recurso ou, quando couber, não tiver sido interposto no prazo.

Parágrafo único. São também definitivas as decisões de primeira instância quanto

à parte que não for objeto de recurso voluntário ou que não estiver sujeita ao reexame necessário.

TÍTULO X DAS NULIDADES

Art. 103. São inválidos os atos que desatendam os pressupostos legais e

regulamentares ou os princípios da Administração, especialmente nos casos de:

I – incompetência;

II – vício de forma;

III – ilegalidade do objeto;

IV – inexistência de motivo;

V – desvio de finalidade.

Art. 104. A motivação indicará as razões que justifiquem a edição do ato,

especialmente a regra de competência, os fundamentos de fato e de direito e a finalidade objetivada.

Parágrafo único. A motivação do ato no procedimento administrativo poderá

consistir na remissão a pareceres ou manifestações nele proferidos.

Art. 105. A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou por provocação

do interessado, salvo quando:

I – da irregularidade não resultar qualquer prejuízo;

II – forem passíveis de convalidação.

§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam consequência dele.

§ 2º A autoridade competente declarará a nulidade, especificando se decorrente de vício formal ou material, mencionando expressamente os atos alcançados e determinando, se for o caso, as providências necessárias ao prosseguimento ou à solução do processo,

nos termos do regulamento.

§ 3º As irregularidades, incorreções ou omissões que possam acarretar prejuízo

serão sanadas, de ofício ou por requerimento, quando o sujeito passivo não lhes houver dado causa ou quando não influírem no julgamento do processo, não ensejando, nestes casos, a nulidade do ato respectivo.

§ 4º Na hipótese do § 3º deste artigo, tratando-se de ato de formalização de exigência, as irregularidades, incorreções ou omissões não acarretarão a nulidade do ato

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 138

se dele constarem elementos suficientes para determinar com segurança a natureza da

infração e a pessoa do infrator.

§ 5º Quando puder decidir a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora proferirá a decisão de mérito.

Art. 106. A Administração poderá convalidar seus atos nos casos de:

I – vício de competência, desde que a convalidação seja feita pela autoridade

titulada para a prática do ato e não se trate de competência indelegável;

II – vício formal, desde que o ato possa ser suprido de modo eficaz.

§ 1º Não será admitida a convalidação quando dela resultar prejuízo à

Administração ou a terceiros ou quando se tratar de ato impugnado.

§ 2º A convalidação será sempre formalizada por ato motivado.

TÍTULO XI DOS ATOS NORMATIVOS

Art. 107. Compete à Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito Federal expedir atos de orientação, normatização, interpretação e aplicação da legislação tributária, nos termos do regulamento.

TÍTULO XII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 108. Das decisões proferidas nos processos normatizados nesta Lei não cabe pedido de reconsideração, ressalvada a faculdade da autoridade prolatora de reconsiderar a decisão.

Art. 109. Os recursos das decisões em processo de jurisdição voluntária serão dirigidos à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5

(cinco) dias, encaminhará os autos à segunda instância.

Art. 110. Salvo disposição específica, das decisões no âmbito da Administração Tributária cabe recurso do interessado, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência, em

face de razões de legalidade e de mérito.

§ 1º O recurso previsto no caput não é cabível em relação às decisões proferidas

em segunda instância ou para as quais a legislação preveja instância única.

§ 2º A decisão relativa ao recurso de que trata o caput fará coisa julgada administrativa.

§ 3º O recurso de que trata este artigo será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias, o encaminhará à

autoridade superior, quando cabível.

Art. 111. Os autos de processo que verse sobre infração à legislação tributária somente serão arquivados após decisão final.

Art. 112. Ficam mantidos os cargos de Conselheiro criados anteriormente a esta Lei, acrescidos de mais quatro, para ajuste da composição de que trata o art. 86.

Parágrafo único. Fica mantida a remuneração dos cargos de Conselheiro representante da Fazenda do Distrito Federal, correspondente ao de cargo em comissão, símbolo DFA-14.

Art. 113. O Governador do Distrito Federal completará a composição do TARF, no prazo de 90 (noventa) dias contados da entrada em vigor desta Lei.

Parágrafo único. Ficam mantidos os mandatos remanescentes dos atuais Conselheiros do TARF, findos os quais as novas nomeações se darão na forma desta Lei.

Art. 114. Permanecem em vigor as disposições legais relativas ao processo

administrativo de exigência de multas não relacionadas com o descumprimento de obrigações tributárias.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 139

Art. 115. O Governador do Distrito Federal deve proceder, sem aumento de

despesa, ao remanejamento de cargos da Secretaria de Estado da Fazenda para complementar o quadro de conselheiros remunerados na forma do art. 112.

Art. 116. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei os conceitos e princípios

estabelecidos no Código Tributário Nacional, bem como as normas do processo administrativo e do processo administrativo fiscal no âmbito da Administração Pública

Federal e as da legislação processual civil e penal.

Art. 117. Todas as remissões, em diplomas legislativos vigentes, aos dispositivos revogados pelo art. 120, consideram-se feitas às disposições correspondentes desta Lei.

Art. 118. Aplica-se esta Lei aos processos em curso, nos termos do regulamento.

§ 1º O disposto nesta Lei não prejudicará a validade dos atos praticados na vigência

da legislação anterior.

§ 2º Não se modificarão os prazos iniciados antes da entrada em vigor desta Lei.

Art. 119. Esta Lei deve ser regulamentada no prazo de noventa dias, contados da data de sua publicação.

Art. 120. Revogam-se as disposições em contrário, em especial:

I – a Lei nº 657, de 25 de janeiro de 1994;

II – o art. 4º da Lei nº 989, de 18 de dezembro de 1995;

III – a Lei nº 1.080, de 15 de maio de 1996;

IV – a Lei nº 1.506, de 3 de julho de 1997;

V – a Lei nº 3.427, de 4 de agosto de 2004;

VI – a Lei nº 3.497, de 8 de dezembro de 2004.

Art. 121. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação e produz efeitos,

naquilo que depender de regulamentação, noventa dias depois de publicada.

Brasília, 9 de maio de 2011 123º da República e 52º de Brasília

AGNELO QUEIROZ

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, de 11/05/2011.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 140

DECRETO Nº 33269/2011 – REGULAMENTA a LEI 4567/2011 PAF

(Autoria do Projeto: Poder Executivo)

PUBLICAÇÃO DODF nº 203, de 19/10/11 – Págs. 7 a 17

DEC 33.269/2011 DE 18 DE OUTUBRO DE 2011

REGULAMENTA A 4567/2011

PROCEDIMENTO FISCAL

Regulamenta a Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011, que dispõe sobre

o processo administrativo fiscal, contencioso e voluntário, no âmbito

do Distrito Federal.

DECRETO Nº 33.269, DE 18 DE OUTUBRO DE 2011. Publicado no DODF nº 203, de 19/10/11 – Págs. 7 a 17.

Decreto nº 33.553, de 1º/3/12 – DODF de 2/3/12 – Alterações. ÍNDICE analítico DO REGULAMENTO DO PAF TÍTULO I – Das Disposições Gerais (Do art.1º ao 2º)

TÍTULO II – Dos Atos Processuais CAPÍTULO I – Das Disposições Preliminares (Do art.3º ao 6º)

CAPÍTULO II – Dos Prazos (Do art.7º ao 10) CAPÍTULO III – Da Intimação (art.11 ao 12) CAPÍTULO IV – Dos Impedimentos e da Suspeição (art.13 ao 16)

TÍTULO III – Do Procedimento Administrativo Fiscal CAPÍTULO I – Das Disposições Gerais

Seção I – Das Ações Fiscais (art. 17 ao 19) Seção II – Do Início do Procedimento Administrativo Fiscal (art. 20) Seção III – Da Exclusão da Espontaneidade (art. 21)

Seção IV – Dos Atos de Monitoramento (art. 22) Seção V – Da Ordem de Serviço (Do art. 23 ao 24)

Seção VI – Dos Termos De Fiscalização (Do art. 25 ao 31) CAPÍTULO II – Do Crédito Tributário Sujeito à Jurisdição Contenciosa Seção I – Do Auto de Infração e do Auto de Infração e Apreensão

Subseção I – Das Disposições Preliminares (Do art. 32 ao 33) Subseção II – Da Apreensão de Bens e Mercadorias (Do art. 34 ao 35)

Subseção III – Da Retenção de Bens e Mercadorias (art. 36) Subseção IV – Da Cobrança de Despesas de Apreensão (art. 37) Subseção V – Da Liberação de Bens e Mercadorias (Do art. 38 ao 41)

Subseção VI – Do Abandono, Da Avaliação e da Destinação dos Bens e Mercadorias Apreendidas (Do art. 42 ao 48)

Seção II – Da Notificação de Lançamento (art. 49) TÍTULO IV – Do Crédito Tributário Não Contencioso (Do art. 50 a 52) TÍTULO V – Da Jurisdição Contenciosa

CAPÍTULO I – Da Impugnação (Do art. 53 ao 58) CAPÍTULO II – Do Juízo de Admissibilidade Da Impugnação (Do art. 59 ao 60)

CAPÍTULO III – Da Competência Para Julgamento (art. 61) CAPÍTULO IV – Do Julgamento de Primeira Instância (art. 62 ao 68)

CAPÍTULO V – Do Recurso (art. 69 ao 71) CAPÍTULO VI – Da Desistência e da Renúncia (art. 72) TÍTULO VI – Da Jurisdição Voluntária

CAPÍTULO I – Do Processo de Consulta (art. 73) Seção I – Do Pedido (art. 74)

Seção II – Do Saneamento Processual (art. 75) Seção III – Da Inadmissibilidade da Consulta (art. 76) Seção IV – Da Consulta Ineficaz (art. 77)

Seção V – Da Consulta Eficaz (Do art. 78 ao 80) Seção VI – Dos Efeitos da Consulta (Do art. 81 ao 82)

CAPÍTULO II – Do Processo de Reconhecimento de Benefício Fiscal de Caráter não Geral Seção I – Do Pedido (Do art. 83 ao 88)

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 141

Seção II – Do Reconhecimento de Imunidade (Do art. 89 ao 92)

Seção III – Das Obrigações dos Beneficiários (art. 93) Seção IV – Da Decisão (Do art. 94 ao 98) CAPÍTULO III – Do Processo de Autorização de Adoção de Regime Especial

Seção I – Do Pedido (Do art. 99 ao 100) Seção II – Da Decisão (Do art. 101 ao 103)

Seção III – Das Disposições Gerais (Do art. 104 ao 110) CAPÍTULO IV – Do Processo de Restituição Seção I – Das Disposições Preliminares (Do art. 111 ao 114)

Seção II – Do Pedido (art. 115) Seção III – Do Saneamento e da Análise Processual (art. 116)

Seção IV – Das Modalidades de Restituição (Do art. 117 ao 120) Seção V – Da Decisão (art. 121)

TÍTULO VII – Do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais CAPÍTULO I – Da Composição e da Competência (Do art. 123 ao 134) CAPÍTULO II – Das Disposições Especiais dos Processos de Jurisdição Contenciosa (Do art.

135 ao 136) CAPÍTULO III – Do Enunciado de Súmula do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais

(Do art. 137 ao 138) TÍTULO VIII – Da Prioridade na Tramitação de Processos (art. 139) TÍTULO IX – Das Diligências e da Perícia (Do art. 140 ao 142)

TÍTULO X – Da Execução das Decisões na Jurisdição Contenciosa (art. 143) TÍTULO XI – Da Eficácia das Decisões (art. 144)

TÍTULO XII – Das Nulidades (Do art. 145 ao 148) TÍTULO XIII – Dos Atos Normativos (art. 149) TÍTULO XIV – Das Disposições Finais e Transitórias (Do art. 150 ao 161)

Regulamenta a Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011, que dispõe sobre o processo

administrativo fiscal, contencioso e voluntário, no âmbito do Distrito Federal. O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o

artigo 100, inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e tendo em vista o disposto na Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011, DECRETA:

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Este Decreto regulamenta o Processo Administrativo Fiscal – PAF, de jurisdição

contenciosa e voluntária, no âmbito do Distrito Federal, de que trata a Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011.

Art. 2º A Administração Fazendária obedecerá, entre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público, eficiência, publicidade, impessoalidade,

instrumentalidade das formas, duração razoável do processo e devido processo legal.

TÍTULO II

DOS ATOS PROCESSUAIS CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 3º Os atos serão públicos, exceto quando o sigilo se impuser por motivo de ordem

pública, caso em que será assegurada a participação do sujeito passivo.

Art. 4º Compete ao Secretário de Estado de Fazenda dispor sobre o uso de meio eletrônico nos procedimentos e processos administrativos fiscais, em especial quanto à autuação por

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 142

meio eletrônico, à comunicação de atos e à transmissão e apresentação de documentos e

peças processuais. Parágrafo único. A competência a que se refere o caput poderá ser delegada.

Art. 5º Ao intimado é facultada vista dos autos, em qualquer fase do processo, vedada a sua retirada da repartição.

§ 1º É assegurada ao intimado a obtenção de cópias dos autos, mediante pagamento, nos termos da legislação específica. § 2º Estando o processo, no âmbito da unidade ou órgão responsável pelo julgamento,

na situação de distribuído ou concluso, não se aplica o disposto no § 1º.

Art. 6º A intervenção do sujeito passivo far-se-á pessoalmente ou por meio de representante legal.

CAPÍTULO II DOS PRAZOS

Art. 7º Os atos serão praticados no prazo de 30 (trinta) dias, salvo disposição em contrário.

Art. 8º Os prazos para a prática de atos não correm contra o fisco na pendência do cumprimento de diligências ou intimações expedidas pela autoridade fiscal.

Art. 9º Os prazos fixados neste Decreto serão contínuos, excluindo-se da sua contagem o

dia de início e incluindo-se o do vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal no órgão ou unidade em que tramite o processo ou em que deva ser praticado o ato.

Art. 10. O documento remetido pelo sujeito passivo por via postal será considerado

entregue, para efeito de contagem de prazo, na data do recebimento pela autoridade fiscal. Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, o documento será considerado recebido pela autoridade fiscal na data em que for protocolizado em qualquer unidade da

Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda ou na data constante do aviso de recebimento, quando for o caso.

CAPÍTULO III

DA INTIMAÇÃO

Art. 11. Far-se-á a intimação:

I – pessoalmente, por servidor competente, mediante assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, em caso de recusa, com declaração escrita de quem os intimar;

II – por via postal, com aviso de recebimento; III – por publicação no Diário Oficial do Distrito Federal – DODF;

IV – por meio eletrônico, atestado o recebimento mediante acesso por parte do contri-buinte, utilizando certificação digital, ao endereço eletrônico que lhe foi atribuído pela Administração Tributária.

nova redação dada ao inciso iv do artigo 11 pelo decreto nº 33.553, de 1º/3/12 – dodf de

2/3/12:

IV – por meio eletrônico, atestado o recebimento mediante: a) certificação digital; b) envio ao endereço eletrônico atribuído ao contribuinte pela administração tributária.

V – pela publicação no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda na Internet, nos seguintes

casos: a) deferimento integral em processos de jurisdição voluntária;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 143

b) quanto a atos futuros, nas hipóteses de que trata o art. 20, quando o sujeito passivo for

notificado por qualquer um dos meios dispostos nos incisos acima. § 1º A intimação quanto aos atos, procedimentos e processos previstos nos Títulos III, IV

e V só será efetuada por publicação no DODF depois de esgotados os meios previstos nos incisos II e IV do caput, ressalvado o disposto no inciso V do caput, nos §§ 2º e 3º, no art.

49, § 2º, no art. 77, § 2º e no art. 80. § 2º No caso de comprovada impossibilidade de intimação pelas vias previstas nos incisos

II e IV do caput, a intimação por publicação no DODF poderá ser feita sem a observância do disposto no § 1º.

§ 3º A intimação referente aos atos e decisões dos órgãos julgadores de primeira e de

segunda instâncias em processos sujeitos à jurisdição contenciosa poderá ser efetuada diretamente por publicação no DODF.

§ 4º Para efeito do disposto na alínea ”a” do inciso V do caput, o teor da intimação será disponibilizado para ciência do sujeito passivo no correio eletrônico da área restrita do

Serviço Interativo de Atendimento Virtual (Agênci@Net) da Secretaria de Estado de Fazenda.

§ 5º A utilização do endereço eletrônico a que se refere o inciso IV do caput deverá ser autorizada previamente pelo sujeito passivo mediante declaração constante da Ficha de

Atualização Cadastral – FAC, onde constarão informações sobre as normas e condições de sua utilização.

nova redação dada ao § 5º do artigo 11 pelo decreto nº 33.553, de 1º/3/12 – dodf de 2/3/12:

§ 5º A utilização do endereço eletrônico a que se refere a alínea “b” do inciso IV do caput deverá ser autorizada previamente pelo sujeito passivo mediante declaração constante da

Ficha de Atualização Cadastral – FAC, onde constarão informações sobre as normas e condições de sua utilização.”(NR)

Art. 12. Considera-se feita a intimação: I – na data da ciência ou da declaração de que trata o art. 11, I;

II – na data da ciência no aviso de recebimento, na hipótese do art. 11, II, ou, se a data for omitida, 15 (quinze) dias após a data da postagem da intimação nos correios;

III – 15 (quinze) dias após a publicação no DODF, observado o disposto no § 2º; IV – no dia em que o intimado efetuar a consulta ao teor da intimação ou, caso esta consulta não ocorra, 15 (quinze) dias após a data de envio ou de disponibilização da

intimação de que trata o art. 11, IV; V – na data da publicação, na hipótese do art. 11, V, “a”.

§ 1º O comparecimento espontâneo do contribuinte supre a falta de intimação. § 2º Nas hipóteses previstas no art. 11, § 3º, a intimação dos atos e das decisões considerar-se-á efetuada na data da publicação no DODF.

CAPÍTULO IV

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 13. O servidor ou autoridade fiscal é impedido de atuar em procedimento ou processo administrativo fiscal nos casos em que:

I – seja interessado, direta ou indiretamente, ou nele tenha atuado;

II – o cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, seja interessado, direta ou indiretamente, ou nele tenha

atuado; III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 144

§ 1º O termo “atuar” e a expressão “tenha atuado” mencionados neste Capítulo referem-se aos seguintes atos: lavrar Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão, expedir Notificação de Lançamento ou Aviso de Lançamento, proferir parecer, relatório ou voto,

decidir e julgar.

§ 2º O Conselheiro do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais deverá, ainda, declarar-se impedido de estudo, discussão, votação e presidência do julgamento dos processos que interessarem à sociedade de que faça ou tenha feito parte como sócio, advogado ou

membro da Diretoria, do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal.

§ 3º Não está impedido de proferir: I – juízo de admissibilidade o servidor ou autoridade que expediu Notificação de

Lançamento; II – voto no Pleno o Conselheiro do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais que votou ou decidiu anteriormente nos autos no âmbito do Tribunal.

§ 4º Inexiste impedimento de servidor ou autoridade para prática de ato que objetive

complementar ato por ele iniciado ou realizado anteriormente ou para expedir a Notificação de Lançamento de que trata o art. 49, § 2º.

Art. 14. Incorre em suspeição o servidor ou a autoridade que tenha amizade ou inimizade notória com o sujeito passivo ou com pessoa interessada no resultado do procedimento ou

do processo administrativo fiscal, ou com seus respectivos cônjuges, companheiros, parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 15. O servidor ou autoridade que incorrer em impedimento ou suspeição deve declarar o fato e as razões:

I – no prazo de 2 (dois) dias, contado:

a) da designação para atuar em procedimento administrativo fiscal;

b) do recebimento dos autos do processo administrativo fiscal para relatório, voto, parecer, decisão ou julgamento;

II – antes de iniciado o julgamento do processo administrativo fiscal, no caso de Conselheiro diverso do Conselheiro Relator.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o servidor ou a autoridade abster-se-á de

atuar e comunicará o fato ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal, que: I – concordando, designará outro servidor ou autoridade; II – discordando, determinará a atuação do servidor ou autoridade.

Art. 16. O interessado, o requerente ou a Administração poderá arguir, por meio de

exceção, em processo próprio, o impedimento ou a suspeição de servidor ou autoridade, especificando seus motivos, antes da conclusão definitiva do procedimento ou do processo administrativo fiscal objeto da arguição, no prazo de até 30 (trinta) dias, contado do fato

que ocasionou o impedimento ou a suspeição, ressalvado o disposto no art. 133.

§ 1º Caso o servidor ou a autoridade reconheça o impedimento ou a suspeição arguidos na forma do caput, deverá declarar o fato nos autos e encaminhá-los ao superior hierárquico

ou ao Presidente do Tribunal, que designará outro servidor ou autoridade. § 2º Não reconhecendo o impedimento ou a suspeição, o servidor ou autoridade declarará

suas razões nos autos do processo de exceção, encaminhando-os ao superior hierárquico ou ao Presidente do Tribunal para decisão.

§ 3º Em caso de procedência da exceção, serão considerados nulos os atos praticados pelo servidor ou autoridade.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 145

§ 4º O processo ficará suspenso até a decisão da autoridade competente, quando for oposta exceção de suspeição ou impedimento.

TÍTULO III DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FISCAL

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I

Das Ações Fiscais

Art. 17. O procedimento administrativo fiscal compreende as seguintes ações: I – orientação, verificação e controle do cumprimento das obrigações tributárias por parte

do sujeito passivo, podendo resultar em: a) lavratura de Auto de Infração; b) lavratura de Auto de Infração e Apreensão;

c) expedição de Notificação de Lançamento; d) expedição de Aviso de Lançamento;

II – arrecadação de documentos de qualquer espécie, coleta e tratamento de informações de qualquer natureza de interesse da Administração Tributária, inclusive para atender exigência de instrução processual.

Art. 18. O servidor do Fisco que tomar conhecimento de indícios de irregularidade fiscal e

for incompetente ou estiver legalmente impossibilitado de formalizar a exigência tributária deve comunicar o fato à autoridade competente, mediante representação circunstanciada.

Art. 19. É facultado a qualquer pessoa, devidamente identificada, registrar denúncia de irregularidade fiscal, mantido o sigilo com relação ao objeto e à autoria da denúncia.

Seção II Do Início do Procedimento Administrativo Fiscal

Art. 20. O procedimento administrativo fiscal tem início com:

I – a cientificação, na forma do art. 11, do sujeito passivo ou seu representante, notificado acerca de:

a) termo de início de ação fiscal;

b) Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão; c) qualquer ato da Administração Tributária relacionado com a infração;

II – qualquer ato da Administração Tributária relacionado à verificação da regularidade do trânsito de mercadorias.

Seção III Da Exclusão da Espontaneidade

Art. 21. O início do procedimento fiscal exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores relacionados com a infração.

§ 1º Para efeitos da espontaneidade, os atos que configurem o início do procedimento fiscal

serão válidos pelo prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por igual período, a juízo do chefe imediato do servidor responsável pelo procedimento.

§ 2º O sujeito passivo deverá ser cientificado da prorrogação do prazo de que trata o § 1º. § 3º Os atos administrativos de monitoramento não excluem a espontaneidade.

Seção IV Dos Atos de Monitoramento

Art. 22. A Secretaria de Estado de Fazenda praticará atos administrativos de monitoramento que buscarão o cumprimento espontâneo da legislação tributária.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 146

§ 1º Os atos administrativos de monitoramento, sem prejuízo de outras disposições estabelecidas em ato do Secretário de Estado de Fazenda:

I – compreendem a verificação periódica dos níveis de arrecadação dos tributos

administrados pela Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, em função do potencial econômico-tributário dos contribuintes, assim como das variáveis

macroeconômicas de influência; II – serão realizados por meio do acompanhamento da arrecadação e do tratamento de quaisquer informações relacionadas com o crédito tributário, utilizando-se os dados

disponíveis nos sistemas informatizados da Secretaria de Estado de Fazenda e das informações coletadas junto a fontes externas.

§ 2º O débito não declarado, constatado em procedimento fiscal de monitoramento, e não

recolhido, ensejará o lançamento por meio de Auto de Infração a ser lavrado em razão de ação fiscal.

Seção V Da Ordem de Serviço

Art. 23. A execução de procedimento de fiscalização será precedida de Ordem de Serviço (OS) expedida pela chefia imediata do servidor.

§ 1º Em situação que, inexistindo a OS a que se refere o caput, for necessária a adoção de

providências imediatas a fim de resguardar o interesse da Fazenda Pública, o servidor competente deve agir de ofício, comunicado o fato ao seu chefe imediato, que decidirá a respeito da emissão do referido documento, no prazo máximo de 5 (cinco) dias.

§ 2º Na hipótese do § 1º, a decisão quanto à emissão da OS orientar-se-á pelo disposto

no Título XII e, caso a decisão seja por sua não emissão, cessarão de imediato as ações em desenvolvimento e os atos até então praticados perderão sua validade e eficácia.

§ 3º A OS conterá, no mínimo: I – denominação “Ordem de Serviço”;

II – número de ordem; III – data de expedição; IV – tipo de ação fiscal a ser desenvolvida;

V – identificação da autoridade signatária; VI – identificação dos servidores fiscais designados;

VII – prazo para conclusão dos trabalhos; VIII – identificação cadastral do contribuinte, se houver; IX – área geográfica a ser fiscalizada, no caso de fiscalização de mercadoria em trânsito;

X – data da ciência e assinatura dos servidores fiscais designados.

§ 4º Poderão ser anexadas à OS informações complementares, inclusive as relacionadas aos procedimentos mínimos a serem observados no desenvolvimento da ação fiscal e o período a ser fiscalizado.

Art. 24. A OS poderá designar todos os componentes de uma equipe de fiscalização para

desenvolver a ação fiscal, vedado o desenvolvimento de qualquer ação por um único servidor fiscal.

Seção VI

Dos Termos de Fiscalização

Art. 25. Os termos decorrentes da atividade de fiscalização serão lavrados em, no mínimo,

duas vias, uma das quais destinada ao sujeito passivo, e uma à instrução do processo, se for o caso.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 147

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica a termos lavrados após o Termo de

Conclusão Fiscal, se não implicarem agravamento da exigência fiscal, caso em que se dispensa a entrega ao sujeito passivo.

Art. 26. Lavrar-se-ão termos de início e de conclusão de ação fiscal, quando necessários.

§ 1º O Termo de Início de Ação Fiscal conterá, no mínimo: I – denominação “Termo de Início de Ação Fiscal”;

II – data e hora da lavratura; III – identificação cadastral do sujeito passivo;

IV – identificação do representante legal do sujeito passivo; V – discriminação dos documentos e livros fiscais cuja exibição for determinada ou

número da intimação que os tenha discriminado; VI – qualificação funcional e assinatura do servidor fiscal responsável por sua lavratura; VII – assinatura do sujeito passivo ou de representante legal, a ser suprida, no caso de

recusa, por declaração do servidor fiscal referido no inciso VI deste parágrafo. § 2º O Termo de Conclusão de Ação Fiscal conterá, no mínimo:

I – denominação “Termo de Conclusão de Ação Fiscal”; II – data e hora da lavratura;

III – identificação cadastral do sujeito passivo; IV – identificação do representante legal do sujeito passivo;

V – data do início do procedimento fiscal; VI – período fiscalizado; VII – livros e documentos examinados;

VIII – descrição do tipo das verificações realizadas e das infrações apuradas, se for o caso;

IX – valor do crédito tributário; X – número do auto de infração lavrado, se for o caso; XI – qualificação funcional e assinatura do servidor fiscal responsável por sua lavratura;

XII – assinatura do sujeito passivo ou de representante legal, a ser suprida, no caso de recusa, por declaração do servidor referido no inciso XI deste parágrafo.

§ 3º O reconhecimento, pelo sujeito passivo, do cometimento de qualquer infração à legislação tributária do Distrito Federal e o correspondente pagamento dos valores relativos

a imposto, penalidade e acréscimos legais, no curso de procedimento fiscal, serão relatados em Termo de Conclusão de Ação Fiscal ou em relatório circunstanciado, para fins de

homologação. Art. 27. O Termo de Guarda de Bens e Mercadorias, a que se refere o art. 34, § 3º, conterá:

I – identificação do contribuinte ou responsável;

II – número do Auto de Infração e Apreensão correspondente; III – identificação dos bens e das mercadorias, com especificação de quantidade, peso,

qualidade, marca, espécie, número de volumes, prazo de validade, se for o caso, e

do valor registrado no Auto de Infração e Apreensão; IV – indicação do estado em que se encontrarem os bens e as mercadorias, e da

natureza de fácil deterioração, se for o caso; V – em caso de equipamentos utilizados para o registro de operações com mercadorias

ou prestações de serviços, leitura da memória fiscal, quando possível; VI – local e data da lavratura; VII – identificação e assinatura do responsável por sua lavratura.

Art. 28. O Termo de Retenção de Bens e Mercadorias (TRBM), a que se refere o art. 36, §

1º, conterá a descrição dos bens ou das mercadorias retidos e os demais elementos esclarecedores, inclusive, quando se tratar de bens ou mercadorias de fácil deterioração, a menção expressa desta circunstância.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 148

Art. 29. Em caso de agravamento da exigência fiscal, lavrar-se-á Termo Aditivo, que conterá os itens especificados no art. 33, e será intitulado “<número ordinal> Termo Aditivo ao Auto de Infração (ou Auto de Infração e Apreensão) <número do AI (ou AIA)>”.

Art. 30. Os demais termos deverão conter, além das informações constantes dos incisos

II, III, IV, XI e XII do § 2º do art. 26, sua finalidade. Art. 31. Os demonstrativos lavrados acompanharão o Auto de Infração ou Auto de Infração

e Apreensão, e conterão: I – relação de todos os documentos que embasaram o levantamento e outras provas

julgadas pertinentes; II – detalhamento de cálculo;

III – indicação dos dispositivos da legislação que embasarem os acréscimos legais.

CAPÍTULO II

DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO SUJEITO À JURISDIÇÃO CONTENCIOSA Seção I

Do Auto de Infração e do Auto de Infração e Apreensão Subseção I

Das Disposições Preliminares

Art. 32. A exigência do crédito tributário sujeito à jurisdição contenciosa será formalizada

em Auto de Infração, em Auto de Infração e Apreensão ou em Notificação de Lançamento. § 1º Para a constituição de crédito relativo a tributo indireto, com ocorrência de infração à

legislação tributária, será lavrado:

I – Auto de Infração e Apreensão, quando forem encontrados bens, mercadorias, livros ou outros objetos que constituam prova material de infração;

II – Auto de Infração, quando não aplicável o disposto no inciso I.

§ 2º A Notificação de Lançamento será utilizada para a constituição de créditos relativos a:

I – tributos diretos, em qualquer caso; II – tributos indiretos, quando não ocorrer infração à legislação tributária.

Art. 33. O Auto de Infração e o Auto de Infração e Apreensão serão lavrados por servidor competente e conterão:

I – denominação, número de inscrição no CF/DF, no CNPJ do Ministério da Fazenda e

endereço do autuado;

II – local, data e hora de sua lavratura; III – descrição do fato;

IV – disposição legal infringida e penalidade aplicável; V – valor do crédito tributário e intimação para recolher ou apresentar impugnação no

prazo de 30 (trinta) dias;

VI – nome e assinatura do autuante, indicação do seu cargo ou função e número da matrícula.

§ 1º O Auto de Infração e Apreensão conterá, além dos elementos referidos nos incisos I

a VI do caput:

I – descrição do objeto da apreensão, com a respectiva avaliação, se for o caso;

II – discriminação dos motivos que determinaram a apreensão e fundamento legal; III – identificação da pessoa com quem foi encontrado o objeto da apreensão;

IV – indicação dos bens ou das mercadorias de fácil deterioração, se for o caso; V – indicação do local em que será depositado o objeto da apreensão; VI – indicação do fiel depositário nomeado, se for o caso.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 149

§ 2º Prescindem da assinatura a que se refere o inciso VI do § 1º o Auto de Infração e o Auto de Infração e Apreensão emitidos:

I – eletronicamente, em ambiente seguro da Secretaria de Estado de Fazenda, cujo acesso por parte do sujeito passivo se dê exclusivamente mediante utilização de

certificação digital; II – por meio físico, com código verificador que permita a validação de sua autenticidade no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda na internet.

Subseção II

Da Apreensão de Bens e Mercadorias

Art. 34. Os bens ou as mercadorias encontrados em situação irregular, assim definida na legislação, serão objeto de apreensão, que terá por fim a comprovação de infração à legis-lação tributária.

§ 1º Os bens e as mercadorias apreendidos, salvo disposição em contrário na legislação, serão encaminhados a depósito da Secretaria de Estado de Fazenda,

que ficará responsável por sua guarda. § 2º Será admitida, na forma da lei civil e nos termos da legislação específica,

nomeação de fiel depositário para os bens e as mercadorias apreendidos.

§ 3º Em caso de encaminhamento a depósito da Secretaria de Estado de Fazenda, lavrar-se-á Termo de Guarda de Bens e Mercadorias.

§ 4º O Termo a que se refere o § 3º poderá constar do Auto de Infração e Apreensão. § 5º Quando se tratar de apreensão de objetos ou equipamentos utilizados para o

registro de operações com mercadorias e/ou prestação de serviços, a nomeação

do proprietário como fiel depositário somente ocorrerá se os referidos objetos ou equipamentos atenderem às formalidades previstas na legislação específica do

ECF/TEF. § 6º O risco de perecimento natural ou perda de valor do bem ou mercadoria

apreendido correrá por conta de seu proprietário ou de quem os detiver no

momento da apreensão. § 7º Quando a apreensão recair sobre bens ou mercadorias cujo armazenamento possa

expor a perigo a vida ou a saúde humana ou causar lesão ao meio ambiente, a autoridade fiscal deverá acionar de imediato o órgão ou a entidade responsável pelo controle e fiscalização de tais bens e mercadorias, a fim de que delibere sobre

sua destinação. § 8º Na hipótese do § 7º, os bens ou as mercadorias serão liberados

independentemente da satisfação das exigências previstas nos incisos I e II do art. 38, devendo tal fato ser consignado no Auto de Infração e Apreensão.

Art. 35. As disposições desta Subseção aplicam-se subsidiariamente, no que couber, ao procedimento de retenção de Bens e Mercadorias previsto na Subseção III.

Subseção III

Da Retenção de Bens e Mercadorias

Art. 36. Quando houver indícios de infração, os bens ou as mercadorias poderão ser retidos

em local determinado pela autoridade fiscal, por tempo não superior a 2 (dois) dias, para fins de averiguação ou apuração, isolada ou cumulativamente:

I – da sujeição passiva; II – do local da operação ou da prestação para efeito de determinação da sujeição ativa;

III – dos aspectos quantitativos do fato gerador; IV – da materialidade do fato cujo indício se tenha detectado;

V – de outros elementos imprescindíveis à correta emissão do Auto de Infração ou do Auto de Infração e Apreensão.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 150

§ 1º A retenção será formalizada com a emissão do Termo de Retenção de Bens e

Mercadorias (TRBM). § 2º Quando os bens ou as mercadorias estiverem sob a responsabilidade de empresa

transportadora com inscrição no Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CF/DF, a autoridade fiscal poderá determinar que estes fiquem retidos nas dependências da própria

transportadora. § 3º A autoridade fiscal responsável pela apuração a que se refere o caput dará ciência da

retenção ao responsável pelos bens ou pelas mercadorias e poderá intimá-lo a prestar as informações que se fizerem necessárias.

§ 4º Concluída a apuração a que se refere o caput, caso sejam confirmados os indícios de

infração, lavrar-se-á o Auto de Infração e Apreensão e a retenção dos bens ou das mercadorias será convertida em apreensão.

§ 5º Não se confirmando os indícios de infração, os bens ou as mercadorias retidos serão liberados imediatamente, sem a cobrança de quaisquer despesas.

Subseção IV

Da Cobrança de Despesas de Apreensão

Art. 37. Serão cobradas do sujeito passivo as despesas decorrentes de apreensão de bens

ou mercadorias. § 1º Consideram-se despesas de apreensão aquelas correspondentes a transporte,

carga, descarga, guarda e conservação dos bens ou das mercadorias

apreendidos. § 2º Na hipótese do § 4º do art. 36, as despesas serão devidas desde o momento da

retenção. § 3º Os recursos provenientes da cobrança prevista no caput serão destinados ao

Fundo de Modernização e Reaparelhamento da Administração Fazendária –

FUNDAF. § 4º Ato do Secretário de Estado de Fazenda disporá sobre outros aspectos

relacionados à cobrança prevista neste artigo.

Subseção V

Da Liberação de Bens e Mercadorias

Art. 38. Os bens e as mercadorias apreendidos serão liberados após a lavratura do competente Auto de Infração e Apreensão, ainda que pendente o pagamento do imposto e multas devidos, desde que, cumulativamente:

I – tenha sido efetuado o pagamento das despesas decorrentes da apreensão; II – o infrator esteja regularmente inscrito no CF/DF, ou no Cadastro de Pessoa Física –

CPF, ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ da Receita Federal do Brasil. Parágrafo único. A exigência de que trata o inciso II somente poderá ser excepcionada nos seguintes casos:

I – pessoa física que, em situação cadastral irregular ou com paralisação de atividade, comprove domicílio no Distrito Federal;

II – pessoa jurídica que, em situação cadastral irregular ou com paralisação de atividade, comprove ter qualquer de seus sócios ou titulares domiciliado no Distrito

Federal ou que participe como sócio ou titular de empresa regularmente inscrita no CF/DF.

Art. 39. A liberação das mercadorias e bens retidos ou apreendidos far-se-á mediante termo de liberação, observado o disposto no art. 30.

Art. 40. Não serão liberados os equipamentos utilizados para registro de operações com mercadorias ou de prestação de serviços que não se apresentem em condições de atender às formalidades previstas na legislação específica do equipamento Emissor de Cupom Fiscal

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 151

– ECF, bem como aqueles encontrados em estabelecimento de contribuinte diverso daquele

para o qual tenha sido autorizado o uso. Parágrafo único. Ocorrida a revelia ou no caso de decisão definitiva desfavorável ao sujeito passivo que tenha impugnado a apreensão, os equipamentos referidos neste artigo serão

inutilizados.

Art. 41. Os bens ou as mercadorias apreendidos e não liberados na forma do art. 38 poderão, por requerimento, ser restituídos antes da decisão definitiva do processo, mediante depósito extrajudicial do valor do crédito constituído, desde que cumprida a

exigência de que trata o art. 38, I.

Subseção VI Do Abandono, da Avaliação e da Destinação dos Bens e Mercadorias

Apreendidos

Art. 42. Considerar-se-ão abandonados os bens ou as mercadorias:

I – se não impugnado o Auto de Infração e Apreensão e não pago o crédito tributário por este constituído, no prazo previsto no art. 33, V;

II – não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contado do pagamento do crédito tributário constituído; III – não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data em que se tornar

definitiva a decisão administrativa contrária ao sujeito passivo; IV – de fácil deterioração cuja liberação não tiver sido promovida no prazo de 72

(setenta e duas) horas, contado da apreensão, ou, excepcionalmente, em prazo inferior fixado pelo autuante, à vista de sua natureza ou seu estado de conservação; V – quando faltarem menos de 30 (trinta) dias para expirar o prazo de sua validade,

observado o disposto no inciso IV; VI – não retirados no prazo de 60 (sessenta) dias após decisão administrativa definitiva,

ou judicial transitada em julgado, favorável ao sujeito passivo; VII – na impossibilidade de identificação do sujeito passivo.

§ 1º O abandono será declarado em ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, publicado no DODF, que especificará os elementos identificadores dos

bens e das mercadorias abandonados. § 2º A competência de que trata o § 1º poderá ser delegada.

§ 3º Quando se tratar de abandono de objeto ou equipamento relativo ao registro de

operações com mercadorias e/ou prestação de serviços deverão ser especificados, no ato a que se refere o § 1º, sua marca, tipo, modelo e número de série.

Art. 43. Os bens e as mercadorias declarados abandonados serão avaliados pela comissão de que trata o art. 47, para os fins do disposto no art. 44, I, II e § 1º e no art. 45.

§ 1º O laudo da avaliação conterá, no mínimo, a descrição dos bens ou das mercadorias, com suas características, a indicação do estado em que se encontram e os respectivos

valores. § 2º Quando a avaliação depender de conhecimentos especializados, a comissão poderá

requisitar a atuação de servidores de outros órgãos do Distrito Federal, para subsidiar os trabalhos no que for necessário.

§ 3º Será admitida nova avaliação quando:

I – o proprietário dos bens ou das mercadorias arguir, fundamentadamente, a

ocorrência de erro na avaliação; II – se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no

valor dos bens ou das mercadorias.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 152

Art. 44. Nas hipóteses dos incisos I, II, III, VI e VII do art. 42, os bens ou as mercadorias

poderão ser:

I – incorporados ao patrimônio de órgão ou entidade da Administração do Distrito

Federal ou da União, com precedência da Administração distrital; II – doados a instituições beneficentes, campanhas públicas de cunho social, entidades

ou órgãos públicos.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos IV e V do art. 42, os bens ou as mercadorias poderão

ser distribuídos a órgão ou entidade da Administração do Distrito Federal ou a instituições sociais sem fins lucrativos.

§ 2º A condição de instituição social sem fins lucrativos será comprovada mediante a

apresentação de certificado, expedido por órgão ou entidade competente. Art. 45. Os bens e as mercadorias abandonados que não forem objeto de incorporação ou

doação, nos termos dos incisos I e II do caput do art. 44, serão levados a leilão, para fins de extinção do crédito tributário e pagamento das despesas de apreensão.

§ 1º Antes de iniciado o leilão, é facultado ao infrator reaver os bens ou as mercadorias

apreendidos, desde que tenham sido pagos o crédito tributário e as despesas de

apreensão.

§ 2º O edital, indicando dia, hora e local em que se realizará o leilão, será publicado no DODF e afixado na repartição fiscal que o deva realizar.

§ 3º As mercadorias a serem leiloadas deverão ser marcadas, numeradas e registradas em livro próprio, na repartição fiscal encarregada de realizar o leilão.

§ 4º As ocorrências do leilão serão reduzidas a termo, a ser arquivado no respectivo

processo.

Art. 46. A arrematação far-se-á em moeda corrente, e os bens ou as mercadorias serão

entregues ao licitante que oferecer o maior lance, a quem será fornecida, também, nota fiscal avulsa, que conterá descrição pormenorizada do objeto da arrematação.

§ 1º O arrematante pagará no ato, a título de sinal, 20 (vinte) por cento do valor da

arrematação, e assinará documento responsabilizando-se pelo recolhimento do saldo remanescente no prazo de 72 (setenta e duas) horas.

§ 2º A entrega dos bens ou das mercadorias condiciona-se ao pagamento integral do valor da arrematação.

§ 3º Se o arrematante não pagar o saldo remanescente no prazo estabelecido no § 2º,

perderá a favor da Fazenda Pública o valor do sinal, voltando os bens ou as mercadorias a novo leilão, do qual não será admitido participar o arrematante

remisso. § 4º Os bens e as mercadorias submetidos a leilão e não arrematados serão distribuídos

a órgão ou entidade da Administração do Distrito Federal ou a instituições sociais

sem fins lucrativos, aplicando-se-lhes o disposto no inciso I do caput do art. 48.

Art. 47. Ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda instituirá comissão permanente, composta por três titulares e igual número de suplentes, escolhidos

dentre servidores ocupantes de cargos efetivos, encarregada de avaliar e leiloar os bens e as mercadorias abandonados.

§ 1º Não serão indicados para compor a comissão de que trata este artigo os autores do procedimento que tenha originado a apreensão.

§ 2º São obrigações da comissão:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 153

I – publicar o edital de anúncio da alienação;

II – realizar o leilão no dia, hora e local indicados no edital; III – expor os bens e as mercadorias a serem leiloados, ou amostras destes, ao público; IV – reduzir a termo as ocorrências do leilão;

V – prestar contas das suas atividades dentro de 2 (dois) dias, contados da data do pagamento integral do valor da arrematação.

Art. 48. O crédito tributário e as despesas de apreensão dos bens e das mercadorias apreendidos serão extintos proporcionalmente ao valor:

I – da avaliação dos bens ou das mercadorias incorporados ou doados na forma do art. 44,

I, II e § 1º; II – da arrematação dos bens ou das mercadorias levados a leilão na forma do art. 45.

§ 1º A autoridade competente terá prazo de 30 (trinta) dias para providenciar: I – a inscrição em dívida ativa do crédito tributário remanescente; II – a retificação da certidão de dívida ativa relativamente ao montante do crédito tributário

extinto proporcionalmente nos termos do caput; III – a extinção do processo quando não identificado o sujeito passivo da obrigação

tributária. § 2º O sujeito passivo não terá direito ao ressarcimento da diferença apurada entre o valor

da avaliação dos bens ou das mercadorias incorporados ou doados e o valor do crédito tributário acrescido das despesas de apreensão, caso aquele seja maior.

§ 3º O sujeito passivo terá direito ao ressarcimento da diferença apurada entre o valor da arrematação dos bens ou das mercadorias e o valor do crédito tributário acrescido das

despesas de apreensão, caso aquele seja maior.

Seção II Da Notificação de Lançamento

Art. 49. A Notificação de Lançamento será expedida pela unidade que administra o tributo e conterá, obrigatoriamente:

I – identificação do notificado, com endereço e CPF, ou CF/DF e CNPJ, conforme o caso; II – data de emissão;

III – disposição legal infringida, se for o caso; IV – valor do crédito tributário e intimação para recolher ou para apresentar impugnação

no prazo de 30 (trinta) dias; V – nome e assinatura do chefe da unidade expedidora, ou de servidor autorizado, com

indicação de cargo ou função e número da matrícula.

§ 1º Prescinde da assinatura a que se refere o inciso V do caput a Notificação de

Lançamento emitida:

I – eletronicamente, em ambiente seguro da Secretaria de Estado de Fazenda, cujo

acesso por parte do sujeito passivo se dê exclusivamente mediante utilização de certificação digital;

II – por meio físico, com código verificador que permita a validação de sua autenticidade no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda na internet.

§ 2º Tratando-se de tributo sujeito a lançamento anual, a Notificação de Lançamento,

efetuada em caráter geral por meio de edital publicado uma única vez no DODF,

conterá:

I – identificação geral dos notificados; II – data de emissão; III – data de vencimento do tributo;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 154

IV – informações essenciais ao cálculo do tributo;

V – prazo de 30 (trinta) dias para impugnação, contado da publicação; VI – nome do titular da unidade expedidora ou de servidor autorizado, com indicação

de seu cargo ou função.

TÍTULO IV

DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO NÃO CONTENCIOSO Art. 50. São créditos tributários não contenciosos:

I – aqueles constituídos por meio de: a) Auto de Infração ou Auto de Infração e Apreensão, esgotado o prazo fixado no art.

33, V, sem que tenha sido pago o crédito tributário ou tenha sido apresentada impugnação;

b) Notificação de Lançamento, esgotados os prazos fixados no art. 49, IV, e § 2º, V, sem que tenha sido pago o crédito tributário ou tenha sido apresentada impugnação;

II – aqueles sujeitos a lançamento por homologação, não recolhidos, total ou parcialmente,

no prazo estabelecido, declarados pelo contribuinte: a) por escrituração fiscal eletrônica;

b) em guias de informação e apuração; c) nos livros fiscais exigidos antes da obrigatoriedade da escrituração fiscal eletrônica.

§ 1º A autoridade competente providenciará a inscrição do crédito tributário de que trata

o inciso I do caput em dívida ativa, com os devidos acréscimos legais: I – após o exercício, quando se tratar de crédito referente a tributo sujeito a lançamento

anual; II – no prazo de 30 (trinta) dias, contado de sua constituição definitiva, nos demais casos.

§ 2º Nos casos de que trata o inciso II do caput, a autoridade competente providenciará a

inscrição do crédito tributário em dívida ativa, com os devidos acréscimos legais, no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir da data estabelecida na legislação para pagamento do tributo declarado ou, para os casos de declaração fora do prazo legal, a partir do

recebimento da declaração.

§ 3º Caso a impugnação não contemple integralmente o ato de constituição do crédito tributário, a autoridade julgadora de primeira instância tomará as providências necessárias para a inscrição em dívida ativa do crédito tributário incontroverso.

§ 4º A declaração de débito de que trata o inciso II do caput importa confissão de dívida,

ressalvada a possibilidade de retificação prevista no art. 31, parágrafo único, da Lei Complementar nº 4, de 30 de dezembro de 1994.

§ 5º Após a regular inscrição em dívida ativa do crédito tributário a que se refere o inciso II do caput, somente poderá ocorrer retificação de declaração de débito, por iniciativa do

sujeito passivo, mediante processo administrativo no qual seja apresentada prova inequívoca, a cargo deste ou do terceiro que a aproveite, do erro que fundamenta essa retificação.

Art. 51. Na hipótese prevista no art. 50, II, “c”, será expedido, por autoridade competente,

Aviso de Lançamento, que conterá: I – identificação do contribuinte;

II – data da lavratura; III – descrição do fato que originou a lavratura; IV – capitulação legal aplicável;

V – valor total do crédito tributário; VI – intimação para comprovação do cumprimento da exigência no prazo regulamentar;

VII – nome, qualificação funcional, matrícula e assinatura da autoridade fiscal competente.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 155

§ 1º O Aviso de Lançamento será expedido manualmente ou por meio mecânico ou

eletrônico. § 2º Prescinde da assinatura a que se refere o inciso VII do caput o Aviso de Lançamento

emitido:

I – eletronicamente, em ambiente seguro da Secretaria de Estado de Fazenda, cujo acesso por parte do sujeito passivo se dê exclusivamente mediante utilização de

certificação digital; II – por meio físico, com código verificador que permita a validação de sua autenticidade no sítio da Secretaria de Estado de Fazenda na internet.

Art. 52. Na hipótese do art. 50, I, “a”, verificada a consistência material e formal do Auto

de Infração ou do Auto de Infração e Apreensão, o diretor da área responsável pelo lançamento declarará a revelia nos autos do procedimento, em termo próprio.

§ 1º A competência de que trata o caput poderá ser delegada.

§ 2º A verificação a que se refere o caput limitar-se-á à análise quanto à: I – observância aos requisitos a que se referem os incisos I a VI do caput do art. 33;

II – existência de causas de extinção ou exclusão do crédito tributário previstas na legislação tributária; III – competência do agente autuante;

IV – legitimidade do sujeito passivo.

§ 3º Se, em virtude da verificação prevista neste artigo, for necessário alterar o Auto de Infração ou o Auto de Infração e Apreensão, caberá à unidade responsável pelo lançamento promover as retificações pertinentes, valendo-se de:

I – Termo Aditivo, quando resultar em agravamento da exigência, assim entendido:

a) o aumento do crédito tributário inicialmente constituído; b) a cobrança de obrigações tributárias ou a aplicação de penalidades e outros acréscimos legais que não tenham sido objeto da exigência originária, ainda que

determinem a redução do crédito tributário inicialmente constituído; c) alteração da motivação da exigência;

II – Despacho Retificador, nos demais casos.

§ 4º Na hipótese do inciso I do § 3º, o autuado será cientificado da alteração, reabrindo-se prazo para impugnação no concernente à matéria modificada.

TÍTULO V

DA JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

CAPÍTULO I

DA IMPUGNAÇÃO Art. 53. A interposição tempestiva de impugnação pelo sujeito passivo regularmente

intimado inicia o contencioso administrativo fiscal e suspende a exigibilidade do crédito tributário.

§ 1º A impugnação será dirigida ao titular da unidade responsável pelo lançamento do

tributo. § 2º A impugnação conterá:

I – a qualificação do sujeito passivo;

II – os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, acompanhados das provas que se entenderem necessárias;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 156

II – os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, acompanhados das provas,

inclusive periciais, que se entenderem necessárias;(NR – Decreto 36.410, DE 23/03/2015)

III – identificação e assinatura do sujeito passivo, de seu representante legal ou

mandatário; IV – documento que habilite o signatário a demandar na esfera administrativa;

V – cópia da petição, se a matéria impugnada tiver sido submetida à apreciação judicial; VI – as diligências ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos

os motivos que as justifiquem, com a formulação de quesitos referentes aos exames

desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional de seu perito assistente.

VI – informação à autoridade julgadora de que haverá apresentação posterior de provas periciais ainda não anexadas à impugnação, nos termos do parágrafo único do art.

54. ;(NR – Decreto 36.410, DE 23/03/2015)

§ 3º A matéria não impugnada não será objeto de apreciação pelo julgamento, observado o disposto no art. 61, § 3º.

§ 4º Considerar-se-á não impugnada a matéria:

I – que não tenha sido expressa e especificamente contestada pelo impugnante; II – contestada, exclusivamente, sob argumento de inconstitucionalidade de norma.

Art. 54. Apresentada a impugnação, opera-se a preclusão consumativa, exceto quanto:

I – à adução de novas alegações relativas a direito superveniente;

II – à juntada de documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados, ou para contrapor aos produzidos nos autos;

III – ao acréscimo de provas que não puderam ser produzidas dentro do prazo, desde

que citadas na peça impugnatória e apresentadas antes da distribuição do processo para análise de primeira instância.

§ 5º A impugnação deve identificar os motivos de fato e de direito a que se refere o

inciso II do § 2º deste artigo de forma individualizada para cada item do

documento que formalizar a exigência do crédito tributário. (AC – Decreto 36.410, DE 23/03/2015)

§ 6º Sem prejuízo da imediata aplicação do disposto no § 5º deste artigo, ato do

Subsecretário da Receita poderá estabelecer modelo específico de apresentação

de impugnação que atenda ao requisito de individualização nele previsto. (AC – Decreto 36.410, DE 23/03/2015)

Parágrafo único. A apresentação das provas periciais mencionadas na impugnação deve

ser feita em até 30 dias contados do fim do prazo a que se refere o

inciso V do art. 33. (AC – Decreto 36.410, DE 23/03/2015)

Art. 55. Para elidir a incidência de juros moratórios, é facultado ao sujeito passivo, em qualquer fase do processo, efetuar, na forma da legislação específica, o depósito

administrativo da totalidade do crédito tributário questionado.

§ 1º Para os efeitos do caput, a totalidade do crédito tributário questionado

compreenderá o tributo, monetariamente atualizado, acrescido das penalidades e dos juros moratórios cabíveis no momento da efetivação do depósito.

§ 2º No caso de impugnação parcial do crédito tributário, o depósito corresponderá apenas ao valor questionado.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 157

Art. 56. Esgotado o prazo para impugnação, sem que ela tenha sido apresentada, ou após

se tornar definitiva a decisão administrativa contrária ao sujeito passivo, será observado o seguinte:

I – o valor depositado será convertido em renda; II – o crédito tributário não extinto, porventura existente, será inscrito em dívida ativa,

observado o disposto no § 1º do art. 50. Art. 57. Em caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, fica-lhe assegurado o

levantamento do depósito administrativo.

Art. 58. É facultado ao sujeito passivo, em qualquer fase do processo, efetuar o pagamento da parte incontroversa do crédito tributário, à qual será dada quitação.

CAPÍTULO II

DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA IMPUGNAÇÃO

Art. 59. O juízo de admissibilidade da impugnação contra o lançamento competirá ao titular

da unidade responsável pela constituição do crédito tributário. Parágrafo único. A competência de que trata o caput poderá ser delegada. Art. 60. O juízo de admissibilidade limitar-se-á à verificação dos requisitos constantes do

art. 53, caput e § 2º.

Art. 60. A autoridade competente a que se refere o art. 59 declarará a extinção total ou parcial do crédito tributário em virtude do cumprimento de sua exigência e, quanto ao juízo de admissibilidade, limitar-se-á à verificação dos requisitos constantes do art. 53, caput e

§§ 2º e 5º. (NR) – Decreto 36.410, DE 23/03/2015).

Parágrafo único. No caso de inadmissibilidade de impugnação contra o lançamento: I – o interessado será cientificado na forma do art. 11; II – caberá o recurso previsto no art. 152.

CAPÍTULO III

DA COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO Art. 61. O julgamento administrativo do processo sujeito à jurisdição contenciosa compete:

I – em primeira instância, ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de

Fazenda; II – em segunda instância, ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

§ 1º A competência prevista no inciso I do caput poderá ser delegada.

§ 2º A autoridade julgadora formulará o julgamento do processo plenamente vinculado à legislação tributária, restringindo-se à matéria impugnada.

§ 3º A autoridade julgadora conhecerá de ofício de matérias não impugnadas exclusivamente em relação à:

I – decadência;

II – competência do agente autuante; III – legitimidade do sujeito passivo.

§ 4º A competência fixada neste artigo exclui a:

I – apreciação quanto à constitucionalidade de normas; II – apreciação de conflito entre lei tributária distrital e lei de outra natureza; III – aplicação da equidade.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 158

CAPÍTULO IV DO JULGAMENTO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 62. Admitida a impugnação contra o lançamento, os autos do processo serão enca-minhados, no prazo de 5 (cinco) dias, à autoridade julgadora de primeira instância, que

terá até 30 (trinta) dias para decidir, a contar da distribuição dos autos para elaboração de relatório e parecer.

Art. 63. No julgamento em que for decidida questão preliminar, será também decidido o mérito, salvo quando incompatíveis, observado o disposto no § 5º do art. 147.

Art. 64. Na apreciação dos autos, a autoridade julgadora poderá formular quesitos ao

autuante, cuja manifestação será obrigatória, observado o disposto no art. 7º.

§ 1º Para fins do disposto no caput, entendem-se por quesitos perguntas que tenham

por objetivo esclarecer para o julgador questões cujo perfeito entendimento não esteja ao seu alcance.

§ 2º Deverá o diretor da área responsável pelo lançamento, em caso de impossibilidade de manifestação por parte do autuante, por estar licenciado, aposentado, impedido legalmente ou afastado por qualquer motivo, designar servidor diverso.

Art. 65. O autuante, antes de prolatada a decisão de primeira instância, poderá rever o

lançamento, observando-se o disposto na legislação tributária, sendo dada ciência ao diretor da área.

§ 1º A revisão a que se refere o caput poderá ser feita por servidor diverso, nas hipóteses listadas no § 2º do art. 64.

§ 2º Se da revisão a que se refere este artigo resultar desconstituição, total ou parcial,

do crédito tributário, caberá à unidade responsável pelo lançamento promover a

devida exoneração do sujeito passivo dos respectivos gravames decorrentes do contencioso fiscal.

Art. 66. A decisão da autoridade julgadora de primeira instância conterá os fundamentos legais e a ordem de intimação para cumprimento da exigência fiscal ou interposição de

recurso e mencionará o relatório e o parecer acolhidos. Parágrafo único. As inexatidões materiais da decisão poderão ser corrigidas de ofício ou

por requerimento do sujeito passivo. Art. 67. Em caso de impugnação julgada procedente, compete ao diretor da área

responsável pelo lançamento do tributo indicar, no âmbito da respectiva diretoria, a unidade que promoverá as alterações visando à adequação do valor do crédito tributário

aos termos da decisão, se assim determinado pela autoridade julgadora.

§ 1º Para os fins do disposto no caput, a autoridade julgadora fará constar da própria

decisão a ordem de remessa dos autos à unidade responsável pelo lançamento do tributo, que terá o prazo de 15 (quinze) dias, prorrogáveis por outros 15 (quinze)

dias, por despacho fundamentado do chefe da unidade, para promover as alterações necessárias.

§ 2º Ultimadas as alterações a que se refere o § 1º, os autos retornarão à unidade

julgadora para intimação do impugnante e, quando for o caso, encaminhamento

ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais para o reexame necessário.

Art. 68. O disposto neste Capítulo aplica-se, no que couber, aos julgamentos efetuados no âmbito do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 159

CAPÍTULO V

DO RECURSO Art. 69. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo caberá recurso

voluntário, com efeito suspensivo, ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência.

Art. 70. A autoridade julgadora de primeira instância encaminhará os autos para reexame necessário, no prazo de 30 (trinta) dias, ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, se

a decisão exonerar o sujeito passivo de crédito tributário de valor superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser monetariamente atualizado, na forma da legislação específica.

§ 1º O despacho de encaminhamento constará da decisão.

§ 2º Se a autoridade julgadora deixar de encaminhar os autos, cumpre ao servidor que tomar conhecimento do fato providenciar a remessa ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

§ 3º A decisão somente produzirá efeitos após confirmada pelo Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

§ 4º Para fins do disposto no caput, não constitui exoneração de pagamento a revisão de atos descritos no art. 65 da qual decorra desobrigação, total ou parcial, do sujeito passivo.

§ 5º Não será objeto de reexame necessário a decisão que resultar na diminuição total ou parcial do crédito tributário em decorrência da comprovação inequívoca de

pagamento efetuado pelo sujeito passivo.

§ 6º Para fins de verificação da condição a que se refere o caput, será considerado o valor do crédito tributário exonerado monetariamente atualizado até a data do

julgamento.

Art. 71. O disposto neste título não se aplica à exigência de crédito tributário decorrente de imposto escriturado e não recolhido no prazo regulamentar, ou recolhido a menor, declarado pelo contribuinte em guias de informação e apuração, nos livros fiscais próprios

ou por escrituração fiscal eletrônica. CAPÍTULO VI

DA DESISTÊNCIA E DA RENÚNCIA Art. 72. O pedido de parcelamento, a confissão irretratável de dívida, a extinção de crédito

tributário por qualquer de suas modalidades, ou a propositura, pelo contribuinte, contra a Fazenda Pública do Distrito Federal, de ação judicial sobre o mesmo objeto caracteriza

renúncia ao direito de recorrer ou desistência do processo administrativo fiscal de jurisdição contenciosa.

§ 1º A existência de processo judicial não impede o prosseguimento do julgamento administrativo relativamente a matéria não contemplada na ação judicial.

§ 2º O crédito tributário referente a matéria contemplada em ação judicial será inscrito na Dívida Ativa, observado o disposto no art. 50, § 1º e, quando for o caso, no art. 52.

TÍTULO VI

DA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA CAPÍTULO I

DO PROCESSO DE CONSULTA Art. 73. Ao sujeito passivo é facultado formular consulta em caso de dúvida sobre a

interpretação e aplicação da legislação tributária do Distrito Federal a determinada situação

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de fato, relacionada a tributo do qual seja contribuinte inscrito no Cadastro Fiscal do Distrito

Federal ou pelo qual seja responsável. Parágrafo único. A faculdade prevista neste artigo estende-se aos órgãos da Administração

Pública e às entidades representativas das categorias econômicas ou profissionais, relativamente às atividades desenvolvidas por seus representados.

Seção I

Do Pedido

Art. 74. A consulta será apresentada em uma das repartições fiscais de atendimento ao

contribuinte da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, e conterá:

I – identificação do consulente; II – instrumento de procuração, se for o caso; III – declaração de que a matéria consultada não versa sobre objeto de decisão anterior,

proferida em processo contencioso ou não, em que tenha sido parte o consulente ou empresa integrante de grupo econômico a que pertença;

IV – descrição clara e objetiva da dúvida e elementos imprescindíveis a sua solução; V – outros documentos e informações especificados em ato do Secretário de Estado de

Fazenda.

§ 1º A consulta deverá referir-se a uma só matéria, admitindo-se a cumulação somente de

questões conexas. § 2º Somente serão recebidas e autuadas as consultas que atendam ao disposto nos incisos

I, II, III e V do caput.

§ 3º A consulta será apresentada em texto impresso ou em outra forma a ser definida em ato do Secretário de Estado de Fazenda.

Seção II Do Saneamento Processual

Art. 75. O saneamento do processo de consulta será concluído no prazo de 60 (sessenta) dias, contado de sua interposição, e compete:

I – ao titular da repartição fiscal de atendimento ao contribuinte da Subsecretaria da

Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, relativamente:

a) à recepção e autuação do pedido, conforme o disposto no art. 74, § 2º;

b) à existência de inscrição do consulente no Cadastro Fiscal do Distrito Federal, quando contribuinte do tributo sobre o qual versar a consulta;

c) à verificação da situação do contribuinte quanto ao disposto no art. 76, III; II – ao titular da Diretoria de Tributação da Subsecretaria da Receita da Secretaria de

Estado de Fazenda, relativamente ao disposto no:

a) art. 73, caput, ressalvado o disposto na alínea “b” do inciso I deste artigo; b) inciso IV do caput e § 1º, ambos do art. 74;

c) art. 76, II.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 161

Seção III

Da Inadmissibilidade da Consulta Art. 76. Não será admitida consulta:

I – em desacordo com o disposto no art. 73 e no inciso IV do caput do art. 74;

II – que verse sobre assunto estranho à atividade desenvolvida pelo consulente ou pelos representados a que se refere o parágrafo único do art. 73; III – formulada por quem esteja:

a) intimado a cumprir obrigação relativa ao objeto da consulta;

b) submetido a ação fiscal.

§ 1º Caberá ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, no prazo de 30 (trinta) dias, expedir Declaração de Inadmissibilidade de Consulta, sem análise de mérito, especificando o motivo que lhe tenha dado causa.

§ 2º A competência a que se refere o § 1º poderá ser delegada, observado o disposto no

art. 75.

Seção IV

Da Consulta Ineficaz

Art. 77. Será declarada ineficaz a consulta: I – sobre fato:

a) definido ou declarado em disposição literal de legislação; b) disciplinado em ato normativo, inclusive em Solução de Consulta, ou orientação

publicados antes de sua apresentação; II – que apresente falsidade na declaração a que se refere o art. 74, III.

§ 1º Compete ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda expedir Declaração de Ineficácia de Consulta, especificando os respectivos motivos.

§ 2º A declaração a que se refere o § 1º, se acrescida de orientação ao consulente, poderá, a juízo da autoridade competente, ser publicada no DODF.

§ 3º A competência a que se refere o § 1º poderá ser delegada.

§ 4º Da Declaração de Ineficácia de Consulta não cabe recurso.

Seção V Da Consulta Eficaz

Art. 78. A decisão em processo de consulta compete: I – em primeira instância, ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda,

por meio de Solução de Consulta; II – em segunda instância, ao Secretário de Estado de Fazenda.

§ 1º As competências de que tratam os incisos I e II poderão ser delegadas.

§ 2º A autoridade poderá, a qualquer tempo, rever a decisão de que trata este artigo, hipótese em que a decisão anterior será expressamente revogada, mediante

publicação no DODF.

§ 3º A revisão a que se refere o § 2º produzirá os efeitos previstos no art. 80.

Art. 79. Da decisão de primeira instância caberá recurso voluntário, com efeito suspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contado de sua publicação. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a consulta declarada inadmissível ou

ineficaz.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 162

Art. 80. A decisão em processo de consulta será publicada no DODF e terá eficácia

normativa após se tornar definitiva. Parágrafo único. A decisão definitiva constitui-se norma complementar, nos termos do art.

100, II, do Código Tributário Nacional, e vincula os órgãos administrativos.

Seção VI Dos Efeitos da Consulta

Art. 81. O sujeito passivo não será submetido a procedimento fiscal ou compelido a cumprir obrigação tributária principal ou acessória relativos à matéria consultada, desde a data de

protocolo da consulta até:

I – a ciência em Declaração de Inadmissibilidade de Consulta;

II – a ciência em Declaração de Ineficácia de Consulta;

III – a data em que se tornar definitiva a decisão proferida em processo de consulta

eficaz.

Parágrafo único. O disposto neste artigo e no art. 82, caput, nos casos de consultas formuladas por entidades representativas das categorias econômicas ou profissionais, não se aplica aos representados que não atendam ao disposto no art. 76, III.

Art. 82. Não incidirão juros ou multa de mora sobre tributos relativos à matéria consultada

enquanto inexistir decisão definitiva em processo de consulta, desde que protocolizada antes do vencimento da obrigação. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a consulta declarada inadmissível ou

ineficaz.

CAPÍTULO II DO PROCESSO DE RECONHECIMENTO DE BENEFÍCIO FISCAL

DE CARÁTER NÃO GERAL

Seção I Do Pedido

Art. 83. O reconhecimento do cumprimento dos requisitos legais para a fruição de benefícios fiscais de caráter não geral dependerá de requerimento formulado pelo

interessado.

Parágrafo único. A juízo da autoridade competente, o reconhecimento a que se refere o caput poderá ocorrer, independentemente de requerimento, com fundamento em dados cadastrais da Secretaria de Estado de Fazenda ou disponibilizados por outros órgãos ou

entidades da Administração Pública.

Art. 84. O requerimento de que trata o art. 83 deverá ser protocolizado nas repartições fiscais de atendimento ao contribuinte da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda e conterá, no mínimo:

I – identificação do interessado;

II – tipo do benefício; III – especificação do tributo;

IV – período de referência. § 1º O interessado deverá anexar os documentos comprobatórios que se fizerem

necessários.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 163

§ 2º O requerimento de reconhecimento de benefício fiscal relativo a tributo direto poderá

ser apresentado a qualquer tempo, enquanto não ajuizada a ação de cobrança judicial do crédito tributário respectivo.

§ 2º O requerimento de reconhecimento de benefício fiscal relativo a tributo direto poderá ser apresentado a qualquer tempo, enquanto não expirados os prazos decadencial ou

prescricional (Nova Redação Decreto Nr. DECRETO Nº 35.059, DE 03 DE JANEIRO DE 2014) § 3º Ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda poderá dispor

sobre saneamento processual e documentos necessários à análise do requerimento de que trata esta Seção.

Art. 85. Quando necessária a prestação de informações ou a apresentação de documentos

ou provas pelo interessado ou terceiros, será expedida intimação para este fim, que mencionará prazo e forma de atendimento.

§ 1º Poderá a autoridade competente, quando possível, suprir de ofício a necessidade a que se refere o caput.

§ 2º O não atendimento à intimação a que se refere o caput ensejará o arquivamento do processo, sem prejuízo do disposto no § 1º.

Art. 86. No reconhecimento de benefício fiscal levar-se-á em consideração as disposições legais contidas na Constituição Federal, na Lei Orgânica do Distrito Federal, na Lei

Complementar Nacional nº 101, de 2000, na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, na Lei Orçamentária Anual e na legislação tributária.

Art. 87. O Ato Declaratório de reconhecimento de benefício fiscal relativo a tributo lançado por período certo de tempo poderá dispor sobre a continuidade de seu efeito para períodos

posteriores, vinculada à manutenção das razões que o fundamentarem. Art. 88. As disposições desta Seção aplicam-se, no que couber, ao reconhecimento de

imunidade de que trata a Seção II.

Seção II Do Reconhecimento de Imunidade

Art. 89. No reconhecimento de imunidade levar-se-á em consideração a finalidade essencial do interessado, nas hipóteses previstas na Constituição Federal.

Art. 90. Para efeitos do disposto no art. 89, consideram-se finalidades essenciais das entidades referidas nas alíneas “b” e “c” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal,

aquelas constantes de seu estatuto ou ato constitutivo, desde que condizentes com a natureza da respectiva entidade.

Art. 91. Para os efeitos do disposto nesta Seção, considera-se vinculado ou relacionado à finalidade essencial das entidades religiosas, entre outros bens patrimoniais, o imóvel:

I – destinado à construção de prédio para a celebração de cultos;

II – destinado a escritório, estacionamento ou residência de seus dirigentes; III – alugado, cuja renda seja revertida aos fins da entidade.

Art. 92. O reconhecimento da imunidade estender-se-á aos demais impostos que incidam sobre o patrimônio, renda ou serviços do interessado, se dispensável a análise de situação

fática específica, observado o disposto no art. 90.

§ 1º Parágrafo único. Na hipótese da extensão a que se refere o caput, deverá a autoridade competente fazer constar da decisão os termos em que aquela se opera e o patrimônio, renda ou serviço sobre os quais recai.

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§ 2º A suspensão da imunidade aplicar-se-á em relação a todos os anos-calendários em que for constatada a irregularidade que lhe deu causa, sendo restabelecida no exercício seguinte, desde que preenchidas as condições previstas no artigo 14

do Código Tributário Nacional.

§ 3º Constatado que a instituição beneficiária de imunidade de tributos não está observando os requisitos legais para o seu gozo, a autoridade fiscal competente expedirá notificação fiscal, na qual relatará os fatos que autorizam a suspensão

do benefício, indicando inclusive a data da ocorrência da infração apurada.

§ 4º Não se considera descumprimento de condição para a fruição de imunidade a ausência de requerimento prévio do interessado e de Ato Declaratório.

Parágrafos 2º, 3º e 4º, acrescentados e Paragrafo único renumerado pelo

DECRETO Nº 36.000, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2014.

Seção III

Das Obrigações dos Beneficiários

Art. 93. Os beneficiários são obrigados a comunicar à Administração Tributária qualquer

alteração das condições exigidas para a concessão do benefício no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de sua ocorrência. Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput ensejará a cobrança do tributo,

monetariamente atualizado, com os acréscimos legais.

Seção IV Da Decisão

Art. 94. A decisão sobre o processo de que trata este Capítulo compete:

I – ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, em primeira instância; II – ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, em segunda instância.

§ 1º A competência de que trata o inciso I poderá ser delegada.

§ 2º Na hipótese do inciso I do caput, a decisão será proferida no prazo de 90 (noventa)

dias, contado do recebimento do pedido pela unidade responsável por sua análise.

§ 3º O prazo a que se refere o § 2º estender-se-á por até 90 (noventa) dias, mediante despacho fundamentado.

§ 4º A autoridade e o Tribunal de que tratam os incisos I e II do caput poderão determinar a realização das diligências que se fizerem necessárias.

Art. 95. O reconhecimento de imunidade e de benefício fiscal de caráter não geral dar-se-á por Ato Declaratório.

Art. 96. O Ato Declaratório conterá, no mínimo:

I – número;

II – identificação do interessado;

III – especificação da imunidade ou do benefício fiscal e do respectivo tributo;

IV – período de vigência;

V – condições para manutenção da imunidade ou do benefício, se for o caso;

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VI – número do processo;

VII – fundamento legal;

VIII – valor da renúncia de receita, se for o caso.

Art. 97. O ato de reconhecimento será cassado sempre que se verificar o descumprimento de condição para sua fruição.

Art. 98. Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo, ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência.

Parágrafo único. Terá efeito suspensivo o recurso contra a decisão que altere, casse ou

anule ato de reconhecimento de imunidade ou benefício fiscal. CAPÍTULO III

DO PROCESSO DE AUTORIZAÇÃO DE ADOÇÃO DE REGIME ESPECIAL Seção I

Do Pedido

Art. 99. A adoção de regime especial de emissão e escrituração de documentos fiscais e de

apuração e recolhimento de obrigação tributária poderá ser autorizada, mediante requerimento do interessado:

I – para atender às peculiaridades do interessado no que se refere às operações ou prestações envolvidas, relacionadas a tributo do qual seja contribuinte, inscrito no

Cadastro Fiscal do Distrito Federal, ou pelo qual seja responsável; II – nas hipóteses previstas na legislação tributária.

§ 1º O regime especial terá eficácia de 5 (cinco) anos, a contar da data de sua concessão, caso não seja fixado outro prazo.

§ 2º O prazo de vigência do regime especial poderá ser prorrogado, a juízo da

autoridade competente, desde que o requerimento de prorrogação seja

protocolizado na vigência do regime.

§ 3º O requerimento de prorrogação do prazo de vigência do regime especial deverá conter a relação dos estabelecimentos beneficiários.

§ 4° A protocolização do requerimento de prorrogação, nos termos do § 2º, assegura a vigência do regime especial até a data de ciência da decisão do pedido.

Art. 100. O pedido de regime especial será apresentado a qualquer agência de atendimento da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda e conterá, no mínimo:

I – órgão ou autoridade administrativa a que for dirigido;

II – identificação completa do interessado e, se representado, de quem o represente; III – domicílio do interessado ou local para recebimento de correspondência; IV – ramo de atividade;

V – informação quanto a ser ou não contribuinte de outro tributo; VI – data e assinatura do interessado;

VII – procuração, se for o caso; VIII – descrição do sistema atual adotado relativamente à operação ou prestação a que

se refere o pedido, inclusive sobre as obrigações acessórias; IX – descrição minuciosa, clara e objetiva do sistema pretendido, bem como a demons-

tração das circunstâncias que o justificam, além dos modelos de documentos que

pretende modificar ou adotar; X – indicação dos estabelecimentos que irão utilizar a sistemática pretendida;

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XI – informação quanto à existência ou não de regime especial em vigor ou pedido

indeferido que trate da mesma matéria, ainda que de outro estabelecimento do mesmo titular;

XII – comprovação de que não esteja inadimplente com as suas obrigações e encargos

referentes ao sistema da seguridade social; XIII – cópia de ato concessivo do regime especial aprovado por outras unidades

federadas, se for o caso.

§ 1º O pedido de regime especial não será admitido quando versar sobre assunto

estranho à atividade desenvolvida pelo interessado. § 2º Aplica-se ao processo de que trata este Capítulo o disposto no art. 85.

§ 3º É facultado ao interessado receber as intimações relativas ao pedido de regime especial por meio de correio eletrônico, hipótese em que deverá deixar expressa

a opção e informar o endereço eletrônico. § 4º Tratando-se de regime que envolva obrigações relativas a mais de um tributo, essa

circunstância deverá ser mencionada no pedido.

§ 5º Ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda poderá dispor sobre as formas de apresentação do pedido de regime especial.

Seção II

Da Decisão

Art. 101. A decisão em processo de autorização de adoção de regime especial compete:

I – ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, em primeira instância; II – ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, em segunda instância.

§ 1º A competência de que trata o inciso I do caput poderá ser delegada.

§ 2º Tratando-se de decisão proferida por delegação, a autoridade delegada ou a unidade responsável pela análise poderá solicitar manifestação sobre o pedido às demais unidades da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda.

Art. 102. A decisão deverá ser proferida no prazo de 90 (noventa) dias, contado do ingresso

do pedido no setor responsável por sua análise. Parágrafo único. O prazo a que se refere o caput estender-se-á por até noventa dias, mediante despacho fundamentado.

Art. 103. Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo, ao

Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência.

§ 1º Nos casos de cassação ou alteração do regime especial, o Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais poderá conceder, liminarmente, efeito

suspensivo ao recurso, se a decisão atacada for suscetível de causar lesão grave e de difícil reparação, desde que requerido pelo interessado.

§ 2º A concessão do efeito suspensivo ao recurso será imediatamente comunicada à

autoridade de primeira instância. § 3º Não sendo concedido efeito suspensivo ao recurso, nos termos do § 1º, o processo

será julgado com preferência sobre os demais feitos, se assim for decidido pelo Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

Seção III

Das Disposições Gerais

Art. 104. O interessado receberá uma via do ato que autorizar a adoção de regime especial

que lhe for concedido e registrará no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências (RUDFTO), para controle do fisco, as seguintes informações relativas ao regime:

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I – número;

II – objeto; III – data de concessão; IV – vigência;

V – eventuais prorrogações e alterações. Art. 105. Quando houver necessidade de anuência do fisco de outra unidade federada, esta

deverá ser obtida no prazo de 90 (noventa) dias, contado da assinatura do regime especial. Art. 106. O ato que autorizar a adoção de regime especial será publicado no sítio da

Secretaria de Estado de Fazenda na Internet, e produzirá efeitos a partir da data nele prevista.

Parágrafo único. Na hipótese do art. 105, o ato que autorizar a adoção de regime especial somente será publicado e produzirá efeitos após a obtenção da anuência.

Art. 107. A autorização de adoção de regime especial:

I – não desobriga o beneficiário do cumprimento das demais obrigações previstas na legislação tributária;

II – não dispensa o sujeito passivo da observância da legislação relativa a outros tributos.

Art. 108. Por meio de comunicado escrito à autoridade fiscal concedente, o interessado poderá renunciar ao regime especial.

Parágrafo único. Na hipótese de renúncia de que trata o caput, considerar-se-á sem efeito o regime especial a partir do primeiro dia do mês subsequente ao da protocolização do aviso.

Art. 109. O regime especial poderá ser:

I – cassado ou alterado pela autoridade competente quando: a) mostrar-se prejudicial ou inconveniente aos interesses da Fazenda Pública; b) o beneficiário incorrer em descumprimento de obrigação nele prevista;

II – alterado, a requerimento do interessado.

Art. 110. A superveniência de norma que conflite com o regime especial implicará sua revogação, independentemente de comunicação do fisco.

CAPÍTULO IV DO PROCESSO DE RESTITUIÇÃO

Seção I Das Disposições Preliminares

Art. 111. O sujeito passivo tem direito, independentemente de protesto prévio, à restituição total ou parcial do tributo, atualizado monetariamente, nos seguintes casos:

I – recolhimento de tributo indevido, ou maior que o devido; II – erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no

cálculo do montante do débito, ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;

III – reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão contrária ao contribuinte.

Parágrafo único. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.

Art. 112. A restituição dependerá de prova de pagamento indevido e, em caso de tributo

indireto, somente será feita a quem prove haver assumido o encargo financeiro ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.

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§ 1º O terceiro que faça prova de haver suportado o encargo financeiro do tributo

recolhido a maior ou em duplicidade sub-roga-se no direito à restituição respectiva.

§ 2º Na hipótese de recolhimento em duplicidade, salvo prova em contrário, terá

preferência na restituição o contribuinte cujo nome conste do Documento de Arrecadação – DAR.

Art. 113. Não será restituída a multa ou parte da multa recolhida anteriormente à vigência de lei que abolir ou diminuir a pena fiscal.

Art. 114. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco)

anos, contado: I – da data da extinção do crédito tributário, nas hipóteses dos incisos I e II do art.

111; II – da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou transitar em

julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido

a decisão condenatória, na hipótese do inciso III do art. 111. Seção II

Do Pedido

Art. 115. O pedido de restituição será apresentado por escrito a qualquer agência de

atendimento da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, e conterá, no mínimo:

I – identificação do requerente; II – discriminação do tributo; III – período de referência;

IV – valor originário do tributo ou penalidade, quando identificado; V – motivo da solicitação;

VI – assinatura do requerente ou de seu representante legal, acompanhado do instrumento de procuração, se for o caso.

§ 1º No caso de divergência entre o valor requerido e o constante em registro da Ad-ministração Tributária, serão exigidos os documentos originais comprobatórios do

recolhimento do tributo. § 2º Tratando-se de Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis por

Natureza ou Acessão Física e de Direitos Reais sobre Imóveis - ITBI ou de Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Bens e Direitos – ITCD, deverá ser adicionado ao

rol de documentos que instruirão o pedido de restituição:

I – antes da lavratura da escritura pública, declaração do transmitente, com firma

reconhecida, acerca do cancelamento da transação;

II – após a lavratura da escritura pública no ofício de notas e antes do registro no cartório de registro de imóveis, assentamento do ofício de notas que tenha lavrado a referida escritura acerca do distrato.

§ 3º No caso do inciso II do § 2º, para fins de instrução processual, fica dispensada a

apresentação do documento de arrecadação original, desde que perfeitamente transcrito nos instrumentos cartoriais.

Seção III

Do Saneamento e da Análise Processual

Art. 116. Compete à agência de atendimento da circunscrição em que se localizar o

contribuinte receber e autuar o pedido e, no prazo de 60 (sessenta) dias: I – promover o saneamento do processo, que compreenderá:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 169

a) verificação da identidade e assinatura do representante legal; b) verificação das informações cadastrais do requerente, se for o caso; c) confirmação do ingresso da receita nos cofres públicos do Distrito Federal;

d) verificação e informação sobre a existência de débito inscrito em Dívida Ativa em nome do requerente;

e) verificação quanto à assunção do encargo financeiro pelo requerente; II – emitir parecer técnico fundamentado na legislação vigente, em que se informe o valor

a ser restituído, se for o caso;

III – encaminhar os autos à autoridade de que trata o art. 121.

Parágrafo único. A agência a que se refere o caput poderá, no cumprimento do disposto no inciso I, solicitar diligências ou manifestação de outras unidades da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda.

Seção IV

Das Modalidades de Restituição Art. 117. A restituição será feita mediante compensação, nas modalidades de estorno

contábil ou compensação financeira, ou, ainda, em moeda corrente.

Art. 118. A restituição em moeda corrente será feita na hipótese de recolhimento indevido de:

I – tributos diretos; II – tributos indiretos, quando o titular do direito for contribuinte:

a) autônomo do ISS; b) não inscrito no CF/DF;

c) optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte –

SIMPLES NACIONAL, quanto aos tributos de competência do Distrito Federal, sem prejuízo da regulamentação específica do Comitê Gestor do Simples Nacional – CGSN, com fundamento no art. 21, § 5º, da Lei Complementar

federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

Art. 119. A compensação financeira terá precedência à restituição em moeda corrente na hipótese de restituição de recolhimento indevido a contribuinte em débito de natureza tributária para com a Fazenda Pública do Distrito Federal.

§ 1º A compensação de que trata este artigo consiste na quitação do débito existente,

até o limite do valor a ser restituído. § 2º Na decisão que autorizar a restituição na forma prevista neste artigo, a autoridade

especificará, em despacho fundamentado, a natureza dos tributos, os períodos de referência e os valores a serem compensados.

§ 3º Na hipótese de recolhimento indevido de tributos arrecadados no âmbito do

Simples Nacional, a compensação de que trata este artigo terá precedência à restituição em moeda corrente e será efetivada com créditos da Fazenda Pública do Distrito Federal, vedada a utilização daqueles relativos ao ICMS e ISS cujos

fatos geradores tenham ocorrido no período de opção pelo Simples Nacional, sem prejuízo da regulamentação específica do Comitê Gestor do Simples Nacional –

CGSN, com fundamento no § 5º do art. 21 da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 170

Art. 120. O recolhimento indevido de impostos indiretos por contribuinte inscrito no CF/DF

será compensado por meio do estorno contábil, na forma de crédito fiscal a ser utilizado nos períodos subsequentes, ressalvado o disposto no art. 118.

§ 1º O crédito do imposto, corretamente destacado em documento fiscal e não aproveitado na época própria, não será objeto de compensação, devendo o

contribuinte proceder conforme disposto na legislação específica. § 2º O estorno contábil de débito será registrado no período imediatamente posterior

àquele em que for apurado o recolhimento indevido, transportando-se o saldo

remanescente para os períodos subsequentes, se for o caso.

Seção V Da Decisão

Art. 121. A decisão em processo de restituição dar-se-á no prazo de 30 (trinta) dias, contado do recebimento do processo pela autoridade julgadora, e compete:

I – ao Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, em primeira instância;

II – ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, em segunda instância.

§ 1º A competência de que trata o inciso I do caput poderá ser delegada.

§ 2º A decisão deverá especificar a forma de restituição, se em moeda corrente, estorno

contábil ou compensação financeira.

§ 3º Da decisão de primeira instância caberá recurso, sem efeito suspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contado de sua publicação.

CAPÍTULO V

DA DESISTÊNCIA E DA RENÚNCIA Art. 122. Caracteriza renúncia ao direito de recorrer ou desistência do processo

administrativo fiscal de jurisdição voluntária a propositura pelo contribuinte contra a Fazenda Pública do Distrito Federal de ação judicial com o mesmo objeto.

TÍTULO VII

DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CAPÍTULO I

DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA Art. 123. O Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais é integrado por quatorze conse-

lheiros efetivos e igual número de suplentes, de reconhecida competência e possuidores de conhecimentos especializados em assuntos tributários, sendo sete representantes da

Fazenda do Distrito Federal e sete representantes dos contribuintes, todos nomeados pelo Governador do Distrito Federal para mandato de 3 (três) anos, admitida uma única recondução, a juízo da autoridade competente.

§ 1º Os representantes dos contribuintes e respectivos suplentes serão escolhidos

dentre lista tríplice apresentada pelas entidades representativas do comércio, da indústria, dos proprietários de imóveis, dos transportes, das instituições de ensino,

dos serviços de comunicação e da agricultura.

§ 2º Os representantes do Distrito Federal serão escolhidos dentre servidores integrantes da carreira Auditoria Tributária do Distrito Federal, com, no mínimo, 5

(cinco) anos de efetivo exercício, mediante lista tríplice resultante de processo seletivo interno, na forma estabelecida em regulamento aprovado pelo Secretário

de Estado de Fazenda.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 171

Art. 124. O Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais elegerá seu Presidente e Vice-Presidente para um mandato de 1 (um) ano, dentre os Conselheiros efetivos, observando-se que o Presidente será escolhido dentre os Conselheiros representantes do Distrito

Federal, e o Vice-Presidente dentre os Conselheiros dos contribuintes.

Art. 125. O Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais funcionará com duas Câmaras e um Pleno.

§ 1º O Pleno é composto pela totalidade dos Conselheiros, sendo vedado o direito a voto do Vice-Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

§ 2º As Câmaras funcionarão com a seguinte composição:

I – Primeira Câmara, com o presidente do Tribunal, três representantes do Distrito Federal e três dos contribuintes;

II – Segunda Câmara, com o vice-presidente do Tribunal, três representantes do

Distrito Federal e três dos contribuintes.

§ 3º O Pleno e a Primeira Câmara serão presididos pelo Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais.

§ 4º A Segunda Câmara será presidida pelo Vice-Presidente do Tribunal Administrativo

de Recursos Fiscais. § 5º As decisões do Tribunal Pleno e das Câmaras serão tomadas por maioria de votos,

cabendo ao respectivo Presidente o voto de qualidade. Art. 126. Ao Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais compete julgar em segunda

instância os processos administrativos fiscais de jurisdição:

I – contenciosa; II – voluntária de reconhecimento de benefícios fiscais de caráter não geral, de

autorização de adoção de regime especial de interesse do contribuinte e de

restituição.

Parágrafo único. A competência para julgamento dos processos administrativos fiscais de jurisdição voluntária será exercida por meio do Pleno do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, observado o disposto no art. 131.

Art. 127. O Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais não receberá o

recurso se:

I – for intempestivo;

II – a decisão de primeira instância ou cameral estiver em plena conformidade com enunciado de súmula deste Tribunal.

Parágrafo único. O disposto no inciso II do caput aplica-se às decisões sujeitas ao reexame necessário.

Art. 128. A Fazenda Pública será representada no Tribunal Administrativo de Recursos

Fiscais por integrantes da carreira de Procurador do Distrito Federal. Parágrafo único. A falta de comparecimento de representante da Fazenda Pública à sessão

de julgamento não é obstáculo para que a decisão seja proferida. Art. 129. O julgamento no Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais far-se-á em

conformidade com o disposto na Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011, neste Decreto e no seu Regimento Interno.

§ 1º O Conselheiro relator e o representante da Fazenda Pública terão o prazo de 30

(trinta) dias para fazerem conclusos os processos que lhes forem distribuídos.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 172

§ 2º O pedido de vista não impede que os Conselheiros que se sintam habilitados

possam votar. § 3º O Conselheiro que formular o pedido de vista restituirá os autos ao Presidente, no

prazo de 10 (dez) dias, contado da data do recebimento.

§ 4º A realização de diligências interrompe a contagem dos prazos fixados neste artigo.

Art. 130. O Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais poderá analisar o mérito, ainda que a autoridade julgadora de primeira instância não o tenha feito, desde que se verifiquem nos autos elementos que possibilitem o julgamento do recurso, sem retorno à primeira

instância.

Art. 131. O Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, na hipótese de não ter sido proferida decisão de primeira instância no prazo legal, nem convertido o

julgamento em diligência, poderá avocar o processo mediante requerimento do interessado. Parágrafo único. Em caso de avocação, competirá a uma das Câmaras o julgamento do

processo.

Art. 132. Dos atos do Presidente do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais ou dos Presidentes das Câmaras cabe recurso ao Pleno, no prazo de 10 (dez) dias, contado da sua ciência.

Art. 133. Ocorrendo impedimento de Conselheiro, quando não declarado tempestivamente,

pode a parte opor-lhe exceção.

§ 1º A exceção será arguida:

I – no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da publicação no DODF da ata da sessão em que se der a distribuição do processo, se o arguido for o Conselheiro

Relator; II – na sessão de julgamento do processo, no momento próprio para sustentação

oral, se outro Conselheiro for o arguido.

§ 2º Na hipótese do inciso II do § 1º, se a exceção for acolhida, o julgamento do

processo será adiado para a sessão subsequente.

Art. 134. Da decisão omissa, contraditória ou obscura cabem embargos de declaração, no

prazo de 5 (cinco) dias, contado da publicação do acórdão.

§ 1º Não serão conhecidos, e sua oposição não interromperá o prazo para interposição de outros recursos, os embargos que forem apresentados após o prazo previsto no caput.

§ 2º Na hipótese de embargos manifestamente protelatórios, a autoridade julgadora ou

o Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais conhecerá o recurso e consignará na decisão que subsequentes embargos com o mesmo objeto não serão conhecidos e não interromperão o prazo para interposição de outros recursos.

CAPÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS DOS PROCESSOS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

Art. 135. Da decisão da Câmara desfavorável à Fazenda Pública ou ao contribuinte em processo de jurisdição contenciosa, cabe Recurso Extraordinário ao Pleno, com efeito suspensivo, a ser interposto no prazo de 20 (vinte) dias, contado da data da publicação do

acórdão, nas seguintes hipóteses:

I – quando a decisão não for unânime;

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II – quando a decisão, proferida com o voto de desempate do Presidente, for contrária

à legislação ou à evidência dos autos;

III – quando a decisão, embora unânime, divergir de outras decisões das Câmaras ou do Pleno do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais quanto à interpretação do

direito em tese, ou deixar de apreciar matéria de fato ou de direito que lhe tiver sido submetida.

§ 1º Na hipótese de recurso interposto pela Representação Fazendária, será aberto

prazo de 20 (vinte) dias, a contar da publicação da admissibilidade no DODF,

para o contribuinte apresentar suas contrarrazões. § 2º O Recurso Extraordinário ao Pleno será distribuído a Conselheiro distinto do que

tiver redigido o acórdão da decisão recorrida e daquele que tiver sido relator no julgamento cameral.

Art. 136. O Presidente da Câmara, na ausência de interposição de Recurso Extraordinário por parte da Fazenda Pública, encaminhará os autos do processo de jurisdição contenciosa

ao Pleno para reexame necessário, no prazo de 20 (vinte) dias, se a decisão, não unânime, exonerar o sujeito passivo de crédito tributário de valor superior a R$ 30.000,00 (trinta mil

reais), a ser atualizado na forma da legislação específica.

§ 1º Se o Presidente da Câmara deixar de encaminhar os autos, cumpre ao servidor

que do fato tomar conhecimento providenciar a remessa ao Pleno. § 2º O acórdão somente produzirá efeitos após confirmado pelo Pleno.

§ 3º Para fins de verificação da condição a que se refere o caput, será considerado o valor do crédito tributário exonerado monetariamente atualizado até a data do julgamento.

CAPÍTULO III

DO ENUNCIADO DE SÚMULA DO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

Art. 137. Compete ao Pleno do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, por iniciativa de seu Presidente, do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda ou do

representante da Fazenda Pública, editar enunciado de súmula de suas reiteradas decisões.

§ 1º As decisões proferidas em pelo menos seis julgamentos em meses diversos

poderão ser objeto de enunciado de súmula, se oriundas das Câmaras, desde que unânimes, ou do Pleno do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais, ainda que

por maioria. § 2º A decisão pela edição de enunciado de súmula será tomada por maioria de votos

dos Conselheiros que integram o Pleno do Tribunal Administrativo de Recursos

Fiscais.

Art. 138. O enunciado de súmula, a partir da data de sua publicação no DODF, terá efeito vinculante em relação aos órgãos julgadores e aos demais órgãos da Administração Tributária.

§ 1º O enunciado de súmula poderá ser revisto ou cancelado mediante solicitação das

autoridades previstas no art. 137, caput, obedecidos os procedimentos previstos para a sua edição.

§ 2º A revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula produzirá efeitos na data de sua publicação no DODF.

TÍTULO VIII DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DE PROCESSOS

Art. 139. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os processos administrativos em que figure como parte ou interessado:

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I – pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;

II – pessoa portadora de deficiência, física ou mental; III – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,

espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de

imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.

§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as

providências a serem cumpridas.

§ 2º Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária.

TÍTULO IX Das diligências e da perícia

Art. 140. A autoridade julgadora determinará, de ofício ou a requerimento do interessado, a realização de diligências ou de perícia, quando as entender necessárias, indeferindo,

mediante decisão fundamentada, aquelas que considerar protelatórias, prescindíveis ou impraticáveis.

§ 1º Considerar-se-á não formulado o pedido de diligência ou de perícia: I – não requerido no prazo da impugnação; II – que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso VI do art. 53.

§ 2º O interessado será intimado da decisão que negar ou deferir a realização de diligência ou de perícia, que deverá indicar, neste último caso, o procedimento a

ser observado. § 3º Poderá constar da própria decisão de mérito o indeferimento de pedido de

realização de diligência ou de perícia, com os respectivos fundamentos.

§ 4º Para a realização de diligência ou perícia será emitida OS própria. Art. 141. A autoridade julgadora indicará servidor da Carreira de Auditoria Tributária do

Distrito Federal para a realização de perícia e intimará o perito assistente do sujeito passivo para proceder ao exame requerido, fixando-lhes prazo, não superior a 60 (sessenta) dias, para a apresentação dos respectivos laudos.

Parágrafo único. O prazo para a realização de perícia poderá ser prorrogado a critério da autoridade julgadora.

Art. 142. Na hipótese de o resultado de diligência ou da perícia implicar a necessidade de alteração do Auto de Infração ou do Auto de Infração ou Apreensão, observar-se-á o

disposto no §§ 3º e 4º do art. 52.

Revogados pelo DECRETO Nº 36.410, DE 23 DE MARÇO DE 2015

TÍTULO X

DA EXECUÇÃO DAS DECISÕES NA JURISDIÇÃO CONTENCIOSA

Art. 143. A decisão definitiva contrária ao sujeito passivo deverá ser cumprida no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de ciência dessa condição pelo interessado, por meio de

intimação.

§ 1º Não cumprida a exigência no prazo de que trata o caput, a autoridade competente

providenciará a inscrição do débito em Dívida Ativa, observado o disposto no § 1º do art. 50.

§ 2º No caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cumpre à autoridade julgadora ou ao servidor designado exonerá-lo de ofício dos gravames

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 175

decorrentes do contencioso fiscal, no prazo máximo de 20 (vinte) dias da ciência

do interessado.

§ 3º Para fins da exoneração de que trata o § 2º, a autoridade julgadora encaminhará o processo para a unidade responsável pelo lançamento, para adoção dos

procedimentos necessários ao cumprimento da decisão.

TÍTULO XI DA EFICÁCIA DAS DECISÕES

Art. 144. São definitivas as decisões:

I – de primeira instância, quando esgotado o prazo para recurso voluntário; II – de segunda instância, se não couber recurso ou, quando couber, não tiver sido

interposto no prazo.

Parágrafo único. São também definitivas as decisões de primeira instância quanto à parte

que não for objeto de recurso voluntário ou que não estiver sujeita ao reexame necessário.

TÍTULO XII DAS NULIDADES

Art. 145. São inválidos os atos que desatendam os pressupostos legais e regulamentares ou os princípios da Administração, especialmente nos casos de:

I – incompetência; II – vício de forma; III – ilegalidade do objeto;

IV – inexistência de motivo; V – desvio de finalidade.

Art. 146. A motivação do ato indicará as razões que justifiquem sua edição, especialmente a regra de competência, os fundamentos de fato e de direito e a finalidade objetivada.

Parágrafo único. A motivação do ato no procedimento administrativo poderá consistir na remissão a pareceres ou manifestações nele proferidos.

Art. 147. A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou por provocação do interessado, salvo quando:

I – da irregularidade não resultar qualquer prejuízo; II – forem passíveis de convalidação.

§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam consequência dele.

§ 2º A autoridade competente declarará a nulidade, especificando se decorrente de vício formal ou não formal, mencionando expressamente os atos alcançados e

determinando, se for o caso, as providências necessárias ao prosseguimento ou à solução do processo, nos termos de ato do Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda.

§ 3º As irregularidades, incorreções ou omissões que possam acarretar prejuízo serão sanadas, de ofício ou por requerimento, quando o sujeito passivo não lhes houver

dado causa ou quando não influírem no julgamento do processo, não ensejando, nestes casos, a nulidade do ato respectivo.

§ 4º Na hipótese do § 3º, tratando-se de ato de formalização de exigência, as irregularidades, incorreções ou omissões não acarretarão a nulidade do ato se dele constarem elementos suficientes para determinar com segurança a natureza

da infração e a pessoa do infrator.

§ 5º Quando puder decidir a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração

de nulidade, a autoridade julgadora proferirá a decisão de mérito.

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Art. 148. A Administração poderá convalidar seus atos nos casos de:

I – vício de competência, desde que a convalidação seja feita pela autoridade titulada para a prática do ato e não se trate de competência indelegável;

II – vício formal, desde que o ato possa ser suprido de modo eficaz.

§ 1º Não será admitida a convalidação quando dela resultar prejuízo à Administração ou a terceiros ou quando se tratar de ato impugnado.

§ 2º A convalidação será sempre formalizada por ato motivado.

TÍTULO XIII

DOS ATOS NORMATIVOS

Art. 149. Compete à Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, objetivando a orientação, normatização, e as corretas interpretação e aplicação da legislação tributária, expedir:

I – Instruções Normativas;

II – Atos Declaratórios Interpretativos.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 177

TÍTULO XIV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 150. Das decisões proferidas nos processos alcançados por este Decreto não cabe

pedido de reconsideração, ressalvada a faculdade da autoridade prolatora de reconsiderar de ofício a decisão.

Art. 151. Os recursos das decisões em processo de jurisdição voluntária serão dirigidos à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias,

encaminhará os autos à segunda instância.

Art. 152. Salvo disposição específica, das decisões no âmbito da Administração Tributária cabe recurso hierárquico do interessado, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da ciência,

em face de razões de legalidade e de mérito.

§ 1º O recurso previsto no caput não é cabível em relação às decisões proferidas em

segunda instância ou para as quais a legislação preveja instância única.

§ 2º A decisão relativa ao recurso de que trata o caput fará coisa julgada

administrativa.

§ 3º O recurso de que trata este artigo será dirigido à autoridade que tenha proferido a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 (cinco) dias, o encaminhará

à autoridade superior, quando cabível.

Art. 153. Os autos de processo que verse sobre infração à legislação tributária somente serão arquivados após decisão final.

Art. 154. Permanecem em vigor as disposições legais relativas ao processo administrativo de exigência de multas não relacionadas com o descumprimento de obrigações tributárias.

Art. 155. Aplicam-se subsidiariamente a este Decreto os conceitos e princípios estabelecidos no Código Tributário Nacional, bem como as normas do processo

administrativo e do processo administrativo fiscal no âmbito da Administração Pública Federal e as da legislação processual civil e penal.

Art. 156. Todas as remissões, em diplomas legislativos vigentes, ao Decreto nº 16.106, de 30 de novembro de 1994, consideram-se feitas às disposições correspondentes deste

Decreto.

Art. 157. O Secretário de Estado de Fazenda e o Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, no âmbito de suas respectivas competências, poderão expedir normas complementares para o cumprimento do disposto neste Decreto.

Art. 158. Para efeito do disposto no § 5º do art. 11, ato do Secretário de Estado de Fazenda

estabelecerá cronograma de recadastramento dos sujeitos passivos inscritos no Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CF/DF.

Art. 159. Aplica-se este Decreto aos processos em curso, observadas as normas complementares editadas pela Secretaria de Estado de Fazenda e pela Subsecretaria da

Receita da Secretaria de Estado de Fazenda.

§ 1º O disposto neste Decreto não prejudica a validade dos atos praticados na vigência da legislação anterior, em especial os relativos ao processo administrativo fiscal praticados com base no Decreto nº 16.106, de 30 de novembro de 1994, no que

não contrariar a Lei nº 4.567, de 9 de maio de 2011.

§ 2º Não se modificarão os prazos iniciados antes da entrada em vigor deste Decreto.

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Art. 160. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 161. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 16.106, de

30 de novembro de 1994.

Brasília, 18 de outubro de 2011. 123º da República e 52º de Brasília

AGNELO QUEIROZ

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LEI Nº 2.834/2001 – RECEPCIONA A LEI 9.784/1999 AO DF (Autoria do Projeto: Poder Executivo)

PUBLICAÇÃO DODF Nº 234 DE 10/12/01(Folha nº 1)

LEI 2834/2001 DE 7 DE DEZEMBRO DE 2001

RECEPCIONA A LEI 9784/99

PROCEDIMENTO FISCAL

Recepciona a Lei Federal nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999,

que regula o processo administrativo no âmbito da

Administração Pública

Federal.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

Art. 1º Aplicam-se aos atos e processos administrativos no âmbito da Administração direta

e indireta do Distrito Federal, no que couber, as disposições da Lei Federal nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 7 de dezembro de 2001

114º da República e 42º de Brasília

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 180

LEI Nº 9.784/2001 – PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO FEDERAL

LEI FEDERAL DE 29 DE JANEIRO DE 1999.

9784/2001 PROCEDIMENTO FISCAL

Regula o processo administrativo

no âmbito da Administração Pública Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da

Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da administração indireta;

II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

Art 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,

finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:

I - atuação conforme a lei e o Direito;

II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;

III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de

agentes ou autoridades;

IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;

VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções

em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

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VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

VIII - observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza,

segurança e respeito aos direitos dos administrados;

X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e

nas situações de litígio;

XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento

do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício

de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as

decisões proferidas;

III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a

representação, por força de lei.

CAPÍTULO III

DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

I - expor os fatos conforme a verdade;

lI - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III - não agir de modo temerário;

IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

CAPÍTULO IV

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DO INÍCIO DO PROCESSO

Art 5º O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

Art 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação

oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II - identificação do interessado ou de quem o represente;

III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.

Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de

documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

Art 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários

padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.

Art 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.

CAPÍTULO V

DOS INTERESSADOS

Art 9º São legitimados como interessados no processo administrativo:

I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação;

II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser

afetados pela decisão a ser adotada;

III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses

difusos.

Art 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.

CAPÍTULO VI

DA COMPETÊNCIA

Art 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi

atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

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Art 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,

delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Parágrafo único. O disposto no caputdeste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.

Art 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Art 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da

atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade

e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

Art 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente

inferior.

Art 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria

de interesse especial.

Art 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.

CAPÍTULO VII

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou

se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo

cônjuge ou companheiro.

Art 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar.

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Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave,

para efeitos disciplinares.

Art 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges,

companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Art 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

CAPÍTULO VIII

DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

Art 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão

quando a lei expressamente a exigir.

§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável.

§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver

dúvida de autenticidade.

§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo.

§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas.

Art 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de

funcionamento da repartição na qual tramitar o processo.

Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à

Administração.

Art 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior.

Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.

Art 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização.

CAPÍTULO IX

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

Art 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.

§ 1º A intimação deverá conter:

I - identifição do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;

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II - finalidade da intimação;

III - data, hora e local em que deve comparecer;

IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;

V - informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento;

VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

§ 2º A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento.

§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do

interessado.

§ 4º No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.

§ 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas

o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.

Art 27. O desentendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado.

Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido direito de ampla defesa

ao interessado.

Art 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades

e os atos de outra natureza, de seu interesse.

CAPÍTULO X

DA INSTRUÇÃO

Art 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão

responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias.

§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à

decisão do processo.

§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para estes.

Art 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.

Art 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão

competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.

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§ 1º A abertura da consulta pública será objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim

de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.

§ 2º O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de interessado

do processo, mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as alegações substancialmente iguais.

Art 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo.

Art 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão estabelecer

outros meios de participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente reconhecidas.

Art 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros meios de participação de

administrados deverão ser apresentados com a indicação do procedimento adotado.

Art 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de

titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos.

Art 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever

atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei.

Art 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção dos

documentos ou das respectivas cópias.

Art 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações

referentes à matéria objeto do processo.

§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na motivação do relatório e da decisão.

§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas

propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

Art 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas

pelos interessados ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de atendimento.

Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão.

Art 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo.

Art 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com

antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.

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Art 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá

ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.

§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o

processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.

§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da

responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

Art 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado,

o órgão responsável pela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes.

Art 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo

máximo de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente fixado.

Art 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

Art 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias

reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem.

Art 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará

proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente.

CAPÍTULO XI

DO DEVER DE DECIDIR

Art 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos

administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.

Art 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.

CAPÍTULO XII

DA MOTIVAÇÃO

Art 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

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V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,

laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou

propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduz os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia

dos interessados.

§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito.

CAPíTULO XIII

DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO

Art 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente

do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.

§ 1º Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado.

§ 2º A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o

prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige.

Art 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua

finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.

CAPÍTULO XIV

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

Art 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de

legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

Art 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que

foram praticados, salvo comprovada má-fé.

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.

§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade

administrativa que importe impugnação à validade do ato.

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Art 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem

prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

CAPÍTULO XV

DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de

mérito.

§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.

Art 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas,

salvo disposição legal diversa.

Art 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:

I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida;

III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses

coletivos;

IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.

Art 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido

no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.

§ 2º O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.

Art 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor

os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.

Art 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.

Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente

da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

Art 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os

demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.

Art 63. O recurso não será conhecido quando interposto:

I - fora do prazo;

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II - perante órgão incompetente;

III - por quem não seja legitimado;

IV - após exaurida a esfera administrativa.

§ 1º Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-

lhe devolvido o prazo para recurso. § 2º O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato

ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. Art 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou

revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à

situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão.

Art 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias

relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

CAPÍTULO XVI DOS PRAZOS

Art 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se

da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. § 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.

§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. § 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do

vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.

Art 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.

CAPÍTULO XVII DAS SANÇÕES

Art 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza

pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

CAPÍTULO XVIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.

Art 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de janeiro de 1999; 178º da Independência e 111º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Renan Calheiros

Paulo Paiva

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 068, DE 23 DE JANEIRO DE 2014.

INSTRUÇÃO

068/2014 PUBLICADO NO DODF DE 14/02/2014 Pg. 16

Dispõe sobre Procedimentos Administrativos no âmbito da Agência de Fiscalização do Distrito Federal - AGEFIS

COM ALTERAÇÕES PELAS IN 74/2015 e 120/2017

Dispõe sobre Procedimentos Administrativos no âmbito da Agência de Fiscalização do Distrito Federal - AGEFIS. O DIRETOR-PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, em conjunto com os Superintendentes, no uso das atribuições previstas nos incisos V e VI do art. 3º e incisos II, IV e V do art. 5º da Lei nº 4.150, de 5 de junho de 2008, e em conformidade com a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, a Lei nº 2.834, de 7 de dezembro de 2001 e o art. 2º da Lei nº 4.150, de 5 de junho de 2008, RESOLVE:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. Esta Instrução Normativa disciplina os procedimentos fiscais, relativos aos atos e sanções administrativos praticados ou aplicados no âmbito da Agência de Fiscalização do Distrito Federal - AGEFIS, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Autarquia e da própria Administração. Art. 2º. Entre os atos e sanções de que trata o artigo anterior, figuram as Ações e Autos de Notificação, de Interdição, de Embargo, de Infração, de Apreensão e de Intimação Demolitória, bem como lançamentos de créditos tributários e não tributários, dentre outros, especificados por instrumento normativo próprio. Art. 3º. A AGEFIS obedecerá aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência, dentre outros. Parágrafo único. Para os Procedimentos Administrativos serão observados os critérios de: I - atuação conforme a Lei e o Direito, de modo a primar pela celeridade e economicidade processual; II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição; VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público e ao cumprimento da legislação; VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; VIII - observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados; XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do interesse público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

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CAPÍTULO II DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art. 4º. A AGEFIS assegurará ao administrado o direito de: I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores; II - cientificar-se da tramitação dos processos administrativos na condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas; III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, nos casos em que for permitido, os quais serão objeto de consideração pela autoridade competente; IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

CAPÍTULO III DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art. 5º. São deveres do administrado perante a AGEFIS, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo próprio: I - expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - não agir de modo temerário ou de modo a tumultuar o processo; IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. V

CAPÍTULO IV DO PROCESSO FISCAL

SEÇÃO I DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS

Art. 6°. Dos termos decorrentes da atividade de fiscalização lavrados na forma desta Instrução Normativa, será extraída uma via e/ou cópia para anexação ao processo administrativo nos casos em que for exigível ou, ainda, para inserção no sistema informatizado na qual haverá a pertinente tramitação, mediante procedimentos estabelecidos em instrumento normativo próprio. Parágrafo único. Os autos sem identificação do interessado não serão objeto de autuação de processo administrativo enquanto não houver identificação. Art. 7°. Os atos serão públicos, exceto quando o sigilo se impuser por motivo de ordem pública, devidamente fundamentada, caso em que será assegurada a participação do contribuinte ou fiscalizado, do responsável ou seu representante legal, devidamente constituído.

SEÇÃO II DOS PRAZOS

Art. 8°. O servidor executará o ato processual de sua competência nos prazos especificados nesta Instrução Normativa, salvo disposição em contrário constante no próprio regulamento ou em ato normativo próprio. Parágrafo único. Em caso do não cumprimento, por dolo ou culpa, do disposto no caput deste artigo, deverá ser instaurado o competente procedimento com vistas à apuração de responsabilidade, o qual será de competência do setor correcional da AGEFIS. Art. 9º. Os prazos serão contínuos, excluindo-se da sua contagem o dia de início e incluindo-se o do vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia e horário de expediente normal.

SEÇÃO III DO PROCEDIMENTO

Art. 10. Os procedimentos administrativos fiscais podem iniciar-se de ofício ou por requerimento de interessado. Parágrafo único. Nos casos de iniciativa do interessado, deverá ser preenchido o pertinente requerimento, cujo modelo será estabelecido por ato normativo próprio, o qual deverá conter os seguintes dados: I - setor ou autoridade administrativa a que se dirige;

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II - identificação do interessado ou de quem o represente, salvo as hipóteses em que o anonimato se justifique; III - domicílio do requerente e local para recebimento de comunicações; IV - formulação do pedido com exposição dos fatos e de seus fundamentos; V - data e assinatura do requerente ou de seu representante legal. Parágrafo único. O requerente poderá autorizar o recebimento de comunicações por endereço eletrônico válido. Art. 11. Para fins desta Instrução Normativa, são considerados legítimos interessados no processo administrativo: I - pessoas físicas ou jurídicas que iniciem como titulares de direito, ou que apresentem interesses individuais ou de terceiros no exercício do direito de representação; II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada. Parágrafo único. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 18 (dezoito) anos, ressalvada previsão especial em lei. Art. 12. A exigência de créditos tributários e não tributários, em razão do poder de polícia administrativa, poderá ser formalizada em Notificação de Lançamento ou em Auto de Infração, conforme legislação específica. Art. 13. A exigência de cumprimento de obrigações ou penalidades de caráter não pecuniário será formalizada em termos de autuação específica para cada especialidade de fiscalização, conforme modelos a serem definidos pela AGEFIS, por ato normativo próprio. § 1º. Os Termos de que tratam os artigos anteriores deverão conter, obrigatoriamente: I - elementos mínimos de qualificação e individualização do sujeito passivo de fiscalização; II - local, data e hora de sua lavratura; III - descrição do fato; IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável; V - prazo para sanar a irregularidade ou apresentar impugnação nos casos previstos. VI - ciência ao interessado; VII - qualificação do autuante. § 2º. Fica estabelecido que o prazo para impugnação, nos casos em que couber, será concomitante ao prazo determinado para a correção da irregularidade constatada, devendo o mesmo estar expressamente assinalado no documento, salvo previsão específica estabelecida nesta Instrução Normativa ou em ato normativo próprio. Art. 14. A Notificação será lavrada pela autoridade fiscal competente, e conterá, obrigatoriamente: I - identificação do notificado; II - local, data e hora de sua lavratura; III - descrição do fato;

IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável; V - prazo determinado para a correção da irregularidade constatada ou impugnação; VI - ciência ao interessado; VII - qualificação do autuante. § 1º. Da lavratura de notificação, caberá pedido de prorrogação, por uma única vez e não mais do que por igual prazo, para a respectiva autoridade competente da especialidade, a qual deverá decidir em até 7 (sete) dias, após cumprido o disposto no § 1º do art. 24 desta Instrução Normativa. § 2º. A decisão de que trata o parágrafo anterior será informada ao contribuinte em até 5 (cinco) dias contados da decisão. § 3º. Em caso de decisão favorável a prorrogação iniciar-se-á ao fim do primeiro prazo estabelecido na notificação, não se computando o prazo relativo à avaliação do pedido de prorrogação.

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Art. 15. O Auto de Infração será lavrado pela autoridade fiscal competente, e conterá, obrigatoriamente: I - identificação do autuado com CPF ou CNPJ; II – local, data e hora de sua lavratura; III - descrição do fato; IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável; V - ciência ao interessado; VI - valor do crédito arbitrado, com discriminação de valores componentes e intimação para recolher ou apresentar impugnação, em 30 (trinta) dias, salvo disposição em contrário a figurar em ato normativo próprio; VI - valor do crédito arbitrado com memorial de cálculo; (NR) INSTRUÇÃO Nº. 120/2017 – DODF 122, 28/06/2017)

VII - qualificação do autuante. VIII - prazo para pagamento ou impugnação. (AC) INSTRUÇÃO Nº. 120/2017 – DODF 122, 28/06/2017)

§ 1º. O Auto de Apreensão, de Embargo, de Interdição ou a Intimação Demolitória poderá ser cumulado com o Auto de Infração. § 2º. Prescinde de assinatura da autoridade fiscal o Auto de Infração emitido por processo eletrônico.

Art. 16. O Auto de Apreensão será lavrado por autoridade fiscal competente, e conterá, obrigatoriamente:

I - identificação do autuado;

II - local, data e hora de sua lavratura;

III - descrição do fato;

IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável;

V - relação detalhada dos bens apreendidos, com quantidade de itens, sua respectiva unidade de medida, seu estado de conservação e se é perecível ou não;

VI - prazo para apresentar impugnação de 20 (vinte) dias; VI - prazo para apresentar impugnação e/ou reclamar os bens apreendidos; (NR) INSTRUÇÃO Nº. 120/2017 – DODF

122, 28/06/2017)

VII - ciência ao interessado; VIII - qualificação do autuante.

§ 1º. Tratando-se de emissão eletrônica, a exigência constante do inciso VI do caput será disciplinada na

forma do regulamento.

§ 2º. O Auto de Apreensão será lavrado quando forem encontrados bens ou mercadorias que

constituam prova material de infração.

§ 3º. Indicar-se-á, no Auto de Apreensão, o local em que serão depositados os bens ou as mercadorias apreendidos.

§ 4º. A devolução dos documentos, mercadorias ou bens apreendidos condiciona-se a ato normativo próprio.

Art. 17. Nos casos em que for impraticável a lavratura imediata do Auto de Apreensão, lavrar-se-á Termo de Retenção de Volumes, procedendo-se o lacre com o respectivo Selo de Retenção de Volumes, conforme modelos definidos pela AGEFIS. § 1º. O Termo de Retenção de Volumes será utilizado pela fiscalização da AGEFIS para a retenção de documentos, mercadorias e bens.

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§ 2º. O Selo de Retenção de Volumes será utilizado exclusivamente para lacrar caixas e outros volumes, compartimentos de veículos, cofres de carga e semelhantes contendo mercadorias, documentos ou bens objeto do Termo de Retenção de Volumes. § 3º. O Selo de Retenção de Volumes será numerado manualmente com o mesmo número do Termo de Retenção de Volumes a que corresponde e deverá conter a assinatura da autoridade fiscalizadora. § 4º. Um Termo de Retenção de Volumes poderá se referir a um ou a vários Selos de Retenção. § 5º. O Selo de Retenção de Volumes será removido pela fiscalização, na presença do interessado, visando à identificação das mercadorias ou bens, e adoção das demais providências legais cabíveis. § 6º. Para os fins a que se refere o parágrafo anterior, o interessado deverá comparecer à sede da unidade da AGEFIS indicada no Termo de Retenção de Volumes, em horário de expediente normal, no prazo máximo de 2 (dois) dias.

§ 7º. No caso do não comparecimento do interessado no local e no prazo estabelecidos no parágrafo anterior, a fiscalização procederá de ofício à abertura dos volumes, para as providências legais pertinentes, devendo o não comparecimento ser certificado pelo Servidor competente em documento a ser juntado ao Processo. Art. 18. A Intimação Demolitória será lavrada pela autoridade fiscal competente, e conterá, obrigatoriamente: I - identificação do autuado com CPF ou CNPJ; II - local, data e hora de sua lavratura; III - descrição do fato; IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável; V - prazo determinado para a execução da demolição ou impugnação; VI - qualificação do autuante. Parágrafo único. Nos casos de impossibilidade de qualificação do autuado, esta poderá ser realizada posteriormente. Art. 19. O Auto de Embargo será lavrado pela autoridade fiscal competente, e conterá, obrigatoriamente: I - identificação do autuado com CPF ou CNPJ; II – local, data e hora de sua lavratura; III - descrição do fato; IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável; V - ciência ao interessado; VI - qualificação do autuante. § 1º. Na hipótese de obra embargada, comprovado o saneamento da irregularidade, o Embargo será suspenso. § 2º. Nos casos de impossibilidade de qualificação do autuado, esta poderá ser realizada posteriormente. Art. 20. O Auto de Interdição será lavrado pela autoridade fiscal competente, e conterá, obrigatoriamente: I - identificação do autuado com CPF ou CNPJ; II – local, data e hora de sua lavratura; III - descrição do fato; IV - disposição legal infringida e penalidade aplicável; V - ciência ao interessado; VI - qualificação do autuante. Parágrafo único. Nos casos de impossibilidade de qualificação do autuado, esta poderá ser realizada posteriormente. Art. 21. A Notificação de Lançamento conterá, obrigatoriamente:

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I - identificação do notificado com CPF ou CNPJ; II - valor do crédito tributário e prazo de 30 (trinta) dias para o recolhimento ou para impugnação; III - disposição legal infringida, se for o caso; IV - ciência ao interessado. V - qualificação do autuante; VI - data de emissão. Parágrafo único. Prescinde de assinatura a Notificação de Lançamento expedida por processo eletrônico. Art. 22. Ao interessado, ou seu representante legal devidamente constituído, nos termos desta Instrução Normativa, é facultada vista dos autos, em qualquer fase do processo, vedada a sua retirada da Autarquia.

SEÇÃO IV

DAS IMPUGNAÇÕES E DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO

Art. 23. Lavrado qualquer dos atos indicados nos Arts. 14 a 21 desta Instrução Normativa, terá inicio a contagem do respectivo prazo para apresentação de impugnação constante no documento, nos termos do art. 9º, a qual deverá ser formulada por escrito e protocolizada por meio de requerimento padrão. Art. 24. A impugnação da exigência de cumprimento de obrigações ou penalidades de caráter não pecuniário dos créditos tributários e não tributários, resultantes dos atos administrativos praticados por agentes de fiscalização, no âmbito da AGEFIS, instauram a fase litigiosa do procedimento. § 1º. A impugnação será apresentada preferencialmente na respectiva Região Administrativa Fiscal – RAF ou em um dos Núcleos de Atendimento ao Público da AGEFIS, que encaminhará ao setor competente, devidamente instruída, no prazo de 2 (dois) dias. § 2º. A impugnação mencionará: I - a autoridade julgadora a quem é dirigida; II - a qualificação do impugnante; III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, acompanhados das provas necessárias. § 3º. É vedada à AGEFIS a recusa imotivada de recebimento de documentos. § 4º. No ato de recebimento da impugnação, e estando a mesma devidamente instruída, o servidor registrará este fato no sistema informatizado, ou qualquer outro meio disponibilizado pela AGEFIS, assegurando-se em todos os casos o respectivo comprovante do interessado. § 5º. Salvo disposição em contrário estabelecida em ato normativo próprio, ou em lei específica, os casos de Intimação Demolitória e Auto de Infração, a partir do recebimento formal da impugnação, caberá efeito suspensivo dos efeitos do ato impugnado, o qual perdurará até decisão definitiva.

“§ 5º A impugnação não tem efeito suspensivo, exceto quando relativa a Auto de Infração.” (Nova redação dada pela Instrução Normativa NR. Nº 74, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2015, DODF Nº 37, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015)

§ 6º. Salvo disposição em contrário estabelecida em ato normativo próprio, ou em lei específica, aos casos de Notificação, Auto de Embargo e Interdição, a partir do recebimento formal da impugnação, não caberá efeito suspensivo dos efeitos do ato impugnado, o qual perdurará até decisão definitiva. (Parágrafo revogado

pela Instrução Normativa NR. Nº 74, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2015, DODF Nº 37, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015)

§ 7º. A ausência ou deficiência de documentação a ser apresentada no ato de interposição de impugnação não implica prorrogação de prazo para a insurgência, devendo o interessado sanar a irregularidade dentro do prazo estabelecido no respectivo auto, sob pena de preclusão, salvo hipótese prevista no parágrafo único do artigo seguinte. Art. 25. A autoridade julgadora, motivadamente, poderá determinar a realização de diligências, fixando prazo de 8 (oito) dias, podendo tal prazo ser prorrogado por decisão devidamente fundamentada.

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Parágrafo único. Será reaberto prazo para impugnação se, da diligência, resultar agravamento da exigência inicial. Art. 26. A autoridade julgadora, se necessário, abrirá prazo de 7 (sete) dias para que o responsável pelo ato impugnado, ou outro servidor designado, se manifeste sobre a impugnação, encerrando-se a fase de instrução do processo. Art. 27. A autoridade julgadora declarará a revelia no processo, em termo próprio, na hipótese de não ser cumprida ou impugnada a exigência nos respectivos prazos fixados, no prazo máximo de 5 (cinco) dias a contar da constatação de ocorrência de tais hipóteses. Parágrafo único. A revelia tem efeito apenas na instância em que foi constatada e declarada.

Art. 27. Na hipótese de não ser cumprida ou impugnada a exigência no prazo fixado em lei ou nos termos

desta Instrução Normativa e verificada a consistência material e formal do Auto de Infração, a autoridade

competente declarará a revelia nos autos do processo, em termo próprio, momento da constituição

definitiva do crédito.

§ 1º A verificação a que se refere o caput limitar-se-á à análise quanto à:

I - observância aos requisitos a que se referem os incisos I a VIII do caput do art. 15;

II - existência de causas de extinção ou exclusão do crédito prevista na legislação;

III - competência do agente autuante;

IV - legitimidade do sujeito passivo.

§ 2º Se, em virtude da verificação prevista neste artigo, for necessário alterar o Auto de Infração, caberá

à unidade responsável pelo lançamento promover as retificações pertinentes, valendo-se de:

I - Termo Aditivo, quando resultar em agravamento da exigência, assim entendido:

a) o aumento do crédito inicialmente constituído;

b) a cobrança de obrigações ou a aplicação de penalidades e outros acréscimos legais que não tenham

sido objeto da exigência originária, ainda que determinem a redução do crédito inicialmente

constituído;

c) alteração da motivação da exigência;

II - Despacho Retificador, nos demais casos.

§ 3º Na hipótese do inciso I do § 2º, o autuado será cientificado da alteração, reabrindo-se prazo para

impugnação no concernente à matéria modificada." (NR) INSTRUÇÃO Nº. 120/2017 – DODF 122, 28/06/2017)

Art. 28. Esgotados os prazos estabelecidos nos Arts. 15 e 21 sem que tenha sido pago o crédito correspondente ou apresentada impugnação contra o Auto de Infração ou Notificação de Lançamento, a autoridade competente terá prazo de até 30 (trinta) dias para providenciar inscrição do débito em Dívida Ativa. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a tributos sujeitos a lançamento anual, que deverão ser inscritos após o exercício em que foram lançados. Art. 28. Declarada a revelia, a autoridade competente adotará as providências para a inscrição do crédito

em dívida ativa no prazo de 30 dias. (NR) INSTRUÇÃO Nº. 120/2017 – DODF 122, 28/06/2017)

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SEÇÃO V DAS COMPETÊNCIAS

Art. 29. A instrução dos processos compete à unidade em que ocorreu o ato administrativo fiscal impugnado, no limite de suas atribuições, por servidor designado pelo superior hierárquico. Art. 30. O julgamento administrativo dos requerimentos e impugnações aos atos administrativos ocorridos no âmbito da AGEFIS compete: I - em primeira instância: a) aos Coordenadores de Fiscalização nos Requerimentos, Impugnações e Processos Administrativos Fiscais oriundos do exercício do poder de polícia, referentes às Notificações e prorrogações de prazo, Autos de Infração, Autos de Apreensão e Autos de Embargo, no âmbito de sua competência; b) aos Superintendentes de Fiscalização, nos requerimentos, impugnações e processos administrativos fiscais oriundos do exercício do poder de polícia, excetuados os casos da alínea anterior, bem como as Intimações Demolitórias e Autos de Interdição; c) ao Coordenador de Receita, nos requerimentos de lançamentos de créditos tributários, incluídos os lançamentos de ofício, e julgamento administrativo dos requerimentos e impugnação aos atos administrativos. II - em grau de recurso: a) aos respectivos Superintendentes nas decisões das Coordenações;

b) ao Diretor-Presidente da AGEFIS, nas decisões das Superintendências relativas à aplicação de sanções administrativas, mediante iniciativa dos interessados, excluídos os recursos de julgamento de créditos tributários e não tributários de competência do Tribunal de Julgamento Administrativo – TJA;

c) ao TJA, em segunda e última instância, dos recursos de julgamento de créditos tributários e não tributários, incluídos o julgamento da aplicação de Autos de Infração.

Art. 30. O julgamento administrativo dos requerimentos e impugnações aos atos administrativos

ocorridos no âmbito da AGEFIS, seguirá o disposto do Regimento Interno da AGEFIS e do Regimento

Interno do Tribunal de Julgamento Administrativo- TJA. (NR) INSTRUÇÃO Nº. 120/2017 – DODF 122, 28/06/2017)

SEÇÃO VI

DO JULGAMENTO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 31. Estando o Processo devidamente instruído e saneado, a autoridade julgadora de primeira instância terá 30 (trinta) dias para decidir pela manutenção do ato administrativo ou sua reforma, revogação ou anulação, ressalvados os casos de competência do TJA, os quais serão tratados em capítulo próprio. § 1º. Não sendo proferida decisão de primeira instância no prazo legal, nem convertido o julgamento em diligência, poderá o interessado requerer à autoridade de instância superior a avocação do processo administrativo fiscal de exigência de cumprimento de obrigações ou penalidades de caráter não pecuniário, dos créditos tributários e não tributários resultantes dos atos administrativos praticados no âmbito da AGEFIS. § 2º. No julgamento em que for decidida questão preliminar, será também decidido o mérito, salvo quando incompatíveis.

§ 3º. Na apreciação dos autos, a autoridade julgadora formará livre convencimento, podendo determinar diligências necessárias. Art. 32. A decisão conterá relatório resumido do Processo, fundamentos legais, conclusões e ordem de intimação do sujeito passivo de fiscalização.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 199

Art. 33. As inexatidões materiais da decisão poderão ser corrigidas de ofício ou por requerimento do sujeito passivo. Art. 34. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo, caberá Recurso Voluntário nos termos do art. 30, no prazo de 10 (dez) dias contados da ciência da Decisão, ressalvada a hipótese de interdição, para o qual será concedido o prazo de 5 (cinco) dias. Art. 35. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo de fiscalização que trate de créditos tributários e não tributários, caberá Recurso Voluntário, com efeito suspensivo, para o TJA, no prazo de 10 (dez) dias contados da ciência da Decisão. § 1º. A autoridade julgadora de primeira instância recorrerá de ofício, no prazo de 20 (vinte) dias, para o órgão de segunda instância sempre que a decisão exonerar o sujeito passivo de pagamento de tributo ou de multa de valor superior ao constante no ato declaratório do exercício vigente. § 2º. Se a autoridade julgadora deixar de recorrer de ofício, cumpre ao servidor que do fato tomar conhecimento encaminhar o processo, sob pena de responsabilização administrativa, criminal e cível. § 3º. Enquanto não julgado o recurso de que trata este artigo, a decisão não produzirá efeito. Art. 36. Da decisão de primeira instância não cabe pedido de reconsideração. Parágrafo único. No caso de necessidade de realização de diligências e pareceres, a contagem dos prazos fixados nesta seção será interrompida.

SEÇÃO VII DAS INTIMAÇÕES

Art. 37. A comunicação das decisões, depois de cumpridos os prazos estabelecidos nesta Instrução Normativa, dar- se-á: I - em até 10 (dez) dias após a decisão, pelo autor do procedimento ou servidor para tanto designado, provada esta com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com certidão de quem os intimar, ficando cópia no local da ocorrência; II - por via postal com aviso de recebimento, não sendo possível a tentativa de intimação constante no inciso anterior, III - por edital, publicado uma única vez no Diário Oficial do Distrito Federal - DODF. § 1º. A intimação só será efetuada por edital depois de esgotados os meios previstos nos incisos I e II deste artigo. § 2º. Considera-se realizada a intimação: I - na data da ciência ou da declaração de que trata o inciso I deste artigo; II - na data da ciência do Aviso de Recebimento, por via postal ou, faltando aquela, 10 (dez) dias após a entrega da intimação nos Correios, sendo irrelevante a juntada destes aos autos do Processo Administrativo. III - 15 (quinze) dias após a publicação do edital.

Art. 37. Far-se-á a intimação:

I - por servidor competente, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto,

ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem os intimar;

II - por via postal, com aviso de recebimento;

III - por publicação no Diário Oficial do Distrito Federal - DODF;

IV - por meio eletrônico, atestado o recebimento mediante:

a) certificação digital;

b) envio ao endereço eletrônico atribuído ao contribuinte pela administração tributária;

V - pela publicação no sítio da Agência de Fiscalização do Distrito Federal na internet, nos casos de

deferimento integral em processos de jurisdição voluntária ou quando o sujeito passivo for notificado

por qualquer um dos meios dispostos nos incisos acima.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 200

§ 1º A intimação referente aos atos e decisões dos órgãos julgadores de primeira e de segunda instância

em processos sujeitos à jurisdição contenciosa poderá ser efetuada diretamente por publicação no

DODF.

§ 2º A utilização do endereço eletrônico a que se refere a alínea b do inciso IV do caput deverá ser

autorizada previamente pelo sujeito passivo.

§ 3º Considera-se feita a intimação:

I - na data da ciência ou da declaração de que trata o art. 37, I;

II - na data da ciência no aviso de recebimento, na hipótese do art. 37, II, ou, se a data for omitida, 15

(quinze) dias após a entrega da intimação nos correios;

III - 15 (quinze) dias após a publicação no DODF;

IV - no dia em que o intimado efetivar a consulta ao teor da intimação ou, caso a consulta não ocorra,

15 (quinze) dias após a data de envio ou de disponibilização da intimação de que trata o art. 37, IV;

V - na data da publicação, na hipótese do art. 37, V.

§ 4º O comparecimento espontâneo do contribuinte supre a falta de intimação.

§ 5º Nas hipóteses previstas no art. 37, § 1º, a intimação dos atos e das decisões se considerará efetuada

na data da publicação no DODF. (NR) INSTRUÇÃO Nº. 120/2017 – DODF 122, 28/06/2017)

CAPÍTULO V

DO TRIBUNAL DE JULGAMENTO DE RECURSOS

ADMINISTRATIVOS DE SUA COMPETÊNCIA

Art. 38. O Tribunal de Julgamento Administrativo – TJA/DF, órgão vinculado à Agência de Fiscalização do Distrito Federal e criado pelo art. 28 da Lei nº 4.150, de 5 de junho de 2008, possui a competência de julgar, em segunda e última instância administrativa do Distrito Federal, os processos administrativos fiscais e de exigência de créditos tributários e não tributários, de natureza pecuniária, oriundos do exercício do poder de polícia para cumprimento das normas relativas a atividades econômicas, obras edificações e urbanismo, e limpeza urbana, ressalvadas as competências expressamente previstas nos artigos anteriores. Parágrafo único. Conforme dispõe o inciso XXIII do art. 19 da Lei Orgânica do Distrito Federal, os Conselheiros do TJA, em especial os representantes do Distrito Federal, servidores da Carreira de Auditoria de Atividades Urbanas, terão independência funcional para manifestarem livre opinião de entendimento e voto no exercício de suas atribuições funcionais. Art. 39. A estrutura orgânica do TJA será aquela estabelecida em ato normativo próprio.

SEÇÃO I DOS PROCEDIMENTOS

Art. 40. No julgamento dos Processos Administrativos Fiscais que lhe forem submetidos, o TJA aplicará a legislação tributária do Distrito Federal, considerando normas do Direito Tributário, princípios gerais de Direito, legislação federal e distrital específica e jurisprudência dos Tribunais, especialmente a do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça e Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Art. 41. Será permitido vista de processos aos interessados, no Órgão de Apoio ao TJA, sob assistência de servidor indicado.

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Art. 42. Os documentos que os interessados fizerem juntar aos processos poderão ser restituídos mediante requerimento do interessado apreciado pelo Presidente do TJA, ficando nos autos cópias deles. Art. 43. Os processos conterão súmulas das Sessões que tiverem sido julgadas. Parágrafo único. O Órgão de Apoio ao TJA manterá em arquivo os registros das Sessões realizadas, em Notas Taquigráficas, Gravações Magnéticas ou Digitais. Art. 44. No caso de empate de votos nas Decisões de Câmara ou Pleno, serão os autos do processo administrativo encaminhados ao Presidente da Câmara ou Pleno para voto de desempate ou de qualidade. Parágrafo único. Quando do julgamento por Câmara ou Pleno, o Presidente votará sempre por último. Art. 45. As decisões do TJA produzirão efeitos para fins de direito após publicação no DODF.

SEÇÃO II DOS PRAZOS PROCESSUAIS

Art. 46. Os prazos para interposição de recursos de competência do TJA obedecerão ao disposto no art. 35. Parágrafo único. O pedido de vista não interrompe os prazos previstos nesta Instrução Normativa.

SEÇÃO III DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Art. 47. Do acórdão das Câmaras caberá Recurso Extraordinário ao Pleno, no prazo de 20 (vinte) dias, contados da publicação no DODF, quando o valor da sanção administrativa aplicada pela Câmara for superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), e a decisão preencher algum dos seguintes requisitos: I - não for unânime; II - for contrária à legislação ou à evidência dos fatos; III - divergir de outras decisões, quanto à interpretação do direito em tese, ou deixar de apreciar matéria de fato ou de direito que lhe tiver sido submetida. Parágrafo único. O Recurso Extraordinário será distribuído a Conselheiro distinto do que houver redigido o Acórdão da decisão recorrida.

SEÇÃO IV DO EMBARGO DE DECLARAÇÃO

Art. 48. Da decisão do Pleno ou das Câmaras que se afigure ao interessado omissa, contraditória ou obscura, caberá Embargo de Declaração, interposto no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do Acórdão no DODF. Art. 49. O Embargo de Declaração será distribuído ao Relator do Acórdão e julgado na primeira sessão que se realizar após o seu recebimento, devendo ser dirigido ao Presidente do TJA.

OBS: Não constam do Original no DODF os artigos 50 e 51.

SEÇÃO V DOS ACÓRDÃOS

Art. 52. Concluído o julgamento, o Presidente designará o Relator, se vencedor, para redigir o Acórdão. Parágrafo único. Se o Relator for vencido, o Presidente designará Redator do Acórdão um dos Conselheiros cujo voto tenha sido vencedor. Art. 53. Os Acórdãos terão ementa que indique a tese jurídica que prevaleceu no julgamento, e poderão ser acompanhados da fundamentação de votos vencidos, desde que seus prolatores os requeiram na sessão de julgamento. Art. 54. As conclusões dos Acórdãos serão publicadas no DODF, sob designação numérica e com indicação nominal das partes.

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Parágrafo único. As decisões importantes, do ponto de vista doutrinário, poderão ser publicadas na íntegra, a critério do Presidente do TJA.

CAPÍTULO VI

DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS

Art. 55. A restauração dos autos far-se-á mediante requerimento dirigido à Chefia da Unidade onde se originou o auto. § 1º. A restauração poderá ser feita, também, ex officio, por determinação da Chefia da Unidade onde foi constatado o extravio do processo. § 2º. No Processo de Restauração observar-se-á, tanto quanto possível, o disposto no Código de Processo Civil.

CAPÍTULO VII

DA EFICÁCIA E EXECUÇÃO DAS DECISÕES

Art. 56. São definitivas as decisões: I - de primeira instância, esgotado o prazo para recurso voluntário; II - de instância superior de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo sem a sua interposição.

Art. 57. A decisão definitiva contrária ao sujeito passivo será cumprida no prazo de 2 (dois) dias a contar da data de ciência dessa condição pelo interessado, no caso de Intimação Demolitória, e, nos demais casos, nos prazos já estabelecidos anteriormente. Parágrafo único. No caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cumpre à autoridade competente exonerá-lo, de ofício, dos gravames decorrentes do contencioso fiscal, no prazo de 8 (oito) dias a contar da decisão final devidamente exarada.

CAPÍTULO VIII DAS NULIDADES

Art. 58. São inválidos os atos que desatendam os pressupostos legais e regulamentares ou os princípios da Administração, especialmente nos casos de: I – incompetência; II – vício de forma; III – ilegalidade do objeto; IV – inexistência de motivo; V – desvio de finalidade. § 1º. A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam. § 2º. A autoridade julgadora declarará a nulidade, mencionando expressamente os atos alcançados, e determinará, se for o caso, as providências necessárias ao prosseguimento ou à solução do processo. § 3º. As irregularidades, incorreções ou omissões não previstas neste artigo serão sanadas, de ofício ou por requerimento, quando acarretarem prejuízo para o sujeito passivo, salvo se este lhes houver dado causa ou quando não influírem no julgamento do processo.

CAPÍTULO IX

DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO

Art. 59. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.

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§ 1º. No caso de vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado. § 2º. A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. Art. 60. A autoridade competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade, ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.

CAPÍTULO X

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

Art. 61. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Art. 62. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. § 1º. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. § 2º. Considera-se exercício de direito anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. Art. 63. Em decisão na qual se evidencie lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

CAPÍTULO XI DA PRESCRIÇÃO DOS PROCESSOS E ATOS

ADMINISTRATIVOS

Art. 64. Aos Processos Administrativos decorrentes de créditos de natureza não tributária de que trata esta Instrução Normativa, aplica-se o Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, com prescrição em 5 (cinco) anos, tendo como termo inicial de contagem: I – constituição definitiva do crédito, a qual ocorrerá quando não mais for possível a sua impugnação pela via administrativa, seja porque houve preclusão para interposição de impugnação, ou seja, porque houve decisão definitiva nos casos em que aquela tenha ocorrido; II – outras hipóteses previstas em ato normativo próprio ou lei. § 1º. Não ocorre a prescrição durante a demora que no reconhecimento ou pagamento da dívida considerada líquida, tiverem as repartições ou funcionários encarregados de apurá-la. § 2º. A prescrição será declarada pela autoridade julgadora competente para decidir as preliminares e o mérito.

CAPÍTULO XII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 65. A instrução e o julgamento dos processos em curso passam a ser regidos por esta Instrução Normativa, na forma como estão, preservando-se os atos administrativos perfeitos, a coisa julgada administrativa e o direito adquirido.

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Art. 66. Todos os atos, decisões e despachos realizados no processo administrativo serão registrados em sistema informatizado da AGEFIS até o primeiro dia útil subsequente a sua emissão pelo servidor competente. Art. 67. A autoridade julgadora de primeira instância, após a instrução, terá 20 (vinte) dias para proferir decisão em julgamento. § 1º. Não sendo proferida decisão de primeira instância no prazo legal, nem convertido o julgamento em diligência, pode o interessado, o agente autuante ou qualquer outro servidor, requerer à autoridade hierárquica superior a avocação do processo. § 2º. Na apreciação dos autos, a autoridade julgadora poderá formular para a réplica os quesitos necessários, de cumprimento obrigatório pelo fiscal autuante, que se manifestará no prazo de 10 (dez) dias. Art. 68. No julgamento em que for decidida questão preliminar, será também decidido o mérito, salvo quando incompatível. Art. 69. As causas de prescrição, anistia e remissão serão julgadas pela autoridade julgadora da instância em que o processo estiver. Parágrafo único. Quando da ocorrência de causas supervenientes de anistia e remissão após decisão definitiva, o processo retornará à instância inicial. Art. 70. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 71. Revogam-se as disposições em contrário. VALTERSON DA SILVA, Superintendente de Planejamento, Normas e Procedimentos; OSIEL OLIVEIRA MARTINS Superintendente de Operações Substituindo; CLÁUDIO CESAR CAIXETA CRUZ Superintendente de Fiscalização de Atividades Econômicas; VALTÉCIO DE ALMEIDA BATISTA Superintendente de Fiscalização de Obras; CLÁUDIA VIRGÍNIA RODRIGUES PEREIRA, Superintendente de Fiscalização De Limpeza Urbana JOZÉLIA PRAÇA DE MEDEIROS Superintendente de Administração e Logística; JOSÉ CARLOS DOS SANTOS BEZERRA, Superintendente Executivo; EDUARDO BARBOSA MOREIRA, Diretor-Presidente Adjunto; GLEISTON MARCOS D PAULA, Diretor-Presidente

Este texto não substitui o original publicado no DODF de 14/02/2014 p 16.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 047, DE 20 DE OUTUBRO DE 2011. PUBLICAÇÃO DODF Nº 212 DE 03/11/2011

INSTRUÇÃO

047/2011 PUBLICADO NO DODF Nº212 DE03/11/2011

Disciplina a execução das

penalidades de demolição, desobstrução e remoção de irre-

gularidades executadas pela Agência de Fiscalização do Distrito

Federal, observados os critérios estabelecidos em legislação

específica.

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

O DIRETOR GERAL DAAGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DIS TRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições previstas nos incisos V e VI do Art. 3° e incisos II, IV e V do Art. SO, e em conformidade com o Art. 2°, ambos da Lei n° 4.1S0, de OS de junho de 2008,

Considerando a urgente necessidade de organização dos órgãos e entidades do Estado com o objetivo de atender de forma mais eficiente a crescente demanda por fiscalização;

Considerando o poder-dever de atender ao princípio da administração pública da continuidade promovendo o prosseguimento das ações fiscais; Considerando que

diversas ações fiscais demandam a participação de outros órgãos e entidades do Estado para sua efetiva solução; Considerando que as ações fiscais devem agregar a

responsabilidade pela gestão ambiental dos resíduos gerados nas operações de demoli-ção, desobstrução e remoção, atingindo um padrão de qualidade nos serviços prestados;

Considerando a necessidade de tornar mais eficientes as atividades de polícia adminis-trativa, por intermédio do planejamento das ações em todos os níveis organizacionais,

mais especificamente da fiscalização relativa às atividades urbanas e de limpeza urbana em todo o território do Distrito Federal, RESOLVE:

Art. 1 ° A efetivação das penalidades de demolição, desobstrução ou remoção de irregu-laridades, por intermédio de operações fiscais executadas pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal - AGEFIS -, decorrentes de Processo Administrativo Fiscal - PAF ou

da aplicação do Art. 178 da Lei n" 2.105, de 08 de outubro de 1998, Código de Edificações do Distrito Federal - COE/DF, serão executadas observado os termos da

legislação pertinente, os princípios da celeridade, da supremacia do interesse público sobre o privado, do direito ao contraditório e a ampla defesa, bem como nos termos

desta Instrução e da Instrução n° 027, de 20 de dezembro de 2010, que dispõe sobre o Procedimento Administrativo Fiscal - PAF no âmbito da AGEFIS.

§ 1 ° - Para fins desta Instrução, considera-se: I - ÁREA EDIFICADA: superfície do lote ocupada pela a edifícação, considerada por sua

projeção horizontal; I! - ÁREA "NON AEDIFICANDI": faixa de terra com restrições para construir, edifícar ou

ocupar, vinculando-se seu uso a uma servidão; I!I - ÁREA PÚBLICA: área destinada a circulação de veículos e pedestres, a implantação

de equipamentos urbanos e comunitários e aos espaços livres de uso público, incluindo as faixas de domínio de rodovias e ferrovias;

IV - ÁREA TOTAL DE CONSTRUÇÃO; somatório das áreas de construção de todos os pavimentos da edificação, inclusive das áreas desconsideradas para cálculo da taxa máxima de construção ou do coeficiente de aproveitamento;

V - DEMOLIÇÃO: derrubada parcial ou total de obra, edificação ou instalação; VI - EXECUTOR DA AÇÃO FISCAL: Diretoria de Operações - DOPE/AGEFIS - res ponsável

direto pela a execução do objeto da ação fiscal a partir dos procedimentos e processos instaurados pela Chefia da unidade de fiscalização da Região Administrativa Fiscal onde

se situar a irregularidade;

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VI! - OBJETO DA AÇÃO FISCAL: a irregularidade de qualquer natureza devidamente

identificada em PAF ou, excepcionalmente, em documentação avulsa que suportará a ação estatal para manutenção da ordem urbanística acarretando o desfazimento ou o

desmonte da mesma e a destinação final ambientalmente adequada de todo e qualquer tipo de resíduo gerado na ação, conforme preconiza legislação específica;

VI! - OBRA EM EXECUÇÃO: toda e qualquer obra que não tenha sua conclusão atestada pelo respectivo certificado.

CAPÍTULO II

DOS REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DE OPERAÇÃO FISCAL

Art. 2° A operação fiscal será proposta pelo o Auditor ou Auditor Fiscal de Atividades

Urbanas, ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana ao titular da Chefia da unidade de fiscalização onde se situar a irregularidade, mediante Relatório de Ação Fiscal, conforme

estabelece o Manual de Procedimentos Fiscais, que conterá, no mínimo, as seguintes informações:

I - identificação do infrator quando possível; II - descrição completa e pormenorizada do objeto a ser demolido, desobstruído ou

removido; III - descrição das ações fiscais desenvolvidas em desfavor das irregularidades, quali-

tativas e quantitativas; IV - razões que justifiquem a realização da operação fiscal;

V - informações atualizadas quanto ao uso e destinação da obra, edificação ou instal ação irregular;

VI - comprovação da desobediência do ato administrativo que determinou a demolição da irregularidade ou da paralisação da obra, mediante caracterização fotográfica; § 1° - Admite-se, por interesse público, condicionadas às garantias constitucionais e

observação ao PAF a realização de ação demolitória de imediato, quando a irregularidade se enquadrar no que prevê o § 1°, do Art. 178 do COEIDF.

§ 2° Em se tratando de demolição por Descumprimento de Auto de Embargo, o processo administrativo fiscal deverá conter: cópia do Laudo de Descumprimento de Embargo, do

Auto de Infração lavrado em função do descumprimento da ordem de paralisação. § 3° O Relatório de Ação Fiscal integrará o PAF que trata da irregularidade, objeto da

solicitação do Auditor ou Auditor Fiscal, mesmo nos casos em que não for possível identificar o responsável pela infração.

§ 4° Após a instrução processual observando os princípios legais do PAF e os proce-dimentos elencados na Instrução n° 027/2010, e estando os autos conclusos, nos casos

em que a Região Administrativa Fiscal - RAF não dispuser de meios para executar a operação fiscal, a Chefia da unidade de fiscalização encaminhará o processo ao seu

superior hierárquico a fim de que o mesmo seja encaminhado a DOPE. § SO O Diretor ou Coordenador de fiscalização a que pertence o processo do pedido de demolição, desobstrução ou remoção deverá observar o cumprimento de todos os

procedimentos descritos no Manual de Procedimentos Fiscal, na Instrução n° 027/2010 e o exame formal e material dos autos, bem como, se foram respeitadas as garantias

processuais do intimado, e ainda: a) deverá submeter o processo a avaliação, verificando os requisitos mínimos para

validade e continuidade do ato administrativo; b) havendo qualquer vício sanável o Diretor ou Coordenador de fiscalização deverá

providenciar a retificação do processo antes de remetê-lo a DOPE; c) se o vício ensejar causa de nulidade absoluta do processo deverá o Diretor ou Coor-

denador de fiscalização reconhecer de ofício a nulidade e determinar nova diligência a fim de verificar a existência da irregularidade e se necessário iniciar novo PAF.

§ 6° A operação fiscal de que trata o Art. 1° desta Instrução poderá ser solicitada pelo Diretor ou Coordenador de fiscalização ou pela Diretoria Geral, quando a urgência ou

relevância da ação fiscal visar resguardar o interesse público ou manter a ordem urbanística. § 7° As operações fiscais visando à realização de serviços ou execução de

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demolição, desobstrução ou remoção de irregularidade a pedido dos órgãos ou entidades

de controle externo, do Poder Judiciário ou do Sistema de Defesa Civil deverão compor processos a ser instruídos pela Diretoria responsável em agir e coibir a irregularidade

objeto da solicitação ou determinação destes órgãos ou entidades. Art. 3° Nos casos em que o pedido de operação fiscal não resultar da continuidade de

um documento fiscal: Auto de Notificação, Auto de Embargo ou Intimação Demolitória, deverá o documento conter todos os elementos para caracterização da irregularidade e

a motivação para a realização da operação, e deverão ser objeto de diligência para constatar e dimensionar a irregularidade. Parágrafo Único. Para os efeitos deste artigo considera-se esta situação excepcional,

ficando a critério da autoridade fiscal a instauração do processo para reunir todos os documentos relativos à irregularidade, desde que o caso em questão requeira celeridade,

todavia, após a realização da operação fiscal deverá ser formalizada a autuação de toda a documentação, incluído obrigatoriamente, o Relatório de Operação.

CAPÍTULO III

DA FORMALIZAÇÃO DA OPERAÇÃO FISCAL Seção I

Das Competências das Chefias das unidades de fiscalização

Art. 4° O supervisor, o encarregado e a chefia da unidade de fiscalização, ao receber o Relatório de Ação Fiscal o qual solicita a realização de operação fiscal, deverão observar

se o Manual de Procedimentos Fiscais e a legislação relativa ao assunto foram rigorosamente cumpridos.

§ Ia O processo em que constar Relatório de Ação Fiscal informando o descumprimento de Auto de Notificação deverá obrigatoriamente conter: I - os requisitos formais previstos nos incisos I, II, lII, IV, V e VI, do Artigo 15 da

Instrução na 027/2010; II - a qualificação do objeto da operação fiscal e seus elementos característicos com a

descrição detalhada, objetiva, clara e precisa do que se pretende demolir, desobstruir ou remover acompanhado de relatório fotográfico;

III - a comprovação da lavratura do Auto de Infração em função do descumprimento dos termos da Notificação, que deverá compor o processo, poderá ser feita por reprografia

mecânica do Auto de Infração, despacho, relatório ou certidão informando o número e data do Auto de Infração;

IV - quando houver solicitação de prorrogação de prazo, observado a legislação e o PAF conterá o processo prova inequívoca da ciência da parte intimada, quanto ao decidido

pela autoridade julgadora. § 20 - O processo em que constar o Relatório de Ação Fiscal tratar de descumprimento

de Auto de Embargo deverá obrigatoriamente conter: I - os requisitos formais previstos nos incisos I, Il, lII, IV, IV, V e VI, do Art. 20 da Instrução na 027/2010;

Il - identificação de forma inequívoca do objeto de ação demolitória, com a descrição detalhada, objetiva, clara e precisa, acompanhado de relatório fotográfico e croqui de

cada parte executada após a lavratura do Auto de Embargo, observado o que dispõe o § 30, do Art. 177 da Lei na 2.10511998;

111 - comprovação: a) da lavratura do Auto de Infração em função do descumprimento do Auto de Embargo

que deverá compor o processo, que poderá ser feita por reprografia mecânica do Auto de Infração, despacho, relatório ou certidão informando o número e data do Auto de

Infração; IV - havendo impugnação administrativa, observada a legislação pertinente e o PAF, conterá o processo prova inequívoca da ciência da parte intimada, quanto ao

decidido pela a autoridade julgadora. § 30 - Quando o processo em que constar o Relatório de Ação Fiscal tratar de descum-

primento de Intimação Demolitória, este deverá obrigatoriamente conter:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 208

I - os requisitos formais previstos nos incisos I, II, III, IV, V e VI, do Art. 19, da Instrução

na 027/2010; II - a qualificação do objeto da operação fiscal e seus elementos característicos com a

descrição detalhada, objetiva, clara e precisa de que se pretende demolir, desobstruir ou remover, acompanhado de relatório fotográfico;

III - a comprovação da lavratura do Auto de Infração em função do descumprimento dos termos da Intimação Demolitória que deverá compor o processo, esta poderá ser feita

mediante reprografia mecânica do Auto de Infração, despacho, relatório ou certidão informando o número e data do Auto de Infração. IV - prova inequívoca da ciência da parte intimada quanto ao decidido pela a autoridade

julgadora de primeira instância, quando houver a impugnação administrativa da Intimação Demolitória, observada à legislação pertinente e o PAF.

Art. 5º. Caberá a Chefia da unidade de fiscalização após análise e apreciação do processo observado a sua competência, encaminhá-lo a Diretoria a qual está subordinado para

continuidade da ação fiscal. Parágrafo único. Os processos e procedimentos, em meio físico ou através de

Gerenciamento Eletrônico de Documentos - GED, não poderão ser encaminhados a DOPE sem a prévia ciência e decisão do Diretor ou Coordenador de Fiscalização a que o Gerente

está subordinado. Art. 60 A Chefia da unidade de fiscalização da RAF onde for desencadeada a operação

fiscal expedirá Instrução de Serviço designando os Fiscais, Auditores ou Auditores Fiscais que atuarão na ação fiscal.

§ P - A Instrução de Serviço de que trata este artigo conterá no mínimo: I - QUALIFICAÇÃO DA OPERAÇÃO:

1 - qualificação inequívoca do objeto da operação fiscal; 2 - data e horário do início da operação; 3 - previsão de duração da operação;

4 - ponto de encontro das equipes dos órgãos ou entidades participantes. 11 - RESPONSÁVEL PELA OPERAÇÃO:

1 - identificação do Auditor, Auditor Fiscal ou Fiscal; 2 - identificação da Chefia Imediata da unidade de fiscalização responsável; 3 -

identificação do órgão ou entidade solicitante; III - DOCUMENTAÇÃO:

1 - Processo e ou expediente que trata e qualifica o objeto da operação fiscal; 2 - Intimação Demolitória ou sua reprografia mecânica;

3 - Auto de Notificação com ordem explícita ao destinatário da ação fiscal para promoção da desobstrução, desocupação ou remoção da irregularidade ou sua reprografia

mecânica; 4 - quando se tratar de processo de Auto de Embargo o Relatório de Ação Fiscal deverá informar de forma inequívoca o que foi acrescido na construção;

IV - RECURSOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO: 1 - Humanos: - quantidade de Auditores, Auditores Fiscais ou Fiscais de que participarão da operação;

- quantidade de apoios operacionais necessários; - Maquinário e Equipamentos;

- Órgãos ou Entidades que participarão da operação fiscal; V -MISSÃO:

1 - finalidade da operação; 2 - providências a serem tomadas após a execução da operação fiscal ou em caso de

seu impedimento ou suspensão; 3- Orientação quanto aos serviços de coleta e destinação final de todo e qualquer tipo

de resíduo gerado na operação. § 2° A Instrução de Serviço que trata este artigo poderá ser expedida, em se tratando

de operação fiscal que envolva mais de uma especialidade ou fiscalização, em conjunto pelas Chefias das unidades de fiscalização envolvidas na ação fiscal, devendo portanto,

esta Instrução delimitar o campo de autuação segundo a competência de cada especia-lidade ou fiscalização.

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Seção 11

Da competência das Diretorias e Coordenadorias Art. 7° Caberá às Diretorias e Coordenadorias acolher, processar e apreciar os processos

que solicitam a execução de operação fiscal para desobstruir, demolir ou remover irregularidade verificando:

I - a observância ao PAF e ao Manual de Procedimentos Fiscais na unidade de fiscalização de origem do processo;

II - a existência ou não de impugnação em grau de recurso contra decisão de primeira instância. Art. 8° Antes do envio do processo a DOPE, para o agendamento de operação fiscal a

Diretoria ou Coordenadoria deverá preencher formulário próprio e atribuir o grau de prioridade para execução de operação fiscal solicitada.

§ P A formalização do grau de prioridade para o agendamento da operação fiscal obe-decerá aos critérios estabelecidos nesta Instrução ou em Ato Normativo próprio.

§ 2° O Diretor ou coordenador de fiscalização que avocar processo que trata do pedido de operação fiscal deverá observar no que couber o previsto nos Artigos 5° e 6° desta

Instrução. Art. 9° Caberá à Coordenadoria de Receita o cálculo e a cobrança dos custos das ope-

rações fiscais realizadas, observando as normas pertinentes.

Seção III Da competência da Diretoria de Operações

Art. 10. Analisar os processos e procedimentos que solicitam a realização da operação

fiscal obedecendo as seguintes etapas: I - vistoriar previamente o local da irregularidade; II - avaliar a viabilidade e a forma de execução da operação fiscal;

III - fazer a classificação dos processos quanto aos critérios de prioridade; IV - informar a Diretoria ou Coordenadoria solicitante as adversidades, vulnerabilidades

e impossibilidades, ainda que momentâneas, para execução da operação fiscal, a qual deverá proceder conforme estabelece o Manual de Procedimentos Fiscais autuando o

infrator no intervalo de tempo determinado na legislação pertinente. Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV, a DOPE encaminhará o documento ou processo

à DAL solicitando a disponibilização dos meios necessários e adequados para execução da ação.

Art. 11. O Diretor de Operações formulará plano operacional que conterá: I - data, hora e local do início da ação fiscal;

II - a quantidade de integrantes da Carreira de Auditoria Fiscal de Atividades Urbanas do DF ou da Carreira de Fiscalização de Atividades de Limpeza Urbana do DF, incluindo

o supervisor Operacional da Gerência de Operações - GEOPE e Auditores, Auditores Fiscais ou Fiscais; III - a necessidade da participação de outros órgãos ou entidades; III - natureza da

operação e procedimentos a serem adotados; IV - o objeto da operação e o que pode ser eventualmente alcançado nesta operação;

VI - o grau de sigilo, confidencial ou reservado, atribuído à operação e aos expedientes que irão documentá-la;

V II - os riscos pessoais e materiais envolvidos e os aspectos de segurança a serem cumpridos;

V III - a necessidade de convocação de força policial ostensiva e a participação da Polícia Judiciária;

IX - a forma de relatar os resultados da operação, quais os dados importantes para organização, manutenção de estatísticas e resposta futuras.

Parágrafo Único. Nas operações em que a Procuradoria Jurídica da AGEFIS ou a Pro-curadoria Geral do Distrito Federal informar que oficial de justiça acompanhará a ação

fiscal o diretor da DOPE comunicará a PROJUI AGEFIS a data da ação operacional visando dar cumprimento a mandado judicial;

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 210

X- a orientação quanto aos serviços de coleta e destinação final de todo e qualquer tipo

de resíduo gerado na operação, assim como do ônus decorrente desta operação. Art. 12. O Diretor de Operação designará o conteúdo e o momento da divulgação de

informações à imprensa, sendo que a Assessoria de Comunicação - ASCO M/ AGEFIS responsabilizar-se-á pela divulgação de informações públicas referentes à operação, ao

efetivo e aos órgãos ou entidades que participarão da operação. Art. 13. Na hipótese de viabilidade da operação fiscal, considerando os recursos

humanos, maquinário e equipamentos disponibilizados à DOPE, esta agendará em seu cronograma a data da realização da ação fiscal. Parágrafo Único - Após o agendamento a DOPE comunicará:

a Diretoria ou Coordenadoria solicitante a data da operação e informará a necessidade de participação de Auditores, Auditores Fiscais ou Fiscais;

aos órgãos ou entidades que participarão da operação; aos órgãos ou entidades de Segurança Pública, solicitando o apoio logistico adequado e

necessário para a intervenção estatal com segurança aos envolvidos na operação fiscal. Art. 14. Para realização das operações de médio e grande porte será expedida Instrução

de Serviço que conterá: I - QUALIFICAÇÃO DA OPERAÇÃO:

1 - qualificação inequívoca do objeto da operação fiscal; 2 - data e horário do início da operação;

3 - previsão de duração da operação; 4 - ponto de encontro das equipes dos órgãos ou entidades participantes. II - RESPONSÁ

VEL PELA OPERAÇÃO: 1 - identificação do Auditor, Auditor Fiscal ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana; 2

- identificação da Chefia Imediata da unidade de fiscalização responsável; 3 - identificação do órgão ou entidade solicitante; III - DOCUMEN1AÇÃO:

1 - processo e ou expediente que trata e qualifica o objeto da operação fiscal; 2 - intimação Demolitória ou sua reprografia mecânica;

3 - Auto de Notificação com ordem explícita ao destinatário da ação fiscal para promoção da desobstrução, desocupação ou remoção da irregularidade ou sua reprografia

mecânica; 4 - Quando se tratar de processo de Auto de Embargo o Relatório de Ação Fiscal deverá informar de forma inequívoca o que foi acrescido na construção;

N - RECURSOS NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO: 1 - Humanos: - quantidade de Auditores, Auditores Fiscais e ou Fiscais de Atividades de Limpeza

Urbana que participarão da operação; 1.2 - quantidade de apoios operacionais necessários; - maquinário e equipamentos;

- órgãos ou entidades que participarão da operação fiscal; V -MISSÃO:

1 - finalidade da operação; 2 - providências a serem tomadas após a execução da operação fiscal ou em caso de seu impedimento ou suspensão.

Art. 15. Depois de realizada a operação fiscal a DOPE deverá encaminhar à Coordenadoria de Receita o processo devidamente instruído para cálculo e a cobrança

de seus custos. CAPÍTULO IV

DA OPERAÇÃO

Art. 16. Nas operações sob a responsabilidade da Chefia Imediata da unidade de fis-calização a DOPE será responsável em indicar os procedimentos necessários, restando a

Chefia da Unidade de Fiscalização ou a quem esse designar, mediante Instrução de Serviço, indicar o objeto da operação;

Art. 17. Na hipótese em que a coordenação da operação fiscal for atribuída a DOPE, esta atuará em conformidade com a formalização da operação fiscal, restringindo a ação

desta Diretoria aos objetos descritos nos processos ou nos expedientes que motivam a solicitação de operação fiscal.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 211

Art. 18. Os responsáveis pela operação fiscal deverão:

I - elaborar Relatório de Operação, descrevendo os fatos e circunstâncias da ação fiscal, ressaltando os resultados da operação;

II - preencher o Relatório dos Meios Utitizados na Operação - RMU; III - fazer os lançamentos necessários no Sistema Informatizado de Serviços e Ações

Fiscais - SISAF ou outro sistema que o suceder. Art. 19. Em caso de necessidade de apreensão de mercadorias, materiais e

equipamentos os autos correspondentes serão lavrados pelo o Auditor ou Auditor Fiscal de Atividades Urbanas, ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana da RAF onde ocorrer a operação; Parágrafo Único. Aplica-se o mesmo entendimento do caput em relação a

lavratura de outros documentos fiscais que se fizerem necessários durante a operação fiscal.

CAPÍTULO V

DOS CRITÉRIOS PARA AGENDAMENTO DE OPERAÇÃO FISCAL

Art. 20. Quanto aos solicitantes das demandas operacionais observarão as seguintes prioridades:

I - a aos órgãos ou entidades de controle externos e órgãos do Poder Judiciário; II - atendimento à Ouvidorias;

III - demandas geradas nos processos contínuos do serviço de fiscalização; IV - atendimento ás demandas da Defesa Civil ou de órgãos ou entidades que integrem

Forças Tarefas ou grupos especiais de fiscalização e controle sobre o uso e a ocupação do solo legalmente constituídos. Art. 21. Quanto aos aspectos operacionais e de localização da irregularidade a ação

demolitória observará às seguintes prioridades: I - obras e ocupações em estágio inicial, incluindo meios de propaganda, cercas, muros

e grades, localizados em área de proteção ambiental, proteção permanente ou novos parcelamentos irregulares do solo;

II - obras iniciais, incluindo meios de propaganda, cercas, muros e grades, em expansão de condomínios consolidados ou em áreas públicas, dentro de poligonal urbana, não

passíveis de regularização; III - obra não habitada, sem utilização ou desocupada, em área de proteção ambiental

ou permanente, em novo parcelamento irregular do solo; IV - obra não habitada, sem utilização em área pública ou em parcelamento irregular do

solo; V - obra em que o ato demolitório ocasionará impacto na própria estrutura física da obra

ou edificação, ou em edificações vizinhas, incluindo meios de propaganda, cercas, grades, muros, toldos, coberturas, centrais de gás e ocupações de área pública com mobiliário de fácil remoção;

VI - obra em área pública de qualquer espécie, ou parcelamento irregular do solo, ha-bitada ou com utilização, na qual órgãos de apoio e desenvolvimento sociat do Estado

promovam a desocupação, nos casos em que ocorrer resistência à ação fiscal. VII - obras e ocupações de áreas públicas ou privadas cuja demolição provocará danos,

de baixo, médio ou alto impacto, nas instalações adjacentes ou na própria instalação arquitetônica da edificação.

V III - Demandas múltiplas agrupadas por amplitude de ocorrência, com a participação de vários órgãos ou entidades do GDF ou obras onde houver de planejamento

operacional para atuação em bloco. § 1° - Na hipótese do inciso VII deste artigo, também deverá ser considerado o risco

para os executores da operação fiscal; § 2° - A avaliação dos critérios de seleção de demanda para agendamento de operação

fiscal deverá ser feita exclusivamente por Auditor, Auditor Fiscal ou Fiscal de Atividades de Limpeza Urbana.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 212

Art. 22. A programação fiscal poderá definir a prioridade para execução de operação

fiscal, observadas as diretrizes gerais da política de fiscalização executada pela a AGEFIS, ou definidas pelas Diretorias e Coordenadorias da AGEFIS em decisão colegiada.

Art. 23. Em se tratando operação para demolir obra de qualquer espécie inclusive em parcelamento irregular do solo, habitada ou não, sem ou com utilização para alguma

atividade onde exista risco de conflito deve ser solicitado um plano de ação específico ou a elaboração de programação fiscal específica para o caso.

CAPÍTULO VI

DA SUSPENSÃO OU CANCELAMENTO DE OPERAÇÃO FISCAL

Art. 24. Constitui motivo para suspensão e ou cancelamento de operação fiscal: I - determinação judicial, oficialmente informada à AGEFIS;

Il - recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, III - orientação da Procuradoria Geral do Distrito Federal;

IV - orientação da Procuradoria Jurídica da AGEFIS; V - ausência de equipe das concessionárias para efetuar o corte de fornecimento dos

serviços de água ou energia elétrica; V I - ausência de equipe de Órgãos ou Secretarias para participarem da operação;

V II - condições adversas de segurança ou climática para realização da ação fiscal; V III - falta de condições técnicas para efetivação da ação fiscal com segurança para

todos os envolvidos; IX - existência de qualquer vício no processo ou expediente que solicitou a operação

fiscal; X - falha no(s) equipamento(s) utilizado(s); XI - ausência ou quantitativo insuficiente de policiamento.

Parágrafo único. As recomendações e orientações encimadas deverão obrigatoriamente, ser fundamentadas em texto legal.

Art. 2S. Poderá, motivadamente, suspender ou cancelar a operação fiscal: I - O Auditor ou Auditor Fiscal de Atividades Urbanas, ou Fiscal de Atividades de Limpeza

Urbana, designado em Instrução de Serviço como responsável pela operação fiscal, verificada a existência de um ou mais itens elencados no artigo anterior.

11 - O Supervisor de Equipe da Gerência de Operações da DOPE, quando verificar que os equipamentos da DOPE não sejam adequados ou suficientes, ou ainda, quando as

condições técnicas de executabilidade oferecerem riscos ao patrimônio público ou de terceiros ou integridade física das instalações adjacentes ou dos participantes da

operação; III - o chefe da unidade de fiscalização da RAF onde se localiza a irregularidade;

IV - o Diretor ou Coordenador de fiscalização da AGEFIS solicitante da operação; V - o Diretor de Operações da AGEFIS; VI- o Diretor Geral ou Diretor Adjunto sob ordem do titular da AGEFIS;

Parágrafo único. Na hipótese do inciso XI, do artigo anterior, em se tratando de quanti-tativo insuficiente está avaliação deverá ser feita em conjunto com o responsável pelo

policiamento designado para a operação.

CAPÍTULO VII DA EXECUÇÃO DA OPERAÇÃO FISCAL

Art. 26. A função executiva da operação fiscal será exercida pela DOPE dentro do limite

estabelecido na documentação fiscal encaminhada a esta diretoria ficando assegurado aos supervisores de equipe da GEOPE/DOPE o poder discricionário de reorientar ações

indicando o procedimento adequado para a finalização da ação fiscal quando viável, considerando os equipamentos e recursos humanos disponibilizados a DOPE. Parágrafo

único. A reorientação de que trata o caput deste artigo poderá ser levada a efeito

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considerando os aspectos de segurança operacional do cenário da operação, bem como

dos envolvidos na execução da ação fiscal. Art. 27. Nas Operações Fiscais sob a responsabilidade da Chefia Imediata da unidade de

fiscalização, a DOPE prestará apoio para realização da operação, conforme disponibi-lidade de equipamentos e recursos humanos, sem prejuízo da prerrogativa mencionada

no artigo anterior. CAPÍTULO VIII

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 28. O Auditor ou Auditor Fiscal de Atividades Urbanas, ou Fiscal de Atividades de

Limpeza Urbana que for designado para acompanhar a operação fiscal, na forma es-tabe~ecida nesta Instrução, ficará responsável por apresentar Relatório de Ação Fiscal,

que informará fatos e circunstâncias da operação, acompanhados de: I - relatório fotográfico documentando a realização da operação fiscal, compreendendo

a situação inicial, a execução e a situação final; 11 - cópias dos documentos fiscais lavrados durante a operação fiscal, quando houver;

IIl- Relatório dos Meios Utilizados na Operação - RMU; IV - relação de bens apreendidos, quando houver.

§ 1 ° Os Auditores, Auditores Fiscais ou Fiscais da unidade de fiscalização da RAF onde se encontra a irregularidade designados para a operação fiscal serão responsáveis por

promover as apreensões de bens, equipamentos e mercadorias, que se fizerem necessá-rias, conforme disposto na Instrução n° 027/2010.

§2° O Supervisor de Equipe da Gerência de Operações fica dispensado de lavrar Auto de Apreensão quando a apreensão for executada na forma especificada no parágrafo

anterior, exceto nos casos excepcionais ou para garantir maior celeridade na ação fiscal Art. 29. Caberá ao Supervisor de equipe da DOPE, obrigatoriamente, independentemente da lavratura do Relatório de Ação Fiscal determinada no caput do artigo anterior, relatar

sobre os fatos e circunstâncias da operação fiscal abordando os seguintes aspectos I - operacional - quanto à execução física e o atingimento dos objetivos da operação fiscal,

podendo solicitar vistoria e informações adicionais a Diretoria ou Coordenadoria que der causa a operação, para melhor embasamento e conclusão de seu parecer ou Relatório

de Operação. II - quantitativo - especificar quantitativamente o alcance da operação fiscal na elimi-

nação da irregularidade. Art. 30. A informação especificada no item II do artigo anterior deverá ser o instrumento

de coleta de dados objetivando: I - a formulação de controle estatístico da produtividade da Diretoria de Operações; II - a formulação de política de atuação; III - avaliação das

ações fiscais. CAPÍTULO IX DAS DISPOSiÇÕES FINAIS

Art. 31. A exigência de execução imediata determinada no § 1 ° do Art. 178 da Lei n° 2.10SI1998, não será objeto dos procedimentos estabelecidos nesta Instrução, devendo

ser feita pela unidade de fiscalização da RAF onde se localizar a irregularidade, que ficará responsável por buscar os meios para sua execução.

Art. 32. A inobservância do disposto nesta Instrução quanto os pré-requisitos para soli-citação do agendamento da operação fiscal constitui motivo para que a DOPE devolva os

processos ou expediente à Diretoria ou Coordenadoria solicitante a fim de sanear e adequar a solicitação ao previsto nesta Instrução e na legislação pertinente.

Parágrafo único. Os processos encaminhados a Diretoria de Operações deverão obriga-toriamente estar saneados conforme esta Instrução e a Legislação Vigente.

Art. 33. Ficam aprovados os formulários que constituem os anexos I a IV desta Instrução, que serão utilizados pelos Auditores, Auditores Fiscais, Fiscais, Chefes de unidades de

fiscalização, Coordenadores e Diretores para a formalização da solicitação de agenda-mento de operação fiscal para erradicação da irregularidade.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 214

Art. 34. Aplicam-se, no que couber, aos instrumentos regulamentados por esta Instrução

as demais legislações pertinentes e em especial a Lei n° 2.10S, de OS de outubro de 1998, a Lei n° 4.567, de 09 de maio de 2011 e a Instrução n° 027/2010.

Art. 3S. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação, excetuando-se o Art. 9° e o Art. lS que entrarão em vigor a partir de P de janeiro de 2012.

Art. 36 Revogam-se as disposições em contrário GLEISTON MARCOS DE PAULA Diretor Geral, EDU ARDO BARBOSA MOREIRA Diretor

Geral Adjunto, JOSÉ CARLOS DOS SANTOS BEZERRA Diretor da Diretoria de Planejamento, Programação, Normas e Procedimentos, FERNANDO BARROS DA SILVEIRA Diretor da Diretoria de Operações, CLÁ UDIO CESAR CAIXETA CRUZ Diretor

da Diretoria de Fiscalização de Atividades Econômicas, JOSÉ AIRTON LIRA Diretor da Diretoria de Fiscalização de Obras, JOZÉLlA PRAÇA DE MEDEIROS Diretora da Diretoria

de Administração e Logística

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 215

INSTR. NORMATIVA Nº 48, DE 20/10/2011– PROCEDIMENTOS

ADMINISTRATIVOS

INSTRUÇÃO

048/2011 PUBLICADO NO DODF Nº212 DE03/11/2011

Institui procedimentos

administrativos e dá outras

providências.

O DIRETOR GERALDAAGÊNCIADEFISCALIZAÇÃO DO DIS TRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 5°, da Lei n° 4.150, de 5 de junho de 2008, combinado com o art. 30 da Instrução n" 1, de 13 de junho de 2008, do Regimento Interno da unidade

e com os demais Diretores,

RESOLVE: Art. 1°. À Diretoria de Planejamento, Programação, Normas e Procedimentos - DIPLAN, a

elaboração, no prazo de 60 (sessenta) dias, de estudos para implementação de Programação Fiscal- PF e seu desmembramento em ações fiscais;

Art. 2° Que as atividades desenvolvidas pelos Fiscais, Auditores ou Auditores Fiscais sejam executadas em duplas. Parágrafo Único. A dupla será formada por Fiscais, Auditores ou Auditores Fiscais

responsáveis por trechos contíguos. Art. 3° À Diretoria de Fiscalização de Obras - DFO, a partir de 1° de dezembro de 2011, a

responsabilidade de distribuição das demandas de vistorias para emissão de Carta de Habite-se de todas as Regiões Administrativas Fiscais.

Parágrafo Único. As vistorias para emissão de Carta de Habite-se devem ser realizadas por dois servidores da Carreira de Auditoria de Atividades Urbanas da Especialidade Obras. Art. 4° Aos Gerentes de Fiscalização de Obras, Gerentes de Fiscalização de Atividades Eco-

nômicas e Chefes de Núcleos de Fiscalização de Atividades de Limpeza Urbana, a realização de rodízio quadrimestral dos Fiscais, Auditores ou Auditores Fiscais, lotados em sua unidade

de fiscalização, com mudança de Região Administrativa - RA, dentre as RA que compõem as respectivas Regiões Administrativas Fiscais - RAF. Art. 5° Aos Gerentes de Fiscalização de Obras, Gerentes de Fiscalização de Atividades

Econômicas, Chefes de Núcleos de Fiscalização de Atividades de Limpeza Urbana e Gerentes de Sede, a realização de inventário dos blocos de autos distribuídos nas respectivas Regiões

Administrativas Fiscais - RAF, no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 6" Aos integrantes da Carreira de Auditoria de Atividades Urbanas lotados naAGEFIS a obrigatoriedade do uso do Manual de Procedimentos Fiscais no exercício das respectivas

atribuições; Art. 7° Somente poderão ser utilizados autos confeccionados pela DAL.

Parágrafo Único. Excluem-se deste artigo os autos utilizados em programação fiscal específica com a devida autorização do Diretor ou Coordenador de Fiscalização. Art. 8° Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9° Revogam-se as disposições em contrário. EDUARDO BARBOSA MOREIRA- Diretor-Geral em exercicio; FERNANDO BARROS DA

SILVEIRA - Diretor da Diretoria de Operações; JOSÉ CARLOS DOS SANTOS BEZERRADiretor da Diretoria de Planejamento, Programação, Normas e Procedimentos; JOSÉ AIR TON LIRA - Diretor da Diretoria de Fiscalização de Obras; CLÁUDIO CESAR CAIXETA CRUZ - Diretor da

Diretoria de Fiscalização de Atividades Econômicas; JOZÉLIA PRAÇA DE MEDEIROS - Diretora da Diretoria de Administração e Logistica.

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APREENSÃO DE

PRODUTOS

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 217

INSTR. NORMATIVA Nº 99, DE 24/08/2016 – APREENSÃO, REMOÇÃO E

CUSTÓDIA DE BENS

INSTRUÇÃO

099/2016 DODF de 26/08/2016, p. 6.

Dispõe sobre a apreensão, remoção, custos dos meios utilizados, custódia e destinação de bens e mercadorias apreendidas.

A DIRETORA PRESIDENTE DA AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, em conjunto com o DIRETOR PRESIDENTE ADJUNTO e com os SUPERINTENDENTES, no uso das atribuições previstas nos incisos V e VI, do art. 3º e incisos II e V, do art. 5º, e em conformidade com o art. 2º, ambos da Lei nº 4.150, de 05 de junho de 2008, RESOLVEM:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º A apreensão, remoção e custódia de bens e mercadorias apreendidas por Auditores, Auditores Fiscais de Atividades Urbanas e Inspetores Fiscais de Atividades Urbanas, em exercício nesta Agência, obedecerão aos critérios estabelecidos por esta Instrução.

CAPÍTULO II

DA APREENSÃO, DO AUTO DE APREENSÃO E DO TERMO DE RETENÇÃO

SEÇÃO I

DA APREENSÃO DOS BENS E MERCADORIAS

Art. 2º Os bens e mercadorias apreendidos serão, incontinente, removidos para o Depósito de Bens Apreendidos - DBA, desta Agência, onde serão catalogados e permanecerão sob custódia da Diretoria de Bens Apreendidos - DIBEA da Superintendência de Administração e Logística - SUAL ou local indicado na Programação Fiscal.

§1º Os bens e mercadorias devem ser conferidos, com base no Auto de Apreensão e recebidos na presença do agente de fiscalização responsável pela autuação.

§ 2º Os bens e mercadorias apreendidos devem ser monitorados durante todo o processo de apreensão.

§3º Deverá ser designado um agente de fiscalização como responsável pela conferência dos bens e mercadorias apreendidos durante seu carregamento, descarregamento e transporte até o Depósito de Bens Apreendidos desta Agência.

Art. 3º Os bens e mercadorias perecíveis serão destinados a doação ou destruição imediata após o seu devido registro para fins estatísticos.

§1º Entende-se por bens e mercadorias perecíveis aqueles "in natura", com prazo de validade ou que necessitem imediato acondicionamento apropriado.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 218

§2º Os bens e mercadorias deverão ser encaminhados à DIBEA e descartados na presença de duas testemunhas.

SEÇÃO II

DO AUTO DE APREENSÃO

Art. 4º A apreensão de bens e mercadorias decorrentes do exercício de atividade irregular ou dispostos irregularmente em área pública, seguirá o disposto em legislação especifica e será realizada mediante a lavratura de Auto de Apreensão e, caso necessário, do respectivo Termo de Continuação.

Art. 5º Quando não identificado o proprietário dos bens ou mercadorias apreendidas, ou quando este se recusar a assinar o Auto de Apreensão, serão colhidas assinaturas de 02 (duas) testemunhas, qualificando-as com nome completo, número da carteira de identidade ou CPF e, quando possível, o seu endereço.

§1º Deverá constar do Auto de Apreensão a advertência acerca do prazo para reclamar os bens e mercadorias sob pena de declaração de abandono.

§2º Não serão recebidos pela DIBEA/SUAL bens ou mercadorias referentes à Autos de Apreensão preenchidos em desacordo com esta Instrução.

§3º Eventuais ressalvas ou divergências na conferência, do que consta do Auto de Apreensão, serão submetidas a avaliação do Superintendente da especialidade.

Art. 6º Caberá impugnação contra o Auto de Apreensão, a qual deverá ser apresentada no prazo de 20 (vinte) dias.

SEÇÃO III

DO TERMO DE RETENÇÃO DE VOLUMES

Art. 7º Na impossibilidade da lavratura imediata do Auto de Apreensão lavrar-se-á o Termo de Retenção de Volumes, conforme modelo constante do Anexo I, procedendo-se o fechamento de sacos, caixas e outros volumes garantindo a inviolabilidade com respectivo selo de retenção de volumes ou lacres numerados, conforme modelos a serem definidos pela AGEFIS.

Art. 8º O Termo de Retenção de Volumes será utilizado pela fiscalização da AGEFIS para a retenção de documentos, mercadorias e bens.

Art. 9º O selo de retenção de volumes ou lacres invioláveis numerados será utilizado exclusivamente para fechar caixas e outros volumes, compartimentos de veículos, cofres de carga e semelhantes contendo mercadorias, documentos ou bens objeto do Termo de Retenção de Volumes.

Art. 10. O selo de retenção de volumes será numerado manualmente com o mesmo número do Termo de Retenção de Volumes a que corresponde e deverá conter a assinatura da autoridade fiscalizadora.

Art. 11. O Termo de Retenção de Volumes deverá conter os números dos lacres invioláveis numerados utilizados para fechar os volumes aos quais se refere.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 219

Art. 12. Um Termo de Retenção de Volumes poderá se referir a um ou a vários Selos de Retenção, a um ou a vários lacres invioláveis numerados ou a combinações destes.

Art. 13. O Selo de Retenção de Volumes ou lacre inviolável numerado será removido pela AGEFIS, na presença do interessado, para identificação das mercadorias ou bens retidos e lavratura do correspondente Auto de Apreensão.

Art. 14. O interessado deverá comparecer à sede da unidade da AGEFIS indicada no Termo de Retenção de Volumes, em horário de expediente normal, no prazo máximo de 05 dias, contados a partir do momento da lavratura do referido Termo, munido de comprovação da propriedade dos bens e mercadorias retidos.

§ 1º No caso do não comparecimento do interessado no local no prazo estabelecido no caput deste artigo, a AGEFIS procederá de ofício à abertura dos volumes lacrados, para lavratura do correspondente Auto de Apreensão, preenchendo obrigatoriamente o Certificado de Abertura de Volumes Lacrados, conforme modelo constante do Anexo II.

§ 2º O Auto de Apreensão deverá ser lavrado com a mesma data do Termo de Retenção de Volumes.

Art. 15. Os procedimentos de abertura de volumes lacrados e lavratura do correspondente Auto de Apreensão devem ser executados por Auditor, Auditor Fiscal de Atividades Urbanas ou Inspetor Fiscal de Atividades Urbanas da especialidade que executou a operação, sempre na presença de outros dois servidores públicos lotados na AGEFIS, os quais assinarão como testemunhas.

Art. 16. O Responsável pelo Depósito deverá solicitar à Superintendência de Fiscalização responsável pela execução da operação, Auditor ou Auditor Fiscal de Atividades Urbanas ou Inspetor Fiscal de Atividades Urbanas para execução dos procedimentos previstos no artigo anterior.

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CAPÍTULO III

DA CUSTÓDIA

SEÇÃO I

DO TERMO DE CONFERÊNCIA

Art. 17. O recibo dos bens apreendidos será utilizado pelo Depósito de Bens Apreendidos da AGEFIS para garantir a custódia de documentos, bens e mercadorias, imediatamente a sua entrada.

Art. 18. O responsável pelo recebimento de documentos, bens e mercadorias lavrará recibo dos bens apreendidos no qual constará data, assinatura e identificação do servidor do depósito.

Parágrafo único. Em caso de divergências constatadas entre o apresentado no DBA e o Auto de Apreensão o responsável pelo o recebimento fará constar em relatório e encaminhará a Corregedoria para a apuração.

SEÇÃO II

DA DEVOLUÇÃO

Art. 19. A devolução de documentos, bens e mercadorias apreendidas condiciona-se:

I - ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente realizados com remoção, transporte e custódia dos documentos, bens e mercadorias, os quais serão calculados, respeitados os critérios de proporcionalidade;

II - à comprovação de indébito para com a AGEFIS, mediante apresentação de Certidão Negativa expedido pela mesma.

III - à comprovação de propriedade por intermédio de notas fiscais, sendo vedadas declarações particulares;

IV - ao pagamento das multas devidas, nos termos da legislação vigente;

V - à apresentação do Formulário de Identificação de Propriedade de Bens Apreendidos, constante do Anexo VII;

VI - à apresentação de nota fiscal nos casos de bens e mercadorias novos;

VII - à apresentação de comprovante de propriedade para os casos de apreensão de food trucks, reboques e traillers.

Art. 20. A solicitação para devolução dos documentos, bens ou mercadorias apreendidas será feita no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir do primeiro dia útil subsequente à data da lavratura do Auto de Apreensão.

Parágrafo único. Os documentos, bens e mercadorias apreendidas e removidas para o DBA, não reclamados no prazo estabelecido, serão declarados abandonados por ato da AGEFIS, a ser publicado no DODF.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 221

SEÇÃO III

DO RELATÓRIO DE OPERAÇÕES

Art. 21. O Relatório de Operações - RO é o documento que registra a mão de obra, os materiais e equipamentos utilizados na operação e a descrição da ação fiscal, de forma a subsidiar a cobrança de indenização dos meios utilizados, quando for o caso.

§1º O RO será preenchido pelo agente de fiscalização da unidade responsável, para cada operação realizada, conforme Modelos 01 e 02 constantes do Anexo III.

§ 2º Deverão constar do RO as seguintes informações:

I - data, hora e local da operação;

II - nº dos Autos emitidos, caso existam;

III - especificação e quantitativo de tempo, mão de obra e meios utilizados pela AGEFIS e demais órgãos participantes na operação;

IV- relato dos procedimentos realizados;

V- outros dados ou informações relevantes de fatos ou eventos ocorridos durante a ação fiscal.

§ 3º Possíveis omissões de dados do RO, poderão ser sanadas no decorrer do procedimento administrativo.

§ 4º No caso de retificação do RO, o responsável deverá apresentar justificativa, assinada em conjunto com outro integrante da equipe da ação fiscal, devidamente anuída pela Superintendência.

Art. 22. Para que se possa imputar o valor da referida ação fiscal o agente de fiscalização deverá identificar o infrator.

§1º Caso a ação fiscal desenvolva-se em área onde se identifiquem vários infratores, o agente de fiscalização deverá registrar os meios utilizados e os custos que serão rateados conforme Relatório de Operações.

§2º Caso não haja identificação do infrator, o agente de fiscalização deverá preencher o RO e encaminhá-lo à Superintendência para fins de identificação superveniente.

§3º A Superintendência deverá encaminhar, obrigatoriamente, solicitação à Polícia Civil para verificação da existência de inquérito administrativo referente à grilagem de terra.

§4º O infrator que teve seus bens ou mercadorias apreendidos e que não foi qualificado no ato, poderá ser qualificado a qualquer tempo por servidor da DIBEA/SUAL conforme do Anexo VIII.

Art. 23. O responsável pela ação fiscal deverá elaborar o RO em até 5 dias e entregá-lo à chefia imediata.

Parágrafo único. A chefia imediata terá 05 dias, a partir da data de recebimento do RO para adoção das providências previstas no artigo 24.

Art. 24. Para o preenchimento do RO deverão ser observados os seguintes procedimentos:

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 222

I - No caso de apreensão, com infrator qualificado:

a) O agente de fiscalização entregará a via específica do Auto de Apreensão, conjuntamente com os produtos, bens e mercadorias apreendidos e respectivo Termo de Identificação de Propriedade de Bens Apreendidos na DIBEA/SUAL;

b) a Superintendência da especialidade autuará o processo com a 1ª Via do Auto de Apreensão, respectivo RO e demais documentos;

c) o processo administrativo deverá ser tramitado à Unidade de Receita - UREC para procedimento de cobrança e continuidade da instrução processual;

d) a UREC calculará o valor dos custos da operação, procederá o lançamento no sistema informatizado da AGEFIS com respectivo Código de Receita, intimará via AR e encaminhará o Boleto com o valor para pagamento dos custos da operação;

e) no caso do interessado comparecer diretamente à DIBEA para retirada dos bens e mercadorias, esta unidade emitirá o boleto para pagamento.

II- No caso de apreensão, sem qualificação do infrator:

a) o agente de fiscalização entregará os bens e mercadorias apreendidos na DIBEA/SUAL com respectivo Termo de Retenção a qual adotará os procedimentos de doação dos bens e mercadorias apreendidos;

b) caso haja identificação superveniente do infrator, a DIBEA/SUAL preencherá o Termo de Identificação de acordo com documentação apresentada pelo infrator e encaminhará o Termo de Identificação para a Superintendência da especialidade que autuará processo administrativo com a 1ª Via do Auto de Apreensão, respectivo RO e demais documentos;

c) o processo administrativo deverá ser tramitado à UREC para procedimento de cobrança e continuidade da instrução processual;

d) no caso do interessado comparecer diretamente à DIBEA para retirada dos bens e mercadorias, esta unidade emitirá o boleto para pagamento.

e) A Superintendência da especialidade deverá adotar todas as medidas necessárias para identificação do infrator, inclusive o encaminhamento para Polícia Civil para procedimentos cabíveis;

f) No caso do interessado comparecer diretamente à DIBEA para retirada dos bens e mercadorias, esta unidade emitirá o boleto para pagamento.

III- No caso de não haver apreensão, com infrator qualificado:

a) a Superintendência da especialidade autuará o processo com o RO e demais documentos;

b) o processo administrativo deverá ser tramitado à Unidade de Receita para procedimento de cobrança e continuidade da instrução processual;

c) a UREC calculará o valor dos custos da operação, procederá o lançamento no sistema informatizado da AGEFIS com respectivo Código de Receita, intimará via AR e encaminhará o Boleto com o valor para pagamento dos custos da operação.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 223

IV- No caso de não haver apreensão, sem qualificação do infrator:

a) a Superintendência da especialidade arquivará o RO e demais documentos pertinentes para futura identificação superveniente do infrator;

b) caso haja identificação superveniente do infrator a Superintendência da especialidade autuará o processo com a 1ª Via do Auto de Apreensão, respectivo RO e demais documentos;

c) o processo administrativo deverá ser tramitado à Unidade de Receita - UREC para procedimento de cobrança e continuidade da instrução processual;

d) A UREC calculará o valor dos custos da operação, procederá o lançamento no sistema informatizado da AGEFIS com respectivo Código de Receita, intimará via AR e encaminhará o Boleto com o valor para pagamento dos custos da operação.

Parágrafo único. Os processos serão autuados por infrator e anexado cópia do RO correspondente.

SEÇÃO IV

DOS CUSTOS

Art. 25. Os custos com demolição, remoção, apreensão, transporte de bens e mercadorias apreendidas e mão-de-obra empregada para sanar as irregularidades, constarão Relatório de Operações - RO, conforme modelos constantes do Anexo III.

§1º Os gastos efetivamente realizados com as ações fiscais serão calculados tomando por base a tabela de preços publicada anualmente no DODF pela AGEFIS, de acordo com o disposto em Lei.

§ 2º Os custos com deslocamento de veículos utilizados para ações fiscais realizadas em uma mesma localidade serão rateados entre os infratores envolvidos.

Art. 26. Ficam estabelecidas as tabelas de preços unitários, na forma do Anexo IV, desta Instrução Normativa, a serem observadas pelas Superintendências de Fiscalização, Superintendência de Administração e Logística - SUAL, e demais setores envolvidos quando da avaliação de gastos efetivamente realizados com demolição, apreensão, remoção, transporte e custódia de materiais apreendidos para depósito público desta Agência, determinado pela autoridade fiscal.

§ 1º Excepcionalmente, quando for necessário, poderão ser locados equipamentos e veículos especiais, não disponíveis na AGEFIS, para execução das operações de que trata esta Instrução Normativa, obedecendo os critérios da legislação específica, em especial a lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

§ 2º O custo das locações de que trata o parágrafo anterior comporá a base de cálculo para a cobrança da indenização, nos casos em que se aplicar.

§ 3º Os custos da mão de obra das operações disponibilizados por outros órgãos que não constem do Anexo IV serão definidos pelo Comitê de Governança do Território do Distrito Federal e encaminhados à AGEFIS para cobrança.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 224

Art. 27. Deverá ser cobrado do infrator, além dos custos operacionais, as diárias correspondentes ao período de depósito dos materiais, bens e documentos custodiados à DIBEA/SUAL.

Art. 28. A UREC procederá o cálculo do valor para cobrança dos custos despendidos na ação fiscal com base no RO intimará o infrator a ressarcir aos cofres públicos o montante apurado.

§ 1º A Intimação para o pagamento dar-se-á via Aviso de Recebimento - AR, ou outro meio previsto em Lei ou Regulamento.

§ 2º O infrator efetuará o pagamento no prazo de até 10 dias, contados do recebimento da Intimação, podendo ser apresentada impugnação administrativa no mesmo prazo.

Art. 29. A indenização dos custos dos serviços prestados com depósito serão calculados e cobrados pela DIBEA/SUAL concedendo-se o prazo de 04 dias para o pagamento, por meio de Documento de Arrecadação - DAR na rede bancária credenciada.

Art. 30. A apresentação tempestiva de impugnação suspenderá o prazo para pagamento dos custos, voltando a correr a partir da comunicação do resultado do julgamento.

Art. 31. O julgamento administrativo dos requerimentos e impugnações referentes à cobrança dos custos das operações compete:

I - em primeira instância a UREC, ouvido, caso necessário, a Superintendência da especialidade;

II - em segunda instância à Direção Geral;

§1º Sempre que a decisão exonerar o sujeito passivo do pagamento do valor referente aos custos da ação fiscal, a autoridade julgadora de primeira instância recorrerá de ofício à autoridade competente de segunda instância, no prazo de até 10 dias.

§2º Caso não sejam apresentados requerimentos ou impugnações e, nem sido efetivado o pagamento dos valores devidos no prazo estabelecido, a UREC procederá a inscrição na Dívida Ativa da AGEFIS.

Art. 32. A indenização dos custos relativos ao trabalho efetuado não eximirá o infrator do pagamento de quaisquer multas aplicadas ou do saneamento das irregularidades.

Art. 33. O proprietário arcará com o ônus decorrente do eventual perecimento natural, danificação ou perda de valor dos documentos, bens ou mercadorias apreendidas, não sendo devido por parte da AGEFIS nenhum ressarcimento em razão de tais ocorrências.

CAPÍTULO IV

SEÇÃO I

DA DOAÇÃO, REUTILIZAÇÃO E DESTRUIÇÃO

Art. 34. Os bens e mercadorias apreendidos e recolhidos ao depósito desta Agência, que não sejam reclamados, serão declarados abandonados por ato da Superintendência de Administração e Logística – SUAL

Art. 35. A declaração de abandono será publicada no Diário Oficial do Distrito Federal - DODF com número do respectivo Auto de Apreensão, em obediência ao prazo previsto para

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 225

reclamação dos bens apreendidos não perecíveis, de no mínimo 30 dias contados a partir do primeiro dia útil ao subsequente da data da lavratura do Auto de Apreensão.

Art. 36. Os bens apreendidos e não reclamados, poderão ser doados, reformados e incorporados ao patrimônio da AGEFIS, alienados em leilão público, destruídos ou inutilizados, a critério do Diretor Presidente da AGEFIS, obedecendo aos tramites previstos em lei.

Art. 37. Os bens e mercadorias apreendidos não reclamados na forma estabelecida nesta Instrução poderão ser doados aos órgãos e entidades da administração direta e indireta do Distrito Federal, bem como às instituições de caráter social e filantrópico, inscritas no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal que atendam à população carente.

Art. 38. Os órgãos e entidades interessados deverão formalizar o pedido de doação junto à AGEFIS, por meio de expediente do respectivo dirigente, do qual deverá constar:

I - Descrição dos bens e mercadorias solicitados e respectivo quantitativo, de acordo com a sua capacidade de utilização ou consumo para consecução dos objetivos da entidade;

II - Especificação do programa, projeto ou situação a que pretende atender com os bens requeridos.

Art. 39. As instituições de caráter social e filantrópico interessadas deverão formalizar o pedido junto à AGEFIS acompanhado da seguinte documentação:

I - Comprovante de Inscrição no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal vigente;

II - Cópia do comprovante de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;

III - Certidão Negativa de débitos junto a AGEFIS;

IV - Cópia autenticada do Estatuto Social ou de outro ato constitutivo da entidade, registrado em cartório;

V - Cópia autenticada de Ata de Posse da atual Diretoria;

VI - Cópia do recibo de entrega da declaração de Imposto de Renda referente ao último exercício;

VII - Comprovante da Declaração de Utilidade Pública ou da qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, em nível Federal, Estadual ou Municipal, com cópia da respectiva publicação em Diário Oficial;

VIII - Especificação dos bens e mercadorias solicitados com respectivo quantitativo.

Parágrafo Único. No ato do requerimento deverão apresentar apenas os documentos constantes dos itens I, II e III, e depois de deferido o pedido deverá apresentar os documentos constantes dos itens IV a VIII.

Art. 40. Os pedidos de doação deverão ser entregues no Protocolo da AGEFIS, e serão objeto de deliberação quanto ao atendimento pela Direção-Geral da Agência.

§1º Caberá a DIBEA informar a disponibilidade dos bens e mercadorias.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 226

§2º As solicitações em desacordo com o previsto nesta Instrução terão sua concessão prejudicada, cabendo à SUAL comunicar o indeferimento do pleito à instituição solicitante.

§3º Os pedidos que forem deferidos pela Direção-Geral serão autuados e encaminhados à Superintendência de Administração e Logística para providências subsequentes.

Art. 41. A análise dos pedidos de doação observará a ordem cronológica de protocolização.

Parágrafo único. Em caso de solicitação de bens semelhantes protocolizados na mesma data, terá precedência na doação os órgãos da administração direta e indireta do Distrito Federal, seguidas pelas instituições de caráter social e posteriormente as filantrópicas.

Art. 42. Os bens e mercadorias recebidos passam a integrar o patrimônio do beneficiário, a quem cabe observar a legislação específica quanto ao seu uso, consumo ou posterior desfazimento.

Art. 43. É vedada a comercialização dos bens e mercadorias recebidos, exceto quando realizada em feiras beneficentes, bazares ou similares promovidos pelo beneficiário e desde que os recursos auferidos sejam aplicados em programas relacionados com as atividades fins da entidade.

Art. 44. O Diretor Presidente da AGEFIS, sempre que julgar conveniente, determinará a visita de dois servidores da AGEFIS à instituição requerente, para verificação da necessidade e utilização dos bens requeridos.

Art. 45. Os bens e mercadorias doados serão discriminados com respectivo quantitativo no Termo de Doação e Recebimento de que trata o Anexo V desta Instrução Normativa, que, depois de conferido, será assinado pelo beneficiário e anexado ao processo administrativo que originou o pedido.

Art. 46. Os gêneros alimentícios e demais produtos perecíveis apreendidos, e em condições para o consumo humano, poderão ser doados às instituições de caráter social e filantrópico, devidamente cadastradas junto à AGEFIS, em conformidade com a Lei nº 2.395, de 07 de junho de 1999.

Parágrafo único. A Superintendência de Administração e Logística - SUAL ficará responsável pelo envio dos gêneros alimentícios e demais produtos perecíveis apreendidos às instituições de caráter social e filantrópico inscritas no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal que atendam à população carente, sem prejuízo da ação penal ou administrativa competente.

Art. 47. Os gêneros alimentícios e demais produtos perecíveis apreendidos, aparentemente impróprios para o consumo humano, poderão ser doados aos órgãos e entidades da administração direta e indireta do Distrito Federal, que detenham competência específica pelo trato de animais.

Parágrafo único. As doações de que trata o caput são de responsabilidade da DIBEA/SUAL.

Art. 48. A análise das condições de consumo dos gêneros alimentícios doados fica a cargo do beneficiário.

Art. 49. Os casos omissos serão dirimidos pelo Diretor Presidente da AGEFIS.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 227

Art. 50. Os bens e mercadorias doados deverão ser obrigatoriamente conferidos no ato da entrega com a especificação e quantidade registradas no Termo de Doação e Recebimento, conforme Anexo V.

Art. 51. Serão destruídos ou inutilizados:

I - os bens danificados ou imprestáveis para fins de incorporação ao patrimônio desta Agência, doação ou alienação em leilão público;

II - outros bens, quando assim recomendar o interesse público, da Administração ou da economia do Estado.

Art. 52. A destruição de bens, na conformidade do que estabelece esta Instrução, será feita na presença de Comissão instituída para este fim, composta de três servidores públicos lotados e em exercício na AGEFIS.

§ 1º A comissão será responsável pela formalização dos meios necessários à destruição dos bens e mercadorias, após prévio conhecimento e aprovação de proposta especifica pelo Diretor Presidente, ou servidor a quem tenha sido delegada competência para tais fins;

§ 2º Constará no Relatório de Destruição a descrição das especificações e da origem dos bens, quando possível o seu rastreio, bem como os custos da operação para tal fim e deverá ser a ele juntado o respectivo Termo de Destruição, conforme Anexo VI.

Art. 53. Os custos com a destruição dos bens e mercadorias, sempre que possível, serão cobrados dos respectivos responsáveis.

Parágrafo único. Não havendo pagamento será o débito inscrito em Dívida Ativa da AGEFIS.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 54. Os bens inutilizados ou os resíduos resultantes de destruição de mercadorias apreendidas, quando existentes, serão disponibilizados ao órgão responsável pela limpeza urbana ou depositados em locais autorizados pelo órgão de controle ambiental, quando for o caso.

Art. 55. Os bens e mercadorias perecíveis apreendidos, quando não liberados no prazo de 24 (vinte e quatro) horas nem destinados à doação, serão destruídos, sem prejuízo das multas e custos cabíveis.

Art. 56. Os bens e mercadorias apreendidos e recolhidos ao DBA poderão ser levados a leilão, na forma da legislação vigente.

Art. 57. As faixas de tecido ou material similar serão recolhidos ao depósito desta Agência e descartados no prazo de 10 dias, contados a partir do primeiro dia útil.

Art. 58º. Os prazos estabelecidos nesta Instrução Normativas serão considerados todos corridos.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 228

Art. 59. Esta Instrução Normativa estabelece apenas prazos máximos, cabendo às Superintendências de Fiscalização definir prazos específicos ou diferenciados mediante programação fiscal ou Instrução de Serviço da chefia imediata.

Art. 60. O texto integral desta Instrução Normativa e seus respectivos anexos estão disponíveis para consulta na Internet, no endereço: www.agefis.df.gov.br.

Art. 61. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 62. Revogam-se as disposições em contrário.

SANDRA PEREZ DE SÁ PONTES, Superintendente de Gestão e Planejamento; ANA CLÁUDIA FICHE UNGARELLI BORGES Superintendente de Operações; LUCILENE ABREU DA SILVA NOGUEIRA Superintendente de Fiscalização de Atividades Econômicas; PAULA CRISTINA ALVES SAMPAIO Superintendente de Fiscalização de Obras; ADRIANA MOREIRA DIAS, Superintendente de Fiscalização de Atividades Urbanas; FRANCISCO LUIZ SILVA FILHO, Superintendente de Administração e Logística; WAGNER MARTINS RAMOS, Diretor Presidente Adjunto; BRUNA MARIA PERES PINHEIRO DA SILVA, Diretora Presidente.

Este texto não substitui o original publicado no DODF de 26/08/2016, p. 6.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 229

INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 14/2010 – FIEL DEPOSITÁRIO

PORTARIA

014/2010 DE 14 DE ABRIL DE 2010

FIEL DEPOSITÁRIO

Dispõe sobre os procedimentos para

constituição de Fiel Depositário.

SECRETARIA DE ESTADO DA ORDEM PÚBLICA E SOCIAL AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 14, DE 14 DE ABRIL DE 2010.

Dispõe sobre os procedimentos para constituição de Fiel Depositário.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, no uso

de

suas atribuições que lhe confere o artigo 5º, inciso V, da Lei nº 4.150, de 05 de junho de 2008, e

nos termos da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, e seu regulamento, o Decreto 31.482,

de 29 de março de 2010, resolve:

Art. 1º. Nos casos em que for impraticável a guarda ou o depósito de bens apreendidos em ações

de

fiscalização executadas pela AGEFIS, poderá a autoridade fiscal, a seu critério, mediante a

lavratura deTermo de Nomeação de Fiel Depositário, conforme modelo a ser definido pela

AGEFIS, nomear fieldepositário para a guarda das mercadorias apreendidas, conforme disposto

no art. 28 da Lei nº 4.457,de 23 de dezembro de 2009.

§1º Deverá ser lavrado um Termo de Nomeação de Fiel Depositário para cada Auto de

Apreensãoemitido, por autoridade fiscal, em uma mesma ação fiscalizadora da AGEFIS.

§2º no Termo de Nomeação de Fiel Depositário constará:

I. Nome ou razão social do Fiel Depositário;

II. CPF ou CNPJ do Fiel Depositário;

III. Número do respectivo auto de apreensão;

IV. Relação detalhada dos bens apreendidos confiados ao Fiel Depositário.

Art. 2°. Os bens apreendidos armazenados com o Fiel Depositário devem assim permanecer até

ojulgamento final do respectivo Auto de Apreensão pela AGEFIS que, por meio de ofício,

informará aoFiel Depositário a destinação a ser dada ao referido material em seu poder.

Art. 3°. O Fiel Depositário deverá expressar sua anuência e concordância e reconhecer a

obrigação deassegurar a integridade dos bens a ele confiados, conservá-los e guardá-los como se

seus fossem,

obrigando-se a comunicar à AGEFIS, em caso de irregularidade.

Art. 4°. O Fiel Depositário deverá reconhecer não fazer jus a qualquer comissão, remuneração

ou

pagamento conforme estabelecido no §1º do art. 28 da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009.

Art. 5°. O Fiel Depositário deverá expressar estar ciente que o não atendimento das

determinações

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 230

constantes no art. 28 da Lei nº 4.457, de 23 de dezembro de 2009, o sujeitará às sanções previstas

no

Código Civil.

Art. 6º. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7º. Revogam-se as disposições em contrário.

GEORGEANO TRIGUEIRO

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 231

LEI N° 2.395/1999 – DOAÇÃO DE BENS APREENDIDOS ( Autor do projeto: Deputado DistritaL Jorge Cauhy )

LEI 2395/1999 DE 7 DE JUNHO DE 1999

APREENSÃO

Dispõe sobre a obrigatoriedade de

envio dos gêneros alimentícios e

produtos perecíveis apreendidos no

Distrito Federal para as instituições de

caráter social e filantrópico que

atendam à população carente.

O GOVERNADORDO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA

LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE

LEI:

Art.1° Ficam os órgãos fiscalizadores do Distrito Federal obrigados a enviar os gêneros

alimentícios e demais produtos perecíveis apreendidos e em condições para o

consumo humano para as instituições de caráter filantrópico, inscritas no Conselho

de Assistência Social do Distrito Federal e que atendam à população carente, sem

prejuízo da ação penal ou administrativa competente.

Art.2° O órgão fiscalizador, autor da apreensão, encarregar-se-á da entrega imediata dos

produtos de que trata o artigo anterior.

Art.3° No prazo de sessenta dias, o Poder Executivo adotará as medidas necessárias ao

cumprimento desta Lei.

Art.4° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art.5° Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 7 de junho de 1999

111° da República e 40° de Brasília.

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 232

LEI N° 5.607/2016 – DOAÇÃO DE PRODUTOS APREENDIDOS ( Autor do projeto: Deputado DistritaL Jorge Cauhy )

LEI 5.607/2016

DE 7 DE JANEIRO DE 2016

DOAÇÃO DE PRODUTOS

APREENDIDOS

Dispõe sobre a doação dos produtos

apreendidos que especifica a

instituições filantrópicas e de caridade

no Distrito Federal.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL,

Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Devem ser doados a instituições filantrópicas e de caridade brinquedos, roupas, calçados, materiais escolares e artigos esportivos apreendidos em virtude de falsificação, contrabando ou qualquer outra situação irregular.

Art. 2º As instituições que queiram receber as doações devem estar cadastradas e habilitadas junto à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social do Governo do Distrito Federal.

Art. 3º Sempre que possível, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano e Social do Governo do Distrito Federal deve descaracterizar a logomarca do produto apreendido antes da sua distribuição.

Art. 4º A doação dos bens decorrentes das apreensões não compromete o andamento dos processos no Poder Judiciário, que devem estar devidamente instruídos quanto à quantidade e à qualidade das mercadorias e ao destino dado a elas.

Art. 5º (VETADO).

Art. 6º (VETADO).

Art. 7º (VETADO).

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 07 de janeiro de 2016

128º da República e 56º de Brasília

RODRIGO ROLLEMBERG

Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, de 12/01/2016.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 233

LEGISLAÇÃO

COMPLEMENTAR

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 234

LEI N° 613/1993 – TERRENOS BALDIOS

LEI 613/1993 DE 09 DE DEZEMBRO DE 1993

TERRENOS BALDIOS

Determina que os proprietários de

terrenos não edificados no Distrito

Federal, devem mantê-los limpos,

cercados e as respectivas calçadas

construídas.

O GOVERNADORDO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A CÂMARA

LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE

LEI:

Art.1° Os proprietários de imóveis não edificados, em área urbanizada, no Distrito Federal,

são obrigados a mantê-los limpos, cercados e construírem calçadas entre os limites do

terreno e os da rua.

Art. 1° Os proprietários de imóveis não edificados, localizados em área urbana do Distrito Federal, são obrigados a construírem calçadas entre os limites do terreno e os da rua, mantê-los cercados e limpos.

§ 1° O proprietário que não cumprir as obrigações previstas no “ caput ” deste

artigo será notificado pelo órgão competente, tendo um prazo de 30 ( trinta

) dias corridos, após o aviso, para efetuar os serviços pertinentes.

§ 1° O proprietário que não cumprir as obrigações previstas no caput será notificado pela Administração Regional respectiva ou pelo órgão de fiscalização das normas de posturas do Distrito Federal, tendo um prazo de trinta dias corridos, após o aviso, para efetuar os serviços pertinentes. (Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de 11/12/03);

§ 2° O Governo do Distrito Federal, pelo órgão competente, verificando que as

obrigações estabelecidas neste artigo não foram cumpridas, executará os

serviços, cobrando seus custos dos proprietários dos imóveis.

§ 2° O Governo do Distrito Federal, pelo órgão competente, verificando que as obrigações estabelecidas neste artigo não foram cumpridas, executará os serviços, cobrando seus custos dos proprietários dos imóveis. (Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de 11/12/03);

§ 3° Não havendo pagamento, o ônus resultante da limpeza será inscrito na

Dívida Ativa do Distrito Federal, em nome do proprietário, na forma da

legislação pertinente.

§ 3° Não havendo pagamento, o ônus resultante dos serviços será inscrito na Dívida Ativa do Distrito Federal, em nome do proprietário, na norma da legislação pertinente. (Alterado pela Lei. 3233/2003 –

DODF de 11/12/03);

Art.2° Após o prazo estabelecido no art. 1°, o proprietário que não cumprir as obrigações

previstas no “ caput ” daquele artigo será penalizado com multa de 0,1 ( um décimo )

a 1% ( um por cento ) do valor de uma UPDF ( Unidade Padrão do Distrito Federal )

por metro quadrado de terreno, cujo critério de valorização será fixado por ato do

Governador ou, por delegação deste, pelos Administradores Regionais.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 235

Art. 2° Transcorrido o prazo estabelecido no § 1° do artigo anterior, o proprietário que não cumprir as obrigações previstas no art. 1° desta Lei será penalizado com multa equivalente a 1,5% (hum e meio por cento) do valor penal do imóvel, cujo critério de valorização levará em conta a pauta de valores venais de terrenos e edificações para efeito de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU. (Alterado pela Lei. 3233/2003

– DODF de 11/12/03);

§ 1° As multas previstas serão impostas pelas Administrações Regionais e

recolhidas pelo infrator junto à Secretaria da Fazenda e Planejamento do

Distrito Federal.

§ 1° As multas previstas serão impostas pelas Administrações Regionais e recolhidas pelo infrator junto à Secretaria da Fazenda e Planejamento do Distrito Federal. (Alterado pela Lei. 3233/2003 –

DODF de 11/12/03);

§ 2° O infrator deverá pagar a multa, no máximo, 20 ( vinte ) dias contados da

notificação de pagamento, o que não exonera de cumprir as obrigações que

deram origem à infração e as de outra natureza, previstas na legislação e

regulamentos complementares.

§ 2° O infrator deverá pagar a multa no prazo máximo de trinta dias contados da notificação de pagamento, o que não o exonera de cumprir as obrigações que deram origem à infração e as de outra natureza, previstas na legislação e regulamentos complementares. (Alterado pela Lei. 3233/2003 – DODF de 11/12/03);

§ 3° Dentro do prazo de 20 ( vinte ) dias após o recebimento das penalidades

impostas, o infrator poderá apresentar recurso, sem efeito suspensivo, ao

órgão competente e finalmente, a Egrégia Junta de Recursos Fiscais do

Distrito Federal.

§ 3° Dentro do prazo de vinte dias após o recebimento das penalidades impostas, o infrator poderá apresentar recurso, sem efeito suspensivo, ao órgão competente e, finalmente, à Egrégia Junta de Recursos Fiscais do Distrito Federal. (Alterado pela Lei. 3233/2003 –

DODF de 11/12/03);

Art. 3° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4° Revogam-se as disposições em contrário.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 236

LEI 3233/2003 TERRENOS BALDIOS

Altera a Lei n° 613, de 9 de dezembro de 1993, e dá outras providências

Art 1º < Vide alterações acima >

Art. 2° Os recursos provenientes das multas de que trata o art. 2° da Lei em referência, serão

destinados à Secretaria de Cultura, para equipar as bibliotecas públicas do Distrito

Federal, compreendendo, além da aquisição de livros, a instalação de computadores

interligados à Internet.

Brasília, 09 de dezembro de 1993

105° da República e 34° de Brasília.

JOAQUIM DOMINGOS RORIZ

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 237

DECRETO N° 18.493/1997 – TERRENOS BALDIOS

DEC 18.493/1997 DE 30 DE JULHO DE 1997

TERRENOS BALDIOS

Regulamenta a Lei n° 613, de 9 de dezembro de 1993, que determina que os proprietários de terrenos não

edificados no Distrito Federal, devem mantê-los limpos, cercados e as

respectivas calçadas construídas, e dá outras providências.

A VICE-GOVERNADORA DO DISTRITO FEDERAL, no exercício do cargo de governadora, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, inciso VII, da Lei

Orgânica do Distrito Federal,

DECRETA

Art.1° Os proprietários de imóveis não edificados, em área urbanizada, no

Distrito Federal, são obrigados a mantê-los limpos, cercados e construir calçadas entre os limites do terreno e os da rua.

§1° Os proprietários que deixarem de atender ao caput,deste artigo estarão sujeitos às normas constantes deste

regulamento.

§2° Para a aplicação do disposto neste artigo, a Divisão de Fiscalização de Obras e Posturas da respectiva Administração

Regional emitirá Notificação ao proprietário do terreno.

§3° Será concedido o prazo de trinta dias ao proprietário para cumprimento da notificação, contados a partir do primeiro dia

útil posterior à data do recebimento da notificação.

§4° Esgotado o prazo, sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação, a Administração Regional, pelo seu órgão

competente, observadas as formalidades legais, providenciará

a execução da obra e, ou serviço, cabendo ao proprietário indenizar o seu custo, acrescido de dez por cento, a título de

administração, concedendo-se o prazo de cinco dias para o pagamento, por meio do Documento de Arrecadação - DAR, na

rede bancária credenciada.

§5° Não havendo o pagamento, o ônus resultante será inscrito na Divida Ativa do Distrito Federal, em nome do proprietário, na

forma da legislação vigente.

Art.2° Após o prazo estabelecido no parágrafo 3°, do artigo 1°, deste Decreto, o proprietário que não cumprir as obrigações previstas, será apenado com

a aplicação de auto de infração, para o pagamento de multa proporcional às dimensões do terreno e de acordo com a sua localização no DF.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 238

Art.3° Cada Administração Regional estabelecerá, por meio de Ordem de

Serviço, os valores utilizados para cálculo da multa obedecendo o quadro constante do Anexo Único deste Decreto:

§único Para efeito deste artigo as Regiões Administrativas ficam assim

agrupadas:

Grupo I Brasília, Lago Norte, Lago Sul;

Grupo II Taguatinga, Guará, Cruzeiro, Sobradinho, Núcleo

Bandeirante;

Grupo III Gama, Brazlândia, Planaltina, Ceilândia,

Samambaia, Candangolândia;

Grupo IV Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo.

Art.4° As multas serão lavradas por SERVIDOR DA CARREIRA DE FISCALIZAÇÃO E INSPEÇÃO, lotados nas Divisões de Fiscalização de Obras e Posturas,

da respectiva Administração Regional, e serão recolhidas pelo proprietário

por meio de Documento de Arrecadação - DAR, na rede bancária credenciada

Art.5° O infrator poderá apresentar recurso, sem efeito suspensivo, no prazo de vinte dias, ao Administrador Regional, contados a partir do primeiro dia

útil posterior ao recebimento do Auto de Infração, ou de acordo com a legislação que vier a dispor sobre o Processo Fiscal no âmbito das

Administrações Regionais.

Art.6° O infrator deverá pagar a multa no prazo máximo de vinte dias, contados a partir do primeiro dia útil posterior ao recebimento do Auto de Infração.

Art.7° O pagamento da multa constante do Auto de Infração, não exonera o proprietário de cumprir as obrigações que deram origem ao Auto de

Infração e ao disposto no parágrafo 4°, do artigo 1°, do presente Decreto.

Art.8° O valor da multa será atualizado anualmente, de acordo com a variação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor - INPC, por ato dos

administradores regionais.

Art.9° Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 10 Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 30 dejulho de 1997

109° da República e 38° de Brasília

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 239

PORTARIA CONJUNTA Nº. 16-SEFAU/SUCAR/2004 – LOTES

ABANDONADOS DODF 151, DE 09 DE AGOSTO DE 2004

SECRETARIA DE ESTADO DE FISCALIZAÇÃODE ATIVIDADES URBANAS

PORTARIA CONJUNTA N° 16, DE 06 DE AGOSTO DE 2004.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FISCALIZAÇÃO DE ATIVIDADES URBANAS E O SECRETÁRIO DE ESTADO DE COORDENAÇÃO DAS ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS, no uso de suas

atribuições e tendo em vista o que dispõe a Lei nº 613, de 09 de dezembro de 1993, com as alterações introduzidas pela Lei nº 3.233, de 03 de dezembro de2003,

Resolvem:

Art. 1º Determinar que os Núcleos de Fiscalização de Atividades Econômicas e Urbanas, das Diretorias de Fiscalização, da Subsecretaria de Fiscalização, da Secretaria de Fiscalização de

Atividades Urbanas, notifiquem, conforme determina a Lei nº 613, de 09 de dezembro de 1993, os proprietários de imóveis não edificados, localizados em área urbana do Distrito Federal, que descumprirem as obrigações previstas no art. 1º da referida lei.

Art. 2º Sempre que solicitado, a Diretoria de Orientação Normativa, da Secretaria de

Coordenação das Administrações Regionais, fornecerá os dados do proprietário do imóvel, necessários para sua notificação.

Art. 3º As Diretorias de Fiscalização, verificando o descumprimento das notificações expedidas, encaminharão relatórios semanais, contendo listagem dos infratores, à respectiva

Administração Regional, que executará os serviços, cobrando seus custos dos proprietários dos imóveis.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

ALMIR MAIA RIBEIRO VATANÁBIO BRANDÃO SOUSA

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 240

DECRETO Nº 944/69 – CODIGO DE EDIFICAÇÕES

DEC 944/1969

DE 14 DE FEVEREIRO DE 1969

CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES DAS CIDADES SATÉLITES

EXTRATO

Aprova o Código de Edificações das Cidades-Satélites

O Prefeito do Distrito Federal, no uso das atribuições que lhe confere o art. 20, item II, da Lei n.° 3.751, de 13 de abril de 1960. e tendo em vista o disposto no

art. 118 do Decreto-lei n .º 82, de 28 de dezembro de 1966, DECRETA:

..................

...............

.............

Art. 167 - É proibido abrir ou levantar o calçamento, proceder a escavações ou executar obras de qualquer natureza nas vias públicas, sem prévia licença do

Governo do Distrito Federal. Parágrafo único - Fica sempre a cargo da Secretaria de Viação e Obras a

recomposição do logradouro público, correndo as despesas por conta de quem deu causa ao serviço.

Art. 168 - Em qualquer obra realizada em logradouros públicos é obrigatória a colocação de avisos de trânsito interrompido ou perigoso, bem como sinalização

luminosa à noite. Art. 169 - O rampeamento do meio-fio para a entrada de veículos só poderá ser

executado mediante licença da Administração Regional e observadas as especificações e medidas fornecidas pela Coordenação de Arquitetura e

Urbanismo.

Art. 170 -É proibido o estacionamento de veículos sobre calçadas.

Art. 171 - A Administração Regional poderá, mediante exame de projeto e especificações, conceder licença a particulares para a execução de calçadas que

dêem acesso a prédio. Art. 172 - É expressamente proibida a utilização das árvores dos logradouros

públicos para suporte ou apoio de objetos de instalações de qualquer natureza ou finalidade.

Art. 173 - A remoção, poda ou abate de qualquer árvore de logradouros públicos somente será feita pela Administração do Distrito Federal ou com autorização

desta, após comprovada a necessidade da medida. Art. 174 - Nenhum material poderá permanecer em logradouros públicos senão

o tempo necessário para sua descarga e remoção, salvo quando se destinar a obras a serem realizadas no próprio logradouro.

Parágrafo único - Não é permitido o depósito, em logradouros públicos, de lixo ou de entulho de obras.

Art. 175 - Não é permitida a depredação ou utilização dos logradouros públicos para fins alheios à sua finalidade.

Art. 176 - As fachadas ou outros elementos de um edifício, visíveis desde

logradouros públicos ou de outros edifícios, deverão ser convenientemente conservadas. A Administração Regional poderá exigir a execução de obras que se

tornem necessárias.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 241

Art. 177 - proibida a instalação de alto-falantes irradiando para logradouros públicos.

Art. 178 - Não é permitido escoar, para logradouros públicos, quaisquer águas

servidas.

..................

...............

.............

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 242

DECRETO2.078/1972 – FIXA PENALIDADES DO DECRETO 944/69

DEC 2078/1972

EXTRATO – DECRETO N.º

2.078, DE 13 DE OUTUBRO DE 1972

Define e Fixaas penalidades

aplicáveis aos responsáveis por infrações do Decreto n° 944, de

14 de fevereiro de 1969 ( Código

de Edificações das Cidades Satélites ), e dá outras

providências.

O GOVERNADOR DODISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe conferem o artigo 20 , item II, da Lei n° 3.751, de 13 de abril de 1960, DECRETA:

Art.1° Os responsáveis por infrações de dispositivos do Decreto n° 944, de

14 de fevereiro de 1969 ( Código de Edificações das Cidades Satélites

), poderão incorrer, sem prejuízos de outras sanções a que estiverem sujeitos, nas seguintes penalidades:

I Advertência;

II Multa;

III Embargo ou Interdição;

IV Demolição.

§Único Ocorrendo infração em decorrência de outra, será

aplicada a pena cominada para a mais grave.

Art.2° A aplicação das penas previstas neste Decreto não isenta o infrator da

responsabilidade civil ou criminal.

§Único

Sem prejuízo do disposto neste artigo, incide nas cominações previstas no art. n.º 330 do Código Penal

Brasileiro, o infrator, proprietário ou preposto, que, apesar do embargo ou da interdição, der continuidade à

obra embargada ou utilizar o prédio interditado.

Art.3° As penalidades serão impostas por agentes de Seção Fiscalização

deDivisão Regional de Licenciamento e Fiscalização de Obras de Região Administrativa ( DRALF ).

Art.4° Na imposição da pena Ter-se-á em conta:

I A gravidade da infração;

II As circunstâncias atenuantes ou agravantes;

III Os antecedentes do infrator, relativamente às disposições do Código de Edificações das Cidades Satélites.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 243

Art.5° Caberá advertência quando ocorrer a prática de pequenas

infringências do Código, não puníveis com penas mais graves previstas neste decreto.

§Único

Havendo irregularidade a sanar pelo advertido, o agente

o intimará a fazê-lo, marcando-lhe o prazo de 5 (cinco) dias.

Art.6° As multas serão aplicadas conforme o grau da infração variando de 1/10 (um décimo) a 5 (cinco) salários-mínimos vigentes no Distrito

Federal, podendo ser impostas em dobro se ocorrer má-fé, dolo ou reincidência, esta considerada sempre que a mesma infração for

praticada mais de uma vez dentro do período de 12 (doze) meses.

Art.7° As multas aplicadas serão recolhidas pelo infrator na Exatoria local da Secretaria de finanças do Distrito Federal.

§1º O infrator deverá pagar a multa dentro de 10 (dez) dias

contados da notificação e, nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes, sendo dia útil, ou, se não o for, no dia imediato,

apresentar à DRLFO a comprovação do pagamento feito sob pena de interdição da obra, até que efetive e comprove o

recolhimento da multa.

§2º O pagamento da multa não exonera o infrator de cumprir

obrigações de outra natureza previstas no Código de Edificações das Cidades Satélites.

Art.8° As multas previstas no presente Decreto obedecerão a seguinte graduação:

I dois décimos (2/10) do salário-mínimo mensal, arredondando-

se os centavos para mais, nas infrações dos artigos 36 e 40, 42, 43, 45 a 52, 56, 58 a 60, 63 a 71, 73, 74, 76 a 81, 105,

107, 113, 118 a 121, 125, 127, 128, 137 a 140 e 142 a 144; ( 1 )

II três décimos (3/10) do salário-mínimo mensal, arredondando-se os centavos para mais, nas infrações dos artigos 131 a 136,

150 a 152, 154, 159 a 165; ( 1 )

III meio (1/2) salário-mínimo mensal, se infringidos os artigos 166, 167, 169, 170, 172 a 175, 178, 183, 184, 186, 188, 190

e 207, arredondando-se os centavos para mais. ( 1 )

§único Não sendo sanada pelo infrator, no prazo fixado no parágrafo único do art. 5º, a irregularidade apontada no

ato de advertência incorrerá o mesmo em multa de 1/10 (um décimo) do salário-mínimo mensal, arredondando-

se os centavos para mais. ( 1 )

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 244

Art.9° As infrações de dispositivos do Código de Edificações das Cidades

Satélites não discriminadas no artigo anterior, mas passíveis de pena, sujeitam os infratores à multa, compreendida entre 2/10 (dois

décimos) e metade do salário-mínimo mensal, conforme a gravidade da infringência, cabendo também o arredondamento para mais das

frações de cruzeiros. ( 1 )

Art.10° A não satisfação do motivo que deu origem a multa, dentro do prazo

de 30 (trinta) dias, torna o infrator incurso em novas multas, sucessivas, de 1 (um) a 5 (cinco) salários—mínimos mensais, impostas

Pelo próprio Diretor da DRLFO, ante representação da respectiva Seção de Fiscalização, o qual marcará novo prazo a ser cumprido

depois de cada imposição. ( 2 )

Art.11° O embargo ou interdição terá lugar toda vez que a infração importe na execução de obras em total desacordo com as normas instituídas pelo

Código de Edificações das Cidades Satélites.

§único O infrator multado que não venha a satisfazer o motivo que originou a autuação, poderá também vir a sofrer a

pena de embargo ou interdição da obra, por decisão do Diretor da Divisão de Licenciamento e Fiscalização de

Obras, se exauridas as penalidades previstas no artigo

10º.

Art.12° Caberá a pena de demolição sempre que se tratar de obras executada sem prévia licença do órgão competente da Administração Regional ou

de obra embargada que não possa ser enquadrada nas exigências do Código de Edificações das Cidades Satélites.

§1º A demolição, a cargo do infrator, poderá ser imposta para

toda a obra ou parte dela, e se efetivará em prazo que não exceda de 30 (trinta) dias.

§2º Não atendida a intimação no prazo indicado no parágrafo

anterior, a DRLFO cientificará o Administrador Regional, que determinará o levantamento da construção e fará

elaborar o seu croquis, encaminhando os outros,

devidamente instruídos, através da Secretaria do Governo, a Procuradoria Geral do Distrito Federal, para a

propositura da ação competente em Juízo.

Art.13° Em caso de resistência ou desacato pelo infrator dos encarregados da aplicação das penas cominadas neste Decreto, o agente da DRLFO

deverá proceder a representação criminal à autoridade policial competente contra o infrator, comunicando o fato com os documentos

necessários ao seu superior hierárquico.

Art.14° Nas penalidades de multas impostas pela DRLFO, caberá recurso, sem efeito suspensivo, no prazo de 20 (vinte) dias a contar da notificação,

para a Junta de Recursos Fiscais.

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 245

§1º Nas demais penalidades impostas pela DRLFO caberá

recurso, dentro do prazo de 10 (dez) dias a contar da notificação, para a Coordenação de Arquitetura e

Urbanismo. §2º O recurso inicial será apresentado no protocolo da Admi-

nistração Regional competente, que o encaminhará ao Órgão a que for dirigido com a devida instrução.

Art.15° As dúvidas suscitadas na aplicação do presente Decreto serão dirimidas pela Secretaria do Governo, ouvidas, se for necessário, a

Coordenação de Arquitetura e Urbanismo, da Secretaria de Viação e Obras, e a Secretaria de Finanças,

Art.16° A Secretaria do Governo baixará atos regulamentares deste Decreto,

se considerados indispensáveis à sua perfeita aplicação.

Brasília, 13 de outubro de 1972

Observações:

( 1 ) alterado pelo Decreto n° 12.427, de 19 de junho de 1990.

( 2 ) valores atualizados pela Lei complementar n° 435, de 27 de dezembro de 2001

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LEGISLAÇÃO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS – WILSON FRANCISCO DE LIMA - AUDITOR FISCAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS Página 246

APÊNDICE

TABELAS DE MULTAS

PREÇO PÚBLICO

CÁLCULOS

GRADUAÇÃO

INDICES DIVERSOS