20
Fiscalizações DEFIT e DSST 2015 Câmara Setorial do Tabaco

Fiscalizações DEFIT e DSST 2015 Tabaco - agricultura.gov.br · inclusive os denominados safrista, volante, diarista ou temporário, com salário e sob subordinação; ... CONTRATO

Embed Size (px)

Citation preview

Fiscalizações DEFIT e DSST 2015Câmara Setorial do

Tabaco

Decreto-Lei Nº 5.452/43 – Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.

Decreto-Lei Nº 1.166/71 - Dispõe sobre enquadramento rural.

Nº 5.889/73 – Estatui normas reguladoras do trabalho rural.

Nº 8.212/91 – Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.

Nº 8.213/91 – Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.

Decreto 3.048/99 – Aprova o Regulamento da Previdência Social e dá outras providências.

IN INSS 77/2015 – Estabelece rotinas para agilizar e uniformizar o reconhecimento de direitos dos segurados e beneficiários da Previdência Social, com observância dos princípios estabelecidos no art. 37 da CF de 1988.

NR 31 – Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.

Legislação do setor

Segurado Especial

Segurado Especial - Art. 195, Constituição Federal/1988

§8º. O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatários rurais e o pescador

artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de

economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social

mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e

farão jus aos benefícios nos termos da lei.”

Inscrição do Segurado Especial

*novidade Lei 12.873/2013 / Lei 8.213/1991 Art.17 (...)

§4º - A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao seu

respectivo grupo familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da

propriedade em que desenvolve a atividade e a que título, se nela reside ou o Município

onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa responsável pelo

grupo familiar.

Segurado Especial

Lei 11.718/08 (novo conceito)

I- pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural situado no

mesmo município ou em município contíguo que, individualmente ou em regime de

economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, a título de mútua

colaboração, na condição de: produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor,

assentado, parceiro ou meeiro outorgado, comodatário ou arrendatário rurais, que

explore atividade:

a) agropecuária em área contínua ou não de até 4 módulos fiscais (a

partir de 23/06/08); ou

Segurado Especial

b) de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e

extração, de modo sustentável, de recursos naturais

renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida;

Regime de Economia Familiar

II - Entende-se como regime de economia familiar a

atividade em que o trabalho dos membros da família é

indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento

socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de

mútua dependência e colaboração, sem a utilização de

empregados permanentes.

(período anterior e posterior a 23/06/08)

Segurado Especial

Contratação de empregados

III - O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados

contratados por prazo determinado (urbano ou rural) ou contribuinte

individual, (em época de safra), à razão de no máximo 120 pessoas/dia

dentro do ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por

tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de 8h/dia e 44h/semana,

não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em

decorrência da percepção de auxílio-doença.

(Redação dada pela Lei 12.873/2013).

(período anterior e posterior a 23/06/08).

Segurado Especial

IV - o cônjuge ou companheiro/a, bem como filho/a maior de 16 anos de idadeou a este equiparado do segurado especial que, comprovadamente, tenham participaçãoativa nas atividades rurais do grupo familiar;

IN 45/2010Art. 7º,§13: Considera-se segurada especial a mulher que, além das

tarefas domésticas, exerce atividades rurais com o grupo familiar respectivo ouindividualmente.

Norma Regulamentadora 31

A NR 31 segue os padrões internacionais da Organização Internacional do

Trabalho (OIT), que desempenha o papel orientador e condutor das jurisprudências de

seus países membros, uma vez que ela é a responsável pela elaboração e supervisão das

Normas Internacionais do Trabalho. O Brasil acatou as legislações trabalhistas de padrão

mundial .

A NR 31 tem como base a Convenção 184 (OIT), ratificada na Conferência Internacional

do Trabalho, realizada em 2001, na suíça. A normativa foi sancionada em 8 de junho de

2012, pela Resolução da Assembleia da República nº 109/2012, confirmando que a partir

de então, o Brasil passa a aceitar o controle internacional na adoção do conteúdo da

convenção.

Relação: Trabalhador Rural/ Produtor Rural

(Segurado Especial)/ Empregador RuralI – Trabalhador Rural

• aquele que trabalha para empregador tabagista (empresa ou pessoa física),

inclusive os denominados safrista, volante, diarista ou temporário, com salário e

sob subordinação;

• aquele que presta serviço pessoalmente, ao empregador rural com salário, sob

subordinação e em caráter não eventual; (empregado permanente)

• aquele que exerce trabalho temporário na atividade tabagista com salário, sob

subordinação, para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal

ou a acréscimo extraordinário de serviços; (empregado temporário)

• aquele que trabalha para empregador, por salário, sob subordinação com contrato

que tenha a duração dependente de variações estacionais da atividade. (safrista)

• quem presta serviço de natureza extrativista, em caráter eventual, a uma ou mais

empresas, sem vínculo empregatício; (trabalhador avulso)

Relação: Trabalhador Rural/ Produtor Rural

(Segurado Especial)/ Empregador RuralI – Trabalhador Rural

a) a pessoa física que presta serviço a empregador rural mediante remuneração de qualquerespécie;

b) quem, proprietário ou não, trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar,assim entendido o trabalho dos membros da mesma família, indispensável à própriasubsistência e exercido em condições de mútua dependência e colaboração, ainda que comajuda eventual de terceiros.

I – Trabalhador RuralArt. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. (Incluído pela Lei nº 11.718, de 2008)§ 1o A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável.(...)§ 8o São assegurados ao trabalhador rural contratado por pequeno prazo, alémde remuneração equivalente à do trabalhador rural permanente, os demaisdireitos de natureza trabalhista.

Contrato de Curta Duração

Relação: Trabalhador Rural/ Produtor Rural

(Segurado Especial)/ Empregador Rural

II - Produtor Rural (Segurado Especial)*

O produtor para ser considerado segurado especial deve cumprir os seguintes requisitos:

• Explorar a atividade, individualmente ou em regime de economia familiar (ainda que

com ajuda eventual de terceiros, a título de mútua cooperação);

• Deve residir no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural situado no mesmo

município ou em município contíguo; e

• A atividade extrativista vegetal de recursos naturais renováveis deve ocorrer de

modo sustentável e deve ser principal meio de vida do produtor.

O grupo familiar poderá contratar empregados por prazo determinado ou

contribuinte individual, à razão de no máximo 120 pessoas/dia dentro do ano

civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em

horas de trabalho, à razão de 8h/dia e 44h/semana, não sendo computado nesse

prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença.* Contribui para a Previdência Social com uma alíquota sobre a comercialização da produção.

Relação: Trabalhador Rural/ Produtor Rural

(Segurado Especial)/ Empregador RuralIII – Empregador Rural

• a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral,

em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de

prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título,

ainda que de forma não contínua;

• a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de rural, com o

auxílio de empregados;

• aquele que explora atividade rural, assumindo o risco da atividade econômica;

• o empresário pessoa jurídica e o produtor rural que explora atividade

agropecuária, pesqueira ou de extração de minerais, com auxílio de

empregados.

Relação: Trabalhador Rural/ Produtor Rural

(Segurado Especial)/ Empregador RuralIII – Empregador Rural

II - empresário ou empregador rural:

a) a pessoa física ou jurídica que tendo empregado, empreende, a qualquer

título, atividade econômica rural;

b) quem, proprietário ou não e mesmo sem empregado, em regime de economia

familiar, explore imóvel rural que lhe absorva toda a foca de trabalho e lhe

garanta a subsistência e progresso social e econômico em área igual ou superior

à dimensão do módulo rural da respectiva região;

c) os proprietários de mais de um imóvel rural, desde que a soma de suas áreas

seja igual ou superior à dimensão do módulo rural da respectiva região

Terceirização

Transferência de parte dasatividades de uma empresa paraoutra, que passa a funcionar comoum terceiro no processo produtivo,entre trabalhador e a empresaprincipal (intermediação de mão deobra) ou entre o consumidor e aempresa principal (prestação deserviço). Ministro Ives Granda da SilvaMartins Filho, presidente do TST.

A terceirização de serviços é legal desde que não

haja pessoalidade e subordinação

direta com o tomador de

serviços.

Súmula 331 do TST

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se ovínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário(Lei nº 6.019, de 03.01.1974).II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não geravínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta oufundacional (art. 37, II, da CF/1988).III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços devigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a deserviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente apessoalidade e a subordinação direta.IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica aresponsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desdeque haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.(...)VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.

Súmula 331 do TST

• a) Veda a contratação indireta de trabalhadores. Embora os empregados sejamcontratados pela empresa terceirizada recebem ordens diretamente do tomador deserviço. Neste caso a terceirização é considerada como ilícita, apesar da falta delegislação, e se reconhece o vínculo de emprego diretamente com o tomador deserviço, com exceção do trabalho temporário;

• b) se a situação do item “a” ocorrer com órgãos da Administração Pública direta,indireta ou fundacional também não gerará vínculo empregatício;

• c) permite a terceirização somente de atividade-meio como limpeza, vigilância erecepcionista;

• d) responsabiliza subsidiariamente o tomador de serviço em caso de inadimplementodas verbas trabalhistas;

• e) aplicar-se-á aos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta o item“d” somente se comprovar as culpas in vigilando e in eligendo – falta de fiscalização eculpa pela má contratação da empresa terceirizada;

• f) a responsabilidade subsidiária do tomador de serviço abrange todas as verbastrabalhistas, inclusive as multas.

Terceirização

Atividade- meio: atividades acessórias e de apoio;

Atividade-fim: objetivo central e específico da empresa.

STF Recurso Extraordinário com Agravo – ARE 713.211

Arguição de descumprimento de preceito fundamental – ADPF nº 324

CongressoPLs sobre terceirização

ObrigadoFrederico Toledo Melo

[email protected] 2109-1434