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Física Experimental Apresentação preparada pelos professores: Prof. José Rafael Cápua Proveti & Romarly Fernandes da Costa

Física Experimental - fisica.ufes.br · e a confecção de um pequeno relatório contendo os procedimentos, conceitos físicos envolvidos, dedução de fórmulas específicas para

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Física Experimental

Apresentação preparada pelos professores:

Prof. José Rafael Cápua Proveti

&

Romarly Fernandes da Costa

Normas de segurança no laboratório

09/05/2018 Física Experimental I 2

Todos os estudantes devem

utilizar sapatos fechados;

Guarde seus pertences dentro do armário;

Manter os cabelos longos sempre presos;

Não se alimente nem jogue

restos de alimentos nas lixeiras

do laboratório;

Antes de iniciar um experimento, leia

cuidadosamente as instruções sobre a

bancada e no roteiro;

Não ligue nem desligue nenhum

equipamento se autorização do professor

ou monitor;

Tenha cuidado ao manusear utensílios de

vidro;

Cuidado ao executar experimentos que

envolvam lançamentos de projéteis; Não

distender em excesso molas;

Se a montagem não funcionar, revise os

procedimentos experimentais e consulte o

professor/monitor;

Antes de ligar os ebulidores certifique-se de

que eles estejam imersos em água. E ao

término do uso desligue-os antes de retirá-los

da água.

Normas de segurança no laboratório

09/05/2018 Física Experimental I 3

O aluno que não respeitar alguma das normas de segurança será punido. As penalidades são desde a PERDA DE

PONTOS resultar na SUSPENSÃO/EXCLUSÃO da disciplina;

Todos os experimentos são seguros desde que sejam executados com atenção e prudência;

Cuidado ao deformar a mola nos experimentos “massa/mola”. Deformações em excesso podem resultar no DISPARO

de massas causando acidentes;

Após executar experimentos que envolvam AQUECIMENTO não toque nos equipamento da bancada antes de verificar

a temperatura da mesma;

Antes de executar algum experimento que envolva equilibrar corpos em hastes metálicas, como por exemplo pêndulo

simples e massa/mola, verifique se os equipamentos estão devidamente presos sobre a bancada;

Os alunos devem entregar a bancada LIMPA e ORGANIZADA; O grupo que deixar a bancada suja e desorganizada

perderá ponto.

“A postura do estudante dentro do laboratório é seu reflexo profissional no ambiente

de trabalho”

Apresentação

09/05/2018 Física Experimental I 4

O laboratório oportunidade única de validar as teorias físicas de uma maneira quantitativa num experimento real.

o A experiência as limitações situações reais.

o Minimizar os erros. Realizar medidas experimentais cuidadosas.

o Aprender a escrever relatórios

Cronograma

09/05/2018 5

FIS06326 - FÍSICA EXPERIMENTAL 1 MARÇO

SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 05 06 07 08 09 Preparação do laboratório;

12 13 14 15 16 Apresentação do curso; Forma de avaliação; Grandezas físicas; Unidades;

19 20 21 22 23 Incertezas (Tipo A e Tipo B); Propagação de incerteza;

26 27 28 29 30 Tabelas, Gráficos; Regressão Linear; Como Redigir um Relatório;

ABRIL SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 02 03 04 05 06 Idade do Universo ou Dimensão Fractal; 0,3 PONTOS

09 10 11 12 13 TESTE – 2 PONTOS

16

17

18

19

20 Experimento 1: Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV); 0,3 PONTOS

23 24 25 26 27 Experimento 2: Lançamento de Projétil; 0,3 PONTOS

30 01 02 03 04 Entrega de Relatórios; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

MAIO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo

30 01 02 03 04 Entrega de Relatórios; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

07 08 09 10 11 Experimento 3: Soma de Forças; 0,3 PONTOS

14 15 16 17 18 Experimento 4: Prop. elásticas e Lei de Hooke; 0,3 PONTOS

21 22 23 24 25 Experimento 5: Segunda Lei de Newton; 0,3 PONTOS

28 29 30 31 01 Entrega de Relatório; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

JUNHO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo

28 29 30 31 01 Entrega de Relatório; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

04 05 06 07 08 1a AVALIAÇÃO – 2,5 PONTOS

11 12 13 14 15 Experimento 6: Lei de Hooke e Associação de Molas; 0,4 PONTOS

18 19 20 21 22 Experimento 7: Colisões; 0,4 PONTOS

25 26 27 28 29 Experimento 8: Momento de Inércia e Dinâmica de Rotação; 0,4 PONTOS

JULHO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 02 03 04 05 06 2a AVALIAÇÃO – 2,5 PONTOS

12 PROVA FINAL;

Cronograma

09/05/2018 Física Experimental I 6

FIS09057 - FÍSICA EXPERIMENTAL 1 MARÇO

SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 05 06 07 08 09 Preparação do laboratório;

12 13 14 15 16 Apresentação do curso; Forma de avaliação; Grandezas físicas; Unidades;

19 20 21 22 23 Incertezas (Tipo A e Tipo B); Propagação de incerteza;

26 27 28 29 30 Tabelas, Gráficos; Regressão Linear; Como Redigir um Relatório;

ABRIL SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 02 03 04 05 06 Idade do Universo ou Dimensão Fractal; 0,3 PONTOS

09 10 11 12 13 TESTE; 2 PONTOS

16

17

18

19

20 Experimento 1: Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV); 0,3 PONTOS

23 24 25 26 27 Experimento 2: Lançamento de Projétil; 0,3 PONTOS

30 01 02 03 04 Entrega de Relatórios; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios; 0,3 PONTOS

MAIO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo

30 01 02 03 04 Entrega de Relatórios; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

07 08 09 10 11 Experimento 3: Segunda Lei de Newton; 0,3 PONTOS;

14 15 16 17 18 Experimento 4: Lei de Hooke e Associação de Molas; 0,3 PONTOS

21 22 23 24 25 Experimento 5: Colisões; 0,3 PONTOS

28 29 30 31 01 Entrega de Relatório; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

JUNHO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo

28 29 30 31 01 Entrega de Relatório; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

04 05 06 07 08 1a AVALIAÇÃO – 2,5 PONTOS

11 12 13 14 15 Experimento 6: Pêndulo Simples; 0,4 PONTOS

18 19 20 21 22 Experimento 7: Movimento Harmônico simples e Lei de Hooke; 0,4 PONTOS

25 26 27 28 29 Experimento 8: Momento de Inércia e Dinâmica de Rotação; 0,4 PONTOS

JULHO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 02 03 04 05 06 2a AVALIAÇÃO – 2,5 PONTOS

12 PROVA FINAL;

Cronograma

09/05/2018 7

FIS09060 - FÍSICA EXPERIMENTAL 2

MARÇO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 05 06 07 08 09 Preparação do laboratório;

12 13 14 15 16 Apresentação do curso; Forma de avaliação; Grandezas físicas; Unidades;

19 20 21 22 23 Incertezas (Tipo A e Tipo B); Propagação de incerteza;

26 27 28 29 30 Tabelas, Gráficos; Regressão Linear; Como Redigir um Relatório;

ABRIL SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 02 03 04 05 06 Idade do Universo ou Dimensão Fractal; 0,3 PONTOS

09 10 11 12 13 TESTE – 2 PONTOS

16 17 18 19 20 Experimento 1: Densidade de um líquido; 0,3 PONTOS

23 24 25 26 27 Experimento 2: Calor específico da água; 0,3 PONTOS

30 01 02 03 04 Entrega de Relatórios; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

MAIO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo

30 01 02 03 04 Entrega de Relatórios; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

07 08 09 10 11 Experimento 3: Equação de Newton para o resfriamento; 0,3 PONTOS

14 15 16 17 18 Experimento 4: Dilatação Linear; 0,3 PONTOS

21 22 23 24 25 Experimento 5: Ondas Estacionárias em uma Corda; 0,3 PONTOS

28 29 30 31 01 Entrega de Relatório; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

JUNHO, SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo

28 29 30 31 01 Entrega de Relatório; Revisão dos conceitos de cinemática e discussão dos relatórios;

04 05 06 07 08 1a AVALIAÇÃO – 2,5 PONTOS

11 12 13 14 15 Experimento 6: Pêndulo Simples; 0,4 PONTOS

18 19 20 21 22 Experimento 7: Movimento Harmônico simples e Lei de Hooke; 0,4 PONTOS

25 26 27 28 29 Experimento 8: Pêndulo Físico; 0,4 PONTOS

JULHO SEG TER QUA QUI SEX Conteúdo 02 03 04 05 06 2a AVALIAÇÃO – 2,5 PONTOS

12 PROVA FINAL;

Desenvolvimento do curso

09/05/2018 Física Experimental I 8

As três primeiras aulas estão reservadas para apresentação do curso, uma revisão sobre unidades, grandezas físicas, teoria dos erros, propagação de incertezas, estudo de gráficos e tabelas para confecção de relatórios;

Na quarta o aluno irá fazer o primeiro experimento. Esta atividade avaliativa envolve a confecção de “mini relatório” dentro da sala de aula; O aluno irá preparar um pré–relatório, contendo capa, introdução, objetivos e procedimento experimental; Para esta atividade o aluno deverá trazer um papel milimetrado;

Provas: As provas consistirão de realização de experimentos a serem sorteados no laboratório com a aquisição de um pequeno números de medidas e a confecção de um pequeno relatório contendo os procedimentos, conceitos físicos envolvidos, dedução de fórmulas específicas para os cálculos das grandezas, cálculos numéricos, analises dos dados e gráficos.

Teste: O teste consistirá de questões referentes ao conteúdo de teoria de erros, propagação de incertezas e gráficos.

Relatórios: o grupo deverá elaborar um relatório seguindo os roteiros disponibilizados pelos professores contendo: os cálculos, os gráficos (quando houver), discussão das questões propostas e dedução de fórmulas se forem solicitado na apostila e conclusão que deverá incluir comentários referentes aos resultados obtidos e aos procedimentos adotados e sua relação com a teoria envolvida.

Critérios de Avaliação

As avaliações no decorrer do semestre serão feitas através de duas provas, 1 teste, 1 mini-relatório e 8 relatórios com os seguintes pesos:

i) Minirelatório: Peso 3;

ii) Relatórios 1 a 5: Peso 3;

iii) Relatórios 5 a 8: Peso 4;

iv) Teste: Peso 20

v) Primeira avaliação: Peso 25;

vi) Segunda Avaliação: Peso 25;

Desenvolvimento do curso

09/05/2018 Física Experimental I 9

Manual do Estudante da UFES: Para ser aprovado em uma disciplina, segundo o Regimento Geral da Ufes, é necessário

que o estudante tenha presença em pelo menos 75% das aulas e média final igual ou superior a 5, sendo que, quem obtiver

média semestral igual ou superior a 7 ficará dispensado da avaliação final.

Informações Gerais sobre o curso

09/05/2018 Física Experimental I 10

•NÃO será permitido, em hipótese nenhuma, o uso de calculadoras programáveis

(tipo HP ou similares) e celulares, em provas e testes. Entretanto, recomenda-se a

utilização de uma calculadora científica comum.

•Praticamente em todas as aulas ocorrem avaliações; A reposição destas aulas

SOMENTE OCORRERÁ MEDIANTE A APRESENTAÇÃO DE ATESTADO

MÉDICO. A aula de reposição deverá ser agendada com o professor de acordo com a

disponibilidade deste;

•Os relatórios das experiências (1 relatório por grupo) deverão ser apresentados na aula

seguinte daquela da realização da experiência, sem prorrogação.

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 11

O sistema de unidades usado cientificamente é o Sis tema Internacional (SI).

Grandezas Físicas Discrição qualitativa e quantitativa de um fenômeno físico.

Todas as grandezas físicas podem ser expressas em termos de um pequeno número de unidades fundamentais.

Descrição Quantitativa

Fazer uma medida significa comparar uma quantidade de uma dada grandeza, com outra quantidade da mesma

grandeza.

MEDIR

É fundamental definir um padrão definir uma unidade da grandeza.

A escolha de padrões de grandezas determina o sistema de unidades de todas as grandezas usadas em Física.

Embora as grandezas adimensionais sejam descritas apenas por um valor numérico, elas possuem significado físico.

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 12

O SI é baseado em sete unidades fundamentais :

Grandeza Nome da

Unidade Símbolo

comprimento metro m

massa quilograma kg

tempo segundo s

corrente elétrica ampère A

temperatura termodinâmica kelvin K

quantidade de substância mol mol

intensidade luminosa candela cd

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 13

Todas as outras unidades são derivados destas sete unidades fundamentais

Grandeza Dimensão Unidade

Velocidade m/s

Trabalho N . M Joule (J)

Potência J/s Watt (W)

Força kg. m/s2 Newton (N)

Aceleração m/ s2

Densidade kg/m3

Exemplos: densidade, pressão, área, comprimento, massa, tempo, energia, potência, temperatura,

resistência;

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas

Grandezas escalares Módulo (valor numérico) e unidade;

Grandezas vetoriais Módulo, unidade, direção e sentido

Exemplos: velocidade, aceleração, força, quantidade de movimento, torque, campo elétrico, campo

magnético

09/05/2018 Física Experimental I 14

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 15

Os prefixos dos múltiplos e submúltiplos mais comuns das grandezas fundamentais.

Múltiplo Prefixo Símbolo

1012 tera T

109 giga G

106 mega M

103 kilo k

102 hecto h

101 deca da

10-1 deci d

10-2 centi c

10-3 mili m

10-6 micro μ

10-9 nano n

10-12 pico p

Próton 10-10 m, 10-27 kg

Átomo 10- 10 m

Vírus 10-7 m , 10-19 kg

Gota de chuva 10- 6 kg

Período da radiação

da luz visível 10-15 s

Terra 107 m , 1024 kg

Sol 109 m , 1030 kg

Via-Láctea 1021 m , 1041 kg

Universo Visível 1026 m , 1052 kg ,

1018 s

Curiosidades:

Análise dimensional

Em Física todas as grandezas (fundamentais ou derivadas) podem ser representadas por

meio de símbolos dimensionais;

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas Análise Dimensional

Símbolos dimensionais das grandezas físicas fundamentais no SI:

09/05/2018 Física Experimental I 16

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas Análise Dimensional

Toda grandeza física pode ser expressa, matematicamente, em função de outras grandezas

físicas, através da chamada equação dimensional. Sendo assim, uma dada grandeza (X)

que depende da massa, do comprimento e do tempo, tem sua equação dimensional escrita

da seguinte forma:

09/05/2018 Física Experimental I 17

Obs.: a) O símbolo dimensional de um número real é 1 (um); b) O símbolo dimensional de um ângulo plano é 1 (um).

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas Análise Dimensional

Exemplo: Equação dimensional da velocidade escalar linear.

Mais um exemplo: Digamos que você se lembra mais ou menos de uma fórmula do

ensino médio que representa o movimento com aceleração constante:

mas não tem certeza sobre os valores das constantes (adimensionais) A, B, C e D.

09/05/2018 Física Experimental I 18

Análise dimensional Grandezas Físicas e Padrões de Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 19

Análise Dimensional

Grandezas Físicas e Padrões de Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 20

ANÁLISE DIMENSIONAL

Análise Dimensional

Algarismos Significativos

09/05/2018 Física Experimental I 21

Número de algarismos que usamos para representar as medidas.

Limitações

A medida de uma

grandeza física

Sempre

aproximada

Um único algarismo duvidoso

90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 mm

Algarismos Significativos

Física Experimental I 22

Instrumento de Medida Comprimento da barra Quantidade de algarismos

significativos obtidos

1,1 dm

11,3 cm

112,4 mm

régua decimetrada

régua centimetrada

régua milimetrada

2

3

4

dm

cm

mm

0 1 dm

09/05/2018

cm 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Suposição... “chute”: depende do olho do medidor.

Ex

emplo

ilu

stra

tivo

Algarismos Significativos

Valor da medida em metros Número de significativos

Exercício de fixação

57,896

5,79 x 101

5,7896321 x 101

0,6 x 102

5

3

8

1

E se o valor da última medida fosse convertido em milímetros?

09/05/2018 Física Experimental I 23

E se o valor da última medida fosse convertido em milímetros?

Algarismos Significativos

Valor da medida Número de significativos

Exercício de fixação

0,6 x 102 metros 1

0,6 x 105 milímetros 1 (consistente)

6 x 104 milímetros 1 (consistente)

600 x 102 milímetros

3 (inconsistente com o número de

algarismos significativos da

medida original)

09/05/2018 Física Experimental I 24

Algarismos Significativos

09/05/2018 Física Experimental I 25

Não é algarismo significativo o zero à esquerda do primeiro algarismo significativo

diferente de zero.

Observações

Zero à direita de algarismo significativo também é algarismo significativo.

Arredondamento. Quando for necessário fazer arredondamento de algum número

utilizaremos a seguinte regra: quando o último algarismo depois dos significativos for

menor ou igual 5, abandonamos; se for maior que 5 acrescentamos uma unidade ao

significativo anterior.

Algarismos Significativos

09/05/2018 Física Experimental I 26

Soma e subtração: Após realizar a soma, o resultado deve apresentar apenas um

algarismo duvidoso.

Operações

Produto e divisão: O resultado da operação deve ser fornecido com o mesmo número

de algarismos significativos do fator que tiver o menor número de algarismos

significativos.

Algarismos significativos em medidas com erro

Operações Matemáticas um único algarismo duvidoso;

Algarismos Significativos

09/05/2018 Física Experimental I 27

Radiciação, potenciação, logaritmação, etc: O resultado deve apresentar o mesmo

número de algarismo siginificativos da grandeza operada.

Operações

Medidas diretas ou indiretas: Envolvendo constantes matemáticas ou físicas deve-se

manter o número de algarismos significativos da medida

Operações Matemáticas um único algarismo duvidoso;

Algarismos Significativos Exemplo pêndulo simples calculo da aceleração da gravidade

09/05/2018 Física Experimental I 28

(Grandezas expressas em diferentes sistemas de unidades)

Algarismos Significativos Conversão de unidades

Ao realizar uma transformação de unidades para uma determinada grandeza física, o

resultado final deve possuir o mesmo número de algarismos significativos da expressão

original;

Caso seja conveniente é possível utilizar potências de dez para expressar o

resultado final;

Exemplo:

09/05/2018 Física Experimental I 29

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 30

Medidas diretas: resultado da leitura de uma magnitude diretamente no equipamento ou aparelho de medida.

Medidas indiretas: é a resultante da aplicação de relações matemáticas para a obtenção de uma grandeza que esta vinculada a outra facilmente medida.

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 31

Quanto vale a soma dos ângulos de triângulo?

S

Soma dos ângulos Diferença entre o

Valor Obtido e o Valor Real

179,8º -0,2

180,4º 0,4

180,0º 0,0

180,6º 0,6

179,7º -0,3 180°

Em condições normais de pressão mediu-se a temperatura da água em ebulição e obteve-se o valor 98,2 ºC.

A diferença entre o valor obtido e o valor considerado verdadeiro dessa grandeza é -1,8 ºC.

Mediu-se com uma régua a aresta de um cubo e obteve-se o valor: 1,23 cm.

Neste caso é conhecido o valor real desta grandeza?

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 32

Algumas grandezas possuem seus valores reais conhecidos e outras não. Quando

conhecemos o valor real de uma grandeza e experimentalmente encontramos um

resultado diferente, dizemos que o valor obtido está afetado de um erro, o qual pode ser

definido como:

ERRO Diferença entre um valor observado (Vobs) ao se medir

uma grandeza e o valor real (VReal) ou correto da mesma.

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 33

Conhecemos sempre o valor real ou exato da maioria das grandezas físicas?

DESVIO Diferença entre um valor observado (Vobs) ao se medir uma grandeza

e o valor adotado (Vadot) que mais se aproxima teoricamente do valor Real

Nestas condições tem sentido falar-se no verdadeiro valor de uma grandeza?

A aceleração da gravidade 29.79

mg

s

valor absoluto ou aquele que

mais se aproxima do que pode

ser considerado seu valor real?

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 35

Erros grosseiros Imperícia ou distração do operador.

Erros sistemáticos Causados por fontes identificáveis.

Estes erros fazem com que as medidas efetuadas estejam consistentemente acima ou abaixo do valor real

o instrumento

o método de observação

efeitos ambientais

modelo teórico

Intervalos de tempo medidos com um relógio que atrasa;

Efeito de paralax;

Comprimento de uma barra de metal, dependência da temperatura;

Não incluir o efeito da resistência do ar numa medida da gravidade baseada na

medida do tempo de queda de um objeto a partir de uma dada altura.

Erros Aleatórios Causas diversas e que escapam a uma análise em função de sua

imprevisibilidade.

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 36

Grandeza Aparelho Precisão

Comprimento Régua centimetrada 1 cm

Comprimento Régua milimetrada 1 mm

Comprimento Paquímetro 0,1 mm

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 37

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 38

Grandeza Aparelho Precisão

Comprimento Régua centimetrada 1 cm

Comprimento Régua milimetrada 1 mm

Comprimento Paquímetro 0,1 mm

Massa Balança Digital -

Tempo Cronômetro 0,01s até 0,0001s

0 1 2 3 4 5 6 7 8 cm

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 39

Medida

Poderá ser minimizado eliminando-

se o máximo fontes de erro.

INERENTE Erro

Avaliar quantitativamente as

incertezas nas medições.

7 8

7,75 0,05

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 40

Medindo-se uma única vez

Incertezas em Medidas Diretas

Medindo-se N vezes a mesma grandeza

Incerteza na medida e pode

se determinada a partir dos

dados experimentais

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 41

Incerteza absoluta

Desvio Padrão

Se tivermos um

pequeno número de

medidas

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 42

Quando o número de medidas cresce indefinidamente, a distribuição de frequência das

medidas tende, usualmente, à distribuição de Gauss. Medidas diretas que se distribuem

segundo a distribuição de Gauss, tem a seguinte propriedade:

68,3%

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 43

Geralmente é necessário usar valores medidos e

afetados por incertezas para realizar cálculos a

fim de se obter o valor de outras grandezas

indiretas.

Incertezas em Medidas Indiretas

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 44

Incertezas em Medidas Indiretas

Critério mais

desfavorável

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 45

Critério mais

desfavorável

Exemplo: Medindo-se com uma régua milimetrada, em duas etapas, o comprimento de

um tubo obteve-se os valores indicados abaixo, juntamente com as incertezas adotadas

pelo operador:

Incertezas em Medidas Indiretas

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 46

Utilização do

MONÔMIO

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 47

Critério mais

desfavorável

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 48

Critério mais desfavorável? De onde surgiu?

Este método é baseado na aplicação do cálculo diferencial e nos diz que:

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 49

Exemplo: Calcule o volume de uma esfera cujo o raio vale: R = r ± Dr = (232,0 ± 0,1) mm. Neste caso

podemos calcular seu volume utilizando uma calculadora com dez dígitos, sem nos preocuparmos com a

incerteza que afeta o número .

Discussão sobre K (constante)

Esta constante pode aparecer de duas maneiras:

Número exato. Quantidade finita de dígitos incerteza nula

Número com quantidade infinita de dígitos (dizimas, irracional, ...) incerteza

dependerá da quantidade de dígitos adotados.

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 50

Teoria de Erros e Medidas

09/05/2018 Física Experimental I 51

Para facilitar a vida:

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 52

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 53

Também são uma forma econômica de apresentar um grande volume de dados.

Tempo (s) Velocidade (cm/s)

5 0,6

12 1,1

16 1,9

19 3,0

22 3,9

24 4,5

28 4,6

30 4,0

32 3,2

34 2,3

38 1,2

44 0,5

Velocidade de um corpo em

função do tempo

0 10 20 30 40 500

1

2

3

4

5

Velo

cid

ad

e (

cm

/s)

tempo (s)

Determinação da Velocidade Máxima

para um determinado movimento

26 4,7cm

V t ss

Gráficos são formas simples de visualizar padrões nas medidas.

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 54

Nunca assinalar na escala as coordenadas dos dados experimentais.

Há algumas regras básicas que devem ser seguidas na construção de gráficos:

Auto-explicativo Título

Norma Universal: Eixos Abscissas Variável independente

Ordenadas Variável dependente

Escreva o nome das grandezas

relacionadas com os eixos

Nome das grandezas

( ) ou ,

Deve ter a informação do número de algarismos significativos das medidas. Escala

Deve-se escolher escalas convenientes tais que facilitem tanto a construção quanto a leitura dos gráficos.

Sugere-se adotar valores múltiplos ou submúltiplos de números inteiros. É importante mostrar o fator de conversão da escala

Exemplo

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 56

Vimos anteriormente que qualquer medida experimental está afetado com uma incerteza

Os valores experimentais deverão ser

representados com suas respectivas

incertezas

Barras de erros

0 10 20 30 400

1

2

3

4

5

Po

sição

(cm

)

tempo (s)

20 5t s

3,0 0,5S cm

Quando não é possível desenhar as

barras de incerteza, deve-se indicar no

gráfico.

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 57

Gráficos

09/05/2018 58

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 100

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Po

sição

(cm

)

tempo (s)Física Experimental I

Aviso!

09/05/2018 Física Experimental I 59

Quando todos os pontos experimentais já estiverem marcados no gráfico, resta

traçar a curva. Esta não precisa passar sobre todos os pontos; de fato, é possível

que a curva não passe por nenhum ponto do gráfico. Sendo assim, não é

necessário que a curva tenha início no primeiro e termine no último ponto

experimental.

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 60

Permite, em muitos casos, determinar a lei que rege um fenômeno físico.

Elaborar modelos físicos Conhecer a lei

Como varia o comprimento de uma barra metálica em função da temperatura?

Sabemos da teoria que a dilatação

térmica é regida pela equação:

0 0L L L T D

onde é o coeficiente de dilatação linear do material da barra

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 61

Em uma escala linear, uma reta sempre é descrita da seguinte forma:

Portanto, temos:

y mx b

onde m é o coeficiente angular da reta, descrito pela inclinação da reta, e b é o coeficiente

linear , descrito pela interseção da reta com o eixo das ordenadas

0

0

L y (variável)

T x (variável)

L b (constante)

m (constante)L

D

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Co

mp

rim

en

to D

L (

mm

)

Temperatura (ºC)

P yP

xP

Q yQ

xQ

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 62

Traça-se a reta média

Tome dois pontos

sobre a reta média

Fora dos pontos

experimentais

Determine o

coeficiente angular

desta reta média

P Q

P Q

y y

x xm

Prolongue esta reta

média até a interseção

com o eixo y b

b

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

C

om

pri

me

nto

DL

(m

m)

Temperatura (ºC)

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 63

Cálculo da incerteza do coeficiente angular

A

B

C

D

Barras de incerteza das medidas

Desenhe um retângulo com as dimensões das

incertezas

Determine os pontos sobre os retângulos que

estão mais distantes da reta média

Trace duas retas auxiliares com estes novos

pontos

Determine quatro pontos auxiliares sobre as

retas auxiliares

yD

yC

xi xf

yB

yA

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 64

Cálculo da incerteza do coeficiente angular

A incerteza no coeficiente angular será dado por:

onde:

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

C

om

pri

me

nto

DL

(m

m)

Temperatura (ºC)

P

Q

A

B

C

D

xi xf

sup inf

1

2m mm D

supA C

f i

y ym

x x

inf

B D

f i

y ym

x x

1

2

A C B D

f i

y y y y

x xm

D

yD

yC

yB

yA

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 65

Cálculo da incerteza do coeficiente linear

A incerteza no coeficiente linear é

dado pela interseção das duas

diagonais com o eixo y

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

C

om

pri

me

nto

DL

(m

m)

Temperatura (ºC)

P

Q

A

B

C

D

sup inf

1

2b bb D

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

C

om

pri

me

nto

DL

(m

m)

Temperatura (ºC)

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 66

O ajuste de curvas pelo método dos

mínimos quadrados é importante, pois ao

contrário do método gráfico, é independente

da avaliação do experimentador.

Este método consiste em minimizar o erro

quadrático médio (S) das medidas.

Considere então um conjunto de N medidas

(yi ,xi).

2

1 1

( )N N

i ii i

S S y y

D y mx b

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1000

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Co

mp

rim

en

to D

L (

mm

)

Temperatura (ºC)

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 67

Minimizar uma função em relação a certas variáveis é

encontrar o menor valor possível para a variável.

0S

m

0

S

b

2

1

( 2 )N

ii

S m x x b

1 1 1

2 2

1 1

( )

N N N

i i i i

i i i

N N

i i

i i

N x y x y

m

N x x

2

1 1 1 1

2 2

1 1

( )

N N N N

i i i i i

i i i i

N N

i i

i i

N x y x y x

b

N x x

Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 68

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,50,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

Po

siç

oم (

m)

tempo (s)

Gráfico da posição versus tempo para determinação da velocidadeTempo (s) Posição (m)

0,100 0,51

0,200 0,59

0,300 0,72

0,400 0,80

0,500 0,92

Tempo (s) Posição (m) xy x2

0,100 0,51 0,051 0,0100

0,200 0,59 0,12 0,0400

0,300 0,72 0,22 0,0900

0,400 0,80 0,32 0,160

0,500 0,92 0,46 0,250

x = 1,500 y = 3,54 xy=1,17 x2 = 0,550 Com esses resultados, basta substituir os valores na fórmulas

0 2

(5 1,17 1,500 3,54)1,08 1,1

5 0,550 (1,500)

x x m mm v

x s s

0 2

(0,550 3,54 1,17 1,500)0,40

5 0,550 (1,500)

x xb x m

x

Gráficos não Lineares

09/05/2018 Física Experimental I 69

0 5 10 15 20 25 30 35 40

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

Y

X

1 1ou ?

x x

Linearização de Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 70

É um processo bastante simples, envolvendo apenas uma mudança de variáveis. Através desta simples

mudança, pode- se transformar em retas, mesmo equações muito complicadas. Vejamos uns exemplos que nos

ensinam como fazer esta linearização.

onde k = constante.

Linearização de Gráficos

09/05/2018 Física Experimental I 71

Como muitos processos físicos são mais bem explicados com funções matemáticas não-lineares, foram

desenvolvidos modelos não-lineares que se tornam lineares depois de uma transformação com logaritmos

naturais ln, como mostra a tabela seguinte.

Tipo Equação Transformação Variável x Variável y

Linear

Exponencial

Logarítmica

Potência

Na primeira linha dessa tabela foi registrada a equação da regressão linear simples conhecida.

Nas outras três linhas da tabela estão registradas três funções não-lineares e as transformações das variáveis x e

y para torná-las funções lineares semelhantes à da primeira linha da tabela.

Relatórios

09/05/2018 Física Experimental I 72

De uma forma geral, em ciência os resultados de um dado estudo são registrados e divulgados na forma de relatórios científicos. Entende-se por

relatório científico um documento que segue uma definição prévia e redigido de forma que o leitor, a partir das indicações do texto, possa realizar as

seguintes tarefas:

Reproduzir as experiências e obter os resultados descritos no trabalho, com igual ou menor número de erros;

Repetir as observações e formar opinião sobre as conclusões do autor;

Verificar a exatidão das análises, induções e deduções, nas quais estiverem baseadas as conclusões do autor, usando como fonte as informações dadas no relatório.

O relatório deve ser auto-suficiente.

Relatórios

09/05/2018 Física Experimental I 73

Capa: Deve incluir os dados do local onde a experiência foi realizada (Universidade, Instituto e Departamento),

disciplina, professor, equipe envolvida, data e título da experiência.

Introdução: Incluir a teoria considerada na experiência, evidenciando as hipóteses usadas para o estabelecimento de modelo

físico proposto e as previsões baseadas neste modelo. As equações mais relevantes devem ser numeradas para poder fazer referência a elas mais adiante, quando forem confrontadas as previsões do modelo com os resultados experimentais. Todo os símbolos utilizados para representar as grandezas físicas envolvidas devem ser definidos.

Sistema experimental: Deve incluir os seguintes itens:

Materiais utilizados, instrumentos de medição, sua precisão instrumental ou outra característica relevante;

Montagem experimental, preferencialmente fazendo um desenho esquemático;

Breve apresentação do procedimento adotado na experiência, na seqüência em que a experiência foi realizada.

Relatórios

09/05/2018 Física Experimental I 74

Dados experimentais: Deve apresentar os dados obtidos (preferencialmente em forma de tabelas), ou seja, todas as grandezas físicas medidas, incluindo suas unidades. Dados considerados anômalos devem ser identificados com uma anotação. Os erros de cada medida devem estar indicados. As tabelas devem ser numeradas em seqüência e conter uma legenda descritiva.

Cálculos: Todos os cálculos devem ser apresentados, incluindo as etapas intermediárias (cálculo de erros, métodos de

análise gráfica, etc.), para permitir a conferência e recálculo pelo mesmo caminho. Os resultados experimentais devem ser apresentados com os algarismos significativos apropriados.

Análise de dados: Esta é a parte mais importante do relatório, na qual verifica-se quantitativamente se o objetivo inicialmente proposto foi atingido. De forma geral, o objetivo é comprovar ou não as hipóteses feitas na teoria. Todas as informações reunidas nos passos anteriores são comparadas entre si e analisadas. No caso de diferenças entre os valores esperados (teóricos) e os experimentais, estas devem ser calculadas, preferencialmente em porcentagem, e estabelecer uma margem de erro aceitável. Também devem ser comentadas as possíveis fontes de erro e limitações do aparelho.

Relatórios

09/05/2018 Física Experimental I 75

Conclusão: A conclusão apresenta um resumo dos resultados mais significativos da experiência e sintetiza os resultados que

conduziram à comprovação ou rejeição da hipótese de estudo. Aqui deve ser explicitado se o objetivo(s) foi atingido, utilizando preferencialmente critérios quantitativos. Também deve indicar os aspectos que mereciam mais estudo e aprofundamento.

Bibliografia: São as referências bibliográficas que serviram de embasamento teórico.

Anexos: Os anexos são constituídos de elementos complementares, como por exemplo, gráficos. Estes devem ser

numerados, contendo, título, eixos, escalas, unidades e barras de erro.

Bibliografia

Bibliografia básica

Tipler, P.A.; Mosca, G.; Física para Cientistas e Engenheiros: Mecânica, Oscilações e Ondas,

Termodinâmica, vol.1, 6.Ed., Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2006. (Seções 1.1-1.5)

Bibliografia complementar

Halliday, D.; Resnick, R.; WALKER, J.; Fundamentos de Física. vol. 1, 8.Ed., Rio de Janeiro:

Livros Técnicos e Científicos, 2009. (Seções 1.1-1.7)

Serway R.A.; Jewett, Jr. J.W.; Princípios de Física: Mecânica Clássica, 1.Ed., São Paulo: Cengage

Learning, 2001. (Seções 1.3-1.6)

Bibliografia

09/05/2018 Física Experimental I 76