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1
Prof. A.F.Guimares Fsica 2 Questes 3
Questo 1
A presso atmosfrica pode ser considerada
constante em todos os pontos de uma regio de
volume pequeno. Alm disto, a presso de um gs
(ou de um fluido de um modo geral)
considerada isotrpica, isto , a presso igual
em todas as direes em torno de um dado ponto.
A fora produzida por esta presso portanto
ortogonal a um elemento qualquer de superfcie
infinitesimal sobre um dado corpo. Considere a
presso exercida sobre a superfcie de um corpo.
Usando coordenadas esfricas mostre que a fora
sobre um elemento de rea dA pode ser
decomposta em trs componentes dados por:
zF pdAcos= , xF pdAsen cos = e
yF p dAsen cos = . Onde dA o elemento de
rea em coordenadas esfricas, ou seja, 2dA r sen d d = .
Resoluo:
Em coordenadas esfricas temos:
Como a fora dada por:
dF pdA=
(1.1)
Ou seja, e elemento infinitesimal de fora
paralelo direo do elemento infinitesimal do
vetor rea. Logo:
zdF p dAcos= (1.2)
xdF p dAsen cos = (1.3)
ydF p dAsen sen = (1.4)
Esses elementos infinitesimais de fora
representam as foras do elemento de rea, Fx, Fy
e Fz.
Questo 2
Qual seria a altura da atmosfera se a densidade
do ar (a) fosse constante e (b) diminusse
linearmente a zero com a altura? Suponha que a
densidade ao nvel do mar 1,3 kgm-3.
Resoluo:
a) Utilizando a expresso da presso de um fluido
com densidade constante, teremos:
510 1,3 10
7692,3
P g h
h
h m
=
=
(2.1)
b) Considerando que a densidade diminui
linearmente com a altitude, teremos:
0
ath
dP g dh
P g dh
=
=
(2.2)
Onde foi considerado que a gravidade constante
nesse trecho da atmosfera. Resolvendo a integral
em (2.2), teremos a rea do tringulo
representado no grfico. Logo:
0
1,3
2
athathA dh
= =
(2.3)
h(m)
(kgm-3
)
1,3
0 hat
d
d
dA
z
x
y
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2
W D
o
Substituindo o resultado de (2.3) em (2.2),
teremos:
5 1,310 10
2
15384,6
at
at
h
h m
=
=
Questo 3
Determine a presso atmosfrica a 16 km
acima do nvel do mar.
Resoluo:
A presso atmosfrica varia exponencialmente
com a altitude. A expresso da presso dada
por:
0
ayP P e=
(3.1)
Onde 10,116a km= e 5 2010P N m (presso
atmosfrica no nvel do mar). Assim, utilizando
os valores dados na equao (3.1), teremos:
5 0,116 16
4 2
10
1,56 10
P e
P N m
=
(3.2)
Questo 4
A face vertical de uma barragem retm gua D,
como mostra a figura. Seja W a largura da
barragem. (a) Ache a fora horizontal resultante
exercida na barragem devido presso
manomtrica da gua e (b) o torque da fora,
devido presso manomtrica da gua, em
relao linha que passa pelo ponto O e que
paralela largura da barragem. (c) Qual a linha
de ao da fora resultante?
Resoluo:
a) Seja dF o elemento infinitesimal de fora que
atua em uma determinada profundidade da
barragem. Assim, teremos:
dF gh W dh=
(4.1)
Onde Wdh o elemento de rea. Mas, h + y = D, assim teremos:
;h D y dh dy= =
(4.2)
Utilizando (4.2) em (4.1), e integrando de D a 0,
teremos:
( )0
02
2
2
2
D
D
dF gW y D dy
yF gW Dy
gWDF
=
=
=
(4.3)
b) Seja do mdulo do elemento de torque com relao ao ponto O. Assim, teremos:
( )d dF y
d gW y D y dy
=
=
(4.4)
Agora integrando a equao (4.4), teremos:
( )0
2
03 2
3
3 2
6
D
D
gW y Dy dy
y DygW
gWD
=
=
=
(4.5)
c) Agora utilizando os resultados de (4.3) e (4.5),
teremos:
dy
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3
3 2
6 2
3
F y
gWD gWDy
Dy
=
=
=
(4.6)
Questo 5
Considere um recipiente contendo um lquido
com massa especfica . O recipiente est apoiado no piso de um elevador. Determine a variao da
presso com a profundidade h nos seguintes
casos: (a) o elevador sobe com acelerao a. (b) o
elevador desce com acelerao a. (c) o elevador
desce em queda livre.
Resoluo:
a) Levando em considerao somente a presso
manomtrica, teremos:
P gh=
(5.1)
Porm, para um referencial em um elevador que
sobe acelerado, o peso aparente dado por:
( );
ap ap
ap
W ma mg W m a g
W mg g a g
= + = +
= = +
(5.2)
Utilizando o resultado de (5.2), teremos:
( )P g h
P a g h
=
= +
(5.3)
b) O mesmo pode ser aplicado para um
referencial em um elevador que desce acelerado.
Para esse caso, o peso aparente dado por:
;apW mg g g a = =
(5.4)
Logo, utilizando o resultado de (5.4), teremos:
( )P g h P g a h = = (5.5)
c) Para um elevador que cai em queda livre, P = 0.
Se for levada em conta a presso atmosfrica,
basta soma-la em todos os resultados.
Questo 6
Um recipiente cilndrico que contm um
lquido incompressvel gira com velocidade
angular constante em torno de seu eixo de
simetria, o qual vamos considerar como o eixo Oy
(ver figura). a) Mostre que a presso a uma dada
altura no interior do lquido cresce com a
distncia radial r (para fora do eixo de rotao)
de acordo com 2P r r = . b) Integre esta equao diferencial parcial para achar a presso
em funo da distncia ao eixo de rotao ao
longo de uma linha horizontal para y = 0. c)
Combine a resposta da parte b) com a equao
( )2 1 2 1P P g y y = para mostrar que a superfcie do lquido que gira possui uma forma
parablica, ou seja, a altura do lquido dada por
( ) 2 2 2h r r g= . (Esta tcnica usada para fabricar espelhos parablicos para telescpios; o
vidro lquido gira e depois solidificado
enquanto est girando.).
Resoluo:
a) Seja o elemento de fluido representado na
figura abaixo.
O elemento de fora centrpeta infinitesimal que
o elemento de fluido exerce dado por:
2dF dm r=
(6.1)
r
h
y
dF
dr
Superfcie do lquido A (rea)
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4
Agora, tomando a definio de presso, teremos:
2
2 2
;dF A r dr dm A dr
dFdPA r r
dr dr
= =
= =
(6.2)
Onde A a rea da base do elemento de fluido.
Como a presso no funo apenas da varivel
radial, podemos concluir ento:
2P rr
=
(6.3)
b) Integrando a equao (6.3), teremos:
2
0
2 2
.2
r
P r dr
rP const
=
= +
(6.4)
Para r = 0 a presso exercida na superfcie do
lquido a presso atmosfrica. Portanto,
teremos:
2 2
02
rP P
= +
(6.5)
Com a vertical a presso varia de acordo com a
equao:
0P P gh= +
(6.6)
Tomando a superfcie do lquido, teremos:
2 2
0 0
2 2
2
.2
rP gh P
rh
g
+ = +
=
(6.7)
Questo 7
Um objeto cbico cuja dimenso lateral L
(0,6m) e peso W (4000 N), no vcuo, suspenso
por uma corda em um tanque aberto, com gua
de densidade (1,0 gcm-3), como indica a figura.
(a) Determine a fora total descendente exercida
pela gua e pela atmosfera no topo do objeto de
rea A (0,36 m2). (b) Determine a fora total na
base do objeto. (c) Determine a tenso na corda.
Resoluo:
a) A fora total exercida pela atmosfera e pela
gua dada por:
( )( )
1
5
1
5 3
1
4
1
10
10 10 9,8 0,3 0,36
3,71 10 .
T
T
T
T
F P A
F gh A
F
F N
=
= +
= +
=
(7.1)
b) A fora total exercida pela atmosfera e pela
gua na base inferior dada por:
( )2
5 3
2
4
2
10 10 9,8 0,9 0,36
3,92 10
T
T
T
F P A
F
F N
=
= +
=
(7.2)
c) A tenso na corda dada por:
1 2
4 43,71 10 4000 3,92 10
1900
T TT F W F
T
T N
= +
= +
=
(7.3)
L
L/2
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5
Questo 8
Uma esfera feita de um material de massa
especfica d e volume V. Determine o volume V
da cavidade esfrica existente em seu interior
para que ela flutue num lquido de massa
especfica , mantendo uma frao V/n do seu
volume dentro do lquido.
Resoluo:
Para que a esfera permanea equilibrada com
uma frao de seu volume dentro do lquido, o
peso dela deve ser igual, em mdulo, ao empuxo
que nela atua. Assim, teremos:
E W
Vg mgn
Vm
n
=
=
=
(8.1)
Onde m a massa da esfera. A massa, por sua vez,
pode ser determinada pela relao da massa
especfica da esfera. Assim, teremos:
( )m d V V = (8.2)
Agora, combinando o resultado de (8.1) e a eq.
(8.2), teremos:
1
VV V
nd
V Vnd
=
=
(8.3)
Questo 9
Uma esfera oca de ferro flutua quase
completamente imersa na gua. O seu dimetro
externo mede 50 cm e a massa especfica do ferro
vale 7,8 gcm-3. Calcule o dimetro interno da
esfera.
Resoluo:
O empuxo sobre a esfera deve equilibrar com o
peso da mesma. Assim, teremos:
2
3
34, 0,021
3
21
extH O
RgV mg V m
m kg
= =
(9.1)
Onde m a massa da esfera. Com a massa
poderemos determinar o volume da parte interna
e assim, o raio. Logo,
3
3
3
21 7,8 10
21
7,8 10
Fe Fe
Fe
Fe
m V
V
V m
=
=
=
(9.2)
Agora podemos calcular o raio interno e
consequentemente o dimetro interno da esfera.
Assim, teremos:
( )3 33
3
4
3
4210,021
7,8 10 3
0,239 23,9
47,8 .
Fe ext i
i
i i
i
V R R
R
R m R cm
D cm
=
=
(9.3)
Questo 10
Um tubo em U contm um lquido homogneo.
Durante certo tempo, um mbolo faz baixar o
nvel do lquido em um dos ramos. Retirando o
pisto, os nveis do lquido nos dois ramos
oscilam. Mostre que o perodo de oscilao
2L
g , sendo L o comprimento total do lquido
no tubo.
Resoluo:
A fora exercida pela coluna de lquido (2) no
ponto (1) dada por:
1 2
x
x
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6
2P A g x A = (10.1)
Onde A a rea transversal do tubo e o sinal
negativo indica que a fora aponta no sentido
contrrio ao deslocamento. Essa fora vai
acelerar toda a massa do lquido. Assim, teremos:
2
2
2 2
2.
mm a g x A
A L
gx ga
L L
LT
g
=
= =
=
(10.2)
Questo 11
Um basto cilndrico, de madeira, lastreado
com chumbo em uma extremidade, de maneira
que ele flutue verticalmente na gua, como
mostra a figura. A parte submersa mede l = 2,4 m.
O basto posto em oscilao vertical. (a) Mostre
que o movimento harmnico simples. (b)
Determine o perodo em segundos. Despreze o
amortecimento que a gua produz nas oscilaes.
Resoluo:
a) Previamente, analisemos a situao de
equilbrio.
2
2
32,4 10
H O
H O M
M
E P
g A l mg
A l A L
L
=
=
=
=
(11.1)
Onde L o comprimento total da haste.
Agora, utilizando as relaes dadas por (11.1),
para um deslocamento x, a fora resultante na
madeira ser dada por:
( )2
2 2
2
2
2
H O
H O H O
H O
M H O
H O
M
ma g V mg
ma g A l x g A l
ma g A x
A L a g A x
ga x
L
= +
= + +
=
=
=
(11.2)
O resultado de (11.2) mostra que sendo a
acelerao negativa (com relao ao
deslocamento x) o movimento ser harmnico
simples.
b) Agora utilizando os dados, teremos:
1
4 2a x rad s
T s
= =
=
(11.3)
Questo 12
A tenso em uma corda prendendo um bloco
macio abaixo da superfcie de um lquido (de
densidade maior que o bloco) T0 quando o vaso
que o encerra (figura) est em repouso. Mostre
que a tenso T, quando o vaso sofre uma
acelerao ascendente vertical a, dada por
( )0 1 aT g+ .
Resoluo:
Na condio de equilbrio, temos:
2
0
0 H O
T w E
T gV mg
+ =
=
(12.1)
l gua
ar
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7
Onde V e m so respectivamente, o volume e a
massa do bloco. Quando o vaso sobe acelerado,
com acelerao a, para um referencial dentro
do vaso (referencial no inercial), o peso
aparente dado por:
( )apw m a g= + (12.2)
Logo, como o empuxo igual ao peso do fluido
deslocado, podemos concluir:
( )2ap H O
E a g V= +
(12.3)
A acelerao se adiciona com a acelerao da
gravidade a exemplo das velocidades com
sentidos opostos. Ainda para o referido
referencial, para a condio de equilbrio,
teremos:
( ) ( )
( )
2
2 2
20
01
ap ap
H O
H O H O
H O
T w E
T a g V m a g
T gV mg aV ma
T T a V m
aT T
g
+ =
= + +
= +
= +
= +
(12.4)
Questo 13
Ache a presso manomtrica em pascals em
uma bolha de sabo com dimetro igual a 3,00
cm. A tenso superficial igual a 25,0 x 10-3Nm-1.
Resoluo:
Para uma bolha de sabo, a presso manomtrica
ser dada por:
4p
R
=
(13.1)
Onde a tenso superficial e R o raio da bolha.
Assim, substituindo os valores dados, teremos:
3
2
2
4 25 10 10
3 10 3p p N m
= =
(13.2)
Questo 14
Calcule o excesso de presso a 20 0C a) no
interior de uma gota de chuva grande com raio
igual a 1,00 mm; b) no interior de uma gota de
gua com raio igual a 0,0100 mm (tpica de uma
gotcula no nevoeiro).
Resoluo:
Para uma gota de lquido, a diferena de presso
entre a parte interna e a parte externa dada
por:
2ap p
R
=
(14.1)
Onde a tenso superficial e pa a presso
atmosfrica (externa).
a) Para uma gota de gua, a tenso superficial a
200C vale: 72,8 mNm-1. Assim, teremos:
3
3
2
2 72,8 10
10
145,6 .
a
a
p p
p p N m
=
=
(14.2)
b) De forma semelhante, teremos:
3
3
4 2
2 72,8 10
0,01 10
1,456 10
a
a
p p
p p N m
=
=
(14.3)