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Fisioterapia: o desafio da insensibilidade!
Amar o que faz (quebra do paradigma)
Prevenção de incapacidades Promoção do estado físico Estímulo à integração social Preservação da unidade familiar
Além do físico: social, cultural, emocional, afetivo, espiritual e
educacional.
Ensinar o paciente a:1.Higienização;2.Auto-conhecimento (físico e
mental);3.Alimentação;4.Desestigmatizar a doença;5.Importância do TTO precoce:
a) farmacológico;b) preventivo a incapacidades;c)psicológico.
Diagnosticada a Hanseníase:1.Ouvir pacientemente o cliente;2.Avaliar metodicamente a derme,
troncos nervosos e cinética do paciente;
3.Reavaliar no segundo contato;4.Não ter preguiça! Avaliar todos os itens
já expostos;5.Lesões: descritas fielmente aos
achados avaliativos;6.Iniciar imediatamente o trabalho
preventivo.
Iniciada no primeiro passo (que não é responsabilidade apenas do médico!)
1.Hidratação – água, óleo mineral, hidratantes à base de água, vaselina, azeite e olho de girassol.
2.Massagens – previne retrações e aderências, auto-massagens, ter cuidado com fissuras, previne e drena edemas.
3.Estimulo sensitivo – uso de diferentes materiais (esponjas, gelo, bolas, diferentes tecidos, etc).
4.Alongamentos.
5. Exercícios de fortalecimento – movimentos finos de mão e pés: dar preferência a exercícios que estimulem um músculo de cada vez, para depois realizar exercícios globais (cuidado com a fadiga muscular). Uso de bolas, feijão, elásticos, lápis, massa de modelar, novelo de lã, toalhas, prendedores, bola de papel, digital-flex, espelho, copos, guache, etc.
6. Movimentos globais: adução, abdução, pronação, supinação, flexão, extensão, dorsi e plantiflexão (excêntricos + feedback = importante dupla)
Imobilizações: posições funcionais – gesso, metal, polipropileno, madeira, couro, EVA, pano de algodão, etc:
a)Cotovelo: 90º de flexão;b)Mão: punho em 20º de extensão,
metacarpo falangianas em 90º e interfalangianas em 10º de flexão;
c)Joelho: 30º de flexão;d)Tornozelo: 90º de dorsiflexão.Princípios goniométricos para a
confecção de férulas – artefatos que auxiliam o uso funcional dos membros (prevenção de feridas, retrações ou mau uso).
Adaptações de instrumentos da Vida diária:1.Cozinha: luvas anti-térmicas, alongar cabos
de panelas e colheres, uso de materiais cortantes mais seguros; materiais como madeira para as adaptações;
2.Ferramentas: prolongar e engrossar os cabos com material liso e uso de luvas;
3.Piteiras para fumantes;4.Cuidado ao manipular congelados (mudanças
bruscas de temperatura pioram a neurite);5.Em alguns casos: barras em banheiro e em
pontos estratégicos da casa, rampas, velcros em calçados e roupas, etc.
Pés anestesiados – calçados adequadamente:
1.Não podem ser apertados, com costura ou cravos proeminentes e devem ter palmilhas protetoras.
2.Cada pé tem sua particularidade.3.Conscientização do paciente quanto
a cuidar dos pés diariamente: higiene, evitar micoses, corte das unhas (cuidado!), tratamento dos calos (hidratação, lubrificação, massagens e nunca cortar!).
4. Revisão dos calçados periódicamente.
5. Cuidado na deambulação. 6. Diminuir tempo de permanência
em pé (adaptação ocupacional).7. Auto-exame cuidadoso dos pés
(alertar sobre zonas de pressão mais comum ao pé do paciente, hematomas, calos, bolhas, feridas, edema, hiperemia e dor à palpação profunda).
Deve ser adaptado conforme a necessidade do paciente (sapateiro treinado):
1. Barra metatarsiana – alívio da pressão sobre os metatarsos, repousando em calcâneo. Colóca-se 1 a 2 cm atrás das cabeças metatarsianas, na sola, seguindo a obliquidade das mesmas (6 – 8mm).
2. Almofada navicular – distribui o peso homogeniamente. Interior do calçado como uma palmilha (adultos: 15 – 18mm).
3. Botão – diminui a pressão sobre cabeça metatarsiana. Eleva o arco anterior (6-8mm).