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www.fakeumagazine.com #00_dezembro 2011

F*ke U #04

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É a revista sobre cultura, arte, moda, música e lifestyle. That's the culture, art, fashion, music and lifestyle magazine

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diário debordo #04Rápido de rasteiroO lado negro da força passou, nossa edição especial Noir deu o que falar, mas to-dos saudamos o retorno da nossa colorida e querida FakeU de sempre. Sem o blá, blá, blá da correria, que piada velha não tem graça. A edição desse mês já chega causando de cara, ou melhor de capa, com a arte do coletivo goianiense de design Bicicleta Sem Freio, que numa papo super relax abriu as portas virtualmente de seu estúdio para contar-nos como é fazer um dos trabalhos mais autorais e diver-sos da arte brasileira atual. Podemos dizer que essa edição veio com parcerias de peso, o que nos conforta ao saber que no mundo editorial, seja ele online ou não, uma mão lava a outra e as duas o mesmo barco em que todos estamos. Assim foi como conseguimos a ótima entrevista com a banda Wannabe Jalva (que estará no Lollapalooza 2013 e que está com um line-up esmagador), futuro e presente do rock nacional, e que muito agrada a editoria da revista. Agradecemos ao pessoal do portal Vírgula do UOL pela boa vontade e carinho com o qual nos cedeu o direito de publicarmos tal entrevista, com os devidos créditos, óóóbvio. Agora, por que rápido e rasteiro mesmo? Porque esse ano já ta acabando, e logo logo estaremos fazendo um ano de revista, e para presentearmos, antecipada-mente porque vocês leitores merecem, por todos os elogios e críticas e satisfação que temos em ver a revista cumprir seu papel, estamos lançando mais um projeto que é a FakeUStore, nossa “lojinha” virtual, que agora vai levar o mundo FakeU para o seu guarda roupa, assim quando você acordar, bem do modo FakeU de ser, terá como expressar o dia todo através de nossas estampas que sempre trarão o melhor do cultura pop como tema. #beijosnosliguem

Claudio Jr Ponciano

Pablo GabrielEditores Chefes

Designer aficcionado por tudo um pouco

Designer apaixonado por música, blogs e fastfood

Quer ver sua arte na f*ke u? [email protected]

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uDesigner aficcionado por tudo um pouco

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f*ke u é uma revista mensal e online.

Dúvidas, su-gestões, críticas e reclamações:

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4 f*ke u magazine_ed.04_out 2012 colaboradores

Mariana Brandão Mari Brandão é uma estudan-te de jornalismo que é bem Rock n Roll mas tem uma queda pela soul music, hip hop e electro! Adora cultura, tecnologia, internet, redes sociais, expe-rimentar comidas e ama pro-moções! Ah, ela tem medo de cães e fala pra C*&¨%!

Felippe Bastos Estudante de comunicação social e apaixonado por 30 Seconds To Mars e filmes cult!

Diego Muzitano É formado em Comunicação Social e trabalha como Asses-sor de Comunicação, Marke-teiro e suas várias variáveis. Ama o que faz. É apaixonado pelas palavras e pelo que elas podem representar quando juntas e bem distribuídas.

Maicon Carolino Amante de moda, mode-los e vogue, é formado em jornalismo,mas gosta de se divertir como stylist de ami-gos e afins, até que isso se torne sua profisão. Se sua vida fosse uma série de tv se chamaria Sex and City e quando crescer quer ser Tom Ford.

José Bruno José Bruno é jornalista (por formação), bancário (por pro-fissão) e escritor (por ilusão), ele também é um pouco de cada filme que assistiu, de cada música que ouviu e de cada livro que leu... um en-torpecido por alucinações ar-tísticas e literárias!

Álvaro Demartini Amante da Madonna, amigo de Freud e futuro psicólogo!

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Thiago Araújo É estudante de design, apai-xonado por coisas bonitas e arquiteturas perfeitas, nas-ceu em setembro, já sabe o que quer ser da vida e a músi-ca é a sua casa de praia.

Eliana Miranda “Menina bonita do cabelo engraçado ela me fala de so-nhos estranhos e eu acho en-graçado...”

Leonardo Foureaux

“Acha que é que é engraça-do, acha que é artista, tenta achar um norte, sentimen-talista. Tudo isso sem perder a zuera. Coldplay, Radio-head, Broken Social Scene, Yann Tiersen e qualquer outra coisa que te dê sono.”

Gustavo Estevão Leitor, eleitor, cantor, pas-sional, cheio de aspirações e inspirações.

Vinnie Bressan

Colecionador de filmes; veganista não-praticante (e cínico, hein?!?); filho de umbanda convertido; exis-tencialista por excelência; vocalista; funcionário públi-co; amante da sétima arte.

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Produzidas em série.

Thiago Araújo

Muito se tem falado sobre uma padronização na forma das brasileiras se vestirem. O que temos visto por ai como exemplo de moda brasileira parecem mais produ-tos produzidos em série por blogs de street style. Fico imaginando o The Sartorialist no Brasil procurando a singularidade vinda das ruas que o encantou. Veria uma “it brasileira” montada pela riqueza e sem nenhuma identidade. As “it” de hoje em dia mal sabem que o termo foi usado pela romancista Elinor Glyn, em uma de suas personagens que era autentica e carismática e não tinha dinheiro para comprar uma it bag.“...chega a ser assustador a quantidade de meninas de 20 e pouquinhos anos se vestindo como se

tivessem mais de 40 em prol do título de bem-vestida. As pessoas parecem que esquecem de olhar pra dentro e descobrir quem elas são. Principalmente a nova geração de blogueiras que está mais interessada em fazer crtl c + crtl v nas fórmulas de blogueiras famosas que descobrir seu próprio estilo. Tenho percebido uma necessidade nos blogs daqui de parecer rica e bem sucedida que me deixa nauseada.” – Carla LemosSerá que essas mulheres transferiram a necessidade adolescente de serem gêmeas das amigas e se sentirem mais seguras para a vida adulta? Será que a consumido-ra de luxo brasileira tem a mentalidade de uma menina de doze anos, que quer se vestir como amigas ou como um de seus ídolos de filmes ou música? Mas quem é ídolo neste caso? De onde vem a (as) referência (as)? E vale alertar a jornalista que não, esta não é a mulher brasileira”- Julia Petit

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Esse comportamento vem do reflexo da globalização e da massificação da informação de moda. Quando procuramos nos informar sobre algo nossa inteligência cria um padrão, considerando os elementos principais, que nos permita reconhecer este algo quando o virmos de novo. A padronização nada mais é do que uma forma rápida para a identificação de um grupo social. “As pressões exercidas por uma imagem dominan-te que corresponde à ideia positiva de jovem rico, esperto e feliz, que é constantemente reforçada pela mídia, faz parte da sociedade de consumo que vivemos e cria necessidades de posse de objetos, de status e de uma aparência que normalmente não corresponde à realidade.” - Raquel Pache-co, mestre em Ciências da Comunicação. Nesse contexto contemporâneo a moda perde papel de construtora de alteridades e identidades individuais e sociais e passa a ser mais uma ferramenta de homogeneização cultural, processo que poda as representações legitimas da cultura nacional. O Brasil como um país que está em foco internacional deveria utilizar da ferramenta da moda para transmitir a diversidade e sua pluralidade cultural, além da criatividade intrínseca ao brasileiro. Cadê a verdadeira riqueza brasileira refletida em nossas produções? É essencial que essas meninas que amam moda entendam que moda vai muito além do look do dia, trend alert e fashionismo. A moda é a forma de comunicar algo individual para o mundo coletivo, vestir-se é apresentar-se para o mundo. Cabe a cada um decidir se quer ser mais um, ou se expressar. “Ei, olhe para mim, eu sou diferente e tenho algo a dizer.”

As pessoas parecem que esquecem de olhar pra dentro e descobrir quem elas são. Principalmente a nova geração de blogueiras...

Falando Nisso... juliapetit.com.br/colunas/julia-petit/zombieland/

modices.com.br/moda/sobre-looks-do-dia/

revistapura.com.br/lifestyle/overdose-fashion/

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José Bruno Drive (Drive) - 2011. Dirigido por Nicolas Winding Refn. Es-crito por Hossein Amini, baseado na obra de James Sallis. Direção de Fotografia de Newton Thomas Sigel. Música Original de Cliff Marti-nez. Produzido por Michel Litvak, John Palermo, Marc Platt, Gigi Prit-zker e Adam Siegel. Bold Films, Odd Lot Entertainment, Marc Platt Pro-ductions, Motel Movies, Drive Film Holdings e Seed Productions / USA. Assisti Drive (2011) pela primeira vez em janeiro desse ano, passei os últimos dias ruminando seu roteiro... Ontem, ao começar a es-crever sua resenha, voltei a ele para rever algumas cenas que não saiam de minha mente e não resisti, não me contentei em rever somente algu-mas cenas, o assisti por completo mais uma vez e, acreditem, a impres-são foi ainda melhor. Posso garantir que se não fosse a enorme quanti-dade de outros filmes esperando para serem assistidos eu embarcaria facilmente em uma terceira sessão com esta, que é sem dúvidas uma das melhores películas de 2011. O maior pecado que eu poderia cometer ao falar de Drive seria rotulá-lo tão somente como um filme de ação, pois ele extrapola qualquer noção de gênero, transitando ora pelo drama intimista, ora pelo familiar, passando também pelo suspense psicoló-gico, esta última vertente menos explicita no roteiro, porém presente.

Nicolas Winding Refn, que recebeu o prê-mio de direção em Cannes, constrói em Drive uma narrativa que parte quase que exclusivamente da perspectiva do personagem principal (Ryan Gosling), um enigmático motorista, cuja personalidade parece refletir não aquilo que ele é, mas tão somente aquilo que ele faz, ele não tem nome, não tem passado, ele apenas dirige... Mas se engana quem aponta o perso-nagem como desumanizado ou minimalista, pois ele é justamente o oposto disso. Não nos importa saber de onde ele veio, nem quais são suas reais motivações, o que interessa é o conflito ético que ele experimen-ta na história e é este aspecto que torna o filme ainda mais impressionante. Na trama, o personagem ocu-pa seu tempo trabalhando ora como mecânico, ora como dublê em filmes de ação e ainda como motoris-ta condutor de assaltantes em fuga. Ele não tem uma vida social, não tem tantos relacionamentos e obser-va o mundo à sua volta com resignação e indiferença.

“Diga-me onde começamos, onde vamos e onde vamos depois, eu te dou cinco minutos depois que

chegarmos lá. Estou à sua disposição nesses cinco minutos, haja o que houver... Haja o que houver após

os cinco minutos estará por sua conta. Eu não participo do roubo e não porto armas, eu dirijo!”

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A alienação social do personagem e o clima melancólico e opres-sivo de Drive nos remete a Taxi Driver (1976), obra prima de Martin Scorse-se, a semelhança entre os dois longas, perceptível até no nome, não para por ai, algumas tomadas e enquadramentos são bem parecidos e a simila-ridade está presente também no desenvolvimento do personagem central que, tal como o taxista Travis Bickle, parece não ser guiado por uma moral social constituída, mas sim por uma espécie de código ética pessoal, códi-go este que nos dois casos parece ter sido deturpado pelas suas respectivas vivências e pela reclusão que se auto impuseram. Ambos são marginais, no sentido de viverem à margem da sociedade. Ambos não conseguem se enquadrar ao meio em que vivem e suas atitudes são em diversos pontos condenáveis. Ambos num rompante de reação, conduzidos por uma espé-cie de justiça própria, decidem intervir no meio para destruir o que con-denam e proteger o que valorizam, tal reação apenas reforça a ideia de que são determinados não por aquilo que são, mas por aquilo que fazem. O “protagonista” de Drive, chamado em algumas cenas apenas de “Driver” (motorista em inglês), realiza seus serviços motivado por objetivos escusos, ele visivelmente não quer dinheiro, tão pouco ascensão social e seu trabalho na oficina mecânica me parece mais algo relacionado à gratidão que ele sente em relação ao patrão, que o aceitou como empregado sem fazer qualquer questionamento acerca de seu passado, do que um meio de garantir sua subsistência (esta é apenas uma das situações em que o que aflora é a ética pessoal do “motorista” e não o moralismo vigente). Passa-mos a entender o personagem um pouco melhor depois que ele conhece

Irene (Carey Mulligan), sua vizinha, e o menino Benício (Kaden Leos), o filho dela; ele que está diretamente envolvido com a criminalidade local (o que seria uma postura moralmente condenável), assume o risco de se envolver em uma situação altamente perigosa para ga-rantir a segurança de Irene e de sua família (o que seria à primeira vista uma atitude louvável), eias aí a discrepân-cia no comportamento ético do personagem que culmi-na no conflito silencioso que o leva à reação violenta. Standart (Oscar Isaacs), o pai do filho de Irene, está preso, o que facilita a aproximação do “Driver”, que ganha então a confiança da mulher e do garotinho. Ire-ne começa a se deixar envolver por ele quando recebe a notícia de que o marido estaria ganhando a liberda-de dentro em breve. O retorno de Standart, que poderia ser o mote para o desenvolvimento de um forte confli-to, acaba nos deixando ainda mais intrigados acerca da personalidade do motorista, este aceita participar de um assalto para ajudar o ex-presidiário a quitar divi-das contraídas enquanto estava na prisão. É então que surge a dúvida, por que ele colocaria sua vida em risco para tentar salvar o marido da mulher por quem está apaixonado? Ele de fato não estaria ganhando nada que compensasse o risco que correria ao participar do crime, tão pouco conquistaria o amor e o respeito de Irene com isso, mas ele o faz simplesmente porque acredita que é o certo a se fazer (outra vez a sua ética pessoal se sobressaindo diante da moral estabelecida).

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O motorista de Drive talvez seja um dos perso-nagens mais interessantes e intrigantes concebidos pelo cinema em 2011, ele não precisa falar muito ou ter frases de afeito para nos instigar já no início da exibição do filme. Ryan Gosling, em uma ótima atuação, consegue transmitir pela expressão facial (preste atenção nos closes) e pelos poucos gestos a frieza de seu personagem e a violência contida por ele, que ameaça explodir a qualquer momento. A fotografia cheia de contrastes acentuados, um belíssimo trabalho de Newton Thomas Sigel, nos dá plena noção dos sentimentos e sensações que cada cena transpira, o clássi-co jogo entre a luz e a sombra (que aparentam estar em um constante conflito em cada um dos fotogramas), parece materializar as contradições comportamentais e éticas do motorista. As tomadas feitas à noite são belíssimas, nalas a fotografia ajuda a delinear ao mesmo tempo a beleza e a hostilidade de Las Vegas. A captura de imagens feita de dentro do carro em movimento, que lembram algumas de Taxi Driver, consegue reforçar a ideia do distanciamento social e da solidão do personagem de uma forma sublime. O ritmo do filme segue lentamente, como se bus-casse contemplar uma áurea não tão aparente, presente em cada um dos personagens, principalmente no principal, tal ritmo é então subitamente quebrado pela explosão da violência, que não nos surpreende por já ter sido anunciada desde as primeiras sequências do longa. É durante a transi-ção rítmica que percebemos a competência e a habilidade de Nicolas Winding Refn, em outras mãos a alteração abrup-ta poderia nos parecer imprecisa ou no mínimo estranha, o que definitivamente não é o que acontece no caso de Drive. Como se não bastasse tudo isso, o filme ainda tem uma tri-lha sonora fantástica, que remonta à uma sonoridade típica dos anos 70 e 80, as belíssimas canções ajudam não só na construção no clima predominante no filme, mas também na transição de ritmo e na leitura que fazemos de cada uma das atitudes do personagem principal... Drive é uma obra prima que precisa ser vista por todos! Ultra Recomendado!

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Leonardo Foureaux

Antes que me apedrejem dizendo o quão distorcido é o meu conceito de hipster, já me protejo com o clássico discurso dos que fogem do mainstream: EU CONHECIA ANTES DE VIRAR MODINHA. Então vamos ao que interessa – às melhores representantes do universo hips-ter feminino que você pode encontrar (em ordem crescente de aura divina).

#5 - Tiffany LamsonNão tem como olhar pra essa garota e não se sentir em paz. Além desse sorriso inebriante e simpático, sua voz de um timbre que mistura calmaria com tesão e sua habilidade musical (é percussionista e ukulelista também) a tornam perfeita para entrar nessa seleta lista. Aproveitem a linda sinestesia de música-imagem desse vídeo

#4 - Binki ShapiroOk, dela vocês já ouviram falar, eu sei disso. Mas não tem como não mencioná-la nessa matéria. A integrante da Little Joy – cujo nome de batismo é Jordana – é uma mistura (muito bem feita, por sinal) de classe e simplicidade dignas de uma obra de Monet com a atra-ção que só um sorriso tímido pode oferecer. E eu ainda nem falei de como a voz dela é sensacional e dos dois bilhões de instrumentos diferentes que ela toca...

5 deusas hipsters de que você provavelmente nunca ouviu falar (mas deveria)

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#3 - Cathy Lucas Eu quero uma pra mim. Sério. A belga da banda londrina Fanfarlo tem, sem dúvida alguma, a doçura em seu DNA. Logo pelo nome da banda, que vem de uma novela de Charles Baudelaire, já se nota como Cathy é, além de bonita e talentosa, culta. Uma amostra dela e dessa banda excepcional aqui.

#2 – Alexandra LawnQuem conhece essa ganha um doce. A sensual violoncelis-ta era parte do show da banda indie novaiorquina Ra Ra Riot. Sim, era. Em fevereiro desse ano ela anunciou sua sa-ída da banda. Mas, ainda assim, a combinação da imagem de seu corpo perfeitamente desenhado com o som conciso de seu violoncelo traz sensações que o homem nunca vai explicar. Aqui um stalker maldito ficou filmando a moça durante o Coachella de 2010. Ainda bem.

#1 – Mélanie LaurentPra colocá-la vou usar o pretexto de que ela praticamente só faz filme dramático francês. Isso é bem hipster, diz aí. E, antes que vocês citem Inglourious Basterds (2009), já vou dizendo que assisti Je vais bien, ne t’en fais pas (2006) antes. Agora vamos falar dela – o mais próximo que o ser humano chegará de um Neter. A marca no topo da boche-cha esquerda. A boca que te convida a arrepiar toda vez que sorri ou canta. Os olhos que parecem frutos de uma viagem de LSD. E, ah, o nariz arrebitado que só os genes franceses podem fornecer. Suspiro. Se deixem encantar por ela. Mas não muito, porque eu tenho ciúmes.

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Skiny Color

Como o verão é a estação das cores, as calças não fogem a essa regra. As calças coloridas que são tendência a algum tempo, permanecem firmes e fortes no mundo fashion. Combi-nadas a tops e blazers poderosos dão um ar fun a qualquer produção.

Fuja do óbvio!

Cansada de florais na primavera? Aposte nas paradise prints, as estampas que vêm contudo no verão 2013, invista nas de praias desertas, é o novo floral.

Be frash!

Mescle cores fortes, como o azul klein, a cores como verde e laranja e monte looks total frash para o verão 2013.

Verão to

Maicon Carolino

Combo infalível

A combinação blazer leve+ short de alfaia-taria+ sapato tipo sneackers é o combo per-feito para o verão 2013. Hits a eras, o blazer e o shortinho são classicos, mas combinados aos sneackers, sapatinhos must have do inverno que foram transportados para o verão, dão o ar cool que a estação pede.

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Combo infalível

A combinação blazer leve+ short de alfaia-taria+ sapato tipo sneackers é o combo per-feito para o verão 2013. Hits a eras, o blazer e o shortinho são classicos, mas combinados aos sneackers, sapatinhos must have do inverno que foram transportados para o verão, dão o ar cool que a estação pede.

Dress

O clássico da estação esta mais forte que nunca! Os vestidos, eternos hits do verão são a melhor opção para quem precisa de uma peça leve e facil de combinar, use-os com acessórios poderosos, fazem toda a diferença.

Tendência

Vá de Clutch! É o que dizem a maioria dos blogs de moda sobre a mais nova it bag. As bolsas de mão, como tambem são cha-madas, combinam com tudo, vestidos, calças, saltos, sapatilhas é o mais novo must have.

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A Nova Cara do Rock Nacional

Guilherme Guedes virgula.uol.com.br

Com letras em inglês de levadas dançantes, o Wannabe Jalva muitas vezes lembra mais grupos ingleses ou norte-americanos do que os daqui. Formada em 2010, a banda é figurinha certa no circuito de shows e festivais indepen-

dentes Brasil afora, e com uma velocidade impressionante, tornou-se referên-cia na cena atual do rock tupiniquim.

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Com apenas um EP no currículo (Welcome to Jal-va, 2011), os gaúchos foram escolhidos no ano passado para tocar diante de milhares de pessoas no Estádio Zequi-nha, na abertura do show do Pearl Jam em Porto Alegre. “Foi um grande desafio. A gente achou que iria tomar uma p**a de uma vaia (risos)”, confessa Tiago. “A gente é rock, mas não é o Pearl Jam, né, bicho? Mas na real foi bem o con-trário, a galera gostou”. Pouco mais de seis meses depois, foi a presença misteriosa em uma lista de possíveis atrações do festival Planeta Terra que fez as páginas do grupo nas redes sociais explodirem de comemorações e questionamentos. A ban-da não foi confirmada, e Tiago jura que eles não tiveram nada a ver com isso. “Não sei de onde surgiu aquela lista. Ficamos bem surpresos, a gente não sabia de nada”, jura o guitarris-ta e baixista do grupo.

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>> O Wannabe Jalva surgiu em um momento em que, no cenário mainstream, há pouquíssimas novidades na linha do rock. Quase não se ouve mais guitarras nas grandes rá-dios. O que aconteceu com o rock nacional?

Tiago Abrahão - Eu acho que é uma consequ-ência de vários movimentos. Tem um pouco das bandas se limitarem a terem menos guitarras, e tem do público também. É um jogo de toma-lá-dá-cá, eu acho. Mas eu vejo como uma coisa normal, ainda mais no Brasil, que é um mercado bem “esquisito”. Aqui fica tudo muito pre-so nesse rótulo de rock, e o que que é rock? Tem que ter guitarra para ser rock? A [Wannabe] Jalva tem guitarra, tem rock, mas não se limita ao rock - é um movimento de renovação. Na época do Nx Zero, da Fresno - que são nossos amigos - essas bandas usavam bastante guitarra, e usam até hoje, mas talvez por não se renovarem, não tenha surgido muitas coisas novas que dê para chamar-mos de rock. Falta uma renovação do rock feito no Brasil.

>> Mas ainda há espaço para o rock?

TA - Certamente. É um espaço obviamente menor do que o oferecido para os grandes artistas de outros estilos, como o sertanejo. Se um contratante chama o Wannabe Jalva, claro que não terá tanto re-torno quanto o Thiaguinho lá, do pagode. Mas a gente não quer chegar aonde o cara chegou porque a gente sabe que, pra chegar lá, a gente tem que “massificar” o nosso som. Mas acho que se tu tiveres um trabalho bacana, um trabalho bem feito, você consegue bons lugares pra tocar, bons contratantes... É saber se colo-car no mercado. Quanto mais você sabe quem você é, o que você faz, quem é o seu público, melhor vai ser a sua visão. Talvez esse seja um trunfo nosso. Desde o início a gente sabe o que tem, e para quem tocar.

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>> Muitas bandas novas aliam a influência de bandas do rock tradicional com outras sonoridades, às vezes bem dis-tantes do rock. A nova cara do rock nacional pode surgir dessa mistura?

TA - Eu acho que sim. Acho que temos que nos re-novar, e quanto mais à galera misturar, mais essa identida-de vai se formar. Não sei se é a identidade do rock, não sei olhar de fora. Mas o rock feito no Brasil tem que começar a olhar pros lados. Só assim dá para criar coisas novas.

>> Se ainda há tantas bandas e tanto público, o que im-pede o “novo rock” produzido aqui de estar entre os mais vendidos, entre os sucessos de mercado, como em anos anteriores?

TA - É uma pergunta bem ampla... Tudo isso de-pende de um movimento conjunto. E a cena forte do Brasil tem um teto, né? Dificilmente você vai ter um movimento

tão grande quanto o sertanejo. Mas acho legal também não saber muito bem o que você está fazendo, não cal-cular muito. Na época em que o Raimundos dominava a cena nacional, por exemplo, eu tenho certeza de que eles não tinham a menor noção do que estavam fazen-do. Acho que é essa espontaneidade que faz a coisa acontecer.

>> Então falta espontaneidade no rock nacional?

TA - Talvez falte um pouco. Vejo bastante gen-te espontânea, muita gente fazendo som novo, mas por falta de organização da galera o som não chega às rá-dios, aos grandes festivais. Também falta organização por parte das bandas.

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Go Spllash! Stéphanie C, Vitor Bambino, Loulou Gutemberg e Guiga Hansen formam a Go Spllash, banda que foi indicada como aposta pela MTV no ano passado. Eles transitam entre o rock moderno e o retrô, com influências do pop, punk, new wave, glam rock e pitadas sutis de eletrônico.

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A Spllash foi formada em 2007 no Rio de Janei-ro e radicada na cidade de São Paulo desde o início de 2012. Eles são a cura momentânea para seu estado de espírito entediado, numa embalagem sexy e debochada! Divertida e sarcastica com repertório dan-çante de músicas próprias, a banda vem se apre-sentando nas principais casas noturnas e ganhan-do destaque na cena do rock independente do Brasil. A frontgirl Stéphanie C, vem com uma linha de vocais cheios de personalidade. Vitor Bambino, além de cantar, traduz sua grande sensibilidade melodic num som de guitarra barulhento, cheio de ritimo e ri-ffs eletrizantes. Loulou Gutemberg, e seu baixo “Mellow Yellow” traz um som de peso e muito dançante. Guiga Hansen, além de modular frequências espaciais no seu-sintetizador, também ataca com guitarras cheias de efei-tos, com beats e melodias eletrônicas mixados ao vivo.

Eles são a cura

momentânea para seu

estado de espírito ente-

diado, numa embalagem

sexy e

debochada!

Com direção e edição da baixista Loulou Gutem-berg, a banda lançou esse ano o ótimo e bem humorado vídeo clipe da música “Motel Acapulco”. Em entrevista com a nova vocal da banda Stéphanie C., ficamos sabendo que a banda está em estúdio gravando o novo álbum que sai no priemei-ro semestre de 2013. Ela nos disse ainda que 2013 te-remos muitas novidades legais sobre a Go Spllash!

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A nova integrante da banda, será apresentada em um vídeo que sairá no dia 06/10. Então corra até o facebook da Go Splash para conhecê-la

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TROPICAL

TOPDellano Rock Bar

players? :

*Karrane???*

*J?oao Aquino*

*dot.daf*

Quinze de setembro

de dois mil e doze

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TROPICAL

TOPDellano Rock Bar

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*J?oao Aquino*

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Quinze de setembro

de dois mil e doze

A TROPICAL TOP foi uma festa realiza-da pela fake u magazine.

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André Faria – Faria e Mori

Faria e Mori. Disco de estréia do compositor, vocalista e gui-tarrista paulistano André Faria, que faz do cotidiano da cidade cinzenta, inspiração para suas letras e melodias, ora soando como o Radiohead brasileiro, hora como o Chico Buarque in-dierocker. A banda acaba de montar uma formação final e já parte para shows. Se alguém trombar com eles por esse país afora, mande um abraço nosso e se esforçe para não se identifi-car tão facilmente com o que diz nas músicas.

Black Drawing Chalks – Life is a big holiday for us.

Pode até ser outra banda de rock and roll qualquer, mas veio do interior do Brasil, Goi-ânia especificamente, e está aí botando a distorção pra fora desde 2007. O disco “Life is A Big Holiday For Us” vem cruamente dançante, mesclar do grunge ao hardrock e o stoner. Pelo título não precisa dizer que a rapazia-da assume que suas letras são influenciadas por bebidas e mu-lheres. Essa é pra lembrar que o país do samba sabe fazer o bom e velho rooooooock!

Alt+J - An Awesome Wave

Alt + J é um atalho para o sím-bolo delta (∆). O que pode parecer coisa de hipsters ou nerds, significa a mudan-ça que a música fez na vida dos integrantes da banda. “An Awesome Wave” é um dos álbums mais belos de 2012. Com ótimas melodias e letras incríves. Os caras fa-zem um som que vai do folk, indie rock e um pop meio hip hop. Ou seja, a mistura perfeita que nós amamos.

David Byrne and St. Vincent - Love This Giant Com influência da musica negra norte americana, “Love Thia Giant” abusa dos metais. David Byrne e St. Vi-cent conseguiram fazer um álbum com uma linda sono-ridade, quase étinica.

Azealia Banks - Fantasea Fantasea, foi com certeza a mixtape mais esperada do ano. Com apenas 20 anos nossa queridinha liberou várias músicas que fez du-rante os últimos anos, para matar um pouco da nossa cede por bons raps.

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Sting – Fifteen Healing Bites Mando Diao – Greatest Hits Vol.1 Skrillex – BangarangRick Ross – Rich ForeverJa Rule – IconAni DiFranco - Which Side Are You OnFelipe Cordeiro - Kitsch Pop Cultof Montreal – Paralytic Stalks

#saiuvazoucorre

Muse - The 2nd Law

Deadmau5 – >album title goes here<

No Doubt – Push and Shove

Alphabeat - Express Non--Stop Mumford & Sons – Babel P!nk – The Truth About Love Ellie Goulding - Halcyon

JAMES CHANCE AND THE CONTORTIONS“BUY” (1979)

Vinnie Bressan

Sabe aquele misto de primeira impressão com expectativa que se forma na sua cabeça quando você vê a capa de um disco e tenta prever como vai ser o som? Bem, você pode fazer um favor a si mesmo e esquecer este método quando for ouvir este disco, o debut de James Chance, ícone do No Wave nova-iorquino, aqui gravando como James Chance and the Contortions. Por-que nada vai te dar sequer uma pista do que você ouvi-rá aqui, muito menos a capa estranha. O título, aliás, já entrega o estrago, com uma pitada de provocação e a genialidade que só a simplicidade pode ter. Chama-se “Buy”. Ecos, sobretudo vocais, de pós-punk e free jazz se sobrepõem em camadas de experimentalismo, resultando num som em que a falta de rigor é muito mais um elemento estético do que uma deficiência téc-nica, por sinal, coisa impossível de se notar neste play. De fato, o disco parece um mosaico onde uma única peça é seccionada em nove partes, todas obedecendo a um mesmo referencial de composição – em última análise, fator preponderante para que consideremos o resultado tão coeso e singular, conferindo identidade sem soar repetitivo. As músicas seguem a cartilha da provocação herdada do nome dado ao álbum. Títulos como “I don’t want to be Happy” e “Contort yourself” mostram que a banda tinha uma preocupação em impactar não apenas pelo som torto, mas também pela mensagem (apenas contextualizando, lembrem-se que se trata de um disco lançado em 1979!). Creio que o resultado final dá certo pela sub-versão do valor de que o jazz é algo sagrado, imaculado e sofisticado demais para ser usado sem cerimônias e desconstruído da forma tão descontraída que é, hibri-dizando com a anarquia e urgência do pós-punk. É algo próximo do que se ouve no conjunto francês Paranoise e, acreditem se quiserem, no extemporâneo e ultra--underground grupo brasileiro Colarinhos Caóticos. Conceitos como “bom” e “ruim” não cabem. Pra apreciar este trabalho praticamente desconhecido, é preciso que seu ouvido “enxergue” em cores outras que não o preto e o branco. Porque, goste ou não, o que esses moços aprontaram nos estertores dos 70 com “Buy” é muito interessante!!!

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A Trégua – Mario Benedetti

Gustavo Estevão

Em forma de diário, é declaradamente uma história de amor. Tal diário nos conta a história de Martín Salomé, quase 50 anos, quase aposentado. O coitado é viúvo e já não agüenta mais o seu trabalho e conta como tem sido previsíveis e rotineiros os seus dias desde a morte de sua mulher. Seus três filhos, Blanca “também é uma triste com vocação de alegre”, Esteban o mais incompreendido e Jaime, o preferido, não têm afeto algum pelo pai “Nenhum dos meus filhos se pare-ce comigo” já dizia o narrador. Um aspecto de ferrugem toma conta da casa, onde moram os quatro, mas que é como se estivesse vazia de qualquer coisa que possa ser considerada viva. Homem inseguro, quase sempre melancólico e totalmente passivo com relação à vida... você pensa: “que livro depressivo, Gustavo, sai dessa vida! Não vou ler essa resenha mais!” Mas calma, logo fica bonito! Tudo muda quando ele encontra a jovial e graciosa Laura Avellaneda. Depois de alguns conflitos existen-ciais por parte de Martín, ele decide tomar a decisão de tentar a sorte com a jovem. Laura lhe desperta o amor, parecido com aquele que teria sentido num passado distante, a saudade agora já não batia mais tão insupor-tável. “Ela dava a mão e então nada mais faltava. Bastava para que eu me sentisse bem acolhido. Mais que beijá-la, mais que dormir juntos, mais que qualquer outra coisa, ela me dava à mão e isso era amor.” Martín e Laura começam uma relação moderninha nos anos 50, digna de uma dessas do século XXI, algo que soa como “Love and Other Drugs” e “Friends With Be-nefits”, relação essa baseada na liberdade mútua, sem planos nem promessas. A pergunta final, que poderá ou não ser respondida nesse romance quase irônico, cheio de luz e trevas é: “Será Avellaneda realmente uma redenção, ou apenas uma trégua?”. É estranho pensar como a vida pode ser cruel e ao mesmo tempo tão maravilhosa.

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A T

Marcelo Ribeiro

Às vezes me pergunto quais as recompensas de ser um artista plástico e se vale a pena ou não exercer essa profissão. Na verdade a resposta não é tão difícil e acabo por constatar que devemos fazer o que gostamos de fazer, mes-mo que isso seja mais ou menos lucrativo financeiramente. Passamos a maior parte da vida trabalhando, logo, nada melhor do que fazer o que nos dá prazer. Com prazer as coisas ficam mais leves e isso nos direciona para o triun-fo na profissão, longe de um trabalho mecânico, feito com o único objetivo de ganhar um salário mensal. Por isso, sim, vale a pena ser artista plástico. Acredito que quando tra-balhamos com amor, de forma séria e profissionalmente podemos ter retorno em qualquer profissão. Não que isso seja fácil. É preciso passar pelos caminhos tortuosos da vida e superá-los. Refiro-me a correr atrás, não ficar parado no tempo esperando as coisas acontecerem e nunca justificar as falhas. As justificativas são saídas para aquilo que não fa-zemos direito. Trabalhar com arte é sempre empolgante. Nas artes existe a questão mágica da materiali-zação de uma idéia, que provoca reações distintas nas pes-soas dependendo da obra do artista como espanto, indife-rença, asco, vergonha, felicidade, espasmos. Sentimentos que se materializam e emergem nas pessoas e as fazem pensar. É ai que mora a mágica da arte, o pensamento. O artista plástico, o poeta ou qualquer pessoa que se manifeste de forma criativa, normalmente não está pre-ocupado em contar a realidade como ela é, mas sim trans-portar o seu mundo interior para a obra. O requisito para que se pratique a imaginação ativa é o envolvimento. Esse envolvimento consiste em se colocar de frente a uma par-te de si mesmo, muitas vezes até então desconhecida. Na produção de arte, a técnica e o conteúdo racional podem ser controlados. Mas existe um momento em que algo quer se manifestar e o artista deve se deixar conduzir pela in-tuição. Assim a obra de arte deverá ser considerada uma reali-zação criativa, aproveitando todas as condições prévias. Fazer arte, materializar idéias, construir so-nhos é sem dúvida um bom caminho e uma resposta para esse tempo corrido, fútil e muitas vezes sem sentido.

A arte, e nada mais do que a arte, temos a arte para não morrer frente a verdade. Nietzsche, F.

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Subversivamente talentoso dointerior cosmopolita,assim podemos descrever o estúdio de design eilustração de Goiânia, Bicicleta Sem Freio, que quase que sem pretensão veio para marcar o cenário da arte nacional. Confira nosso bate papo essa galera.

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Subversivamente talentoso dointerior cosmopolita,assim podemos descrever o estúdio de design eilustração de Goiânia, Bicicleta Sem Freio, que quase que sem pretensão veio para marcar o cenário da arte nacional. Confira nosso bate papo essa galera.

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O que é o “Bicicleta Sem Freio”? Alguma história engra-çado por trás do nome? Apresentem-se.Somos um estúdio de ilustração, formados por Douglas de Castro, Victor Rocha e Renato Reno.Somos de Goiânia e estamos juntos desde 2003 quando começamos a estudar design gráfico na UFG. Depois de um congresso nacional de estudantes de design nos juntamos para aprender design na marra, a princípio o nome era só para que as pessoas não espe-rassem muito de nós.

Como vocês começaram? Uma dica pra quem está começando.Começamos na raça mesmo, errando e aprendendo com os erros. E não tem segredo não, acredite no seu trabalho e dê o seu melhor.

Como é trabalhar com arte e design fora do eixo Rio-SP?Bem normal, hoje tudo está ligado pela internet, não temos barreiras, atendemos bandas de Goiânia inde-pendentes e grandes clientes em outras cidades.

Sabemos da ligação do “Bicicleta Sem Freio” com a banda “Black Drawing Chalks, queremos saber se um influencia o outro e até quando? Quais as outras influ-ências do estúdio?

A gente fala que quando estamos muito no design a banda nos resgata para o rock, e quando o rock está muito pesado o design nos volta para a realidade.As influências são inúmeras... Visuais, estéticos em cada momento temos uma nova mudança.

O estúdio possui outros projetos paralelos?O Victor também é tatuador.

O coletivo prefere clientes que os procuram pelo seus estilos de trabalho. Quais costumam ser esses clientes? Porquê e como é trabalhar assim?Temos um traço bem particular, quem nos procuram já querem um trabalho bem específico. Nossos clientes vão de bandas independentes a grandes empresas. É muito bom para gente, porque acreditamos muito no nosso traço e a forma que abordamos os projetos.

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Steve Scott

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Kareena Zerefos

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Marcos Chin

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Mike Carr

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Lara Mendes

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Marta Julia Piórko

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John Fellows

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Michael Birnstingl

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