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Flávia Tavares Silva Elias, Ms Saúde Coletiva Membro da diretoria da Sociedade HTAi e da Rede INAHTA Coordenadora Geral – Unidade de Avaliação de Tecnologias em Saúde Departamento de Ciência e Tecnologia Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Ministério da Saúde Seminário de incorporação de tecnologias Seminário de incorporação de tecnologias no SUS no SUS UNIFESP UNIFESP São Paulo, 08 de março de 2012 São Paulo, 08 de março de 2012 Flávia T S Elias, 2012 Flávia T S Elias, 2012

Flávia Tavares Elias

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Flávia Tavares Silva Elias, Ms Saúde Coletiva Membro da diretoria da Sociedade HTAi e da Rede INAHTACoordenadora Geral – Unidade de Avaliação de Tecnologias em SaúdeDepartamento de Ciência e TecnologiaSecretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.Ministério da Saúde

Seminário de incorporação de tecnologias no SUSSeminário de incorporação de tecnologias no SUSUNIFESPUNIFESP

São Paulo, 08 de março de 2012 São Paulo, 08 de março de 2012

Seminário de incorporação de tecnologias no SUSSeminário de incorporação de tecnologias no SUSUNIFESPUNIFESP

São Paulo, 08 de março de 2012 São Paulo, 08 de março de 2012

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Declaro não possuir qualquer interesse conflitante ou vínculo com instituições, organizações ou pessoas que possam, de alguma forma, se beneficiar ou serem prejudicadas pelos resultados das minhas atividades no Ministério da Saúde.

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

•AntecedentesAntecedentes

•Modelo de avaliação, incorporação e protocolização Modelo de avaliação, incorporação e protocolização adotado no SUSadotado no SUS

• Política Nacional de Gestão de Tecnologias em SaúdePolítica Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde

• Dimensões da avaliação e incorporaçãoDimensões da avaliação e incorporação

• Análise de impacto orçamentárioAnálise de impacto orçamentário

•AntecedentesAntecedentes

•Modelo de avaliação, incorporação e protocolização Modelo de avaliação, incorporação e protocolização adotado no SUSadotado no SUS

• Política Nacional de Gestão de Tecnologias em SaúdePolítica Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde

• Dimensões da avaliação e incorporaçãoDimensões da avaliação e incorporação

• Análise de impacto orçamentárioAnálise de impacto orçamentário

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

2009

Portaria da Política Nacional

de Gestão de Tecnologias em

Saúde(PortariaGM-

2690/09)

Flávia Elias_2012Flávia Elias_2012

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Fonte: Elaboração própriaFonte: Elaboração própria

•Modelo de avaliação, incorporação Modelo de avaliação, incorporação e protocolização no SUSe protocolização no SUS

SaúdeQualidade

de Vida

Lei 12.401/abril2011 Decreto 7.646/DEZ2011

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC)

Mecanismos de participação da sociedade – consultas e audiências públicas

Escopo – incorporação, retirada, protocolização

Definição de prazos para deliberação final do Ministério da Saúde.

Diretrizes para o processo de incorporação

i) a universalidade, a integralidade das ações de saúde com base no melhor conhecimento técnico-científico disponível

ii) proteção ao cidadãoiii) critérios racionais e

parâmetros de eficácia, eficiência e efetividade adequados às necessidades de saúde

iv) relevância para o cidadão e para o sistema de saúde baseando-se em relações de custo-efetividade.

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

•Modelo de avaliação, incorporação e protocolização no Modelo de avaliação, incorporação e protocolização no SUS (2)SUS (2)

POLÍTICA NACIONAL DE GESTÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE.(Portaria GM-2690/09)

◦ Maximizar os benefícios de saúde a serem obtidos com os recursos disponíveis, assegurando o acesso da população a tecnologias efetivas e seguras, em condições de equidade.

(Portaria GM-2690/09)

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

•Modelo de avaliação, incorporação e protocolização no Modelo de avaliação, incorporação e protocolização no SUS(3)SUS(3)

Gestão de tecnologias em saúdeGestão de tecnologias em saúde

Definição:

◦ Conjunto de atividades gestoras relacionadas com os processos de avaliação, incorporação, difusão, gerenciamento da utilização e retirada de tecnologias do sistema de saúde.(Portaria GM-2690/09)

◦ Avaliação crítica do conhecimento◦ Ação permanente voltada para o clico de vida

das tecnologias◦ Processos integrados, mas independentes para

minimizar conflitos de interesse ◦ Revisão periódica

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Medicamentos, vacinas, equipamentos, materiais, testes diagnósticos;

Procedimentos, técnicas e métodos;

Organização, sistemas de informação, educação e suporte;

Programas, protocolos e diretrizes assistenciais;

...aplicados na prevenção, recuperação e reabilitação da saúde da população

Tecnologias em Saúde

1010

Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS)é uma área multi-disciplinar de políticas, que

estuda as implicações clinicas, sociais, éticas e econômicas e ambientais do desenvolvimento, difusão e uso da tecnologia em saúde.

(PNGTS, 2009))

Avaliação de Tecnologias em SaúdeAvaliação de Tecnologias em Saúde

DimensõesDimensões

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

SILVA, EVERTON N; SILVA, MARCUS T E ELIAS, FLAVIA TS. SILVA, EVERTON N; SILVA, MARCUS T E ELIAS, FLAVIA TS. Sistemas de Saúde e Avaliação de tecnologias em Saúde. Sistemas de Saúde e Avaliação de tecnologias em Saúde. In Avaliação de tecnologias em saúde:In Avaliação de tecnologias em saúde: evidência clínica, análise econômica e análise de decisão. evidência clínica, análise econômica e análise de decisão. Porto Alegre, Artmed, 2010. Porto Alegre, Artmed, 2010.

DimensõesInformação a ser investigada Sensibilidade em relação ao

contexto

Acurácia Capacidade da tecnologia em realizar um dado diagnóstico. Pouco sensível.

Eficácia Beneficio da tecnologia sob condições ideais (ensaios clínicos) Pouco sensível.

Segurança Existência de efeitos colaterais e adversos provenientes do uso da tecnologia Pouco sensível.

Efetividade Benefício da tecnologia sob condições da prática clínica habitual

Bastante sensível. Depende do acesso ao sistema,

acurácia diagnóstica, eficácia, adesão do paciente.

Avaliação econômica

(custo-efetividade, custo-utilidade)

Busca-se inferir se o benefício gerado pela tecnologia compensa seus custos, comparado com as

alternativas já existentes no sistema de saúde.

Bastante sensível. Depende do tipo de sistema de

saúde, bem como do seu grau de financiamento.

Impacto orçamentário

Estimativa do aumento ou redução do gasto advinda da introdução e difusão de uma tecnologia em um

sistema de saúde.

Bastante sensível. Depende de fatores

epidemiológicos, do nível de cobertura e do acesso ao

sistema de saúde.

EquidadeIgualdade da atenção à saúde, sem privilégios

(socioeconômicos) ou preconceitos (variações biológicas naturais).

Bastante sensível. Cada localidade, região ou país tem

suas próprias necessidades em saúde.

Ética

Adequação a filosofia ou código delimitado pelos princípios de moralidade que são definidos por uma sociedade ou cultura, considerado ideal no

caráter e na conduta humana.

Sensível. Costumes e culturas locais que

podem afetar a percepção ética.

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012SILVA, et al 2009

Análise de impacto Análise de impacto orçamentárioorçamentário

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Canadá França Alemanha Austrália Finlândia Irlanda

Reino Unido

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Fonte: Challkidou, 2009; ISPOR

BRASIL

Art 4, Inciso I Decreto 7646/11.

Impacto orçamentário no SUS

como informação

Núcleo executivo DecitNúcleo executivo DecitBase de dadosBase de dados

OperacionalidadeOperacionalidade

GT – Priorização e GT – Priorização e Fomento de EstudosFomento de Estudos

GT –Desenvolvimento GT –Desenvolvimento e Avaliação Metodológica e Avaliação Metodológica

em ATS em ATS

GT – Disseminação e GT – Disseminação e InformaçãoInformação

GT – Monitoramento doGT – Monitoramento doHorizonteTecnológicoHorizonteTecnológico

GT Formação eGT Formação eEducação ContinuadaEducação Continuada

Padronização de métodos na Rede Padronização de métodos na Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúdeem Saúde

Análise de impacto orçamentário – método de avaliação econômica que visa dimensionar os custos com a implementação de uma nova intervenção em saúde. Possibilita ao gestor verificar a viabilidade econômica da implementação de uma nova intervenção. (ISPOR Task Force, 2007)

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Marshall et al,

Mercado de InteresseMercado de Interesse

Distribuição Histórica das Fatias de Mercado dos Fármacos RelevantesDistribuição Histórica das Fatias de Mercado dos Fármacos Relevantes

Custos (ou economias) incrementais por prescrição em relação ao cenário de referênciaCustos (ou economias) incrementais por prescrição em relação ao cenário de referência

Cenário ReferênciaCenário Referência Cenário da Nova Cenário da Nova intervençãointervenção

Distribuição de mercado de todos Distribuição de mercado de todos comparadores relevantescomparadores relevantes

Distribuição de mercado de todos Distribuição de mercado de todos comparadores relevantes, comparadores relevantes,

++ a NOVA DROGA a NOVA DROGA

Custos por pacienteCustos por paciente

Custos diretos comCustos diretos com prescrição no prescrição no

cenário de referênciacenário de referência

Custos diretos comCustos diretos com prescrição no prescrição no

cenário com a nova drogacenário com a nova droga

Distribuição do Distribuição do MercadoMercado

Custos com Custos com MedicamentosMedicamentos

ImpactoImpactoOrçamentárioOrçamentário

Custos por pacienteCustos por paciente

1. Perspectiva

2. Comparadores

3. Horizonte temporal

4. População

5. Fontes de dados

6. Métodos

7. Custos

8. Ajustes econômicos

9. Análises de sensibilidade

10. Formato de apresentação

Silva, ALF; Ribeiro, R A; Polanczyk. Análise de Impacto Orçamentário: manual para o sistema de saúde no Brasil. Mimeo, 2010. Equipe IATS e financiamento Anvisa e DECIT/SCTIE/MS

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Característica Descrição

Perspectiva  - Gestor do sistema de saúde, em diferentes instâncias.

(federal, estadual, municipal, saúde suplementar,

hospitais e centros de saúde)

Custos

Incluídos

- Custos diretos, incorridos pelo gestor

-Custos da nova tecnologia em si e custos a ela

associados (ex.: internações, tratamento de eventos

adversos, co-intervenção

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Horizonte

Temporal

- 3 a 5 anos, de acordo com a necessidade de previsão

orçamentária do gestor.

- Os resultados devem ser disponibilizados ao longo do tempo,

desagregados em períodos de tempo apropriados ao gestor,

geralmente ano a ano.

Comparadores

- Cenário de referência (o conjunto atual de intervenções

disponibilizadas para a população definida e subgrupos);

- Cenários alternativos (um ou mais) que simulem possíveis

padrões de uso da nova tecnologia pela população de interesse

para o gestor.

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

População Métodos para estimativa da população de interesse:

- Epidemiológico – casos prevalentes (doenças crônicas)

- Epidemiológico – eventos incidentes (doenças agudas)

- Demanda aferida

-Pedidos de reembolso

Métodos para

derivar as

estimativas de

impacto

orçamentário

- Planilha eletrônica determinística (método preferencial) –

forma mais simples e eficiente de combinar múltiplas informações

correlacionadas.

Árvore de decisão simples

Modelos de Markov para modelar dinâmicas populacionais

complexas e dinâmicas de mercado (migração entre opções

terapêuticas ao longo do tempo, doenças agudas).

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Análise de

Sensibilidade

Método principal: análise de sensibilidade por cenários

- Cenários possíveis, considerando intervalo de confiança das

estimativas populacionais e variações plausíveis em custos;

Descontos,

Inflação,

deflação

- não se recomenda a consideração de descontos; caso sejam

contabilizados, uma justificativa deverá ser fornecida.

- taxa anual de inflação ou deflação nos custos não devem ser

rotineiramente incluídas na análise principal; caso sejam

contabilizados, uma justificativa deverá ser fornecida.

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

Silva, ALF et al, Manual Brasileiro AIO, 2010

Fontes de informação consistentes Institucionalização de sistemas de custos

nos serviços Capacitação do corpo técnico Adoção da análise de impacto orçamentário

na rotina

Flávia T S Elias, 2012Flávia T S Elias, 2012

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Laís, 7 anosLaís, 7 anos