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1 Flores ao Conquistador Flores ao Conquistador

Flores ao Conquistador - rl.art.br 8 Victor da Silva Pinheiro “O que porém investiga, com olhos indiscretos, como poderia ver mais que a superfície das coisas?” Nietzsche “O

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1Flores ao Conquistador

Flores ao Conquistador

2 Victor da Silva Pinheiro

3Flores ao Conquistador

Sal da Terra

Flores ao Conquistador

Victor da Silva Pinheiro

4 Victor da Silva Pinheiro

Proibida a reprodução parcial ou integral desta publicação,por qualquer meio, sem a prévia autorização escrita do autor.

Impresso no Brasil

Foi feito o depósito legal

©Copyright 2014 by Victor da Silva Pinheiro

Capa:Wênio Pinheiro Araújo

e Daniela Costa

Editoração Eletrônica:Fabiana Gomes

Sal da TerraPraça Dom Adauto, 49, Centro, João Pessoa – PB 58010 – 670

Telefone/Fax (83) 3031-0330 — E mail: [email protected]

Flores ao Conquistador/ Victor da Silva Pinheiro - JoãoPessoa: Sal da Terra, 201468 p.

ISBN 978-85-8043-325-8

1.Poesia 2.Literatura I. Título.

CDU: 82-1

P381f Pinheiro, Victor da Silva

5Flores ao Conquistador

Sobre o Autor ...............................................................................7O homem que venceu o deserto .....................................................9O homem que venceu a geleira .....................................................12O homem de volta ao deserto ......................................................15A catadora de lixo e seu cachorro vira-lata ...................................17A dor de Urias .............................................................................19A Mais Linda Flor .......................................................................23A Saga do Herói Interior ..............................................................25Contemplação .............................................................................29Crepúsculo de um amor de almas gêmeas ....................................31Eu, as nações e um conselho ........................................................33Menina Mulher ............................................................................34Mitologia dos Animais ..................................................................36O simbolismo da crucificação de Jesus .........................................40Philia: amor de amizade ................................................................43Poesia a Cidade das Acácias .......................................................49Poesia perdida como um carnaval ................................................53Resposta ao amigo familiar ...........................................................56Todas essas músicas falavam dela ................................................60Uma flor para outra flor ...............................................................62Uma Nova Primavera ..................................................................64Artes Cênicas: Lágrimas e Sorrisos ..............................................67

Índice / Sumário

6 Victor da Silva Pinheiro

7Flores ao Conquistador

Sobre o Autor

Victor da Silva Pinheiro nasceu na cidade de João Pessoa, capitaldo estado da Paraíba, Brasil, no dia 02 de maio de 1984, e continuamorando na mesma cidade. Estudou o ensino fundamental na escolaCarl Rogers e o ensino médio no antigo CEFET-PB, que hoje mudou onome para IFPB. Cursava geografia na UFPB, mas por motivos pessoaisteve que deixar o curso, no qual pretende voltar num futuro próximo.Além de geografia, Victor também estuda filosofia e teoria dos jogos.Victor trabalha vendendo cartão de visita no comércio, de porta emporta; Já publicou dois outros livros no ano de 2010: o livro de poesias“A Flor e o Beija-flor”, e o livro de crônicas “Fogo Interior”, publicouesses dois livros com o dinheiro da venda de cartão de visita. As poesiasdeste presente livro, “Flores ao Conquistador”, já foram publicadas nossites de Victor da Silva Pinheiro durante os anos de 2010, 2011, 2012,2013, até a época atual, 2014. Em João Pessoa, os livros estão à vendano seguinte lugar: O Sebo Cultural, Av. Tabajaras, 848, Centro. Oslivros também estão à venda no site da Estante Virtual. Frequenta aComunidade Católica Shalom e a Escola de Filosofia Nova Acrópole.Pretende ser ator.

Os sites de Victor são esses:

www.recantodasletras.com.br/autores/victorgeo10www.victorgeo10.blogspot.comwww.twitter.com/victorgeo10www.facebook.com/victorgeo10www.youtube.com/victorgeo10www.myspace.com/victorgeo10www.fotolog.com.br/victorgeo10E-mail/Skype: [email protected]

8 Victor da Silva Pinheiro

“O que porém investiga, com olhos indiscretos, como poderia ver maisque a superfície das coisas?” Nietzsche

“O melhor indicador do caráter de uma pessoa é como ela trata aspessoas que não podem lhe trazer benefício algum.” Abigail Van Buren

“A mão que afaga(conforta), é a mesma que apedreja.” Augusto dosAnjos

“Nos indivíduos, a loucura é algo raro - mas nos grupos, nos partidos,nos povos, nas épocas, é regra!” Nietzsche

“Quem luta talvez vá morrer, mas quem não luta já está morto.” Anônimo

“O amor de Deus para com os Homens, é o amor dos Homens paracom a vida.” Victor da Silva Pinheiro

“Se você construiu a sua vida em coisas superficiais, em aparências,realmente se for pego conversando comigo pode ter a vida mal faladapelos outros. Mas se você construiu sua vida na rocha, com conteúdo,pode dar palestras ao meu lado, e não vai ter a vida mal falada pelosoutros.” Victor da Silva Pinheiro

“Corrija um sábio e o fará mais sábio, corrija um ignorante e o fará teuinimigo.” Anônimo

9Flores ao Conquistador

Vendo o homemQue venceu o desertoMe lembrei da sabedoria popularque diz:“Deus não escolhe os capacitados,mas capacita os escolhidos”O escolhido é aquele que se escolhepara servir ao máximo a humanidade, munido de sabedoria

Um homem de leituraAmante da cultura árabeFoi escolhido por AláPara liderar as diversas tribosrivaise uni-lasnuma só grande naçãoLutandopela liderançade uma só grande flor:A Flor MíticaQue brota no desertoQue simbolizaQue o homem não éproduto do meiomas simprodutoda sua própria vontade

O homem que venceu o deserto

10 Victor da Silva Pinheiro

Só há destinose o construirmos

Unindo o novocom o antigoFoi ele ao desertoPorque teu destinoHomemÉ o deserto

Sendo guiadoPela mão invisíveldo destinoFoi elePincelando seu destinoe reescrevendoa história do seu povo

Nobre, Letradojá tinha o coração de ouroentão a técnica, da guerraadquiriu na caminhadano deserto

Ao ser enviado ao desertoAdquiriu o coração guerreiro beduínoO deserto o transformou num heróiÉ na dificuldade que a gente cresce

11Flores ao Conquistador

Ao chegar ao marPois teu prêmio homemao vencer o desertoé ir ao marMais uma vez a mão invisíveldo destinoo favoreceuFoi presenteadoCom água doce,poesiaE conheceu sua alma:sua damaE assim ele disse:“Deem-me um poetaum repórtere um pintor,e eu vencerei o mundo”

Foi ele, abastecido Em busca do verdadeiro ouro:a sabedoria de um povo cultural

No finalAcredito eu que foi ele ao maruma segunda vezcom a princesaque o presenteou com flores:- Flores ao conquistadore esperançade um futuro melhorao povo árabe.

12 Victor da Silva Pinheiro

O herói não nasceu prontoO deserto o transformou em heróiEle deve tudo ao desertoSó que agoraSua batalha é no gelo

Mobiliza sua equipePara resgatar a princesaNum castelo de geloNa terra dos nórdicos

Vestido de vermelhoComo o fogo que venceO gelo no coração dos homensVai eleRumo à glória

Guiado pela estrela solarEle rezaPara despertarSeu sol interior

Por ele ter tomado a decisãoDe ir resgatar a princesaAsgard, a terra dos deuses nórdicos,Oferece a ele armas mágicas

O homem que venceu a geleira

13Flores ao Conquistador

Ele ver uma inscriçãoNa porta do oráculo das geleirasDeixada pelos antigos Vikings:“Não é a vitória,E não é a derrota,Que nos pertence,Mas sim a luta!”

Ele ver os povos do geloE não se importa com o sofrimentoTemporárioEle visita e articulaDo esquimó ao governanteE assim,Como a aranha que tece sua teiaEle monta todo um esquemaDe idas e vindasInformações, aprendizados e armadilhasE assim ele vence, e diz:“Digam a Meca que Pinheiro venceu!”

No final, perguntam a ele:“Como vencestes os espíritos do gelo?”E ele responde:“Minha espada é a palavra,E meu escudo é a fé.Meu destino são os desertosE as geleiras!”

14 Victor da Silva Pinheiro

Então,Por fimEle pergunta ao Oráculo das geleiras:“Como será minha morte?”E o Oráculo responde:“Entrarás no Céu lutando!”

15Flores ao Conquistador

De volta ao desertoDepois da campanha vitoriosaNas terras geladas do norteEle ainda tem mais um dever:Conquistar a cidade prometida

Uniu as tribos árabesEm torno de um ideal:Conquistar a cidade interiorDa sabedoria

A luta de um único homem bomVale a luta de MecaOs BeduínosDe uma cultura milenarLutam por justiça

Sempre há tempo para justiçaE fazei justiça agoraE assim conquistar e conquistar

Vão rumo a cidade prometidaPara chegar antes dos estrangeirosE conquistá-laA sangue e suor

O homem de volta ao deserto

16 Victor da Silva Pinheiro

Os homens que lutam por riquezasEstão espalhados no campo de batalhaSão muitosOs homens que lutam pela causa nobrePela honraVão à frente no campo de batalhaA esses está prometido herdarem a terraDa cidade prometidaUns desses homensCarregam a bandeira árabeComo se fosse um amuleto da sortePois disse o poeta romano Virgílio:“A sorte favorece os destemidos”.E alguns, lutam por ele: pelo heróiE lutam ao lado do herói

O herói é como o solE só os que o amam São capazes De estarem ao seu ladoPor muito tempoSem se queimar

Farão festasPara celebrar a justiçaE a memóriaDessa batalha honrosaInvocarão cânticosInspirarão a futura geraçãoAo incansável amor pela luta.

17Flores ao Conquistador

Lá vai elaRecolhendo lixo reciclávelE passando uma mensagemPara o povão dessa cidade:“Assim como reciclo vossos lixosVocês devem reciclar as vossas almas!”

E não posso me esquecerDo seu fiel cachorro vira-lataCachorro de ruaSabido como um moleque da periferiaTem a mansidão de uma pombaE é astuto como uma serpenteAo olhar os dois lados da rua ao atravessarE tem a coragem de defender a criançado rival cachorro pit bull

Merece uma medalhaA catadora e sua sombra vira-lataAonde ela passaDeixa um pedaço de siE encoraja os sem-tetoOs moradores de ruaOs marginalizadosA lutarPois, é isso que nos pertence:A luta

A catadora de lixo e seu cachorro vira-lata

18 Victor da Silva Pinheiro

Pelo mesmo motivo que uns veem inérciaEla ver motivaçãoPara superar a fomeEspiritual e material

Vai com Deus, minha heroínaVida longa a ti, e a tua sombraTeu fiel escudeiro.

19Flores ao Conquistador

Davi,um pastor de ovelhasungido do Senhorque derrotouo gigante Goliase virou escudeiro do Rei Saulque virou guerreiro do Rei Saulque virou herói de IsraelUma nação

Depois de uma jornada pessoale de perseguiçõese da mão de Deus o protegendoe o favorecendoVoltou a nação escolhida por Deus,escolhida,para ser exemplo a ser seguidopor toda a humanidade

A dor de Urias

20 Victor da Silva Pinheiro

Guerreiro valorosoRei bondoso e justoQuem não seguiria esse rei?Urias, um dos valentes desse reiEra fielAo reie a sua esposa: Bate-sebaE principalmente,Fiel ao Deus vivoe ao código de honrados guerreiros

Diz numa escritura“Que o espírito é fortemas a carne é fraca”E o rei Davi se deitoucomBate-sebaQue engravidou

O rei então mandou chamar Urias da guerraQue por questão de honraNão achava dignoDormir numa cama com a esposaenquanto os seus colegasguerreavam

21Flores ao Conquistador

Então,Davi, mandou UriasNa frente da batalhae o isolou dos aliadosdeixando-o em meio aos inimigospara morrer

A dor de Urias...Em saber que foi traídoPelas duas pessoasque ele mais amava:Davi e Bate-seba

Morreria por elesCorretoLeal ao rei, fiel a esposaE a DeusUm dos valorososBem visto aos olhos de Deuse agora, a injustiça existe?Ou tudo está escritoe guiado por uma ordem maior?A dor...Nos olhos de Urias, perante o rei Davie Bate-seba,a dor...ficou elesem chão.Mesmo assim voltou a guerrae morreu lutando!

22 Victor da Silva Pinheiro

Lembrei de Nietzscheo rei dos aforismosdizer:“Eu prefiro um Deus justomesmo quea mão dele esteja contramim,e não um Deus injusto,em que eu estejaentre os seus escolhidos”

- Urias,quero ti dizer algo:sua fidelidade e lealdade cegame ajudou a enxergar.

23Flores ao Conquistador

Mais que bela flor- Canta!A mais linda florSeja qual for à flor- Escreve!A mais linda florSurge a flor da flor- Louva!Vem o beija-florSuga o néctar da flor- Brinca!Pula em flor em florRima com a nova corDe todas as coresSurge a mais bela florUm vendaval de floresEu seiÉ só uma florMas que linda florVem e volta o somDa mais bela florQue invoca a abelhaA captar na florA espalhar pela naturezaA essência da flor

A Mais Linda Flor

24 Victor da Silva Pinheiro

E assim surgeUm jardim de flores-Louva quantas flores!Do divinoA mais bela florDa mais bela corDo mais belo beija-florE da mais bela abelhaA mais bela presenteiaDe nome de uma flor-Faz jus!-Canta os pássaros!É louvação da naturezaAbençoada por Deus.

25Flores ao Conquistador

Reunirei reinosPor todo o mundoTodos em busca de um ideal:Preparar terrenoPara a vinda da Nova Jerusalém

Lembrarei dos nossos antepassadosLembrarei dos antigos povos guerreirosDe todo o mundoNessa guerra da sabedoriaContra a ignorânciaEu e meus homensLutarãoContra as tiranias do mundo

A mudança,A real mudança,Acontece no campo do espíritoÉ cultural

Os homens são do tamanhoDe seus problemasE o problema de AlexandreO GrandeEra unir ocidente e orienteAlexandre conquistou e conquistouNunca perdeu uma batalhaE ajudou a criarA cultura helênicaQue uniu ocidente e oriente

A Saga do Herói Interior

26 Victor da Silva Pinheiro

Caio Júlio CésarDescendente da própria Deusa VênusE segundo a lendaCom as próprias mãosFoi aquele que matou um elefanteCresceu em meio a guerras civisE diante da conturbada República RomanaPassou a crerNa mudançaE quem crer,Já vê, mentalmente, o sonho realizadoDaí por dianteÉ trabalhar para concretizar o sonhoPois a fé já temSua revolução forjou um impérioE com isso220 anos de relativa paz romanaA “Pax Romana”Relativa, eu digo,Por que problemas sempre existiramE sempre existirãoQual o destino de todos os reinos da Terra?O fimBrahma, um Deus hinduCriaO Deus hindu VishnuRenovaE o Deus hindu ShivaVem para destruirO que está em decadênciaE assim chega ao fim

27Flores ao Conquistador

É o destino de todos os reinosPara depois vim Brahma e criarDe novoO novoÉ o eterno retornoMas, não lembremos da decadência,Desses reinosDesses povosDessas civilizaçõesMas lembremosDa parte que mais nos identificamos:O apogeuO clássicoO nobreE assimSempre haverá um reino nobreDentro de nósAlimentandoO nosso herói interiorNa batalha cotidianaNa batalha do dia-a-dia

Em nome da honraFarei com que os meus descendentesE as futuras geraçõesRespeitem as leis por compreendê-lasSerei um embaixadorDa Aristocracia Platônica

28 Victor da Silva Pinheiro

Abrirei terrenoPara a vinda do messiasComo professorPoetaOu guerreiroFarei parte dessa história

Eu amo o desconhecidoAonde está o medoEstá o mistérioSou um desbravadorGeógrafoFilósofoPoetaÉ preciso ter coragemPois meu destino estaráAonde meu coração está:No deserto!Até maisVou emboraPara nossa glória.

29Flores ao Conquistador

Na porta do auditórioEstá elaA espreitaDe ladinhoObservando o seu amorContemplando eleComo contempla o solEle que está caminhandoProduzindoVivendoE não apenas sobrevivendoEstá ele transmitindo sabedoriaEstá ele dando palestra

O coração de uma mulherÉ como um diamante no fundo do oceanoBelo como o diamanteE misterioso como o fundo do oceanoO que ela quer com ele afinal?

A relação dos doisJá esteve a beira da separaçãoMas e agora?Que sentimento é esse que move ela?Contra tudo e todosEla contemplaSeu futuroSeu amorSua vida

Contemplação

30 Victor da Silva Pinheiro

Dando vidaNuma palestraEla quer fazer parte dessa correnteDe mestres e discípulosQuer ele como mestreQuer ele como maridoQuer ele como amigoQuer ele como pai dos seus filhos

Ela está pronta para dar a vida por eleEla está pronta para perdoá-loE ele sempre esteve à espera dela

Realmente o filósofo Nietzsche está certoA amizade é da natureza do homemJá a natureza da mulher é amarSão complementosE completando essa poesiaDigo para vocês leitores:Vale mais morrer por um idealDo que apenas sobreviverPois vida é liberdadeSobreviver é um labirintoE só através do fio da sabedoriaSomos capazes de sair desse labirintoE viver a vidaViva a liberdadeViva essa união de almas aladasAmor liberta, não aprisiona.

31Flores ao Conquistador

É meia-noiteO sol já se pôse com ele se pôs tambémum amor de almas gêmeas

O vermelho que o sol deixaao se pôrsimboliza o sangueque você deupara me ajudar

Vou agora dormire sonhar contigo, meu amore quem sabe assim eu ti trago de voltaem sonhos...Pois é um sonho ficar contigo

Quando o universo nos revelouQue somos almas gêmeasColocou provas nas nossas vidasPara sabermos se realmente nos amamos“Na saúde ou na doença...”Como diria o padre...Só que a doença venceuAcabou meu amor...A magia da paquera, do abraço, da palavrado olhar,acabou...reticências é meu sobrenome hojePois o mundo hoje, para mim,

Crepúsculo de um amor de almas gêmeas

32 Victor da Silva Pinheiro

se tornou mais tristeA natureza choraa desunião dessas almas aladasligeiras, sagradas!Como diria Platão...Almas Gêmeas não sãoUm o oposto do outroMas é o complementoE completando essa poesiaNão vou ti dizer mais um clichê amorosoTi digo:Nos veremos,Nessa vida ou na próximaE nesse futuro alternativoNos uniremosNós dois, um na frente do outroambos,olhando a estrela que nos unea estrela divina, tudo por Ele!E assim,olhando essa estrela exteriorEncontraremos a nossa estrela interior.

Amor é eternoAmor é como vinhoQuanto mais tempo se passaMelhor fica o sabor

Eu só cheguei a essa poesiadevido a sua luta,devido a sua espada.

Até as próximas missões, amiga.

33Flores ao Conquistador

Eu quero terA pontualidade dos inglesesA harmonia dos chinesesA disciplina dos japonesesA precisão dos alemãesO patriotismo dos mexicanosO mistério dos indianosO espírito peregrino dos árabesA resistência dos africanosA ginga brasileiraA garra dos argentinosEnfim,Eu não quero ter issoeu simplesmentetenho todas essas qualidadesdentro de mimadormecidasmas que um diase despertará

Assim como o sol se levantatodos os diase vence a noiteAconselho, leitor:“Não pense que é, saiba que é!”Conscientes dissomudarás os rumos da história.

Eu, as nações e um conselho

34 Victor da Silva Pinheiro

Na cidade do solNatalAos pés do maiorCajueiro do mundoConversamos e filosofamosE reacendemosA chama da Novíssima AcrópoleDentro dos nossos corações

Desbravamos essa cidadeUma cidade metida à ricaMas que realmente é ricaDa mais nova cançãoDivina,Rica das graças de Deus

Você repousa no espíritoE eu repouso vendo seu espíritoRefletido nas águasDa praia dos ArtistasSomos eu e vocêArtistas da vidaPincelando nossas idadesA nossa filosofiaAproxima nossas idades

Menina MulherPara Ana Suely Pierre

35Flores ao Conquistador

Você é como as italianasE dizem na ItáliaQue mulher é como vinhoQuanto mais tempo se passaFica melhor de saborearFica mais apurado o vinho

Partilhamos nossas vidasVocê com seu passado de flores e espinhosE eu com minhas aventuras geográficasMulher dos números, da licenciaturaE história na periferia da cidadeDe NatalAna e o MarCanta para mimE quando cantas:“E tudo se fez mar...”Eu sou teu NietzscheE você é meu vinhoSomos eternosSomos como a rochaOnde as ondas batem eAparentemente,Não se ver a mudançaPois a mudançaVem a aparecerEm termos históricosNo dia depois de amanhãSomos eternos jovensDe EspíritoSomos filósofos, para sempre,Amiga da sabedoriaEssa bela SofiaQue nos uniu!

36 Victor da Silva Pinheiro

O BatmanÉ o cavaleiro das trevasNão por que é das trevasMas por que enxerga nas trevasEnxerga no escuroVer melhorA corrupção em voltaE assim sendoSabe aonde combaterÉ a visão do morcegoOu será a visão do gato?Quem sabe do chacal?

Já o cachorroTem a nos transmitirSua lealdade nataComo um cachorro labradorUm cão-guiaDe um cego para o mundo da matériaMas que ver o mundo espiritual

O touroCom toda sua forçaVai da teimosiaA perseverançaE existe uma linha tênueQue separaTeimosia e perseverança

Mitologia dos Animais

37Flores ao Conquistador

Já a águia,Com sua visão a longo alcanceTem a nos ensinarA olhar a soluçãoPensando no macroVendo o microSer aladoE ter a levezaDe caçar em velocidadeNossos defeitos

A pomba nos ensina a mansidãoÉ cristã por natureza

A serpente nos ensina a astúciaQual melhor animalPara entrar e sair de um lugarSem ser visto?

Temos que ter a nobreza de um leãoDe ser o rei da florestaDe saber tudo que se passa no seu reinoO nosso reino interiorE assimTer o coração nobreE também observarmos“Nosso pequeno castelo”Nosso reino exterior

38 Victor da Silva Pinheiro

O elefanteÉ símbolo do sábioTem o peso da sabedoriaOrelhas grandes e boca pequenaPois mais ouve do que falaE tem a levezaDe deixar umas formigas passaremE no grito da matriarcaToda a manada segue a líderComo os discípulos seguem seu mestre

Precisamos da harmonia de um formigueiroDo espírito de coletividade da abelhaE de uma legião de lobosOrganizados numa alcateiaProntos para aniquilar a ignorânciaComo os romanosDescendentes de Rômulo e RemoAmamentados por uma lobaQue tinham como metaCivilizar o mundoAtravés da guerra ou da pazDe uma guerra interiorDa ignorância versus sabedoria

39Flores ao Conquistador

Pois, a guerra de hojeÉ no campo do espíritoE qual melhor animal- único da espécie -A buscar valores, virtudes e sabedoria?E assim, combater nessa eterna guerraInterior?É o homem.E é essa buscaQue nos torna um animal racionalQue nos torna ser humanoAlgo além do animalOu você prefere ser aqueleQue se contenta só com sexo, comida e diversão?Como um cachorro qualquer?Avante homens: há uma batalha!

40 Victor da Silva Pinheiro

Símbolos do bemForam feitos para serem seguidosEspelhadosImitados

A humanidade dar mais atençãoAos exemplos dramáticosExemplos que além de os convidarem para a mudançaArrastão para a mudança Como o lema dos filósofos estoicos:“Guia quem consente, arrasta quem recusa!”Quem arrasta é a consciênciaEstamos tão alienados, escravos e presos Na matériaQue consideramos os defeitos como parte de nósEntão é um trabalho difícilPara a consciênciaFazer nós mudarmosPois é confortável permanecer no erro às vezesOutras vezes a dor é veículo de consciênciaMas nem todos que sofrem mudam para melhorQue compreendemos a dor para superá-la!Existem dois caminhos: da dor e do amorQue escolhemos o amorMas se vier à dorAprenderemos a amar mesmo na dorE quando menos se esperarRessurgiremos dos mortosE superaremos a dor!

O simbolismo da crucificação de Jesus

41Flores ao Conquistador

O verdadeiro amor fati é esse:Não apenas se acostumar Com aquilo que não pode ser mudadoMas amarComo Jesus amou a cruz!E para todas as outras coisas Que podem ser mudadasLutemosPois as respostas não cairão prontas do céuTemos que lutar para conseguir respostasTemos que lutar pela vidaPela mudançaPela metamorfosePelo perspectivismo

Jesus amou a humanidadeAo extremoE devemos amar o próximoAo extremoÉ muito fácil amar o estrangeiroDo outro lado do mundoDifícil é amar o parenteA um quarteirão de distânciaOu amar o vizinhoOu amar o colega de trabalhoDevemos fazer o dever de casaAmar o próximoE quem sabe de repenteAmaremos uma comunidade

42 Victor da Silva Pinheiro

A humanidade sofreE Jesus aceitou ser o exemplo máximoDe sofredor que venceu o mundoE quem imitá-lo e for fiel será salvoE ser salvo é um estado de espíritoJesus aceitou ser esse exemplo dramáticoPara a humanidade se espelharE seguir seu exemplo Aceitou ele ser símbolo máximo de superaçãoSejamos imitadores de CristoPois Jesus como homem venceuE nós como homens e mulheresVenceremos!

43Flores ao Conquistador

Para um trovador solitárioQue só tem um amigo (a)Quando se ouve uma segunda pessoaDizer que é seu amigo (a)É como água no desertoÉ como o ouro de Salomão“A Sabedoria”É como o canto da cítara a meia-noite o acordando“Nadir”O sol da meia-noiteQue surge em meio da escuridão da meia-noite

Esse sou euO trovador solitárioDe poucos colegasE único amigo (a)

Tão poucos amigos (as)Que eu já disse o que queria dizerEm poucas palavrasDe poucos amigos (as)De uma dança talvezCom um pequeno grupo de amigos e amigasSeria o Jardim do Éden

Estou me estendendo na poesiaQue também é sinal de poucos amigos (as)E muitas palavras a escreverTudo é justificativaPara poucos amigos (as)

Philia: amor de amizade

44 Victor da Silva Pinheiro

A literatura me permite issoDe imaginar eu me casando no interiorDo estado da ParaíbaBrejo ParaibanoCidade de Serra da RaizEm dia de São JoãoFesta juninaQuadrilha juninaNoite e luz da fogueiraIluminando a luz no olharFamília e imaginários amigos (ex-amigos, colegas, futuros amigos)DançandoNa praça em frente à igrejaCom um padre realCasandoAbençoandoE a presença do coronel sogro

Me liberto e me estendo na poesiaQuero escrever em prosa agoraProsa poética?A literatura é minha única amiga agora

ImaginoMinha filha de 4 anosDizendo para sua mãe, minha esposa,Que eu dou muito trabalhoDizendo issoInterpretando ela como se fosse minha mãeFalando do Pai-lhaço que sou euPalhaço mesmo

45Flores ao Conquistador

ImaginoMinha filha de 15 anosApresentando o namorado no jantarE eu brincando, mas falando sérioDizendo que somos judeusE temos que o circuncisarO namorado constrangidoQue quer sair da mesaE minha filha afoitaDiz que é brincadeiraSem o namorado acreditar que é brincadeiraMinha filha recorre a sua mãe, minha esposaQue implora, ela minha filha,Para que a grande matriarca diga que é brincadeira

ImaginoEu chegando em casa, com minha esposa e sua irmãE vendo os trigêmeos fazendo uma bagunça no terraçoDigo:“Ave Maria, é menino demais, cuida amore mioQue eu vou é embora. Derruba uma casa esses meninos!”Sua irmã estranhando, pergunta a minha esposa:“Aonde ele foi?”E ela respondeDe cabeça sutilmente inclinada para baixoDe maneira meigaDe maneira submissamente feminina, mas feliz no olhar:“Hoje é sábado, ele foi jogar futebol, já já volta”

46 Victor da Silva Pinheiro

ImaginoMinha esposa saindo com a irmã no carroMas antes de sair ela ver no meu olharE nos olhares de nossas criançasQue vamos aprontar algumaE assim que ela sai,Dançamos rockEm inglês claroPra criançada não entenderE só curtirBalançando a cabeça

Quando ela volta pra casa com a irmãNossas crianças fazem cara de sapecaE ela sente algo no arE femininamente maternalSente o amor no ar de maneira secreta e pensa consigo mesma:“Só podiam ter dançado rock,Sabendo que eu não gosto desse barulho”O ar secreto das crianças para comigo, pai,E a natureza de ter feito algo legalE inofensivoEscondidos da disciplinada religiosa mãeÉ agradávelPara as criançasE família

47Flores ao Conquistador

ImaginoMeus filhos e esposa na mesa de jantarE um dos meus filhos perguntaPor que respeitar tal regraE eu e meus outros filhosCom o dedo indicador para cimaVolta esse dedo para baixoEm direção a mesaE dizemosEm coro:“Porque é a lei!”

ImaginoNa mesa de jantarMinha filhaCriançaQuerendo fazer traquinagemAprontar algumaE eu digo para ela:“Se aprontar vou fazer o moi de cócegas”Muitas cócegasTantasQue ela vai pedir para pararE vai me obedecer

48 Victor da Silva Pinheiro

ImaginoTendo um filho homemPara o ensinar a ser o escolhido do futebolSuperar PeléE imaginoTendo uma filha para poder morder ela bem muitoAinda mais se ela for gordinhaE moreninha

ImaginoA imaginaçãoSendo a maior arma para o bemVersus fantasia

Imagino

Uma famíliaDe amigos (as).

49Flores ao Conquistador

Nasceu já adulta,Como cidadeSurgiu João Pessoaem 5 de agosto de 1585Com outro nomeAbençoadaPor Nossa Senhora das NevesE por AtenaQue por coincidênciaTambém já nasceu adulta

O número da cidade é o 5Seu signo é LeãoSeu protetor é ApoloLouvamos o Sol nascenteE cantamos o Sol poenteNas proximidadesda praia do JacaréHá o Bolero de RavelReligiosamenteNa cidade irmã CabedeloDiariamenteHá cânticosA ApoloVelado como apenas sol poentePara despertarO nosso Sol interior

Poesia a Cidade das Acácias

50 Victor da Silva Pinheiro

E sob o signo de ApoloEssa terra tem históriae estóriasComo a lenda do índio TambiáCapturado por uma tribo rivalQue por sua valentiaTeve a índia Aipré por uma noitePara depois morrerE das lágrimas de AipréSurgiu a fonte de Tambiá

Há vermelho na nossa bandeiraEstadualReflexoDa alma pessoenseO vermelhoDemonstraA valentia do paraibanoA valentia do índio TambiáE a valentia deJoão Pessoa Cavalcanti de AlbuquerqueO mítico governador da ParaíbaO vermelho é pelo sangue derramadoDesses dois guerreirosO preto na bandeira é pelo lutoPela morteDesses dois guerreirosE o “nego” da bandeiraÉ para lembrarmosEm negar a ignorânciaE morrer pela honra

51Flores ao Conquistador

Morrer com o espírito livreMorrer com o sentimento de dever cumpridoMorrer lutando!

Há verde pela cidadeNo coração da cidadeReside a resistente Mata Atlântica

Cidade hospitaleiraQuem conhece se apaixonaE quer morar na cidadeComo um encanto de uma musaSurge a inspiraçãoDe transpirar e residirNessa mágica cidadeDe belas praiasCidade das AcáciasCapital das AcáciasCapital de todos os paraibanosPorta de entradaAo introspectivo interior da Paraíba

Em uma das estações do anoO Sol luta com a ChuvaPois o Sol insiste em aparecerPor entre as nuvensMas a Chuva faz um acordoe diz:“Deixe eu chover por hoje,Senhor Sol,15 minutos ao dia,

52 Victor da Silva Pinheiro

para aguar, regar as plantas!”O Sol permiteE dessa deliciosa harmoniaNasce o caráter pessoense:Seja na Chuva ou ao SolEstaremos sempre prontosPara a batalha diáriaDe trazer o pão espirituale materialPara nossas famíliasE irmãos pessoenses

Dizem que está encravadoNuma certa pedra da cidadeE no coração do pessoenseUma passagemda segunda partedo Hino Nacional Brasileiro:“E verás que um filho teu não foge a luta”

Parabéns João Pessoae pessoensesPor existirem!

53Flores ao Conquistador

Recorro novamente a ti,Minha amiga míticaCatarinaIdealizadaPela minha mente esquizofrênicaOu diria mente carnavalesca?

Do Deus nórdico da travessura,Loki,De Ana Carolina a Seu JorgeCom máscara ou sem máscaraDe mulher gatoDessa vez vais me ajudarNo cabrestoQue como uma guerreiraVai recuperar outra poesia roubadaDos tempos de outroraDos tempos de outros carnavais

A poesia pulavaRecife e OlindaSalvador e Rio de JaneiroSendo Recife e OlindaEm uníssono

Três coresTrês terrasTrês ritmos: frevo, axé, samba

Poesia perdida como um carnaval

54 Victor da Silva Pinheiro

Que voltemos ao Axé raizQue dancemos o frevoQue é raizJá com relação ao sambaÉ corporalMeu corpo me desobedeceE insiste em balançarAo som do sambaÉ instintivoMas só me rendereiE dançareiSe a letra forDe acordo com a ArteE assimNo meio de uma festaDa periferia da cidadeCariocaConvidarei a dançarA desconhecida morenaDizendo:“Me ensinas a dançar?”

Vem balançar minha nêgaDa mistura morenaDo africano, europeu e índioNasce a naçãoDe coraçãoNegro, branco e vermelhoAs cores da sabedoriaE dos carnavais

55Flores ao Conquistador

Lembremos dos antigos carnavaisPuros como a neveDivertidos como os lábios vermelhosDa Branca de NeveE de olhos negrosSemelhante as travessurasDo luso e africanoDe séculos atrásSéculos genuinamente brasileirosDa mistura inocenteQue se perdeu hojeEm meio à banalização do sexo

“Espelho, espelho meu...”Existe um carnaval mais bonitoDo que o teu, Seu ‘centenário’ Jorge?

Pois no carnaval de hoje,Seu Jorge,Mesmo no meio de uma multidãoSinto-me só

Hoje,Dia 10 de dezembro de 2012Morre Seu JorgeCom 100 anosE morre com eleOs carnavaisE os beijos inocentemente roubadosDos tempos de outrora.

56 Victor da Silva Pinheiro

Num dia mórbido da minha históriaQuis morrer com honra,como um samuraiNão tinha uma espada,mas uma facaInteressante,uma faca pode ser usada para o bemPara ajudar a fazer nossa alimentaçãoE usada para o mal,para fazermos de nossa vidaUm vãoPois, me arrependoDe quase ter indo em vão.

Sou jovem, poeta, geógrafo,metido a pintor e desenhistacom natureza de filósofoPor que só agora, depois do ocorridoObservo isso?

Recebi sangue de poeta,no hospital,com certeza,poisNa volta pra casaVoltei a escrever as minhas poesiasDeus passou a se comunicar comigoAtravés de versos,

Resposta ao amigo familiarPara Wênio Pinheiro Araújo

57Flores ao Conquistador

LiçõesE etc.Ele, O Senhor, quase me curou da esquizofreniaPois duvidei,Do Pequeno Milagre.

No dia do ocorrido,estava sofrendo uma crise de esquizofreniaOuvindo vozes de pessoas conhecidas,mas não da família,Essas vozes estavam gritando no meu ouvidoSão pensamentos auditivosAlteradosMinha cabeça estava girandoEstava durando horas... a crisePorém, ninguém da família percebiaPois eu procurava não expressarEssas crisesNos meus atos e atitudesMas, estava perdendo essa batalhaPois estava durando horas...Já tive essas crises antesE superei-as com as técnicas do super-homem

Além da crise, o motivo principal,Possivelmente, do ocorrido, é por que estava: só.Quando estava no hospitalMinha irmã teve quatro sonhos comigoCom eu em casa

58 Victor da Silva Pinheiro

Meus primos me viram em coma

Segundo meus familiaresIgrejas rezavam por mim

Tive parada cardíacaRecebi sangue de amigos dos meus amigosEstava estampado na primeira páginado Jornal da Rua Benjamin A. Maia:“Jovem suicida precisa de ajuda!”Talvez,o remédio para esse jovem da Benjamin,era apenas um beijo,Calor, aperto de mão, abraços, etc.No passado tinha uma legião de colegas,e poucos amigos;

Lá no hospitalConheci pessoas da minha rua que não conheciaRezei no hospitalTransferir-me de três hospitaisMinha família toda me ajudou,Inclusive com um sorriso,Desde o hospital até agora, em casa,não tive mais “aquelas crises”.

Formulando um enigmaPara a mutação da minha esquizofreniaE, consequentemente, respondendo a esse enigmaSuperei uma mutação da esquizofrenia.

59Flores ao Conquistador

Voltei a ler a bíbliaVou voltar à igrejaVou mergulhar na vidaVou voar e cantarComo o uirapuruQue só canta uma vez no anoQuando a floresta silenciaSou o uirapuru da poesia!

60 Victor da Silva Pinheiro

Desde os tempos remotosDa minha infânciaDo renascer da música“Mentiras”Passando pela adolescente faseTribalistasAté chegar ao presente momentoDe Legião Urbana a Los HermanosTodas essas músicas já falavam delaAntes mesmo de eu a conhecer–lá

Viajo em um universo paralelo,Imagino-me no rock anos 80Na capital federalOu das serenatas das décadas de 80 e 70Viajo ao passado, antes mesmo da época queNasci,E vejo que nasci no ano certo,1984,e ela nasceuNa mesma década,Já nos conhecíamos sem nos verEm idéiaQue as músicas passavamIdealizavamUm último romance

Todas essas músicas falavam dela

61Flores ao Conquistador

Lembro-me que na infânciaVisitei sua igreja, vocêAinda criança,Foi bem atenciosa comigoDepois disso, só nos veríamos de novoNa universidade, na juventude

Agora só resta,Se nesta vida ou na próximaNos conheceremosMais afincoSe teremos ou nãoA vida toda a nos conhecermosNuma vida a doisE quem sabeUm casal de filhosPara passar de geração a geraçãoEsse amor eternoDe almas gêmeasFinalizo dizendo:“Aonde quer que eu vá”Eu vejo você...

62 Victor da Silva Pinheiro

Taurina das terrasSantas, das águas minerais,da cidade de Santa RitaO fogo que há no seu coraçãoRefleteNa cozinha de um quiosqueDe nome “Forno Kent”Da Lagoa, dos Ipês, é primaveraO segredo do teu tempero é o amorRecolho uma flor dos Ipês,É essa poesiaDo Parque Solón de LucenaDa cidade irmã João PessoaE levo para teu Centro HistóricoDo teu seio da irmandadeDos teus amigos legais:Dany, Gar6, Victor...Lua, Sol...Todos esses amigosE muitos outrosSão o palcoE o showÉ vocêFiel, intuitivaTe convidoA te ganharNo dominó e na vidaGanhar teu coração

Uma flor para outra florPara Jaqueline “Kelly” Sena

63Flores ao Conquistador

Para uma amizade eternaPara além da morteNesta sexta-feira 13Te dou esse trevo de 4 folhasBoa Sorte,Amiga!

64 Victor da Silva Pinheiro

Eu só preciso de uma ideiaE transformarei essa ideia numa primaveraE dos frutos dessa primaveraNascerão os filhos da revolução

Somos a geraçãoQue vai do alfa ao ômegaE essa geraçãoSurge de tempos em temposPara lembrar ao homemDos seus valores, virtudes e sabedoria

Quando a humanidade decai na matériaSurge o homem novoE sua geração de bem-aventuradosQue evitará surgir um retrocesso cultural

Vamos voarJunto com as ideias do homem novoE assim nascerá,Melhor dizendo,Renascerá,Uma nova humanidadeMoldada a sangue e suorOnde o sangue simboliza a teoria,A tinta das canetas,E o suor simboliza a práticaSangue e suorIrmãos da mesma causa

Uma Nova Primavera

65Flores ao Conquistador

Na China dizem que um bambu é fácil de quebrarMas vários bambus juntos são difíceis de quebraremEntão como clama o cantadorUni-vosTodos rumos para nossa glóriaPor um país melhorE sendo esse país abençoadoPela história dos nossos antepassadosE pela capacidade de honramos os nossos ancestraisCom nossas retas atitudesFaremos conexões interplanetáriasPelos séculos, dos séculos, dos séculosHonrando nosso guerreiro passado dos guerreiros filósofosAlinhando a trindade da psicologia:Retos pensamentos, palavras e atitudes.E que esse novo paísSeja exemplo a ser seguidoPor toda a humanidade

Vem comigo, vem!Que eu ti mostrarei o extraordinárioE tu transmitiráO extraordinárioE assim surgiráUma corrente de mestres e discípulosExtraordináriosPois eu acredito no extraordinárioEu acredito que momentos da vidaE a vidaQue talvez seja uma tragédiaTambém pode ser comédia

66 Victor da Silva Pinheiro

Pode ser alegrePode ser uma óperaPode ser uma obra de artePaixões, desilusões, crises, alegrias, tristezas...A arte imita a vida, e a vida imita a arteVem comigo para esse grande palco:A vidaMas antes,Saia dessa sobrevidaE não tenha medo do trágicoAprenda no trágicoE não se embriague na comédiaSeja como os espartanosSerenos antes, durante e depois da batalhaVem para a maior história do mundo:A história da sua vida!A história das nossas vidas!

67Flores ao Conquistador

Artes Cênicas: Lágrimas e SorrisosPara Rosiane Agapito e Bárbara Victória

Qual o meu objetivo na vida?O mesmo da superstar Beyoncé:Ser feliz!Mas como, num mundo cheio de dor e sofrimento?Mas como, num mundo cheio de cruz e espadas?Mas como, numa tarde onde todos estão felizesE eu triste?Não por elesMas pela minha história

Ser Feliz...é:

Descobri!É compartilhar a felicidade alheiaMesmo em meio a pedras de lágrimasA Arte de Ser FelizÉ compartilhar a felicidade alheia

Sou feliz hoje não por causa de mimMas por causa de vocêsRosiane e Bárbara“Que foram que me valeu”Pouco importa minha cruzO que vale é que a vida é um palcoDe lágrimas e sorrisosVendo vocês felizesÉ minha resposta

68 Victor da Silva Pinheiro

A resposta que eu precisava:Como disse o poetinha Vinícius:“Que seja eterno enquanto dure!”Como naquele dia com as criançasNão sei qual a imagem minha que ficará na cabeça de vocêsMas a imagem minha de vocês,Que vou carregar por todo uma vidaVai ser aquela tarde com as criançasPorque o que devemos guardar da vidaSão as pérolasE toda pérola é formada depois de um processo de dorSegundo a ciência

Se a amizade de vocês é recíproca com a minha pessoa?Não importa, o que importa é que pra mimVocês são amigasMesmo que eu não seja no coração de vocêsUm dia sereiPorque a vida continuaNessa vida ou na próximaDançaremos como um pônei selvagemPronto, dancei por hoje!