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16ª Legislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 2ª Sessão Legislativa PALÁCIO BARRIGA-VERDE ANO LVIII FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO 5.959 16ª Legislatura 2ª Sessão Legislativa COMISSÕES PERMANENTES MESA Julio Cesar Garcia PRESIDENTE Clésio Salvaro 1º VICE-PRESIDENTE Ana Paula Lima 2º VICE-PRESIDENTE Rogério Mendonça 1º SECRETÁRIO Valmir Comin 2º SECRETÁRIO Dagomar Carneiro 3º SECRETÁRIO Antônio Aguiar 4º SECRETÁRIO LIDERANÇA DO GOVERNO Herneus de Nadal PARTIDOS POLÍTICOS (Lideranças) PARTIDO PROGRESSISTA Líder: Silvio Drevek PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO Líder: Manoel Mota DEMOCRATAS Líder: Gelson Merísio PARTIDO DOS TRABALHADORES Líder: Pedro Uczai PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA Líder: Marcos Vieira PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO Líder: Narcizo Parisotto PARTIDO REPUBLICANO BRASILEIRO Líder:Professora Odete de Jesus PARTIDO POPULAR SOCIALISTA Líder: Professor Grando PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA Líder: Sargento Amauri Soares COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira – Vice Presidente Jean Kuhlmann Gelson Merísio Pedro Uczai Pe. Pedro Baldissera Narcizo Parisotto Joares Ponticelli Herneus de Nadal Terças-feiras, às 9:00 horas COMISSÃO DE TRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO Reno Caramori – Presidente Décio Góes - Vice Presidente Sargento Amauri Soares Serafim Venzon Manoel Mota Renato Hinnig Jean Kuhlmann Terças-feiras às 18:00 horas COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Jailson Lima da Silva - Presidente Prof.OdetedeJesus–VicePresidente Darci de Matos Herneus de Nadal Jandir Bellini Jorginho Mello Genésio Goulart Quartas-feiras às 18:00 horas COMISSÃO DE AGRICULTURA, E POLÍTICA RURAL Moacir Sopelsa – Presidente Reno Caramori - Vice Presidente Sargento Amauri Soares Dirceu Dresch Marcos Vieira Gelson Merísio Romildo Titon Quartas-feiras, às 18:00 horas COMISSÃO DE TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO Jean Kuhlmann - Presidente Joares Ponticelli – Vice Presidente Elizeu Mattos Dirceu Dresch José Natal Pereira Renato Hinnig Professor Grando Terças-feiras, às 11:00 horas COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO Jorginho Mello - Presidente Gelson Merísio – Vice Presidente Décio Góes José Natal Pereira Jandir Bellini Manoel Mota Renato Hinnig Professora Odete de Jesus Silvio Dreveck Quartas-feiras, às 09:00 horas COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA Dirceu Dresch - Presidente SargentoAmauriSoares–VicePresidente Cesar Souza Júnior Edson Piriquito Elizeu Mattos Kennedy Nunes Nilson Gonçalves Quartas-feiras às 11:00 horas COMISSÃO DE ECONOMIA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA , MINAS E ENERGIA Silvio Dreveck – Presidente Renato Hinnig –Vice Presidente Ada de Luca Elizeu Mattos Marcos Vieira Pedro Uczai Professor Grando Quartas-feiras às 18:00 horas COMISSÃO DE TURISMO E MEIO AMBIENTE Décio Góes – Presidente Edson Piriquito– Vice Presidente Edison Andrino José Natal Pereira Cesar Souza Júnior Reno Caramori Professor Grando Quartas-feiras, às 13:00 horas COMISSÃO DE SAÚDE Genésio Goulart – Presidente Jailson Lima da Silva – Vice Presidente Edson Piriquito Gelson Merísio Kennedy Nunes Serafim Venzon Professora Odete de Jesus Terças-feiras, às 11:00 horas COMISSÃO DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS, DE AMPARO À FAMILIA E À MULHER Ada de Luca - Presidente Pedro Uczai – Vice Presidente Genésio Goulart Kennedy Nunes Elizeu Mattos Serafim Venzon Professora Odete de Jesus Quartas-feiras às 10:00 horas COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO Darci de Matos - Presidente Pedro Uczai – Vice Presidente Ada de Luca Manoel Mota Jorginho Mello Professor Grando Silvio Dreveck Quartas-feiras às 08:00 horas COMISSÃO DE RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO, RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DO MERCOSUL Nilson Gonçalves – Presidente Narcizo Parisotto – Vice Presidente Edison Andrino Jandir Bellini Elizeu Mattos Moacir Sopelsa Jailson Lima da Silva Terças-Feiras, às 18:00 horas COMISSÃO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR Professora Odete de Jesus – Presidente Kennedy Nunes – Vice Presidente Jailson Lima da Silva Moacir Sopelsa Joares Ponticelli Nilson Gonçalves Jean Kuhlmann Romildo Titon Manoel Mota

FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO · E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira – Vice Presidente Jean Kuhlmann Gelson Merísio Pedro Uczai Pe. Pedro Baldissera

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16ªLegislatura ESTADO DE SANTA CATARINA 2ª Sessão

Legislativa

PALÁCIO BARRIGA-VERDE

ANO LVIII FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO 5.959

16ª Legislatura2ª Sessão Legislativa

COMISSÕES PERMANENTES

MESA

Julio Cesar GarciaPRESIDENTEClésio Salvaro

1º VICE-PRESIDENTEAna Paula Lima

2º VICE-PRESIDENTERogério Mendonça1º SECRETÁRIO Valmir Comin

2º SECRETÁRIODagomar Carneiro3º SECRETÁRIO

Antônio Aguiar4º SECRETÁRIO

LIDERANÇA DO GOVERNOHerneus de Nadal

PARTIDOS POLÍTICOS(Lideranças)

PARTIDO PROGRESSISTALíder: Silvio Drevek

PARTIDO DO MOVIMENTODEMOCRÁTICO BRASILEIRO

Líder: Manoel Mota

DEMOCRATASLíder: Gelson Merísio

PARTIDO DOS TRABALHADORESLíder: Pedro Uczai

PARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA

Líder: Marcos Vieira

PARTIDO TRABALHISTABRASILEIRO

Líder: Narcizo Parisotto

PARTIDO REPUBLICANOBRASILEIRO

Líder:Professora Odete de Jesus

PARTIDO POPULAR SOCIALISTALíder: Professor Grando

PARTIDO DEMOCRÁTICOTRABALHISTA

Líder: Sargento Amauri Soares

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇARomildo Titon - PresidenteMarcos Vieira – Vice PresidenteJean KuhlmannGelson MerísioPedro UczaiPe. Pedro BaldisseraNarcizo ParisottoJoares PonticelliHerneus de NadalTerças-feiras, às 9:00 horas

COMISSÃO DE TRANSPORTES EDESENVOLVIMENTO URBANOReno Caramori – PresidenteDécio Góes - Vice PresidenteSargento Amauri SoaresSerafim VenzonManoel MotaRenato HinnigJean KuhlmannTerças-feiras às 18:00 horas

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃOPARTICIPATIVAJailson Lima da Silva - PresidenteProf. Odete de Jesus – Vice PresidenteDarci de MatosHerneus de NadalJandir BelliniJorginho MelloGenésio GoulartQuartas-feiras às 18:00 horas

COMISSÃO DE AGRICULTURA,E POLÍTICA RURALMoacir Sopelsa – PresidenteReno Caramori - Vice PresidenteSargento Amauri SoaresDirceu DreschMarcos VieiraGelson MerísioRomildo TitonQuartas-feiras, às 18:00 horas

COMISSÃO DE TRABALHO,ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOPÚBLICOJean Kuhlmann - PresidenteJoares Ponticelli – Vice PresidenteElizeu MattosDirceu DreschJosé Natal PereiraRenato HinnigProfessor GrandoTerças-feiras, às 11:00 horas

COMISSÃO DE FINANÇAS ETRIBUTAÇÃOJorginho Mello - PresidenteGelson Merísio – Vice PresidenteDécio GóesJosé Natal PereiraJandir BelliniManoel MotaRenato HinnigProfessora Odete de JesusSilvio DreveckQuartas-feiras, às 09:00 horas

COMISSÃO DE SEGURANÇAPÚBLICADirceu Dresch - PresidenteSargento Amauri Soares – Vice PresidenteCesar Souza JúniorEdson PiriquitoElizeu MattosKennedy NunesNilson GonçalvesQuartas-feiras às 11:00 horas

COMISSÃO DE ECONOMIA,CIÊNCIA, TECNOLOGIA ,MINAS E ENERGIASilvio Dreveck – PresidenteRenato Hinnig – Vice PresidenteAda de LucaElizeu MattosMarcos VieiraPedro UczaiProfessor GrandoQuartas-feiras às 18:00 horas

COMISSÃO DE TURISMO EMEIO AMBIENTEDécio Góes – PresidenteEdson Piriquito– Vice PresidenteEdison AndrinoJosé Natal PereiraCesar Souza JúniorReno CaramoriProfessor GrandoQuartas-feiras, às 13:00 horas

COMISSÃO DE SAÚDEGenésio Goulart – PresidenteJailson Lima da Silva – Vice PresidenteEdson PiriquitoGelson MerísioKennedy NunesSerafim VenzonProfessora Odete de JesusTerças-feiras, às 11:00 horas

COMISSÃO DE DIREITOS EGARANTIAS FUNDAMENTAIS,DE AMPARO À FAMILIA E ÀMULHERAda de Luca - PresidentePedro Uczai – Vice PresidenteGenésio GoulartKennedy NunesElizeu MattosSerafim VenzonProfessora Odete de JesusQuartas-feiras às 10:00 horas

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO,CULTURA E DESPORTODarci de Matos - PresidentePedro Uczai – Vice PresidenteAda de LucaManoel MotaJorginho MelloProfessor GrandoSilvio DreveckQuartas-feiras às 08:00 horas

COMISSÃO DE RELACIONAMENTOINSTITUCIONAL, COMUNICAÇÃO,RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DOMERCOSULNilson Gonçalves – PresidenteNarcizo Parisotto – Vice PresidenteEdison AndrinoJandir BelliniElizeu MattosMoacir SopelsaJailson Lima da SilvaTerças-Feiras, às 18:00 horas

COMISSÃO DE ÉTICA EDECORO PARLAMENTARProfessora Odete de Jesus –PresidenteKennedy Nunes – Vice PresidenteJailson Lima da SilvaMoacir SopelsaJoares PonticelliNilson GonçalvesJean KuhlmannRomildo TitonManoel Mota

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2 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

DIRETORIALEGISLATIVA

Coordenadoria de Publicação:responsável pela digitação e/ourevisão dos Atos da Mesa Diretora ePublicações Diversas, diagramação,editoração, montagem e distribuição.Coordenador: Eder de QuadraSalgado

Coordenadoria de Taquigrafia:responsável pela digitação e revisãodas Atas das Sessões.Coordenadora: Lenita WendhausenCavallazzi

Coordenadoria de Divulgação eServiços Gráficos:

responsável pela impressão.Coordenador: Claudir José Martins

DIÁRIO DA ASSEMBLÉIAEXPEDIENTE

Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaPalácio Barriga-Verde - Centro Cívico Tancredo NevesRua Jorge Luz Fontes, nº 310 - Florianópolis - SCCEP 88020-900 - Telefone (PABX) (048) 3221-2500

Internet: www.alesc.sc.gov.br

IMPRESSÃO PRÓPRIAANO XV - NÚMERO 1959

1ª EDIÇÃO - 110 EXEMPLARESEDIÇÃO DE HOJE: 28 PÁGINAS

ÍNDICE

PlenárioAta da 083ª Sessão Ordinária da16ª realizada em 04/11/2008.....2Ata da 027ª SessãoExtraordinária da 16ª realizadaem 04/11/2008 ........................10

Atos da MesaAtos da Mesa - Dl....................18

Publicações DiversasAviso de Licitação....................18Avisos de Resultado................18Extratos ...................................19Audiência Pública....................19Atas das ComissõesPermanentes ...........................27

P L E N Á R I O

ATA DA 083ª SESSÃO ORDINÁRIA DA2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 16ª LEGISLATURA

REALIZADA EM 04 DE NOVEMBRO DE 2008PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO JULIO GARCIA

Às 14h, achavam-se presentes osseguintes srs. deputados: Ada De Luca -Antônio Aguiar - Cesar Souza Júnior - ClésioSalvaro - Dagomar Carneiro - Darci de Matos- Décio Góes - Dirceu Dresch - EdisonAndrino - Elizeu Mattos - Gelson Merísio -Genésio Goulart - Herneus de Nadal - JailsonLima - Jean Kuhlmann - Joares Ponticelli -Jorginho Mello - Julio Garcia - KennedyNunes - Manoel Mota - Marcos Vieira -Moacir Sopelsa - Narcizo Parisotto - NilsonGonçalves - Pedro Baldissera - Pedro Uczai -Professora Odete de Jesus - ProfessorGrando - Reno Caramori - Romildo Titon -Sargento Amauri Soares - Valmir Comin.

DEPUTADO JAILSON LIMA - Registra apresença do prefeito eleito de Chapadãode Lajeado, Zezé, dos vereadores Orli eMário Miguel, e do candidato MárcioMartins; ressalva a vitória de CarlitoMerss, em Joinville; refere-se às eleiçõesamericanas.

DEPUTADO PROFESSOR GRANDO (aparte) -Refere-se às eleições municipais.

Ordem do DiaDEPUTADO PROFESSOR GRANDO (pelaordem) - Refere-se ao PL n. 0273/2007, deautoria do deputado Onofre Santo Agostini,que obriga estabelecimentos comerciais autilizarem material biodegradável ou reutilizávelpara embalagens de produtos.

Partidos PolíticosDEPUTADO EDISON ANDRINO - Tece con-siderações sobre as dificuldades por quepassam as universidades do Sistema Acafe.

DEPUTADO JOARES PONTICELLI (pela ordem) -Encaminha voto favorável ao PL n.0222/2008, de origem governamental, queautoriza o Poder Executivo a contrataroperação de empréstimo junto ao BancoInteramericano de Desenvolvimento - BID, parao Programa de Investimentos na Implantação ePavimentação de Rodovias Estaduais e noFortalecimento do Departamento Estadual deInfra-Estrutura - Deinfra.

DEPUTADO MANOEL MOTA - Refere-se àvitória de Dário Berger.DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Discorresobre o encontro do PT para debater omomento extraordinário que o partido vive;aborda a vitória de Carlito Merss, emJoinville.

SUMÁRIOBreves Comunicações

DEPUTADO DIRCEU DRESCH - Parabeniza odeputado Carlito Merss pela vitória emJoinville; reporta-se à audiência pública rea-lizada em Blumenau, à reunião do FórumParlamentar Catarinense e à audiência públicaem Caçador.

DEPUTADO SARGENTO AMAURI SOARES -Registra a mobilização dos praças parabuscar uma negociação da Lei n. 254;aborda greve dos servidores do Hemosc edo Cepon.

DEPUTADO PEDRO UCZAI (pela ordem) -Encaminha voto favorável ao PL n.0222/2008.DEPUTADO HERNEUS DE NADAL (pela ordem)- Encaminha voto favorável ao PL n.0222/2008.

DEPUTADO PEDRO UCZAI (aparte) -Cumprimenta a senadora Ideli Salvatti e ogoverno Lula pelas políticas públicas que estãosendo construídas.

DEPUTADO JOARES PONTICELLI (aparte) -Tece considerações sobre os cinco anos donão-cumprimento da Lei n. 254. DEPUTADO PROFESSOR GRANDO (pela

ordem) - Encaminha voto favorável ao PL n.0222/2008.

DEPUTADO JOARES PONTICELLI - Aborda aseleições municipais; refere-se ao piso salarialdo magistério.

DEPUTADO PEDRO BALDISSERA - Discorresobre seminário realizado na região deTangará no qual se elaborou a Carta deTangará.

DEPUTADO ELIZEU MATTOS (pela ordem) -Encaminha voto favorável ao PL n.0222/2008.

DEPUTADO DARCI DE MATOS - Comenta aseleições municipais.

C o o r d e n a d o r i a d e P u b l i c a ç ã o - Processo Informatizado de Editoração

Page 3: FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO · E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira – Vice Presidente Jean Kuhlmann Gelson Merísio Pedro Uczai Pe. Pedro Baldissera

07/11/2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 3

O SR. PRESIDENTE (Deputado ClésioSalvaro) - Havendo quórum regimental einvocando a proteção de Deus, declaro abertaa presente sessão.

Também ontem, em Chapecó,onde não pude participar porque estava emBlumenau, deputado Pedro Uczai, v.exas.estiveram lá fechando a rodada de debatesdo Fórum Parlamentar Catarinense,coordenado pela nossa senadora IdeliSalvatti, grande liderança de SantaCatarina, que visitou a região levantando asdemandas das nossas regiões para incluirno Orçamento da União. O deputado PedroBaldissera também participou desse eventoe das lutas históricas da região.

Pena que não pude estar lá, masestava, atendendo a um pedido da deputadaAna Paula Lima e do deputado SargentoAmauri Soares, na audiência pública emBlumenau sobre aquela situação do presídio.Mas muitas das propostas que levantamos,inclusive deixamos com a assessoria e com aslideranças, foram tratadas e ficamos muitofelizes com isso.

Solicito ao sr. secretário queproceda à leitura das atas das sessõesanteriores.

(São lidas e aprovadas as atas.)Solicito à assessoria que distribua o

expediente aos srs. deputados. Quero fechar a minha fala aquifalando das duas audiências públicas quefizemos na comissão de Economia, Ciência,Tecnologia e Minas e Energia, presidida pelodeputado Silvio Dreveck, em Caçador, naúltima quinta-feira, à noite, com a participaçãodo deputado Reno Caramori, debatendo osencaminhamentos da aplicação da Lei Geraldas Micro e Pequenas Empresas em SantaCatarina. Muita coisa já se avançou, mas euquero destacar a importância da participaçãodos microempresários e dos pequenos empre-sários dessas duas regiões.

Esta Presidência registra a presençade alunos da Escola de Ensino FundamentalPadre João Rick, do município de São João doOeste, que têm como responsável a professoraVanessa.

Agora, percebe-se - inclusive temos oregistro da presença do Marquezini, deChapecó, assessor do deputado federalCláudio Vignatti - a liberação de muito recursofederal para o estado, e aí cria-se umaexpectativa de fato na população e uminteresse, demonstrado pela grande partici-pação do público, para que as obras sejamrealizadas.

Passaremos às BrevesComunicações

Com a palavra o sr. deputado DirceuDresch, por até dez minutos.

O SR. DEPUTADO DIRCEU DRESCH -Sr. presidente deputado Clésio Salvaro, daquia alguns dias prefeito, srs. deputados e sras.deputadas, especialmente a colega ProfessoraOdete de Jesus que se encontra aqui noplenário.

Então, tivemos uma presençamaciça na reunião do Fórum ParlamentarCatarinense, em Chapecó. As grandeslinhas de discussão e de reivindicação dacomunidade são: a duplicação da BR-282,a questão das rodovias e da ferrovia daintegração, a questão da universidadepública, os recursos para instalar auniversidade para a Mesorregião GrandeFronteira do Mercosul, a questão doaeroporto, e também os investimentos nanossa agricultura familiar.

Quinta-feira à noite tivemos umpúblico extraordinário na Câmara deVereadores de Caçador, e na sexta-feira ànoite, na Câmara de Vereadores de Capinzal,juntamente com a Federação das Associaçõesde Micro e Pequenas Empresas, através doCloir Dassoler, que preside essa importantefederação; com o Sebrae, sendo que a Kátia orepresentou no debate; com as Ampesmunicipais, que contribuíram muito para queesse debate acontecesse, foram tiradas váriaspropostas e encaminhamentos.

Depois do segundo turno, nósestamos na primeira sessão ordinária nestaCasa. Como sou o primeiro a falar, queroaqui parabenizar com muita alegria o nossogrande líder, a grande liderança política deSanta Catarina, o deputado Carlito Merss,que se elegeu prefeito de Joinville, grandecidade de Santa Catarina, com o maior PIBe também com o maior número dehabitantes.

Quero destacar aqui um debateque ocorreu lá e que culminou numa pro-posta quanto a investimentos para a insta-lação do Suasa - Sistema Unificado deAtenção à Sanidade Agropecuária -, de fó-runs intermunicipais e de consórcios, a fimde fortalecer as nossas agroindústriasfamiliares.

Deputadas e deputados, o que osmicroempresários e os pequenos empresáriosestão pedindo em Santa Catarina é umaparticipação maior do governo do estado nosentido de resolver as questões das micro epequenas empresas. Faz um ano e pouco queestamos aqui nesta Casa e nas audiênciaspúblicas reclamando da criação do fórum ou docomitê gestor aqui em Santa Catarina paratratar dessas questões. Não há espaço paraesse debate. A secretaria da Fazenda sefechou, não quer discutir essa questão. Foichamada atenção para essa questão commuito peso nas audiências públicas, commuita veemência pelos nossos participantes,micro e pequenos empresários.

Quero dizer da alegria de ter maisum colega e companheiro do Partido dosTrabalhadores eleito, além dos demaisprefeitos que já haviam sido eleitos. Eu jáme pronunciei aqui sobre a vitória do nossopartido, que ampliou essa grande conquistaao colocar mais uma estrelinha em ummunicípio de Santa Catarina, que tambémserá governado pelo Partido dosTrabalhadores.

Foi colocado no Orçamento recursospara construir cinco consórcios intermunicipaise também para a instalação de um laboratóriopara análises químicas de produtos dasagroindústrias familiares. Com certeza foilevantada uma pauta importante em Chapecó,no dia de ontem, na audiência pública.

Agradeço todo o apoio que tiveramas lideranças do nosso partido, agradeço àmilitância e aos demais partidos que nosegundo turno apoiaram o deputado CarlitoMerss. Trata-se de um companheiropersistente na luta, pois esta foi a quintaeleição que disputou em Joinville, tendoagora essa brilhante vitória. Um rapaz dePorto União, joinvilense por adoção, CarlitoMerss é filiado desde 1983 ao PT. Foivereador, deputado estadual nesta Casa,deputado federal e ano que vem seráprefeito e irá administrar Joinville.

O Sr. Deputado Pedro Uczai- V.Exa.me permite um aparte?

O SR. DEPUTADO DIRCEU DRESCH -Pois não, deputado, ouço v.exa. que participouda audiência.

Então, esperamos de fato que aspropostas que saíram da audiência pública,como a criação do comitê gestor, a extensãodo benefício do crédito de ICMS, a questão daaprovação da lei de incentivo às comprasgovernamentais que está nesta Casa, tenhamalguma resposta. Se a base do governo nãoaprovar a lei aqui, o governador que apresentepara esta Casa uma lei de incentivo àscompras governamentais para as micro epequenas empresas.

O Sr. Deputado Pedro Uczai - Sim!Eu não poderia deixar de cumprimentá-lo ede trazer essa nova experiência que ogoverno do presidente Lula está permitindoà bancada catarinense - agora nessemomento coordenada pela senadora IdeliSalvatti, que com sua extraordináriamaestria e liderança conduziu essas seisgrandes audiências nas macrorregiões doestado -, no sentido de democratizar odebate do Orçamento da União.

Na eleição de Joinville, CarlitoMerss representou a esperança dapopulação por uma cidade melhor; aesperança que venceu o medo e abaixaria que aconteceu na eleiçãonaquela cidade. Temos certeza de queele fará uma administração de sucesso, aexemplo do que o nosso presidente Lulaestá fazendo no Brasil.

Foi com essa expectativa que saímosdessa audiência pública, tanto em Caçadorcomo em Capinzal, para podermos trabalharnesta Casa esses encaminhamentos dadosnas audiências públicas.

Inclusive ontem, publicamente - eo deputado Pedro Baldissera esteve pre-sente lá -, o deputado federal GervásioSilva, do PSDB, teceu grandes elogios aogoverno quando disse: ”Em dez anos quesou deputado federal, tenho que, de públicoaqui, elogiar o presidente Lula, porquenenhum governo, nos dez anos, destinoutantos recursos para os estados em formade infra-estrutura, políticas públicas eemendas das coletividades e das bancadascoletivas”.

Então, queremos agradecer a partici-pação de todos e esperamos poder continuarcom esse trabalho para melhorar a vida dosmicro e pequenos empresários de SantaCatarina.

Parabéns, Carlito Merss! Parabéns,militância e todos os candidatos e candidatasdo PT que ergueram a bandeira do 13 edefenderam as propostas do Partido dosTrabalhadores. (SEM REVISÃO DO ORADOR)

Parabéns, Carlito Merss! O SR. PRESIDENTE (Deputado ClésioSalvaro) - Com a palavra o próximo oradorinscrito, deputado Pedro Baldissera, por atédez minutos.

Tivemos várias agendas nessaúltima semana, nesses últimos dias.Estivemos ontem em Blumenau, junto com adeputada Ana Paula Lima e com os depu-tados Sargento Amauri Soares e KennedyNunes, da comissão de Segurança Pública,visitando o presídio e fazendo umaaudiência pública com uma participaçãoextraordinária, mas vamos falar sobre issoamanhã.

Por isso, parabenizo a senadoraIdeli Salvatti, o governo do presidente Lula,porque é assim que se vai construindo polí-ticas públicas e mudando-se este país.

O SR. DEPUTADO PEDROBALDISSERA - Sr. presidente, sras. deputadase srs. deputados, aproveito o horário de BrevesComunicações para trazer presente umaatividade que estivemos desenvolvendo nomunicípio e na região de Tangará e no vale doRio do Peixe.

Parabéns, deputado Dirceu Dresch!O SR. DEPUTADO DIRCEU DRESCH -

Muito obrigado, deputado!

Processo Informatizado de Editoração - C o o r d e n a d o r i a d e P u b l i c a ç ã o

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4 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Neste último dia 31 de outubrorealizamos lá um seminário em que reuni-mos produtores de uva, cantineiros,sindicatos, lideranças de váriosmunicípios que cultivam essa cultura,juntamente com outras regiões do estadoque também a desenvolvem, como o sul eo oeste de Santa Catarina. Enfim,tivemos a participação e o envolvimentode várias lideranças de todos essesmunicípios.

o governo do estado a criar um fundo para avitivinicultura exatamente para que se possaimplementar ainda mais a produção da cadeiaprodutiva da uva. E cria no estado de SantaCatarina um momento próprio para celebraressa atividade, essa cultura importante, o Diado Vinho, como um instrumento que possa darvisibilidade a essa atividade tão importanteque gera renda e qualidade de vida à nossapopulação.

Hoje também cabe ressaltar um dosmomentos importantes da democracia noglobo terrestre, que são as eleiçõesamericanas, onde um negro está concorrendoàs eleições.

Então, quero ler aqui um discursode uma das pérolas do mundo contem-porâneo, que foi Martin Luther King, PrêmioNobel da Paz, um negro que combateu adiscriminação racial nos Estados Unidos,que foi assassinado em 1968 por sua lutahistórica.

Protocolamos um novo projetofazendo com que o suco de uva possafazer parte da alimentação escolar nasescolas estaduais do estado de SantaCatarina.

Esteve presente também, naoportunidade, o presidente do Ibravin, doRio Grande do Sul, Carlos Paviani, que rela-tou, debateu e discutiu a experiência que oestado do Rio Grande do Sul tem desenvol-vido nesses últimos anos, com a criação doFundo de Desenvolvimento da Vitiviniculturapara o desenvolvimento da cadeia produtivada uva.

E o seu grande discurso chamado IHave a Dream, Eu Tenho um Sonho, diz oseguinte:

Portanto, são vários encaminha-mentos que vão ajudar a contribuir para queessa atividade continue ganhando espaço,ganhando mercado, dando visibilidade esustentando diretamente as mais de três milfamílias que vivem dessa atividade em SantaCatarina, sem contar com as famílias queindiretamente têm relação com a atividade dacultura e da cadeia da uva.

(Passa a ler.)“’Cem anos atrás, um grande

americano, do qual estamos sob a suasimbólica sombra, assinou a Proclamaçãode Emancipação. Esse importante decretoveio como um grande farol de esperançapara milhões de escravos negros quetinham murchado nas chamas da injustiça...Mas 100 anos depois, o negro ainda não élivre.

Além de representantes de órgãosestaduais como a Epagri, esteve presentetambém o secretário da Agricultura deSanta Catarina, nosso colega deputadoAntônio Ceron, fazendo um debate sobre aimportância do envolvimento daquelasecretaria para se concretizar algunsavanços da atividade vitivinicultura emnosso estado. Também participaram osparlamentares, deputados Romildo Titon eReno Caramori.

Quando percebemos várias crisesem outros setores da agricultura, é importantetermos clareza e buscarmos programas,projetos para que o nosso agricultor continue asua atividade na pequena propriedade,gerando renda e qualidade de vida.

De certo modo, nós viemos à capitalde nossa nação para trocar um cheque.Quando os arquitetos de nossa repúblicaescreveram as magníficas palavras daConstituição e a Declaração da Independência,eles estavam assinando uma nota promissóriapara a qual todo americano seria seu herdeiro.Esta nota era uma promessa que todos oshomens, negros ou brancos, teriam garantidosos direitos inalienáveis de vida, liberdade e abusca da felicidade. Hoje é óbvio que aquelaAmérica não apresentou esta nota pro-missória. Em vez de honrar essa obrigaçãosagrada, a América deu para o povo negro umcheque sem fundo, que voltou marcado com‘fundos insuficientes’.

Muito obrigado!Então, foi um momento extre-

mamente importante e de todo esse debatetirou-se uma carta, intitulada a Carta deTangará, na qual se realçou vários pontos paraserem discutidos, debatidos e encaminhadosaos diferentes órgãos estaduais e federaispara que os pleitos que envolvem essa culturapossam ser atendidos. Entre eles destacou-sea questão dos importados.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Clésio

Salvaro) - O próximo orador inscrito é o sr.deputado Jailson Lima, a quem concedo apalavra por até dez minutos.

O SR. DEPUTADO JAILSON LIMA -Quero cumprimentar o presidente ClésioSalvaro, os deputados desta Casa e regis-trar a presença do prefeito eleito deChapadão de Lajeado, pelo Partido dosTrabalhadores, Zezé; do vereador Orli; dovereador Mário Miguel, do Partido dosTrabalhadores de Rio do Sul. E aqui estápresente também o nosso amigo emcomum, deputado Pedro Uczai, o MárcioMartins, que foi candidato à vereador nacidade de Chapecó.

Sabemos, hoje - e foi feita umadenúncia -, que mais de 40 empresas,organizações do estado de Santa Catarinaimportam vinho do Chile da Argentina comuma tarifa tributária quase inexistente. Areclamação nesse aspecto era unânime porparte dos produtores e também doscantineiros, porque não dá para aceitar queo vinho de outros países possa adentrar eser consumido em nosso estado, em nossopaís sendo quase que isento de cargatributária. Isso facilita que as empresasimportem o vinho desses outros países.

Mas nós nos recusamos a acreditarque o banco da justiça é falível. Nós nosrecusamos a acreditar que há capitaisinsuficientes de oportunidade nesta nação.Assim, nós viemos trocar este cheque, umcheque que nos dará o direito de reclamar asriquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Acho que é importante no dia dehoje, rapidamente, pois outros companheirosdo Partido dos Trabalhadores farão isso,ressaltar a grande vitória do deputado federalCarlito Merss, na cidade de Joinville, quetranquilamente elegeu-se. Depois de dizerem ebaterem na imprensa, como nunca, que o PTnão dá certo, o Partido dos Trabalhadores teveum crescimento para 36 prefeituras no estadode Santa Catarina e ganhou a principal prefei-tura, que é a de Joinville, com um Orçamentode R$ 1,5 bilhão por ano, mais de 10% doOrçamento do estado.

Não vamos satisfazer nossa sede deliberdade bebendo da xícara da amargura e doódio. Nós sempre temos que conduzir nossaluta num alto nível de dignidade e disciplina.Nós não podemos caminhar só. Nós nãopodemos retroceder. ...e nós não estaremossatisfeitos até que a justiça e a retidão rolemabaixo como águas de uma poderosacorrenteza.

Isso é extremamente preocupanteporque temos uma produção de grandequalidade em várias regiões do nossoestado. Uma produção de qualidade, umvinho de alta qualidade produzido em altaou baixa altitude, impõe respeito não só nomercado interno, mas também no mercadoexterno. É preciso, claro, que haja tambémos devidos incentivos por parte do governopara que os nossos produtores possam sesentir valorizados na sua atividade, ampliá-la, ter mais renda e, automaticamente, maisqualidade de vida.

Eu digo a vocês hoje, meus ami-gos, que embora nós enfrentemos as difi-culdades de hoje e amanhã, eu ainda tenhoum sonho. É um sonho profundamenteenraizado no sonho americano. Eu tenho umsonho que um dia esta nação se levantará eviverá o verdadeiro significado de suacrença - nós celebraremos estas verdades eelas serão claras para todos: que oshomens são criados iguais.

O que vemos na imprensa, hoje,deputado padre Pedro Baldisser, é que atucanada quer expulsar o deputado NilsonGonçalves por ter tido uma postura clara,contundente, questionando algumas con-dutas adotadas. Mas, deputado NilsonGonçalves, queremos dizer a v.exa. que oPartido dos Trabalhadores está de portasabertas. Venha voando para esse partidoque v.exa. será mais uma estrela. Estásendo convidado.

É claro que reconhecemos tambéma falta de união entre os produtores de uvae de vinho. É preciso que se unam cada vezmais na defesa dos seus interesses, mas,acima de tudo, o importante aqui é nósrealçarmos que da Carta tenha-se tirado oapoio incondicional ao projeto de lei quetramita no Congresso Nacional, de autoriado deputado Paulo Pimenta, que coloca ovinho como alimento natural. É um projetoque vem, de fato, reanimar a classeprodutora que faz parte da cadeia produtivada uva do nosso estado e do nosso país.

Eu tenho um sonho que minhasquatro pequenas crianças vão um dia viver emuma nação onde elas não serão julgadas pelacor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter.Eu tenho um sonho hoje!

A democracia é um momento im-portante. Na democracia, é no voto quedecidimos, mostramos os caminhos e temosque respeitá-lo. Em Joinville, depois da quintatentativa, na disciplina perseverante, odeputado Carlito Merss foi reconhecido peloseu trabalho no Parlamento e assumirá aprefeitura.

E se a América é uma grande nação,isto tem que se tornar verdadeiro.’”

(Continua lendo.)“Em abril de 1968, Martin Luther

King foi assassinado em Memphis, Tennessee,por um branco que havia escapado da prisão.”

Isso mostra a determinação de umhomem que comandou a grande marchapacífica de Washington, até o LincolnMemorial, onde pronunciou esse discurso queestá registrado nos anais da história.

Na mesma linha, estamos aqui, emSanta Catarina, na Assembléia Legislativa,com dois projetos de lei: um, que ésemelhante ao do Rio Grande do Sul, autoriza

Parabéns, Carlito! Sabemos queaquele município, aquela cidade e aquele povoestarão sendo bem comandados.

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Page 5: FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO · E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira – Vice Presidente Jean Kuhlmann Gelson Merísio Pedro Uczai Pe. Pedro Baldissera

07/11/2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 5

Esse cidadão falou que há mais de100 anos - e depois de sua morte, em1968, 40 anos depois, essa situação aindaperdura - os negros americanos continuamainda sem a sua liberdade. Mas assimcomo o mundo contemporâneo tempermitido, através da democracia, que líde-res históricos tenham tomado posições,temos o exemplo de um metalúrgico noBrasil, chamado Luiz Inácio Lula da Silva,um índio na Bolívia, como Evo Morales, umpastor no Paraguai, e tantas outras lide-ranças.

Vejam v.exas. que, durante o go-verno do presidente Fernando HenriqueCardoso, criou-se o Proer para socorrer osbancos deste país. Com essa crise inter-nacional, que já se reflete diretamente naeconomia, na situação financeira do Brasil, opróprio governo federal já socorreu os bancosrecentemente. Inclusive há uma proposta desocorro na qual o governo tomou uma iniciativasaindo na frente do Congresso Nacional, nemesperando a aprovação, baixando medidasprovisórias, como baixou uma medidaprovisória para socorrer o sistema financeironacional. E recentemente também houve outraproposta do governo federal para socorrer asconstrutoras do sistema imobiliário brasileiro,no sentido de a Caixa Econômica Federalassumir as construções do setor imobiliáriobrasileiro.

Na área da pesquisa, a universidadetambém é referência, através de seus projetose de seus laboratórios. Vejam o exemplo daárea de engenharia da madeira, da saúde e,para falarmos em nível internacional, doprojeto do Aqüífero Guarani.”

A Universidade de Lages, a Uniplac,está muito mais avançada do que todos oscentros de pesquisas de Santa Catarina, paranão dizer do Paraná, do Rio Grande do Sul, emuito mais avançada do que os órgãosgovernamentais. Trata-se de um belo trabalhoque a Uniplac fez em estudo, em pesquisa, noque diz respeito às águas de profundidade, ouseja, com referência ao Aqüífero Guarani e aoAqüífero da Serra Geral.

Nos Estados Unidos hoje tam-bém, através da democracia, nósestamos experimentando, deputadoPedro Uczai, um momento histórico, emque um preto poderá alçar o poder damaior nação do poder econômico desteglobo terrestre.

(Continua lendo)“A Uniplac é uma fundação de

inegável função pública, é um patrimôniocultural imprescindível. Talvez nenhuma outrauniversidade seja tão importante para a suacidade quanto a Uniplac o é para a cidade deLages, porque ela sempre esteve voltada paraa cidade e para o povo da região serrana.

Eu não estou aqui criticando,deputado Manoel Mota, a posição do governo.Mas se o governo federal socorre o sistemafinanceiro para que haja certa tranqüilidade naeconomia nacional, por que não termos asmesmas posições com respeito àsuniversidades do Sistema Acafe e, principal-mente, de Lages, a Uniplac?

O sonho de Martin Luther King, comseu discurso, em 1968, está prestes a seconcretizar na maior nação deste mundo. Umcidadão negro já deixa claro que é contra apolítica guerrilheira de Bush de invasão depaíses, não permitindo que eles tomem seusdestinos como aconteceu no Iraque, noAfeganistão, no Iran e em tantos outrospaíses.

É preciso proteger a universidadeporque, ao protegê-la, nós estaremos forta-lecendo a nós mesmos.

Quero aqui, sr. presidente, ler umpequeno trecho que fiz sobre a importância daUniplac para o ensino de Santa Catarina e,principalmente, para o ensino dos municípiosque compõem a região serrana do nossoestado.

São números impactantes! Naatividade de ensino, pesquisa e extensão,quatro mil alunos, três mestrados reconhe-cidos pelo Conselho Estadual de Educação epela Capes, 700 mil empregos diretos e maisde 50 mil pessoas atendidas por ano.

Eu tenho um sonho, sim, também,de amanhã ou esta semana dizer: oba, oObama acaba de ser eleito presidente dosEstados Unidos! E o sonho de Martin LutherKing se concretiza com um negro presidenteda maior nação econômica deste globoterrestre; uma nação cujo presidenteirresponsável, cuja economia irresponsávele sem controle do estado, proclamado pelodiscurso do neoliberalismo, impõe aomundo inteiro uma crise econômica, quemsabe, parecida com a de 1929.

(Passa a ler.) Mas vou além dos números.”“Não há como falar da Universidade

do Planalto Catarinense sem pensar na cidadede Lages e na região serrana.

O Sr. Deputado Elizeu Mattos -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO EDISON ANDRINO -Perguntei se é possível mensurar aimportância da Uniplac, deputado ElizeuMattos, e já ouço v.exa., com muito prazer,pois creio que não é possível deixarmos essasituação da Uniplac continuar.

O histórico da Uniplac diz que elacomeçou quase meio século atrás, 50 anos.Será que é possível mensurar a importância daUniplac para Lages, ou mesmo imaginar queespécie de cidade seria Lages sem a Uniplac?Acho que esse sonho está prestes

a acontecer para milhares de negrosdiscriminados na história americana e domundo inteiro, porque se ao invés de polí-ticas de guerra fizessem políticas de com-bate à fome, de inclusão social, tantasinjustiças não teriam acontecido e asolidariedade poderia ser a palavra deordem em toda a nação para construir umasociedade mais justa. Espera-se estasemana, com a razão e a certeza, que opovo americano não vai errar mais e vaipoder dizer: “Oba, um negro é presidentedos Estados Unidos”!

Ouço dizer que as pessoas queedificaram a Uniplac são as grandes res-ponsáveis pelo desenvolvimento de Lages eregião. Quantas pessoas importantes nasáreas da Saúde, da Educação, da política, daeconomia e do direito passaram pelos bancosda Uniplac!

Por isso faço um apelo a todos osdeputados que amanhã vão ter a oportunidadede participar dessa audiência pública emLages: temos que buscar uma solução para asuniversidades do Sistema Acafe!

Se o governo federal buscou umasolução para salvar o Sistema FinanceiroNacional, é bem verdade que está ligado àquestão da economia do Brasil, temos quebuscar uma solução junto ao governo federal eao governo do estado não somente para salvara Uniplac, mas também para resolvermos osproblemas das universidades, deputadoManoel Mota, do Sistema Acafe em SantaCatarina.

Nenhuma instituição fomentou tantodesenvolvimento e deu tanto de si para Lagesquanto a Uniplac, deputado Elizeu Mattos, ev.exa. que já se envolveu tantas vezes embusca de uma solução para a nossa Uniplac.

Talvez esse seja um ponto fun-damental, o quanto a Uniplac deu de si paraa cidade, para o estado e para o país,quase sempre sem o devido reconheci-mento. É a universidade que faz com que ospais não precisem mais tirar os filhos deLages para estudar e, assim, promove oensino, apóia o comércio e gera empregosdiretos e indiretos.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Clésio Salvaro) - Passaremos ao horárioreservado aos Partidos Políticos. Hoje,terça-feira, os primeiros minutos sãodestinados ao PMDB.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Ainda dentro do horário doPMDB, com a palavra o sr. deputado ManoelMota, por até seis minutos.Com a palavra o deputado Edison

Andrino, por até 16 minutos. É a Uniplac que atende a mais de 50mil pessoas por ano através da assistênciasocial. Ela está nos postos de saúde, no fórumda comarca, na Associação Comercial e noConselho Estadual de Educação. A Uniplacestá em todos os lugares e fazendo o bemsem olhar a quem na região serrana.

O SR. DEPUTADO MANOEL MOTA - Sr.presidente, sras. deputadas, srs. deputados,visitantes que nos dão a honra de prestigiar oParlamento catarinense, quero aqui fazerreferência a um grande líder da nossa região daGrande Florianópolis, o sr. Dário Berger.

O SR. DEPUTADO EDISONANDRINO - Sr. presidente e nobres srs.deputados, trago na tarde de hoje a estaCasa um assunto que considero de rele-vância muito grande, que é a questão dasdificuldades por que passam as universi-dades do Sistema Acafe em Santa Catarina.Amanhã haverá uma reunião em Lages ondeserá discutida a situação da Uniplac e,provavelmente, de todas as universidadesdo Sistema Acafe, momento oportuno dacomissão de Educação, Cultura e Desporto.

Dário Berger venceu uma eleição emSão José, fez um trabalho extraordinário,realizador, competente e planejado; concorreuà reeleição, fez mais de 70% dos votos e,antes de terminar o seu governo, mudou-separa Florianópolis. Disputou uma eleição muitodifícil, com adversários tradicionais ligados aoeminente deputado Joares Ponticelli - egostaria que ele estivesse aqui - e foivencedor. Planejou, traçou, trabalhou,executou, cumpriu um plano de governo queele mesmo colocou aos quatro cantos domunicípio, e eu tive a honra de participar doseu primeiro mandato.

Ao dizer que a Uniplac atende a de50 mil pessoas por ano, através de suaassistência social, é preciso deter-se nadiversidade do serviço. Estamos falando de umtratamento odontológico de alta qualidade; deum serviço de acesso à Justiça que vai alémdo Direito, com o apoio do Serviço Social e daPsicologia, cursos, aliás, de reconhecimentonacional; do seu curso de Medicina atuandonos postos de saúde dos municípios da região.Ou seja, a Uniplac é um instrumento efetivo decidadania e torna a vida dessas pessoas me-lhor e mais digna.

Eu, que acompanho há muitos anoso trabalho da Uniplac, em Lages, sei daimportância daquela universidade para a regiãoserrana, e creio que o governo do estado e ogoverno federal têm que buscar uma soluçãourgente para as universidades do SistemaAcafe.

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6 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Agora colherá os frutos desse trabalhoextraordinário e realizador, que é a transformaçãona Saúde, na área social no norte e no sul da ilha.Credenciou-se a disputar as eleições com um mitoem Santa Catarina que, por estar na sua região,entendia que não perderia para ninguém. Daí eleachou que o outro perdeu a eleição passadaporque não tinha toda aquela fortaleza de votos,mas que ele seria o grande embaixador paradisputar essa eleição.

Na ausência de representantes doPSDB, os próximos minutos são destinados ao PT.

Mas eu não poderia, deputado PedroUczai, líder da nossa bancada, depois dessagrande e estupenda vitória que tivemos emJoinville, deixar de reconhecer a vitória tambémda população de Joinville, nesse momento,pela candidatura de Carlito Merss. Foi umagrande e extraordinária votação. É, sem dúvidaalguma, a busca do novo dentro daqueleimportante município, o maior do estado deSanta Catarina, sem desmerecer os outroscandidatos que disputaram. Mas o importanteé que se destaca a proposta tambémdefendida e construída pelo nosso candidatoCarlito Merss.

Com a palavra o sr. deputado PedroBaldissera, por até nove minutos.

O SR. DEPUTADO PEDRO BALDISSERA -Sr. presidente, srs. deputados, sras. deputadas,acompanhando o discurso do deputado ManoelMota, eu vejo que a encrenca vai ser meio grande.Isso vai ser bonito.

Até pouco tempo atrás EduardoPinho Moreira, um grande líder, candidatíssimoao governo de Santa Catarina, de repenteabandonou a sua grande liderança. Mas quebom, deputado Manoel Mota, que v.exa. temvárias opções. É importante, dentro do partidopolítico, a diversidade de candidaturas. Nósnos alegramos com isso pois é bom, ésaudável à democracia. E é importantetrazermos isso aqui presente.

Eu, que conheci esse puro-sangueque vinha ganhando as eleições em SantaCatarina, descobri que se tratava de um mito.De repente perdeu as eleições para o governo.Esse puro-sangue mais parecia um cavaloparaguaio porque começou ganhando e acabouperdendo no segundo turno a eleição. Adisputa era aqui em Florianópolis e eradecisiva na sua vida! E foi enfrentar essegrande líder, que é Dário Berger.

É claro que ele vai ter muitosdesafios. Eu fui prefeito durante dois manda-tos e sei disso. São inúmeros os desafios quevamos enfrentando no dia-a-dia. Mas quandonós governamos com a participação, com oenvolvimento da nossa população, com certezavamos transformando a realidade e a vida donosso povo.

Agora, recentemente, neste últimosábado, o PT esteve reunido no estado deSanta Catarina. Estiveram lá presentesprefeitos eleitos, prefeitos que estão atuando,vice-prefeitos, vereadores, liderançasestaduais, lideranças nacionais e fizeram umgrande debate sobre esse momento ex-traordinário que o Partido dos Trabalhadoresvive em nível de país.

O que aconteceu? Não adianta mais,já passou o tempo dos discursos fáceis, dascríticas infundadas, não capitaliza mais, pois opovo não acredita mais nisso e deu uma lição.Qual foi a lição? Uma derrota acachapante, amesma derrota que, disse o deputado JoaresPonticelli na ocasião, tinha levado LuizHenrique em Joinville, onde ele nem eracandidato! Agora sobre essa aqui eu não tenhonem palavras. Acachapante é muito poucopara a derrota que teve aqui em Florianópolis.Acachapante é uma palavra muito pequena!

Esta é a grande e mais importanterazão do poder público, ou seja, mudar a vidada nossa gente. Esta é a razão, é o que nosanima, entusiasma-nos dentro do setorpúblico, senão perdemos a nossa razão de sercomo agentes políticos que nós somos.

Eu posso dizer aqui que o PT, emnível nacional, tem sido um grande vitoriosoeleitoral e politicamente em nosso país. Nósavançamos tanto na questão eleitoral quantona questão política. Isso nós não podemosesquecer, não podemos abandonar, e emSanta Catarina nós conseguimos evoluirsignificativamente o número de prefeituras.Agora o mais importante é essa experiênciarica que vem sendo realizada nas diferentesadministrações durante a gestão do nossopartido.

Acredito pessoalmente no pequenoou no grande município. Dá para fazermosmuita coisa, é só ouvirmos com muita atençãoo povo, pois governando com ele vamostransformando, sem dúvida alguma, arealidade e a vida da nossa gente.

Então, essa disputa mostrou queesse puro-sangue passou a ser um pangaré,não ganha de mais ninguém. E eu vejo odeputado Joares Ponticelli com uma cor meiodiferente. Por quê? Porque o seu mito, aquelebicho-papão desapareceu. E é bom olhar aquiuma notinha do motivo pelo qual ele não ganhamais eleição. Porque quando faz coligação, elenão cumpre, deixando os amigos no meio docaminho. Leodegar Tiscoski era um grandelíder.

Portanto, quero aqui reconheceresse avanço que tivemos e, ao mesmo tempo,desejar aos novos eleitos, como Carlito Merss,no grande município, sucesso e que realmentepossam, através da gestão, contribuir e ajudarpara construir uma sociedade mais humana,mais justa e mais fraterna, porque é dessaforma que vamos construir uma novamentalidade e uma nova consciência de sefazer política e de conduzir as coisas públicasna sociedade em que vivemos.

Eu poderia aqui enumerar uma sériedelas, mas faço questão de, mais uma vez,realçar que o modo petista de governar estádando certo, está contaminando muitosmunicípios nas diferentes regiões do nossoestado, começando pela nossa grande regiãodo extremo oeste, do oeste do estado deSanta Catarina, onde notoriamente o Partidodos Trabalhadores tem multiplicado emnúmero de prefeitos, de vice-prefeitos e devereadores, multiplicando as suas liderançaseleitas neste último período. Portanto, é umaspecto extremamente importante.

(Passa a ler.)“Suplente de deputado federal,

secretário de saneamento no ministério dasCidades. Meu problema com Amin é pessoal,não é partidário.”

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PDT.

Quer dizer, ele não tem problemapartidário, é com ele.

Onde é que estava o Vieirão? Eu nãoo vi na campanha! E o Celestino Secco? Eunão o vi na campanha!

Com a palavra o sr. deputadoSargento Amauri Soares, por até cincominutos.Então, quem apronta acaba per-

dendo depois, pois chega um momento emque ninguém mais suporta. É o que aconteceuaqui em Florianópolis.

E neste último sábado, srs.deputados, foi criado um espaço, ummomento, oportunizando a troca deexperiências das inúmeras administrações doPT no estado de Santa Catarina. Lá tivemosprefeitos relatando 12 anos de governo, as inú-meras experiências extremamente positivasque deram certo, que incluíram mais gente nosprogramas sociais do município. São maispessoas participando, debatendo, tornando-sesujeitas agentes do seu processo, da suahistória e da sua caminhada, porque esse é oentendimento que nós temos. O Poder Públicoestá dando espaço e oportunidade às pessoasde poderem elevar a sua auto-estima atravésdos diferentes programas implementados epriorizados pelas nossas administrações.

O SR. DEPUTADO SARGENTOAMAURI SOARES - Sr. presidente, srs.deputados, telespectadores da TVAL, ouvintesda Rádio Alesc Digital e pessoas que nosacompanham nesta sessão, enquanto osservidores do Hemosc e do Cepon tiveram umadoce vitória na greve realizada na semana de20 a 24 de outubro, os praças da PolíciaMilitar e do Corpo de Bombeiros continuam seorganizando e mobilizando-se no estado inteiropara buscar uma negociação da lei salarial, aLei n. 254/2003, ainda neste ano de 2008,porque se jogarmos para o ano que vemteremos que esperar mais seis meses. Virãoas férias, a operação veraneio, todo mundo sedispersará e lá para março do ano que vem éque iremos retomar esse diálogo.

Por isso quero aqui parabenizar ehomenagear esse grande líder Dário Berger,que mudou a história da política catarinense,porque até então se discutia de uma formadiferente e agora vai-se discutir de outra forma,porque aqueles líderes que tinham aqui comobase foram derrotados num vexame de votos.Evidentemente que esses líderes só têm umabusca: a sua casa e cuidar do jogo de palito ede dominó. E isso se o Dário Berger fizer oscampeonatos, senão nem isso eles disputarão.

Então, Santa Catarina, a populaçãocatarinense aprendeu uma lição: que discursofácil, crítica infundada não constrói voto e levaà derrota. E é isso que aconteceu no estado epor isso quero homenagear e parabenizarDário Berger...

Tivemos experiências de oito anosde governos, sendo lá compartilhadas eservindo como instrumento aos novos prefeitosque foram eleitos e que iniciarão agora essenovo desafio da gestão pública local.

Srs. deputados, eu irei falar aindasobre isso no próximo pronunciamento datarde de hoje, mas gostaria de registrar, já nocomeço desta semana, essa mobilização que acategoria está organizando.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.) Esteve lá presente também o ex-

prefeito de Caxias do Sul, ocasião em querelatava toda a sua importante experiência nogrande centro urbano.

(SEM REVISÃO DO ORADOR) O Sr. Deputado Joares Ponticelli -V.Exa. nos concede um aparte?O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao

O SR. DEPUTADO SARGENTOAMAURI SOARES - Pois não!Então, são essas coisas que vão

sendo socializadas, que vão ganhando corpo,dimensão e vão transformando a realidade e avida do nosso povo.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -Nobre deputado, vou falar muito rapidamente,só quero dar uma sugestão a v.exa.

PSDB.(Pausa)

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Nós estamos nos aproximando do dia15 de dezembro e talvez, eu já disse isso, oproblema tenha sido a data que ela foipromulgada: dia 15 de dezembro. E no dia 15 dedezembro do corrente ano vai fazer cinco anosque essa lei é lei e que o governo não a cumpre.

O SR. DEPUTADO JOARES PONTICELLI -Sr. presidente, srs. deputados, catarinenses queparticipam da nossa sessão, que nosacompanham através da TVAL e ouvintes da RádioAlesc Digital, quero cumprimentar o deputadoDarci de Matos, que retorna a esta Casa depoisde uma grande e democrática empreitada, porparticipar do processo eleitoral. V.Exa. não teveêxito na eleição, mas pessoalmente se fortaleceue saiu vitorioso.

Não é possível que um governadorque se elegeu pela primeira vez prometendoequiparar o salário do professor do estadoao do professor de Joinville, que eleapresentava como melhor do Brasil, depoisde seis anos além de não cumprir aquelagrande promessa que fez, implantou umapolítica maléfica de abono que escraviza oprofessor, que não permite a ele sequertirar atestado médico para cuidar da suasaúde, e agora entra com uma Ação Diretade Inconstitucionalidade contra um dos me-lhores projetos aprovados pelo CongressoNacional neste ano, que teve uma partici-pação efetiva da senadora Ideli Salvatti, enão há como negar o envolvimento doCongresso como um todo. Foi um dos pro-jetos que teve maior celeridade nadiscussão e na aprovação, e é umaconquista do magistério do Brasil esperadahá décadas.

Então, no dia 15 quero me colocar àdisposição. Já tenho alguns discursos do dia15 de setembro de 2003, especialmente dequem defende o governo apaixonadamente. Nodia 15 de dezembro vamos fazer umacomemoração negativa dos cinco anos, umdesagravo de comemoração pelos cinco anosde enganação com o pessoal da SegurançaPública de Santa Catarina.

Eu continuo na tese de que, se houveum grande derrotado na eleição de Joinville, nãofoi v.exa., foi aquele que se considerava oimperador, o soberano absoluto de Joinville, suaexcelência, o governador internacional, que nemsei para que partes do mundo anda agora, o dr.Luiz Henrique da Silveira.

Parabéns pela persistência,deputado Sargento Amauri Soares.

O SR. DEPUTADO SARGENTOAMAURI SOARES - Muito obrigado também,deputado Joares Ponticelli, pelo seu apoiopermanente, assim como de vários outrosdeputados, nessa causa tão justa para me-lhorar a Segurança Pública no nosso estado.

Esse, sim, sofreu uma acachapantederrota duas vezes. No primeiro turno com oseu candidato do 15, que ficou em quartolugar, no segundo turno, por ter dito quetrabalhava com v.exa., mas eu não sei serealmente trabalhou tanto como disse.Acredito que se ele tivesse trabalhado deverdade, teria transferido mais votos paraquem fez quase 80% em todas as eleições quedisputou, sem subestimar, é claro, o poder, acompetência e o merecimento do grandedeputado Carlito Merss, que na quintatentativa chega com grande mérito à prefeiturade Joinville.

E o governador de Santa Catarina,para a nossa surpresa é um governador quedemonstra com isso que não gosta domagistério, que não honra os compromissoscom o magistério, porque tem demonstradoisso quando não atende ao Sinte, e agoraentra com uma Adin para não implementar opiso do magistério aqui em Santa Catarina.Não dá para explicar!

Mas voltarei a falar sobre isso nopronunciamento posterior. Quero agora falarjustamente sobre a greve que ocorreu entre osdias 20 e 24 de outubro e que terminou,felizmente, com a doce vitória dos trabalhadores.

São cerca de 800 servidores doHemosc (Centro de Hematologia eHemoterapia de Santa Catarina) e do Cepon(Centro de Pesquisas Oncológicas) paraatender a uma população de seis bilhões decatarinenses em todos os exames, todas asconsultas, todo o tratamento de câncer, toda acoleta, toda a seleção, todos os exames, todaa distribuição do sangue no estado de SantaCatarina. Repetindo, são 800 servidores paraatender a seis bilhões de habitantes e visitan-tes que aqui precisam desse tratamento.

O piso regional do salário, deputadoPedro Uczai, o único estado do país que nãotem é o nosso. Rio Grande do Sul tem o seupiso fixado; o Paraná tem o seu piso; SãoPaulo tem; Rio de Janeiro tem e Santa Catarinaé um hiato, não tem o piso nacional fixadoporque o governador não quer e não deixa osseus aprovarem.

Nós tivemos também a oportunidadede, através do nosso deputado KennedyNunes, participar dessa vitória merecidatambém do deputado Carlito Merss. Quanto aFlorianópolis, sabíamos que a empreitada eramuito difícil. Eu soube que o líder do PMDB jáveio aqui venerando o novo líder. Parece que oEduardo Moreira já foi esquecido, a impressãoque tenho é que o Eduardo já foi sacado, agorahá um novo ídolo do nosso líder do PMDB.Parece que o Eduardo já é coisa do passado,talvez pelas derrotas dele no sul do estado. Foibarba, cabelo e bigode contra o Eduardo.

Agora numa conquista do Brasil, domagistério brasileiro, através do CongressoNacional e do governo Lula, o governador LuizHenrique da Silveira, para continuar usandoessa boa arrecadação, talvez para manter aestrutura politiqueira e eleitoreira desecretarias Regionais que muito falam e poucofazem, entra com uma Adin - Ação Direta deInconstitucionalidade, para não cumprir. Euquero dizer que fiquei indignado ao ler hoje nacoluna do Roberto Azevedo e do PriscoParaíso. Fiquei indignado, surpreso edecepcionado, não esperava esse encaminha-mento do governador.

Fizeram a greve porque o governo doestado, através da secretaria da Saúde, queriacedê-los para a fundação privada queadministra aqueles órgãos por contrato degestão. Eles fizeram a greve pelaintransigência de poucas pessoas, porque jáno dia 16 de outubro o secretário deArticulação, Ivo Carminati, e o então secretáriointerino de Administração, Paulo Eli, emreunião, já queriam negociar no sentido deatender à demanda dos servidores. Como nãohouve acordo por parte da secretaria daSaúde, a greve começou no dia 20.

Talvez por isso o líder do PMDBtenha-se transferido de mala e cuia para cá nosegundo turno, pela vassourada que levou emAraranguá, onde ninguém menos do que o seufilho era vice. E o nosso Mariano Mazzuco nosdeu a alegria de, mais uma vez, mostrar que olíder do PMDB, em Araranguá, virou verdadeira-mente um cavalo paraguaio. Cavalo paraguaioé o líder do PMDB lá em Araranguá. Eu imaginava que Santa Catarina,

por ser um estado vanguardeiro em váriasquestões neste país, deputados Décio Góes ePedro Uczai, pudesse ver também o seu pisodo magistério implementado, e éprofundamente lamentável que o governadorLuiz Henrique da Silveira tenha ingressado comessa ação junto ao Supremo Tribunal Federal.

Durante aquela semana nós falamosmuito aqui nesse assunto e aprovamos umamoção nesta Casa nesse sentido, e todos osdeputados estão de parabéns por isso. E queroagradecê-los por aprovarem aquela moção deapoio à greve e pela negociação do requerimento.

O Mariano Mazzuco, com a ajuda doPT, do PSDB e de tantos outros, mandou olíder do PMDB com seu filho para casa naeleição. Por isso é que no dia da vitória doDário Berger, nas entrevistas que eu assisti,deputado Pedro Uczai, ou era o líder ou a suairmã, o coitado do Dário quase não conseguiafalar nas entrevistas. Acho que ele deve tersido acotovelado nas entrevistas, porquequando aparecia uma câmera de televisão olíder do PMDB e a sua irmã atiravam-se nafrente do Dário. Queriam falar, dar entrevistas,talvez para dar uma sacudida naquela derrotaque sofreu em Araranguá para o nosso gloriosoMariano Mazzuco. Mas a eleição passou, agoraquem ganhou tem que fazer.

Abrimos aqui um espaço para aservidora Regina Rombaldi, do Hemosc, sepronunciar e falar sobre o anseio daquelestrabalhadores. Na tarde de quinta-feira daquelasemana o líder do governo, deputado Herneusde Nadal, ainda estava buscando uma formade estabelecer canais de diálogo para podersuperar o impasse, mas, felizmente, no diaseguinte, na sexta-feira, dia 24, a negociouculminou com o acordo de que não haverácedência de trabalhadores públicos no Hemosce no Cepon para uma fundação privada.

Quero desde já manifestar ao Sinte ea todo o magistério de Santa Catarina a nossasolidariedade, e colocar a nossa bancada,como também a bancada do PT já tem-semanifestado e outras, deputado SargentoAmauri Soares, para que possamos reagir,mostrar a nossa indignação por essedesserviço que o governador Luiz Henrique daSilveira presta ao magistério de SantaCatarina.Eu quero, em primeiro lugar, pedir

para o governador, para os seus teles-pectadores, esses mais de 100 secretários -porque entre secretário efetivo e adjunto dámais de 100, são 56 secretarias, dá 112secretários e secretários adjuntos, e devehaver muitos nos assistindo pela TVAL, atéporque no governo pouco eles têm a fazer, meparece -, manifestar aqui, deputado PedroUczai, a indignação da nossa bancada, e temque ser a indignação desta AssembléiaLegislativa, pelo fato do governador ter entradocom a Adin contra o piso nacional do salário domagistério.

E ainda nessa linha quero mani-festar aqui minha preocupação com a ma-téria veiculada no dia 31 de outubro nojornal Notícias do Dia, onde é relatado quemais uma escola estadual, a EscolaEstadual Rosa Torres de Miranda do bairroJardim Atlântico, aqui em Florianópolis,dispensou os alunos. Não tem maiscondições de recebê-los por falta desegurança. É uma escola que espera háalgum tempo por reforma, e o secretárioRegional diz que não tem nem previsão parao próximo ano.

Esta luta é longa, vai continuar, masquero agradecer a todos que se empenharamem prol de resolver pacificamente e semmaiores prejuízos essa situação.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao PP.

Com a palavra o deputado JoaresPonticelli.

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8 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Esse é o tratamento que o go-vernador Luiz Henrique da Silveira, o gover-nador viajante, itinerante e internacional...Aliás, ele e boa parte do governo desapa-receram e o estado fica jogado às traças.

grandes obras, como aberturas de avenidas,levantamento de ruas, 60 quilômetros deasfalto, linhas de ônibus e outras obrasimportantes de infra-estrutura para aquelemunicípio. Há também R$ 70 milhões definanciamento da Caixa Econômica para fazer oeixão que vai cortar de norte a sul com cincoelevados.

Discussão e votação em segundo turnodo Projeto de Lei n. 0273/2007, de autoria dodeputado Onofre Santo Agostini, que obrigaestabelecimentos comerciais a utilizarem materialbiodegradável ou reutilizável para embalagens deprodutos e incentiva esses estabelecimentos aadotarem programas ambientais.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Ainda dentro do horárioreservado aos Partidos Políticos, os próximosminutos são destinados ao Democratas.

Conta com parecer favorável dacomissão de Constituição e Justiça.Portanto, não vou me pronunciar nos

primeiros seis meses do novo governo. Vou medar o direito de não dar nenhuma sugestão,nenhum palpite e nenhuma crítica. Após seismeses, aí sim, vamos fazer uma Oposiçãoresponsável, tranqüila e cobrar para que onovo prefeito possa cumprir todos oscompromissos que ele assumiu durante oprimeiro e o segundo turnos nas eleições nomunicípio de Joinville. Esperamos que o futuroprefeito possa fazer uma boa gestão, e naquiloque eu puder ajudar como cidadão, comodeputado, com certeza vou ajudar, porque tudoque tenho devo a cidade e ao povo de Joinville,e o que nós queremos é o melhor para a nossacidade.

Ao presente projeto foi apresentadauma emenda modificativa, à folhas 29.

Com a palavra, o deputado Darci deMatos, por até nove minutos.

Em discussão.O Sr. Deputado Professor Grando -

Peço a palavra, pela ordem, sr. presidente.O SR. DEPUTADO DARCI DE MATOS -Sr. presidente em exercício, deputado AntônioAguiar, quero saudar os demais deputados, asdeputadas, vejo aqui a amiga deputada Ada DeLuca, senhores, senhoras, telespectadores daTVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital. É umprazer voltar a Assembléia Legislativa, nossaCasa, palco da democracia catarinense, e nãopoderia deixar, deputado Cesar Souza Júnior,de fazer aquilo que v.exa. fez quando voltouapós as eleições municipais.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado Professor Grando.

O SR. DEPUTADO PROFESSORGRANDO - Apenas uma observação: nestamatéria foram acoplados projetos de mais doissrs. deputados, inclusive deste deputado.Então, esta matéria é o somatório de projetosde vários srs. parlamentares, e a iniciativa é dodeputado Onofre Santo Agostini, que é agora onosso secretário de DesenvolvimentoSustentável, e faz jus que este projeto de leiseja aprovado por esta Casa.

Sr. presidente deputado AntônioAguiar, vou falar, fazer um relato breve sobre oprocesso eleitoral na maior cidade de SantaCatarina, Joinville.

O Sr. Deputado Professor Grando -V.Exa. me concede um aparte?

O SR. DEPUTADO DARCI DE MATOS -Pois não! O SR. PRESIDENTE (Deputado Julio

Garcia) - Assiste razão a v.exa. O projeto dev.exa. é o PL n. 0354/2007 que é apensadoao PL n. 0273/2007.

Primeiro quero dizer, deputado CesarSouza Júnior, que o pleito para o Executivo,uma eleição para prefeito, é uma experiênciaúnica. Nós aprendemos muito, principalmenteno contato com as pessoas mais simples nosbairros, nas reuniões. Temos aqui outros queforam candidatos a prefeito de outras cidadesde Santa Catarina, e neste momento eu sótenho a agradecer. Agradecer a Deus por terme dado muita força; agradecer a minhafamília; a minha equipe e aos candidatos avereador. A nossa coligação fez setevereadores, o PSDB e o DEM; quero agradecer,sobretudo e fundamentalmente aos 104.600eleitores que confiaram na nossa proposta,que nos apoiaram, que foram às ruas, e nosajudaram no primeiro e, sobretudo no segundoturno na cidade de Joinville.

O Sr. Deputado Professor Grando -Deputado Darci de Matos, quero primeiroparabenizar v.exa., e aproveitar o momentopara parabenizar todos os srs. parlamentaresque também foram candidatos, como no casodos deputados Cesar Souza Júnior, GenésioGoulart, Jandir Bellini, enfim, todos oscompanheiros que engrandecem a questãoque hoje é das mais importantes, que é opoder local.

Continua em discussão.(Pausa)Não havendo quem o queira discutir,

encerramos sua discussão.Em votação.Os srs. deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Essa disputa - por exemplo, o

deputado Kennedy Nunes também participou eaqui está - imagino que tenha sido em altonível pela formação, pela experiência dosparlamentares e v.exa. foi vereador. Da mesmaforma a mensagem que o deputado CesarSouza Júnior trouxe para Florianópolis e ospontos que fizeram e ampliaram essadiscussão. Por que estou querendo parabe-nizar? Porque venho de um tempo em que nóslutávamos para ter o direito de escolher ummandatário em nosso município. Até 1985,não faz muito tempo, não tínhamos eleiçõesna capital do estado, nas estânciashidrominerais e nos municípios de divisa.

Aprovada a matéria em sede desegundo turno.

A Presidência solicita a compreensãodo deputado Jean Kuhlmann e coloca emdiscussão, para posterior votação, o Projeto deLei n. 0222/2008, de origem governamental,que autoriza o Poder Executivo a contrataroperação de empréstimo junto ao BancoInteramericano de Desenvolvimento - BID, parao Programa de Investimentos na Implantação ePavimentação de Rodovias Estaduais e noFortalecimento do Departamento Estadual deInfra-Estrutura - Deinfra (até US$300,000,000.00).

Também não poderia, sr. presidente,deixar de agradecer aos meus companheirosdeputados da base do governo, os deputadosdo PMDB que estiveram em Joinville nosegundo turno e aos demais deputados queforam até Joinville, no segundo turno, levar suasolidariedade, assim como os deputados dopartido concorrente também fizeram.

Conta com parecer favorável dascomissões de Constituição e Justiça e deFinanças e Tributação.

Não tínhamos eleições, só tivemosem 1982 para governo do estado. V.Exas.imaginem não ter o direito de pelo menosescolher os nossos dirigentes. Mas nósconquistamos esse direito, como tambémpodemos ser candidatos. Então, a política épedagógica.

Quero dizer que a única coisa quetemos a fazer neste momento é reconhecer avitória do nosso concorrente. O deputadoCarlito Merss venceu as eleiçõeslegitimamente, e desejamos que ele faça umbom governo, que possa fazer uma boagestão. E o que todos nós queremos paraSanta Catarina e, sobretudo nesse momentopara Joinville é que o município vá bem, quepossa continuar sendo a maior e a melhorcidade de Santa Catarina.

Ao projeto foram apresentadasemendas modificativas à folhas 10, 45 e 61;emendas aditivas à folhas 46 e 62 e emendassupressivas à folhas 49 e 64.

Com as emendas a matéria vai àdiscussão.Quero parabenizar a todos por esse

engrandecimento, que com certeza tambémcoloca esse pensamento jovem, essa partici-pação...

(Pausa)Não havendo quem queira discutir,

encerramos sua discussão.(Discurso interrompido por término

do horário regimental.)Em votação.

Também eu não poderia deixar deagradecer o governador Luiz Henrique da Silveirapelo empenho, pela ajuda, pela colaboração nacampanha, e o apoio do prefeito Marco Tebaldi,que foi um grande companheiro.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -Peço a palavra, pela ordem, para encaminha-mento de votação.

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Julio

Garcia) - Passaremos à Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, paraencaminhamento de votação, o sr. deputadoJoares Ponticelli.

Votação da redação final do Projetode Lei n. 0259/2008.Joinville tem aproximadamente R$ 1

bilhão alocados para os próximos quatro anos.São recursos oriundos do caixa da prefeitura,que vai arrecadar R$ 50 milhões a mais porano, e também de financiamentos. Serãoquase R$ 200 milhões para saneamentobásico, R$ 15 milhões do Funpat, que já estãoem caixa para fazer nove novos parques; US$42 milhões do BID para fazer obras decontenção de enchentes e R$ 40 milhões doBNDES, autorizado por esta Casa, que ogovernador Luiz Henrique da Silveira emprestado BNDES e repassa para Joinville para fazer

Não há emendas à redação final.Em votação. O SR. DEPUTADO JOARES

PONTICELLI - Essa matéria é extremamenteimportante para os futuros investimentos emrodovias de Santa Catarina, tanto narecuperação quanto em novas pavimentações.Claro que o total do financiamento nãocontemplará nem a metade daquele elenco deobras elegíveis, nós temos consciência disso,não podemos aqui gerar a expectativa de queesse financiamento vai atender a todo aquelerol de obras elegíveis que constam do anexo.

Os srs. deputados que a aprovampermaneçam como se encontram.

Aprovada.Votação da redação final do Projeto

de Lei n. 0515/2007.Não há emendas à redação final.Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovada.

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Page 9: FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO · E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira – Vice Presidente Jean Kuhlmann Gelson Merísio Pedro Uczai Pe. Pedro Baldissera

07/11/2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 9

Mas, de qualquer forma, eu achoque ele sendo mais abrangente não preju-dicará futuramente que esta ou aquela obraseja priorizada. O importante é que essamatéria seja aprovada, porque nós sabemosque ela ainda precisa passar pela comissão deAssuntos Econômicos do Senado, é umfinanciamento internacional.

O SR. DEPUTADO HERNEUS DENADAL - Sr. presidente, quero destacar o auto-espírito público das bancadas da Oposição, elogicamente também das bancadas daSituação, que nos permite, de uma formamadura, votar uma matéria extremamenteimportante em benefício do estado de SantaCatarina, especialmente para que nóspossamos melhorar a qualidade de vida danossa população, através de novas ligaçõesasfálticas aos municípios.

A Presidência considera a matériadiscutida e com o encaminhamentoencerrado, assim vai para a pauta dapróxima sessão...

O Sr. Deputado Herneus de Nadal -Pela ordem, sr. presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, odeputado Herneus de Nadal.Eu me recordo, no ano 2000, a

dificuldade que tivemos quando da aprovaçãodo BID IV, e aqui quero lembrar mais uma vezo papel importante que teve o deputadoRomildo Titon naquela oportunidade, quandoteve a coragem de contrariar o encaminha-mento dado pela sua bancada e nos garantiuquórum, o 21º voto, e foi o que garantiu aaprovação. O governador Luiz Henrique, entãoprefeito, era contra e veio aqui tentar tirar asua base do plenário, mas o deputado RomildoTiton garantiu aquele voto importante para oBID IV.

O SR. DEPUTADO HERNEUS DENADAL - Se fizer uma verificação, verá que háquórum.Esse financiamento não irá produzir

efeitos imediatos, mas, depois dos trâmitesem Brasília e dos contatos com os demaisorganismos financeiros, nós teremos acondição de viabilizar mais obras importantesem favor dos catarinenses.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Havendo quórum regimental, emvotação o Projeto de Lei n. 0222/2008.

Os srs. deputados que o aprovampermaneçam como se encontram.

O Sr. Deputado Professor Grando -Peço a palavra, pela ordem, sr. presidente,para encaminhamento de votação.

Aprovado, depois de um grandesusto no líder do governo.

Está vendo, líder do governo, aOposição mostra o quanto é importantepara o bom funcionamento desta Casa etambém do governo. Por isso, respeitemosa Oposição.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, paraencaminhamento de votação, o deputadoProfessor Grando.

Em homenagem ao deputadoRomildo Titon, por saber da importância desseprojeto para Santa Catarina, nós, que somosOposição, sim, mas a exercitamos comcoerência, com responsabilidade, votaremosfavoravelmente.

O SR. DEPUTADO PROFESSORGRANDO - Sr. presidente, nós do PPS somosfavoráveis a esse empréstimo que serárealizado pelo estado de Santa Catarina juntoao BID. Quero dizer da nossa preocupação comrespeito ao planejamento no sentido de queessas estradas possuam o devido licencia-mento ambiental.

O Sr. Deputado Herneus de Nadal -Pela ordem, sr. presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, odeputado Herneus de Nadal.

Solicitei vistas à matéria, no âmbitoda comissão de Constituição e Justiça, quandoesta lá chegou, e fui até incompreendido noprimeiro momento, alguns achavam que erauma medida protelatória, deputado PedroUczai. Mas o nosso objetivo foi apenasaperfeiçoar, corrigir algumas imperfeições queconstavam do projeto.

O SR. DEPUTADO HERNEUS DENADAL - Quero registrar mais uma vez oempenho de todos os srs. deputados, tanto daOposição quanto da Situação nesta Casa, queviabilizam a aprovação de um projeto tãoimportante. Para que se faça justiça, reiteroaqui a afirmação e também o reconhecimentopela atitude e pela presença.

Portanto, nós sabemos que isso éapenas o começo de todo um trabalho jáantecipado, até porque o projeto aprovado poresta Casa irá para o Senado, onde será apro-vado também o financiamento. Sabemos que oestado já está honrando os outros financia-mentos anteriores com o BID e vai honrar maisesse pela capacidade de endividamento que oestado possui, através da administração. E,digo mais, realmente irá ajudar a atingir ofamoso Plano do Milênio, estabelecido pelasNações Unidas, auxiliando os municípios maispobres que possam se beneficiar pelodesenvolvimento sustentável pela interligaçãocom as maiores cidades.

As emendas que nós apresentamosforam acolhidas por todas as comissões. E,neste sentido, o nosso partido, a nossabancada, responsáveis que somos com ofuturo, com o desenvolvimento de nossoestado, votaremos pela aprovação doprograma rodoviário BID V. E esperamos quebrevemente Santa Catarina possa dispordesses recursos para obter essesinvestimentos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - A Presidência registra a visita doprefeito eleito de Balneário Arroio do Silva,Evandro Scaini, e também do seu vice-prefeitoeleito Mário Mota. Sejam bem-vindos àAssembléia Legislativa.

Esta Presidência comunica queserão encaminhadas aos destinatários,conforme determina o art. 206 do RegimentoInterno, as Indicações n.s: 0402/2008 e0403/2008, de autoria do deputado RogérioMendonça; 0404/2008, 0405/2008 e0406/2008, de autoria do deputado RenoCaramori; 0407/2008 e 0408/2008, deautoria do deputado Sargento Amauri Soares.

O Sr. Deputado Pedro Uczai - Peço apalavra, sr. presidente, pela ordem, paraencaminhamento de votação. Então, é nesse sentido que todos

nós, parlamentares, independente dos partidospolíticos, somos favoráveis ao projeto.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, paraencaminhamento de votação, o deputadoPedro Uczai, líder do PT.

O Sr. Deputado Elizeu Mattos - Pelaordem, sr. presidente, para encaminhamentode votação.O SR. DEPUTADO PEDRO UCZAI -

Considerando que o líder do governo acolheuas emendas da bancada do Partido dosTrabalhadores para aperfeiçoar, tornando maistransparente esse projeto de financiamentojunto ao BID; considerando que o própriogoverno federal continua, apesar da crise,investindo recurso público na infra-estruturadeste país, através do PAC - e o PAC não iráparar, pelo contrário, continuará sendoinvestido em todos os estados -, não há porque a nossa bancada ser contrária aosinvestimentos e ao financiamento do BID Vpara avançar na infra-estrutura e na logísticade desenvolvimento de Santa Catarina.

Requerimento de autoria dadeputada Ada De Luca, que solicita o envio demensagem telegráfica ao prefeito e aopresidente da Câmara de Vereadores deItaiópolis, cumprimentando-os pelo aniversáriodo município.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, paraencaminhamento de votação, o sr. deputadoElizeu Mattos.

O SR. DEPUTADO ELIZEU MATTOS -Sr. presidente, somos muito cobrados nointerior com relação ao Projeto de Lei n.0222/2008, sobre o qual já tenho falado comv.exa., principalmente nos municípios quenecessitam de acesso e revitalização derodovia. E hoje este Parlamento está deparabéns pela unidade de todas bancadas,uma vez que não é um projeto de governo.Esse financiamento é um projeto de estado,ele ultrapassa um projeto de governo.

Esta Presidência defere de plano.Requerimento de autoria do

deputado Rogério Mendonça, que solicita oenvio de mensagem telegráfica ao sr. VicenteGabriele Pascale, de Florianópolis,cumprimentando-o pela conquista da Medalhade Gratidão da União dos Escoteiros do Brasil.

Esta Presidência defere de plano.Requerimento de autoria do

deputado Marcos Vieira, que solicita o enviode mensagem telegráfica aos prefeitos eaos presidentes das Câmaras deVereadores de São Martinho, AntônioCarlos, Rancho Queimado, Chapadão doLajeado, Governador Celso Ramos,Massaranduba, Lacerdópolis e Lages,cumprimentando-os pelo aniversário dosrespectivos municípios.

Por isso queremos que seja apro-vado aqui, e a bancada irá votar favo-ravelmente para que, de forma transparente,possam ser atendidas as obras maisimportantes e necessárias a todas as regiõesdo nosso estado.

A votação deste projeto é muitoimportante para a minha região e para todo oestado de Santa Catarina, porque engloba aserra catarinense; a revitalização da SC-438,que abrange Lages, São Joaquim, Bom Jardimda Serra; a ligação de Urubici com a serra docorvo Branco; a ligação de Urupema a RioRufino; a recuperação da SC-458, da BR-216até Campo Belo do Sul.

Como o presidente Lula está fazendono país, nós queremos apoiar aqui em SantaCatarina esse financiamento.

O Sr. Deputado Herneus de Nadal -Peço a palavra, pela ordem, sr. presidente,para encaminhamento de votação.

Esta Presidência defere de plano.E nós hoje votamos aqui um projeto

importante que envolve mais de 300 milhõesde dólares, com a contrapartida do estado deSanta Catarina.

Requerimento de autoria da bancadado PMDB, que solicita o envio de mensagemtelegráfica ao sr. Dário Berger,cumprimentando-o pela reeleição no cargo deprefeito municipal de Florianópolis.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, paraencaminhamento de votação, o deputadoHerneus de Nadal, líder do governo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Não há quórum para deliberação. A Presidência defere de plano.

Processo Informatizado de Editoração - C o o r d e n a d o r i a d e P u b l i c a ç ã o

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10 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Requerimento de autoria dadeputada Ada De Luca, que solicita o envio demensagem telegráfica ao secretário da ReceitaFederal do Brasil pedindo a transformação daagência de Criciúma em Delegacia.

Os srs. deputados que a aprovampermaneçam como se encontram.

Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovada.Moção de autoria do deputado

Rogério Mendonça, a ser enviada ao presi-dente do Fórum Parlamentar Catarinense noCongresso Nacional, solicitando a instituiçãode legislação que dispensa os deficientesmentais da obrigatoriedade do pagamento doImposto de Renda.

Aprovada.Moção de autoria do deputado Pedro

Uczai, a ser enviada ao Ministro doPlanejamento e ao presidente da ComissãoEspecial Interministerial da Anistia, mani-festando apoio aos trabalhadores que seenquadram nos benefícios da Lei Federal n.8.878 e solicitando a realocação dos mesmos.

A Presidência defere de plano.Requerimento de autoria da

deputada Ana Paula Lima, que solicita o enviode mensagem telegráfica aos familiares dasra. Adelina Clara Hess de Souza, manifes-tando pesar pelo seu falecimento. Em discussão.

A Presidência defere de plano. (Pausa) Em discussão.Requerimento de autoria do

deputado Moacir Sopelsa, que solicita o enviode mensagem telegráfica ao prefeito e aopresidente da Câmara de Vereadores deLacerdópolis, cumprimentando-os pelo ani-versário do município.

Não havendo quem a queira discutir,encerramos sua discussão.

(Pausa)Não havendo quem a queira discutir,

encerramos sua discussão.Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovada.A Presidência defere de plano. Moção de autoria do deputado Pedro

Uczai, a ser enviada ao presidente da OAB, aopresidente da OAB-Secção Santa Catarina e aopresidente da OAB-Subsecção Chapecó,manifestando apoio à posição da Ordem dosAdvogados do Brasil expressa na Argüição deDescumprimento Fundamental n. 153,protocolada no Supremo Tribunal Federal.

Aprovada.Requerimento de autoria do

deputado Dagomar Carneiro, que solicita oenvio de mensagem telegráfica ao presidenteda Associação Catarinense de ConselheirosTutelares, cumprimentando-o pelo aniversáriode fundação daquela associação.

Pedido de Informação de autoria dodeputado Reno Caramori, a ser enviado aopresidente do Deinfra, solicitando informaçõessobre a pavimentação asfáltica da rodovia SC-455.

Em discussão.A Presidência defere de plano. (Pausa)Requerimento de autoria do

deputado Dagomar Carneiro, que solicita oenvio de mensagem telegráfica ao dr. CláudioValdyr Helfenstein, cumprimentando-o pelaposse no cargo de desembargador do Tribunalde Justiça de Santa Catarina.

Em discussão. Não havendo quem o queira discutir,encerramos sua discussão.(Pausa)

Não havendo quem a queira discutir,encerramos sua discussão.

Em votação.Os srs. deputados que o aprovam

permaneçam como se encontram.Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Aprovado.

A Presidência defere de plano. A Presidência consulta os srs.líderes sobre o requerimento do deputadoHerneus de Nadal que solicita a votação daredação final das matérias aprovadas hoje emprimeiro e segundo turnos.

Moção de autoria do deputadoHerneus de Nadal, a ser enviada ao presidenteda República, ao ministro da Agricultura e acoordenadora do Fórum ParlamentarCatarinense, solicitando a viabilização dorestabelecimento das linhas de crédito agrícoladestinadas ao financiamento da próxima safra.

Aprovada.Moção de autoria da Bancada do PP,

a ser enviada a Coordenadora do FórumParlamentar Catarinense, solicitando gestõespara que seja revisto o acordo entre Brasil eChile com relação à importação pelasempresas brasileiras de carimbos produzidosnaquele país.

(Pausa)Havendo concordância de todos os

srs. líderes, já manifestada, assim aPresidência procederá.Em discussão.

(Pausa) Em discussão. Antes de encerrar a presentesessão, esta Presidência convoca outra ex-traordinária para as 16h13min.

Não havendo quem a queira discutir,encerramos sua discussão.

(Pausa)Não havendo quem a queira discutir,

encerramos sua discussão.Em votação. Está encerrada a sessão.

ATA DA 027ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIADA

2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 16ª LEGISLATURAREALIZADA EM 04 DE NOVEMBRO DE 2008

PRESIDÊNCIA DO SENHOR DEPUTADO JULIO GARCIA

Às 16h13, achavam-se presentes osseguintes srs. deputados: Ada De Luca -Antônio Aguiar - Cesar Souza Júnior - ClésioSalvaro - Dagomar Carneiro - Darci de Matos -Décio Góes - Dirceu Dresch - Edison Andrino -Elizeu Mattos - Gelson Merísio - GenésioGoulart - Herneus de Nadal - Jailson Lima -Jean Kuhlmann - Joares Ponticelli - JorginhoMello - Julio Garcia - Kennedy Nunes - ManoelMota - Marcos Vieira - Moacir Sopelsa - NarcizoParisotto - Nilson Gonçalves - Pedro Baldissera- Pedro Uczai - Professora Odete de Jesus -Professor Grando - Reno Caramori - RomildoTiton - Sargento Amauri Soares - Valmir Comin.

DEPUTADA ADA DE LUCA - Fala sobre aescolha de Santa Catarina como o destinopreferido dos turistas e sobre o trabalho dogovernador nesse sentido.

DEPUTADO DÉCIO GÓES - Aborda os 83 anosde emancipação de Criciúma, fazendo umasíntese da história da cidade; parabeniza odeputado Carlito Merrs pela eleição; fazconvite para a reunião com o Ministério Públicoestadual e federal.

DEPUTADO ELIZEU MATTOS (aparte) -Cumprimenta o governo pela política certaadotada com relação ao turismo. DEPUTADO DAGOMAR CARNEIRO (pela

ordem) - Registra a presença do dr. EdsonRistow, ex-procurador de Brusque.

DEPUTADO SARGENTO AMAURI SOARES -Aborda o final da greve do Hemosc eCepon; refere-se ao não-cumprimento daLei n. 254.

DEPUTADO VALMIR COMIN - Tece comen-tários sobre a reunião do Fórum ParlamentarCatarinense, em Criciúma.DEPUTADO PROFESSOR GRANDO - Justifica

sua ausência nas sessões devido à sua partici-pação em audiências públicas da comissão deEducação; fala do encontro sobre osaneamento em Santa Catarina.

DEPUTADO DÉCIO GÓES (aparte) - Parabenizaa senadora Ideli Salvatti por assumir o FórumParlamentar Catarinense.SUMÁRIO

Explicação Pessoal DEPUTADO MANOEL MOTA - Registra apresença do vereador Marco Antônio Mota;fala da sua ida a Brasília para tratar da BR-285; aborda a questão da barragem do Riodo Salto.

DEPUTADO KENNEDY NUNES (pela ordem) -Convida para reunião na comissão deSegurança Pública.

DEPUTADO JOARES PONTICELLI - Manifesta-sesobre o papel da Oposição; fala da aprovaçãodo financiamento do Programa Rodoviário BIDV.DEPUTADO PEDRO UCZAI - Aborda o piso

salarial do magistério; refere-se ao futuro dasuniversidades comunitárias.

DEPUTADO DÉCIO GÓES (aparte) - Ressalta aimportância da aprovação do BID V.

DEPUTADO DÉCIO GÓES (aparte) - Reporta-seà importância da obra da BR-285.

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07/11/2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 11

DEPUTADO RENO CARAMORI - Fala do 5ºEncontro Nacional de Bombeiros Voluntários.

O SR. DEPUTADO KENNEDY NUNES -Sr. presidente, eu só gostaria de aproveitar econvidar todos os deputados, pois amanhã, nacomissão de Segurança Pública, vamos fazer aprimeira reunião sobre o Decreto n. 864, queestá prejudicando os realizadores de eventosno estado.

E a segunda temática relacionada àeducação refere-se à audiência pública que vamosrealizar, através deste Parlamento, na comissãode Educação, na cidade de Lages, onde vamosdiscutir não só o futuro do Sistema Acafe, mas, detodas as instituições comunitárias aqui de SantaCatarina e do Rio Grande do Sul.

DEPUTADO SARGENTO AMAURI SOARES (pelaordem) - Parabeniza o deputado Reno Caramoripelo pronunciamento e ressalta a necessidadede ser discutida a situação do Corpo deBombeiros do estado.

Então, todos os outros deputados quequeiram participar poderão fazê-lo amanhã, às11h, na comissão de Segurança Pública, ondevamos montar uma comissão com técnicos daCasa, do governo do estado e também de repre-sentantes das empresas que fazem eventos, paradiscutir o Decreto n. 864/1973, que coloca nasmãos do delegado regional a possibilidade darealização ou não de eventos. Isso está dandoproblema em todo o estado e nós queremosmudar essa situação.

Em relação ao Sistema Acafe, a UnCfez movimento para que o governo do estado aestatize. A Furb realizou diferentes movimentos emanifestações, entidade cuja natureza jurídica éde direito público, para que seja federalizada. AUniplac está construindo outro caminho, que é ode municipalizar aquela instituição, transformandoo que é de origem público-privada, em direitopúblico. E hoje, com intervenção judicial, buscaadministrar a instituição.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Havendo quórum regimental einvocando a proteção de Deus, declaro abertaa presente sessão extraordinária.

O Sr. Deputado Edison Andrino -Peço a palavra, pela ordem, sr. presidente!

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado Edison Andrino.

O SR. DEPUTADO EDISON ANDRINO -Não entendi bem a colocação de v.exa., sr.presidente, porque amanhã há duasaudiências públicas em Lages: da comissão deEducação, às 15h, e da comissão de MeioAmbiente, às 18h.

As instituições comunitárias tiveramum papel estratégico no desenvolvimento decada região no estado, como a Uniplac, naregião de Lages; a UnC, no meio-oeste deSanta Catarina e no planalto; a Univili, naregião norte do estado; a Unerje, em Jaraguádo Sul; a Unifebe, em Brusque; a Furb, emBlumenau; a Unidavi, em Rio do Sul e naregião; a Unesc, na região de Criciúma; aUnoesc, no meio-oeste e oeste de SantaCatarina; a Unichapecó, na região de Chapecóe oeste de Santa Catarina; a própria Udesc,que participa do sistema Acafe; a Unisul, umagrande universidade e a Univale, que étambém uma das maiores universidadescomunitárias deste país. Ou seja, qual será ofuturo das universidades comunitárias? Vamosmunicipalizá-las, estadualizá-las, federalizá-lasou vamos construir uma nova pessoa jurídica,como será apresentado amanhã, no sentido detransformá-las em universidades públicas,comunitárias, não estatais? Está-se tentandoconstruir uma nova pessoa jurídica com oapoio do ministério da Justiça, que buscarianessa natureza jurídica um horizonte paratransformá-la pública, gratuita, democrática,com qualidade, com característica universitáriae não estatal.

Então, estamos convidando todos osdeputados que não fazem parte da referidacomissão para participarem daquele momento.

Muito obrigado!O Sr. Deputado Elizeu Mattos - Peço

a palavra, pela ordem, sr. presidente!O SR. PRESIDENTE (Deputado Julio

Garcia) - Esta Presidência sugeriu, em funçãoda manifestação do deputado Joares Ponticelli,que os líderes conversassem durante estasessão extraordinária que está começando elogo em seguida tomaremos uma decisãosobre o assunto.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Tem a palavra, pela ordem, com aaquiescência do sr. deputado Pedro Uczai,ainda por um instante, o sr. deputado ElizeuMattos.

O SR. DEPUTADO ELIZEU MATTOS -Sr. presidente, faço uma indagação à Mesa.

A Presidência passa imediatamenteà Ordem do Dia para, inicialmente, votarmos,em sede de redação final, os Projetos de Lein.s 0273/2007 e 0222/2008.

Haverá sessão amanhã e quinta-feiraaqui no plenário e nós estaremos emaudiência pública relativa à questão do CódigoAmbiental em Lages, amanhã, e em CamposNovos, na quinta-feira, audiências que são naminha região, na região do deputado RomildoTiton e do deputado Jorginho Mello. Como vaihaver uma audiência pública às 15h dacomissão de Educação, em Lages, que tratade um assunto relevante para nós, eu gostariaque fosse considerada a possibilidade de osparlamentares participarem da audiência. Issonão seria considerado como falta porqueestaremos em atividade parlamentar, tratandode assuntos desta Casa.

Votação da redação final do Projetode Lei n. 0273/2007.

Não há emendas à redação final.Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontramAprovada.Votação da redação final do Projeto

de Lei n. 0222/2008.Em votação.Os srs. deputados que a aprovam

permaneçam como se encontram.Este é outro caminho para as

universidades comunitárias: estatizá-las, deputadoEdison Andrino. E como fica essa construçãodesse patrimônio histórico, que é público, e opróprio passivo dessas instituições numaperspectiva de estatizar? Porque senãopoderemos nos enganar. A Furb é de direitopúblico, mas continua sendo financiada emgrande parte pela mensalidade. E qual é asituação da Furb hoje? Quem sabe não é melhordo que outra que ainda não é de direito público,como a Unisul, a Univale, a Unoesc, a Unec ou aUnoChapecó?!

Aprovada.Eu consulto v.exa., sr. presidente, se

podemos considerar essa atividade comopresença e não ausência na sessão da Casa.

A Presidência consulta agora os srs.líderes sobre o questionamento do deputadoJoares Ponticelli.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Excepcionalmente, com os debates,as reuniões das comissões fora da capital,evidentemente que os srs. deputados terãocomputadas as suas presenças nas suasatividades parlamentares.

O Sr. Deputado Joares Ponticelli -Peço a palavra, pela ordem, sr. presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado Joares Ponticelli.

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Sr. presidente, nós já conver-samos, os demais líderes também vão-semanifestar. Eu substituo hoje o deputadoSilvio Dreveck, o nosso líder, mas chegamosao entendimento de que dá para com-patibilizar a audiência, já que as bancadasencaminharão os seus representantes, e amanutenção da sessão plenária de amanhãe de quinta-feira.

Com a palavra, agradecido pelacompreensão, o sr. deputado Pedro Uczai poraté dez minutos.

O SR. DEPUTADO PEDRO UCZAI - Sr.presidente, deputado Julio Garcia; srs.deputados, sras. deputadas, telespectadoresda TVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital,visitantes que neste momento participam aquina Casa do Povo desta sessão, assomo àtribuna, e não poderia ser diferente, para falarde dois assuntos relacionados à educação,pois tenho convicção de que a melhor herançaque um pai, uma mãe podem deixar para osseus filhos e, conseqüentemente também osagentes públicos, é uma boa universidade paraessa juventude brasileira, uma boa educação euma boa profissão, porque o resto eles corrematrás.

Qual será o futuro das instituiçõescomunitárias? Elas terão qualidade? Serávoltar de universidade para ser faculdade?Acho que é um retrocesso enorme, se essa fora forma de concorrer com as faculdadesparticulares, com aquelas que só priorizam oensino. Nós queremos pesquisa, extensão,pós-graduação, enfim, graduação comqualidade. Portanto, fortalecer as comunitáriaspara desenvolver cada região do estado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Fica decidido que os representantesdas bancadas comparecerão às audiênciaspúblicas da comissão de Educação e tambémà audiência que vai debater o novo CódigoAmbiental. Paralelamente, os demaisdeputados realizam a sessão ordinária queserá amanhã, às 14h.

Não é possível destruirmos essaexperiência histórica, que foi estratégica para odesenvolvimento das diferentes regiões do estadode Santa Catarina, como foi no Rio Grande do Sul,e perdermos essa oportunidade, deixar passaresse tempo ou em inglês o time e não buscaruma solução definitiva para as instituiçõescomunitárias. Pública, não estatal, com carátercomunitário, como se está propondo, é ocaminho? Estatizá-las no plano municipal,estadual ou federal, é outro caminho para asnossas universidades comunitárias? Do jeito queelas estão requerem mudanças, transformaçõespara que mais adiante mais uma universidadenão sofra intervenção ou crise financeira.

Passaremos à Explicação Pessoal.Então, quero falar a respeito do piso

nacional porque o governo do estado,lamentavelmente, faz discurso que a receitaaumentou e assina Ação Direta de Incons-titucionalidade, não permitindo incorporar amelhoria salarial dos professores do estado deSanta Catarina, a melhoria nas condições detrabalho, permitindo um terço da sua cargahorária para pesquisas, estudos para sequalificar para ensinar melhor.

O primeiro orador inscrito é o senhordeputado Pedro Uczai, a quem concedemos apalavra, na forma do Regimento, por até dezminutos.

O Sr. Deputado Kennedy Nunes -Peço a palavra, pela ordem, sr. presidente!

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - Enquanto o sr. deputado Pedro Uczainão chega à tribuna, concedo a palavra, pelaordem, ao deputado Kennedy Nunes.

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12 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Por isso, o debate de amanhã sereveste de uma importância central, de umadiscussão que se coloca sobre qual o papel dogoverno do estado em relação ao sistemacomunitário. Se fosse cumprido integralmenteo art. 170, de R$ 35 milhões para R$ 55milhões, daria um fôlego para as nossasuniversidades comunitárias. Se fosseimplantado o art. 171, votado e aprovado aquina Assembléia Legislativa, pela base dogoverno, no ano passado e sancionado pelogovernador, em 25 de janeiro de 2008, e nãofoi aplicado nenhum centavo. Lei que seaprova, Constituição que se modifica, tem queser cumprida.

Nosso belo e pujante estado tambémfoi destaque entre os melhores resorts de praia,os melhores hotéis fazenda e os melhoresparques temáticos. A escolha de Santa Catarinaser a melhor não se deu por acaso. O próprio siteda revista Viagem e Turismo descreve SantaCatarina como o estado que tem calor, sombra eágua fresca em 560 quilômetros de praias. Se forinverno, o clima é europeu e a temperatura chegaabaixo de zero.

Nós acompanhamos todo o empenhodo governador Luiz Henrique nas viagens querealizou para vender o nosso estado. E isso ele fezcomo ninguém, pois mostrou Santa Catarina, queé um estado bonito, belo e tem um povo ordeiro;um estado que apresenta um diferencial na geo-grafia da serra, do mar, dos vales, enfim, dacolonização. Tanto é que no ano que vem SantaCatarina, na sua capital, Florianópolis, vai sediar omaior evento de turismo mundial.

A publicação também destaca asreservas ecológicas, as lagoas, as temporadasde pesca e o calendário das festas no estado.Como relata a revista ‘Santa Catarina ésempre uma delícia’. E é mesmo!

Então, quero cumprimentar v.exa. pelobelo pronunciamento e também estender oscumprimentos ao governo Luiz Henrique pelapolítica certa para com o turismo em SantaCatarina.

E aqui há mais mudanças no Prodec,anunciadas esta semana pelo governo doestado, através de decreto: R$ 46 milhõesprevistos para este ano e, para o art. 171,nenhum centavo.

As belezas naturais do nosso estadosão indiscutíveis! Mas, indiscutível também é otrabalho que tem sido feito pelo nossogovernador Luiz Henrique da Silveira, paracolocar Santa Catarina entre os melhoresroteiros turísticos do Brasil e do mundo.

A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA -Obrigada, deputado Elizeu Mattos.

(Continua lendo.)“Em breve, o estado será sede da

primeira filial, fora da Europa, da Escola Nacionalde Administração, uma das mais renovadasescolas de administração pública do mundo. Osdetalhes para a instalação da escola serãoacertados pessoalmente pelo governador emParis, na França, na semana que vem. Numprocesso de crescente internacionalização deSanta Catarina, cada vez mais inserida no cenárioglobal, já podemos vislumbrar outros grandeseventos aqui sediados.

Deputado Elizeu Mattos, quem sabeamanhã na audiência pública os deputados dabase do governo possam responder o quefazer e por que não se cumpre o art. 171.Estão dando R$ 2,8 bilhões de incentivosfiscais, aumentando-os, fruto das mudanças dodecreto, através do Prodec desta semana, masrecursos para as instituições comunitárias, doart. 171, zero!

Eu mesma participei de viagens como governador, na época eu não era deputada,presenciei palestras dele com as mais altasautoridades de turismo, quando as convidou avisitar, a conhecer Santa Catarina para colocarnosso estado nos roteiros promovidos porseus órgãos e agências.

Desses encontros, lembro do go-vernador Luiz Henrique defendendo com garra,com afinco, acreditando e transmitindo umsentimento de convicção do potencial turísticocatarinense, decantado por ele em Portugal,Espanha, Suécia, Cracóvia, na Alemanha,Rússia, Inglaterra, França e em tantos outrospaíses. Visionário que é, como Dom Quixote,enfrentou os moinhos de vento. Houve ocasi-ões em que o nosso governador foi umverdadeiro caixeiro viajante, vendendo SantaCatarina aos quatro cantos do mundo. Agoraestá colhendo os frutos!

Quanto ao piso nacional, para ogoverno do estado a educação não é prio-ridade. Melhorar o salário do professor écusto; permitir que o professor tenha 33% dasua carga horária para estudar, pesquisar, sepreparar para haver qualidade na educação,para ter saúde, possibilidade de melhorescondições de vida e de trabalho na educaçãopública no estado, não é prioridade!

Que venham os jogos da Copa de2014. O nosso estado está-se preparando, emuito bem!

Parabéns, governador Luiz Henriqueda Silveira!”

Muito obrigada!(SEM REVISÃO DA ORADORA)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Inscrito para falar o nobredeputado Sargento Amauri Soares, a quemconcedo a palavra por até dez minutos.

Entrar com uma Ação Direta deInconstitucionalidade quando houve todo oenvolvimento do Congresso Nacional, quandohouve envolvimento não só da base dogoverno, mas inclusive da Oposição, dosenador Cristovam Buarque?! Depois de 1827,houve a conquista, no Brasil, de um pisonacional e os governos do PMDB, do Paraná,do Mato Grosso do Sul, de Santa Catarina; doPSDB, do Rio Grande do Sul e do Ceará, oscinco governadores, entraram com uma AçãoDireta de Inconstitucionalidade para destruiruma conquista histórica. Então, assumampublicamente que a educação não éprioridade, deputada Ada De Luca, que aeducação pública não tem qualidade e que temque ser no privado, no particular, porque edu-cação pública não dá futuro ou não dá voto. Dáfuturo, mas não dá voto!

O SR. DEPUTADO SARGENTOAMAURI SOARES - Sr. presidente, sra.deputada, srs. deputados, telespectadores daTVAL, ouvintes da Rádio Alesc Digital, públicoque acompanha esta sessão, eu falava nopronunciamento anterior sobre o final feliz dagreve dos servidores do Centro de Hematologiae Hemoterapia - Hemosc - e do Centro dePesquisa Oncológica - Cepon. A greve começouno dia 20 e terminou no dia 24 de outubro,felizmente, com a negociação e com umasolução justa, correta para aquele conflito.

Priorizar os investimentos em infra-estrutura, qualificação e organização no tradeturístico, captação de novos interesses e aaplicação estratégica de recursos dos fundosde cultura, esporte e turismo são apenasalgumas das ações do governo que colocaramSanta Catarina no topo do turismo.

Este espírito vanguardista do go-vernador Luiz Henrique já rendeu outros frutos,além da premiação da revista Viagem eTurismo. Na última sexta-feira, foi anunciada adecisão unânime dos integrantes do ConselhoMundial da Viagem e Turismo de realizar opróximo encontro mundial da entidade emFlorianópolis, em maio do ano que vem. Oevento reunirá 700 autoridades, empresários eas maiores lideranças do turismo mundial de14 a 18 de maio de 2009. Será a primeira vezque este evento será realizado na AméricaLatina, já que os últimos três ocorreram emParis, Washington e Dubai, nos EmiradosÁrabes. Será um orgulho para todos nós,catarinenses!

Os trabalhadores do Hemosc e do Ceponvenceram porque a sua causa era justa, legítima eadequada aos interesses da maioria da população doestado catarinense. Por isso eles venceram! Por fim,prevaleceu a razão, o espírito público e a dignidade doserviço público de Santa Catarina.Muito obrigado!

(SEM REVISÃO DO ORADOR) Eles reivindicavam tão-somente odireito de continuar sendo servidores públicose de terem como chefe, como autoridade,como chefe imediato o próprio governo doestado, através da secretaria da Saúde.

O SR. PRESIDENTE (Deputado JulioGarcia) - A próxima oradora inscrita é a sra.deputada Ada De Luca, a quem concedo apalavra por até dez minutos.

A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA -(Passa a ler.)

Quero agradecer, como já fiz antes, atodas as pessoas que contribuíram para esse entendi-mento, o Poder Legislativo, através de uma moção ede um requerimento, que deu abertura, espaço, paraeles se manifestarem aqui; o secretário daArticulação, Ivo Carminati; o secretário interino daAdministração, Paulo Eli; o deputado Herneus deNadal, que ficou trabalhando, insistindo naquele finalde semana (quinta e sexta-feira) para que umasolução negociada acontecesse e não fossenecessária a continuidade daquela greve.

O Sr. Deputado Elizeu Mattos -V.Exa. me concede um aparte?“Sr. presidente, colegas

deputados, público que nos acompanhapela TVAL e pela Rádio Alesc Digital, SantaCatarina outra vez se diferencia dos demaisestados do país, aparecendo entre osmelhores destinos turísticos brasileiros,com posição de destaque inclusive em nívelinternacional.

A SRA. DEPUTADA ADA DE LUCA -Pois não!

O Sr. Deputado Elizeu Mattos - Pedio aparte para cumprimentar v.exa. pelo temaabordado e aqui também fazer uma ressalva:há muitas críticas de que a política do turismopara Santa Catarina - e escutamos discursos emais discursos aqui - é errônea, que não é apolítica certa. Essa é a prova de que a políticaadotada pelo governo de Santa Catarina epelos empresários está no caminho certo,tanto é que o estado é bicampeão em termosde turismo. E não somos nós que estamosfalando, são as autoridades, as pesquisas emnível nacional que mostram que o melhorcaminho para o turismo, que o lugar maisprocurado hoje é Santa Catarina.

Os senhores, tenho certeza,acompanharam as notícias na mídia: SantaCatarina foi eleita como o destino preferidodos turistas brasileiros pela segunda vezconsecutiva. O prêmio de melhor destinoturístico foi concedido pela revista Viagem eTurismo - uma das publicações mais res-peitadas pelo setor -, depois de promover umavotação popular, na qual o público escolhesuas melhores opções.

E estão de parabéns principalmenteos servidores públicos, todos aqueles queapoiaram, os demais servidores públicos, asdemais entidades e os 800 servidores doHemosc e do Cepon, que em nome de todo oserviço público se mobilizaram e conseguiramfazer prevalecer, pelo menos por hora, oespírito público no serviço público do estadode Santa Catarina.

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Foram muitas as entidades que seenvolveram, que apoiaram: as entidades sindicais,como o Sintesp, o Sindsaúde - Sindicato dosTrabalhadores da Saúde -, e toda a diretoria. Eupoderia citar vários nomes de lideranças doHemosc e do Cepon, como a Regina, o Mário, aKátia, pessoas que se dedicaram, e de todosaqueles servidores que também, de formaanônima, contribuíram para essa vitória, comoMário Zunino, tão conhecido nesta Casa peladefesa do Hemosc e do Cepon, que mesmodoente, mesmo sofrendo pressão, permaneceu navanguarda do processo, na vanguarda da luta dosservidores públicos de Santa Catarina. Mas elesconquistaram uma importante vitória e a lutacontinua para fazer prevalecer no estado de SantaCatarina os conceitos e a qualidade do serviçopúblico.

Eles ficaram nessa situação devido àexpectativa de quatro ou cinco anos atrás,quando foi aprovada aqui a Lei n. 254 -sancionada pelo governador posteriormente -,de ascensão social, de vida digna, em queiriam poder comprar o terreno e pagar ofinanciamento da casa própria, o financia-mento do apartamento tão desejado emdécadas, em 20 anos de serviço na instituiçãodefendendo a sociedade catarinense, mesmocom o risco de perder a própria vida, poismuitos dos nossos policiais têm morrido poreste estado afora cada vez mais, numavelocidade maior.

Então, Santa Catarina é o primeiroestado brasileiro que deu o destino correto aoseu resíduo sólido. Vejam que foi um ajuste deconduta feito com a Polícia Ambiental, atravésde seu trabalho de fiscalização, com osprefeitos, com o Ministério Público, com aFatma, que na época era o nosso órgãoambiental, os quais fizeram levantamentostécnicos. E hoje nós podemos andar de cabeçaerguida quanto a essa questão.

Mais do que isso, em muitosmunicípios de origem industrial nós tivemos,então, que ajustar o aterro sanitário classe II paraabsorver o lixo industrial. Poucos catarinensessabem disso. No Brasil talvez até saibam maisporque outros estados estão adotando essesistema através de um ajuste de conduta.

Três anos de salário congelado, comuma inflação que galopou nos últimos meses,e a maioria dos servidores da SegurançaPública está endividada, numa situação deangústia, de revolta e muitas vezes dedesespero.

Então, como foi um sucesso esseajuste de conduta que acabou com os lixões,que criou aterros sanitários para as escolas decada município que não tinham aterrosanitário, e como Santa Catarina foi o estadopioneiro nisso, agora esse mesmo MinistérioPúblico está propondo aos 293 municípios,através dos novos prefeitos que estãoentrando, que façam um ajuste de condutapara que cada município, nos seus quatroanos de administração, tenham quesolucionar, como fez com a questão do lixo, oproblema do saneamento, porque em cada realinvestido em saneamento economizamosquatro em saúde.

Setenta por cento da população não têmdinheiro para pagar convênio privado de Saúde,precisam do atendimento do Sistema Único deSaúde, o SUS, esse sistema que completou 20 anosem 2008 e que foi homenageado nesta Casa e pre-cisa ser defendido por todos nós. Porque na hora deuma doença grave, cujo tratamento custa muito caro,ninguém segura, ninguém mantém, ninguém garante,a não ser o SUS. Se não fosse por ele, os própriosconvênios privados teriam que ser muito mais caros,pois na hora de uma despesa maior os hospitais,inclusive os filantrópicos e os particulares, valem-sedesse recurso público do Sistema Único de Saúde afim de garantir o atendimento à população que nãotem dinheiro para pagar.

Em nome deles, a Aprasc e estedeputado contribuem para uma solução,pois estão buscando uma mobilização paragarantir efetivamente uma negociação efe-tiva, uma proposta para o pagamento da Lein. 254 por parte do Poder Executivo, porparte do governo do estado. É preciso queseja feito isso ainda este ano. Não dá paraesperarmos que chegue e termine mais umverão, que os empresários se enriqueçammais, que os empresários do turismo ganhemmuito dinheiro no verão e os servidores daSegurança Pública continuem... Saneamento por quê? Porque as

Nações Unidas determinaram que até 2015teremos que atingir as Metas do Milênio. E umadelas é evitar uma série de doenças que sãotransmitidas por não haver saneamento. E vãodesde a cólera, dengue, malária, hepatite, até asdoenças mais graves, como o tifo, que sãotransmitidas por vetores, por não terem sanea-mento, vetores esses conhecidos comomosquitos que transmitem essas doenças ànossa população.

Aliás, certos tratamentos de saúde, comoo câncer, são tratados aqui em Santa Catarina peloCepon. Nenhum plano privado de saúde garante otratamento integral porque é um tratamento longo ecaro. Então, se não fosse o atendimento 100% doSistema Único de Saúde, a maioria da população nãoteria acesso a esse tratamento.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.)

(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Com a palavra o próximoorador inscrito, deputado Professor Grando,por até dez minutos.

Quero parabenizar todos os luta-dores daquela jornada e dizer que a lutaprecisa continuar, através de um movimentounificado contra as privatizações para defendero serviço público em todas as áreas, naSaúde, na Educação, e maiores investimentosna Segurança Pública, para garantir maiorsegurança à nossa população.

O SR. DEPUTADO PROFESSORGRANDO - Sr. presidente, companheirasdeputadas, companheiros deputados, inici-almente gostaria de justificar a minha ausêncianas sessões de quarta-feira e de quinta-feira,porque, como sou membro das comissões deEducação, Cultura e Desporto e de Turismo eMeio Ambiente, terei que participar dasaudiências públicas que serão realizadas forade Florianópolis. Uma será realizada amanhã,às 15h, em Lages, na Uniplac, e a outra às18h, também em Lages, para discutir aquestão do Código Ambiental. Na quinta-feirapela manhã estaremos em Campos Novos edepois em Videira.

Então, uma das Metas do Milênio queas Nações Unidas determinaram foi a questão daalimentação, da agricultura, do emprego, da casaprópria, e talvez a mais importante foi osaneamento. E o saneamento é responsabilidadedos municípios, é ele que dá a concessão! Amaioria deles tem dado essa concessão para aCasan durante 30 anos, através do abasteci-mento de água, mas não foram feitas muitascoisas que deveriam ter sido feitas.

Por conta disso, também os praças daPolícia Militar e do Corpo de Bombeiros, há seteanos, pelo menos, levantaram-se contra o regimede silêncio, contra a opressão interna da caserna,apenas pelo direito de poder dizer: “Nósqueremos defender a Segurança Pública comqualidade; nós queremos condições de trabalho;nós queremos possibilidades e apoio institucional;nós queremos um salário condizente, um saláriodigno, um salário justo, um salário que possibiliteefetivamente a dignidade do servidor policial,bombeiro ou agente prisional; nós queremos umplano de carreira que dignifique o trabalhador, quegaranta que nenhum trabalhador permaneça maisde dez anos na mesma graduação, na mesmafunção”.

Avançou-se, por incrível que pareça.Estávamos em penúltimo lugar, na últimapesquisa, com 12,5% de cobertura. O estadobrasileiro, que tem uma das melhoresqualidades de vida, que tem o exemplo devárias etnias que se integram, que trabalha edesenvolve-se tecnologicamente - é um estadoequilibradíssimo, nesse item e o própriogovernador reconhece -, está tomando medidasextremas. Mas é um movimento que tem queser criado por toda a sociedade.

Portanto, estaremos viajando, apartir de amanhã, representando as comissõesdas quais fazemos parte e por isso estamosjustificando a nossa ausência em plenário,pois estaremos participando das audiênciasdas referidas comissões.

Sr. presidente, eu tive a honra derepresentar o presidente desta Casa,deputado Julio Garcia, num grande encontroque eu considero histórico sobre o sanea-mento em Santa Catarina. Estavam lá pre-sentes as maiores autoridades do nossoestado e em nível nacional, autoridades quevão desde o Ministério Público estadual efederal, pessoas vinculadas à área técnicade saneamento como a Casan e outrosórgãos, através de sua experiência. E porque falo experiência? Porque Santa Catarinaé pioneira, foi o primeiro estado do Brasil adar um destino correto para os lixões. E porisso nós queremos agradecer de público aAlexandre Herculano Abreu, promotor deJustiça de Santa Catarina, que organizou otermo de ajuste de conduta para que cadamunicípio desse o destino correto aos seusresíduos sólidos e acabasse com os lixõesem Santa Catarina. Fez isso nos 293municípios.

E isso é possível, é viável, importantepara o estado, importante para as instituições eimportante para a população, que precisa donosso serviço e porque garante ao servidor,durante 30 anos ou mais, prestar um serviço dequalidade, sendo valorizado e ficando empolgadocom a sua profissão, com o seu emprego, com oseu métier, com a sua labuta diária.

Eu posso falar isso porque, quandofui prefeito na capital de todos oscatarinenses, transformei Florianópolis nacapital com a melhor qualidade de vida dopaís, segundo a pesquisa do Ipea de 1995 a1996. E qualidade de vida não é somentequando se faz saneamento, como eu fiz. Masfoi a capital que mais investiu. Então, nóstemos que conscientizar politicamente osnossos cidadãos para que entendam como éimportante o poder público.

Esses servidores da SegurançaPública de Santa Catarina que dedicam eentregam a sua vida tantas vezes para garantiro direito à segurança da população, nessemomento, por conta da estagnação, docongelamento do plano de carreira, por contade três anos de salários congelados, estãonuma situação muito difícil, pois a maioriadesses servidores, praças da Polícia Militar, doCorpo de Bombeiros, policiais civis, agentesprisionais e monitores, estão endividados.

Tudo isso fizemos como prefeito:complementamos com o Direto do Campo ecom o Cestão do Povo a alimentação dapopulação; complementamos, para ser amelhor capital em qualidade de vida, comtransporte coletivo nos morros; comple-mentamos com oito creches em tempointegral.

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Eu noto que muitos prefeitos queficaram mais tempo na prefeitura não fizeram omesmo número de creches que nós até hoje. Aquestão é a prioridade, pois sempre digo que aeducação é a maior herança, juntamente coma saúde, que podemos deixar para os nossosfilhos. E esse é o papel do poder público.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoAntônio Aguiar) - Antes de dar a palavra aopróximo orador inscrito, gostaria de registrar apresença, nesta Casa, do vereador eleito deBela Vista do Toldo, Gilmar Damaso daSilveira; do sr. Hilário Damaso da Silveira,gerente de Desenvolvimento Econômico; do sr.Alcir Reichardt, comerciante daquele município.

Se não estivéssemos aqui hoje, osdeputados da Oposição, ou se fizéssemosaquela peça que pregamos ao governo, aosair, num pequeno lapso de tempo, doplenário, o governo não teria colocado oquórum necessário para aprovar o maisimportante projeto de lei que o atual governoencaminhou a este Parlamento em seis anosde existência, que é o projeto de financiamentodo Programa Rodoviário BID V.

Mas esse encontro realizado nosdias 30 e 31, no qual representamos opresidente da Casa, tem de ser registrado poreste Poder porque ele teve a comissão doMeio Ambiente representando-o nessaocasião.

Sejam todos bem-vindos a esta Casade Leis. Sintam-se à vontade e obrigado pelapresença. Senão vejamos: tudo que o atual

governo fez, ou quase tudo que fez em termosde infra-estrutura asfáltica, de pavimentação,de reabilitação de rodovias, só o fez graças aoPrograma Rodoviário BID IV, deputado RenoCaramori, aprovado e conquistado ainda nogoverno do Esperidião Amin.

Com a palavra o próximo orador inscrito,deputado Joares Ponticelli, por até dez minutos.

Só para termos uma idéia, vou citarquem participou desse encontro: a Abes -Associação Brasileira de Engenharia Sanitária;a Casan - Companhia Catarinense de Água eSaneamento; e a Assemae - AssociaçãoNacional dos Serviços Municipais deSaneamento.

O SR. DEPUTADO JOARESPONTICELLI - Sr. presidente, srs. deputados,catarinenses que nos acompanham, agora hápouco, deputado Décio Góes, nós, poucos daOposição, tivemos uma oportunidadeextremamente importante para dar a SantaCatarina mais uma demonstração daresponsabilidade e da coerência com que asnossas bancadas agem neste Parlamento.

E naquela oportunidade, é bomlembrar, não tivemos aqui o mesmo com-portamento da bancada do PMDB, como nósdemonstramos hoje. Naquela oportunidade, abancada do PMDB deixou o plenário, e nósestávamos sem quórum para deliberar. Nãofosse o deputado Romildo Titon que, ironica-mente, contrariou aquele que seria dois anosdepois o governador do estado, o entãoprefeito de Joinville, que se deslocou deJoinville para cá para impedir a aprovação doprojeto de financiamento do Programa BID IV...

Como eu falei, o município é oresponsável pelo saneamento. Alguns mu-nicípios não deram a concessão para a Casan,fizeram com o Samae, e agora o sistema deágua e saneamento está sendo feito comempresas privadas, ou seja, com a Abcon -Associação Brasileira das ConcessionáriasPrivadas de Serviços Públicos de Água eEsgoto -, com o Tribunal de Contas do estado ecom o Tribunal de Contas da União. Por que osTribunais de Contas? Porque há recursos, háconvênios que vão acelerar para que realmenteisso possa ocorrer melhor no estado de SantaCatarina.

É sabido que os seis deputados do PP,com os seis deputados do PT, mais a deputada Odetede Jesus, do PRB, integram a base de Oposiçãosomando 13 deputados de Oposição. Temoscontado, com bastante freqüência também, com ovoto do deputado Sargento Amauri Soares nosencaminhamentos da oposição nesta Casa.

O governo tem maioria folgada e commuita freqüência, deputado Reno Caramori, o própriogovernador e muitos do governo têm, em diversasoportunidades, agredido, atacado as Oposições comose não tivéssemos responsabilidade na atuação. Emoutras, muitas vezes, o governo tem-nos tratado comcerto desdém. As Oposições têm encontrado muitasdificuldades para abrir um canal efetivo de diálogo, departicipação. Nas votações do Orçamento, deputadosDécio Góes e Reno Caramori, é que se constata issocom mais freqüência. É o sexto ano que somos daOposição.

Hoje tivemos a oportunidade de lavara alma, deputados Reno Caramori, Décio Góese Valmir Comin, porque nós, diferente daquelecomportamento, deputado Antônio Aguiar,mantivemos o quórum e concedemos osnossos votos para aprovar por unanimidade ofinanciamento do Programa Rodoviário BID V.

Os agentes financeiros estavam látambém, como a Caixa Econômica Federal,para mostrar a sua linha de crédito; a Funasa,para mostrar que municípios até 30 milhabitantes têm um programa especial, e oBNDES, para fazer o financiamento.

E o que esperamos agora é que ogoverno agilize as demais tratativas, porqueessa matéria tem que passar pela comissãode Assuntos Econômicos do Senado. Dependede uma série de encaminhamentos até que ocontrato possa ficar pronto para suaefetivação. E espero que quando essesrecursos começarem a aportar nos caixas doTesouro, nós possamos voltar a participardessa discussão, deputados Décio Góes, RenoCaramori e Sargento Amauri Soares, nosentido de também debater e priorizar asobras que serão realizadas pelo financiamentodo BID no Programa V.

Portanto, os novos prefeitos sabemque poderão fazer o saneamento, melhorar aqualidade de vida, que esse é o objetivo dequem administra. Qual é o objetivo de umgovernante no final do seu mandato, sejagovernador, presidente ou prefeito? É melhorara qualidade de vida do seu povo. E hárecursos, sim, disponíveis nesses órgãos, e osnovos prefeitos que vão adentrar não podemter desculpas em dizer que não há recursos! Emais do que isso, o governo federal criou a sualei, o governo estadual criou a sua lei, omunicípio de Florianópolis tem a sua lei comos respectivos conselhos.

Eu espero que, depois da lição dehoje, depois do comportamento quedemonstramos, mais uma vez, de responsabi-lidade e de coerência, o governo possa, nessaque é a votação mais importante de cadaParlamento, que é a votação do Orçamento -não existe matéria mais importante que sediscuta num Parlamento do que a discussão eaprovação do Orçamento, porque é ele quedefine os investimentos do Poder Executivo emqualquer instância -, ser menos intransigentequando iniciarmos a composição, a discussãoe a votação do Orçamento e acolher tambémas contribuições que a Oposição quer dar.

Nós queremos, e temos o direito deter, essa participação, queremos ajudar adecidir onde serão investidos esses recursos,já que no Orçamento do estado não temos tidoessa oportunidade, nem quando da discussãoou da aprovação das peças orçamentárias, emuito menos na aplicação dessa grande fatiaatravés do Fundo Social e de outros fundos,porque esses são administrados a bel-prazer, apura vontade, e na maioria das vezes, navontade política de sua excelência, o go-vernador do estado.

Então, nós cumprimos o nosso deverde casa. Resta-nos agora aplicar esses recursosque já estão disponíveis. Mais do que isso, apolítica estadual, como falei, sobre o saneamento,a política do município de gestão do saneamento,o Ministério Público, a política nacional desaneamento e o PAC, que prevê obras nas quaisesses recursos serão aplicados...

Nós não estamos aqui para atra-palhar, não estamos aqui para criar dificul-dades; estamos aqui com a responsabilidadedo mandato que temos, não esquecendo dopapel que as urnas nos delegaram. Afinal decontas, já dizia Ulysses Guimarães, não há umgoverno forte sem uma Oposição forte.

É importante analisar o histórico dosaneamento básico, desde o Planasa até a Lein. 11.445, que é a lei nacional. Além disso, astecnologias de coleta, de transporte, detratamento e de exposição final deesgotamento sanitário e os planos municipaisde saneamento básico devem ser lembrados.

Aos que ganham é atribuído o direito degovernar, aos que perdem a eleição, o direito e odever de fiscalizar. E o papel fiscalizador doparlamentar, que é dos três o mais importante, delonge é o mais importante. Afinal de contas, quemvota as contas do governo é o Parlamento, é muitoimportante, e o governo tem impedido, em diversasoportunidades, que possamos cumprir esse papel.

Então, hoje acredito que demosmais uma demonstração inequívoca de queestamos agindo aqui com extrema respon-sabilidade, cumprindo com o nosso papel eajudando o governo do estado a cuidar deSanta Catarina um pouco melhor do queestá cuidando. Se o governo tivesse nosouvido mais, se adotasse a prática de nosouvir mais, não tenho dúvida de que errariamenos. Não porque somos os donos daverdade - longe disso, deputado RenoCaramori, nós também erramos quando fomosgoverno e precisamos reconhecer -, mas namedida em que os governos ouvem asOposições, a quantidade de erros praticadospor esses governos é menor. Esse é o sentidoe essa é a contribuição que queremos dar.

Então, aqui está o título de uma dasgrandes palestras: Esgotamento Sanitário eSaúde Pública. Volto a dizer, vejam como ébom trabalhar quando se tem consciênciapolítica, quando a sociedade se organiza.

Um dos exemplos claros disso foi atentativa que as Oposições empreenderam debuscar respostas, de investigar denúncias gravesque recaíram sobre o governo com a proposiçãode abertura de CPIs, e o governo, em nenhummomento, deixou-as funcionar. Cito exemplos láde trás da CPI do Ballet Bolshoi, da CPI do AldoHey Neto, da CPI da Casan e da tentativa de CPIdas lombadas eletrônicas. Tantas açõesprecisavam ser investigadas, precisavam de umaresposta clara, transparente, contundente para asociedade, e o governo não nos permitiu cumpriro nosso principal papel.

Estou fazendo aquilo que eu disseque faria: pronunciamentos sobre a questão domeio ambiente e sobre a questão desaneamento, porque é um compromisso desteparlamentar, do nosso partido, cominvestimentos dos recursos públicos... Acredito que hoje demos uma

demonstração da coerência, da responsabi-lidade que norteia os nossos mandatos e anossa ação.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental)

(SEM REVISÃO DO ORADOR)

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07/11/2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 15

O Sr. Deputado Décio Góes - V.Exa.me concede um aparte?

Giacomo Sonego descobriu ‘aspedras que queimam’, que, levadas a labo-ratórios do Rio de Janeiro, seriam a molapropulsora de todo o progresso vivido peloscresciumenses: carvão de pedra, mineral jáexplorado em Lauro Müller.

Portanto, quero desejar-lhe, bemcomo à sua equipe e a todos que ajudaram navitória, muitas felicidades.O SR. DEPUTADO JOARES

PONTICELLI - Pois não! Ouço o deputado DécioGóes.

Em seu lugar na Câmara Federaltomará posse em janeiro o deputado federalJorge Boeira, que já foi deputado de 2003 a2006, com grande atuação. É um companheirodo sul do estado e teve uma atuaçãofundamental, principalmente na área daeducação e infra-estrutura. Minha saudação aoJorge Boeira que assume a Câmara Federal apartir de janeiro para ampliar a bancada e arepresentatividade de Santa Catarina.

O Sr. Deputado Décio Góes -Deputado Joares Ponticelli, queria parabenizá-lo pelo seu depoimento. E para que ocatarinense tenha noção da importância desseprograma que vem desde 1980, quero dizerque já é o quinto programa, 64% das rodoviasde Santa Catarina têm a presença do programado BID. É um programa definitivo, importantepara a modernização da malha viária de SantaCatarina, e hoje, com uma posição decisiva daOposição, conseguimos aprovar esse projetoque já há tempos a bancada do governo estavase enrolando nele.

Em 1911 Marcos Rovaris seria eleitomembro do Conselho Municipal de Araranguá,representando o Distrito de Paz.

Na Estrada de Ferro Dona TherezaChristina foi implantado um ramal para atender àdemanda do transporte da hulha, inaugurado em1923. Numa estação de embarque/desembarquelia-se nas fachadas laterais, em letras garrafais:CRESCIUMA, e eram essas estações que davamnome às localidades.

Aproveitando esses últimos minutos,deputado Professor Grando, gostaria de dizerque amanhã pela manhã, às 11h, a comissãode Turismo e Meio Ambiente fará uma reunião -e está convidando as demais comissões queestão analisando o Código Ambiental - com oMinistério Público estadual e com o MinistérioPúblico federal. À noite, começam asaudiências públicas em Lages e terminam nodia 19.

A vila de Cresciuma começa a ganharstatus de cidade, seus habitantes iniciam omovimento emancipacionista que desembocariano Congresso Catharinense, de onde sairia a Leinº 1.516, de 4 de novembro de 1925.

Também queremos participar dadefinição dessas obras porque conhecemosbem o estado e as necessidades de cadaregião. E o governo tem que criar um critérioextremamente democrático e participativo.

Em 1º de janeiro de 1926 foi instalado,oficialmente, o município de Cresciúma, ondetomaram posse seus primeiros agentes políticos:Marcos Rovaris, superintendente; Fábio Tomaz daSilva, Gabriel Arns, Henrique Dal Sasso, OlivérioNuernberg e Pedro Benedet, conselheiros.

Muito obrigado! Muito obrigado!O SR. DEPUTADO JOARES

PONTICELLI - Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O Sr. Deputado Dagomar Carneiro -

Pela ordem, sr. presidente.(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Inscrito para falar, emExplicação Pessoal, o eminente deputadoDécio Góes, a quem concedo a palavra por atédez minutos.

Vieram as primeiras leis, os pri-meiros decretos, as primeiras lutas eleitorais,e com a ‘Revolução de 30’ a deposição deMarcos Rovaris e outras deposições - Prefeitosinterinos e Câmara fechada.

O SR. PRESIDENTE (DeputadoAntônio Aguiar) - Com a palavra, pela ordem, osr. deputado Dagomar Carneiro.

O SR. DEPUTADO DAGOMARCARNEIRO - Sr. presidente, queria anunciar apresença nesta Assembléia Legislativa do dr.Edson Ristow, ex-procurador do município deBrusque, eminente deputado, que nos faz umavisita nesta tarde.

O SR. DEPUTADO DÉCIO GÓES - Sr.presidente e srs. deputados, queria hoje,saudando a todos, parabenizar a minha cidadenatal, a cidade de Criciúma, da qual tive oprazer, a satisfação e o orgulho de ser prefeitode 2001 a 2004 e que hoje comemora 83anos de emancipação. Hoje é uma dataextremamente importante, histórica, e aAssembléia Legislativa participou de maneiraforte nessa trajetória.

Com a II Grande Guerra Mundial, amineração do carvão tomou impulso, provocandoo desenvolvimento econômico da cidade deCresciuma, já que seu produto era disputadocomo fonte de energia para as caldeiras de usinase da maquinaria do transporte marítimo.

Então, quero dar as boas-vindas aodr. Edson Ristow, ilustre brusquense, quevisita o Parlamento catarinense.Em setembro de 1941, o Decreto-Lei

nº 3.599 determinava que deveriam serprocedidos estudos para - se fosse necessário- alterar a nomenclatura de estações quepudessem ser confundidas com outras.

Muito obrigado, sr. presidente!O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Inscrito para falar o eminentedeputado Valmir Comin, a quem concedemos apalavra por dez minutos.

Eu recebi do presidente Julio Garcia,três anos atrás, quando Criciúma fez 80 anos,um livro que mostra toda a documentação quetem aqui na Assembléia e que fala deCriciúma. É um livro bonito, importante, umresgate histórico feito pelo Memorial da Casa eque retrata a história.

No mesmo ano, o Decreto-Lei nº5.901 determinava: ‘A revisão da nomen-clatura das estações ferroviárias será ultimadae efetivada em 1944’....

O SR. DEPUTADO VALMIR COMIN -Sr. presidente e srs. deputados, assomo àtribuna na tarde de hoje para tecer aqui algunscomentários referentes à reunião, ocorrida nomunicípio de Criciúma, do Fórum ParlamentarCatarinense, presidido pela ex-deputadaestadual e hoje senadora da República, IdeliSalvatti.

Finalmente, a Lei estadual nº 247,de 30 de dezembro de 1948, grafou - pelaprimeira vez - Criciúma, ao invés de Cresciuma.Aqui trago um resumo da história de

Criciúma, de autoria do jornalista ArchimedesNaspolini Filho, que eu gostaria de lerrapidamente para que os catarinensesconhecessem um pouco da história da nossacidade, Criciúma.

O agente da estação ferroviária, Sr.Arthur Souza, aproveitando uma reforma que nelafoi operada, mandou alterar a grafia do topônimopara Criciúma. Como a estação é que dava nomeà localidade, a reforma facilitou a compreensão e,aos poucos, a Cresciuma primitiva foi dando lugara Criciúma moderna e hoje este é o nome que atorna conhecida em todo o mundo.

Lá foram elencados algunsassuntos que passo aqui a discorrer, tantoa respeito da Amrec quanto sobre a Amesce a Amurel. Também tivemos lá a presençado deputado Décio Góes; do deputadoManoel Mota; do deputado Jorge Boeira, doPT, que assume a partir de 1º de janeiro - osul ganha, e o estado também, umdeputado federal que muita falta fez.Também tivemos lá a presença do deputadofederal Edinho Bez e do deputado federalAcélio Casagrande, bem como a presençado deputado estadual Clésio Salvaro, eleitofuturo prefeito de Criciúma a partir de 1º dejaneiro.

(Passa a ler.)“A Itália decadente da segunda

metade do século XIX via seus filhos migrar eemigrar aos milhares para a Europa, para osEstados Unidos da América e para a América(assim entendido o continente sul-americano).

O batismo foi refeito; deste, todavia,não restou certidão.

Archimedes Naspolini FilhoUm punhado deles, ao todo 141

pessoas, de 22 troncos familiares, sendo 25casais [...], em 11 de novembro de 1879, noPorto de Gênova, embarcavam para a busca do‘eldorado americano’. Desembarcaram no Riode Janeiro em 16 de dezembro de 1879[...]. Evieram para Santa Catarina, partindo para o suldo estado. Falamos das famílias Barbieri,Benedet, Casagrande, Dario, De Luca,Martinello, Meller, Milanese, Milioli, Netto,Ortolan, Pavan, Piazza, Pierini, Pizzetti, Scotti,Sonego, Tomé, Venzon e Zanette.

Historiador e Jornalista”[sic]Então essa é a nossa homenagem, a

participação da Assembléia Legislativa nahistória de Criciúma que hoje comemora 83anos de emancipação.

Queria aproveitar esses minutos queme restam para fazer uma homenagem e parabe-nizar o companheiro deputado federal CarlitoMerss, que foi eleito com 62% dos votos válidosprefeito de Joinville, a maior cidade catarinense.

Nós temos, dentro de uma uniãosuprapartidária, ao longo desses nove anos emque tenho privilégio de fazer frente junto comos meus companheiros, aqui nesteParlamento, em prol de Santa Catarina e, deuma maneira especial, do sul, unificado onosso discurso. O exemplo prático disso temsido a conclusão da barragem do rio SãoBento, que hoje é uma realidade, regularizandoos níveis de água em épocas de estiagem etambém de cheia, abastecendo a nossapopulação, a agricultura, a nossa indústria, eevitando com isso muitas enchentes que, emoutros tempos, inclusive, fizeram várias vítimasfatais pela precipitação das águas naquelaregião.

Conheço Carlito Merss pela suaexperiência, pela sua trajetória política comovereador; como candidato a prefeito por cincovezes; como deputado estadual nesta Casa, autorda Lei do Orçamento Regionalizado; comodeputado federal por três mandatos, e não tenhodúvidas de que essa sua experiência seráextremamente útil na condução dos destinos dacidade de Joinville. Com o jeito, com o modoparticipativo do Partido dos Trabalhadores de go-vernar, e com todos os aliados, será uma gestãoextremamente profícua.

Em 6 de janeiro de 1880 erafundada a futura cidade de Cresciuma, ba-tizada em referência à gramínea do mesmonome que abundava por ali e que se trans-formaria em alimento para os eqüinos doscolonizadores.

Aquele pequeno núcleo foi-sedesenvolvendo, tornando-se Distrito de Paz domunicípio de Araranguá, do qual fazia parte,em 1892.

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16 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Um exemplo prático também é quehoje temos a cirurgia do coração, deputadoDécio Góes - e v.exa. muito contribuiu, comoprefeito daquele município e gestor plenonaquela ocasião. Essa é uma realidade nosdois hospitais: no Hospital São José e noHospital São João Batista, desfazendo comisso o represamento de cirurgias queestavam estancadas ao longo de muitotempo. E muitas pessoas se foram sem tera oportunidade de passar por esse atocirúrgico, que hoje é uma realidade.

“Objetivo: como compensação demunicípios (lindeiro e impactado), integrar ocorredor de turismo ligando a serra catarinense.”Inclusive integrando a barragem do rio São Bentoe por aí afora com a Serra do Rio do Rastro.

Com muito espírito de luta, temos aduplicação da BR-101 sendo feita a todo vapor.É uma conquista de todos nós, do sul. Temosa Serra do Faxinal sendo tocada a todo vapor eagora a Serra da Rocinha, que liga Araranguá,Ermo, Turvo, Timbé, São José dos Ausentes,Bom Jesus, Lagoa Vermelha, Passo Fundo,Erechim, Carazinho e São Borja. O que precisaser licitado? Vinte e cinco quilômetros. São 50quilômetros até Araranguá, mas somente 25quilômetros não estão asfaltados. Depois sóvão ampliar, porque a obra é federal.

“5. Desassoriamento do Rio Sangãoe Urussanga.”

Em épocas de cheias, infelizmente,tanto a área urbana quanto a área rural ficamtotalmente alagadas, acarretando com issograves prejuízos.

“6. Saneamento do Balneário Praiado Rincão, em Içara.Outra realidade é a radioterapia no

tratamento de câncer. A maioria dospacientes tinha que se deslocar do sul doestado na tal “ambulancioterapia”, de ôni-bus, com a ajuda de parentes, para vir até acapital do estado, ou Curitiba, ou SãoPaulo, ou Porto Alegre, ou seja, centrosmaiores, para poder fazer o tratamentoradioterápico, que também é uma realidadeda nossa região.

Para se ter uma idéia, essa obraserá o corredor do Mercosul, passará pelaArgentina, pelo Uruguai e vai até o extremo sulde Santa Catarina. O ministro, assim que oprojeto estivesse pronto, prometeu licitar aobra. O projeto de engenharia já está pronto, oministro mandou R$ 500 mil para pagar oprojeto e agora vamos ter que trabalhar.

Objetivo: Implantação do esgoto.”É uma praia que está dentro do

município de Içara, mas tem caráter regionalporque possui 12 mil habitantes e natemporada chega a 180 ou 200 mil habi-tantes. Hoje é uma prioridade necessária.

“7. 4km de asfalto para atender oCIRSURES - Consórcio Intermunicipal deResíduos Sólidos.

Não sei se amanhã conseguiremosfalar com o ministro. Se isso não ocorrer voutentar marcar uma audiência com o ministro -vou falar também com a senadora -, porqueessa obra não tem limites.

Há tantas outras obras que care-cemos, que são prioridades, que são elen-cadas a partir de debates exaustivos feitos naregião, através das lideranças político-partidárias, dos segmentos da sociedadeorganizada do nosso sul do estado.

Objetivo: facilitar o trânsito paracontinuar atendendo 5 municípios daAMREC.”[...][sic]

Esses municípios se integraramdentro de uma ação prática, otimizando custo,tempo e agilizando, com eficácia, sendo bemprático e objetivo do recolhimento do lixo.

Estive em Passo Fundo, LagoaVermelha e Erechim. Esta região, onde a soja écolhida, fica 250 quilômetros mais perto doPorto de Imbituba do que o Porto do RioGrande. E nós, aqui, teremos o retorno dacerâmica vermelha.

Foram elencadas algumas priori-dades que eu passo aqui a discorrer, que sãoas seguintes:

O Sr. Deputado Décio Góes - V.Exa.me concede um aparte?

(Passa a ler.) O SR. DEPUTADO VALMIR COMIN -Pois não!

Toda soja descerá para o Porto deImbituba e quem ganhará com isso? O oeste eo norte do Rio Grande do Sul, o sul de SantaCatarina e o estado como um todo. É uma obrarelevante. O turista, que vem da Argentina, saiem Araranguá, saindo daquele trecho da BR-101 que vocês conhecem.

“Cumprimentando-a, cordialmente,vimos pelo presente solicitar especial gentilezade V.Exa., para inclusão de 07 Emendas deBancada ao Projeto de Lei OrçamentáriaAnual/2009 que atendam os interesses denossa microrregião, prioridades estas apro-vadas pelo conjunto dos atuais prefeitos e dosprefeitos eleitos.”

O Sr. Deputado Décio Góes - Euqueria aproveitar o seu depoimento para dizerda participação maciça de lideranças, deprefeitos e de entidades da Amurel, da Amesce da Amrec, que nos orgulharam porquerecebemos a bancada federal de forma efetiva,com a casa cheia, e foi muito importante.

É uma obra importante e estamospreparados para compor uma comissão, ir aBrasília e buscar os resultados, porque temosa palavra do ministro: “O projeto pronto, euassumo e vou licitar”. Nessa obra há 25quilômetros de serra e, no restante do trecho,depois, pode-se ir devagar porque tem asfaltoaté no Timbé. Então, vamos ter ali o corredordo Mercosul funcionando. Acredito que vamosbuscar mais um resultado para a região sul deSanta Catarina.

E esses prefeitos assumirão a partirde 1º de janeiro nos seus respectivosmunicípios, sr. presidente.

Quero parabenizar a senadora IdeliSalvatti que, ao assumir o Fórum ParlamentarCatarinense, muda essa sistemática e vai atéas seis regiões do estado colher essasopiniões da sociedade, conhecer os problemasa fundo. E nós temos o compromisso deacompanhar todo esse processo.

(Continua lendo.)1) “1. Anel de contorno viário:

Criciúma/Içara.”É bem verdade que está em fase

de execução, mas num ritmo muito lento. Éinadmissível que em um município do portede Criciúma, com aproximadamente 200 milhabitantes, não tenhamos o contorno viáriopara o escoamento da nossa produção. Umcaminhão com carvão ou qualquer outro tipode produto que sai do município de Treviso,de Nova Veneza ou de Urussanga, paraadentrar à BR-101, tem que passar pelocentro de Criciúma. Por isso estamosrequisitando.

O SR. DEPUTADO VALMIR COMIN -Agradeço o seu aparte, nobre deputado.

Dentre tantas lideranças que forammencionadas aqui, temos também que mencionara presença do deputado federal Cláudio Vignatti,que veio de Chapecó para prestigiar o grande suldo estado de Santa Catarina.

O Sr. Deputado Décio Góes - V.Exa.nos concede um aparte?

O SR. DEPUTADO MANOEL MOTA -Pois não!

O Sr. Deputado Décio Góes - Semquerer frasear nem imitar o deputado JoaresPonticelli, mas, depois do início das obras daSerra do Faxinal, v.exa tem direito dereivindicar novas obras para o sul. Essa obra éimportante. Não são somente 25 quilômetros,mas são 25 quilômetros de uma engenhariasofisticada, porque é uma serra e também épreciso reformar os outros 25 quilômetros.

Acho que estão de parabéns todosos segmentos. Foi uma reunião muitoprestigiada e quero poder, na próxima sessão,assomar à tribuna para discorrer aqui sobre asreivindicações da Amesc e também da Amurel.(Continua lendo.)

“Valores: Já está programado noOrçamento Plurianual o valor de R$ 65milhões, dos quais R$ 10 milhões aserem empenhados ainda em 2008,restando (três) parcelas de R$18.333.333,00 para os anos de 2009,2010 e 2011.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado

Antônio Aguiar) - Com a palavra o sr. deputadoManoel Mota, por até dez minutos.

É um projeto importante queintegra toda a região norte do Rio Grandedo Sul com o nosso litoral, otimiza o portode Laguna e cria uma relação que faz comque toda aquela região passe a fazer partedos fluxos, trazendo desenvolvimento paraaquela região.

O SR. DEPUTADO MANOEL MOTA - Sr.presidente e srs. deputados, hoje é um diaimportante no sentido de lembrar toda a históriade luta com relação aos pleitos de cada região.

2. VIA EXPRESSA -Criciúma/Içara/BR-101

Objetivo: Integrar de forma racionalas rodovias intermunicipais, estaduais comsaída rápida para a BR-101, permitindo aabsorção ordenada do fluxo de veículospesados e de passeio oriundos dos municípiosvizinhos.

É com muita honra que queroregistrar a presença do vereador MarcoAntônio Mota, o Motinha, que foi o vereadormais votado na outra eleição. Trata-se de umaliderança jovem que tem muito para oferecer aSanta Catarina.

Então, é uma obra extremamenteimportante. Nós conversamos no FórumParlamentar Catarinense, lá em Criciúma, naúltima quinta-feira, com a senadora IdeliSalvatti, e ela se comprometeu de agendaressa visita com o ministro. E ficaremosaguardando essa audiência. Quando forconfirmada, teremos o maior prazer de ir atélá, porque realmente essa obra merece anossa atenção.

3. HOSPITAL SANTA CATARINA DECRICIÚMA

Hoje fui pego de surpresa quandocompanheiros, prefeitos da minha região,principalmente os prefeitos eleitos,convidaram-me para ir a Brasília amanhã. Nãotive como dizer não, mas queria ir com umgrupo formado para trabalhar em cima daquestão da BR-285. Acho que essa obra estápara bater o pênalti e é de uma importânciasem limites para a nossa região.

Objetivo: Atendimento regional: UTINeonatal - Pronto Atendimento - HospitalMaterno-Infantil e Hospital Geriátrico.

4. ASFALTO DA BR-101 - Maracajá -Forquilhinha” - liga a rodovia que vem de NovaVeneza, deputado Décio Góes, que v.exa. éconhecedor.

Parabéns pelo seu depoimento!O SR. DEPUTADO MANOEL MOTA -

Quero agradecer ao eminente deputado DécioGóes.

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V.Exa. teve conhecimento de queeu não entraria nessa luta enquanto nãocomeçasse a Serra do Faxinal. V.Exa. sabedisso. Então, se a Serra do Faxinal está atodo vapor, esquecemos daquilo lá. Agoravamos buscar resultado naquela obra que éde fundamental importância para todo oestado de Santa Catarina e para o norte doRio Grande do Sul. Essa obra vai trazermuitos resultados positivos para cá.

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI -Sr. presidente e srs. deputados, tivemos ahonra de participar, neste fim de semana,encerrando no dia 1º de novembro, nomunicípio de Nova Petrópolis, no Rio Grandedo Sul, do 5º Encontro Nacional de BombeirosVoluntários.

8. Propor estudos e viabilização de linhas decrédito especiais para que os municípios possamestruturar suas coordenadorias de Defesa Civil eapoiar a instalação e funcionamento desociedades civis Corpos de BombeirosVoluntários;9. Propor que as organizações públicaspriorizem a alienação/incorporação de veículose materiais considerados inservíveis em favordos Corpos de Bombeiros Voluntários;

(Passa a ler.)“’Os BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS do

nosso país, reunidos em seu 5º EncontroNacional, na cidade de Nova Petrópolis - RS, aofinal dos trabalhos, conscientes de suaresponsabilidade social como cidadãosintegrados às suas comunidades econsiderando que:

Além disso, nós temos outraempreitada. O deputado Valmir Comin, quepreside neste instante esta sessão, sabe queestá também no pênalti a questão dabarragem do Rio do Salto. E quando nósabrimos mão daquela barragem para trabalharna barragem do rio São Bento, isso já mostrouque os tempos são outros. Quer dizer, nós nãolevamos mais para aquele outro patamar doquanto pior melhor; isso não cabe mais emSanta Catarina nem no Brasil.

10. Estimular o desenvolvimento de tecnologiaadequada aos problemas brasileiros e seus Corposde Bombeiros, profissionais, voluntários e unidades deatendimento de medicina de desastres;11. Estimular a criação de grupos juvenis einfantis de bombeiros voluntários como forma dedivulgar a cidadania e a fraternidade entre aspessoas;

- o Estado brasileiro não dispõe derecursos humanos, materiais e financeirossuficientes para garantir sozinho ocumprimento das competências constituci-onais em garantir a incolumidade das pessoase do patrimônio contra desastres, fazendo-sepresente, ainda que de forma precária, emapenas 11% dos municípios’” - contando combombeiros voluntários, bombeiros da PolíciaMilitar e bombeiros comunitários,

12. Estimular o treinamento e preparação dascomunidades para o enfrentamento e condiçõesde pronta resposta em casos de desastres depequena, média e grandes proporções,antecedendo à chegada de unidadesespecializadas e de suporte avançado;

Por isso nós deixamos de lado esomamos esforços para buscar resultado nabarragem do Rio São Bento. Nela, graças aDeus, está tudo pronto. Se faltam algunscanos, daí não é problema nosso, deputadoValmir Comin! A Casan é que vai viabilizar!Agora, todos terão que lutar pela barragemdo Rio do Salto, que, além de abastecertodos os perímetros urbanos, vai darmanutenção à maior produção de arrozirrigado do país.

13. Propugnar pela inclusão dos Corpos deBombeiros Voluntários como agentes cre-denciados para o atendimento pré-hospitalarnos termos e condições estabelecidas pelaPortaria 2048 - MS, tendo em vista aimportância e o volume de ocorrênciasatendidas nas respectivas localidades.

(Continua lendo.)“’Resolvem divulgar à sociedade

brasileira a presente CARTA NOVAPETRÓPOLIS, contendo as seguintes deli-berações:1. Incentivar a constituição de corporaçõescivis voluntárias de bombeiros, em todos osmunicípios brasileiros com populaçãoinferior a 100.000 habitantes, com apoiodos Poderes Públicos, das classes empre-sariais e das comunidades, com vistas areduzir essa dívida social do Estado com acidadania;

Associação dos BombeirosVoluntários do Rio Grande do SulNós colhíamos 35 sacas de arroz

por hectares, essa era a média, e quandocolhíamos 40 sacas era o máximo. Com atecnologia da Epagri, com o trabalho detodos os técnicos, engenheiros eagrônomos, quer dizer, com investimentosbuscando resultados, hoje nós estamoschegando até 200 sacas por hectare.V.Exas. fazem idéia, com os preços queestamos vivendo hoje, que os resultadossão altamente produtivos para a agriculturadaquela região.

Associação dos BombeirosVoluntários de Santa Catarina

Associação dos Bombeiros VoluntáriosConfederação Nacional dos

Bombeiros Voluntários do Brasil.’”[sic]2. Reafirmar o seu propósito de

complemento às responsabilidades doPoder Público, sem nenhuma pretensão deconfronto ou substituição dos bombeirosprofissionais (militares estaduais ou civismunicipais), os quais deveriam serinstalados ou remanejados prioritariamentepara localidades com populações superioresa 100.000 habitantes, contribuindo, assim,para racionalizar e otimizar os dispêndiosdo erário em período de graves restriçõesorçamentárias;

Sr. presidente, srs. deputados, estacarta é fruto de uma discussão realizadapraticamente durante três dias, realizada nomunicípio de Nova Petrópolis, com a presençade mais de 600 bombeiros voluntários,deputado Professor Grando, de todo o Brasil,com a participação de bombeiros da Alemanhae do Equador, quando foi discutida comprofundidade e com muita responsabilidade asituação da classe, inclusive da PEC que nósapresentamos na legislatura passada,assinada por este deputado e pelos deputadosDionei Walter da Silva, Nilson Gonçalves eDentinho e que acabou sendo arquivada paraum estudo posterior mais aprofundado.

Então, hoje, se nós tivermos umaestiagem em dezembro, vamos comprome-ter uma safra inteira, podendo quebraraqueles agricultores, porque os rios ficamtotalmente secos, na pedra, na época dedezembro, na puxada da água. E hoje abarragem vai dar equilíbrio, porque vaiabastecer as cidades nos perímetros urba-nos, vai abastecer todo o arroz por declive egarantir a volta à normalidade dos riosdaquela região. Por isso a obra é importan-te, e muito importante.

3. Propugnar por uma legislação abrangente,realista e objetiva, que oriente, defina e protejaas atividades dos Corpos de BombeirosVoluntários ao lado de seus congêneresprofissionais militares e civis;

Mas, antes do recesso, nós vamosrequerer, através deste plenário, o desarquivamentodessa nossa PEC, tendo em vista a apresentação deuma PEC pelo quarto deputado suplente ValdirCobalchini e pelo deputado Moacir Sopelsa. Por isso,neste ano, possivelmente ainda no mês de dezembro,deputado Sargento Amauri Soares, a peça deverá sertrazida a plenário ou às comissões, conformedetermina o Regimento Interno, para quepossamos discutir mais profundamente a fim deque os bombeiros militares, comunitários ouvoluntários façam o seu trabalho, cada um com asua responsabilidade, em favor das nossascomunidades.

4. Propugnar pela criação deAgências reguladoras estaduais de DefesaCivil, com a finalidade de coordenar, regu-lamentar fiscalizar, apoiar e proteger asatividades dos corpos de bombeiros volun-tários, militares e civis, bem como osdemais serviços públicos e privados deassistência pré-hospitalar, socorro eproteção civil;

Portanto, são duas obras pelasquais temos que trabalhar muito, e muito. Euquero pedir aos meus nobres pares aqui,principalmente aos que fazem parte do sul, osdeputados Décio Góes e Valmir Comin, quesão bem lá do extremo, apoio. Nós temos quenos preparar porque queremos marcar essasaudiências para que possamos ir até Brasíliabuscar resultados. 5. Apoiar a consolidação efetiva do Sistema

Nacional de Defesa Civil com a organizaçãoe funcionamento pleno das CoordenadoriasMunicipais, com ênfase nas atividadesvoluntárias, conforme prevê a legislaçãofederal em vigor;

Amanhã, eu quero visitar, inclusive, asenadora Ideli Salvatti, o deputado EdinhoBenz, o pessoal da base do governo para quepossamos ter a certeza, a segurança de poderir lá fazer a visita e buscar os resultados parao nosso estado, para a nossa região e para onosso povo.

É lamentável que ainda tenhamosalgumas corporações militares isoladas, atépodemos assim dizer, que estão pressionandoas corporações de bombeiros voluntários,como na cidade de Lages, por exemplo, comuma voracidade tremenda, tentando prejudicar,amedrontar e até chantagear a Corporação deBombeiros Voluntários de Campo Belo do Sul,levando à Justiça daquele município um acordoque até amedronta essa corporação. E nós,nos próximos dias, deveremos voltar a con-versar com a Justiça para que se faça justiça edeixe-se aquela corporação salvar vidas comotem feito inúmeras vezes naquele município.

6. Propor a opção de prestação do serviçomilitar alternativo, extensivo voluntariamenteàs mulheres nos Corpos de BombeirosVoluntários, legalmente instalados;

Eu acho que é um momento demuita luta, muito trabalho, mas tambémmuita lealdade ao povo e ao nosso estado.É assim que nós trabalhamos aqui noParlamento.

7. Propor parcerias com universidades pri-vadas para que alunos, regularmente ma-triculados, mediante compensações nospreços das mensalidades e exigências deestágios, obtenham créditos prestandoserviços às comunidades, em nome dasrespectivas instituições, como integrantestemporários dos Corpos de BombeirosVoluntários;

Muito obrigado, sr. presidente!(SEM REVISÃO DO ORADOR)O SR. PRESIDENTE (Deputado Valmir

Comin) - Com a palavra o próximo oradorinscrito, deputado Reno Caramori, por até dezminutos.

O Sr. Deputado Sargento AmauriSoares - V.Exa. me concede um aparte?

Processo Informatizado de Editoração - C o o r d e n a d o r i a d e P u b l i c a ç ã o

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18 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

O SR. DEPUTADO RENO CARAMORI -Deputado Sargento Amauri Soares,infelizmente o nosso tempo acabou. Mas nósteremos muitas oportunidades para discutir oassunto. V.Exa., que tomou conhecimento deuma notícia um tanto distorcida através de umjornalzinho editado pela Polícia Militar, na suapágina 12, se não me engano, no últimojornal... Não sei se v.exa. tomou conheci-mento, mas é...

O SR. DEPUTADO SARGENTOAMAURI SOARES - Sr. presidente, muitoobrigado por sua bondade em me permitir falarpela ordem, pois gostaria de fazer umcomentário sobre o pronunciamento dodeputado Reno Caramori.

Muito obrigado, sr. presidente!O SR. PRESIDENTE (Deputado

Valmir Comin) - Não havendo mais oradoresinscritos no horário da Explicação Pessoal,livre a palavra a todos os srs. deputados.

(Pausa)Quero parabenizá-lo pelo pronuncia-

mento e dizer que esse é um debate amplo quepretendemos fazer para discutir as situações e ascondições atuais no serviço do Corpo deBombeiros do estado de Santa Catarina.

Não havendo quem queira fazer usoda palavra, esta Presidência, antes de encerrara sessão, dá conhecimento da pauta da Ordemdo Dia da sessão de amanhã: Projetos de Lein.s: 0099/2008; 0211/2008, 0212/2008,0217/2008, 0253/2008, 0272/2008 e0489/2007.

(Discurso interrompido por términodo horário regimental.) E quero dizer que temos uma

posição diferenciada de toda essa avaliação e,inclusive, sobre o Projeto de EmendaConstitucional n. 5 que está tramitando nestaCasa, mas que vamos ter a oportunidade decontinuar esse debate com racionalidade paraesclarecer os nossos pontos de vista para quepossamos chegar a um bom termo.

Muito obrigado!(SEM REVISÃO DO ORADOR) Encerramos a presente sessão,

convocando outra, ordinária, para amanhã, àhora regimental.

O Sr. Deputado Sargento Amauri Soares -Peço a palavra, pela ordem, sr. presidente.

O SR. PRESIDENTE (Deputado ValmirComin) - Com a palavra, pela ordem, o sr.deputado Sargento Amauri Soares.

Está encerrada a presente sessão.

A T O S D A M E S A

ATOS DA MESA - DLPALÁCIO BARRIGA-VERDE, em Florianópolis, 5 de novembro de 2008

Deputado Julio Garcia - PresidenteDeputado Rogério Mendonça - 1º SecretárioDeputado Valmir Comin - 2º Secretário

ATO DA MESA N. 075-DL, de 2008 *** X X X ***A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, de acordocom o art. 52, inciso I, do Regimento Interno, no uso de suas atribuições

ATO DA MESA N. 077-DL, de 2008A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, deacordo com o art. 52, inciso I, do Regimento Interno, no uso de suasatribuições

CONCEDE licença ao Senhor Deputado Silvio Dreveck para ausentar-se doPaís, no período de 12 a 15 de novembro do corrente ano, a fim de participarda Reunião do Parlamento do Sul - PARLASUL, em Montevidéu, Uruguai. CONCEDE licença ao Senhor Deputado Jailson Lima da Silva para ausentar-se

do País, no período de 12 a 16 de novembro do corrente ano, a fim departicipar do “Encontro Parlamentar Empresarial Oportunidade de Negóciosentre os Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grandedo Sul e a República Oriental do Uruguai”, na cidade de Montevideo, Uruguai.

PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em Florianópolis, 4 de novembro de 2008Deputado Julio Garcia - PresidenteDeputado Rogério Mendonça - 1º SecretárioDeputado Valmir Comin - 2º Secretário

*** X X X *** PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em Florianópolis, 6 de novembro de 2008ATO DA MESA N. 076-DL, de 2008 Deputado Julio Garcia - Presidente

A MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA, de acordocom o art. 52, inciso I, do Regimento Interno, no uso de suas atribuições

Deputado Rogério Mendonça - 1º SecretárioDeputado Valmir Comin - 2º Secretário

CONCEDE licença ao Senhor Deputado Cesar Souza Junior para ausentar-sedo País, no período de 08 a 22 de novembro do corrente ano, em viagemparticular ao exterior.

*** X X X ***

P U B L I C A Ç Õ E S D I V E R S A S

AVISO DE LICITAÇÃOValor do Último Lance: R$ 793,00Florianópolis, 06 de novembro de 2008.

SINARA LÚCIA VALAR DAL GRANDEPREGOEIRA

AVISO DE LICITAÇÃO *** X X X ***A Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina - ALESC, com sede na ruaDr. Jorge da Luz Fontes, nº 310, Centro, Florianópolis/SC, CEP 88020-900,comunica aos interessados que realizará licitação na seguinte modalidade:

AVISO DE RESULTADOA Pregoeira da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, designadapela Portaria n.º 1864/2008, comunica que, atendidas as especificaçõesconstantes do edital próprio, a licitação modalidade Pregão nº 040/2008,referente à aquisição de mobiliários diversos com instalação e montagem nasdependências da ALESC, obteve o seguinte resultado:

PREGÃO PRESENCIAL Nº 045/2008OBJETO: Aquisição de combustível (gasolina e álcool comum).DATA: 19/11/2008 - HORA: 09:00 horasENTREGA DOS ENVELOPES: Os envelopes contendo a parte documental e aspropostas comerciais deverão ser entregues na Coordenadoria de Licitaçõesaté as 09:00 h do dia 19 de novembro de 2008. O Edital poderá ser retiradona Coordenadoria de Recursos Materiais, sala nº 032, no Anexo da ALESC eno site eletrônico (www.alesc.sc.gov.br).

Lote 1 -CADEIRAS E POLTRONAS, COM AS CARACTERÍSTICAS DESCRITAS NOANEXO IVencedora: PAULO ANTONIO MARTINS CAMILLI EPPValor do Último Lance: R$ 14.400,00Lote 2 -CADEIRAS TUBULARES

Florianópolis, 06 de novembro de 2008. Restou deserto.Lonarte Sperling Veloso Lote 3 -PAINEL DE AÇO INOXCoordenador de Licitações Restou fracassado.

*** X X X *** Lote 4 -ESTRUTURAS DE POLTRONAS, PUFE E SOFÁ

AVISOS DE RESULTADO Restou deserto.Lote 5 -BANNER E LONAVencedora: VISUAL SIGNS - SINALIZAÇÃO INSTANTÂNEAValor do Último Lance: R$ 6.500,00AVISO DE RESULTADOLote 6 -LETRAS CAIXAA Pregoeira da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina,

designada pela Portaria n.º 1863/2008, comunica que, atendidas asespecificações constantes do edital próprio, a licitação modalidade Pregão nº039/2008, referente à aquisição de livros para a biblioteca da ALESC,obteve o seguinte resultado:

Vencedora: VISUAL SIGNS - SINALIZAÇÃO INSTANTÂNEAValor do Último Lance: R$ 1.490,30Lote 7 -DISPLAY PANTOGRÁFICOVencedora: B & A COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS LTDAValor do Último Lance: R$ 20.488,00Lote 1 -LIVROS PARA A BIBLIOTECA DA ALESCFlorianópolis, 07 de novembro de 2008.Vencedora:AKI DISTRIBUIDORA LTDA

SINARA LÚCIA VALAR DAL GRANDEValor do Último Lance: R$14.200,00PREGOEIRALote 2 -LIVROS PARA A BIBLIOTECA DA ALESC

*** X X X ***Vencedora: AKI DISTRIBUIDORA LTDA

C o o r d e n a d o r i a d e P u b l i c a ç ã o - Processo Informatizado de Editoração

Page 19: FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO · E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira – Vice Presidente Jean Kuhlmann Gelson Merísio Pedro Uczai Pe. Pedro Baldissera

07/11/2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 19

EXTRATOSO debate da federalização da Furb se iniciou no final de

2002, reiniciou-se, melhor dizendo, porque a primeira instituiçãocriada no interior do Estado de Santa Catarina, gerandoposteriormente o Sistema Acafe de ensino superior, com asfundações educacionais, foi a forma que as comunidades do interior doEstado encontraram para ofertar ensino superior às suas comunidades,aos cidadãos do interior do Estado de Santa Catarina, considerandoque a Universidade Federal de Santa Catarina não teve um processo deexpansão e interiorização, ficando limitado à Capital, especificamente àIlha de Santa Catarina.

Extrato N.º 157/2008REFERENTE: 01º Termo Aditivo ao Contrato CL nº. 046/2008, celebradoem 01/08/2008.CONTRATANTE: Assembléia Legislativa do Estado de Santa CatarinaCONTRATADA: GPL Construções e Consultoria Ltda.OBJETO: Alteração qualitativa e quantitativamente a Cláusula Segundado Contrato original referente execução de reforma de 02 (dois)sanitários localizados no anexo superior do Palácio Barriga-Verde, como fornecimento de materiais, equipamentos e mão-de-obra especiali-zada.

Desde o início havia uma expectativa de que essasinstituições poderiam, de fato, ofertar acesso ao ensino superior deforma gratuita - essa sempre foi uma expectativa dessas instituições.No entanto, com o seu crescimento, houve, obviamente, a necessidadeda sua manutenção, e a forma encontrada foi a cobrança dasmensalidades dos alunos.

VALOR GLOBAL: R$ 119.780,32VIGÊNCIA: Dá-se ao presente Contrato a vigência compreendida entre adata de sua assinatura até o recebimento definitivo do objeto, rema-nescendo seus efeitos até o decurso do prazo de sua garantia.

Na década de 1980, após um processo de expansão vertigi-noso dessas instituições, quase todas elas do Sistema Acafe,obtiveram junto ao MEC o reconhecimento da sua condição deuniversidade. Portanto, nós não temos aqui instituições isoladas deensino superior nem centros universitários, mas temos universidades, ede acordo com a legislação federal, há uma exigência para essacondição de universidade, basicamente duas delas, a indissociabilidadede ensino, pesquisa e extensão e de que o quadro docente precisavaser também um quadro de pesquisa, portanto, com titulação de mestree doutor, uma quantidade mínima exigida pela legislação federal para oreconhecimento dessas universidades, além, obviamente, dadiversidade das áreas de conhecimento e assim por diante.

FUNDAMENTO LEGAL: Art. 65, inciso I, alíneas “a” e “b” da Lei n.º8.666/93; Item 4.2, Cláusula Quarta do Contrato original; eAutorização AdministrativaFlorianópolis, 06 de novembro de 2008.Deputado Julio Garcia - Presidente ALESCLourival Dutra - GPL Construções e Consultoria Ltda.

*** X X X ***Extrato N.º 159/2008

REFERENTE: Dispensa de Licitação CL n.º 003/2008, celebrado em06/11/2008.CONTRATANTE: Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina A condição de universidade é uma condição na medida em

que ela é financiada pela mensalidade dos alunos. Significa que osalunos, além de pagar os seus diplomas com a mensalidade, têm demanter a estrutura de funcionamento da universidade. Portanto, boaparte do ensino e da extensão também é financiada pela mensalidadedos alunos. Obviamente que existe a entrada, o ingresso de outrosrecursos de projetos, CNPq e outras fontes de financiamento, mas nocaso da nossa universidade 80% dos recursos de manutenção sãooriundos das mensalidades dos alunos.

CONTRATADA: Icaro Táxi Aéreo LtdaOBJETO: Locação de aeronave para transporte aéreo especializado parao deslocamento em caráter emergencial do Deputado Edson RenatoDias (Periquito) de Brasília para Navegantes SC.VALOR GLOBAL: R$ 31.900,00DATA: 06 de novembro de 2008ITEM ORÇAMENTÁRIO: Ação: 1144 (Manutenção de ServiçosAdministrativos Gerais). Sub-Elemento: 3.3.90.39.99 (Outros Serviçosde Terceiros - Pessoa Jurídica). Essa situação foi adequada até a década de 1980, mesmo

com crises periódicas, mas passou por uma mudança de conjunturaimportante na década de 1990, quando, num período dominado pelasidéias neoliberais hegemônicas, tivemos um processo de expansão doensino superior no Brasil com incentivo às instituições privadas,nenhuma delas universitária, todas centros universitários ouinstituições isoladas, portanto, fábricas de fornecer canudos aosalunos, obviamente com preços mais baratos, levando a uma criseimportante do Sistema Acafe e do sistema universitário catarinense.

FUNDAMENTO LEGAL: Processo Licitatório nº 0099/2008; Art. 24,inciso IV da Lei nº 8.666/93; e Autorização Administrativa.Florianópolis, 06 de novembro de 2008.Deputado Julio Garcia - Presidente ALESC

*** X X X ***

AUDIÊNCIA PÚBLICAEssa situação trouxe constrangimentos importantes aqui para

a nossa universidade, assim como para as outras universidades doSistema Acafe, mas tivemos na década de 1990 uma decisão muitoimportante. A Constituição de 1988, em seu artigo 206, diz que asinstituições de ensino superior criadas por lei municipal ou estadualsão instituições oficiais. Portanto, há o entendimento constituinte deque sendo instituições oficiais deveriam ser instituições gratuitas, mas,naquele momento, a direção do Sistema Acafe entendeu que essacondição poderia gerar dificuldades de manutenção do Sistema Acafe,então os seus dirigentes fizeram um lóbi para que esse artigo nãotivesse validade para as instituições que já vinham sendo mantidaspela mensalidade dos alunos. Constitucionalmente, somos umainstituição oficial, mas, dado esse artigo das Disposições Transitóriasda Constituição, podemos nos manter cobrando mensalidades.

ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO,CULTURA E DESPORTO PARA DISCUTIR SOBRE A FEDERALIZAÇÃODA UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB, REALIZADA NODIA 20 DE JUNHO DE 2008, ÀS 19H, NO MUNICÍPIO DE BLUMENAU

O SR. PRESIDENTE (deputado Jean Kuhlmann) - Boa-noite atodos.

Damos por aberta a audiência pública da Comissão deEducação, Cultura e Desporto da Assembléia Legislativa para discutir afederalização da Universidade Regional de Blumenau (Furb).

Convidamos para compor a mesa dos trabalhos o senhordeputado Sargento Amauri Soares; o senhor deputado Ismael dosSantos; o senhor deputado Serafim Venzon; o senhor deputado IvanNaatz, autor do requerimento que propôs esta audiência pública; osenhor Valmor Schiochet, representando o Comitê Pró-Federalização daFurb; e o senhor Mauro Tessari, chefe-de-gabinete da Reitoria da Furb.

A comunidade universitária aqui entendeu que esse preceitoconstitucional deveria ser válido. Vários professores, fundadores dessauniversidade, ao chegarem ao tempo da sua aposentadoria, na décadade 1990, interpelaram na Justiça justamente a respeito dessacondição, e a Justiça entendeu que eles tinham o direito àaposentadoria na condição de trabalhadores de uma instituição oficial,o que gerou um debate importante dentro da universidade, bem comono Sistema Acafe, de forma que foi resolvido da seguinte maneira: nocaso da Furb, houve encaminhamento à Câmara de Vereadores deBlumenau, que foi a instituição que criou esta universidade por meio delei municipal, um projeto de lei consolidando a condição da nossauniversidade como instituição pública, agora de direito público,vinculada ao município de Blumenau, enquanto as outras instituiçõesdo Sistema Acafe fizeram o mesmo movimento junto às suas Câmarasde Vereadores, mas com entendimento diverso. Para não seremcontempladas pelo preceito institucional do caráter oficial, as Câmarasde Vereadores, responsáveis pela criação dessas instituições,definiram, naquele mesmo período, que elas seriam públicas mas dedireito privado, resolvendo, portanto, aquela interpretação dasconseqüências do preceito constitucional, de forma que do SistemaAcafe nós, Furb, somos a única instituição mantida por uma fundaçãomunicipal de direito público e nós, servidores dessa instituição, somosservidores públicos.

Gostaria de agradecer a presença da senhora SimoneMalheiros, representando a Secretaria de Desenvolvimento Regional deBlumenau, e do senhor José Roberto Paludo, representando o deputadoPedro Uczai.

Inicialmente, concedo a palavra ao senhor Valmor Schiochet,do Comitê Pró-Federalização da Furb, para a sua saudação.

O SR. VALMOR SCHIOCHET - Boa-noite, senhores deputados.Em nome do Comitê Pró-Federalização da Furb, gostaria

de agradecer à Comissão de Educação, Cultura e Desporto daAssembléia Legislativa pela aprovação desta audiência públicapara debater o processo de federalização da Furb que o Comitêtem coordenado aqui na nossa região, que se consolidou na últimasemana do mês de maio com a realização da Semana daFederalização, em que realizamos uma consulta pública junto àcomunidade regional e, em especial, à comunidade universitária arespeito do projeto Furb Federal.

Vou tomar a liberdade de contextualizar esse debate e demanifestar aos senhores deputados a posição do Comitê nestemomento, de alguma maneira indicando quais as possibilidades deapoio da Assembléia Legislativa a esse processo, a esse movimento,lembrando que já realizou uma audiência pública em 2005.

Processo Informatizado de Editoração - C o o r d e n a d o r i a d e P u b l i c a ç ã o

Page 20: FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO · E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira – Vice Presidente Jean Kuhlmann Gelson Merísio Pedro Uczai Pe. Pedro Baldissera

20 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Na década de 1990, foi criado o Issblu, o Instituto Municipalde Seguridade Social do Servidor de Blumenau, que passamos aintegrar, de forma que foram se consolidando essa dimensão e essecaráter público da nossa instituição. No entanto, a Fundação MunicipalFurb se manteve pela mensalidade dos alunos. Para muitos, nós temosessa ambigüidade e um duplo constrangimento, além de sermos umauniversidade, somos uma instituição de direito público financiada deforma privada, o que trás constrangimentos do ponto de vista adminis-trativo, mas não do ponto de vista democrático, porque há avançosimportantes no mecanismo de gestão dessa instituição pela partici-pação da comunidade na eleição dos seus representantes, na eleiçãodos seus dirigentes efetivamente, e há um controle público sobre aadministração e a gestão dessa instituição. Portanto, somos umainstituição controlada pelos mecanismos públicos e somos umainstituição regida nas suas instâncias por processos democráticos eparticipativos. Essa garantia nós temos, e eu acho que isso é impor-tante preservar.

Qual foi o nosso debate, senhores deputados? Primeiro, nóstínhamos de limpar a pauta interna da Universidade, ou seja, qual aconseqüência possível de um processo de federalização para umainstituição de direito público municipal do ponto de vista das conse-qüências para os servidores, para os alunos e assim por diante. OSinsepes, que é o nosso sindicato, no ano de 2005, fez uma consulta auma assessoria jurídica sobre a possibilidade de nós utilizarmos, pelofato de sermos uma instituição pública municipal, o instituto legal dacedência de servidores de um nível de governo para outro como umprocesso de transição para viabilizar a criação de uma universidadefederal e a incorporação do quadro permanente da instituição existente,na condição de funcionários municipais, sendo cedidos ao governofederal e requisitados pelo governo federal para implantar a novainstituição federal. É uma prerrogativa legal tanto para os cargos emcomissão quanto para as situações que a lei assim o permitir.

Então, com esse debate, entendemos que encontramos ummecanismo para retomar a possibilidade de ter uma transição da nossainstituição municipal para uma instituição financiada pelo governofederal, mas precisávamos ter clareza da posição da comunidadeinterna sobre isso. Por isso, propusemos a realização de uma consultaampla a respeito desse tema e desse debate.

Em 2002 aconteceu um fato que mudou de alguma maneira anossa percepção sobre a conjuntura das perspectivas do ensinosuperior no nosso país: a eleição do presidente Lula e uma promessade que o governo federal iria, de alguma maneira, preservar o processode expansão do ensino privado, e de fato teve, com a implantação doprograma ProUni, para a ocupação das vagas das instituições privadas,com apoio do governo federal, e ao mesmo tempo o governo federal secomprometeu a retomar o processo de expansão e fortalecimento dosistema federal do ensino superior, e a comunidade universitária, oSindicato os Professores, o Diretório Central dos Estudantes, junto comoutros professores e alguns membros da comunidade externa, naquelemomento, decidiu fazer um debate sobre isso, entendeu que seriaimportante retomar uma antiga tese presente na comunidade universi-tária na perspectiva de federalização da Universidade. Por que antigatese? Porque esse é um projeto que já esteve presente, por exemplo,num documento encaminhado pela Acib, em 1978, ao então candidatoà presidência da República João Figueiredo, solicitando a federalizaçãoda instituição; em 1985 o deputado Renato Vianna encaminhou, deforma inadequada mas com uma manifestação política importante, umprojeto de lei ao Congresso Nacional solicitando a federalização danossa instituição. Por que de forma inadequada? Porque a prerrogativade iniciativa legislativa para a criação de uma instituição federal é doPoder Executivo e não do Poder Legislativo, mas em todos os casosmanifesta a vontade política do deputado Renato Vianna na época delevar a Brasília uma expectativa a respeito dessa instituição e aspossibilidades de o governo federal assumir a responsabilidade definanciamento dessa instituição.

No ano passado, o governo federal finalmente incorporou oEstado de Santa Catarina ao seu plano de expansão do ensinosuperior, com duas decisões, a criação já sabida da Universidade daFronteira Sul, com a sede em Chapecó, um campus numa outra cidadedo Oeste, que não sei se é Joaçaba ou Concórdia, só sei que o projetoestava para definir qual era a cidade, mais dois campi no Rio Grande doSul e um no Paraná, de forma a ser uma universidade que abranja ostrês Estados da Federação, um movimento muito forte do Fórum deDesenvolvimento da Mesorregião da Fronteira do Mercosul, e o governofederal, no ano passado, instituiu um novo programa, o Reuni, que éum programa de apoio à reestruturação das universidades federais, noqual elas apresentam ao MEC projetos de reestruturação que cami-nham basicamente em duas direções: ampliação de vagas e eficiênciana utilização das estruturas existentes. Foi um programa bastantepolêmico, o movimento estudantil gerou uma onda de ocupação dasreitorias das universidades federais (os senhores puderam acompa-nhar), entendiam que o Reuni poderia comprometer a qualidade própriadas universidades federais.

Em todos os casos, boa parte das universidades federaisaprovou internamente projetos e encaminhou ao MEC a adesão aoReuni, e a Universidade Federal de Santa Catarina o fez com a estraté-gia finalmente de propor que a ampliação de vagas fosse por meio dasua interiorização, e aí apresentou um projeto ao MEC; no ano passadoteve eleições para a reitoria, portanto, houve um processo meio difícilinterno, mas em novembro do ano passado finalmente o seu conselhouniversitário aprovou o seu projeto a ser apresentado ao MEC para oReuni, com a criação de três campi no interior do Estado, um emJoinville, outro em Araranguá e outro em Curitibanos, e a nossa regiãoficou de fora desse processo de expansão. Por que a nossa região ficoude fora? A comunidade regional entende que a nossa região tem um projetoespecífico para a expansão do ensino superior federal, e esse projetoespecífico passa por essa instituição aqui, a Furb, e é esse o debate quenós fizemos com a comunidade regional, retomando o debate sobrefederalização, sobre a inserção dessa instituição na comunidade regional esobre as possibilidades de o governo federal se instrumentalizar do acúmuloinstitucional dessa instituição aqui para implantar uma universidade federalna nossa região. Foi esse o debate que nós fizemos com a comunidaderegional e com a comunidade interna da Universidade.

Esse debate foi retomado com a criação, em final de 2002,início de 2003, do Comitê Pró-Federalização da Universidade - hojeestamos aqui como decorrência desse processo de mobilização earticulação desde 2003.

Por que desde 2003 estamos com esse debate e ainda hojeestamos aqui esclarecendo a comunidade e os senhores deputadossobre a questão? Primeiro porque, de fato, um processo detransposição, vamos dizer assim, não do rio São Francisco mas de umauniversidade municipal para uma universidade federal, é também umprocesso complexo, porque implica mudanças institucionais nemsempre claramente perceptíveis do ponto de vista das suasconseqüências, o que gera certa insegurança, dúvidas a respeitodo processo; segundo, o governo federal, no primeiro período domandato dos quatro anos, privilegiou determinadas regiões esituações no plano de expansão do ensino superior federal - aregião onde havia maior déficit do ponto de vista de acesso aoensino superior. E a nossa universidade também, do ponto de vistada política do MEC, foi excluída do próprio ProUni, porque comonós somos uma instituição de direito público e o ProUni é parainstituições de direito privado, nós não podemos ser contem-plados. Então, de fato, nós ficamos à margem do plano do governofederal de expansão e de política para o ensino superior adotadopelo governo Lula desde 2003.

Qual foi o ponto, o objeto da consulta? Foi uma questão quese desdobra em três elementos: primeiro, a nossa região requer a suainclusão no Plano de Expansão do Ensino Superior Federal com ainstalação de uma universidade federal aqui na região também, umainstituição federal gratuita, financiada com recursos do governo federal,obviamente paga pela sociedade mas financiada pelo governo federalaqui na nossa região; segundo, que a implantação de uma universidadefederal aqui deveria se dar em parceria com essa instituição aqui, Furb,pelo fato de nós sermos uma instituição pública de direito público epodermos, do ponto de vista legal e institucional, ter mecanismos depassagem, vamos dizer assim, dos recursos humanos e da infra-estrutura disponível para que o governo federal possa implantar umainstituição federal aqui; e terceiro ponto, para nós fundamental, é quequalquer processo nesse sentido requer a manutenção dos direitosadquiridos pelos servidores e estudantes dessa instituição.

No entanto, no ano passado, quando o Comitê, e essabandeira da federalização, de alguma maneira, estava bastantequestionada, a comunidade interna estava insatisfeita, sem clarezadas perspectivas e dos efeitos de uma eventual federalizaçãosobre a própria comunidade interna ou sobre os direitos dosservidores e sobre o futuro dos alunos, a comunidade externatambém pouco mobilizada em torno da proposta, nós fizemos umaavaliação e um planejamento estratégico, um balanço da situação.Passamos a entender que seria o momento, em função de que ogoverno federal estava sinalizando finalmente incorporar SantaCatarina ao seu plano de expansão, de retomar esse debatetambém aqui na instituição, promovendo um processo de esclareci-mento, uma definição de uma ação estratégica mais clara, para verse de fato continuaríamos levantando essa bandeira dafederalização ou se iríamos definir outra ação estratégica aqui paraa região e para a nossa universidade.

Nós entendemos, o Comitê, que é possível conciliar essestrês elementos, a implantação de uma universidade federal no Vale doItajaí, a Furb sendo um instrumento para isso, dada a sua estruturainstitucional pública administrativa e todos os recursos materiais aquidisponíveis, e é possível também que nesse processo nós preservemosos direitos adquiridos pelos servidores.

Obviamente que a construção desse projeto requer aprofun-damento de determinados estudos, requer adequações legislativas noâmbito municipal e federal e assim por diante.

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07/11/2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 21

Mas o importante é que a comunidade regional compreendeu anossa posição e, ao longo desse último ano, retomando os contatos, nóspodemos dizer que não há nenhuma instituição aqui da região que coloqueem dúvida a oportunidade desse debate e desse projeto. Inclusive, váriasorganizações que com o passar do tempo colocaram em dúvida asperspectivas passaram a retomar e a aderir; setores empresariaisorganizados, municípios, o governo estadual, na sua Secretaria deDesenvolvimento Regional, os trabalhadores organizados nos seussindicatos, associações de moradores, enfim, nós conseguimos mobilizartodos os setores da sociedade e todos se posicionaram favoráveis a isso.

O SR. PRESIDENTE (deputado Jean Kuhlmann) - Obrigado,professor.

Com a palavra o deputado Sargento Amauri Soares.O SR. DEPUTADO ESTADUAL SARGENTO AMAURI SOARES

(SC) - Inicialmente quero cumprimentar o deputado Jean Kuhlmann,presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa doEstado de Santa Catarina; os deputados Ismael dos Santos e IvanNaatz, os três desta cidade; o professor Valmor Schiochet - é um prazerconhecê-lo melhor e ouvi-lo a respeito das questões; o senhor MauroTessari, representante do reitor da Furb; e os companheiros e compa-nheiras dirigentes do movimento de professores, do movimentoestudantil e do movimento dos servidores técnico-administrativos daFurb.

No debate interno da universidade, com estudantes eprofessores, também tivemos uma participação importante. Fizemosuma consulta eletrônica, via voto a voto, e obtivemos uma adesão de90% à nossa proposta, ao nosso debate. De forma que, do ponto devista da nossa construção, da nossa estratégia, está consolidado.

Quero parabenizar o Comitê pelo trabalho e dizer que, mesmoa distância, temos acompanhado essa questão. Estivemos aqui há umano, quando foi realizado um debate nesta mesma Universidade - nãoera uma audiência pública da Assembléia Legislativa, creio que tambémnão era da Câmara de Vereadores, talvez fosse um debate interno dacidade, organizado pelo próprio Comitê. Eu soube do debate porquetenho uma irmã que mora aqui em Blumenau, um cunhado, tambémprofessor desta Universidade, e companheiros que estudaram ouestudam aqui. Nós nos arrancamos de Florianópolis para participar, atéporque esse é um assunto que defendemos durante dez anos nomovimento estudantil, a federalização das universidades, inclusive asdo Sistema Acafe, e a publicização, embora essa palavra tenha sidodistorcida ao longo dos últimos anos.

O que precisamos fazer daqui para a frente? Primeiro, é im-portante mantermos a mobilização da comunidade regional. Isso éfundamental para que tenhamos densidade política e organizativa emtermos da proposta. Segundo, a reitoria da universidade, que acompa-nhou todo esse processo e apoiou o debate, na medida em que temosa consolidação da proposta apresentada pelo Comitê, está disposta ainternalizar institucionalmente o debate da federalização e a propostado que nós chamamos projeto Furb Federal como parte da sua estraté-gia institucional futura.

Portanto, a reitoria passa a assumir o projeto Furb Federal doponto de vista da sua estratégia de ação administrativa para auniversidade, o que não aconteceu até o momento, embora o apoio quea reitoria tenha dado ao movimento, ao debate e assim por diante.

Essa foi e continua sendo a nossa bandeira política desde aépoca em que nos inserimos na universidade, eu, pessoalmente, apartir de 1991, já com 25 anos, no movimento estudantil.E o terceiro elemento, fundamental para nós, é que precisa-

mos criar força política para chegarmos ao MEC e o convencermos deque não se trata de uma reivindicação, trata-se de uma oportunidadepara o MEC ter aqui no Estado de Santa Catarina quinze mil vagas semfazer investimentos em infra-estrutura, porque nós temos umauniversidade com uma infra-estrutura equiparável às estruturas dasuniversidades federais; nós temos uma estrutura relativamente ociosa,dados os mecanismos de mercado e a necessidade de custos definanciamento de uma instituição. Não conseguimos aumentar onúmero de alunos dada a concorrência, seja do ensino a distância, sejados centros universitários ou instituições isoladas a preço barato.

Universidade pública, gratuita e de qualidade, pelo menospública e gratuita, é a condição para que pessoas oriundas da classesocial da qual eu venho possam cursar o nível superior. Eu não poderiater feito o curso superior se não tivesse passado no vestibular da UFSC.Jamais poderia ter freqüentado uma universidade se tivesse que pagar,mesmo que fossem R$ 500, R$ 300 ou R$ 400.

Portanto, é preciso desmistificar a tese de que asuniversidades gratuitas são para filhos dos ricos e que as universidadesparticulares, as pagas, são onde os pobres estudam. Não é muitoassim. As universidades pagas são onde estudam os pobres quepodem pagar, o que corresponde a apenas 30% da população, osoutros 70% não têm acesso. A única forma de o filho de um pobreestudar, o efetivamente pobre, dos 70% da população, é em umauniversidade gratuita. Se não houver, ele não vai estudar, aliás, comoacontece.

Então, temos uma instituição que poderá ofertar ao governofederal uma possibilidade imediata de quinze mil vagas de ensinosuperior aqui na região para o Estado de Santa Catarina. Temos umcorpo de professores financiados fundamentalmente por estainstituição, com titulação de mestres e doutores, que não podem serpotencialmente mais utilizados porque não há disponibilidade definanciamento para a sua incorporação em projetos de pesquisa eextensão.

É óbvio que se temos um número x de vagas nasuniversidades federais ou nas públicas e gratuitas elas serãobuscadas com muita competição pelos filhos dos pobres e pelosfilhos dos ricos.Portanto, temos um quadro de professores relativamente

qualificado que pode, também, pelo instituto da cedência, ser colocadoà disposição do governo federal para fazer as atividades sem neces-sidade de concurso público imediato; um corpo funcional bemqualificado para as suas funções que poderá ser colocado à disposiçãodo governo federal, também pelo instituto da cedência, para ainstituição de uma universidade federal aqui.

Se considerarmos que as universidades públicas e gratuitas,as instituições oficiais, vamos dizer assim, financiadas pelo PoderPúblico, via de regra são as que também apresentam melhor qualidade- estou falando isso dentro de uma universidade paga, na frente depessoas que trabalham e estudam aqui -, pelo simples fato de que temdinheiro público, do Estado, para investir no ensino, na pesquisa e naextensão, e aí o relatório que achei muito interessante, porquecomprova muita coisa que a gente sempre disse, e dizem: “Ah, isso aíé ideologia”. Ou seja, a Furb não realiza mais pesquisa porque lhe faltadinheiro para investir. É caro fazer pesquisa. Só é possível produzirconhecimento novo, desenvolvimento científico e tecnológico compesquisa. E como as universidades que vivem da mensalidade doestudante vão fazer isso? Desculpem-me a forma de dizer, mas étirando do couro desse estudante.

Então, não se trata de reivindicarmos ao MEC, nós queremosconvencer o MEC de que essa é uma oportunidade importante para queele amplie o processo de expansão do ensino superior federal de SantaCatarina para além da estratégia difícil adotada até o momento. Aimplantação do campus de Joinville ainda está dependendo de recur-sos. A placa está lá colocada, agora, quando vão começar a construiraquilo ninguém sabe. É um processo em que a própria comunidadeinterna da Universidade Federal de Santa Catarina não está plenamenteconvencida de que foi a melhor estratégia a implantação dos campi nointerior do Estado, dadas as dificuldades de sustentação da própriaUniversidade Federal. Então, nós achamos que o nosso projeto é maisrazoável e mais adequado para o governo federal do que outrasestratégias de expansão do ensino superior federal.

Portanto, não existe solução para o sistema de ensinosuperior no Brasil se não for através de investimento público deforma massiva, porque, repito, não é verdade quando dizem que osestudantes pobres estão estudando nas universidades pagas.Estão, sim, estudando em universidades privadas aqueles quepodem pagar, geralmente profissionais ou trabalhadores que têmum salário de R$ 1.000,00, moram com os pais e pagamR$500,00, R$600,00, R$800,00 para estudar ou, então, é umapessoa mais madura, que já constituiu família, que ganhaR$3.000,00, gasta R$1.000,00 na universidade e faz um apertodesgraçado para sobreviver com aquilo que sobra. Esses sãoalguns exemplos de estudantes que freqüentam universidadespagas. E a maioria, 70% da população, não tem acesso.

Nós não queremos entregar ao MEC um abacaxi paradescascar, mas queremos oferecer uma oportunidade de expansão doensino superior utilizando essa instituição. Queremos que haja umacompreensão bastante clara a respeito disso e um apoio a essaproposta de convencimento do MEC nesse sentido.

Aguardamos, então, que a Comissão de Educação, reconhe-cendo as manifestações dos deputados estaduais - o deputado JeanKulhmann encaminhou um expediente ao Comitê se colocando àdisposição, a deputada Ana Paula fez dois pronunciamentos naAssembléia Legislativa apoiando o nosso movimento, bem como outrasdeclarações que não tivemos acesso formal e oficial... Mas nósentendemos que já contamos com o apoio pelo menos da bancada danossa região, restaria aqui definir um pouco qual a estratégia maisformal e operacional para que possamos transformar esse apoio emcondições políticas que fortaleçam ainda mais a nossa proposta.

Então, é preciso que o Estado invista. É uma questão dedesenvolvimento social, de desenvolvimento econômico, para aquelesque assim preferem, de desenvolvimento humanitário e de soberanianacional, para quem ainda acha que esse discurso tem alguma coisa aver no mundo de hoje, porque nenhuma sociedade se desenvolve (issoeu já falei no ano passado em outro auditório desta mesma universi-dade) e cresce se não tiver conhecimento acumulado, produzido aolongo de décadas.Muito obrigado. (Palmas.)

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22 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Mas isso não é uma coisa que se resolve de uma hora paraoutra. Inclusive, ontem, na audiência pública que tivemos da Comissãode Saúde em Florianópolis, com a mesa dos trabalhos composta, nasua maioria, por médicos, duas enfermeiras, um promotor e estepolicial, o debate foi em torno do que fazer para acabar com a“ambulancioterapia”. Nós temos que fazer um hospital em São Miguel eum em Lages, que tem uma certa estrutura, a quimioterapia já funcionaem Lages, só que as pessoas querem vir para Florianópolis. Parece-meobvio que serão necessários pelo menos dez anos para que esseserviço prestado em Lages esteja tão desenvolvido quanto o deFlorianópolis para que as pessoas confiem - na oportunidade, tambémfoi falado sobre a qualidade dos cursos de Medicina. Então, é umprocesso de investimento de médio e longo prazo.

Na verdade, esse é um debate que se amplia ao longo dahistória da modernidade das nossas universidades. Desde 1200, lá emBolonha, quando começa a primeira universidade pública na Itália,depois, na modernidade. Lembro muito bem da história, de como surgiua universidade de Londres, quando os estudantes de Oxford eCambridge não tinham suficiência financeira para pagar os seusestudos. Então, exatamente, um movimento parecido com este, em quepolíticos e empresários se uniram e fundaram a primeira universidadepública da modernidade, que foi a Universidade de Londres.

No Brasil isso chegou, é claro, muito mais tarde, em 1934,com a USP, e depois em 1937, com a Universidade Federal do Rio deJaneiro. Mas nunca é tarde para ser feliz.

Estamos aqui nessa batalha de uma universidade livre egratuita. Livre porque cremos numa instituição de ensino superior,divorciada das amarras ideológicas e gratuitas, porque efetivamenteapostamos num novo momento para o nosso Brasil. Se não estouequivocado, são cerca de mil instituições universitárias hoje de ensinosuperior no País, e menos de uma centena delas tem oferta de ensinogratuito e público.

Quanto à federalização, não querendo esticar muito aconversa, pois acho que já falei muito para o meu tamanho, queroparabenizar todos vocês do Comitê. Não estivemos aqui, mas, entusi-asmados com a idéia, falamos um pouco na Assembléia e fizemoscontato com o pessoal daqui. Inclusive, fiquei contente em saber quenos quartéis da Polícia e dos Bombeiros uma urna andou, além deoutros espaços em volta... Eu, como policial, fico contente em saberque os nossos companheiros de farda também se posicionam arespeito de uma questão tão importante, talvez a maioria deles nuncaestude na Furb, tem até a expectativa de seu filho, mas não se tratadisso, trata-se de uma perspectiva de sociedade.

Quero aqui, inclusive, parabenizar a belíssima exposição doprofessor Valmor - se eu já estava convencido, esse convencimento seampliou agora com essa exposição. Eu e o deputado Ivan Naatz,embora estejamos na Assembléia por um período curto (e espero queprofícuo), vamos defender essa bandeira. Contem conosco.

Portanto, é absolutamente fundamental a federalização. Eusei que são importantes as questões de defesa dos direitos dostrabalhadores, dos estudantes e dos professores, porque também sãotrabalhadores, mas, mesmo que não fosse isso, professor (não queroentrar em nenhuma polêmica porque concordo com tudo que o senhordisse), a questão é importante em si. Mesmo que a gente deixe e diga:“Ah, não, não”, independentementedisso, é absolutamente necessárioter uma universidade federal na região, e evidentemente que federalizaresta é mais interessante para todo mundo.

Eu concluo com as belíssimas palavras de um poeta: quemsabe faz a hora, não espera acontecer.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Jean Kuhlmann) - Parabenizo o

deputado Ismael por suas colocações.Registro a presença da senhora Elsa Cristine Bevian,

presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Ensino Superior deBlumenau (Sinsepes); da professora Catarina, do departamento dePsicologia; da professora Inês, do departamento de Serviço Social; doFelipe, vice-presidente do Centro Acadêmico de Medicina de Blumenau(Camblu); do André, diretor de Comunicação e Marketing; do JoséCarlos, presidente da Atlética de Medicina.

Do ponto de vista legal, fazer concurso público por umafundação municipal - agora vai ser servidor federal... Como é isso?Olha, a lei existe porque foi construída por homens e mulheres. Ela nãovem do céu. A lei tem que estar ao nosso dispor, ao dispor da socie-dade e não ao contrário, ela não deve escravizar a sociedade.

Registro a presença também do representante do DCE,reeleito ontem, que, pelo visto, cortou o cabelo. Parabéns! Gostariatambém de agradecer a participação do deputado Serafim Venzon, aquem convido para fazer parte da mesa.

Portanto, há que se ver a forma legal de fazer isso, degarantir os direitos de toda a comunidade universitária da Furb, atual efutura, para garantir essa federalização. Quero aqui me colocar à disposição de cada um dos senho-

res e das senhoras e agradecer a participação de todos vocês.Contem com o nosso apoio. Tudo que pudermos fazer... Jáajudamos a assinar moção lá na Assembléia Legislativa, mas parecemuito pouco. Às vezes, dizem o seguinte: “Ah, vamos subscrever amoção do deputado e da deputada Fulana de Tal”. Parece tão burocrá-tico! Talvez a gente tenha que fazer a coisa na forma de movimento.

Parabenizo o senhor Valmor pelas suas colocações, bem como osdeputados que me antecederam, especialmente o deputado Ivan Naatz,pela proposta. Ele, logo no primeiro dia que assumiu a sua cadeira naAssembléia, veio direto à Comissão de Educação e disse: deputado,temos que fazer uma audiência pública. Nós conversamos, ele trouxe orequerimento pedindo a audiência pública e já saiu correndo atrás daassinatura dos demais parlamentares para que no mesmo dia fosseaprovado esse requerimento.

Eu parabenizo o movimento que vocês fizeram, são dezenasde milhares de assinaturas ou de votos a favor da federalização.

Dessa urna que eu falava, do companheiro que é policialmilitar, de setecentos e poucos votos só doze foram “não”. Então, dápara ver a vontade da comunidade, a vontade da região de ter umauniversidade federal. E como disse o professor, a Furb está aqui comquinze mil vagas, quinze mil estudantes, basta o governo federalencampar. Fica mais barato do que fazer a do extremo oeste, que agente defende também, é óbvio; fica mais barato do que fazer umcampus da UFSC no norte e outro no sul, que a gente defende tambéme parabeniza, é óbvio. Portanto, não dá de passar sem fazer isso.

Precisamos ir a Brasília. Acho importante também criar essemovimento para ir ao Congresso Nacional, ao Ministério. Estamos àdisposição para esse debate.

Então, é graças ao deputado Ivan Naatz que estamos hojeaqui para discutir esse assunto. E esperamos sair daqui com algoconcreto para a Assembléia, para saber o que devemos fazer daquipara frente, como representantes da comunidade, como representantesdeste Estado, em prol desse movimento, que é, sem dúvida alguma,vital para a nossa cidade, para o nosso Estado, para o nosso aca-dêmico e para todos aqueles que querem o bem da nossa comunidadee de Santa Catarina.

Passo agora a presidência dos trabalhos ao deputado IvanNaatz.

Desculpe-me, senhor presidente, por ter me alongado, masesse debate de fato me entusiasma. Gostei de participar, porque tenhomilitado nisso há quase vinte anos.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Boa-noite a

todos.Muito obrigado. (Palmas.) Questionaram o porquê da decisão de promover este evento,

o objetivo. Nós vamos ficar pouco tempo na Assembléia Legislativa,será um período muito curto, só até final de julho, e como vamos terum período com pouca atividade lá em Florianópolis, pensei no que agente poderia fazer no sentido de colaborar para esse movimento dafederalização.

O SR. PRESIDENTE (deputado Jean Kuhlmann) - Parabéns,deputado.

Com a palavra o deputado Ismael dos Santos.O SR. DEPUTADO ESTADUAL ISMAEL DOS SANTOS (SC) -

Boa-noite a todos.Quero cumprimentar o presidente da nossa Comissão de Educação,deputado Jean Kuhlmann, que oportunizou à Assembléia Legislativaaqui estar; o deputado Ivan Naatz, que foi o propositor desta plenária; oValmor Schiochet, e lembrar dos velhos tempos, ambos fomos secretá-rios municipais, a long time ago.

Sou aluno de Direito da Furb, me formei aqui, fiz CiênciasSociais também, sou aluno do curso de Administração, da sala J-303, aqui embaixo, e sou pós-graduado pela Furb. Portanto, tenhogrande parte da minha vida aqui nessa universidade, por issopensei: o que posso fazer como deputado para convencer os meuspares no sentido de que a Assembléia também assuma ocompromisso da Furb federal?

Estar aqui com representantes do Sindicato, nossos estudan-tes, professores e colegas da Assembléia Legislativa que assessoramesta plenária, é um prazer. Então, esse é o objetivo desta audiência pública, que

concorre com outro grande evento hoje aqui na cidade, qual seja, umasessão solene na Câmara de Vereadores para homenagear muitasautoridades, entre elas a senadora Ideli Salvatti, o delegado regional,pessoas eméritas que têm um trabalho muito brilhante na comunidadede Blumenau. E o deputado Jean, que é uma das pessoas importantesdesse movimento, preferiu participar conosco aqui na Furb.

Estar na Furb é sempre um momento de nostalgiapositiva, Ivan Naatz, porque, aqui, também como você, há 25 anos,entrei pela primeira vez quando fiz Administração, depois Letras etambém uma pós em Comunicação. E desde aquela época jávínhamos discutindo essa questão do ensino gratuito, dafederalização da nossa Furb.

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O objetivo da nossa presença, deputado Ismael, é tirar aquium encaminhamento de compromisso da Assembléia com o projeto,com o movimento pró-federalização. Que a gente possa tirar aqui umacarta de compromisso dos deputados, da Comissão de Educação,Cultura e Desporto da Assembléia para que o movimento pró-federalização ganhe mais um importante aliado, e tenho certeza quecada um pode contribuir muito para isso.

O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Passamos agoraà segunda fase da audiência pública, que são as inscrições para amanifestação da platéia.

Passo a palavra à primeira inscrita, senhora Elsa CristineBevian.

A SRA. ELSA CRISTINE BEVIAN - Boa-noite a todos.Quero saudar os deputados Jean Kuhlmann, Ivan Naatz,

Serafim Venzon, Ismael, Sargento Amauri Soares; o professor Valmor,nosso coordenador do Comitê; as amigas do Comitê, as sorotimistas,que sempre estão aí firmes junto com a gente; os professores da casa;os queridos estudantes; os assessores da Câmara; as demais pessoasda comunidade.

Vamos sair daqui com um protocolo pronto para ser divulgadona Comissão de Educação, Cultura e Desporto, presidida pelo deputadoJean Kuhlmann, para que a Assembléia seja mais um instrumento domovimento pró-federalização, e um instrumento de peso, porque elaestá muito próxima do governador do Estado, dos deputados federais,dos senadores, do presidente, do ministro. Então, é uma Casa quepode contribuir muito, professor Valmor, para o movimento.

Quero dizer a vocês que os servidores da Furb têm o maiorinteresse na federalização dessa instituição. Gostei muito da expressãodo Ismael dizendo que nós precisamos nos libertar dessas amarrasideológicas, e hoje foi um dia de reflexão, um dia em que eu penseimuito sobre os meus atos como professora.

Então, que desta audiência pública a gente consiga tirar nãouma moção, mas uma aprovação para que a Assembléia Legislativa seengaje no movimento pró-federalização. Será mais um órgão em prol domovimento, professor Valmor, e nós vamos descobrir hoje como fazerisso. Porque este é um ato solene, um ato oficial, e precisamos sairdaqui com essa ata oficial e entregá-la aos nossos pares naAssembléia Legislativa para, daí, sim, ela passar a ser um instrumentode ligação com o MEC no sentido de convencer o ministro da Educaçãoque federalizar a Furb é uma boa idéia, certo?

Estou bastante preocupada pelo comportamento que viontem de vários estudantes desta instituição nas eleições do DCE,especialmente na apuração. Acredito que a justiça social só acontececom a educação, porque é através do processo educativo que nósvamos mudar esse sistema. Enquanto não houver um processo deconscientização coletiva, um processo de educação sobre as injustiçasno nosso sistema, não sei o que será do nosso futuro. Então, é só porisso - que é muita coisa, é tudo - que nós estamos, com força e amor àcausa, nesse movimento pela federalização.

Muito obrigado. (Palmas.)Concedo a palavra ao deputado Serafim Venzon.O SR. DEPUTADO ESTADUAL SERAFIM VENZON (SC) -

Cumprimento o deputado Ismael, o deputado Ivan Naatz, o deputadoJean Kuhlmann, principais representantes aqui da Grande Blumenau erepresentantes expoentes de Santa Catarina, que trazem este eventoda Assembléia aqui para dentro da Furb. Saudamos o deputadoSargento Soares, o Valmor Schiochet, a comunidade acadêmica, avereadora Marlene Schlindwein e os demais participantes. Desculpem-me se não conseguir nomear cada um de vocês, cuja participação éimportante, porque precisamos criar uma aura na cabeça daqueles quedecidem ouvindo, evidentemente, o clamor social.

A Furb mora no nosso coração. A gente vive aqui, mora aqui,estudou aqui, trabalha aqui. Conhecemos pessoas maravilhosas nessainstituição, então, acreditamos que ela merece ser federalizada.

Obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Com a palavra o

senhor José Roberto Paludo, representando o deputado Pedro Uczai.O SR. JOSÉ ROBERTO PALUDO - Boa-noite, senhores

deputados, professor Valmor e demais presentes. Represento odeputado Pedro Uczai, professor universitário há vinte anos do SistemaAcafe, da Unochapecó, além disso, ele tem estado na coordenaçãodesse movimento de criação da Universidade Federal da Mesorregiãoda Fronteira do Mercosul, lá no extremo oeste.

Nós podemos colocar que hoje Santa Catarina temaproximadamente seis milhões de habitantes; destes, temos um poucomenos de 200 mil universitários. Cerca de 22 mil alunos estão na UFSCe cerca de 17 mil estão na Udesc - não dá 40 mil o total de alunos nasduas universidades públicas e gratuitas. Os outros 160 mil alunosestão matriculados no Sistema Acafe.

Eu acho importante destacar aqui a clarividente exposição doprofessor Valmor, que historicizou, contextualizou e apresentou osprincipais desafios e obstáculos que existem para se construir essaluta da federalização. Foi uma apresentação sintética e brilhante. E vejoque esta audiência pública e o envolvimento da Assembléia, deputadoIvan, são importantes porque significam a possibilidade de transformaresse movimento em estadual. Do ponto de vista de Blumenau e daregião, acho que o Comitê construiu esse processo: o que aAssembléia pode agregar. Eu acredito que não seja apenas umamoção, uma carta simplesmente, e sim que efetivamente a Assembléiaseja uma instituição que transforme esse movimento da federalizaçãoda Furb numa bandeira do Estado de Santa Catarina. (Palmas.) Eu achoque esse é o papel que precisa ser construído aqui.

O interessante é que o Sistema Acafe, do qual a Furb fazparte, talvez tenha mais umas 200 mil vagas, e apesar do desejo demais de 200 mil alunos de estudar, eles não conseguem, nem semetem, vamos dizer assim, não têm coragem de começar porque nãoteriam como bancar a mensalidade.

Então, temos que estar conscientes de que existe uma demandareprimida muito grande, certamente na faixa de 150 mil, 200 mil alunos quenão estudam, que não fazem universidade, embora eles tenham ciência deque o fato de estarem fora dessa universalização do conhecimento faz comque fiquem fora de uma parte mais qualificada da sociedade.

O Estado do Rio Grande do Sul está cheio de universidadespúblicas, assim como São Paulo, Minas Gerais. Santa Catarina é umdos Estados que menos têm vagas universitárias públicas federais,justamente porque é considerado uma Suíça brasileira. A turma lá deBrasília acha que aqui todo mundo tem grande poder aquisitivo, quetodos teriam condição de bancar uma universidade. Por isso talvez quedurante tanto tempo Santa Catarina tenha ficado de certa maneiraatrás de muitos Estados, até dos que têm quase o mesmo número dehabitantes.

Penso, deputado Venzon, que não é possível aqui a tese detransformar a Acafe em federal. Pela exposição do professor Valmor,está muito claro que há uma singularidade da Furb dentro do SistemaAcafe. O Sistema Acafe é um sistema diferenciado, só em SantaCatarina existem as fundações, e duas no Rio Grande do Sul. E dentrodo Sistema Acafe, a Furb é a única universidade pública de direitopúblico, as demais são todas de direito privado. Portanto, é a única quetem alguma possibilidade de ser federalizada. (Palmas.)

Então eu acho que tem que se trabalhar em cima dessa teseda singularidade da Furb e transformá-la numa bandeira da possibi-lidade de federalização.

Essa iniciativa é importante para nós criarmos essa aura nomeio político. Existe agora a iniciativa da Universidade do Oeste, dauniversidade de Araquari, aqui da região de Joinville, de colocar umaextensão da UFSC no extremo sul de Santa Catarina; mesmo assim,essas iniciativas são poucas diante da grande demanda.

A segunda questão é que toda política do governo federalestá calcada na lógica de expandir o número de vagas universitárias,seja pelo Pró-Uni, comprando vagas das particulares que estão ociosas,seja através da construção de novas universidades públicas. Só nogoverno Lula foram criadas dez universidades públicas, quase 100% amais do que as que existiam no País durante os outros trezentos anos,por aí - ou, como diz o deputado (ininteligível), cento e poucos anos.

Eu não sei, deputado Ivan, se o caminho é federalizar a Furb ou,em vez de federalizá-la, criar alternativas, comprar vagas. Enfim, o que nósqueremos é tornar acessível o acesso de mais jovens à universidade.

Então, eu queria colocar aqui essa outra oportunidade, quenão sei se é possível do ponto de vista jurídico, mas já existiramalgumas iniciativas nesse sentido. Em não havendo a transformação daFurb em universidade federal, pelo menos que haja, através do governofederal, a compra de mais dez, quinze mil vagas, justamente parafacilitar o acesso para mais acadêmicos e para aqueles que hoje têmdificuldade financeira de se manter numa universidade.

Acho que também existe uma contradição: você expandemuito e perde em qualidade. A opção lá no oeste de construir amesorregião... Eu estive faz um mês no MEC discutindo com umacomissão lá a inclusão de mais um campus no Paraná também. Então,são dois campi em cada Estado. Quer dizer, teremos uma universidademesorregional com seis campi que vai proporcionar quinze cursos. Essanova universidade federal corresponde a 10% de uma Furb - a extensãode cursos da Federal de Santa Catarina também é muito pequena.

Gostaria de me somar a essa iniciativa, e parabéns por isso.Saúde e educação são justamente os temas que todos nós, quandocandidatos, colocamos, e não perdemos nunca. Ocorre que são procedi-mentos difíceis, assim como essa iniciativa de querer federalizar a Furb,e enquanto isso não acontece, acredito eu que comprar vagas nasuniversidades do Sistema Acafe seria outra grande alternativa parafacilitar o acesso dos acadêmicos.

Essa é uma luta grandiosa, e acho que a Assembléia precisaarticular a bancada federal, o governo do Estado, a Secretaria daEducação e transformar esse evento numa luta estadual, para amadu-recer e poder convencer o Ministério a incluir a Furb no seu plano deexpansão. Porque não é fácil, será um caso único no Brasil se seconseguir fazer isso com a Furb.Obrigado. (Palmas.)

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Não pensem, portanto, que será uma luta fácil e tranqüila, aFurb não está exatamente dentro da lógica da política do MEC, mas elatem uma questão que é um caso único, um caso muito específico, eacho que é sobre essa grande tese que dá para trabalhar no sentido deconvencer o MEC a federalizar a Furb.

O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Eu sógostaria que a pessoa se identificasse com bastante clareza,porque as audiências são gravadas, uma vez que são oficiais, epara que possa ficar registrado através das nossas notastaquigráficas.

Acho que temos que fazer essa reflexão. Esta audiência podeenvolver e transformar a Assembléia numa instituição que estadualizeessa luta da Furb especificamente, e a grande tese para convencer oMEC de incluir a Furb é ser ela um caso único, já que é uma fundaçãopública de direito público. Isso possibilita, sim, pelos estudos já feitose pela exposição do senhor Valmor, transformá-la em federal.

A SRA. MARIA SALETE GRAF - Uma boa-noite a todos.Atualmente estou governadora da Região Brasil das sorotimistas enós estamos aqui nesse Comitê desde 2002, 2003 realmente -conforme você falou - pela indignação dessa universidade aocontemplar professores e não contemplar alunos. Foi exatamenteesse o nosso ponto. Esse ponto que estava no dito popular, que jáestava permeando desde 1996 quando ela se tornou da noite parao dia uma universidade pública e os alunos não foram contem-plados; quando ela se tornou municipal e os alunos não foramcontemplados.

Obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Pela ordem de

inscrição, com a palavra o senhor Mauro Tessari, representando o reitor.O SR. MAURO TESSARI - Boa-noite a todos.Em nome da reitoria, quero dar boas-vindas aos senhores, à

Comissão. É um prazer recebê-los. Nós tínhamos certa dificuldade deagenda hoje em função das circunstâncias: o professor Eduardo estáviajando, seu compromisso foi marcado antecipadamente e não tinhacomo ser alterado, e o professor Romero está participando de um outroevento concorrente, também previamente acertado. Então, faço eu arepresentação deles aqui.

Nós, comunidade de fora, já discutíamos isso! O povo nãoé burro! O povo não é burro, gente! O povo sabe das coisas! Eucheguei a ter depoimento de pessoas que disseram: ah, a Furb quese exploda! Gente, se a situação é essa, de empresário dizer isso,de políticos dizerem isso, temos que fazer alguma coisa, algo temque ser feito algo. Realmente é atípica a situação da Furb e osalunos têm que ser contemplados! E foi uma luta de 2002, de2003, de 2004, muitas vezes esfriaram o Comitê, tivemos muitotrabalho. Mas persistimos: a comunidade externa persistiu,professores muito conscientes persistiram. Eu lembro doAlessandro que ia lá e dizia: é questão de financiamento, nóstemos que trabalhar realmente o financiamento para os nossosalunos. Como vamos fazer isso?

A reitoria acompanha esse movimento desde o início, em2002/2003, e assumiu o compromisso de, na medida do possível,também apoiá-lo. Qualquer reitoria não é dona da universidade, o reitorapenas tem a responsabilidade de gerir em nome da comunidade, queé a verdadeira dona da Universidade Regional de Blumenau. Na medidaem que se tem condições de fazer esse movimento, fazer esse debatee ouvir o desejo dos que se manifestam, nós seguimos os próximospassos. Portanto, o nosso trabalho é muito mais de viabilizar alternati-vas do que se posicionar no sentido de defender essa ou aquela tese.Isso não compete, na minha opinião, ao reitor.

Então, gente, graças a Deus tivemos professores aquicom ou sem ideologia, sei lá, muito conscientes! O Sinsepes deutotal apoio porque compreendeu a injustiça que era. O DCEtambém! Tivemos resistência com relação à reitoria? Tivemos, sim.Mas graças a Deus a reitoria agora abriu para nós, completamente,estamos aqui com os alunos na sala de aula, com todos osprofessores apoiando, haja vista o resultado do nosso plebiscito,que foi um sucesso total. Sabíamos que a comunidade aprovava detodas as formas, mas não tínhamos certeza da comunidadeinterna. E agora tivemos a prova de que os professores, os alunose a comunidade estão realmente conscientes e unidos. E é essaaura positiva, alguém aqui falou, que temos que ter, temos que tero pensamento de que isso vai dar certo, porque é um direito dosnossos alunos e da nossa comunidade.

Agora, na sua gestão, o reitor tem como obrigação, sim, fazercom que essa estrutura, que é pública, que está disponível aqui, que é dacomunidade e que tem um potencial para atender muito mais do que atendehoje, possa dar esse retorno para a sociedade de toda a região e de todo oEstado. Mas na gestão ele tem, sim, como obrigação fazer com que essaestrutura, que é pública, que está disponível, que é da comunidade e quetem um potencial muito maior do que efetivamente oferece hoje, dê esseretorno para a sociedade de toda a região, de todo o Estado, muito mais doque vem fazendo hoje. E essa forma se dá através de acesso a recursospúblicos para que financie essa universidade.

O caminho está colocado, acho que o trabalho que o Comitêtem feito sinaliza positivamente e a comunidade quer isso. Não é umavontade isolada, de um grupo, é a vontade de todas as instâncias, detodos os segmentos, seja ele de trabalhadores, de empresários, daclasse política, seja o Poder Público estabelecido, o Executivo munici-pal, o Legislativo, enfim, todas as instâncias se manifestaram favorá-veis. Então está mais claro que nunca que nós vamos fazer, mas oscaminhos é que não são fáceis. É um caso único, realmente, e vamostentar inserir a Universidade Regional de Blumenau na política dogoverno federal, numa situação que não tem grandes alternativas. Aalternativa mais viável que a gente vê agora seria através do Reuni.Esse seria o passo mais viável neste momento. O que nós esperamos?Recebendo a manifestação formal do Comitê, nós vamos levar aoconselho universitário, que eu acredito não vai ter dúvida em relação aisso e deve se manifestar positivamente, e a partir daí há a chancelaoficial e essa decisão passa a ser uma decisão de política institucional.

Eu também estudei na Universidade Federal eprovavelmente se não houvesse a UFSC eu não teria estudado. Edigo mais, todos os meus primos, meus parentes, desde Brusque,São João Batista, Palhoça, Santo Amaro e Florianópolis, ricos epobres, fizeram universidade gratuita. Então é um direito do Valedo Itajaí, principalmente um direito moral e ético em ter umauniversidade transparente na comunidade que contemple os alunose professores, uma universidade gratuita de fato. É nisso queacredito. É nisso que o Comitê acredita.

Hoje estamos felizes por estarmos com vocês aqui, porqueacreditamos em vocês. Vocês sabem que é importante. Todos osdiscursos estão afinados e temos um denominador comum. Vocêsouviram o professor Valmor falando, é tudo isso que queremos.Realmente a batalha será maior e a responsabilidade depois desseplebiscito é bem maior, mas estamos vendo resultados: vocês,deputados, estão aqui.

Também já estamos em contato com a reitoria daUniversidade Federal, já fizemos reuniões, já temos algum entendi-mento nesse sentido, porque dentro do projeto do Reuni essa é aforma, pelo menos neste momento, que vemos viável para que esseprocesso aconteça. A gente imagina que seja possível, a partir de umaparceria com a Universidade Federal, se constituir uma universidadefederal em Blumenau, com oferta de vagas públicas e gratuitas aqui naregião, utilizando os recursos, os meios, a infra-estrutura dessauniversidade. Essa seria a forma de fazermos com que se preservemtambém os direitos e os investimentos que a comunidade regional feznessa universidade.

Nós acreditamos, porque isso é um direito nosso. E por issosó temos a agradecer a iniciativa de vocês em estarem aqui conosco,trabalhando com a gente, unindo-se a nós, porque a universidadefederal é prioridade da comunidade de Blumenau. Por isso nósagradecemos mais uma vez a presença de vocês aqui.

Uma boa-noite. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Quero informar

que o professor Valmor recebeu um telefonema de urgência e precisaráse retirar, por isso passo a palavra a ele.

O SR. VALMOR SCHIOCHET - Eu peço desculpas por ter queme ausentar, mas o professor Mauro poderá me substituir na mesa. Eem nome da coordenação do Comitê eu gostaria de sugerir algunsencaminhamentos.

Estamos trabalhando a passos razoavelmente lentos aindaneste momento, porque a própria Universidade Federal e o governofederal não têm uma definição muito clara de como esse processopode acontecer. Esperamos que nos próximos dias tenhamos umaaudiência com o ministro da Educação, quando vamos levar o pedido daconstituição de um grupo de trabalho para definirmos, de vez, ocaminho a tomar e o que nós vamos fazer.

A fala do Paludo, representante do deputado Pedro Uczai,sinaliza bem a expectativa do Comitê do ponto de vista da atuação daAssembléia Legislativa. Nós precisamos ter compreensão clara doplano de expansão do ensino superior em Santa Catarina, da direçãoque o MEC está dando e da possibilidade de podermos incluir estareivindicação dentro disso. E a reivindicação, para nós, é muito simples:gostaríamos que o MEC constituísse um grupo de trabalho para que, àluz do debate que estamos realizando aqui, dessas três direções quetomamos aqui, desse debate com o Comitê, pudesse elaborar efetiva-mente um projeto para a nossa região. Não se trata de projeto a, b ouc, nós precisamos é constituir um projeto que incorpore os elementosque foram objeto de debate aqui.

Então, se a Assembléia Legislativa, através da Comissão deEducação, somar conosco - e me parece que vai somar - nesse apoio...Nós precisamos, sim, do apoio de todos os parlamentares não só daregião, mas do Estado, no sentido de que o nosso movimento tenhamuito mais força, muito mais voz, muito mais acesso. Os caminhos sãoesses e a gente conta com os senhores.

Obrigado. (Palmas.)

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O deputado João Matos é o presidente da Comissão de Educaçãoda Câmara dos Deputados e eu acho que precisamos envolvê-lo nestacondição, assim como todos os demais deputados federais. E obviamenteque entendemos que o caminho de negociação e de luta ainda é árduo.Possivelmente o processo de mobilização, de convencimento ainda precisase intensificar muito. E todo o apoio institucional, logístico e operacional,inclusive para as atividades do Comitê, deverão ser incorporados à demandaque estamos fazendo à Assembléia Legislativa, de forma que a gente possasair daqui com esse compromisso político e também com condições maisefetivas para fortalecer o nosso trabalho de mobilização da comunidaderegional, que vai ser fundamental.

O SR. DEPUTADO ESTADUAL SERAFIM VENZON (SC) -Deputado Naatz, deputado Ismael e deputado Jean Kuhlmann, citoprincipalmente os três por estarem... Quer dizer, todos somosdeputados de Santa Catarina, mas, digamos, na beiradinha, por ondevamos passando todos os dias, e sobre aquilo que enxergamos todosos dias acabamos tendo mais responsabilidade.

Assim como você marcou esta audiência aqui, que foi ótima,acho que seria interessante levarmos este Comitê Pró-Federalizaçãopara o plenário, que seja por dez minutos, quinze minutos, naqueleespaço existente. Eu tenho certeza que vocês poderiam requisitar esseespaço no plenário da Assembléia, no horário das 16 horas, das15h50min, na hora em que todos os deputados estão prontos paravotar, aproveitando a presença de todos, até para tomarem conheci-mento dessa diferença. Eu sei que a Furb é uma das universidades daAcafe, conheço um pouco da estrutura da Acafe, mas a única quesempre fala em federalizar é a Furb mesmo, e não tinha me apercebidodessa diferença, ou seja, que essa aqui já é uma universidade pública,porém pública municipal. Ela é uma...

Agradeço a todos e, novamente, peço escusas, pois precisome ausentar, mas os demais colegas do Comitê poderão contribuir paraa orientação de uma finalização desta audiência, de forma que elapossa trazer resultados efetivos.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Eu quero de

público, e tenho certeza que em nome de todos os deputados e detodas a pessoas que estão envolvidas no movimento, parabenizar oprofessor Valmor, que é o grande puxador de todo esse trabalho.Parabéns, professor Valmor, a comunidade reconhece o seu trabalho ea sua coordenação.

(O senhor José Roberto Paludo manifesta-se fora do micro-fone: “De direito público. As outras são de direito privado.”)

Ela já é pública, só que municipal, e nós temos que transformá-laem federal para poder se sustentar, digamos, e torná-la de fato gratuita. Nãohá como Blumenau sustentar uma universidade desse tamanho, recebendoalunos de todos os municípios. Então ela teria mesmo que ser federalizada.Mas justamente para dar esse toque de diferença, seria interessante seconseguíssemos fazer essa mobilização.

Neste momento passamos a palavra ao professor JorgeGustavo Barbosa de Oliveira.

O SR. JORGE GUSTAVO BARBOSA DE OLIVEIRA - Boa-noite.Eu sou professor desta instituição e também membro do Comitê Pró-Federalização da Furb. Temos a lembrar que o governo federal, apesar de ter a

orientação do MEC de não se criar tantas universidades... Mas comovocês dizem, já virou dez, e Santa Catarina merece isso, merece maisvagas federais, urgentemente. E se a gente pensar em criar uma nooeste, uma no norte, outra no sul, com aquela bagatelinha de 5, 10,1.000 alunos, isso não faz cócegas para 150 mil, que é a demandareprimida que nós temos. Então temos que pegar a Furb, que já temuma estrutura pronta e já tem essa diferença, essa peculiaridade, alémda representatividade - isso que eu queria colocar, isso que eu queriareforçar. Está lá o presidente Lula, está lá o deputado Décio, está lá asenadora Ideli, e não para passar a responsabilidade para eles, masaproveitar essa oportunidade que, depois de muito tempo, é singular.

Eu inicio agradecendo o deputado Ivan Naatz, propositordesta audiência pública, por estarmos aqui debatendo, e ao fazê-lodirijo aos demais deputados presentes por terem vindo discutir conoscoum assunto tão importante para esta região e para a educaçãobrasileira, que é a expansão do ensino público federal gratuito para ointerior do País.

O Valmor acabou de mencionar algumas questões que eugostaria de levantar. Mas, de qualquer maneira - infelizmente odeputado Venzon chegou depois e não pegou a exposição do professorValmor e o Paludo sublinhou a singularidade da Furb, pelo fato de elaser uma instituição de direito público -, vou mencionar o que está aquinos cadernos da federalização, que é o principal documento que oComitê produziu, na página 30, no segundo parágrafo, que é como oComitê vê essa transposição da instituição, de pública municipal parapública federal, e aí especificamente a condição dos servidores técnico-administrativos e professores. Diz ali sobre o instituto da cedência.

Eu tenho colocado em algumas outras situações que na his-tória do Brasil, se a gente pensar desde o descobrimento, com a vindade D. João VI, com Getúlio Vargas, com Juscelino, o Lula é um quepode ficar na história como um grande, se fizer a reforma tributária, sefizer alguma reforma para que a sociedade tenha mais acesso àuniversidade. Nós estamos neste momento e talvez devêssemosaproveitar o momento, Ivan, para vocês fazerem essa indicação, quetenho certeza terá aceitação por parte da presidência e de todos osdeputados. (Palmas.)

(Passa a ler.)“O Instituto da cessão consta na Lei nº 8.290, de 19 de

dezembro de 1991. No seu Art. 22, dispõe que ‘o servidor poderá sercedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes daUnião, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nasseguintes hipóteses: I - para exercício de cargo em comissão ou funçãode confiança; II - em casos previstos em leis específicas’.” (Cópia fiel.)E esse é o nosso caso. Nós teremos que fazer leis específicas, uma leimunicipal cedendo esses servidores; uma lei federal acolhendo essesservidores - eles continuarão servidores públicos municipais, porém,como estarão trabalhando numa universidade federal, prestandoserviço ao Executivo federal, serão remunerados por esse Poder e seaposentando pelo Instituto de Seguridade Social do Servidor deBlumenau, o Issblu.

O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Concedo apalavra à senhora Catarina Gewehr. Vamos ser breves em função doadiantado da hora e porque a mesa tem que concluir os trabalhos.

A SRA. CATARINA GEWEHR - Boa-noite. Saudamos osmembros da mesa, especialmente o deputado Ivan Naatz pela iniciativade trazer essa discussão mais uma vez, pois eu lembro que aqui naFurb eu já participei de três audiências públicas da AssembléiaLegislativa sobre esse tema, e de mais uma audiência pública emFlorianópolis, há dois anos.

Uma coisa recorrente nessas audiências, e é necessário serfalado, é a base econômica do projeto de federalização. Federalizamosas vagas, mas não o projeto de gratuidade para não pagar. Umauniversidade com financiamento público requer, necessariamente, umoutro projeto de universidade; ela não pode ser a mesma universidade;ela vai ter que ser uma outra universidade. Quando o deputado Ismaeltraz a dimensão histórica, nós temos um problema na universidade,pois nós ensinamos partes de algumas histórias e esquecemos partesde outras histórias.

Então, nesse sentido - e o Paludo já tinha sublinhado aespecificidade da Furb -, ela se torna bem diferente das demaisinstituições da Acafe. Com base nisso achamos que devemos avançar,e o próximo passo, já foi mencionado aqui, é solicitar a interlocuçãocom o Ministério da Educação. Nós não queremos ter uma proposta aapresentar para o MEC; nós queremos construir uma proposta com oMEC. O que nós temos é um objetivo claro: a instituição UniversidadeRegional de Blumenau deve ser federal e deve ser gratuita. Porém, essatransposição deve ser construída em conjunto, com os PoderesPúblicos do Estado de Santa Catarina - e daí a importância de vocês,porque estão representando o povo de Santa Catarina na AssembléiaLegislativa - e nós, que vivemos nessa instituição, os estudantes e osservidores, junto com o MEC, para que possamos definir qual o melhorcaminho para se atingir o objetivo, que já temos claro.

Existem alguns historiadores que dizem, por exemplo, que auniversidade nasce no mundo árabe e não no mundo ocidental cristão.Ela nasce junto a uma mesquita para propagar qual tipo de conheci-mento, além do conhecimento religioso: o conhecimento das artes, dasciências médicas, da física, e nasce como modo de expansão dacultura.

Vocês, como nossos representantes no Estado de SantaCatarina, já mostraram isso - e todos aqueles que falaram sedispuseram a colaborar nesse projeto -, poderiam se somar àsatividades do Comitê e fazer o trabalho que compete a um Poderinstituído, como é o Legislativo de Santa Catarina, a fim de que quandoformos a Brasília tenhamos a presença de vocês, como um respaldoinstitucional do Estado de Santa Catarina, para que essa reivindicaçãoseja finalmente atendida. Mas para isso, o primeiro passo é abrir ainterlocução com o Ministério da Educação.

Eu penso que a grande tarefa no processo de federalizaçãoda Furb, associada à gratuidade, é a tarefa da mudança cultural. Nósacompanhamos, e a professora Elsa fala muito bem, ontem à noiteuma coisa que me deixou muito assustada - eu sou professora doDepartamento de Psicologia e estou terminando agora um doutoradoem Psicologia Social - é o fenômeno de uma juventude conservadora efascista. Eu nunca tinha visto isso de perto. Uma juventude que reza oPai-Nosso, termina de rezar o Pai-Nosso, vira para vinte meninos queestão embaixo da árvore num processo de eleição do DCE e quase sepõem a brigar. Eu não sei como nós invocamos um Pai que é nosso,mas é mais nosso de alguns e menos nosso de outros. E isso paramim é uma vertente conservadora fascista, que a universidade tem a

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Com a palavra o

deputado Serafim Venzon.

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obrigação de fazer a mudança de rumo. Porque senão nós vamosperecer, em médio e longo prazo, o custo social imenso que está paraalém do recurso financeiro que sustenta a instituição.

O ACADÊMICO PAULO CESAR DUARTE JÚNIOR - Boa-noite.Eu sou acadêmico de Economia da Universidade Federal de SantaCatarina e também diretor da União Catarinense dos Estudantes,entidade que representa todos os universitários e universitárias doEstado.

Numa outra perspectiva, e já mencionei isso numa reunião doComitê Pró-Federalização, é a questão do que é de fato uma universi-dade. E a Furb não pode ser federalizada para continuar fazendo ascoisas que faz. Se a Furb, ao se federalizar, continuar rompendovínculos possíveis de diálogo, continuar com rotas de “silenciamento”de vozes dissonantes, nós não vamos contribuir para o desenvol-vimento de uma sociedade plural, de uma sociedade democrática, e deuma sociedade que se reconstitua a partir dessa dimensão. E aíestamos na universidade, que o Paulo Freire coloca extremamente bem,que é a dimensão dialógica: se eu eliminar o que é diferente, eu meauto-elimino.

Gostaria de cumprimentar os nobres deputados e, em espe-cial, o proponente desta audiência pública, o deputado e estudanteIvan Naatz, que recentemente assumiu na Assembléia; os amigos eamigas que ontem estiveram com a gente na eleição do DCE da Furb.Infelizmente, mais uma vez, a gente não conseguiu conquistar a vitória,mas, sem dúvida, eu tenho certeza que as pessoas que compuseram onosso movimento conquistaram vários e vários estudantes, váriasmentes e corações de estudantes para uma nova universidade - comocoloca a professora Catarina -, uma universidade que de fato esteja aserviço do desenvolvimento, da pesquisa, da extensão e do desenvol-vimento social, político e humano, que é de fato o grande papel dauniversidade brasileira.

Então, precisamos fazer dessa universidade, e mencionei nareunião do Comitê, não uma universidade que vá pensar em produzirinovação tecnológica - e faço de novo essa mesma fala, não temos quepensar na inovação, temos que pensar na produção de tecnologias,porque ali, sim, existe a riqueza social do conhecimento. A inovaçãotecnológica, somos simplesmente adaptadores de coisas que outrasuniversidades, outros centros de referência, outros centros de pesquisacriam.

Felizmente, hoje, a gente vive um novo momento político noPaís, em que as forças mais progressistas chegam ao governo central ereelaboram uma política para a educação brasileira. Felizmente, hoje, agente tem dez novas universidades federais criadas pelo governofederal em cinco anos, coisa que a gente só tinha visto no governo deJuscelino Kubitscheck - o governo do presidente desenvolvimentista. Eparalelo a essa criação das idéias das universidades federais, nóstemos um projeto, que é o Reuni, que expande a universidade públicabrasileira.

Especificamente, encerrando essa fala, eu creio que talvez opapel fundamental da universidade, numa cidade em que as pessoasse matam porque ficam tristes, as pessoas se matam porque têmvergonha de contar em casa que perderam o emprego, é ter umcompromisso com a vida. E é uma vida muito maior do que, simples-mente, e isso me choca, trabalhar para ter um carro, para podercomprar determinados tipos de bens e para perceber que a vida é sóisso. Temos que instituir nessa juventude que está aqui o sonho deuma Pátria grande, como sonhava Simon Bolívar, uma Pátria que nãotem fronteiras. E uma universidade que, expandindo as fronteiras, contepara esses jovens que eles estão aqui não só por um projetoprofissional, mas por um projeto de uma outra existência. Acho que senós não fizermos isso não adianta federalizar. (Palmas.)

Aqui na nossa Universidade Federal de Santa Catarina, porexemplo, em 2011 a gente vai chegar ao marco de um pouco mais detrinta mil acadêmicos inseridos na UFSC. Hoje nós contamos com cercade dezessete mil, sem falar nos montantes de investimento financeirona UFSC.

Foi colocado aqui que Santa Catarina é um dos pioresEstados em vagas públicas, se não me engano pelo deputado SerafimVenzon. E de fato é. De fato Santa Catarina é o pior Estado brasileiroem vagas públicas federais. Como também um outro deputado colocouque a gente seria a Suíça brasileira, infelizmente, enquanto Estado, queseria o Estado de Primeiro Mundo na Federação, a gente contasomente com uma universidade pública estadual, que seria a Udesc, euma universidade federal centralizada na Ilha de Florianópolis, na qualeu estudo, com poucos campi espalhados pelo Estado, sem falar daquestão de infra-estrutura desses campi.

O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Muito bem colo-cado, professora Catarina.

Também fiquei muito preocupado com o movimentoestudantil. Eu, como aluno da universidade, já fui presidente doDCE, já fui militante estudantil aqui na universidade, nunca vi algoque se assemelha ao que a gente está vivendo hoje na Furb emtermos de movimento estudantil. É algo realmente extremamentepreocupante.

Agora, outra questão também que eu gostaria de levantar,além desse novo momento político que vivemos de maior diálogo com oministro Haddad e toda a sua equipe de educação, é o resultado dasurnas que a gente teve aqui na semana de federalização da Furb.

Passamos a palavra ao acadêmico André Rezende, estudantede Medicina da Furb, representando neste ato o Centro Acadêmico.

O ACADÊMICO ANDRÉ REZENDE - Boa-noite a todos. Havia um grande medo de que o resultado da votação fossenegativo, fosse pela não-federalização da Furb, e felizmente a genteteve um resultado muito positivo, em que mais de 90% da comunidadeinterna e externa colocaram que querem uma universidade pública paraBlumenau, uma universidade que de fato esteja comprometida comensino, pesquisa e extensão; esteja comprometida com o desenvol-vimento social, o desenvolvimento político, econômico e humano daregião de Blumenau.

Gostaria de parabenizar os deputados pela oportunidade deabrirem essa conversa com os acadêmicos e com os professores aquida Furb; parabenizar a professora Catarina pelo seu depoimento,realmente são esses tipos de palavras que acabam cativando todos osestudantes.

A participação do acadêmico da Furb e de toda acomunidade no processo da federalização, na semana que foirealizada, foi muito importante. Nós tivemos resultado, o pessoalrealmente se mobilizou, participou bastante da semana. Eu tive aoportunidade de participar em postos de votação, as pessoaspodiam passar essa experiência, essa vontade da UniversidadeFederal para o desenvolvimento da região.

Paralelo a isso e aproveitando esses dois fatores, acho quejá foi colocado aqui, sem dúvida a gente deve ampliar o diálogo com aslideranças políticas e ganhar o governador Luiz Henrique. E aí eu tenhocerteza que os deputados Ismael e Serafim Venzon, que têm umaligação mais próxima com o governador Luiz Henrique, cumprem essepapel de amarrar, de ganhar politicamente o governador para essaquestão da Furb federal, juntamente com os nossos três senadores - asenadora Ideli e os senadores Raimundo Colombo e Neuto De Conto. Echegar no MEC, na sua Secretaria de Educação Superior, e construir defato, coletivamente, como colocou o professor Jorge, esse projeto, queé a Furb federal.

O que a gente conversa com os nossos colegas e com osprofessores seria a importância da Universidade Federal e do apoio,tanto de força política como da mobilização da própria comunidade.Isso nós podemos ver, através das urnas, da votação, pois o pessoalestava bastante engajado na participação e disse sim à federalização -e é isso que a gente espera.

Outra questão que eu também gostaria de levantar é quedessa nova gestão que assumiu a Reitoria da Furb a gente nunca teveuma palavra de apoio de fato. Se eu não me engano, o professorEduardo ficou no aguardo do resultado das urnas. E hoje a gente temesse resultado, e ainda não tivemos uma manifestação totalmentefavorável da Reitoria. Mas eu tenho certeza que a figura do chefe degabinete, Mauro Tessari, representando o professor Valmor, indicamuito qual será a posição que a Reitoria da Furb vai assumir peranteessa questão de tanta importância, não só para os acadêmicos, maspara toda a comunidade de Blumenau, Gaspar, Indaial; e para acomunidade de Brusque, que não consegue se inserir lá na Unifebe.

A gente vê hoje o estudante na Furb com muito amor a essacausa. Foi o que a professora Catarina disse, a gente quer construiresse conceito de universidade, mas o conceito de universidade maisforte, em que o aluno tenha maiores oportunidades - e a universidadefederal proporciona isso ao aluno.

Então seria basicamente isso. Eu quis usar pouco dapalavra para ser mais rápido, para que outras pessoas possamparticipar. Mas reitero as palavras aqui colocadas também, tantoda importância dos acadêmicos, dos professores, de toda acomunidade da Furb e da região para o projeto, como a importânciade uma universidade federal para a região. Mas também de umapoio, de uma força política, para juntos podermos tornar possívelesse projeto da Furb federal.

Quero colocar aqui à disposição a União Catarinense dosEstudantes, que participa do Comitê através da acadêmica dePsicologia Graziele Justino, que também é diretora da nossa entidade.Muito obrigado a todos. (Palmas.)

Sem dúvida, a Furb federal é uma bandeira não só da região,mas de todo o Estado. Por isso, todas as lideranças políticas de SantaCatarina devem estar comprometidas com essa conquista que não é sóda região de Blumenau, mas, sim, do povo catarinense e brasileiro, queluta por um país soberano e desenvolvido. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Quero registrar apresença do Valdir da Silva Neto, presidente do PSDB Jovem domunicípio de Brusque. Muito obrigado por ter vindo a nossa cidade.

Com a palavra o último inscrito da noite, Paulo Cesar DuarteJúnior.

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07/11/2008 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 27

O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Bom, a respeitodessa informação, a comunidade externa acha que no Brasil todo mundo émilionário, que aqui em Santa Catarina todo mundo é loiro, bonitinho, bemalimentado. E eu tive uma experiência, deputado Sargento Amauri - eu achoque foi na quinta-feira da última semana -, quando o ministro veio trazer ocheque para a conclusão do acesso da 470, da via expressa. Em certoponto do seu discurso o ministro disse: “Que bom, Blumenau, que não temfavela; que bom, Blumenau, que não tem criança na rua; que bom,Blumenau, em que todo mundo é rico.” Eu disse: “Pô, ministro, ainda bemque o senhor veio de helicóptero (ri). Veio aqui e foi embora.” Ele é senadorpelo Amazonas e é atual ministro dos Transportes.

Agora, o que nós temos que romper definitivamente é com alógica de educação-mercadoria. Eu ouvi um dia desses, não faz muitos dias,naqueles corredores em que a gente convive bastante, alguém indignadoporque a Udesc vai para Ibirama. Por que não faz outros cursos? Tem que semeter naquela área que nós estamos ganhando dinheiro?! A lógica daeducação-mercadoria é que tem que ser derrotada na nossa sociedade.

Eu vim aqui para defender isso, para ser solidário com afederalização da Furb. Todos os argumentos, toda a história, inclusive aimportância econômica de Blumenau e região tem que ser usada: Olha,espera aí - a humana e social também.

Assino embaixo e aplaudo todas as palavras da professoraCatarina - estou plenamente de acordo. Uma outra razão de sociedade, umaoutra racionalidade, uma outra humanidade, melhor dizendo, é preciso seconstruir através de uma universidade. E esse é o trabalho que a gente temque fazer e precisamos continuar defendendo.

Então, essa é a visão que os políticos, os homens que gerenciam estepaís lá em Brasília têm sobre o nosso Estado, a nossa região de Blumenau. E nóstemos que mostrar para eles que não é bem assim. Se nós não mostrarmos quenão é bem assim, eles vão continuar nos tratando como suíços - e quem falouisso, falou muito bem. Eles nos tratam como suíços. Então, nós precisamos estarlá para dizer que não é bem assim.

Mas eu encerro e agradeço a oportunidade de ter falado nestaaudiência pública. Tudo que foi aprovado aqui nós vamos encaminhar deprimeiro a quinto - para usar uma expressão popular - na AssembléiaLegislativa. Estamos à disposição para ir a Brasília, para mandar documento,para voltar a Blumenau, para participar desse processo. A pessoa que eufalei na primeira fala que ajudou no plebiscito é o Armindo, que levou para osquartéis etc., além de outras pessoas que a gente conhece na cidade, doSinte estadual - inclusive a minha irmã dá aula lá na rede estadual. Estamosà disposição para tudo que for possível e estiver ao nosso alcance.

Bom, encerrados os pronunciamentos, eu quero registrar apresença do sargento Armindo Maria, que é representante da Aprasc - elerepresenta os soldados e os sargentos do Estado de Santa Catarina.

Para terminar o evento, passo a palavra aos deputados, porum breve período - não vou fixar tempo, mas que cada um seja brevepra gente poder, então, tirar as conclusões do nosso trabalho.

Essa questão é uma das prioridades deste mandato que estamosexercendo. Se a gente conseguir dizer “ajudei, contribuí para a federalizaçãoda Furb”, então valeu o mandato. Essa é a forma que a gente vê essaquestão.

O SR. DEPUTADO ESTADUAL ISMAEL DOS SANTOS (SC) -Apenas vou concluir com Fernando Pessoa, quando diz que você temduas opções na vida, contar as estrelas no céu ou contar as pedras nocaminho. Eu fico com as estrelas, com a federalização da Furb. Muito obrigado, e desculpem por eu ter me alongado. (Palmas.)

Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Nós temos doisencaminhamentos da mesa: o primeiro diz respeito à Assembléia Legislativado Estado de Santa Catarina, através da Comissão de Educação, criarmecanismos com o MEC para que formemos um grupo de trabalho; e osegundo é do deputado Serafim Venzon, que se permita ao Comitê Pró-Federalização participar de uma sessão da Assembléia Legislativa, para quealguém do Comitê, no espaço destinado aos Partidos Políticos ou àsmanifestações, possa manifestar para o Estado inteiro o desejo defederalizarmos essa instituição.

O SR. DEPUTADO ESTADUAL SERAFIM VENZON (SC) - Então euencerro também com um pensamento, se o Ismael, o Ivan e o Amauri mepermitirem. Dizem que a evolução acontece pelas pessoas que fazem asnormas, que organizam a estrutura e por aqueles que desrespeitam isso,que contestam essa estrutura, buscando alternativas novas. Certamente aresultante dessas forças é que justamente vai nos levar a uma atitudemelhor e mais conveniente por parte do governo.

Por isso, tanto aqueles que outrora defendiam a Furb, como deBlumenau; ou aqueles que lutam pela federalização, que é a grande maioria hoje;tenham a certeza de que a grande beneficiária será a sociedade catarinense.

Essas são as proposições. A plenária concorda? (Pausa.)Há alguma objeção? (Pausa.)Então, estão aprovadas.Obrigado. (Palmas.)

Para encerrar, eu agradeço a presença de todos, do deputadoIsmael, que prontamente atendeu o nosso pedido; do deputado Serafim, quedeixou seu município para vir nos prestigiar; do Mauro...

O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Por favor, Mauro,{a palavra é sua}.

O SR. MAURO TESSARI - A gente agradece mais uma vez apresença dos nobres deputados; a oportunidade de se manifestar apoionessa luta, que é de todos nós. Com certeza a Universidade, a Reitoriavai se engajar de agora em diante em ações objetivas de modo aviabilizar essa demanda, que é de muita gente, não só nossa. (Palmas.)

(A senhora Maria Salete Graf manifesta-se fora do microfone:“Acho que foi esquecido o contato com o governador.”)

São os compromissos da mesa. Alguns contatos com ogovernador serão, obviamente, inerentes... O próprio ato aqui já será... Aidéia é que quem for ao Plenário peça o envolvimento do governador doEstado nesse processo, para que o Estado de Santa Catarina se envolva.Esse é o objetivo de estar presente na Assembléia: pedir o envolvimento detodos os deputados, da base governista, de todos.

O SR. PRESIDENTE (deputado Ivan Naatz) - Com a palavra odeputado Sargento Amauri Soares.

O SR. DEPUTADO ESTADUAL SARGENTO AMAURI SOARES(SC) - Infelizmente eu tenho mais do que um pensamento, e um deles éque universidade pública e gratuita de qualidade é bom em Blumenau,em Florianópolis, em Chapecó, em Itajaí, em Criciúma ou em Imbuia,que é a minha cidade natal. Então não dá para a gente (desculpem apalavra que vou usar) amesquinhar a discussão.

Então, agradeço a presença do deputado Amauri, que veio lá deSão José, atravessou toda a BR-101, passou pelo nosso conturbado trânsitode Gaspar (precisamos resolver urgente essa questão do engarrafamento) evolta agora, sexta-feira à noite, para São José. Obrigado, deputado Amauri,pelo compromisso de V.Exa. com a nossa causa.

Para concluir, a federalização da Furb é uma causa de todos nós -que fique aqui registrado - e, agora, mais do que nunca, um compromisso daAssembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Eu acho que posso falarem nome da Assembléia, porque é o desejo unânime daquela Casa.

Concordo plenamente que a Furb tem uma situação específi-ca, institucional e legal, mas como tu disseste na primeira fala, a lei foifeita por homens e mulheres para ser mudada. Se o governo federalquiser, assim como ele cria imposto e acaba com imposto, em um mêsele pode federalizar todo o sistema universitário brasileiro, em um mês,porque tem a maioria no Congresso Nacional. Então, é uma questão deopção de modelo de desenvolvimento econômico que está aí existente.

Muito obrigado, e quero pedir uma salva de palmas para osservidores da Alesc. (Palmas.)

Boa-noite - está encerrada a audiência pública.DEPUTADO JEAN KUHLMANN - PRESIDENTE

Essa é a questão que está colocada. Óbvio que nós temosque usar todos os argumentos. Estamos defendendo agora a federali-zação da Furb - e estamos nessa, não vamos colocar nenhum argu-mento que possa prejudicar essa discussão. Mas, federalizou a Furb?Vou continuar defendendo a federalização da Univali, da Unisul e assimvai por aí afora. Não é? Nós temos mais argumentos para federalizar aFurb? Que bom - e temos que usá-lo. Daí eu estou plenamente deacordo com tudo que foi dito aqui. Acho que a audiência pública não épara defender política de governo, desse ou daquele, é para defender afederalização da Furb. O Reuni, que foi defendido aqui, foi aprovado naUFSC, no Conselho Universitário, cercado pela polícia federal.

DEPUTADO IVAN NAATZ - PROPONENTE*** X X X ***

ATAS DAS COMISSÕESPERMANENTES

ATA DA QUARTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DESEGURANÇA PÚBLICA, REFERENTE À SEGUNDA SESSÃOLEGISLATIVA DA 16ª LEGISLATURA.

A expansão de vaga é muito importante se acompanhadapela expansão das condições materiais e humanas dos professores edos trabalhadores técnico-administrativos, o que não estava aconte-cendo, nem com a valorização dos servidores docentes e técnico-administrativos das universidades. Daí eu estou falando das federais.Não tem necessariamente que federalizar, pode estadualizar. Não temessa de “ah, não, está jogando tudo para as costas do governo Lula”.Não, nós podemos estadualizar, entendeu? Só para esclarecer o meudiscurso, que eu não estou fazendo o discurso do “vamos jogar pepinopara cima do governo Lula”, não! Nós podemos estadualizar o sistemaAcafe também, não precisa só federalizar.

Às nove horas do dia quatro do mês de junho do ano de dois mil e oito,sob a Presidência do Senhor Deputado Dirceu Dresch, reuniu-seordinariamente a Comissão acima epigrafada, na Sala das Reuniões daCoordenadoria das Comissões da Assembléia Legislativa do Estado deSanta Catarina. Registraram presença na reunião os SenhoresDeputados: Sargento Amauri Soares, Elizeu Mattos, Ivan Naatz queesta substituindo Kennedy Nunes e Edson Piriquito. Abertos ostrabalhos o Senhor Presidente leu a Ata da Terceira Reunião Ordinária,aprovada por unanimidade . Abertos os trabalhos o Senhor Presidentecolocou em discussão e votação o PL/0053.3/08 sendo relator oSenhor Deputado Sargento Amauri Soares, e apresentou vista o

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Page 28: FLORIANÓPOLIS, 07 DE NOVEMBRO DE 2008 NÚMERO · E JUSTIÇA Romildo Titon - Presidente Marcos Vieira – Vice Presidente Jean Kuhlmann Gelson Merísio Pedro Uczai Pe. Pedro Baldissera

28 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA - SC - NÚMERO 5.959 07/11/2008

Deputado Elizeu Mattos, pediu pelo arquivamento do Projeto. Emseguida o Deputado Dirceu Dresch solicitou vista em gabinete. Atocontinuo o Senhor Presidente apresentou pedidos de AudiênciasPúblicas para votação e as já aprovadas, para serem datadas umadelas é a solicitada pelo Deputado Elizeu Mattos, já foi aprovado paraDiscutir “A Segurança nas rodovias no Estado de Santa Catarina”; aoutra já aprovada é a solicitada pelo Deputado Dirceu Dresch, paradiscutir “O Sistema Prisional no Estado de Santa Catarina”, as duasdependerão da agenda da Alesc. O requerimento que veio de Joinville,encaminhado pelo Deputado Kennedy Nunes a pedido da Câmara deVereadores de Joinville, para discutir “A Burocracia e a discriminação nasolicitação de alvarás de funcionamento”, foi aprovado e agendado paradia 16 de junho de 2008, às 19:00 horas, na Câmara de Vereadores deJoinville. O requerimento seguinte foi encaminhado pelo DeputadoDirceu Dresch, para discutir a”A Segurança Pública no Município de SãoCarlos e Região”, que foi marcada para 10 de julho de 2008,às 14:00horas, em São Carlos, à Confirmar . Em seguida foi lido um OfícioConvite, para que a Comissão visite o Presídio Regional de Blumenau,solicitada pela Câmara de Vereadores de Blumenau, bancada do PT,que foi aceito e com data marcada para 20 de junho de 2008 pelacomissão. Após os trabalhos, tivemos a despedida do Deputado EdsonPiriquito, que se licencia para concorrer a Prefeitura e o abraço amigodos membros da comissão ao novo colega Deputado Ivan Naatz. Nãohavendo mais assuntos a serem tratados encerrou o Senhor Presidentea presente . Reunião, a qual, eu Heloisa Cabral Uchôa Rezende, Chefede Secretaria desta Comissão, lavrei e digitei a presente Ata, que apóslida e considerada aprovada será assinada pelo senhor Presidentedesta Comissão.

Defesa Civil, Representantes do Sindicato dos Bares e Restaurantespara estudarmos o Decreto 894 para que saia da mão de um Delegado,bem como a possível alteração de toda a legislação estadual que tratada liberação de alvará, este foi tratado na Audiência Pública ocorrida nacidade de Joinville, em 16 de junho do corrente; passando para avotação da reunião, aprovada a Audiência Pública que ficou marcadajuntamente com reunião da comissão do 5 de novembro do corrente, às11:00 horas . O Senhor Presidente apresentou documentos encami-nhados pelo Deputado Jailson Lima da Silva, Deputado Sargento Soarese pela FETECSC/CUT, sobre Segurança Bancária, que solicita oagendamento de Audiência Pública, para discutir o projeto de lei quepropõe a renovação da Lei 10.501/1997, encaminhado para estaComissão pela Comissão de Constituição e Justiça para que se façaReunião Conjunta ou Audiência Pública e convidar a Comissão deJustiça para participar; ficando aprovada a Audiência Pública com datapendente. Outro caso a tratar é o dos Vereadores de Camboriú, jádiscutido em audiências públicas anteriores; onde os vereadores Luciene Eminésio, estiveram em visita no Gabinete do Presidente DeputadoDirceu Dresch, solicitando para que o Delegado geral de Polícia Civil doEstado de Santa Catarina apresente o resultado do inquérito apurandodenuncias de violência contra Vereadores, que segundo o Delegado doDEIC o inquérito já havia sido concluído e o que eles alegam é que nãohá encaminhamentos sobre os devidos responsáveis. Outro pedido foiencaminhado pelos Vereadores de Camboriú para a Secretária deSegurança Pública do Estado que nos encaminhou cópia do documento,solicitando mais segurança no Município, pois houve no períodopré-eleitoral o assassinato do Sr. Eneri, irmão de um vereador,onde também cobram a apuração deste fato. Diante dos fatos osmembros da Comissão decidiram por realizar uma nova AudiênciaPública e convidar os Senhores Vereadores e o Senhor DelegadoGeral de Polícia Civil para apresentar o resultado dos Inquéritosacima mencionados e debater os encaminhamentos. Temos umaserie de encaminhamentos para providenciar, sobre a AudiênciaPública do Sistema Prisional do Estado, após a Ata prontatraremos o assunto para pauta.. Temos a Audiência Públicamarcada para dia 3 de novembro em Blumenau, então o SenhorDeputado Dirceu Dresch fez um pedido aos Senhores Depuctadosque participem desta, que será as 14 horas na Câmara e as 10horas a visita no Presídio. Ato contínuo, por solicitação do SenhorDeputado Nilson Gonçalves, seja encaminhado a Secretaria deSegurança Pública; pedido de um cronograma do andamento dasobras e projetos de Presídios e até a situação das lotações dosmesmos no Estado, através da Comissão, para podermosacompanhar e podermos dar informações de todo o histórico doSistema Prisional. Não havendo mais assuntos a serem tratadosencerrou o Senhor Presidente a presente reunião, a qual, eu, HeloisaCabral Uchôa Rezende, Chefe de Secretaria desta Comissão, lavrei edigitei a presente Ata, que após lida e considerada aprovada seráassinada pelo senhor Presidente desta Comissão.

Sala de Reuniões, em 04 de junho de 2008Deputado Dirceu DreschPresidente da Comissão

*** X X X ***ATA DA QUINTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE SEGURANÇAPÚBLICA, REFERENTE À SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA DA 16ªLEGISLATURA.Às onze horas do dia 15 do mês de outubro do ano de dois mil e oito,sob a Presidência do Senhor Deputado Dirceu Dresch, reuniu-seordinariamente a Comissão acima epigrafada, na Sala das Reuniões daCoordenadoria das Comissões da Assembléia Legislativa do Estado deSanta Catarina. Registraram presença na reunião os SenhoresDeputados: Sargento Amauri Soares, Elizeu Mattos, Edson Piriquito eKennedy Nunes . Abertos os trabalhos o Senhor Presidente leu a Ata daQuarta Reunião Ordinária, aprovada por unanimidade. Ato contínuo oSenhor Presidente colocou em discussão e votação oOF./0021.2/2008, sendo relator o Senhor Deputado Dirceu Dresch, oqual foi aprovado por unanimidade. Em seguida o Senhor Presidenteapresentou o requerimento encaminhado pela Deputada Ana PaulaLima, solicitando Audiência Pública na cidade de Blumenau paradebater com as autoridades e a sociedade a grave situação do PresídioRegional de Blumenau, que tem como data indicativa o dia 03 denovembro do corrente ano, às 14 horas, na Câmara de Vereadores deBlumenau. O Senhor Presidente lembrou aos Senhores Deputadospresentes que em reunião da Comissão realizada no dia 04 de junhopp. foi aprovada a visita desta Comissão ao presídio regional deBlumenau por solicitação da Câmara de Vereadores, atendendorequerimento da Bancada do PT. A citada visita, portanto, ocorrerá nadata da realização da Audiência Pública, às 10 horas. Não havendomais assuntos a serem tratados encerrou o Senhor Presidente apresente reunião, a qual, eu, Heloisa Cabral Uchôa Rezende, Chefe deSecretaria desta Comissão, lavrei e digitei a presente Ata, que apóslida e considerada aprovada será assinada pelo senhor Presidentedesta Comissão.

Sala de Reuniões, em 22 de outubro de 2008Deputado Dirceu DreschPresidente da Comissão

*** X X X ***ATA DA TERCEIRA REUNIÃO ORDINÁRIADA COMISSÃO DETRANSPORTES E DESENVOLVIMENTO URBANO DA 2ª SESSÃOLEGISLATIVA DA 16ª LEGISLATURAÀs dezoito horas do dia vinte e dois de julho do ano de dois mil e oito,reuniram-se na sala de reuniões das Comissões, sob Presidência dosenhor Deputado Reno Caramori, o senhor Deputado Décio Góes osenhor Deputado Serafim Venzon e senhor Deputado Renato Hinnig e osenhor Deputado Manoel Mota.. Abertos os trabalho o senhorPresidente Deputado Reno Caramori, colocou em discussão e votação aata reunião anterior, sendo aprovada por unanimidade. Ato continuo,colocou em discussão e votação o Projeto de Lei PL./0075.9/2008,Ementa: Cria o Conselho Estadual das Cidades de Santa Catarina -CONCIDADES/SC, de autoria Governamental, relatado pelo senhorDeputado Décio Góes, aprovado por unanimidade. Em seguida o senhorPresidente colocou em discussão e votação o PLC./ 0001.8/2008,Ementa: Institui Programa de Habitação Popular - NOVA CASA, cria ofundo de Habitação do Estado de Santa Catarina e estabelece outrasprovidências, relatado pelo senhor Deputado Décio Góes, aprovado porunanimidade. Na continuidade o senhor Presidente leu umRequerimento de sua autoria, solicitando uma Audiência Pública a fimde dirimir dúvidas referentes aos prazos de conclusão das obras da BR101, sendo aprovado por unanimidade. Nada mais havendo a tratar, osenhor presidente agradeceu a presença de todos e encerrou a reuniãoda qual, eu, Álvaro Selva Gentil Filho,........................................ Chefede Comissão lavrei a presente ata, que após lida e aprovada, seráassinada pelo senhor Presidente e posteriormente será publicada noDiário desta Assembléia.

Sala de Reuniões, em 15 de outubro de 2008Deputado Dirceu DreschPresidente da Comissão

*** X X X ***ATA DA SEXTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE SEGURANÇAPÚBLICA, REFERENTE À SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA DA 16ªLEGISLATURA.Às onze horas do dia 22 do mês de outubro do ano de dois mil e oito,sob a Presidência do Senhor Deputado Dirceu Dresch, reuniu-seordinariamente a Comissão acima epigrafada, na Sala das Reuniões daCoordenadoria das Comissões da Assembléia Legislativa do Estado deSanta Catarina. Piriquito Registraram presença na reunião os SenhoresDeputados: Sargento Amauri Soares, Elizeu Mattos, Nilson Gonçalves eKennedy Nunes. Abertos os trabalhos o Senhor Presidente leu a Ata daQuinta Reunião Ordinária, aprovada por unanimidade. Ato contínuo oSenhor Presidente apresentou o o PL/0053.3, sendo o mesmo, orelator e o Deputado Nilson Gonçalves pediu vistas. Em seguida oSenhor Presidente apresentou o requerimento encaminhado peloDeputado Kennedy Nunes, solicitando Comissão especifica com aparticipação da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa doCidadão e suas instituições: Policia Civil, Policia Militar, Bombeiros,

Deputado Reno CaramoriPresidente da Comissão

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