24
NOVEMBRO DE 2018 - ANO VI - Nº 52 EXEMPLAR GRÁTIS FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ Páginas 22 e 23 Página 17 CONVERSA DE E SQUINA COM FERNANDO D AMÁSIO Página 24 J ACK O MARUJO POR NEI DUCLÓS Página 7 Página 4 Página 5 J ORNAL B OM DIA COMEMORA 5 ANOS ALEXIS D’ALESSANDRO TIAGO CAMARGO - A PRIMEIRA EXPOSIÇÃO CHEFE URUGUAIO E NOVOS SABORES NO SUFOCOSS DEPOIS DE 27 ANOS JORNAL DE BARREIROS DEIXA DE CIRCULAR Página 11 Página 10 O DRAMA DO LIXO São desenhos com giz pastel. Página 19 1 - COMCAP GASTA QUASE 80% DA RECEITA COM PESSOAL Repasse foi de R$ 138 milhões e despesa com servidor R$ 102 milhões 2 - SÃO JOSÉ PODE ELIMINAR DÍVIDA DE R$ 70 MILHÕES Prefeitura negociou com concessionária do lixo perdão de dívida 3 - PROMOTORA ENQUADRA PRESIDENTE DO OSSJ “O senhor (José Freitas) conspurca a verdade”. Foi em debate sobre o lixo VIA EXPRESSA: cascata de lixo vai inundar a terceira pista ORESTES ARAÚJO, o editor

FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO ... 052.pdf · FLORIPA- SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ ... Pedro de Alcântara ... entrem em

Embed Size (px)

Citation preview

NOVEMBRO DE 2018 - ANO VI - Nº 52

EXEMPLAR G

RÁTIS

FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ

Páginas 22 e 23

Página 17

CONVERSA DEESQUINA COM

FERNANDO DAMÁSIOPágina 24

JACK OMARUJO POR

NEI DUCLÓS

Página 7

Página 4

Página 5

JORNAL BOM DIACOMEMORA 5 ANOS

ALEXIS D’ALESSANDRO

TIAGO CAMARGO - A PRIMEIRA EXPOSIÇÃO

CHEFEURUGUAIOE NOVOSSABORES NOSUFOCOS’S

DEPOIS DE 27ANOS JORNAL DEBARREIROS DEIXA

DE CIRCULARPágina 11

Página 10

O DRAMA DO LIXO

São desenhos com giz pastel. Página 19

1 - COMCAP GASTA QUASE 80% DA RECEITA COM PESSOALRepasse foi de R$ 138 milhões e despesa com servidor R$ 102 milhões

2 - SÃO JOSÉ PODE ELIMINAR DÍVIDA DE R$ 70 MILHÕESPrefeitura negociou com concessionária do lixo perdão de dívida

3 - PROMOTORA ENQUADRA PRESIDENTE DO OSSJ“O senhor (José Freitas) conspurca a verdade”. Foi em debate sobre o lixo

VIA EXPRESSA: cascata de lixo vai inundar a terceira pista

ORESTES ARAÚJO, o editor

2 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

EDITORJurandir Camargo

COMERCIALFernando Damásio

DESIGN GRÁFICORonaldo Ferro

DIRETORESFernando Damásio e Jurandir Camargo

CIRCULAÇÃOFlorianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz

ENDEREÇOSAv. Josué Di Bernardi, 185 - Sl 27 - Campinas, São José, SC - CEP 88101-200

Rua João Motta Espezim, 1.107 - Saco dos Limões, Florianópolis, SC - CEP 88045-400

Fone (48) 98477-1499www.bomdiafloripa.com.br

[email protected] / [email protected]

TIRAGEM: 6 MIL EXEMPLARESFUNDADO EM 11 DE OUTUBRO DE 2013

COLABORADORESCarlos Moura, Fernanda Damásio e Nei DuclósPrefeitos da Região Metropolitana reagiram

à decisão governador Eduardo PinhoMoreira de retirar da pauta da Assembleia

o Projeto de Lei 23.3/2018, que aborda ascompetências para a gestão do transportepúblico integrado da Região Metropolitana. Seisprefeitos reuniram-se (22/11) em Palhoça eestudam licitar o transporte integrado através deum consórcio de prefeituras.

Discutiram a questão Camilo Martins(Palhoça), Adeliana Dal Pont (São José), RamonWollinger (Biguaçu), Edésio Justen (SantoAmaro da Imperatriz), Ernei José Stahelin (São

Pedro de Alcântara), Omero Prim (ÁguasMornas). “O consórcio surge como umaalternativa para garantir a verdadeira integraçãodo transporte urbano entre a RegiãoMetropolitana”, disse o prefeito Camilo Martins.

Mesmo com a punhalada do governador, ascidades vão convidar oficialmente o Governodo Estado para participar do projeto, já que aslinhas intermunicipais são geridas pelo Deter.Os prefeitos, em documento, pedem queEstado libere todos os estudos e projetos jáelaborados, para agilizar o processo que, agora,será tocado pelos municípios.

Consórcio

Com o aumento em cascata para váriascategorias do funcionalismo, que deveocorrer depois que o presidente Michel

Termer sancionou o aumento para o ministrosdo STF (Supremo Tribunal Federal), de R$ 33,7mil para R$ 39,3 mil por mês, milhões demortais em todo o Brasil aguardam ansiosos queo Congresso aprove, também, o aumento de R$52,00 para o salário mínimo, a partir de janeirode 2019. Se sair esse megaaumento, o mínimopassará dos atuais R$ 954,00 para R$ 1.006,00, ea diferença entre o teto (salário de ministro doSTF) e o chão (salário dos pobres mortaisbrasileiros) ficará em apenas R$ 38.294,00.

DIFERENÇA SÓ DE

R$ 38 MIL

O número total de casamentos no Brasil caiu2,3% em 2017 em relação ao ano anterior. Masaumentou em 10% o casamento entre pessoasdo mesmo sexo. É o que dizem as estatísticas doRegistro Civil divulgadas recentemente peloInstituto Brasileiro de Geografia Estatística(IBGE). O aumento no percentual decasamentos entre pessoas do mesmo sexo foipuxado pela alta de 15% do número decasamentos entre mulheres, maior que o entrehomens, que aumentou 3,7%. Ao todo, foramregistrados no ano passado 2.500 casamentosentre homens e 3.387 entre mulheres.

MAIS ELAS DO QUE ELES

Alguém explica?Artigo do advogado Murilo Tadeu

Medeiros sobre o mistério dodesaparecimento dos livros contábeis daOAB/SC de 2007 a 2012, é nitroglicerinapura no meio jurídico e nas redes sociais.Medeiros relembra o inquérito da PolíciaFederal e a denúncia do Ministério PúblicoFederal contra Paulo Roberto de Borba,presidente da OAB no período, dotesoureiro José Carlos Damo e do contadorTarcísio Zonta pela prática do crimeprevisto no artigo 305 do Código Penal(supressão de documentos). A peçaacusatória foi recebida pela Juíza SimoneBarbisan Fortes, que após a apresentaçãode defesa dos réus reviu sua decisão,rejeitando a acusação. Não houve recurso.O advogado Murilo Tadeu Medeirosindaga: crime perfeito?

O índice de desistência nos cursos dasuniversidades brasileiras, que foi de 40% no anopassado, é uma das grandes preocupações dasinstituições de ensino privadas e públicas dopaís. O dado alarmante é do Instituto Nacionalde Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), quedivulgou em setembro uma pesquisa com baseno Censo da Educação Superior. Foram 3,2milhões de matrículas trancadas, transferidas oudesvinculadas (desligamento definitivo).

Em Santa Catarina a evasão nos cursoschegou a mais de 113 mil matrículas em 2017,índice de 32%, que coloca o Estado na 23ªcolocação no ranking brasileiro. Em cinco anos,o desperdício de vagas passa de meio milhão. Oscursos com maiores índices de evasão sãoAdministração, Pedagogia, Direito, CiênciasContábeis e Educação Física. O problema émaior no setor privado (86% dos casos), emenor no público (14%).

Pra onde eu vou?

4 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Em 2007 a prefeitura de SãoJosé rompeu o contrato deconcessão da coleta e

destinação do lixo do município,assinado com a Engepasa e aEcotrash em 2004. Dois decretos(nº 23.700/07 e nº 23.986/07) doentão prefeito Fernando Eliasdeterminaram a intervenção eextinção, por caducidade, docontrato de concessão. Foi umadecisão que custou muito caro paraa cidade de São José.

Por conta dela, o consórciomoveu duas ações contra omunicípio: a) mandado desegurança nº 064.07.011471-8,para anular o decreto quedeterminou a intervenção parcialdo contrato. (O Tribunal de Justiçajulgou nula a intervenção, masainda está em fase de recurso); e b)ação ordinária nº 064.07.023955-3,para anular os decretos municipais.(A ação foi julgada parcialmenteprocedente, declarando a nulidadedo decreto nº 23.986/07 econdenando o município de SãoJosé ao pagamento de indenizaçãopelos danos patrimoniaisdecorrentes da caducidadeanulada). O valor dessas ações jásomava R$ 63.253.659,00 em31/08/2018 (última atualização).

A prefeita Adeliana Dal Pontconseguiu negociar com asempresas um acordo para encerrara demanda e eliminar a dívida. Masisso só será possível se a Câmaravotar um Projeto de LeiComplementar que autorize omunicípio a utilizar o regime deconcessão para a prestação deserviço de limpeza urbana. É umaexigência da legislação efundamental para o acordo.Votado o projeto, que já está naCâmara, empresas e prefeitura irãoao Judiciário para que homologuea proposta.

No acordo, o consórcioconcorda em não ser indenizadopelos transtornos e prejuízosdecorrentes da interrupção docontrato, nem mesmo qualqueroutro direito ou haver decorrente

da concessão e sua interrupção(havia um pedido de mobilização edesmobilização que ultrapassavaR$ 1.300.000,00).

Além disso, será retomada aconcessão e estará garantido oimpedimento de ações que, nofuturo, possam condenar omunicípio ao pagamento deaproximadamente R$ 70 milhões.Haverá renúncia expressa a todasas demandas judiciais até a data doacordo, seja de que título for.Também serão revogados,imediatamente, os decretosmunicipais 23.700/07 e 23.986/07,com a intervenção parcial e aextinção antecipada do contrato. Eo consórcio retoma a concessão,no dia 1º de janeiro de 2019. Otempo corre e a decisão da Câmarae fundamental para evitar o riscode o município pagar precatóriosque podem comprometer suasfinanças.

A decisão do Tribunal de Justiçaque pode comprometer o futuroda cidade está para sair a qualquermomento, e pode confirmar asentença de 1ª Instância, que jácondenou a prefeitura.

Por isso, não existe razão paraSão José desprezar a possibilidadede acordo de uma dívida que,quando for atualizada, pode serigual a dois meses de receita daprefeitura.

"Resta pouco a fazer. Ou omunicípio de São José aceita aretomada da concessão comalgumas correções e sempagamento de precatório ou vaireceber de goela abaixo aconcessão com pagamento deprecatórios", alerta o secretário deFinanças Antônio Carlos Vieira, oVieirão.

Por isso, a decisão se São Joséelimina ou paga R$ 70 milhões dedívida está nas mãos dos 19vereadores do município.

As vantagensdo acordo

Além de por fim às duas açõesque já condenaram, em 1ªinstância, o município de São Joséa pagar mais de R$ 63 milhões deindenização por danospatrimoniais pela anulação docontrato de concessão, o acordo daprefeitura e as empresas de lixopode, segundo o procurador geralda prefeitura, Rodrigo Machado,extinguir também as seguintesdemandas judiciais, se a propostafor homologada pelo TJ: MedidaCautelar nº 064.07.017908-9 paraimpedir novas licitações;Consignação em Pagamento nº

064.07.010751-7, ação entre asempresas consorciadas paradivisão dos lucros; Monitória nº064.08.019341-6, também açãoentre as empresas; Medida Cautelarnº 2014.0942246-4/0001-00, açãopara impedir novas licitações;Cobrança nº 064.08.008997-0,outra ação entre as empresasconsorciadas; Ação de Cobrançanº 064.07.021518-2, paraatualização monetária e juros emrazão de pagamentos firmados ematraso no período de abril de 2004a dezembro de 2004 (valoratualizado até o dia 31/08/2018:R$ 3.004.246,70); Ação deCobrança nº 064.09.009636-7, quereclama atualização monetária ejuros referentes ao contrato nº271/2003 (valor atualizado até odia 31/08/2018: R$ 170.186,00);Ação de Cobrança nº64.09.014626-7, para atualizaçãomonetária e juros referentes aoscontratos nº 108/1997, 64/2002 e126/2003 (valor atualizado até odia 31/08/2018: R$ 717.937,00);Ação de Cobrança nº 0302684-90.2014.8.24.0064, para atualizaçãomonetária e juros referentes aoscontratos nº 13/2009, 178/2009,32/2010, 213/2010, 132/2011,557/2011, 96/2012, 587/2012 e10/2013 (valor atualizado até o dia31/08/2018: R$ 984.836,00).

SÃO JOSÉ VAI SALVAR OU PAGARR$ 70 MILHÕES? Valor é a soma de indenizações e condenações na Justiça pelo rompimentodo contrato de concessão de coleta de lixo em 2007. Mas existe uma saída:prefeitura negocia acordo que pode eliminar a dívida.

PrefeitaAdeliana Dal Pont:costurando acordocom empresaspara eliminardívidas e retomar ocontrato de concessão,rompido há quase 11 anos

5NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Oesforço do procuradorgeral da prefeitura de SãoJosé, Rodrigo Machado,

do secretário de Finanças, AntônioCarlos Vieira, o Vieirão, e daprópria promotora da MoralidadePública de São José, Márcia Arend,e do promotor de Meio Ambiente,Raul de Araújo Santos em explicar,durante reunião pública na Câmarade Vereadores (19/11) o risco paraas finanças do município caso aprefeitura não feche um acordocom as empresas de coleta de lixo,que eliminaria uma dívida de quaseR$ 70 milhões e várias ações naJustiça, quase foi por terra. Tudopor causa de uma intervençãoequivocada do presidente doObservatório Social de São José,João Alfredo Freitas Gomes, queconfundiu alhos com bugalhos etransformou um valor de R$ 475mil (que seria o que os usuáriospagariam por mês de taxa de lixo, seo consórcio Engepasa, Ecotrash eProactiva retomar a concessão decoleta pelo prazo de 12 anos, emum uma quantia de R$ 233 milhões,que seria pago pela prefeitura emmais 30 anos.

O cálculo não tem precedentes,simplesmente porque quem paga acoleta, através da taxa de lixo, é ousuário. A dívida de quase R$ 70milhões que a prefeitura tem foi emdecorrência de ações judiciais pelorompimento, em 2007, daconcessão de coleta. E éexatamente esse valor que pode serzerado se a prefeitura fechar oacordo com o consórcio do lixo. A

partir daí, o custo da coleta seriapago pelos usuários ao consórcio,com aumentos fixados pelomunicípio. Para 2019, por exemplo,a taxa do lixo terá o mesmoaumento do IPTU, que será de4,56%, que é o IPCA (Índice dePreços ao Consumidor Amplo)entre novembro de 2017 e outubrode 2018, que é a inflação acumuladado período.

Mas o presidente do OSSJ, comsua tabuada pessoal, fez umaprojeção como se o custo da coletado lixo saísse dos cofres daprefeitura. Veja o que a promotorada moralidade respondeu a ele:

“Hoje, o Sr. (presidente doOSSJ) trouxe um cálculo que temuma potencialidade altamente lesivade conspurcar a lucidez desta data.Este dia foi uma alternativa que estaCasa Legislativa abriu para acomunidade conhecer uma situação

grave que se avizinha, um momentode solução. O Sr. traz cálculos quenão têm nenhuma pertinência. Asua análise matemática nãoencontra respaldo na tecitura danormativa que está aí. Tanto é que oTribunal de Justiça está paraconfirmar a sentença que diz que aconcessão (de coleta do lixo) existe.Essa concessão já existe. Talvez oSr. não tenha vindo no horário doinício dos trabalhos. Essa concessãojá existe desde 2004 e quem ganhaesse valor não é o município. Equem paga é realmente o usuário.Somos nós usuários que pagamospelo serviço prestado. Ou então nósteríamos que viver num sistemaassim como a Venezuela, queprometeu que faria tudo para todomundo e ficou daquele jeito: asempresas decentes fugiram do paíse não tem ninguém lá. (...) É gravequando a gente se reúne e alguémtraz um dado que não encontrarespaldo na realidade. Essesnúmeros que o Sr. fez referência,eles têm uma pertinência naprevisão do que a gente chamaria deequilíbrio econômico-financeiro. OSr. fez uma matemática para dizerque os vereadores terão que votar...Eles não podem votar nada além daautorização para que o municípiofaça a concessão agora com osaditivos que ele vai trazer. Porque oTribunal de Justiça vai reconhecerque já existe o contrato. Então, essenúmero que o Sr. está dizendo, o Sr.está conspurcando toda a verdadeque foi dita. Isso é muito sério. Eusempre tive do Observatório Social

– e eu fui a sua sessão deinauguração -, acompanho osobservatórios sociais de várioslugares do Brasil e vejo que ocompromisso das pessoas é, nomais das vezes, com a tecitura deum sistema normativo com adecência na administração pública.E é por isso que eu e o Dr. Raul(Raul de Araújo Santos, promotordo Meio Ambiente) estamos aqui.Eu não sou indecente”.

Ameaças àCâmara

Antes dessa reação aos cálculosequivocados do presidente doOSSJ, Joao Alfredo Freitas Gomes,que “conspurcam a verdade”, apromotora da Moralidade PúblicaMárcia Arend deu detalhes sobreuma representação queObservatório Social de São Josédeu entrada na Promotoria.

“O Observatório Social queriaque eu obrigasse esta Casa a votarleis que o OSSJ entendia quedeveriam ser votadas. E o OSSJqueria que eu fizesse uma açãocontra os vereadores desta Casapara obrigá-los a votar as leis que oObservatório achava interessantes.O Observatório Social de São Josétem muita importância para omunicípio e para todos. Mas hádetalhes na vida e leis normativasque nem sempre as pessoas quetêm uma preocupação com acontas, com números conseguecompreender. Por exemplo:princípios constitucionais deordem legislativa; nem sempre oOSSJ tem essa cautela. Então, emmuitas situações, eu não posso memanifestar favorável às pretensõesdo OSSJ porque a gente temConstituição, a gente tem leifederal, a gente tem lei orgânica, agente tem lei complementar, agente tem lei ordinária. O meureferente de análise é sempre edeverá ser sempre o que o sistemanormativo diz. E nem sempre oque o sistema normativo diz éaquilo que o Sr. gostaria que fossefeito”.

PROMOTORA DA MORALIDADE DIZ QUEPRESIDENTE DO OSSJ “CONSPURCA A VERDADE”Segundo o dicionário Aurélio conspurcar é“ultrajar com insulto aviltante, corromper, depravar, macular”

PRESIDENTE DO OBSERVATÓRIO SOCIAL João Frfeitas Gomes (D) e o vereador Antônio Lemos

Promotora da Moralidade, Márcia Arend, confronta cálculos do presidente do OSJ:“Seus dados não têm respaldo na realidade”

6 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Éintensa a movimentaçãopolítica para que osvereadores votem o Projeto

de Lei Complementar que permitiráo acordo do lixo. No dia 19/11 aCâmara fez uma reunião públicapara discussão do assunto. Umprojeto de lei complementar queautorize o município a utilizar oregime de concessão para aprestação de serviço de limpezaurbana já tramita na Casa. É umaexigência da legislação efundamental para o acordo.

Segundo o vereador OrvinoCoelho de Ávila, presidente doLegislativo, o objetivo é "conferirceleridade e transparência aoprocesso".

Na reunião pública na Câmaraestavam, além de vereadores, aprefeita Adeliana Dal Pont e o viceNeri Amaral, secretários municipais,cidadãos, e os promotores MárciaArend, da Moralidade Pública, eRaul de Araújo Santos, do MeioAmbiente, que recomendaram aaprovação do Projeto de LeiComplementar e a retomada daconcessão pelo Consórcio

Ambiental São José - formado pelasempresas Ambiental, Ecotrash eProactiva.

A prefeita já teve dois encontrosanteriores com os vereadores, epara reforçar a importância doacordo convocou uma entrevistacoletiva na manhã do dia 21/11.

Alguns vereadores de oposiçãojá defendem o acordo. Outros têmrestrições, mas votar contra significajogar no lixo a possibilidade deeliminar uma dívida de R$ 70milhões.

VEREADORESSOB PRESSÃO

Câmara realizou reuniãopública para discussão daquestão do lixo. Estánas mãos dos vereadoresaprovar PLC e garantiro acordo

A retomada da concessãoterminaria um ciclo de mais de 10anos de contratos emergenciais,renovados a cada seis meses, paramanter funcionando o serviço dedestinação final do lixo. O acordoincluiria o transbordo e transportedos resíduos, que passariam a serfeitos pela Proactiva.

Na proposta de acordo, avigência da concessão considerará operíodo da interrupção dosserviços, o que significa um prazoremanescente de 11 anos e oitomeses da assinatura do contrato atéa data do rompimento, compossibilidade de prorrogaçãoconforme previsto no contrato deconcessão e na legislação deregência.

Hoje, os contratos emergenciaisque possibilitam a coleta sangram omunicípio. A prefeitura banca umainadimplência de 30% dos usuários,o que representa cerca de R$ 6milhões anuais em subsídio. Em2018, foram lançados R$ 29 milhõesem taxa de lixo e a previsão éarrecadar, até dezembro, cerca deR$ 19 milhões. A prefeitura pagarápara a Ambiental, que coleta, eProactiva, que destina, em torno deR$ 25 milhões. Vieirão diz que “essadiferença de R$ 6 milhões, temosque tirar de outros lugares parapagar".

Com a concessão em vigor, acobrança passará a ser feita peloconsórcio de empresas

Contratos emergenciais

7NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

AComcap, que virou aAutarquia deMelhoramentos da Capital,

trabalha hoje praticamente paracomer. Com uma folha de 1.500funcionários, recebeu da prefeituraeste ano mais de R$ 138 milhõesem repasses. Mas, segundo atransparência do município, gastouquase R$ 99 milhões só compessoal e encargos e teve mais R$15 milhões de despesas comauxílio alimentação e valetransporte, o que eleva a contacom pessoal para R$ 102 milhões.Somando ainda os R$ 4,7 milhõesde contribuição de previdênciacom entidade fechadas e mais R$ 1milhão com benefícios deassistência do servidor civil e

militar, vai para R$ 107,7 milhões.Isso representa que 78% de todo odinheiro que entrou no caixa daComcap foi gasto com pessoal.

A autarquia praticamentetrabalha para manter seus 1.500funcionários e pagar dívidas: até odia 25 de novembro, tinharesgatado R$ 8,5 milhões doprincipal da dívida contratual. Foio terceiro maior dispêndiofinanceiro da Comcap em 2018.Somando o pagamento da dívidacom os gastos com pessoal, adespesa vai para R$ 116,2 milhões,o que representa quase 85% doque entrou em caixa.

Fica quase impossível umaempresa funcionar de forma

eficiente e prestar bons serviçoscom um gargalo financeiro assim.Tanto é verdade que, em 2018, em11 meses a Autarquia deMelhoramentos da Capital gastouapenas R$ 27,6 mil comequipamentos e materialpermanente. Com esse dinheiro,não compraria um carro velho.

A Comcap também gastou R$7,8 milhões com “material deconsumo”, mas a transparência daprefeitura não específica que tipode material é esse.

Dívida – No ano passado,quando foi transformada emautarquia, a dívida da Comcap erade R$ 222 milhões, três vezes maisdo que o seu patrimônio. Mas os

equipamentos e estrutura daComcap, avaliados em R$ 80milhões, estão todos penhoradospor decisões judiciais,principalmente trabalhistas. Dejulho de 2017 até hoje, o municípionão deve ter pago mais do que R$10 milhões do principal da dívida,o que deixa o horizonte daempresa bastante sombrio.

A transformação da Comcapem autarquia foi um atalho, quenão deve resolver o problemaestrutural, pois continua operandocom déficits financeiros apesarreceber mais de 10% de toda aarrecadação do município. O custoestimado da operação é de R$ 150milhões por ano, o equivalente àarrecadação do IPTU.

COMCAP GASTOU 78%DOS RECURSOS COM PESSOALDos R$ 138 milhões de repasses até novembro, R$ 107,7 milhões foram gastosrelacionados com pessoal. Autarquia investiu apenas R$ 27,6 milem equipamentos e material permanente.

8 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Existem vários pontosemblemáticos de descartede lixo na Região

Metropolitana que, há muitos anos,desafiam a capacidade das cidadespara resolvê-los. O mais visíveldeles é uma espécie de “cascata delixo” que insiste em fluir do alto doMoro da Caixa para a Via Expressa(BR 282). É um cartão de visita aosturistas quando chegam e saem deFlorianópolis. E uma vergonhapara quem vive aqui e passa por alitodos os dias.

Agora, com a construção demais duas pistas na Via Expressa a“cascata” ameaça inundar de lixo apista no sentido Capital/BR 101.Nas costas do morro há outroponto emblemático: o depósito delixo e entulho que insiste empermanecer na Avenida IvoSilveira.

Divisa suja – A situação maiscaótica do ponto de vista urbano ede saúde pública, no entanto, é nadivisa de São José com

Florianópolis na região sob oviaduto da Via Expressa. No lixodeixado por catadores na esquinamaldita da ruas Josué Di Bernardi(São José) com a São Bento(Florianópolis) misturam-seusuários de drogas. Moradores,comerciantes e o grande númerode motoristas que passam por alisão obrigados a conviver com isso.Várias ruas dessa região formamuma espécie de círculo do lixo.

Já houve vários mutirões delimpeza, principalmente pelo

município de Florianópolis, pois omaior acumulo de lixo é do seulado. A prefeitura de São Joséestuda colocar um portaldemarcando a divisa, para deixarclaro que o lixo é do vizinho, aCapital.

Não é a saída. Nos doismunicípios existem centenas depontos de depósito irregular delixo, e a solução é educação cívica emais eficiência das prefeituras nocombate ao lixo irregular.

OS LIXÕES EMBLEMÁTICOS

RUA JUSCELINO KUBISTCHECK, em Barreiros, São José,também fica no círculo do lixo

RUAS JOSUÉ DI BERNARDI E SÃO BENTO:a esquina do lixo

Cascata de lixo na VIA EXPRESSA érisco para nova pista

Fotos: Divulgação/BD

9NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Quem atravessa o túnelAntonieta de Barros nosentido Centro/Sul da

Ilha, não vê luz no fim do túnel. Dooutro lado, onde deveria estar omaior parque urbano deFlorianópolis, o aterro da ViaExpressa Sul, com mais de 1,2milhão de metros quadrados,começa uma rota de ideias, planos eobras inacabadas, que fazem dolado Sul de Florianópolis um lugarhistoricamente abandonado.

Já na boca de saída, doisdepósitos: à direita, sucatas deequipamentos materiais e resto deferro que parecem ser rejeitos daponte Hercílio Luz. À esquerda,ainda no Saco dos Limões,funcionou durante anos o maiordepósito aberto de tubos de SC,junto ao escritório de outraempreiteira. Os tubos seriam para oMaciço da Costeira, mas nada saiudo papel e, por decisão dogovernador Eduardo PinhoMoreira, foram para Criciuma, terradele. Sem o que fazer, a empreiteiraabandonou o escritório e a casa foiocupada por craqueiros. Solução: aprefeitura derrubou a casa.

Na mesma região, o Parque VivaCiência, da Ufsc, numa área de 50mil metros, hoje é mato. Existe atéuma “reserva indígena”: um grupode índios está alojado no terminalde ônibus do Saco dos Limões, oTisac, que estava abandonado evirou uma espécie de oca.

Nessa rota existe também ummonumento ao desperdício: acarcaça do que seria a sede doInstituto Chico Mendes deConservação da Biodiversidade, nofinal da Via Expressa Sul, do lado

do mar. O Chico Mendes nãocumpriu a lei e a obra, sem alvará,foi embargada pela prefeitura. Como tempo, sobraram só as marcas deum crime: desperdício de dinheiropúblico (foram gastos R$ 500 mil,há mais de 7 anos)

Antes da ponte sobre o rioTavares, no início da Av. DiomícioFreitas, o governo do Estado nãoconsegue concluir 200 metros deestrada do trevo da Seta até a ponte.Por enquanto, a solução é a famosaestrovenga, um desvio com cara depermanente.

Aumentam as dúvidas se ogoverno vai entregar no prazo aspistas de acesso ao novo terminaldo Floripa Airport: o Estado nãoconsegue acompanhar o ritmosuíço da obra do aeroporto, quefunciona como os seus famososrelógios, que nunca atrasam.

Pela SC 405 rumo Sul (a viareversível é outra estrovenga,

sempre com engarrafamento oualagada na maré alta), uns 800metros antes da ponte do RioTavares, outra obra emblemáticaestá escondida pelo mato. É afutura, futuríssima, estação detratamento de esgoto da região, quecomeçou, foi embargada, começounovamente, parou, teve problemasambientais e, ainda sem sair dochão, vive um drama hamletiano: aCasan não sabe se jogará a água doesgoto tratado no rio Tavares oulevará para um caríssimo emissáriosubmarino, que lançaria tudo emmar aberto atrás da Ilha doCampeche.

Na opção do rio, a distância seriade pouco mais de 1.000 metros; seoptar pelo emissário, tem que fazeruma rede da estação de tratamentoaté o provável emissário, cujatubulação tem que ser colocada nofundo do mar.

Mas isto é apenas um exercíciode futurologia, pois esta obratambém deve entrar para o roldaquelas que aumentam o ladoescuro da cidade.

Elevadodo Rio Tavares

Na última quinzena as ruas doCampeche passaram a convivercom o impacto provocado pelodesvio do trânsito Lagoa/Sul daIlha e Sul/Lagoa em função dasobras do elevado do Rio Tavares.Milhares de novos carros ecaminhões, principalmente noshorários de pico, lotam as AvenidasPequeno Príncipe e Campeche, e as

ruas da Capela e Pau de Canela, asprincipais do bairro. Mas o reflexoda lentidão se espalha por váriasruas e impacta, também, a SC 405pela área conflagrada que virou otrevo do Campeche; e a SC 404,porque os acessos a ela tambémficaram congestionados. Essaconfusão urbana não tem data paraacabar e deve piorar com o início datemporada de Verão, dia 21 dedezembro.

As opiniões estão divididas. AAmocam (Associação dosMoradores do Campeche) acionouos MPs estadual e federal, e critica afalta de planejamento da prefeitura.De fato, a população só soube queo bairro seria invadido por maiscarros na véspera, e não há nenhumcontrole de trânsito. O fluxo, emdeterminados momentos, é caótico.Só se movimenta porque hácompreensão. Semáforos noscruzamentos já melhorariam otráfego. Mas nada: aumentou ainsegurança para pedestres eciclistas, pois ações urbanísticasbásicas, como a construção decalçadas e ciclovias, não fazem parteda rotina do planejamento.

Outros moradores aceitam ainvasão automotiva com ajustificativa de que o problema étemporário e acontece por ummotivo justo: a obra do elevado estáandando. Só há consenso numponto: falta espírito público nocomando da Base Aérea, queimpediu que o trânsitoTapera/Ribeirão da Ilha passassepor lá, o que reduziria os impactosno Campeche e região.

Vamos aguardar o Verão.

DEPOIS DO TÚNEL, O LADO ESCURO DA CIDADE

Leonardo Sousa/PMF/Divulgação/BD

ELEVADO RIO TAVARES

RUÍNAS do que seria a sede do Instituto Chico Mendes e tubos abandonados que acabaram virando moradiafazem parte do quadro de abandono do Aterro da Via Expressa Sul

10 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Este jornal, o Bom DiaFloripa, completou no mêsde outubro cinco anos de

circulação. A primeira ediçãocirculou em outubro de 2013. Ecomo os jornais têm mania de ficarvelhos logo, esta edição denovembro de 2018 já anuncia nacapa: Ano VI – Nº 52. Parecempoucas edições, mas manter vivoum jornal, mesmo que mensal, émuito difícil. Principalmente semdívidas.

O Bom Dia é um jornalpequeno mas tem dois diretores:Fernando Damásio e JurandirCamargo, que também é o editor.Mas todos fazem de tudo umpouco. Na equipe, um designgráfico, o Ronaldo Ferro, e poucosmas ótimos colaboradores comoCarlos Moura, Nei Duclós eFernanda Damásio.

Nossa carteira de anunciantes éfiel. O Bom Dia tem distribuiçãogratuita, feita de porta em portaem alguns bairros, em sinaleirasestratégicas e em pontos de grande

circulação de pessoas, comosupermercados, shoppings, eórgãos públicos.

Com tiragem de 6 milexemplares, circula emFlorianópolis, São José, Palhoça,Biguaçu e São Amaro daImperatriz.

A primeira edição, em outubrode 2013, esgotou em 6 horas. Umaenorme quantidade de leitores,amigos, colegas jornalistas,publicitários, fotógrafos, músicos,filhos distantes e presentes, irmão,namoradas antigas e anunciantessaudaram a chegada do jornal.

Como os tempos sãomodernos, boa parte desse incensofoi pela web, onde o Bom Dia sóchegou oficialmente(www.bomdiafloripa.com.br)depois de duas semanas dolançamento, porque o provedor(que é um dos maiores da regiãoSul) funcionou na velocidade deuma velha linotipo, para liberartodos os links.

Mas tudo foi resolvido pelo

meu velho e bomamigo Canga - o jornalista,blogueiro e documentarista SérgioAntonio Flores Rubim (com quemjá fiz muitos jornais e projetos) queresolveu a questão ali mesmo emuma mesa da Kibelândia: fotinhacom o Iphone e lá estava a capa doprimeiro Bom Dia no facebook,disponível para todo mundo e parao mundo todo. Nos bairros onde oBom Dia circulou (Saco dosLimões, Costeira, Trindade,Pantanal, Serrinha, Rio Tavares,Carianos, Campeche, Tapera eRibeirão da Ilha) as saudações

também vieram detodo canto. Fernando Damásio, odiretor, que conhece meia cidade emais um pouco, recebeu atéleitores em sua casa. Foram lá parasaudá-lo pelo jornal e já para daropiniões e palpites. Foi um bomcomeço. Porque jornal que sógosta de elogios e não aceitapalpites, críticas e malidicências émelhor pedir pra sair. Nesses cincoanos, o Bom Dia foi bem e malfalado de monte. Continuemassim. A gente gosta de flores, masnão liga quando jogam pedras.

BOM DIA, CINCO ANOS

11NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Ofim de um jornal sempreé o fim de uma era. Estásendo assim com o Jornal

de Barreiros, editado pelo decanoOrestes Araújo, e que em outubroanunciou sua última edição, depoisde 27 anos e quatro mesescirculando em São José. O jornal,que além de Orestes, fotojornalistae profissional respeitado quetrabalhou em vários veículos deSanta Catarina e para grandes

jornais e revistas do país, integravaa redação a jornalista Ivani Borges,além de colaboradores como osjornalistas Celso Vicenzi e RaulSartori.

Referência no bairro, o Jornalde Barreiros foi participante ativode grande eventos como amobilização popular para aemancipação de Barreiros e acassação do ex-prefeito Germano

Vieira. O jornal foi testemunha dosacontecimentos políticos, sociais eeconômicos da cidade nos últimos27 anos. São quase três décadasescrevendo a história de São José,da qual o próprio JDB faz parte.

A primeira edição circulou dia 5de junho de 1991. Segundo relatode Orestes Araújo, quando foicolocar exemplares em umapadaria na Av. Leoberto Leal umcidadão questionou: “Será que

vocês terão notícia para fazer opróximo jornal?”

Com certeza – diz Orestes –“ele se transformou em assíduoleitor, pois Barreiros e São Joséforam sempre uma fonte adespejar fatos a serem registradospelo Jornal de Barreiros”.

É triste ver sair de cena o maisantigo jornal que circulava em SãoJosé.

O FIM DO JORNAL DE BARREIROS

12 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

A QUALIDADE DOS NOSSOS PRODUTOS É A QUALIDADE DE VIDA QUE DESEJAMOS AOS

NOSSOS CLIENTES.

COMA FRUTASE VERDURAS.SUA SAÚDE VAIAGRADECER

PÃES E BISCOITOSALIMENTOS INTEGRAIS

FIAMBRERIACALDO DE CANAELETRÔNICOS

ROUPA MASCE FEMININA, BOLANCHONETE, ORGÂNICOS E A

13NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

DIRETO DO CAMPOSACO DOS LIMÕESAVENIDA WALDEMAR VIEIRA

(ESTACIONAMENTO PRÓPRIO)

AQUI VOCÊENCONTRA

PRODUTO DIRETODO PRODUTOR.

CULINA OUTIQUE

VINHOS, AÇOUGUE

14 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

15NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

17NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Oque já era ótimo, ficoumelhor ainda. Além demúsica ao vivo de

qualidade, de quarta a domingo,numa sequência de apresentaçõesde músicos locais como GuinhaRamirez, que puxa uma fila deexcelentes instrumentistas ecantores, e vez por outra comcanjas de gente que passa ali paramatar a saudade, como BebeKramer; do visual privilegiado daLagoa Pequena; e do bom astral damistura de culturas e pessoas daIlha, do Brasil e de todo tipo depassaportes, o Sufoco’s Bar eRestaurante, dos sócios Pedrão eEdinho, acertou a mão mais umavez.

Fez um upgrade no cardápio,anglicismo que pode ser traduzidopor melhoria, aprimoramento,incremento, atualização, mas quetodo mundo entende mesmocomo upgrade.

As novidades chegaram com olivrinho de receitas do Chefeuruguaio Alexis D’Alessandro, quefoi contratado para 30 dias deconsultoria na cozinha doSufoco’s, onde deu aulas e passouideias de culinária e novos pratos,que já foram incorporados aocardápio do restaurante.

A proposta do sócio Pedrão,que também é chefe de cozinha,era remodelar o cardápio da noite eintroduzir novas receitas nocardápio do dia.

Agora, os bons vinhos ouespumantes podem serharmonizados com polvo, seviche,mexilhão. Ou três tipos de risoto,além da coqueluche, o pãoFoccacia, que sai direto do fornodo restaurante para o prato dofreguês. Uma tábua de frios maisatrativa e novas saladas commolhos sizer. E a cerveja sempre

geladíssima, como se requer. Tudomuito delicioso, inclusive a linhavegetariana, que passa a integrartodas as divisões do cardápio.

O trabalho de consultoria doChefe uruguaio Alexis não foiapenas no cardápio, criando pratose novos sabores, mas de carátergeral, como compras, estocagem,armazenamento, distribuição defunções na cozinha e no salão dorestaurante.

A proposta introduzida peloChefe-consultor uruguaio eliminouos produtos comprados prontos, eo Chefe Pedrão já trabalha nacriação de uma sala de recepção deproteínas, onde produtos frescossão selecionados por porção,embalados e colocados em umareserva para ir para linha deprodução na cozinha.

SUFOCO’S COM NOVOS SABORESChefe uruguaio Alexis D’Alessandro faz upgrade no cardápio, inclui pratosda cozinha mediterrânea e também opções vegetarianas

GASTRONOMIA

Alexis D’Alessandro nasceu emSan Carlos, próximo de Punta DelEste. Aprendeu trabalhando.Começou lavando pratos no LaHuella, virou Chefe do setor deParilla e forno a lenha; trabalhoucomo cozinheiro no Sucre, emBuenos Aires e, com o tempo,ficou amigo de donos dos 10melhores restaurantes da Américado Sul.

Isso abriu uma grande portaprofissional. Como em São Paulo,no Dom, de Alex Atala; no LaTable, nos Jardins, também em SãoPaulo, já como subchefe, com oChefe Diogo Silveira. Abriu o LaOlada, vendeu sua parte nasociedade e fundou o El Brasero,

em José Ignácio, a 40 km de PuntaDel Este.

A partir de 2016, passou a fazerconsultoria, sempre direcionandopara a comida mediterrânea. Faziao básico mas variado, explorandoas amplas possibilidades das pastas,frutos do mar e carnes. Com oChefe italiano Flávio Savitar,descobriu toda a linha de produtostrufados.

Um consultor com essaexperiência, supõe-se, estaria deterno e gravata. Mas a sabedoria doChefe Alexis D’Alessandro estáem transmitir seu conhecimentocom simplicidade, à beira do fogãoe junto das panelas, pois a cozinhaé a alma da sua profissão.

O Chefe

PÃO FOCACCIA: PRODUÇÃO PRÓPRIA

SANDUÍCHE VEGETARIANO

POLVO

TÁBUA DE FRIOS

CHEFE ALEXIS D’ALESSANDRO durante consultoria e aula de gastronomia na cozinha do Sufoco’s

18 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

DIRETO DO CAMPO RIO TAVARESDO CAMPO PARA SUA MESA.

PRODUTOS FRESCOS COM A QUALIDADE QUE VOCÊ MERECE.RODOVIA SC 405, Nº 2.447 - RIO TAVARES - PRÓXIMO ÀS LOJAS KOERICH

19NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Fotos: Jurandir Camargo/BD

Aprimeira exposição a gentenunca esquece.Principalmente se o artista

for seu filho. Mas eu não tenho omesmo DNA criativo de TiagoCamargo, que apresentou pelaprimeira vez seus desenhos com gizpastel na acolhedora galeria doprofessor e pintor Sérgio Beck e daprofessora e orientadora SandraBeck, no Bom Abrigo, emFlorianópolis, de 11 a 17 denovembro.

Foram 40 obras escolhidas entreas quase 100 produzidas ao longodo ano, depois de um impacientetrabalho criativo e de uma pacientecuradoria feita pelo casal Beck.

No resultado, uma expressivademonstração de como o artistaTiago Camargo constrói as cores,uma de suas mais importantescaracterísticas. Não chega a elasatravés de contornos, mas desuperfícies de cores, feitas comvárias camadas de múltiplos tons.

É assim que ele expõe a suaprincipal temática, a observação da

natureza e do ambiente, com umamultiplicação reconfortante decenas marinhas impressionistas-expressionistas.

Também tem desenhos comtemas abstratos, que formam umaunidade; e retratos, com resultadosbem expressionistas.

Tiago Camargo é nascido noCampeche, e tem 32 anos.

(Jurandir Camargo)

A EXPOSIÇÃO DETIAGO CAMARGO

20 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

[email protected]

DESTAQUEFernanda

Festa em dobroRogério e Daniele comemoraram, em outubro, o aniversáriodas filhas Laura e Marina. A coluna parabeniza a família.

Energia

Professor ecoreógrafo NataQuadros juntamentecom seus alunos naaula de Zumba, naAcademia Aftinessdo Saco dos Limões.Sempre muita alegriae energia. Vale a penaconferir.

AliançasThaiany e Antonio Carlos Machado trocaram alianças na IgrejaPresbiteriana de Florianópolis. Após a cerimônia os convidados foramrecepcionados na Vila dos Araçás, na Lagoa da Conceição.

Mães unidasPrimeiro encontro de mães do grupo Conexão Florianópolis realizado noParque Jardim Botânico de Florianópolis. Interessadas em participarentrem em contato pelo email [email protected]

ElegânciaJuliano Damásio e família superelegantes para prestigiar o casamentodos amigos Leticia Minardi e Victor Bortolato.

22 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Fernando Damásio

e-mail: [email protected](48) 98477-1499

Velhos temposEste colunista foi

recepcionado poramigos no ClubeCanto do Rio, noRibeirão da Ilha, noencontro doscinquentões. O timedos cinquentões sereúne sempre aossábados para umapartida de futebol. Éhora de relembrar ostempos que éramosverdadeiroscraques....

Dupla dinâmicaRicardinho Machado e o popular Cacau

Menezes curtindo uma tarde no cinema, comdireito a salgadinho e pipoca para relembrar ostempos de juventude.

EstrelasO radialista Valdeci Mota , do programa tarde

Legal, recebeu para uma entrevista a competentevereadora de São José Cristina de Souza. Foi umpapo legal.

LendasValter Souza,

Laudelino Sardá e ofotojornalistaAntônio CarlosMafalda esbanjamsimpatia. Sabem quea vida é bela quandose está junto com osamigos.

Novo de novoEstanislau Bresolin, presidente da Federação

dos Hotéis, Bares e Similares garante que estánovinho em folha depois do transplante de rim.Ele avisa aos amigos que, em breve, estará emação em todas as rodas para as quais forconvidado. Saúde, amigo.

FamíliaO grande amigo e sonoplasta Everaldo com a

esposa Simone e os filhos, que fazem a alegriada família. Parabéns da coluna.

23NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

ProfissionaisDaniel Favaretto e a arquiteta Larissa Somavilla sempre buscando novas

experiências para melhor atender os clientes. Na foto, participam da CasaCor, em Florianópolis, que este ano foi no Caminho dos Açores.

ParceirosPelo menos uma vez por semana este grupo se reúne para avaliar as

metas e ações profissionais. O local de encontro é, sempre, no Sufoco’s Bare Restaurante às margens da Lagoinha Pequena, no Campeche, um doslocais mais bem frequentados da Ilha.

Sexta gordaPaulo Afonso, Fabinho, Canga, Paulão e

Gerson Schirmer. Sempre que dá estão juntosfestejando a vida e uma boa rodada naKibelândia, lugar onde a gente sempre encontraamigos dos velhos e dos novos tempos.

Turma boaEste grupo inseparável, que faz reunião diária no Bar do Bidu, em

Campinas, São José, diz que depois de umas e outras o dia seguinte ficabem mais planejado. Será?

LeãoGlaicon, o Bonitão, eo chefe Pedrãocomemoram maisum rugido do Leãoda Ilha, agora noandar de cima dofutebol

24 NOVEMBRO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

JACK O MARUJO

NEI DUCLÓS

Salgado nas palavras, o capitãoJack o Marujo cultiva o amore a contundência, que andam

juntas em mais uma safra de frasesdefinitivas. É como ele diz: Nemme fale, mar. Nem te conto meupai Netuno. Os tridentes vão pararde tirar pedaço do meu coração.Há um marulhar de doçura quevem do fundo.

-Navegando por tanto tempoem tanto mar, aportando no maisremoto cais, convivendo com tantaespécie de gente na guerra e napaz, o que pode dizer o sr. sobre amulher?

- A mulher é um milagre, disseJack o Marujo

- Tem certeza que me ama?disse a Sereia.

- Certeza não tenho, disse Jacko Marujo. Só uma espécie detempestade que não passa nunca

- Sempre achei que homem nãoama, disse a Sereia.

- E é verdade, disse Jack oMarujo. Eu apenas me perdi no teuolhar.

- É difícil a relação com asereia?

- É tranquila. O que complica éna hora de tirar as escamas, disseJack o Marujo.

Deu meia noite, capitão, disse asereia. Hora de zarpar, disse Jack oMarujo. Vou contratar o vento

Achei que aquele enxame deabelhas iria pousar no barco, dissea Sereia, abraçando o capitão. Játemos mel suficiente, disse Jack oMarujo

- Preciso de amor, disse a moça.- Preciso do mar, que é vasto,

mas ele fica escasso se não tentonavegar, disse Jack o Marujo.

O moço marinheiro lançou umlivro e começou a fazer sucesso,atrapalhando os procedimentos donavio, que levava turistas.

- É bom ser poeta, disse oGrumete.

- O problema é cantar a mulhere ela achar que é poesia, disse Jacko Marujo.

AS PERGUNTASCRUZADAS

- Posso fazer uma pergunta,capitão?

- Toda pergunta que fingeinocência é seguida por umapergunta desonesta, disse Jack oMarujo.

- Por que a Terra é redonda,capitão? perguntou o garoto.

- Para que a viagem recomecequando chega ao fim, disse Jack oMarujo.

- O mar está invadindo aspraias, disse o Imediato. Quer devolta o que lhe roubaram.

- O mar não precisa de terra,disse Jack o Marujo. Apenas gostade acompanhar o vento, seuparceiro de aventuras.

- O sr costuma se olhar noespelho? perguntou a psicóloga.

- Não tenho essa intimidadecomigo mesmo, disse Jack oMarujo

- Isso não existe. Nunca ouvifalar.

- Se dependesse da tuaignorância, a realidade nãoexistiria, disse Jack o Marujo.

- De onde o senhor tira suasabedoria, capitão?

- Aprendo o que a vida deixa deensinar, disse Jack o Marujo.

- Suas frases são ótimas mas osr. é um grosso.

- Em compensação você é ofino mas só fala asneira, disse Jacko Marujo.

O sr. me surpreende. Achei queconhecia o sr., capitão.

- Eu também, disse Jack oMarujo.

- Que tipo de comida o senhorgosta, capitão?

-Uma que eu identifique, disseJack o Marujo.

- Pessoas tão distintas acabamfazendo tudo errado, capitão.

- O que vale não são asintenções, mas os resultados, disse

Jack o Marujo.

- Sou uma pessoa do bem,capitão, sou crente.

- Crente que abafa, disse Jack oMarujo.

- É isso o que eu acho, capitão.Qual é a sua dúvida?

- Quero saber se sua ignorânciaé espontânea ou premeditada, disseJack o Marujo.

- Perdi o que ia dizer, capitão. - Quando achar, guarde, disse

Jack o Marujo.

NÁUFRAGOS

- Está chovendo demais, nãogosto disso, disse o Grumete.

- Água é o nosso elemento,disse Jack o Marujo. Companheirados raios e dos ventos.

- E o sr. quando se aposenta?perguntou o veterano.

- Quando a paz for capaz deemitir uma ordem, disse Jack oMarujo

- Cansei de lutar, disse oveterano.Agora vou doar minhaespada ao museu.

- Quando um bravo se retira,amocidade fica de pé, disse Jack oMarujo

- Que esperança o Sr. guarda?perguntou a poeta.

- A mais difícil de realizar,disseJack o Marujo. As outras eu soltono campo para salvar o dia

- Para onde vai a memória dosnáufragos, capitão?

- Viram pássaros, disse Jack oMarujo. E piam em pânico nasilhas em busca de socorro.

O MAR, O MEL E O MILAGRE