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Saúde Bucal Coletiva Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr. GRUPO EDUCACIONAL UNIGRANRIO FATENP - Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça Fluoretos Retornar

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Saúde Bucal Coletiva

Prof. Hubert Chamone Gesser, Dr.

GRUPO EDUCACIONAL UNIGRANRIO

FATENP - Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça

Fluoretos

Retornar

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O Flúor

- Halogênio eletronegativo;

- Capacidade de ligar-se reversivelmente ao

hidrogênio, formando ácido fluorídrico.

HF

Fluoretos

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Ácido Fluorídrico

- Inibidor enzimático;

- Afinidade por tecidos calcificados;

- Estimula a formação de tecido ósseo;

- Capacidade de inibir e reverter a lesão cariosa.

Fluoretos

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O flúor ingerido é absorvido

pelo estômago, atinge o

sangue e é distribuído para o

organismo. Ele atinge tecidos

mineralizados, onde se

incorpora ou pode ser

absorvido pelos órgãos e

tecidos, como é o caso das

glândulas salivares. Assim, o

flúor retorna para a cavidade

bucal.

Fluoretos

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Cabe enfatizar que

quando se interrompe a

ingestão de flúor, o

organismo não tem

mecanismos para manter

sua constância em

qualquer dos seus

compartimentos. Assim,

quando da interrupção da

ingestão de flúor, a

concentração de flúor na

saliva não é mais mantida

constante.

Fluoretos

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O flúor deve ser

ingerido ou Não?

Fluoretos

Dúvida da Odontologia

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Tópico:

- A ação tópica reflete a interação local do fluoreto com

o tecido dentário, no momento da aplicação.

Sistêmico:

- A ação sistêmica se refere ao fluoreto ingerido e

metabolizado pelo organismo, atingindo o tecido

dentário em desenvolvimento, levando à formação de

um tecido mais resistente.

Fluoretos

Fluoretos

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HISTÓRICO

Estudo das 21 Cidades (USA 1942)

Estados do Colorado, Illinois, Indiana e Ohio.

Feito com crianças de 12 a 14 anos de idade nascidas e

residentes em 21 cidades, com flúor na água de

abastecimento variando de 0,1 a 2,5 mg/L.

Fluoretos

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Estudo das 21 Cidades(USA 1942)

Colorado, Illinois, Indiana e Ohio

Os resultados mostraram que

numa concentração de 0,6 mg F/L

a redução na experiência de cárie

dentária era de 50%, quando

comparados com os observados

onde a concentração de flúor na

água era de 0,2 mg/L.

Fluoretos

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Fluoretos

No Brasil, a fluoretação da água de abastecimento

público começou em 1953 em Baixo Guandu/ES.

Localiza-se no noroeste capixaba e está situado a cerca de 180 km da capital do estado30.862 habitantes (IBGE, 2018)

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Fluoretos

Efeitos da Fluoretação da Água em Baixo Guandu/ES

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“Os projetos destinados à construção

ou ampliação de sistemas públicos de

abastecimento de água, onde haja

estação de tratamento, deve incluir

previsões e planos relativos à

fluoretação da água.”

Fluoretos

Em 24/05/74, o Congresso Nacional aprovou a lei 6050

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Do ponto de vista ecológico, a cárie pode ser vista

como o resultado da interação parasita-hospedeiro.

A cárie dentária é uma doença infecciosa e transmissível

causada por bactérias anfibiônticas aderidas ao

elemento dentário, que tem como consequência a

destruição localizada dos tecidos dentários duros.

Fluoretos

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Em ambiente favorável,

microorganismos cariogênicos

formam colônias que aderem ao

dente constituindo o biofilme

dentário e provocando uma

desmineralização do esmalte.

Fluoretos

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Bactérias

Açúcar

ÁcidoDesmine -ralização

Remineralização

Esmalte/dentina

Cárie

Fluoretos

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Composição dos Tecidos Dentários

- Composição do esmalte e da dentina

- Apatita

ESMALTE DENTINA

APATITA 85% 47%

ÁGUA 12% 20%

PROTEÍNAS 3% 33%

Fluoretos

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Cárie dentária

Mas o que vai determinar a queda do pH?

Streptococos e os lactobacilos são altamente acidogênicos,

capazes de metabolizar açúcar e produzir ácidos.

Esmalte Dentina

DES x RE é um processo natural

Fluoretos

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Mecanismo de ação

1 - Interfere no processo de Des x Re;

2 - Atua na mineralização pós-irruptiva;

3 - Inibe o metabolismo bacteriano

Fluoretos

Ação do Fluoretos

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Os Fluoretos Inibem a desmineralização

- Dinâmica mineral

Ca10 PO46

OH2

Ca10 PO46

OH2

DENTE

Ca2+

PO4

-3 Ca2+

PO4

-3

Ca2+

BIOFILME

SALIVAH+

H+

H+

H+

H+H+

pH

5,0

Ca10 PO46

OH2

F-

F-

PO4

-3

Fluoretos

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O Uso do Flúor conforme o Risco

ou Atividade de Cárie

MétodosRisco ou atividade de cárie

baixa média alta

Dentifrícios + + +

Bochechos - + ++

Aplicações tópicas - + ++

Fluoretos

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Métodos de Uso Tópico

Auto-aplicação:

- Soluções para bochecho;

- Dentifrícios;

- Gomas de mascar.

Aplicação profissional:

- Gel;

- Pastas profiláticas;

- Vernizes;

- Dispositivos de liberação lenta;

- Materiais odontológicos.

Fluoretos

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CONCENTRAÇÃO DE FLUORETOS (EM DIFERENTES MÉTODOS)

30.000

10.000

1.000

100

1

ppmF

ÁGUA DE CONSUMO

USO CASEIRO

USO PROFISSIONAL

Fluoretos

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Fluoretos

- Dentifrício

- Gel

- Água Fluoretada

- Sal

- Açúcar

- Leite Fluoretado

- Goma de mascar

- Bochechos

MÉTODOS COLETIVOS

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Fluoretos

Contém: Amômia, Antibiótico, Clorofila e Fluoretos **

Com 1000 a 1500 ppmF (CEE, 1982 - Brasil, 1989)

Redução de 20 a 35% nos níveis de ataques de cárie dentária

Crianças tendem a ingerir até 30% da espuma do dentifrício

- Escovação supervisionada

- Quantidade mínima na escova (um grão de arroz)

- Produtos com menor concentração (menos de 500 ppmF)

Dentifrício

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Fluoretos

Monofluorfosfato de Sódio Na2PO3F

Fluoreto de Sódio NaF

Simpósio Internacional de Londres, 1993(Não há diferenças significativas entre os dois tipos de fluoretos)

Dentifrício

Portaria 22/1989 do Ministério da Saúde do BrasilOs dentifrícios devem ter entre 1000 ppmF e 1500 ppmF

Monofluorfosfato de Sódio, Fluoreto de Cálcio, Fluoreto Estanoso ou Fluoreto Aminado

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Fluoretos

Géis Fluoretados

- Podem ser encontrados acidulados ou neutros;

- Gel de fluorfosfato acidulado (FFA) com 1,23% de NaF em

ácido ortofosfórico;

- Uso: semestral / anual

- Tempo de aplicação: 1 minuto

Flúor Gel

Concentração: até 22.300 ppmF

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Fluoretos

Modo de Aplicação (Ações Coletivas):

• Pequena quantidade de gel na escova dental;

• Fricciona-se a ponta da escova sob a superfície

dentária por até 30 segundos em cada hemi-arco;

• Criança supervisionada.

NÃO INGERIR ALIMENTOS POR 30 MINUTOS

Aplicação Profissional do Flúor Gel

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Brasília, 2004.

Fluoretos

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Suíça, Hungria, Espanha, Colômbia, Alemanha, França, Jamaica

DOSE: 250 mg F/Kg

Tentativa de implementação no Brasil (1990), pois seria eficiente e

mais abrangente nas regiões Norte e Nordeste. No entanto:

Sal consumido pela maioria da população não é refinado

Já há concentração de flúor natural na água

Variação de consumo

Fluoretos

A adição de fluoreto, assim como de iodato de potássio (usado para prevenir a incidência de bócio

endêmico) ao sal não refinado, especialmente o sal grosso, exige tecnologia mais complexa que,

ao ser empregada, eleva o custo final do produto.

Fluoretação do Sal de Cozinha

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Fluoretação do Açúcar

Bratthall D; Barmes DE. Adding fluoride to sugar: a new avenue to reduce

dental caries, or a [quot ]dead end[quot ]? Adv Dent Res;9(1):3-5, 1995 Feb.

O consumo de flúor no açúcar não é uma medida

coletiva pois a ingestão de açúcar varia de indivíduo

para indivíduo.

Poderia induzir a população ao consumo de açúcar,

aumento os casos de diabetes, obesidade etc.

Fluoretos

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Além do que, seria um contrassenso, induzir o

consumo de açúcar para prevenir as cáries.

Fluoretos

Estudos in vitro

Soluções com uma concentração de 1 ppm de flúor

conseguem reduzir o poder desmineralizante da sacarose.

São necessárias novas pesquisas em relação à fluoretação

do açúcar para se aceitar ou descartar de vez a ideia.

Fluoretação do Açúcar

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Gomas de Mascar com Flúor

A doença cárie pode ser em parte controlada

mediante o uso de gomas de mascar livres de

açúcares cariogênicos, substituídos por xilitol.

No momento, não existem evidências científicas

consistentes para indicar a utilização de gomas de

mascar com xilitol e flúor como anticariogênicas,

contudo elas são não cariogênicas.

Fluoretos

Goma de mascar fluoretada: 0,25 mg de Flúor

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Bochechos com Flúor

Soluções neutras de fluoreto de sódio:

a 0,2%, para uso semanal ou quinzenal

a 0,05%, para uso diário.

Fluoretos

Bochechos de uso diário, proporcionam melhores resultados

que os de uso semanal.

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Bochechos com Flúor

Fórmula para uso semanal em escolas

Fluoreto de Sódio 2 g

Essência de Menta (flavorizante) 0,20 g

Nipagim (conservante) 0,25 g

Nipazol (estabilizador) 0,15 g

Álcool (fixador) 2 ml

Água destilada (q.s.p.) 1.000 ml

Fluoretos

Em crianças de 3 a 5 anos: somente sob supervisão

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Leite materno: 0,005 a 0,01 ppm

Leite bovino: 0,03 a 0,06 ppm

Dose: 5mg de Flúor para 1 litro de leite (em escolas)

Cada criança bebe 200 ml de leite por dia letivo

(Bulgária, China, Rússia, Chile, Reino Unido)

Fluoretos

Fluoretação do Leite

Argumento Favorável: Livre escolha de compra por parte dos usuários,

entre o leite com e sem flúor nos locais em que ambos estejam disponíveis.

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O Caso da Comunidade de Codegua no Chile

PNAC – Programa Nacional de Complementação Alimentar

→ Cada criança de 2 a 6 anos recebia mensalmente:

2kg de leite em pó (Purita) + 1kg de um derivado do leite (Purita Cereal)

Prevalência da cárie:

ceo-s (1994) 11,78 → Início do programa

ceo-s (1999) 3,35 → Paralisou-se a fluoretação do leite

ceo-s (2002) 6,19 → Aumento de 80%

Fluoretos

Fluoretação do Leite

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- É considerada uma das maiores realizações em saúde

pública do Século XX (US Department Public Health Services, 2000).

- Tradicionalmente a opção brasileira pela fluoretação das

águas é em decorrência de sua extensão territorial.

- Em decorrência de diferenças regionais, populacionais e

sociais, a água ainda é um método coletivo importante.

- Ainda existem regiões com alto risco à doença cárie.

DOSE: 1 ppm F

Fluoretação da Água

Fluoretos

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- Os produtos mais utilizados para fluoretar a água no

Brasil são:

Fluorsilicato de sódio

Ácido fluorsilicico

DOSE: 1 ppm F

Fluoretação da Água

Fluoretos

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No Brasil, a fluoretação da água de abastecimento

público começou em 1953 em Baixo Guandu/ES.

Legislação:

- No Brasil, a Lei nº 6050 de 24 de maio de 1974 dispõe

sobre a obrigatoriedade da fluoretação das águas do

abastecimento quando da existência de estação de

tratamento (BRASIL, 1975).

BRASIL. Leis, Decretos etc. Lei Federal nº 6050 de 24 de maio de 1974. Dispõe sobre a obrigatoriedade

da fluoretação das águas em sistema de abastecimento. D.O.E.,27 jul.1975.

Fluoretos

Fluoretação da Água

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Dosagem de Flúor na Água

Fluoretos

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CUSTO DA FLUORETAÇÃO DA ÁGUA

O custo da fluoretação da água de abastecimento

público é inexpressivo.

Um máximo de US$ 16 per capita/ano em cidades

com menos de 5 mil habitantes;

E um mínimo US$ 0,12 per capita/ano em cidades

com mais de 200 mil habitantes.

Custo médio: US$ 0,51 per capita/ano

Fluoretos

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Fluoretos

Propagandas Antifluoretação

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Fluoretos

Argumentos Antifluoretação e Respostas Pró-fluoretação

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Requisitos para um Município Fluoretar a Água

• Um grau suficiente de desenvolvimento econômico;

• Existência de uma rede municipal de abastecimento de

água que alcance um grande número de residências;

• Ingestão constante por parte da população da água da

rede municipal e não de poços ou cisternas;

• Existência de equipamento indispensável em uma

estação de tratamento e bombeamento.

Ramires I, Buzalaf MAR. Manual: Flúor e Fluoretação da Água de Abastecimento Público. Bauru, 2005.

Fluoretos

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Descontinuação da Fluoretação da Água

Fluoretos

Stranraer e Annan são cidades

do Sudoeste da Escócia

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Coca-cola light 1,3 ppmF

Toddynho 1,6 ppmF

Pin et al, 2000 (apud Anzai, 2003)

Mucilon 2,4 ppmF

Neston 6,2 ppmF

Buzalaf et al, 2002 (apud Anzai, 2003)

Fluoretos

Concentrações de Flúor encontradas em alguns

produtos industrializados

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TOXICIDADE DOS FLUORETOS

Intoxicação Aguda

Dose alta

Intoxicação Crônica

Dose baixa

Fluoretos

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INTOXICAÇÃO AGUDA

- Poucas fatalidades causadas por fluoretos podem

ser relacionadas ao uso de produtos odontológicos.

- A dose de 5 mg F/Kg de peso corporal pode levar

uma criança de baixo peso a morte.

Fluoretos

Dose Provavelmente Tóxica (DPT) = 5 mg F/Kg

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DOSE TÓXICA

5 mg F/Kg 5 mg de Flúor por quilo de peso

Fluoretos

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Associação Americana dos Centros de

Controle e Envenenamento

24.317 chamadas por ingestão acidental e exagerada de Flúor (2016)

Comprimidos 6,2% dos casos

Dentifrícios 71,3% dos casos

Bochechos 22,5% dos casos

4/5 dos casos envolvem crianças abaixo de 6 anos

Fluoretos

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INTOXICAÇÃO AGUDA (SINTOMAS)

- Ingestão abaixo da DPT (5 mg F/Kg) já podem

promover mal estar.

Náusea, vômito, dor difusa no abdômen, diarreia

- Ingestão acima da DPT (5 mg F/Kg) requer internação

hospitalar.

Fluoretos

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TRATAMENTO EMERGENCIAL PARA

INGESTÃO EXCESSIVA DE FLÚOR

- Esvaziar o estômago induzindo vômito

- Administrar cálcio solúvel (água ou leite)

- Lavagem gástrica

Manter o paciente em observação em ambiente

hospitalar (monitoramento cardíaco)

Fluoretos

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Produto Dose FórmulaQtde para

50 mg*

Bochecho

de NaF

1,1%

(4,5).(ml ingerido).(%NaF) = mg F¯

10 ml

0,2% 56 ml

0,05% 220 ml

Géis

1,23%

(10).(ml ingerido).(% F¯) = mg F¯

4 ml

0,5% 10 ml

0,02% 250 ml

Dentifrício 1000

ppm F¯

ml ingerido = mg F¯ 50 ml

Cálculo da Ingestão de Fluoretos

DPT para uma criança com 10 Kg (1 a 2 anos de idade)

Fluoretos

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FLUOROSE DENTÁRIA(INTOXICAÇÃO CRÔNICA)

- Opacidade do esmalte provocada pela ingestão

prolongada de fluoretos durante a formação dentária

- Os aspectos clínicos variam desde linhas

esbranquiçadas até perdas de esmalte

Fluoretos

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FLUOROSE DENTÁRIA(Agentes causais)

- Os quatro principais fatores são:

Dentifrício;

Água de consumo;

Suplementos;

Comidas/bebidas com flúor quando associados

Fluoretos

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FLUOROSE DENTÁRIA(INTOXICAÇÃO CRÔNICA)

Fluoretos

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Diagnóstico:

As opacidades são simétricas, pois os dentes

formados no mesmo período deverão ter a

mesma alteração. As opacidades fluoróticas são

difusas e transversais.

Severidade:

Depende da dose a que o indivíduo é submetido.

Período de risco:

Durante toda a formação do esmalte, mesmo nos

períodos de mineralização mais tardia.

FLUOROSE DENTÁRIA

Fluoretos

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É decorrente da ingestão de flúor durante a fase

de formação dos dentes.

O ameloblasto, primeiro sintetiza uma matriz

contendo 25% de proteínas. Em seguida, a matriz

é reabsorvida e o esmalte se mineraliza.

O produto final é uma estrutura contendo 95% de

minerais, 4% de água e cerca de 1% de proteínas.

O flúor, quando ingerido circula pelo sangue e

alcança a matriz do esmalte dentário inibindo

a reabsorção de proteínas.

Mecanismo de

Desenvolvimento da Fluorose Dental

Fluoretos

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Fluoretos

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O flúor importante é aquele mantido constante na

cavidade bucal, o qual é capaz de interferir com a

dinâmica do processo de cárie, reduzindo a

desmineralização e ativando a quantidade reposta

quando da remineralização salivar.

Embora o flúor não impeça a início da doença, ele é

extremamente eficiente em reduzir sua progressão.

ALTA FREQUENCIA e BAIXA CONCENTRAÇÃO

Considerações Finais

Fluoretos