Upload
lucas-ottobeli-preci
View
40
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
Ulisses Rocha AntuniassiFCA/UNESP - Botucatu/SP - [email protected]
Tecnologia de Aplicação
Principais dúvidas na aplicação•Fundamentos: volume, tamanho de gotas e cobertura•Tamanho de gotas: pontas e atomizadores•Condições climáticas e horário de aplicação•Deriva•Adjuvantes•Pesquisa: aplicação aérea x terrestre•Tecnologia de aplicação x ferrugem
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Fundamentos da tecnologia de aplicação
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Técnica de aplicação• Tamanho das gotas• Volume de calda
Fatores para definição da técnica• Tipo de alvo: solo, plantas, etc...• Parâmetros operacionais (velocidade, altura, etc...)• Condições climáticas• Risco de perdas e deriva• Momento da aplicação• Recomendação agronômica• Etc...
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Alvos:• Solo• Insetos• Doenças• Folhas e outras partes das plantas
ADVRK15C
2
=
C = Cobertura do alvo (%) {
{
V = Volume de aplicação (L/ha) R = Taxa de recuperação (%)K = Fator de espalhamento de gotas
A = Área foliarD = Diâmetro das gotas
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
A tecnologia de aplicação deve ser modificada para acompanhar o aumento da área foliar da cultura, visando manter o nível de cobertura.
Para melhorar a cobertura dos alvos:•Gotas mais finas ou maior volume
Para usar menor volume de calda:•Gotas mais finas
Para usar gotas maiores e manter a cobertura:•Aumentar o volume
ADVRK15C
2
=
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Tamanho de gotas
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Muito finaFinaMédiaGrossaMuito grossa
Tamanho de gota
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
0102030405060708090
100
% d
e co
bert
ura
das
folh
as
Indução dear (AI)
Leque (XR) Duplo leque(TJ)
Cone (TX)
SuperiorMédioInferior
Cobertura das folhas x tipo de ponta
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Gotas• Classe de tamanho de gotas: ponta de referência = jato plano comum
Condições climáticas e horário de aplicação
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Condições ideais:Temperatura: < 30°CUmidade relativa > 50%Vento: entre 3 e 10 km/h
Aplicação em condições favoráveis:
• Início da manhã, noite;
• Baixa temperatura, alta umidade, pouco vento
Aplicação em condições menos favoráveis:
• Meio do dia
• Alta temperatura, baixa umidade, mais vento
Ex.: Gotas finas e volume menor
Ex.: Gotas médias e volume maior
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Condições ideais:Temperatura: < 30°CUmidade relativa > 50%Vento: entre 3 e 10 km/h
Fatores Classes de gotas de acordo com as condições climáticas
Muito Finas ou finas
Finas ou médias
Médias ou grossas
Temperatura abaixo de 25oC 25 a 28 oC acima de 28 oC
Umidade relativa acima de 70% 60 e 70% abaixo de 60%
Fonte: Antuniassi et al. (2005)
Fundamentos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Deriva
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Causas da deriva:a) condições climáticas desfavoráveis; b) equipamentos em condições inadequadas de uso.
Deriva nas aplicações
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Foto: Unesp
Perdas: ingrediente ativo aplicado que não atinge o alvo
Dose real no alvo: (dose aplicada) - (perdas)
Perdas químicas:
• Inativação por cátions e colóides
• Degradação do i.a. (pH, UV)
• Misturas de tanque inadequadas
• etc.
Perdas físicas:
• Todos os tipos de deriva e evaporação
• Escorrimento e rebote de gotas
• Lavagem do produto pela chuva
• etc.
Deriva nas aplicações
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Adjuvantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Adjuvantes: funções específicas
Escolha pela função desejada• Cobertura ou molhamento: espalhantes (surfactantes)
• Chuva: adesivos (óleos, surfactantes, derivados de látex e outros), penetrante (óleos, surfactantes e outros)
• Evaporação: umectantes (poliglicol, sorbitol, polissacarídeos e outros)
• Inativação e/ou degradação na calda: condicionadores de calda: acidificantes, tamponantes (ácido cítrico), sequestrantes (EDTA)
• Deriva: redutores de deriva - redução de gotas muito finas e maior DMV (polissacarídeos, polímeros e outros)
• Espuma: antiespumantes (organosilicones e outros)
• Fotodegradação: protetores (“extenders”): polímeros e outros produtos que atuam como filtro de UV
Adjuvantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Espalhantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
01020304050607080
0 0,25 0,5 0,75 1
Concentração do espalhante (%)
Tens
ão s
uper
ficia
l (m
N/m
)
• espalhantes: agentes de redução da tensão superficial (TS):Menor TS = maior espalhamento e gotas menores
Efeito x concentração
•Recomendação de espalhantes: concentração
Antuniassi (2009)
Adjuvantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Óleos
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Óleo mineral x óleo vegetal ?
• Mineral formulado: 43 a 93% de óleo mineral + inertes (surfactantes, emulsionantes, etc.)
• Vegetal formulado: 80 a 93% de óleo vegetal + inertes (surfactantes, emulsionantes, etc.)
• Óleo vegetal modificado formulado (MSO):72 a 80% de éster metílico + inertes (surfactantes, emulsionantes, etc.)
• Óleo vegetal puro (ex.: óleo de soja degomado): usado em mistura com emulsificante
Concentrações:
Óleo mineral e MSO: até 1 % do volume da caldaÓleo vegetal: até 20 % do volume da calda
Funções do óleo:• Melhorar a penetração e adesão dos produtos nas folhas: função solvente;• Potencial para reduzir o risco de deriva:
menor % de gotas <100 µm e maior DMV
Adjuvantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Adjuvantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Fonte: Antuniassi et al (2009)Chuva: tempo após a aplicação
• Remoção de fungicida pela chuva (20 mm): O percentual de produto removido pela chuva é menor nas aplicações com óleo.
tebuconazole + 10% óleo vegetal
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
1h 2h 48h
(ug/
kg p
lant
a) /
(g/h
a)
Com óleoSem óleo
Qua
ntid
ade
de fu
ngic
ida
rem
ovid
o
Tecnologia de aplicação x composição da calda
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Fonte: Antuniassi et al. (2009)
Redução de deriva: determinação em túnel de ventoFCA/UNESP - Botucatu
Adjuvantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
1,0 1,5 2,0 2,5
Distâncias (m)
Der
iva
(%)
Nonilfenol Fosfaditilcoline
- 32%
- 34%
- 27%- 16%
Nonilfenol: espalhante
Fosfaditilcoline: redutor de deriva
Fonte: Antuniassi et. al (2009)
Adjuvantes x formação e gotas: classe de uso dos adjuvantes(XR 8003 a 2 bar)
Adjuvantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Fosfaditilcoline: redutor de deriva
Óleo mineral: penetrante/adesionante e redutor de deriva
Nonilfenol: espalhante
150
170
190
210
230
250
270
290
Fosfaditilcoline Óleo mineral Nonilfenol
DM
V (u
m)
0
2
4
6
8
10
12
Fosfaditilcoline Óleo mineral Nonilfenol
%<1
00 u
m
Pesquisa em tecnologia de aplicação: aéreo x terrestre e
adjuvantes
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Aplicação terrestre x aérea: adjuvantes
Equipe de trabalho:Ulisses R. AntuniassiMaria A. P. OliveiraRone Batista de OliveiraJonas F. SalvadorAlisson A. B. MotaAnne C. A. e SilvaRafael S. BoianiFabiano Siqueri (FMT)
Pesquisa
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Tratamentos Produtos Dose (g i.a./ha)
Dose (L, kg p. c./ha)
Tecnologia de aplicação e volume
de calda T 80 L/ha tebuconazole + carbendazin 100 + 250 0,5 + 0,5 Terrestre 80 L/ha T 80 L/ha + OS 0,1%
tebuconazole + carbendazin + organosilicone
100 + 250 0,5 + 0,5 + 0,1% v/v
Terrestre 80 L/ha
T 80 L/ha + OV 1,0%
tebuconazole + carbendazin + óleo vegetal emulsionado
100 + 250 0,5 + 0,5 + 1% v/v
Terrestre 80 L/ha
A 12 L/ha + OS 0,1%
tebuconazole + carbendazin + organosilicone
100 + 250 0,5 + 0,5 + 0,1% v/v
Aéreo 12 L/ha
A 12 L/ha + OV 10%
tebuconazole + carbendazin + óleo vegetal emulsionado
100 + 250 0,5 + 0,5 + 10% v/v
Aéreo 12 L/ha
Pesquisa
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
• Controle da ferrugem no terço inferior das plantas (23 DAT), soja em R5.3. Os pontos representam as médias dos tratamentos e as barras verticais
representam intervalo de confiança (IC = 95%). Severidade nas testemunhas = 62,5 ± 3,1 %
0102030405060708090
100
T 80 L/ha T 80 L/ha +OS 0,1%
T 80 L/ha +OV 1,0%
A 12 L/ha +OS 0,1%
A 12 L/ha +OV 10%
Cont
role
(%)
Pesquisa
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
• Controle da ferrugem no terço superior das plantas (23 DAT), soja em R5.3. Os pontos representam as médias dos tratamentos e as barras verticais
representam intervalo de confiança (IC = 95%).Severidade nas testemunhas = 11,9 ± 1,3 %
0102030405060708090
100
T 80 L/ha T 80 L/ha +OS 0,1%
T 80 L/ha +OV 1,0%
A 12 L/ha +OS 0,1%
A 12 L/ha +OV 10%
Cont
role
(%)
Pesquisa
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Pesquisa
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
20
30
40
50
60
70
80
A 12 + OS 0,1% A 12 + OV 10% Test.
Prod
utiv
idad
e (s
c/ha
)
• Produtividade: não houve diferença significativa entre os tratamentos, com exceção da comparação entre OS e OV na aplicação aérea. O óleo vegetal
propiciou melhor resultado, com diferença significativa pela análise do IC 95%.
Tecnologia de aplicação x ferrugem da soja: Processo de tomada de decisão
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Tecnologia de aplicação x momento da aplicação:
• Na aplicação preventiva: gotas finas ou muito finasMaximizar a cobertura
Nas demais aplicações:• Na aplicação curativa “inicial”: gotas finas ou médias
Boa cobertura e melhor rendimento operacional
• Na aplicação curativa “tardia”: gotas médiasMaior depósito nas folhas dos terços médio e superior
Maior rendimento operacional
Sempre ter a preferência por aplicações preventivas
Fonte: Antuniassi (2007)
Ferrugem x tecnologia de aplicação
Ulisses Antuniassi – UNESP - Botucatu
Muito Obrigado!Ulisses R. Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP
e-mail: [email protected] Fone: (14) 38117165