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Dezembro/2015 Preservar a água é preservar a vida! Informações para Enquadramento Plano da bacia hidrográfica do Rio Camaquã

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Dezembro/2015

Preservar a águaé preservar a vida!

Informações para EnquadramentoPlano da bacia hidrográfica do Rio Camaquã

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AbastecimentoPúblico

Indústria

Irrigação

97,6%

0,5%1,4%

0,4%

DessedentaçãoAnimal

O abastecimento público é dividido em abastecimento rural e abastecimento urbano. Para o Rio Grande do Sul, o parâmetro de demanda rural é de 125 litros per capita por dia. A demanda rural total na bacia soma 0,11 m³/s, correspondendo a 19,4% do total demandado pela população, refletindo a importância do meio rural nessa região. E ára áreas urbanas, quando a população supera 500.000 habitantes, considera-se um consu-mo per capita de 315 litros por dia; entre 100.000 e 500.000 habitantes, 269 litros por dia; entre 10.000 e 100.000 habitantes, 233 litros por dia; abaixo de 10.000, 203 litros por dia.

Para estimar o uso de água industrial na bacia do rio Camaquã obteve-se junto à FIERGS o cadastro de indústrias por municí-pio. Neste cadastro, cada indústria tem o seu endereço e o número de funcionários identifi-cado. Com o endereço, foram identificadas as empresas situadas nos limites de cada UPGRH. A estimativa do uso industrial foi realizada a partir da adoção de um coeficiente em m³ de água captada para cada US$ gerado pela produção industrial (ano base 2000), de acordo com a metodologia adotada pelo ONS/ANA. A atividade de mineração, que tem importância principalmente para os municípios de Hulha Negra e Caçapava do

Sul, está inserida no cadastro da indústria.

São aqueles que retiram água do rio, alterando a sua disponibilidade.

A irrigação na bacia é predominantemente vinculada ao arroz irrigado por inundação. Estima-se uma vazão específica de 1,22 litros por segundo por hectare nas áreas irrigadas. Entre as UPGRH´s, se destacam as do Baixo Camquã-Duro, com 57%, e do Arroio Velhaco, com 31% do total.

A estimativa da demanda para dessedentação animal utiliza o conceito de Bovino Equivalen-te de Demanda de Água – BEDA. Por essa metodologia, todos os rebanhos existentes em um município são transformados em bovinos equivalentes, utilizando uma relação de consumo de água. O Alto Camaquã é a região com maior % de uso da água por dessedentação animal em relação às outras regiões, representando quase 50% seguida

pelo Baixo e Médio Camaquã.

PARA QUE USAMOS A ÁGUA?Usos consuntivos

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São aqueles usos que não pressupões a retirada da água do rio. Por isso não interfere na disponibilidade quantitativa.

Usos não consuntivos

Geração de Energia HidrelétricaO potencial hidrelétrico do rio Camaquã já foi estudado no passado, sendo que o maior empreendimento, a barragem do Bom Será, foi descartada depois de definida a sua implantação por um movimento popular realizado a partir de Amaral Ferrador. Em termos de projetos de hidrelétricas, o banco de dados de outorga apresenta quatro empreendimentos, sendo três no rio Camaquã e outra no arroio Maria Santa. Todos encontram-se em fase de reserva de dispo-nibilidade hídrica. Existem restrições parciais quanto à implantação de hidrelé-tricas na bacia, sendo que a outorga a esses empreendimentos podem ser discutidas no âmbito do Comitê.

NavegaçãoDos 22 terminais portuários no Rio Grande do Sul, nenhum encontra-se dentro da bacia em análise, o que denota a insignificância da navegação na região, com exceção dos barcos de pesca artesanal e alguns barcos de turismo. O projeto da Hidrovia Brasil-Uruguai prevê a implantação de canais de acesso aos portos e terminais em São Lourenço do Sul, rio Camaquã, Arambaré e Tapes. A partir dessa intervenção, é possível que a navegação reassuma maior importância regional.

Recreação, Turismo e CulturaA bacia do rio Camaquã situa-se na Região Costa Doce e na Microrregião Centro-Sul que é uma região turística singular por oferecer roteiros que aliam a beleza das praias e paisagens, à história e à cultura rica do povo Gaúcho. Possui a imensidão das águas do maior complexo lagunar da América Latina, composto pela Laguna dos Patos e pelas lagoas Mangueira e Mirim. O princi-pais municípios turísticos da região são Arambaré, Barra do Ribeiro, São Lourenço do Sul, Sentinela do Sul e Tapes.

Aquicultura e PescaA atividade de piscicultura foi analisada a partir das informações do banco de outorgas e do Cadastro Estadual de Usuários de Água (CEUSA) onde foram identificados 29 empreendimentos ativos. Se destacam o município de Cangu-çu com seis empreendimentos e Encruzilhada do Sul com 11. A pesca é uma atividade tradicional da bacia, especialmente nos municípios situados junto à Laguna dos Patos. Foram identificados 420 pescadores profis-sionais artesanais na área de influência do Plano.

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A atividade de piscicultura foi analisada a partir das informações do banco de outorgas e do Cadastro Estadual de Usuários de Água (CEUSA) onde foram identificados 29 empreendimentos ativos. Se destacam o município de Cangu-çu com seis empreendimentos e Encruzilhada do Sul com 11. A pesca é uma atividade tradicional da bacia, especialmente nos municípios situados junto à Laguna dos Patos. Foram identificados 420 pescadores profis-sionais artesanais na área de influência do Plano.

O conhecimento sobre a quantidade de água que está disponível e o quanto é utilizada nos diferentes usos é essencial para o planejamento. O balanço hídrico relaciona a quantidade de água com os usos e permite assim identificar a existência de uma situação confortável quando a água for maior que o consumo ou uma situa-ção crítica quando o consumo é próximo ao limite. A tabela a seguir apresenta os valores de volume armazenado por UPGRH, além da estimativa da vazão disponível, a demanda a ser atendida, além do balanço hídrico entre a disponibilidade e a demanda.

QUANTA ÁGUA TEMOS?

Balanço hídrico considerando disponibilidades e demandas acumuladas

Apresenta a distribuição da classificação de criticidade hídrica nos trechosde rio da bacia, de acordo com o critério da ANA

UPGRHVolume

armazenado(hm³)

Vazãodisponível

(m³/s)

Demanda aser atendida

(m³/s)

Balanço(%)

Alto CamaquãArroio TuruçuArroio Velhaco

Baixo Camaquã-DuroMédio Camaquã

Total

9,7418,7189,39

104,5610,91

233,30

1,132,1610,3512,101,2627,00

1,111,461,866,390,1710,99

99%67%18%53%14%

-

Excelente - 39%

Crítica - 07%

Confortável - 27%

Muito Crítica - 07%

Preocupante - 16%

Superior à disponibilidade - 04%

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Para este diagnóstico, foram utilizados os dados do Programa de Monitoramento de Qualidade das Águas Superficiais da FEPAM. Decidiu-se seguir o agrupamento dos recursos hídricos superficiais desta bacia, atendendo a classificação por UPGRHs, adotada neste plano.

As águas doces são classificadas, de acordo com a sua qualidade, nas seguintes classes para os diferentes usos.

CLASSES DE USO DA ÁGUA

A QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BHC

Classe especial: a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e, c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.

Classe 1:a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

Classe 2: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e e) à aquicultura e à atividade de pesca.

Classe 3: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de animais.

Classe 4: a) à navegação; e b) à harmonia paisagística.

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Nesta região só existem duas cidades (Lavras do Sul e Minas do Camaquã) por onde o rio Camaquã passa perto, e portanto capazes de causar contaminação urbana (esgotos domésticos, lixiviados de lixões, etc.). Foram verificadas sinais de contaminação fecal, a presença de valores altos de fósforo total, além de valores baixos de OD. Observou-se também a contaminação por metais advindos das atividades mineradoras, principalmente em Lavras do Sul.

UPGRH Alto Camaquã

Existem mais cidades nesta região do que na anterior, mas destas somente Santana da Boa Vista, Amaral Ferrador, e Dom Feliciano, parecem estar próximas o suficiente da rede de drenagem do Camaquã e afluentes, para exercer contaminação urbana. Aparen-temente existem problemas com as matas ciliares nas partes planas da região, junto aos cursos d´água, com o consequente processo erosivo, e o transporte deste material rio abaixo (turbidez). Também ocorrem problemas com metais (cobre e alumínio, principal-mente).

UPGRH Médio Camaquã

Além da parte final da sub-bacia do rio Camaquã, é nesta região que fica a sub-bacia do arroio Duro. No seu caminho para a laguna dos Patos, nesta região, o rio Camaquã tem problemas devido a passagem pela zona urbana de Cristal. Junta-se a isto, a contamina-ção advinda da lavoura do arroz (fósforo total e turbidez, principalmente).Já as águas do arroio Duro sofrem contaminação pela atividade agrícola antes e depois da Barragem do Duro (fumo e arroz). Também, a falta de mata ciliar, vem aumentar a sua turbidez.

UPGRH Baixo Camaquã-Duro

Esta região compreende as sub-bacias dos arroios Turuçu e São Lourenço, sendo que a zona urbana do município de Turuçu pode contaminar o arroio de mesmo nome, enquanto o arroio São Lourenço tem a sua foz na zona urbana de São Lourenço do Sul.O arroio Turuçu, ao passar pela cidade de Turuçu, junto a BR116, tem as suas águas contaminadas por poluição urbana. Após, vai em direção a laguna dos Patos em zona rural, no trecho melhorando um pouco.Verificou-se a salinização das águas da laguna dos Patos em frente a foz do arroio São Lourenço. A partir do único ponto de monitoramento localizado junto a foz, constatou-se a contaminação de origem urbana e rural.

UPGRH Arroio Turuçu

O arroio Velhaco se caracteriza com um arroio de águas de boa qualidade na sua cabecei-ra, sendo paulatinamente contaminado por esgotos urbanos e drenagem agrícola no seu caminho para a laguna dos Patos. Na sua foz, dentro de Arambaré, aparecem metais, entre eles mercúrio, que precisam ser melhor investigados.O comportamento do arroio Teixeira é muito similar ao do Velhaco, apresentando águas boas nas cabeceiras, e ruíns junto a foz, sendo contaminado pela cultura do arroz ao longo do seu curso, e por esgotos domésticos na sua foz, em Tapes.

UPGRH Arroio Velhaco

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Mapa de frequência de classes

CON

AM

A nos pontos de m

onitoramento

de águas superficiais, na baciahidrográfica do Cam

aquã.

Legendas!.

Sedes municipais

Classe_1_D

Classe_2_D

Classe_3_D

Classe_4_D

4_SU

PG

RH

3_S