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MARISTELA LOUREIRO E ANA TATIT COLEÇÃO BRINCO E CANTO

Folder Coleção Brinco e Canto (2)

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Preservar as canções tradicionais, de raiz, é buscar nossa identidade cultural. Esse é o objetivo da série Brinco e Canto, que traz uma seleção dessas canções, a explicação de como brincar e a partitura das músicas.

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MARISTELA LOUREIRO E ANA TATIT

COLEÇÃO

BRINCO E CANTO

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Duas educadoras em uma missão de resgate e preservação da tradição popular

Entrevista

Maristela Loureiro e Ana Tatit são educadoras e amigas de longa data. Da amizade e parceria profissional nasceu o projeto Coleção Brinco e Canto, publicado pela Editora Me-lhoramentos. Elas contam que tudo começou em uma reu-nião de professores. Estavam todos sentados, sérios, discu-tindo os temas das aulas, como era de rotina. Tudo ia como de costume quando um bilhetinho chegou até Maristela, passando de mão em mão. Era de Ana e trazia um convite: “Quer escrever um livro comigo?”. Sem pestanejar, Maristela aceitou. Escreveu rapidamente um “Sim” no papel e devol-veu o torpedo.

Maristela Loureiro é mestre em Música pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) e Ana Tatit é mestre em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina. Trabalharam em dupla na sala de aula diversas vezes, utilizando cantigas de roda sempre que podiam. E foi daí que surgiu a ideia e a necessidade de organizar um material que pudesse oferecer essas brincadei-ras tradicionais para pais, professores e alunos. Montaram um boneco do livro, já com o plano de como ele seria: letra da música, explicação da brincadeira e partitura, além de bordados para ilustrar toda a obra. Desde o início, a ideia era que o livro fosse acompanhado de um CD e um DVD, que dariam um toque a mais e poderiam ser utilizados como ferramentas em sala de aula. Em conversas com a Editora Melhoramentos, resolveram lançar quatro volumes em vez de um, criando, assim, a coleção Brinco e Canto.

Maristela e Ana cuidaram de tudo de perto, desde a seleção das músicas até a produção do material multimídia, no qual envolveu músicos estudiosos da cultura brasileira, como Jonas Tatit, Ari Colares e Gabriel Levy além de cantoras ex-cepcionais como Virgínia Rosa, Ná Ozzetti, Marina Pittier e Socorro Lira e brincantes experientes: Grupo Tiquequê, Gru-po Pererê e Estevão Marques acompanhados de convidados especiais. Para elas, esse cuidado com a produção resulta em um material rico, que estimula o potencial crítico das crianças.

Três livros foram lançados até agora: Brincadeiras Cantadas de Cá e de Lá (2013), Desafios Musicais (2014) e Para os Pe-quenos (2015). O quarto e último volume da coleção, Festas e Danças Brasileiras, já está em produção e será lançado

em 2016. O primeiro livro da coleção, Brincadeiras Canta-das de Cá e de Lá, foi premiado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil com o selo “Altamente Recomendável – FNLIJ 2014 – Produção 2013” e o segundo livro, “Desa-fios Musicais”, foi selecionado pela FNLIJ para representar a produção editorial brasileira na Feira do Livro Infantil de Bolonha (Itália).

Acompanhe a seguir uma entrevista com as autoras.

Qual a importância para vocês de poder ver as brincadeiras e cantigas ganhando de novo as ruas e as escolas?

Ana: Essas brincadeiras nunca pararam, na verdade. A gen-te está reacendendo, sim, mas elas não deixaram nunca de existir. Elas são parte da nossa cultura e são muito importan-tes. Trabalham com aspectos da tradição oral, passando de geração em geração, tendo como foco os jogos com regras, o lúdico, a coordenação, a memória, o afetivo. A gente acre-dita na importância disso e no resgate da cultura da infância e o livro é uma forma de organizar essas brincadeiras que estão por aí e apresentá-las de uma forma bonita para o pú-blico.

E vocês acham que é um momento oportuno para essa re-tomada? Porque essa é uma geração que já nasceu digi-tal, com acesso a muita informação, jogos e equipamentos eletrônicos. Perdeu-se um pouco o laço com o tradicional, com o convívio social.

Maristela: O caso é que [a brincadeira tradicional] não está mais sendo oferecida pra essa geração. Muitas crianças não podem mais brincar na rua. Aí eu costumo dizer que isso é um pouco papel da escola hoje. É um ambiente com pá-tio, uma sala ampla, de convívio social, mais seguro, onde a criança tem os colegas, brinca, se diverte muito e vai desco-brindo novas possibilidades. Nós não vamos negar e achar que o menino não deve brincar com computador e jogui-nhos eletrônicos porque é o universo em que ele vive hoje. Mas a gente também pode oferecer e ampliar esse repertó-rio de conhecimento e saberes que a criança traz. Os jogos tradicionais possibilitam às crianças o desenvolvimento da

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coordenação motora, reflexo, pensamento rápido. Lógico que o computador também pode fazer isso, mas é menos orgânico. Nas brincadeiras coletivas as crianças entram em contato com o outro e são mobilizadas a responder deman-das tão importantes do convívio social como esperar a vez, errar, acertar, lidar com dificuldades, assumir ora o papel principal, ora papéis secundários etc.

E sobre a parte gráfica da coleção? De onde surgiu a ideia dos bordados para ilustrar os livros?

Ana: Eu sou artista plástica e já vinha bordando quando surgiu a ideia do livro. Eu achei que ficaria muito bom e, adequado, ilustrar os livros com os bordados, já que são trabalhos artísticos artesanais cuja estética dialoga com uma imagética que vem em parte do desenho da criança, e em parte da artesania da tradição brasileira. Dou muito valor para essas duas manifestações expressivas. Meu bor-dado é inventado, não tem ponto conhecido, é como se eu desenhasse e pintasse sobre uma tela. Depois da ideia dos livros, comecei a bordar pensando especialmente neles. Também acho que é um diferencial. É um trabalho muito delicado e muito demorado. Tem bordado que eu levo três meses para fazer.

Como vocês imaginam que o professor pode usar esse ma-terial em sala de aula, em quais disciplinas ele pode ser trabalhado? Literatura, artes, música, educação física...

Maristela: Eu não gosto muito de dividir em disciplinas, gosto de pensar a criança como um todo. O professor pode sentir em que momento ele pode aproveitar esse material, ele não é restrito. As propostas dos livros são bem abertas e o professor precisa ser criativo. Por exem-plo: no nosso livro “Desafios Musicais” pensamos na or-ganização rítmica, métrica, com uso de elementos lógicos, como na matemática. Na música, estamos acostumados a fazer isso, dividimos, multiplicamos, somamos, usamos o pensamento matemático para entender a estrutura musi-cal e difundir novas maneiras de ouvir e fazer música. Uma brincadeira que tem um desafio rítmico está trabalhando também com o conceito de espaço e tempo musical. Quer dizer, você está fazendo divisões a todo o momento. Para cantar um cânone é necessário abranger as regras de imi-tação, não pode começar a cantar em qualquer hora, e não é qualquer música que dá certo como cânone. Em outras matérias as brincadeiras são bem empregadas também. As letras das canções podem ser utilizadas como textos e podem ser interpretadas, por exemplo.

Ana: Também não acredito muito na divisão de disciplinas. Naturalmente os professores de música ou das turmas de crianças pequenas vão utilizar mais os livros, mas acho que é para ser usado em qualquer momento em que o profes-sor ache propício, inclusive para dar um tempo às ativida-des mais mecânicas, mais esquematizadas, mais paradas, quando as crianças passam longo tempo sentadas em suas carteiras. Cantar e brincar é bem vindo a qualquer momen-to da vida escolar das crianças: para iniciar o dia, durante as aulas, no recreio, ao término do dia, dentro da sala, no

pátio, com outros grupos, nas festas com os pais etc. Eu sou professora de artes visuais e uso há muito tempo essas brincadeiras. Encontro vários momentos para as brincadei-ras, tanto com crianças, como com jovens e adultos: ou no começo da aula, ou depois de uma aula teórica, ou no in-tervalo, brinco para agrupar, para concentrar a turma, para alegrar, para ensinar, para perpetuar, para falar da nossa cultura, ou porque chove, ou porque faz sol...

Maristela: O professor é criativo, ele estuda, elabora, ele é crítico. Professor não precisa de fórmulas prontas. Ele se comunica com o aluno afetivamente por meio de olhares, de escutas e ações. É importante ter esses momentos não explícitos de diálogo, muitas vezes mais sentimental do que racional. A gente pensa o ser humano como um todo, sem dividi-lo em compartimentos.

Ana: No primeiro livro [Brincadeiras Cantadas de Cá e de Lá], a gente colocou mais brincadeiras de roda e de outros países. Tem africana, tem japonesa, alemã, italiana, france-sa, tem da América Latina, de vários lugares. No segundo [Desafios Musicais], o livro traz muitos desafios rítmicos, de coordenação, do canto, trava-línguas, músicas acumu-lativas, que trabalham com a memória, O terceiro livro [Para os Pequenos] traz canções dirigidas para os menor-zinhos, brincadeiras de mão, de embalar. E o último livro [Festas e Danças Brasileiras] vai falar de festas e rituais que acontecem ao longo do ano. Maracatu, Festa do boi, Festa junina... Às vezes o professor não tem noção da quantidade de conteúdos que estamos trabalhando. Conteúdo cogniti-vo, afetivo, social, brincadeiras que o aluno tem que criar personagem, a exposição, a espera, a hora da vez, a regra. Numa brincadeira tão singela, a gente está trabalhando muito conteúdo.

Maristela: Mas o livro não é só para professor. A criança gosta de assistir ao DVD e escutar o CD.

Ana: E a gente gosta de pensar que o adulto pode brincar com os mais jovens, a criança mais nova com a mais ve-lha... Brincar é para todas as faixas etárias e já pudemos comprovar isso por diversas vezes: a alegria é contagiante quando cantamos e brincamos coletivamente. Eu brinquei muito na infância com essas brincadeiras que estão recolhi-das em nossos livros. Na minha adolescência as brincadei-ras cantadas eram frequentemente utilizadas nos encontros com meu grupo de teatro e nas férias, quando reuníamos muitos jovens e novamente nos divertíamos com os jogos e as brincadeiras rítmicas e cantadas. Depois de adulta, como professora, passei a utilizar todo esse repertório, ou seja, um ciclo que nunca parou na minha vida e, cada vez mais vou aprendendo com outras pessoas novos jeitos de brin-car. É realmente uma delícia!

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Maristela Loureiro é mestre em Música pelo Instituto de Artesda Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho(IA-Unesp), campus de São Paulo. Especialista em CapacitaçãoDocente em Música Brasileira (Universidade Anhembi-Morumbi). Professora do curso de pós-graduação em Linguagens Artísticas Contemporâneas: Ensino/Aprendizagem, da Faculdade Santa Marcelina (FASM-SP). Professora nos cursos de licenciatura e bacharelado em Música, supervisora de estágio de docência,professora de Flauta Doce, Prática de Ensino e EstruturaçãoMusical da FASM-SP. Professora de Flauta Doce, Percepção e Musicalização na Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA-SP). Atua nas redes municipal, estadual e particular, na formação de professores de música do ensino fundamental e infantil. Participa como flautista de grupos de música de câmara.

Ana Tatit é mestre em Artes Plásticas pela Faculdade SantaMarcelina (FASM-SP) e tem licenciatura em Artes Plásticaspela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).Professora de graduação e de pós-graduação em Linguagens Artísticas Contemporâneas: Ensino/Aprendizagem da FASM-SP. Ministra aulas na Faculdade de Pedagogia do Instituto Superiorde Educação de São Paulo – Singularidades. Trabalhou comcrianças e jovens na Escola Municipal de Iniciação Artística(EMIA-SP). Atuou no Programa Escola Que Vale, nos estadosdo Pará, de Minas Gerais, do Maranhão e do Espírito Santo,desenvolvendo oficinas de arte para supervisores, diretores,professores e crianças. Participou de exposições no Paço das Artes, no MAC-Ibirapuera, entre outras. Recebeu o Prêmio Aquisição no XV Salão de Arte Contemporânea na Casa de Cultura de Ribeirão Preto (SP). É autora do livro 300 Propostas de Artes Visuais, em parceria com Maria Silvia Machado.

Lei nº 11.769 de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional esta-

beleceu o ensino de música na

Educação Básica.

Maristela Loureiro

Ana Tatit

Selos informativos

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88 páginas15,5 x 23 cm • brochuraISBN: 978-85-06-07770-2

Temas principaisfolclore, educação musical

Tema transversalpluralidade cultural

Para os Pequenos

Neste novo volume da coleção Brinco e Canto, Ana Tatit e Maristela Loureiro apresentam uma seleção de 43 brincadeiras entre elas canções de ninar, brincadeira de roda, de jogar versos, de mímica, de desafios, todas enraizadas na cultura brasileira, que possibilitam as interações das crianças com seus pares e com o adulto de forma lúdica, afetuosa e repleta de significado, camin-ho promissor no processo de iniciação cultural. O livro acompanha um CD com músicas interpretadas por Marina Pittier, Mônica Olivetti e Julia Pittier, com percussão de Ari Colares e violão de Jonas Tatit. Traz, ainda, um DVD com várias brincadeiras interpretadas pelo Grupo Pererê.

LANÇAMENTO

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88 páginas15,5 x 23 cm • brochuraISBN: 978-85-06-07485-5

Temas principaisfolclore, educação musical

Tema transversalpluralidade cultural

Desafios Musicais

Neste volume da coleção, as autoras apresentam uma seleção de 35 brincadeiras, que estimulam a atividade em grupo das crianças em ambiente familiar, em círculo de amigos ou em sala de aula. O livro acompanha um CD com canções interpretadas por Ná Ozzetti, com percussão de Ari Colares e violão de Jonas Tatit. Traz, ainda, um DVD com várias brincadeiras interpretadas pelo músico e brincante Estêvão Marques e por convidados muito especiais.

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Brincadeiras Cantadasde Cá e de Lá

O volume que inaugura a Coleção Brinco e Canto traz 30 canções com brincadeiras de roda e outras, de diversos países do mundo. O livro acompanha um CD, com 15 canções interpretadas por Virgínia Rosa, acompanhada por Ari Colares na percussão e Jonas Tatit no violão. O Grupo Tiquequê ensina 15 brincadeiras no DVD.

80 páginas15,5 x 23 cm • brochuraISBN: 978-85-06-07347-6

Temas principaisfolclore, educação musical

Tema transversalpluralidade cultural

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