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Folha da Jurema - Informativo do Templo Estrela do Oriente - 1ª Edição/2015 - Ano 3

Folha da Jurema - Informativo do Templo Estrela do Oriente ... · Umbanda Pé no Chão, Ramatis - Norberto Peixoto, editora Conhecimento. MENSAGEM DOS GUIAS Suely Bispo. Folha da

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Folha da Jurema - Informativo do Templo Estrela do Oriente - 1ª Edição/2015 - Ano 3

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Folha da Jurema - Informativo do Templo Estrela do Oriente - 1ª Edição/2015 - Ano 3

Responsáveis pelo projeto:

Flávia BarrosLuis Fernando Barros

Diretor de Redação:Alexandre Bahia

Coordenador:Marcos Zanoni

Colaboradores:Jorge Oswaldo

Rodrigo MoraesGabriel Kauss

Suely BispoRaphaela Caputi

Erika SantosVivian Gama

Viviane RochaLeticia Lobo

Sandra EstrelaAndreza Oliveira

Eurydice Gonzalez

Criação:Rafael Barcelos

Revisão:Marcus Alexander

PALAVRA DA DIRIGENTE

“Quando você entrega a alguém o direito de ser mais importante que você, sua vida está desprotegida”.

Sem estima pessoal sólida, sem autoamor, a aura fica aber-ta às influências da vida. Seu campo vibratório fica com

baixa imunidade, vulnerável às piores situações, atraindo pra si o pior em cada um dos lugares que passa.

Tome conta de todos os seus sentimentos como um patri-mônio de raro valor em sua vida e não permita a ninguém ajuizar sobre o que cada um deles significa para o seu cres-cimento. “Quem constrói autonomia garante a autoridade sobre sua própria vida e dispõe de força moral legítima para ser um motivador do progresso alheio e do bem de todos.”

Pai João de Angola

Texto extraído do Livro: Fala Preto Velho, psicografado pelo Médium - WANDERLEY OLIVEIRA, ditado pelo Es-pirito Pai João de Angola.

Para nossa reflexão.

Uma boa leitura para todos!

Salve a força e a luz da espiritualidade! Salve Pai João! Muito axé para todos!

Mãe Flávia BarrosDirigente espiritual do Templo Estrela do Oriente

TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE

Aos Médiuns de Umbanda

Mediunidade mais “forte”, não é a que “apaga” a mente do medianeiro e sim a que acende a chama do pensamento, amparado pelo aprendizado

constante entre nós, do Além, e vocês, cujos pés estão fincados na Terra.

Portanto, chegou a hora de evoluirmos juntos. Os ponteiros cósmicos do relógio da Justiça Divina indicam que o tempo em que o guia espiritual fazia tudo acabou.

Trecho da mensagem do Caboclo Xangô das Sete Montanhas, do livro Umbanda Pé no Chão, Ramatis - Norberto Peixoto, editora Conhecimento.

MENSAGEM DOS GUIASSuely Bispo

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DEPENDÊNCIA QUÍMICASandra Estrella

Meu nome é Sandra Estrella e, além de eu ser fisioterapeuta, tenho formação como

Conselheira em Dependência Química. Essa formação, para quem não sabe, é aquela que nos habilita auxiliar tanto o paciente dependen-te químico, quanto o familiar ou amigo dele na recuperação da Síndrome da Dependência Quí-mica e da codependência, que é a doença de todo e qualquer familiar ou amigo de dependente quí-mico, que de alguma forma sente que a sua vida foi afetada por essa doença. Como poucos co-nhecem essa formação, preciso dizer que fiz o curso através da ABRAD-Associação Brasileira de álcool e outras drogas, com duração de um ano, onde são ressaltados três principais funda-mentos:

1 - DEPENDÊNCIA QUÍMICA: abrange os aspectos que envolvem a área da Dependência Química, tais como: epidemiologia, fisiologia, aspectos culturais, compulsões, doença na famí-lia, tipos de drogas e farmacologia.

2 - PSICOTERAPIAS: abrange os modelos de tratamento utilizados na Dependência Química, tais como: aconselhamento, grupos de mútua ajuda, teorias psicológicas e internação.

3 - PSICOPATOLOGIA: abrange os aspec-

tos relacionados à psicopatologia dos distúrbios mentais, tais como: comportamentos desviantes, sintomas psiquiátricos e comorbidades.

Falando um pouco mais de mim, preciso dizer que desde 2002, além de eu estudar a res-peito da doença, participo dos Grupos de Nar-A-non (Grupo de familiares dos Narcóticos anôni-mos) e de outros grupos de mútua ajuda, e, em um crescente, percebi o quanto vinha auxiliando pacientes e familiares, ou amigos deles, a supe-rar problemas emocionais, pensamentos inade-quados e comportamentos desajustados que são causados por essas doenças, levando-os à sua recuperação, sempre com muito amor, carinho, dedicação. Como Conselheira que sou, assim que retornei em 2012 de Curitiba para o Rio de Janeiro, cidade na qual residi por 20 anos, senti muito o desejo de realizar um trabalho caritativo aqui no Rio, junto à Umbanda, mas, apesar de eu ser mãe de santo, ainda não tinha, assim como ainda não tenho, um endereço próprio para esse trabalho. Foi quando conheci as pessoas mais incríveis que a espiritualidade, por ventura, re-solveu me apresentar: a Flávia e seu marido Luiz Fernando Barros, dirigentes do Templo Estrela do Oriente - TEO, que, nas suas mais variadas formas caritativas de trabalhar, foram inspirados por suas entidades a abraçar esse projeto junto comigo. Minha alegria foi tão grande que nem

sei explicar com palavras tamanha gratidão. Fi-nalmente, unimos o Terreiro Vovó Cata rina de Angola/RJ (T.U.VO.C.A) - Filhos do Terrei-ro Pai Maneco de Curitiba, o qual eu dirijo na União Espiritista do Brasil, com o Templo Es-trela do Oriente (TEO), dirigido pelos adoráveis Flávia e Luiz Fernando Barros, e, fundamos nas bases do amor e da caridade o Grupo Familiar de Mútua Ajuda Amor Especial do T.U.VO.C.A com o Grupo Familiar de Mútua Ajuda Amor e Esperança do TEO , para continuar essa jorna-da de amor e gratidão. Hoje temos uma semen-te germinando no TEO, mas com certeza daqui mais uns tempos, ela se tornará uma grande e frondosa árvore, capaz de proteger qualquer um que queira esse carinho mútuo, mas saibam: ape-sar de sermos umbandistas e do grupo ter uma sala dentro de um terreiro de umbanda, o Grupo familiar de mútua ajuda não tem nada a ver com a religião da umbanda, e, por isso, está aberto para todos aqueles que necessitam de orientação e tratamento com aconselhamento em depen-dência química, nada mais.

Um grande abraço, e espero sempre poder encontrá-los por aqui na coluna desse Informa-tivo.

Prezados leitores, a reforma íntima é uma das principais, senão a mais importante ferra-

menta para a nossa transformação, visando ao preparo para o que chamamos de Regeneração Planetária. E essa transformação só se torna possível quando começamos a deixar de lado as coisas transitórias relacionadas ao nosso Ego e passamos a olhar para o Todo, respeitando tudo como obra do Criador, fazendo uma sincera au-tocrítica construtiva, visando ao nosso aprimora-mento moral, intelectual e, sobretudo, espiritual. É um trabalho que requer força de vontade, fé, coragem e, acima de tudo, muito amor.

Não podemos amar e respeitar ao próximo como o Mestre maior nos ensinou se não temos a capacidade de amarmos a nós mesmos, com nossa virtudes e defeitos. Utilizar nossas virtu-des para o bem e trabalhar a melhoria de nossos defeitos é fazer a reforma íntima. É um trabalho individual, mas nunca solitário, pois a Espiritua-lidade reconhece os esforços daqueles que, ver-

dadeiramente, buscam essa transformação, colo-cando à disposição destes todas as ferramentas necessárias.

Praticar a caridade para com o próximo, seja de que forma e onde for, é outra forma de evolução, se for feita de forma espontânea e sin-cera, com amor e pureza, sem interesses ou ex-ploração dos que necessitam.

O estudo é outra poderosa ferramenta, pois o conhecimento aplicado com sabedoria nos dá a visão do todo, dos fundamentos e das suas apli-cações para o progresso individual e da humani-dade.

Mas como fazemos para iniciar esse pro-cesso dentro de nós num mundo tão conturbado, onde há tanta falta de amor e caridade?

Se fosse fácil, não estaríamos aqui. Se o Pai Maior nos dá essa oportunidade é porque acredita em nós. Já parou para pensar nisso?

Um abraço fraterno e até a próxima edição.

REFORMA ÍNTIMAAlexandre Bahia

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CASOS E CAUSOS DE UMBANDAMarcos Zanoni

A Mãe de Santo Cacilda de Assis foi um dos médiuns mais polêmicos da história

da religião brasileira, graças ao Exu que lhe assistia. Aos 13 anos de idade recebeu pela primeira vez o “Seu” Sete Rei da Lira, o qual foi assentado em 13 de junho de 1938, aos 15 anos, quando Cacilda recebeu sua iniciação de seu Pai, Benedito Galdino do Congo, em Co-roa Grande, próximo da conhecidíssima Itacu-ruçá, no Rio de Janeiro (local onde funcionou outro importantíssimo terreiro da história das religiões brasileiras). Ela também trabalhava com a Pomba Gira Audara Maria.O Rei da Lira se apresenta como Exu, muito embora suas características originais o liguem mais ao mundo da encantaria, onde é conheci-do como Sete Rei da Lira, José das Sete Liras ou Rei das Sete Liras. Poucos conhecem sua história como encantado, que começa na Ida-de Média e vai até a sua reencarnação no sé-culo dezenove. Na Espanha Medieval, havia um casal: Caio e Zelinda. Caio era um descen-dente de gregos, que tocava e fabricava instru-mentos musicais, especialmente liras. Zelinda era uma bela negra africana, que escondida dos poderosos da época, fazia rituais mági-cos. Tiveram um filho chamado José, que era muito inteligente e tocava instrumentos como ninguém. O garoto herdou do pai o gosto para tocar e fabricar liras, das quais construía 7 di-ferentes modelos. Da mãe herdou os poderes paranormais: curava pessoas doentes, movia objetos com o olhar, tinha sonhos premonitó-rios, via a aura das pessoas etc. Na adolescên-cia, conta a lenda que o garoto passou a incor-porar espíritos enquanto tocava e uma destas almas seria a do bíblico Rei Davi. Por fazer muito sucesso com as mulheres, um marido ciumento entregou-o para os representantes da igreja, acusando José das Sete Liras de bruxa-ria. Foi queimado na fogueira pela Inquisição. A fama do Exu Sete Rei da Lira que baixava em Mãe Cacilda começou a crescer rapida-mente devido à característica inusitada de suas giras - onde todo tipo de música poderia ser cantada e tocada - e no uso impressionante da ingestão de vários litros e litros de “marafo”, além da roupa ritualística bordada em veludo preto, botas, capas e cartola. Quem presenciou a manifestação deste espírito se impressionou com o magnetismo e com a capacidade de mo-vimentação das pessoas que acorriam ao seu templo, em Santíssimo, um bairro do Rio de Janeiro. Corriam as notícias de boca a boca, dos casos de cura de doenças gravíssimas etc. E rapidamente a gira de seu Sete chegou

à marca impressionante de mais de cinco mil pessoas por rito. Compositora e escritora, Mãe Cacilda tinha um programa na Rádio Metro-politana de Inhaúma e o caso é que a fama de seu 7 se espalhou tanto que artistas como Tim Maia, Freddie Mercury e o grupo Kiss estive-ram por lá, sabe-se lá por qual razão, até que um dia alguém foi até o terreiro e desafiou o Exu a baixar em rede nacional. Ao contrário do que se esperava, o seu Sete concordou e foi aí que o “dendê ferveu”!Foi em 1971, incorporada pelo Exu “Seu 7 Rei da Lira”. Cacilda havia transformado os pro-gramas de Chacrinha e Flávio Cavalcanti num verdadeiro ritual de Quimbanda, daqueles mais bravos. Não se questiona aqui a veracidade da presença do Exu naqueles momentos, ou se é válido esse tipo de exposição ou de manifesta-ção em público, mas há a verdade inquestioná-vel de que algum poder realmente tomou conta das pessoas naqueles programas, pois plateia, cantores, assistentes de câmera, seguranças, contrarregras e outros entraram em transe, des-maiaram ou foram “mediunizados” por exus e outras entidades. Inabalável, seu Sete da Lira após “tocar a macumba” no programa de Flá-

vio Cavalcanti, sem desincorporar saiu de car-ro dos estúdios da TV Tupi acompanhado por seus cambonos e foi até os estúdios da Rede Globo no programa do Chacrinha e nem bem entrou no palco, o mesmo fenômeno aconte-ceu: Chacretes, músicos, diretores e outros en-traram em transe.O próprio Chacrinha, o rei da caricatura e da esbórnia ficou sem ação, conforme o relato do professor universitário Paulo Duarte: “(…) me causou espanto, assistir, há dias, àquele espe-táculo de ‘Seu Sete’, apresentado como se fos-se um retrato do Brasil: uma ‘mandingueira’ de cartola e charuto, espargindo cachaça pela multidão em transe, como um sacerdote o faz com água benta. Um adolescente entrou para colaborar, quando foi ‘tomado’ diante da Mãe de Santo. Esta, que já bebera em público largos goles de pinga, esborrifou lhe o rosto com um pouco da bebida, aos efeitos mágicos da qual o moleque voltou à razão em meio ao alvoroço da multidão, sob o patrocínio de um Chacrinha mais inconsciente que legítimo”.Na Censura Federal, centenas de telefonemas de protestos e de narrativas de pessoas que ha-viam entrado em transe em suas casas e entu-

O incrível caso do Exu 7 da Lira

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piram as centrais telefônicas. A Igreja Católica constrangida reuniu sua cúria para debater o problema e a concessão das duas emissoras de TV quase foram suspensas pelo governo, ale-gando a defesa da “moralidade” e dos “bons costumes”. Na verdade, o que podemos con-cluir é que a Umbanda e as religiões afro-bra-sileiras fazem parte de uma parcela do imagi-nário brasileiro - principalmente a Quimbanda - que se for colocada à mostra em sua totali-dade, pode gerar efeitos inesperados no senso comum e padrão das classes sociais e religio-sas acomodadas, pois raramente se viu na his-tória da cultura brasileira a religiosidade das classes subalternas manifestar-se de modo tão espontâneo e incontrolável e ainda, em escala nacional, como foi feito pelo Sr. Exu da Lira e só por ele, sozinho!

Pela primeira vez na história do país, cujo Es-tado e cujas classes dirigentes desfiam ao lon-go dos tempos uma compreensão e narrativa eurocêntrica sobre si mesmos, a sociedade bra-sileira se viu obrigada e se olhar no espelho tão profundamente que não aguentou se ver tão frágil e desnuda frente aos efeitos do trabalho de um Exu Guardião. E as reações subsequen-tes revelaram ainda posicionamentos elitistas arraigados nas velhas estruturas de dominação e da luta de classes no plano das representa-ções simbólicas. Entre o próprio povo do san-to a coisa se dividiu: em conversa com nosso querido amigo, o pai Pedro Miranda, esse nos relatou que certas “cúpulas” umbandistas da época recusaram-se a tentar entender o fenô-meno “da Lira” e também tentaram abafar o caso…

Mas o evento mais grave e interessante aconte-ceria longe, no centro do poder: estavam assis-tindo aos programas o então Presidente Médici e sua esposa Dna. Cyla. Indignado, o General iria tomar algumas “providências” contra Mãe Cacilda, quando, subitamente, ao seu lado, Dna. Cyla, incorporada, dá uma sonora garga-lhada, pede uma rosa, uma champanhe e diz para o Presidente não mexer com quem não podia…

Bastidores do Brasil… bastidores da Kimban-da…

Ao Senhor Sete Rei da Lira: Mojubá Exu!!

UMBANDA E AFRICANISMOMarcos Zanoni

HISTÓRIA DO CANDOMBLÉ:

O Candomblé no Brasil surgiu através da di-áspora negra, ou seja, com a importação

de escravos negros oriundos de diversas cida-des africanas. O Candomblé como conhece-mos hoje no Brasil não existe em outros países, pois devido à união de diversos escravos de di-ferentes regiões numa mesma senzala criou-se a miscigenação de fundamentos dando origem ao nosso Candomblé. Na África, cada região cultua um determinado orixá. No Brasil uma roça de Candomblé cultua vários orixás.

O Candomblé na África é totalmente patriarcal. No Brasil esta religião tornou-se matriarcal com várias mães de santo à frente do conhecimento. Foram através do pulso for-te destas mães que se constituiu o Candomblé brasileiro, preservando tradições africanas. A história mostra que nas primeiras casas de Candomblé no Brasil, homens eram proibidos de entrar no xiré (roda de dança para os ori-xás).

O SURGIMENTO DAS PRIMEIRAS CA-SAS DE CANDOMBLÉ NO BRASIL:

Casa Branca-Engenho VelhoIlê Axé Iya Nassô Oká / Terreiro da Casa

Branca

Casa Branca do Engenho Velho, Socie-dade São Jorge do Engenho Velho ou Ilê Axé Iyá Nassô Oká: É considerada a primeira casa de Candomblé aberta em Salvador, Bahia. “Terreiro da Casa Branca constituído de uma área de aproximadamente 6.800 m2, com as edificações, árvores e principais objetos sagra-dos, situado na Avenida Vasco da Gama s/nº, em Salvador, Bahia”. Texto do tombamento Terreiro Casa Branca, realizado em 14/8/1986 pelo IPHAN.

História Coroa do poste central

A história da Casa Branca do Engenho Velho foi contada na III Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura, realizado em Nova York, pelo representante oficial da Casa Branca, José Abade de Oliveira , Ótun Olu K’otun Jagun.

Ilê Axé Iya Nassô Oká / Terreiro da Casa Branca

No período da escravidão no Brasil,

os negros formavam suas comunidades nos engenhos de cana. Na Bahia, princesas, na

condição de escravas, vindas de Oyó e Keto, fundaram um centro num engenho de cana. Depois se agruparam num local denominado Barroquinha, onde fundaram uma comunidade de Nagô, que segundo historiadores, remonta mais ou menos 300 anos de existência.

Sabe-se que esta comunidade fora fun-dada por três negras africanas cujos nomes são: Adetá ou Iya Detá, Iya Kalá e Iya Nassô. Não se tem certeza de quem plantou o Axé, po-rém o Engenho Velho se chama Ilé Iya Nassô Oká. O Ilé Iya Nassô funcionava numa Roça na Barroquinha, dentro do perímetro urbano de Salvador .

Os africanos que se encontravam ali, lu-gar deserto naquela época, porém próximo ao

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Palácio de sua Real Magestade, tiveram receio da intervenção das autoridades no seu Culto, daí, Iya Nassô resolveu arrendar terras do Engenho Velho do Rio Vermelho de Baixo, no trecho cha-mado Joaquim dos Couros, lugar onde se encon-tra até hoje, estabelecendo aí o primeiro Terreiro de Culto Africano na Bahia.

À Iya Nassô, sucedeu Iya Marcelina (esse foi o conflito que faz nascer o terreiro do gan-tois). Após a morte desta, duas das suas filhas, Maria Júlia da Conceição e Maria Júlia Figueire-do, disputaram a chefia do candomblé, cabendo à Maria Júlia Figueiredo que era a substituta le-gal (Iya Kekeré) tomar a posse de Mãe do Ter-reiro. Maria Júlia da Conceição afastou-se com as demais discidentes e fundaram outra Ilé Axé, o (Terreiro do Gantois).

Substituiu Maria Júlia Figueiredo na dire-ção do Engenho Velho, a Mãe Sussu (Ursulina de Figueiredo). Com a sua morte nova divergên-cia foi criada entre suas filhas, Sinhá Antônia, substituta legal de Sussu, por motivos superiores não podia tomar a chefia do Candomblé, em con-sequência o lugar de Mãe foi ocupado por Tia Massi (Maximiana Maria da Conceição).

Vencendo o partido da Ordem, os dissiden-tes inconformados fundaram então uma outra Ilé Axé, o ( Opó Afonjá ). Talvez seja oportuno abrir um parêntese. O explanador é sobrinho de Sinhá Antonia e Ogan de Oxaguian da Tia Massi.

Maximiana Maria da Conceição, Tia Mas-si foi sucedida por Maria Deolinda , Mãe Oké . A direção sacerdotal do Engenho Velho foi pos-teriormente confiada à Marieta Vitória Cardoso, Oxum Niké, recentemente desaparecida. Atual-mente, assumiu a chefia da Casa, a Iya Lorixá Altamira Cecília dos Santos, filha legítima de Maria Deolinda.

O TerreiroPoste central do barracão

O Terreiro é de Oxossi e o Templo princi-pal é de Xangô. O Barracão que tem o nome de Casa Branca é uma edificação alongada com vá-rias divisões internas que encerram residências das principais pessoas do Terreiro, como tam-bém espaços reservados aos quartos de Orixás, quarto de Axé, Salão onde se realizam as festas públicas, bem como a cozinha onde se preparam as comidas sagradas. Uma bandeira branca has-teada no Terreiro indica o caráter sagrado des-te espaço. No telhado do Barracão, símbolos de Xangô identificam o Patrono do Templo. O terreno fica situado numa encosta que se esten-de até uma cota de 30.00m com declividade de 30%, no lado direito da atual Avenida da Gama, no sentido de progressão para o Rio Vermelho, entre as Ladeiras Manoel do Bonfim e do Bogun, na Unidade Espacial C-5 em Salvador - Bahia. Ocupa uma área de 6.000m². Tem como endere-ço, Av. Vasco da Gama, 463. Em redor do Barra-cão existem várias casas de Orixás.

Situação atual

No início, as atividades do Ilé Axé so-freram perseguições da Sociedade e por parte

da Polícia. Já no período da República, o Can-domblé fora proibido de exercer as suas ativi-dades e os Terreiros ficaram subjugados à De-legacia de Jogos, Entorpecentes e Lenocínio. Hoje, porém a situação é diferente. Existe na Prefeitura de Salvador, o Projeto MAMNBA da Pró-memória, sob a direção do Antropólogo Ordep José Trindade Serra, cujo objetivo é pro-ceder ao Mapeamento de Sítios e Monumentos Religiosos Negros na Bahia.

Em 14 de junho do corrente ano, o Minis-tério da Cultura, a Prefeitura Municipal de Sal-vador e o Ministério das Relações Exteriores, em conjunto lançaram oito postais sobre a Ilé Axé Iya Nassô Oká e a revista do Patrimônio Histó-rico e Artístico Nacional publicou - A Coroa de Xangô no Terreiro da Casa Branca - em separa-ta do número 21/1986. Chegou então a hora da proteção a todos os Terreiros de Candomblé do Estado. Língua Yorubá nos Currículos de 1º e 2º graus.

Diante da solicitação da Sociedade Be-neficente São Jorge do Engenho Velho, confor-me fundamentação e comprovação firmada pelo presidente, Sr. Antonio Agnelo Pereira, cultor de etnografia afro e diplomado em Língua Yorubá pelo Centro de Estudos Afro Orientais da Uni-versidade Federal da Bahia, o Conselho Estadual de Educação aprovou introdução da Língua Yo-rubá nos Currículos de 1º e 2º Graus nos Colé-gios de Rêde de Ensino do Estado.

O Ilé Axé Iya Nassô é o 1º Templo de Culto Religioso Negro no Brasil - Casa Branca do

Engenho Velho.

É o primeiro Monumento Negro consi-derado Patrimônio Histórico do Brasil desde o dia 31 de maio de 1984 (Tombamento do Terrei-ro do Engenho Velho). Antes disso, em 1982, o Terreiro já havia sido tombado como Patrimônio da Cidade do Salvador 1ª Capital do Brasil. Em 1985 o Terreiro do Engenho Velho foi conside-rado Axé Especial de preservação Cultural do Município de Salvador.

A Sociedade São Jorge do Engenho Ve-

lho, representante legal da Comunidade do Ilé Axé Iya Nassô Oká foi considerada de utilida-de pública Municipal e Estadual. É Membro do Conselho Geral do Memorial Zumbi. Atualmen-te está feito o Plano de preservação do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho e prepara-se o Projeto de Recuperação da área em convênio com o Ministério da Cultura e a Prefeitura Mu-nicipal do Salvador.

O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, mais antigo do Brasil, tem como Iyalori-xá a Venerável Altamira Cecília dos Santos, se-cundada pelas veneráveis Iya Kekeré Juliana da Silva Baraúna e Otun Iya Kekeré Areonite Con-ceição Chagas. Possui um vasto Colégio Sacer-dotal composto pelas Iya bomin, Ogans e Olos-sés, além de muitas Iyaôs e Abians. Deu origem a inúmeros Templos Afro-Brasileiros.

Em nome da Iyalorixá e de todo o Corpo sacerdotal do Terreiro, transmitimos nossas sau-dações aos irmãos negros dos Estados Unidos e de todo o Mundo, em primeiro lugar. Abraçamos também os Povos e Nações existentes no Conti-nente Americano e todos os Homens de boa von-tade pela Paz e Igualdade de todos.

Continua na próxima Edição...

Texto extraído do site: ::Casa de Candomblé Ile Axe Efon Ode Oju Okan ::

Av.Dom Pedro I nº 1976 - Balneário Itaguai -Mongaguá -SP

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No Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, comentado por Cláudio Da-

masceno Ferreira Junior, página 140, encontra-mos no Título Instruções dos Espíritos, A Lei do Amor, pelo Espírito Lázaro, em 1862, em Paris. Desse texto, podemos resumir:

Nas primeiras reencarnações os homens possuem apenas instintos. À medida que vai re-encarnando, aumenta o convívio com outros ho-mens e avança na escala de evolução, passa a ter sensações e quando se instrui mais, consegue se purificar e adquire, então, sentimentos.

Os sentimentos são, então, os instintos que vão se aprimorando à medida que o Espírito evo-lui. E, entre todos os sentimentos, o mais nobre e evoluído de todos é o Amor. Mas, o Amor inte-rior que reúne todas as formas de expressão de-senvolvida pela alma humana. O Amor por tudo e por todos. O Amor por Deus, pela vida, pela natureza, pelas pessoas, pelos inimigos de hoje, futuros amigos fraternos do amanhã. O Amor

pelos desvalidos e sofredores. O Amor transfor-mado na generosidade para com o outro, na to-lerância pelas diferenças religiosas, culturais, de gênero ou qualquer outra.

Feliz daquele que ama sem restrições, pois, não fica algemado à angustia e sofrimento, nem da alma, nem do corpo físico.

Aquele que não sabe amar a tudo e a todos está impregnado de instintos. Está mais próximo das primeiras e primitivas reencarnações, isto é, mais próximo do ponto de início, do que do pon-to de chegada de todos nós, quando nos tornare-mos pela evolução espiritual máxima para esse estágio, Anjos do Senhor.

Não haverá progresso espiritual sem o sen-timento mais nobre e a maior força do Universo: O Amor.

Então, para não ficar doente seriamente, do corpo e da alma, ame intensamente, a tudo e a todos.

Que Deus seja louvado, sempre.

A MENSAGEM DO EVANGELHOJorge Oswaldo

Conseguindo a Iluminação

O seu constante lamento me lembra de uma certa históriaDe alguém que nunca chega a tempo e sempre perde a hora Pois as suas reclamações fazem você ficar sempre por foraAo invés de aprender o que a vida quer lhe dar aqui e agora

Reclamar é uma forma pouca inteligente de aprender a viverTraz as energias negativ as para tudo de ruim poder revolverDeixando você bem distante de tudo de bom a lhe envolverPois a energia que emana de você a vida só faz lhe devolver

Só os bons pensamentos e ações podem trazer a pura felicidade Agindo assim o universo conspira a seu favor com intensidadePermitindo que você prove da beleza da vida com veracidadeTornando você um ser iluminado e isento de qualquer maldade

Precisa pensar por quais caminhos você gostaria de atravessar A escolha ruim pode lhe não permitir os problemas ultrapassarObrigando a você correr contra o tempo e ter que se apressarPois as energias ruins podem todos os seus belos sonhos amassar

Fazer da vida a sua melhor parceira lhe dará uma nova dimensãoPois ela permitirá a você conhecer sempre uma grande revelaçãoMostrando-lhe grandes segredos sem qualquer tipo de contestaçãoComo doces presentes para um novo ser que conseguiu a iluminação

FALANDO AO CORAÇÃOJorge Oswaldo

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SAÚDE E ESPIRITUALIDADEErika Santos

Início de ano sempre nos remete a mudanças e planos, queremos mudar de vida, de casa, de

trabalho, emagrecer... Essa sensação de recome-ço e de ter uma nova oportunidade nos dá ânimo e energia, além de ser um bálsamo curador que envolve nosso organismo com energias benéfi-cas. Só que de nada adianta todas essas boas vi-brações se não mudarmos de hábitos e atitudes.

Todos nós queremos e precisamos de mu-danças e as planejamos em nossas vidas, porém, acabamos muitas vezes sem perceber repetindo antigos padrões de comportamentos inadequa-dos, que nos prendem ao nosso passado e nos levam a repetir atitudes de forma quase incons-ciente, dirigindo nossos passos para os mesmos erros de outras vidas.

Toda mudança, por mais que seja pra me-lhor, requer que façamos primeiro uma reflexão de como temos tratado o nosso corpo e nossa mente. Não podemos nos esquecer que o corpo é a morada provisória do nosso espirito e que de-vemos cuidar dele com todo zelo, já que nos foi emprestado pelo nosso misericordioso Criador.

No livro Nosso Lar psicografado por Chi-co Xavier, o assistente Lísias, conversando com André Luiz sobre a decisão individual que nos leva ao superior ou ao inferior do que existe em nós, o nobre amigo resume em uma frase, aquele que poderia ser para todos nós, o lema desse ano que começa: - Cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos.

Sendo assim, nessa edição iremos falar so-bre tudo o que entra pela nossa boca, ou seja, vamos falar de ALIMENTAÇÃO. Mas porque algo tão material como a comida, é tão impor-tante para o nosso corpo e para o nosso espírito?

Então vamos lá, começando pela nossa saúde física, tudo que consumimos em excesso, prejudica nosso organismo, excessos de todos os tipos são praticados por nós diariamente, muito sal, muito açúcar, muitos alimentos gordurosos, falta de atividade física, o que nos leva a obe-sidade; a má alimentação traz para o nosso or-ganismo doenças muitas vezes incuráveis como: hipertensão arterial, diabetes, problemas cardía-cos, entre outros. Hábitos inadequados como o excesso de bebida alcoólica e o fumo, também contribuem e muito para degradação da nossa saúde física, podendo nos levar à morte.

Não devemos esquecer, em se tratando de espiritualidade, que o ser humano só é pleno quando espírito e matéria estão em equilíbrio, sendo assim devemos evitar todo o tipo de ex-cesso, tanto do que entra pela nossa boca, como

do que sai. Palavras mal ditas, pensamentos inadequados, desejo de vingança, destempero e ofensas são comportamentos que prejudicam nossa vida espiritual e atrai para perto de nós, energias de baixa vibração, prejudicando muitas vezes, nossa saúde física também. As palavras que saem da nossa boca são importante veículo, que leva tanto a cura e o consolo quanto a dor. A Bíblia diz: “a boca fala do que o coração está cheio”.

Para você que deseja estar bem consigo mesmo, com sua saúde, com sua espiritualidade, deve aprender a encarar sua vida, cada problema, cada situação de tensão, de maneira única e iso-lada, um de cada vez, porque uma das causas da compulsão e do desequilíbrio emocional é a falta de capacidade de isolar e encarar um problema por vez; isso nos leva a perder a capacidade de frear os nossos impulsos, sejam eles alimentares ou emocionais.

Assim, conseguiremos o equilíbrio neces-sário para manter a nossa saúde física e espiritu-al, e talvez esse seja o primeiro passo de grandes mudanças necessárias para nos tornarmos pesso-as mais saudáveis do corpo e da alma.

Para quem quer começar a mudança ali-mentando-se melhor, seguem algumas dicas:

1. Aumente e varie o consumo de frutas.2. Coma feijão pelo menos 1 vez ao dia. 3. Reduza o consumo de sal. 4. Reduza o consumo de alimentos gor-durosos.5.Faça pelo menos 4 refeições por dia6. Mantenha o seu peso dentro dos limites saudáveis 7. Consuma com moderação alimentos ri-cos em açúcar8. Aprecie sua refeição e coma devagar. 9. Beba água.10. Seja ativo. Acumule pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias. Caminhe pelo seu bairro, suba escadas, jogue bola, dance, enfim, mexa-se.

Então falando sobre alimentação a pala-vra de ordem é EQUILÍBRIO, NEM EXCESSO NEM FALTA; agindo dessa maneira conseguire-mos nos nutrir adequadamente com o necessário para vivermos de maneira saudável e feliz!!!

Até a próxima coluna.Fiquem com Deus!!

CONSTRUINDO UM 2015 MAIS SAUDÁVEL PARA O CORPO E PARA O ESPÍRITO

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A HISTÓRIA DA UMBANDA E SUA EVOLUÇÃORodrigo Moraes

O Mito de Anunciação da Umbanda – Parte I

Com sua pluralidade racial e cultural, o Brasil se apresenta como um país ímpar. A coexis-

tência de variados olhares e sentimentos reafir-mam a sua função como sendo, de acordo com muitos, o “lar do Evangelho”. E desta forma, a espiritualidade encontrou aqui um ótimo local para nos apresentar uma “nova” (mas antiga) re-ligião: a Umbanda.

Plasmada por Zambi (Deus) durante a cria-ção do Universo, ela possui uma história pecu-liar, principalmente quando se trata de religião. Como tudo é meticulosamente organizado pelos nossos irmãos do astral, a Umbanda surge no início do século XX, momento importantíssimo para o país. O país recentemente havia abolido a escravatura, proclamado a República e passa-va por modificações sociais e estruturais, com o objetivo de se firmar como um país autônomo e desenvolvido. Um sentimento de nacionalismo imperava pelos grandes centros urbanos (prin-cipalmente Rio de Janeiro e São Paulo), procu-rando afirmar a sua identidade. E foi exatamente esta identidade formada pela influência de várias culturas que foi utilizada pela espiritualidade para a apresentação da Umbanda. A presença dos negros provenientes do tráfico negreiro, dos caboclos que já viviam no país antes do desco-brimento, da fé católica herdada dos portugue-ses e da presença dos grupos de estudos espíritas (através da decodificação do francês Allan Kar-dec) foi fundamental para a identificação e for-mação dos arquétipos da religião. Apesar de já existirem relatos na literatura citando a presen-ça de trabalhos de espíritos de negros através de médiuns (pessoas que servem como canais com os desencarnados) já no século XIX, foi somente o ano de 1908 que se instituiu como um marco inicial da Umbanda e o médium escolhido como o “aparelho” para propagar a palavra divina foi

um homem chamado Zélio Fernandino de Mo-raes.

Nascido no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro, e residente no distrito de Neves, aos 17 anos começou a apresentar alguns dis-túrbios ditos como psiquiátricos. Segundo José Henrique Motta de Oliveira no seu livro Das Macumbas à Umbanda: Uma análise histórica da construção de uma religião brasileira (Editora do Conhecimento), após passar por exames psiquiá-tricos e por exorcismos que nada resolveram, foi somente a partir de uma benzedeira que a família de Zélio pôde começar a encontrar as respostas para o que estava acontecendo com o rapaz. Foi--lhe indicado desenvolver a sua mediunidade e a prática da caridade. Ronaldo Antonio Linares em seu livro Iniciação à Umbanda (Madras) já cita a benzedeira como sendo um “aparelho” do espírito que se intitulava Tio Antonio. No dia 15 de Novembro de 1908, Zélio foi encaminhado por um amigo de seu pai à Federação Espírita de Niterói. Convidado a participar da sessão, senta--se à mesa e, de súbito, levanta-se e diz: “Aqui está faltando uma flor!” Dirigiu-se ao jardim e retornou, colocando-a sobre a mesa, ao mesmo tempo em que vários espíritos de caboclos e ne-gros (pretos-velhos) começaram a se manifes-tar nos médiuns. José de Souza, presidente da Federação, achou um absurdo tudo aquilo e os convidou para se retirarem dali, haja visto o seu “atraso espiritual”. À mesa encontrava-se um médium vidente (aquele que possui capacida-de de ver os espíritos) que indagou à entidade que se expressava através de Zélio o porquê dela falar daquele modo, pois via nela vestes de um padre jesuíta. Respondendo à pergunta, o espí-rito diz que havia sido, em outra reencarnação, um padre português chamado Gabriel Malagri-da, morto pela Inquisição em 1775, em Lisboa, Portugal. E continua: “(...) se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que

amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios po-derão dar sua mensagem e, assim, cumprir a mis-são que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja Caboclo das Sete Encruzi-lhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim.” E segue: “Venho trazer a Umbanda, uma religião que harmonizará as famílias e que há de perdurar até o fim dos tempos.”

Neste cenário observamos que o homem, mesmo possuindo algum esclarecimento, muitas vezes ainda deturpa as mensagens que recebe. Apesar de o grupo espírita estudar os ensina-mentos do Evangelho Segundo o Espiritismo, para eles um espírito evoluído só poderia se apresentar nas reuniões mediúnicas caso tives-se sido alguém importante em outra encarnação, pois as elites do poder da época ainda tinham as mãos sujas de sangue devido ao trabalho escra-vo nas fazendas e acreditavam que os espíritos de negros e caboclos seriam pouco evoluídos. O preconceito, uma das mazelas do homem, predo-minou naquele momento. Como a espiritualida-de é sábia, ela levou ao pé-da-letra o ditado: “Se a vida te der limões, faça uma limonada!” E essa limonada veio abençoada com muito Axé!

Que possamos seguir o Caminhar da Um-

banda!

Muito Axé a todos!!

Curiosidades Históricas: Durante as suas primeiras manifestações mediúnicas, Zélio Fernandino de Moraes foi, a princípio, acometido por uma paralisia que o conservou na cama por vários dias. Ao se levantar, curado inexplicavel-mente, passou a ter um comportamento estranho. Andava aos pulos pela casa, na postura de um felino, para depois, aos resmungos, tomar o jeito de um velho, todo curvado.(Umbanda, Essa Desconhecida. Autor: Roger Feraudy. Editora do Conhecimento)

O Caminhar da Umbanda – A História de uma Religião

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ÉTICA E COMPORTAMENTOAlexandre Bahia

Prezados leitores, para poder se falar sobre ética e comportamento, é preciso que enten-

damos bem o conceito do que é ético: Significa tudo aquilo que está relacionado com o compor-tamento moral do ser humano e sua postura no meio social. Ético refere-se à Ética, uma parte da filosofia que estuda os princípios morais que orientam a conduta humana. Mediante uma es-colha que possa afetar terceiros, a ética funciona como um juiz que irá avaliar a escolha feita por cada pessoa. Um dilema ético surge quando há necessidade de se fazer uma escolha difícil, de-sagradável e que implica um princípio moral.

A moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade. O termo tem origem no Latim “morales” cujo significado é “relativo aos costumes”.

As regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas, sendo uma palavra re-lacionada com a moralidade e com os bons cos-tumes. Está associada aos valores e convenções estabelecidos coletivamente por cada cultura ou por cada sociedade a partir da consciência indi-vidual, que distingue o bem do mal, ou a violên-cia dos atos de paz e harmonia.

Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, etc., determi-nam o sentido moral de cada indivíduo. São va-lores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis e harmoniosas.

A moral orienta o comportamento do ho-mem diante das normas instituídas pela socieda-de ou por determinado grupo social. Diferencia--se da ética no sentido de que esta tende a julgar o comportamento moral de cada indivíduo no seu meio. No entanto, ambas buscam o bem-es-tar social.

Portanto, tanto a questão da moral e a ques-tão ética, principalmente, devem estar inseridas nas nossas mentes e devem ser as diretrizes para nossa postura, tanto na parte material como nos nossos trabalhos espirituais.

No Movimento Umbandista, como em outros segmentos religiosos, há uma pluralida-de de ideias, de ideais, uma heterogeneidade de interesses em relação à religião. Existem aqueles que apenas servem-se ou tentam servir-se da re-ligião para seus próprios interesses. Não escla-recem nem difundem os sublimes ensinamentos e metas do astral superior; pregam ritualísticas sem base moral, sem fundamento; sustentam-se materialmente do que praticam; fazem dos ter-reiros de Umbanda seu ganha-pão diário, como se fosse uma empresa comercial; não discutem abertamente os problemas na religião, porque, se discutirem, colocarão sob avaliação suas condu-tas distorcidas e eivadas de máculas.

Outros mais corajosos e comprometidos com o aperfeiçoamento daqueles que militam na seara umbandista, estão sempre a comentar e orientar outros irmãos quanto aos fenômenos negativos que ora se apresentam, mostrando o

caminho diante das mazelas emergentes. A ética, por exemplo, conjunto de princípios e deveres morais que o homem tem para com Deus e so-ciedade, é fator que deve preponderar em qual-quer pessoa que queira ver a Umbanda fortale-cer-se moralmente, intelectualmente. Para que tal progresso ocorra é preciso, inexoravelmente, trazermos à tona os focos destoantes de compor-tamento. A partir daí, veremos melhor quem são aqueles realmente comprometidos com as dire-trizes de Oxalá. Visualizaremos também outros tantos que estão somente preocupados em sedi-mentar a obscuridade, a confusão, a permissivi-dade.

Os verdadeiros umbandistas não temem discutir os aspectos subjetivos e materiais da re-ligião, pois são sabedores que tal ação só melho-rará a nossa religião, fazendo com que no futuro tenhamos um Movimento Umbandista melhor, mais moralizado, mais elevado, de melhores mé-diuns e assistentes.

Quanto àqueles que insistem em esconder os problemas na religião, fazem-no porque, ocul-tando os focos destoantes, estarão camuflando as aberrações ético-morais de si mesmos, contami-nados que estão de condutas que os costumes, o caráter e a honestidade sempre repeliram e repe-lirão.

Para estes, só a misericórdia de Deus.

Saravá Umbanda !!!

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ESPAÇO MIRUAGabriel Kauss

I) Como tudo começou ?

A origem do Movimento Intra Religioso Um-bandistas do Amanhã- MIRUA veio através

das mensagens do Mestre Tranca Rua da Almas.

“...Desde o início dos tempos e até os úl-timos dias, a religião de Umbanda continuará cumprindo o seu caminho...”

“...Os filhos de Umbanda terão grande im-portância até que seja dia perfeito...”

“...Valorizem somente a essência e nunca mencionem as formas...”

“...Chegará o dia em que retornaremos para resgatar aqueles, cujos corações não ouvi-ram a canção dos Orixás, já então com este mo-vimento consolidado...”

Laroiê, Exu Tranca Ruas das Almas

II) O que é o MIRUA? E quando ele nasceu?

O MOVIMENTO “INTRA-RELIGIOSO” UMBANDISTAS DO AMANHÃ – (MIRUA) nasceu em 01 de maio de 2013, trazendo entre suas propostas, estimular o crescimento da reli-gião de UMBANDA, fomentando o surgimento de novos TEMPLOS; colaborar para a união dos TERREIROS que já se encontram desenvolven-do os sagrados trabalhos fraternos para os quais foram idealizados, “exclusivamente” através da “ESSÊNCIA DIVINA (OXALÁ)” em detri-mento das formas; propor um constante debate “FRATERNO” acerca das soluções dos desafios comuns às CASAS DE AXÉ, aproximando as di-versas correntes do segmento, visando à troca de

ideias e experiências na gestão dos TEMPLOS;” Demonstrar a necessidade de uma constante evo-lução intelectual e moral dos irmãos líderes das mais variadas escolas Umbandistas e, como con-sequência, das comunidades de terreiros, visan-do à difusão da sagrada mensagem da religião de Umbanda aos irmãos planetários, colaborando para o irreversível “PROCESSO DE REGENE-RAÇÃO” para o qual fomos convocados. Para atingirmos estes e outros objetivos, contamos com as parcerias dos “IRMÃOS DIRIGENTES ESPIRITUAIS” das diversas escolas Umbandis-tas e que comunguem com os mesmos ideais, além da participação de suas respectivas institui-ções. Para tanto, convidamos a (o) irmã (o) líder Espiritual e/ou os dirigentes de instituições que os representem, a caminharem rumo a uma Um-banda forte, unida e organizada, se constituindo uma concreta alternativa de luz para as futuras gerações que reencarnarão na Terra Regenerada.

III) DEPOIMENTO

O MIRUA surge a partir de uma cons-cientização de que o papel da Umbanda é fun-damental neste momento em que o planeta pas-sa de “provas e expiações para a regeneração”, obrigando que promovêssemos iniciativas no sentido de levarmos a mensagem transformado-ra da espiritualidade aos corações enfermos das nossas comunidades de Axé e ainda trabalhásse-mos para prover, não só a subsistência das Casas que hoje desenvolvem o trabalho fraterno, como também o fomento para o surgimento de novos pontos de luz.

Depoimento dos Tarefeiros do MIRUA e Dirigentes do Templo Estrela do Oriente, Luis Fernando e Flávia Barros

IV) Significado da Logomarca

Quando nos foi orientado pela espirituali-dade a necessidade do Movimento, logo tínha-mos que elaborar, criar uma logomarca para este movimento; foi quando, sempre intuído pela Es-piritualidade, o nosso Irmão, Dirigente do TEO e Tarefeiro Luis Fernando recebeu no seu mental esta sagrada imagem:

A pomba branca ao centro representando Oxalá; Os Umbandistas de mãos dadas pratican-do a união com as casas, e o Sol (Raios Solares) representando a mensagem Regeneradora do MIRUA

A reunião do MIRUA terá seu reinício no dia 24/02/2015, às 19:3, nas dependências do TEO.

Projeto “Muito Prazer” (1º domingo de cada mês – a partir de maio/2015): Um encontro por mês, das 10:00 às 12:30 horas, acontecendo o primei-ro na sede da UEUB e os demais nas diversas Casas de Umbanda, cujos dirigentes se disponibilizarem a permitir o referido encontro. Os temas serão variados, abordando através de debates a essência da religião de Umbanda, a administração e legalização dos Templos, assim como seus desafios e perspectivas a curto, médio e longo prazos.

Projeto “NAVE MÃE”: Evidenciaremos a fundação da ASSOCIAÇÃO DOS TEMPLOS DE UMBANDA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (ATUERJ). Trata-se de uma instituição que trás em seu princípio basilar o crescimento da religião de Umbanda.

Próxim evento do Mirua será no dia 01/05/2015, onde o Movimento estará comemorando seu aniversário e completando 2 anos. Para maiores informaões acessar o site www.mirua.com.br.

Atenção Prezado Leitor!

Na próxima edição teremos o nosso Irmão Jorge Oswaldo, Tarefeiro do MIRUA e médium do TEO, dando seu depoimento sobre o MIRUA, e falando também dos encontros realizados e a importância deste movimento no que tange à transição planetária do mundo de provas e expiações para o mundo de regeneração. A união do movimento Umbandista só será possível através do estudo, pois o conhecimento nos faz valorizar a essência em detrimento das formas.”

PRÓXIMOS EVENTOS DO MIRUA

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ENTREVISTASRaphaela Caputi

Quando e como conheceu o TEO?Uma pessoa amiga estava atravessando

uma fase de saúde bem difícil. Uma das Mé-diuns do TEO, que à época era sua professora da faculdade, convidou-a a se tratar no TEO. Eu fui junto, como acompanhante. Isso ocorreu há cerca de 4 anos. Nunca mais saí de lá.

O curioso é que já tinha ido antes a várias outras instituições espíritas, pois, o centro um-bandista que eu frequentava, que era na casa de minha irmã, fechou após o seu falecimento.

Nenhuma dessas outras casas espíritas que visitei “tocaram” a minha alma, embora sejam instituições sérias e louváveis. Mas, quando che-guei ao TEO, as energias sentidas foram intensas e vibrantes. Ficou claro que era ali o meu espaço de aprendizado espírita.

Quando sentiu vontade de entrar para a Fa-mília TEO?

Como em toda Casa Espírita séria, sempre há muita coisa para se fazer e ajudar. Há sem-pre necessidades de ordem material, pois, nessas casas abundantes em luz espiritual, as carências financeiras e de infraestrutura são sempre enor-mes. Os Dirigentes fazem quase milagres para mantê-las funcionando.

Então, como essa parte de engenharia é meu trabalho e, junto com nosso Irmão Jefferson Duraes do TEO, começamos a fazer várias obras que tornaram as instalações dessa Casa de Luz mais adequadas às suas demandas de caridade.

E, cada vez mais fui me envolvendo. Co-mecei a perceber que ali também possuía um grupo de pessoas e de médiuns que externavam muitos valores semelhantes aos meus em relação à doutrina umbandista. Nesse momento, senti vontade de estar junto dessas pessoas, participar de suas ideias e de suas tarefas. Esse grupamento de pessoas, amadas por mim, chama-se Família TEO, onde fui muito bem recebido pela genero-sidade dos corações desses meus Irmãos.

Qual foi o fator determinante que lhe fez se unir à religião de Umbanda?

Essa é uma pergunta bem interessante. A

origem religiosa de minha família é o catolicis-mo. Vivi até a idade adulta dentro dessa religião. Porém, chegou um momento em que o catoli-cismo não me respondia de forma concreta há muitas indagações existenciais e que, para mim, eram fundamentais, tais como: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Por que estou feliz ou triste? Por que estou sofrendo? Por que uns são tão pobres e outros nascem em berços de ouro? E muitas outras.

Com todo respeito aos nossos Irmãos cató-licos, pois, cada um pratica a religião conforme o nível de entendimento sobre a vida, as respostas que me foram dadas não eram aceitáveis. Algu-mas respostas sequer me deram, pois, nem eles mesmo sabiam o porquê.

Por outro lado, talvez pela formação inicial católica, eu tinha PAVOR (grifo meu) do espiri-tismo. Enquanto minha irmã estava viva, sempre me dava recado das Entidades Espirituais que lá trabalhavam em seu Centro Umbandista para que eu fosse a uma Gira. Perdi a conta das vezes que eu disse não.

Um dia (dia abençoado), não me lembro da razão, resolvi ir. Pediram-me para levar uma vela vermelha, de Ogum.

Ao acendê-la no terreiro, a vela começou a “estalar” sem parar e acabei deitado no chão, sem controle, quase desfalecido. Foi uma expe-riência que nunca tinha tido. Absolutamente in-crível.

Pronto. Apaixonei-me pela Umbanda. Nunca perdi uma Gira naquele Centro depois isso. A doutrina era intensa e tive todas as res-postas existenciais que necessitava.

Hoje, a Umbanda é o meu “néctar espiri-tual”. A sua doutrina me alimenta de paz, alegria e felicidade. Sou outra pessoa, principalmente, após a Umbanda ter me mostrado que sou, ain-da, um ser muito imperfeito. Mas, que serei, um dia, um Anjo do Senhor (daqui há alguns bilhões de anos), pois isso só depende de meus esforços morais e da quantidade de amor que posso co-locar no meu coração. A isso, também se pode chamar de esperança, sentimento sempre presen-te nas práticas umbandistas.

Sem a doutrina da Umbanda não conse-guiria suportar tantas dificuldades e sofrimentos que tive em passado recente. Estive sete vezes num CTI - Centro de Tratamento Intensivo. Não sabia se iria ou não sobreviver aos problemas de saúde e acidente de carro. Muitas vezes, antes de dormir, ficava imaginando onde acordaria: no Plano Terra ou no Plano Astral. Só quem passa por esses momentos sabe o que é vencer a dor e a solidão. Sobrevivi a todas. E, sem quaisquer sequelas.

Nesses momentos, a doutrina umbandista foi fundamental para superar essas enormes di-ficuldades através da fé, da esperança e da paz.

Não saberia, nos dias de hoje, viver em paz sem os valores da Umbanda.

Desejo que todos possam, um dia, conhe-cer a doutrina dessa religião sagrada. Serão seres mais felizes e fraternos, com certeza.

O que você espera de sua caminhada espiri-tual?

Evolução espiritual. Esse é o objetivo maior de toda reencarnação. Errar, cair, apren-der, levantar e avançar espiritualmente sempre. Evoluir sem parar através da Reforma Íntima a qual nos permite identificar e corrigir as nossas imperfeições morais.

Qual a importância do estudo dentro da Um-banda?

A evolução espiritual possui duas grandes vertentes. A vertente moral e a intelectual. So-madas ou juntas, são elas que nos fazem evoluir espiritualmente. Isto é, nossa evolução espiritual depende do quanto avançamos nas questões mo-rais e intelectuais.

O estudo eleva a componente intelectual, através da busca de informações que, depois de pensadas e refletidas, viram conhecimentos os quais, utilizados em benefícios de todos, viram diferentes graus de sabedoria.

Então, o estudo dentro da Umbanda é fun-damental para que o praticante possa ter con-dições de maior evolução espiritual, de ganhar mais luz em sua jornada terrena. E, maior evo-

Quando fui chamada para participar deste Informativo, na coluna de entrevistas, senti-me honrada e ao mesmo tempo com medo, afinal, é

a primeira vez que faço esse tipo de trabalho e nem sabia por onde come-çar. Então resolvi enfrentar e fazer algo totalmente fora da minha rotina e aceitei esse desafio, que estou amando realizar!

E para começar com o pé direito, tinha que fazer uma entrevista com uma pessoa muito querida por todos aqui no TEO e que pudesse deixar al-gum aprendizado. Mas então quem seria essa pessoa? Não demorou muito para eu me decidir: Jorge Osvaldo!

Quem o conhece, sabe o quanto ele é uma pessoa amável e cheia de ensinamentos para nos passar e que está sempre disposto a ajudar a Casa e a todos que o cercam. E quem não o conhece, conseguirá sentir um pou-quinho do quanto ele é especial nesta entrevista, mas poderá conhecê-lo mais um pouquinho, assistindo às suas palestras todas as segundas antes das giras.

Segue então minha primeira entrevista como colunista deste Infor-mativo maravilhoso, e espero que fiquem ansiosos pela próxima edição!

ENTREVISTA COM JORGE OSVALDOMÉDIUM DO TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE

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lução espiritual, significa maior paz e felicidade.Porem, como disse o Mestre Tranca Ruas

das Almas na primeira Gira de Exu de 2015: “de nada adianta ter muita doutrina na cabeça se o coração está vazio de amor”

Então, no que pese a grande importância dos estudos da doutrina umbandista para a nossa evolução espiritual, sem a reforma moral, sem amor no coração, o estudo perde muito de seus efeitos benéficos.

Deixe uma mensagem para os leitores!O Universo é regido por diferentes e im-

portantes Leis Divinas. Como fazemos parte dele, as nossas vidas também são regidas por es-sas Leis. Se não a conhecermos e não a praticar-mos teremos muitos problemas em nossas vidas.

Entre elas há uma chamada Lei de Causa e Efeito ou Lei da Ação e Reação.

Por exemplo, se um homem humilha cons-tantemente uma mulher (ação), a Espiritualidade faz com que, na próxima ou em uma das seguin-tes reencarnações, ele venha também como mu-lher para ser igualmente humilhado (reação) e aprender pelas humilhações, dores e sofrimentos a respeitar o semelhante.

Da mesma forma, se você deseja o mal a alguém (ação), esse mesmo mal voltará em al-gum momento para você (reação). Portanto, fa-zer o mal é para aqueles que gostam de sofrer e muito.

Por outro lado, a outra face dessa mesma Lei é maravilhosa. Se você praticar o bem, o amor, a caridade sem ver a quem, colocar gene-

rosidade no que faz, o respeito e a tolerância ao outro (ação) você irá colher paz, amor, saúde, fe-licidade, tranquilidade, progresso espiritual, luz em sua vida (reação).

É fantástico perceber que essa Lei vale tanto para o bem quanto para o mal praticados.

Como disse o Mestre dos Mestres, Jesus Cristo: “o plantio é livre, mas, a colheita é sem-pre obrigatória”.

Isto é, você estará sempre algemado às consequências boas ou ruins de seus pensamen-tos e ações. Não há exceção nessa Lei.

Então, plante amor para colher felicidade e paz, para não ter que sofrer sem a menor neces-sidade mais tarde.

Fiquem com DEUS.

PERGUNTAS DOS LEITORESVivian Gama e Viviane Rocha

Gabriela CatorzaPor Email – RJPergunta: Em sua opinião, qual deveria ser a maior preocupação de um dirigente espiritual com o desenvolvimento do seu corpo mediú-nico? Qual o aspecto deve merecer mais aten-ção?Resposta: Vários são os aspectos que precisam ser considerados pelos dirigentes espirituais no trabalho de doutrinação, como por exemplo, o estudo constante, o processo de reforma interior da corrente, as técnicas e formas desenvolvidas por ocasião da manifestação, entre outros. Po-rém, no caso particular do TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE, nossa maior preocupação é aler-tá-los para os perigos de uma “doença espiritual” denominada “obsessão mediúnica”, que produz a vaidade e a falta de humildade, induzindo o mé-dium a comportamentos errados, não aceitando a autoridade e as regras da casa onde estão, fa-zendo com que este seja “tentado” a transpor as naturais etapas da caminhada espiritual, achan-do-se prontos e capazes, senhores de si mesmo e com grande soberba, corroendo todo o trabalho anteriormente desenvolvido, pois a doença os impediu de buscar orientações com quem lhes quer bem, seus dirigentes espirituais. Fique com Deus.

BrunaPor Email - RJPergunta: Gostaria de saber se uma entidade, não apenas com o mesmo nome, mas sim, o mesmo espírito, pode possuir mais de um mé-dium?Resposta: Em sua obra “pluralidade dos mun-dos habitados”, o Astrônomo Espírita Camille Flamarion, nos traz a informação de que uma fa-

lange é composta por cerca de 400.000 espíritos, atuando em multiplicidade e que traz sempre a “denominação” de seu guia chefe. Desta forma, encontramos uma infinidade de entidades com o nome de, por exemplo, Caboclo Sete Flechas, porém, cada qual assumindo uma identidade própria, arquétipos individuais, embora algumas características se assemelhem. Portanto, embora encontremos duas ou mais entidades com a mes-ma denominação, em verdade, trata-se de espí-ritos absolutamente distintos. Fique com Deus.

Flávio Pereira DiasPor E-mail – RJPergunta: O pensamento afasta energias ne-gativas?Resposta: Não há qualquer dúvida que sim, já que um pensamento saudável não entra em sin-tonia com as energias densas. E como diria Her-mes Trismegisto (Egito Antigo 2500 a.C.): “... A mente é o todo...” Fique com Deus.

Flávio Pereira DiasPor E-mail – RJPergunta: Existe cura para doenças mentais pela luz do espiritismo? Qual a causa da de-pressão, ansiedade, loucura e até o tratamen-to, pois tenho um familiar nessa situação é gostaria de ajudá-lo.Resposta: Desde os primórdios do mundo, a Humanidade tem lutado contra as enfermidades mais variadas. Quando se consegue controlar uma delas, outras surgem, mais cruéis e ameaça-doras. Muito se tem pesquisado para se extirpar as doenças da face da Terra, mas não se consegue, mesmo tendo a ciência moderna recursos fantás-ticos, pois o objetivo é curar os efeitos e não as

causas. No caso específico das doenças mentais, mesmo não se podendo generalizar, revela a falta de vigilância dos pensamentos, palavras e ações, invariavelmente, por várias encarnações, ocasio-nando uma série de distúrbios, já que a ação do pensamento sobre o corpo é sempre fatal. Em relação ao tratamento, assim como cada um de nós tem uma idade espiritual e um histórico de vidas, o remédio precisa ser também individua-lizado. Estaremos no TEMPLO ESTRELA DO ORIENTE para maiores orientações. Finalmen-te, lembremos que “não há doenças, mas doen-tes” que, em maior ou menor intensidade, somos todos nós. Fique com Deus.

Gabriela BozelliPor E-mail – RJPergunta: Dizem que quando iniciamos o de-senvolvimento em um terreiro, mesmo que seja por apenas três meses, quando nos afas-tamos somos cobrados pelas entidades. Isso é verdade?Resposta: Não acreditamos numa “cobrança” por parte das entidades, já que mesmo do alto da grandeza de suas vibrações, elas respeitam o que se denomina como “livre arbítrio”. Invariavel-mente, quando nos afastamos de um desenvolvi-mento mediúnico, consequentemente cortamos a sintonia com o astral superior, gerando um débi-to em nossa jornada, pois entendemos que, “se estamos matéria e fomos, somos e seremos sem-pre espíritos eternos”, nada mais é importante do que nossa parte espiritual. Tudo mais é consequ-ência. Fique com Deus.

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Folha da Jurema - Informativo do Templo Estrela do Oriente - 1ª Edição/2015 - Ano 3

FORMAS DE MEDIUNIDADEAndreza Oliveira

Mediunidade e Psicopictografia por Ângela Ribeiro

A mediunidade de Pictografia ou Psicopicto-grafia, mais popularmente conhecida como

pintura mediúnica, a qual um espírito, através de um médium, se expressa por meio de pinturas ou desenhos. Esta já foi prevista e explicada pelo próprio Allan Kardec no Livro dos Médiuns em 1861; eis o que Allan Kardec disse sobre o tema no capítulo XVI do livro: “(são médiuns pintores ou desenhistas) os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos.

O objetivo das pinturas mediúnicas é sensibili-zar as pessoas e também servir como ponte de comunicação entre os espíritos e nós, os encar-nados. Os quadros ficam energizados através da captação do médium, sendo ele o receptor e distribuidor das energias, tanto para o quadro, quanto para o público que a assiste; enquanto o médium usa o pincel, os mentores espirituais ir-radiam energias para as pessoas presentes, isto é tão eficiente quanto as assistências espirituais através dos passes magnéticos. O objetivo final da psicopictografia é mostrar através da arte que existe vida após a morte. Nesse campo vale o que disse Jesus há muitos anos, “Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”.

Dentre vários médiuns possuidores dessa facul-dade mediúnica no Brasil e exterior, podemos citar nossa convidada: Angela Ribeiro (médium de psicopictografia), que realiza trabalho de di-vulgação no T.E.O. pelo menos uma vez ao ano, levando informação sobre esse maravilhoso trabalho a público. Ano passado, ela participou do evento MIRUA (Movimento Intra-Religioso Umbandistas do Amanhã), mostrando apreço pe-los propósitos do movimento pela união a servi-ço do bem e diversidade entre as religiões.

Entrevista com Angela Ribeiro

1 - Quando começou sua mediunidade de pic-tografia? R: Foi um longo processo, onde fui sendo orien-tada pelo espírito de Emmanuel, que foi em vidas passadas um senador romano, e que pos-teriormente reencarnou também como o Padre Manoel da Nóbrega. Esse espírito que foi o men-tor de Chico Xavier, e também de Therezinha de Castro, presidente do Centro Espírita que eu passei a frequentar (Seara de Amor e de Luz, em Botafogo, RJ), foi guiando meus passos através dessa médium, ensinando-me a disciplinar uma mediunidade já existente, fazendo com que eu fosse provada na perseverança, na humildade e na fé, até que estivesse pronta para o trabalho que faço hoje.

2 - Quantos Espíritos se manifestam utilizan-do sua mediunidade?

R: São vários os pintores, ainda não contei, mes-mo porque eles vão chegando. Os chamados Im-pressionistas são os mais presentes, trabalhando por praticamente todos os médiuns de psicopic-tografia Renoir, Claude Monet, Edouard Manet, Paul Cèzanne, Alfred Sisley, Pissarro, Berthe Morisot são alguns deles, também são figuras constantes os Pós-Impressionistas como Vincent Van Gogh, Paul Gauguin, Toulouse Lautrec, os modernistas como Matisse, Picasso, Modigliani e os modernistas brasileiros como Candido Por-tinari, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti. No meu caso todos trabalham sob a orientação do espíri-to Eugéne Delacroix, pintor romântico do sécu-lo XIX, um pouco anterior aos Impressionistas. Leonardo Da Vinci, que dirige todo o trabalho da Pintura Mediúnica, também se apresenta eventu-almente. Importante ressaltar que são os pintores e seus alunos. Então cada pintor representa uma Escola, no mundo espiritual.

3 - Como você vê a arte da pictografia, qual a sua visão espiritual? R: A mediunidade de pintura e desenho está avalizada por Alan Kardec, tanto no “Livro dos Médiuns”, como na Revista Espírita do ano de 1858, onde ele conta e analisa os mediuns e as manifestações desse tipo de mediunidade. E o trabalho desses mais populares pintores que, nas últimas décadas se apresentam através dos mé-diuns, é sobretudo o de levar ou fortalecer a fé na imortalidade da alma, mostrando seus estilos e características, além da forma inusitada com que a pintura mediúnica se dá, fora totalmente dos padrões acadêmicos. Além disso está cada vez mais provado, inclusive por radiestesia, a emanação de vasta energia destas pinturas. Li em algum lugar uma definição vinda do mundo espiritual que diz o seguinte sobre a pintura me-diúnica: - “ É uma explosão de luzes, preparadas para impactar física, emocional e espiritualmen-te, provocando elevação e harmonização abran-gentes”. É imprescindível que a renda da venda das telas mediúnicas, sirva ao Bem, a causas as-sistenciais. No meu caso os quadros são doados as Instituições em que vou (todas com Obras so-ciais e serviços assistenciais).

4 - Qual o fato que mais marcou sua vida me-diúnica?R: Não existe um fato mais marcante, mas por exemplo, teve o caso da filha desencarnada de uma palestrante que foi retratada com detalhes impressionantes durante uma apresentação da pintura, sendo que eu não conhecia a palestrante que é de outro estado e muito menos sabia que ela tinha uma filha jovem desencarnada há pou-co tempo de forma trágica. Houve outros casos semelhantes mas esse talvez tenha me marcado mais pela incrível semelhança com o retrato da moça. Com relação aos pintores também tive experiências bem marcantes, mas que iria me estender demais se contasse aqui. Estou come-

çando a escrever um livro contando muita coisa.

5 - Qual a sua mensagem para os leitores do Folha da Jurema?!R: Gostaria de falar sobre o conturbado momen-to em que vive a Humanidade atualmente, que muito tem angustiado os corações mais sensí-veis. Vivemos uma época de mudança do pla-neta Terra para melhor, e precisamos pensar que para limpar o lodo do fundo de um copo com água suja, é preciso que ele venha à tona. E que é o tempo de cada um de nós rever valores, pen-sando no que Jesus ensinou “Amar a Deus, e ao próximo”. É preciso fazer do AMOR abrangen-te, o senhor e dono de nossas vidas e de nosso planeta. Os artistas desencarnados vem até nós, com todo o esforço e dedicação para nos ajudar através da Beleza a realizar esse sonho e objetivo maior. Tenho uma imensa gratidão a Deus e a eles, por me aceitarem como instrumento nesse trabalho.

Vídeos: Youtube: Pintura mediúnica- Angela Ri-beiro

“A arte pura é a mais elevada contemplação es-piritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse mais além que polariza as esperanças da alma”.... O que há de sublime na arte é a poesia do ideal que nos transporta para fora da esfera acanhada de nossas atividades. Mas o ideal paira exata-mente nessa região extra material onde só se pe-netra pelo pensamento, que a vista corporal não pode varar, mas que a imaginação concebe...”(O Consolador – Emmanuel)

Nota: A entrevista com Angela Ribeiro foi realizada em janeiro desse ano, a mesma veio a falecer posteriormen-te em fevereiro. Infelizmente não viu a matéria publica-da. Nosso abraço fraterno e desejo de muita Paz e Luz ao retornar a espiritualidade!!!

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Atenção Leitores:Para maiores informações: Site www.temploestreladooriente.com. Telefone: (21) 2597 1323 e/ou e-mail: [email protected]

Nossas giras públicas de caridade são realizadas em nossa sede exclusiva, na Rua Goiás nº 548, Piedade, Rio de Janeiro, nos seguintes dias e horários:

- Todas as segundas feiras, com inicio às 20 horas e com a distribuição gratuitas de fichas a partir das 19 horas e até às 21:00.

- Todo primeiro sábado do mês, com uma palestra de 15:00 às 17:00 e a Sessão do Povo do Oriente às 18 horas.

É importante lembrar, que nossa grande meta é o auxílio aos necessitados, uma consequente evolução como seres espirituais que somos, sem qualquer tipo de preconceito ou discriminação de raça, sexo ou religião, além das consultas es-pirituais serem inteiramente gratuitas.

ELETROSERV LTDAReforma de Imóveis; Instalações Elétricas;

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ATIVIDADES DO TEO

Calendário de Abril

Dia 02: Curso USF + Sala de tratamento Espiritual Dia 04: Oficina musical + Constelação + Palestra + Sessão do Povo do Oriente + Assistência social Dia 04: Programa de Rádio A Umbanda Sem Fronteiras Dia 06: Gotas de Espiritualidade + Dep. Química+ Gira de Exus e Pom-bagiras + Evangelização Infantil Dia 09: Curso USF + Sala de tratamento Espiritual Dia 11: Terceiro aniversário do Programa de Rádio A Umbanda Sem Fronteiras (ao vivo) Dia 13: Gotas de Espiritualidade + Dep. Química + Gira de Caboclo + Evangelização Infantil Dia 16: Curso USF + Sala de tratamento Espiritual Dia 18: Programa de Rádio A Umbanda Sem Fronteiras Dia 20: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Pretos Ve-lhos + Evangelização Infantil Dia 23: Gira festiva Aniversário do TEO + Gira de Ogum + Aniversário de feitura Mãe Flávia Dia 25: Programa de Rádio A Umbanda Sem Fronteiras Dia 27: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Ibeijada + Evangelização InfantilDia 30: Curso USF + Sala de tratamento Espiritual

Calendário de Maio

Dia 02: Oficina musical + Constelação + Palestra + Sessão do Povo do Oriente + Assistência socialDia 02: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 04: Gotas de Espiritualidade + Dep. Química + Gira de Exus e Pomba-giras + Evangelização Infantil Dia 07: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 09: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 11: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira festiva de + Pretos VelhosDia 14: Curso USF + Sala de tratamento Espiritual Dia 16: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 18: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Caboclos +Evan-gelização InfantilDia 21: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 23: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 25: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira festiva de CiganosDia 28: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 30: Programa de Rádio A Umbanda Sem Fronteiras

Calendário de Junho

Dia 01: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Exus e Pom-ba Giras + Evangelização InfantilDia 05: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 06: Oficina musical + Constelação + Palestra + Sessão do Povo do Oriente + Assistência socialDia 07: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 08: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Caboclos + Evangelização InfantilDia 12: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 15: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira festiva de ExusDia 14: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 19: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 21: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 22: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Ibeijada + Evangelização InfantilDia 26: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 28: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 29: Gotas de Espiritualidade + Dep. Química + Gira de Ciganos + Evangelização Infantil

Calendário Julho

Dia 02: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 04: Oficina musical + Constelação + Palestra + Sessão do Povo do Oriente + Assistência socialDia 04: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 06: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Exus e Pomba-giras + Evangelização InfantilDia 09: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 11: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 13: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Caboclos + Evangelização InfantilDia 16: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 18: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 20: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Pretos Velhos + Evangelização InfantilDia 23: Curso USF + Sala de tratamento EspiritualDia 25: Programa de Rádio A Umbanda Sem FronteirasDia 27: Gotas de Espiritualidade + Dep. química+ Gira de Ibeijada + Evangelização infantilDia 30: Curso USF + Sala de tratamento Espiritual