FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 5 de novembro de de 2013 página 1Edição nº 6.459FOLHA DE ITFOLHA DE ITFOLHA DE ITFOLHA DE ITFOLHA DE ITAPEAPEAPEAPEAPETININGATININGATININGATININGATININGAANO XLIll Nº 6.459 Diretora-Proprietária Benedita Rosely Salem Cerqueira

E-mail: comercial@folhadeitapetininga.com.brhomepage: www.folhadeitapetininga.com.brItapetininga, terça-feira 5 de novembro de de 2013 Com Itapetininga

e Região

44 Anos44 Anos44 Anos44 Anos44 Anos

O Prefeito de Itapetinin-ga, Luís Di Fiori sentiu-semal na manhã de ontem. En-caminhado ao Hospital Re-gional de Itapetininga, rea-lizou vários exames, inclu-sive de tomografia e resso-nância magnética, sendoconstatada a ocorrência deAVC Isquêmico. Di Fiori foientão encaminhado ao Hos-pital Sírio Libanês, ode seencontra internado. Segun-do informações disponíveis,seu quadro é estável, apre-sentando melhoras. A As-sessoria de Imprensa daPrefeitura emitiu nota, natarde de ontem, informan-do que o prefeito Luis DiFiori, no inicio desta manhã,acordou nãose sentindobem e teve seu pronto aten-dimento no Hospital Regio-nal. Lá, verificaram que asua pressão arterial estava

Estado de Saúde do Prefeito Di Fiorié estável,evoluindo positivamente

(Prefeito, que sofreu AVC, está internado no Hospital Sírio-Libanês )muito alta. Diante do qua-dro, ele foi medicado, pas-sou por exame de ressonân-cia e, posteriormente, au-torizado a sua transferênciapara São Paulo, no hospi-tal Sírio Libanês. Di Fioripermanece internado e pas-sando por novos examespara diagnostico e trata-mento. Ainda segundo anota, familiares que acom-panham Di Fiori afirmamqueseu estado de saúdemelhorou. Está conscientee pediu para que as festivi-dades em comemoraçãoaos 243 anos de Itapetinin-ga ocorram normalmente.Afirmaram ainda que ape-sar de sua ausência no pa-lanque por recomendaçãomédica, o prefeito desejaque a população de Itape-tininga comemore este ani-versario.

Na tarde de ontem, 3, aequipe da Força Tática daPolícia Militar deItapetininga,através doSgt.Freitas e Sds. André eCipriano, realizava patrulha-mento de rotina no BairroTaboãozinho, quando avistouum adolescente de 14 anosem atitude suspeita. Ao ser

Hoje, na comemoração dos 243 anos de Itapetininga, na programação oficial da Prefeitura Municipal,destaca-se o tradicional desfile.Neste ano, ele será na Av.Peixoto Gomide .Além das escolas e entidades locais,o desfile terá como atrações,além das corporações militares, as Bandas Marciais de Cesário Lange, Alambari,EE “Almeida Sinisgali”,de Tatuí; Itararé,mais a Banda Regimental da Polícia Militar de Sorocaba e Banda doExército do 2º Regimento Deodoro, de Itu.

Amanhã,como detalhamos na edição doúltimo sábado, a FM Vale Verde,em home-nagem ao aniversário de Itapetininga, pro-moverá um grande show artístico,com vári-as atrações, a partir das 15 horas, na praça“Peixoto Gomide”.A entrada é franca e nolocal haverá praça de alimentação.Estas se-rão as atrações artísticas: Edu Santiago, ZéNeto & Cristiano, George Henrique & Ro-

No último dia 2,Fina-dos, o 22º Batalhão dePolícia Militar do Interiorrealizou em seu quartel deItapetininga, a partir das 8horas,uma cerimônia juntoao monumento dos heróisdo 22º BPM-I, em memó-ria dos policiais militaresfalecidos no cumprimentodo dever.

O culto,na data apro-priada, conscientiza a todossobre a árdua missão dopolicial militar,cuja morte emserviço representa o maisalto preço pago à preser-

A Seção Regional daAssociação Paulista de Ci-rurgiões Dentistas(APCD),de Itapetininga, amanhã, 6,realizará a eleição da novaDiretoria para o triênio 2013/2016.O pleito, das 8 às 14hs. será realizado na sedesocial da entidade, à RuaPedro Cardoso, nº 91,Jar-dim Mesquita.

Uma Chapa única vaiconcorrer ao pleito,assimformada: presidente, FelipeThibes Galvão; 1º vice-presidente,Mario Genaro Pau-lino Filho; 2º vice-presidente,Thiago dos Santos Macha-do Pontes; secretário, JoséFernando Mariano Silveira;tesoureiro, Mauro KiochiAdachi.

O atual presidente interi-no é Marcos Eduardo Kira.

Polícia Militar apreendeadolescente com entorpecentes

no Bairro Taboãozinho

abordado e revistado, ospoliciais apreenderam comele 15 pedras de crack em-baladas para venda,além dedinheiro e um celular. A equi-pe da PM conduziu o me-nor infrator à DISE( Delega-cia de Investigações sobreEntorpecentes),onde ficou àdisposição da Justiça.

Realizado Culto emHomenagem a Policiais

Militares Falecidosvação da ordem pública eo restabelecimento da tran-qüilidade de cada cidadão.

O solenidade contoucom a presença dos ofici-ais e praças do Batalhão ede familiares dos PMs quetombaram em serviço.

O concorrido e tocanteato abrigou a leitura do bo-letim especial alusivo à data;leitura do texto bíblico, ora-ção do PaiNosso,deposição de coroade flores no monumento eexecução do toque de si-lêncio.

Hoje o desfile do aniversário da cidade

Amanhã aeleição na

Regional da APCDde Itapetininga

Amanhã o “Show da Vale”em homenagem a Itapetininga

drigo, Gabriel Gava, Tuta Guedes, Ronny &Rangel, Samprazer, Matheus & Cristiano,João Lucas & Walter Filho, Loubet, PedroPaulo & Alex, Adair Cardoso, BamboaSamba Club, Téo & Edu, Trio Bravana,Pedro Henrique & Fernando, Grupo SemRezenha, Ricardo & João Fernando, Léo& Junior, Bruninho & Davi, Grupo Pixotee Hugo & Tiago.

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 5 de novembro de 2013página 2 Edição nº 6.459

ColaboradoresAlberto Isaac, Carlos José de Oliveira, Cláudio Souto , Darcy Pereira Pinto,

Dirceu de Campos, Dr. Bastos, Dr. Jorge Paunovic, Joel Franco, José Raimundo Cor-reia, Manoel Silvério, Marcos Cintra, Mauro M. Leonel, Waldomiro B. Carvalho.

A redação nao se reponsabiliza pelos conceitos e artigos assinados.Fica esclarecido que os colaboradores com colunas assinadas não tem vínculoempregatício com a Editora Folha de Itapetininga Ltda, exceto os que tiveremcontrato assinado com a mesma.

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Proprietários: Benedita Rosely Salem Cerqueira e filhosJornalistas Responsáveis: José Octávio Salem Cerqueira - Registro nº 52.755/SP -Marcello Salem Cerqueira - PR1226Diretores Adjuntos:José Octavio Salem Cerqueira e Marcelo Salem CerqueiraRedator Chefe: Silas Gehring CardosoRepórter: Jorge Luiz de Almeida - MTB 37782Diretor Comercial - Carlos Renato M. Gomes,Diagramadores: Henrique José de Oliveira Almeida

O risco fiscal do Brasilvoltou ao radar de investi-dores. Depois da divulga-ção do déficit recorde dascontas do setor público emsetembro, que confirmou apiora do quadro fiscal, omercado financeiro come-çou a se antecipar.

Já pesa sobre as taxas dejuro e sobre o câmbio umeventual rebaixamento danota da dívida pública doBrasil por agências de clas-sificação de risco. A notafunciona como um selo dequalidade para o investidorestrangeiro aplicar os seusrecursos no país. Emboraseja delicado, um rebaixa-mento não significa que oBrasil saia do grupo de paí-ses com notas no chamadograu de investimento - combaixo risco de calote. Asnotas da dívida pública doBrasil estão dois degrausacima desse limite, e só em

O secretário-geral daOtan, Anders FoghRasmussen, condenounesta segunda-feira aviolência registrada nonorte do Kosovo du-rante as eleições muni-cipais e assegurou queos incidentes mostrama necessidade de man-ter, por enquanto, a pre-sença de tropas aliadasno terreno.

"Condeno contun-dentemente os ataquescontra colégios eleito-rais no norte de Mitro-vica", assinalou Ras-mussen em entrevistacoletiva em Bruxelas,na qual ressaltou quenão é possível permitirque a violência "faça re-gredir os progressosconseguidos" no diálo-

O presidente-executivodo Google, Eric Schmidt,considera "degradante" o fatode que a Agência de Segu-rança Nacional (NSA, eminglês) dos EUA possa ter seinfiltrado em centros de da-dos da companhia para teracesso a milhões de contas deusuários.

"É realmente degradanteter a NSA infiltrada dentrodos centros de dados, se issofor verdade. Os passos que

Presidente do Google considera revelaçõesde espionagem de NSA

agência estava disposta a darsem um julgamento adequa-do para alcançar sua missãoe violar potencialmente a pri-vacidade do povo não sãocorretos", afirmou Schimdtem entrevista publicada nes-ta segunda-feira pelo jornalfinanceiro "The Wall StreetJournal".

O presidente-executivodo Google se referia assim àsinformações publicadas re-centemente pelo "Washington

Post", baseadas em docu-mentos filtrados pelo ex-ana-lista da CIA Edward Snow-den, que assinalam que aNSA envia todos os dias mi-lhões de registros das redesinternas do Yahoo! e Googlepara sua sede em Fort Mea-de, aos arredores de Wa-shington.

Concretamente, em umperíodo de 30 dias no iníciode 2013, a NSA teria chega-do a processar mais de 181

milhões de novos registros,que incluem desde informa-ções sobre o emissor ou des-tinatário de um e-mail até da-dos sobre seu conteúdo.

Schmidt ressaltou que se"a NSA recopilou registrostelefônicos de 320 milhões depessoas para identificar cercade 300 pessoas que poderi-am constituir um risco, é sim-plesmente má política públicae talvez algo ilegal".

Por isso, Schmidt pediu

uma melhora do nível de su-pervisão destes programas deinteligência por parte do Go-verno, para equilibrar a segu-rança e a privacidade, e anteci-pou que o gigante informáticojá fez queixas pelas supostasatuações da NSA perante oCongresso e a Casa Branca.

"Está claro que há casosnos quais as ameaças existem,mas não tens que violar a pri-vacidade de todos e cada umdos cidadãos dos EUA para

encontrá-los", disse.Tanto a Casa Branca

como o escritório do DiretorNacional de Inteligência, Ja-mes Clapper, se negaram aconfirmar a suposta infiltraçãodas redes do Google eYahoo!.

A própria NSA reiterou nasemana passada em comuni-cado que "realiza todas suasatividades de acordo com asleis, regulações e políticasaplicáveis".

Contas públicascausam preocupação

Otan diz que violência eleitoralexpõe necessidade de manter

tropas no Kosovocircunstâncias muito drás-ticas as reduções são fei-tas com mais de um grau decada vez.

Caso seja confirmado, ocorte da nota poderia ocor-rer em 2014. A equipe eco-nômica passou a rever prá-ticas que alimentaram a des-confiança do mercado. Nãodevem ser adotadas novasmanobras contábeis paradisfarçar maus resultadosdas contas públicas, a polí-tica de cortes de impostossetoriais pode ser revista edeve aumentar o controleda expansão dos bancos pú-blicos e de repasses dosempréstimos do TesouroNacional ao BNDES. Mascomo aperto fiscal nãocombina com ano eleitorale já há despesas com sub-sídios e novas desonera-ções contratadas para2014, a fatura maior doajuste poderá ficar para o

ano seguinte.Há o risco de um even-

tual rebaixamento de notacoincidir com a retirada dosestímulos do Federal Re-serve (Fed, banco centraldos EUA) a sua economia.Nos dois casos, investido-res poderiam tirar recursosdo Brasil, o que desvalori-zaria o real e pressionaria ainflação. Esse cenário dei-xaria o governo DilmaRousseff na delicada situa-ção de, em plena campanha,ser forçado a elevar o juroe causar aumento do de-semprego. Essa preocupa-ção levou o ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, aanunciar medidas para con-ter gastos com abono sala-rial e seguro-desemprego.Para 2014, o governo con-ta mais uma vez com a re-tomada do crescimentopara melhorar o cenário fis-cal.

go político entre Bel-grado e Pristina.

As eleições do do-mingo foram as primei-ras realizadas em todoo território graças aohistórico acordo alcan-çado em abril entreKosovo e Sérvia, sobos auspícios da UE,para normalizar suas re-lações.

As eleições munici-pais, no entanto, foramconturbadas no nortedo Kosovo pelas inti-midações dos ultrana-cionalistas sérvios, queatacaram vários colégi-os eleitorais e obriga-ram a suspender as vo-tações na maior partede Mitrovica e a cida-de de Zvecan.

Rasmussen explicouhoje que as forças alia-das da Kfor intervieramno domingo a pedidoda missão policial eu-ropeia Eulex e se ocu-param de garantir a se-gurança na estrada pelaqual circularam as urnas

para a apuração dosvotos.

Para o político dina-marquês, os incidentesda jornada eleitoral mos-tram a importância deque a Otan mantenhasua presença no Koso-vo, onde tem desdobra-dos quase 5 mil solda-dos.

"É nossa intençãocontinuar como fiadorindependente da paz ea estabilidade", ressal-tou Rasmussen, quedeixou claro que a Ali-ança não tem intençãode reduzir sua presençapor enquanto.

O secretário-geral ali-ado lembrou que os pla-nos para diminuir o nú-mero de soldados co-locados nos últimosanos se congelaramdado que a Otan consi-dera "importante" con-tribuir à implementaçãodos acordos entre Bel-grado e Pristina e am-bas partes pediram quemantenha sua presença.

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EXTRAVIOA Empresa Maria Apare-

cida de Oliveira Ribeiro, lo-calizada na Rua Buri, 156/A –Vila Arruda, no município deItapetininga/ SP, cadastradana Inscrição Municipal nº26.143, declara para os de-vidos fins o extravio de 02 Ta-lões de Nota Fiscal de Pres-tação de Serviços – Série Ados números 001 a 050 edos nº 101 a 150 parcialmen-te usados

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 5 de novembro de de 2013 página 3Edição nº 6.459

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Discutir mudanças nalegislação e integrar asações de inteligênciadas polícias estaduais efederais para contergrupos que tem se infil-trado em manifestaçõespara praticar atos devandalismo foram asduas principais propos-tas formuladas duranteencontro realizado naultima quinta-feira (31de outubro) em Brasília.

A proposta de refor-mulação na legislaçãofoi apresentada pelo se-cretário de SegurançaPública de São Paulo,Fernando Grella Vieira.

Mudanças na lei foramavaliadas para conter vândalos

A reunião, realizada noMinistério da Justiça,teve a participação dosecretário de Seguran-ça do Rio, Jose Maria-no Beltrame, e do mi-nistro José EduardoCardozo (Justiça).

No encontro, Grelladefendeu aumento daspenas para quem agri-de ou mata policiais eagentes de estado. Epropôs o aumento daspenas para os crimes dedano praticados duran-te manifestações ou atospúblicos.

"A lei é o balizadorde nossas ações no re-

gime de democrático eela precisa ser adequa-da a esta nova realida-de", afirmou o secretáriopaulista. "E a lei deve seradequada para defendero direto a livre manifes-tação, que está sendoameaçado por uma mi-noria."

As propostas de mu-danças serão debatidas edetalhadas em uma reu-nião com os ConselhosNacionais de Justiça(CNJ) e do MinistérioPúblico (CNMP) e coma Ordem dos Advogadosdo Brasil (OAB). "Épreciso que as mudanças

sejam pactuadas e aco-lhidas por estes atores,importantes na aplica-ção e interpretação dalei."

Durante a reunião,que também teve a par-ticipação das cúpulasdas polícias Federal,Rodoviária Federal e daAgência Brasileira deInteligência, o ministroda Justiça propôs a in-tegração dos serviçosde inteligência entre aspolícias estaduais e fe-derais - modelo seme-lhante ao já adotado porSão Paulo por meio daAgência de Atuação In-tegrada de combate aocrime organizado, cria-da em parceria com ór-gãos da União.

Uma outra medidasugerida pelo ministériojá adota em São Pauloé a criação de grupos ouforças-tarefas formadaspelas polícias e Minis-tério Público para in-vestigar grupos de vân-dalos e criminosos quese aproveitam das ma-nifestações.

Em umaoutra frente,formada pelas políciasmilitares, discutirá mo-delos de ação em dis-túrbios civis, para tro-car informações sobreos procedimentos ope-racionais adotados emcada estado.

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 5 de novembro de 2013página 4 Edição nº 6.459

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A Justiça de São Paulonegou hoje (4) o recurso dodeputado Paulo Maluf (PP-SP) no processo em que eleé acusado de envolvimentoem desvio de recursos públi-cos no período em que foiprefeito da capital paulista, dejaneiro de 1993 a dezembrode 1996. A ação refere-se aosuperfaturamento das obrasdo Túnel Ayrton Senna.

De acordo com o despa-cho judicial, Maluf teve os di-reitos políticos suspensos porcinco anos e, em conjuntocom os demais réus arroladosno processo, terá de devol-ver ao município R$ 42,2 mi-lhões, importância que estásujeita a atualização monetá-ria. Ainda cabem recursos dadecisão no Superior Tribunal

O avanço das usinas eó-licas nos leilões do setorelétrico tem ajudado o go-verno a minimizar os efei-tos da frustração de crono-grama de grandes projetoshidrelétrios. A construçãode usinas movidas à forçad'água - a maioria delas de-senhada para a região Nor-te - já enfrenta atrasos quechegam a seis anos. A ex-tensão dessa dificuldadepode ser medida a partir dosdados incluídos no PlanoDecenal de Energia (PDE),relatório da Empresa dePesquisa Energética (EPE)que está em fase de consul-ta pública.

O documento traz umalista de 20 hidrelétricascom previsão de entrada emoperação entre 2018 e2022. Quatro dessas usinasenfrentam complicaçõesde todo o tipo para sair dopapel e não são empreendi-mentos de pequeno porte.Juntas, as hidrelétricas deSão Luiz do Tapajós (6.133megawatts), Marabá (2.160MW), Itapiranga (725 MW)e São Manoel (700 MW)respondem pela metade detoda a energia que o gover-no pretende extrair de usi-nas hidrelétricas nos próxi-mos dez anos, um total de19.917 megawatts. Pelohistórico acumulado atéagora, será difícil cumpriro novo cronograma.

No Pará, a usina de SãoLuiz do Tapajós, que hoje éo maior projeto hidrelétri-co do país, tinha o início desuas operações programadopara janeiro de 2016. Ago-ra, o plano é ligar sua pri-meira turbina em janeiro de2019. Daqui a dois anostambém deveria entrar em

Maluf é condenado e tem direitospolíticos suspensos por cinco anos

de Justiça (STJ) e no Supre-mo Tribunal Federal (STF).

Os advogados de Malufdivulgaram nota na qual afir-mam que ele não será puni-do pela Lei da Ficha Limpa."A decisão tomada hojepelo Tribunal de Justiça doEstado de São Paulo nãoimpede que Paulo Malufparticipe das próximas elei-ções", diz a nota.

"Para ser impedido [departicipar das eleições]pela Lei da Ficha Limpa, énecessário que a condena-ção por improbidade admi-nistrativa tenha as seguin-tes características, de for-ma cumulativa: proferidapor órgão colegiado; de-termine a suspensão de di-reitos políticos; que o ato

tenha sido praticado namodalidade dolosa; que oato importe em prejuízo aoerário; e que o ato causeenriquecimento ilícito doagente público", explicamos advogados no comuni-cado. Segundo eles, a au-sência de qualquer uma des-sas características faz comque a condenação não seenquadre na Lei da FichaLimpa.

A defesa de Maluf res-salta que o Tribunal de Jus-tiça não condenou o deputa-do pela prática de ato dolo-so, nem por enriquecimentoilícito. No final, a nota dos ad-vogados informa que, "opor-tunamente", o deputado irá aoSTJ e ao STF para recorrerda decisão condenatória.

Projetos de grandes usinas jáacumulam até 6 anos de atraso

operação a hidrelétrica deMarabá, no rio Tocantins.O governo, no entanto, tra-balha com a expectativa deacionar Marabá somenteem fevereiro de 2022,uma dilatação de mais deseis anos sobre o crono-grama original. Atraso crô-nico também toma contade Itapiranga, usina proje-tada para ser erguida no rioUruguai, entre Santa Cata-rina e Rio Grande do Sul.A promessa de gerar ener-gia a partir do ano que vemfoi substituída por agostode 2021.

Se o governo conseguirleiloar a usina de São Ma-noel em dezembro, comopretende fazer, terá chan-ce de tirar da gaveta umempreendimento que jáacumula mais de três anosde atraso desde que foi in-cluído no plano decenal deenergia.

O presidente da Empre-sa de Pesquisa Energética(EPE), Maurício Tolmas-quim, atribui parte dos pro-blemas à dificuldade de li-cenciamento ambientaldos empreendimentos,seja por conta da proximi-dade com terras indígenasou pela interferência emunidades de conservaçãoambiental.

Outros fatores, porém,

ajudam a explicar a situa-ção, segundo o presidenteda EPE. "É preciso levarem conta a situação domercado, que muitas vezesnão se interessa em inves-tir em determinado proje-to, por conta da falta de de-manda por mais energia",diz o presidente da EPE."Como não vivemos umcenário de desabasteci-mento de energia, podeocorrer de não haver umaforte demanda por deter-minados projetos", diz Tol-masquim.

O baixo crescimentoeconômico do país tam-bém alivia a tensão. O pla-no decenal de energia levaem conta um crescimentoanual de 4% a 5% do PIB,bem acima da realidade. "Ademanda não está deixandode ser atendida por conta dafalta dessas usinas", co-menta.

No dia 13 de dezembro,o governo faz um novo lei-lão A-5, para contratar usi-nas que entrarão em opera-ção daqui a cinco anos. Naetapa de cadastramento do

leilão, um total de 11 hidre-létricas foram listadas. Narealidade, apenas duas de-les devem participar da dis-puta. A usina de Itaocara(145 MW), prevista paraser construída entre Rio deJaneiro e Minas Gerais, jáconta com licença ambien-tal de instalação. A segun-da aposta é São Manoel,que acabou de passar pelaetapa de audiência públicae agora aguarda a emissãoda licença prévia do Ibama,para que possa ser ofereci-da ao mercado.

Segundo o Valor apurou,são boas as chances de SãoManoel conseguir a licen-ça prévia a tempo de parti-

cipar do leilão deste fim deano. "Estamos contandocom São Manoel. As hidre-létricas são nossa priorida-de, por ser uma fonte reno-vável, de baixo custo e pra-ticamente sem emissão.Por isso, damos preferên-cia a ela", diz Tolmasquim."Os cronogramas dessasusinas, no entanto, tem umcaráter mais indicativo doque seria o ideal e prioritá-rio, mas se uma usina nãosai, podemos buscar outrasfontes."

Até 2022, a participaçãodas hidrelétricas no parquegerador do país deverá cairdos 71% verificados em2012 para 65%, isso se to-

dos os projetos incluídosno plano decenal de fatoentrarem em operação nadata em que se espera.

Em rota oposta, as eóli-cas caminham para abando-nar de vez o rótulo de fontealternativa. A participar dasusinas de vento, que em2012 foi de apenas 1,5%,tem previsão de saltar para9,5% em 2022. A capaci-dade instalada das eólicas,de 1,8 mil MW em 2012,saltará para 17,4 mil MWem dez anos. Hoje a capa-cidade instalada total dosistema elétrico é de 120mil MW. Até 2022, esseparque deve alcançar 183mil MW.

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 5 de novembro de 2013 página 5Edição nº 6.459

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A menos de umano das eleições, oPT desenha uma es-tratégia mais ofensi-va para conquistaros governos estadu-ais em 2014 do quea realizada em2010. Enquanto hátrês anos, os petis-tas lançaram apenasdez candidatos a go-vernador, a tendên-cia é que o total fi-que em pelo menos12 concorrentes -num movimento quepode abalar a hege-monia do PSDB noplano regional.Mais importante doque o número é opeso dos Estadosque o partido estápriorizando. Em2010, o PT lançoucandidatos em trêsdas sete maioresunidades da Federa-ção e, no geral, con-correu em colégioseleitorais que repre-sentavam 47,2% dopaís. Agora, devedisputar em todos ossete maiores Esta-dos que somam72,6% do eleitora-do, caso concorraem Pernambucopara forçar segundoturno e derrotar ofavoritismo do gru-po do governadorEduardo Campos(PSB).

A saída dos pes-sebistas do governofederal - em razãoda provável candi-datura do ex-aliadoCampos - contribuipara a expansão re-gional do PT. Em2010, dos 17 Esta-dos onde os petistascederam cabeça dechapa, seis foramem aliança com oPSB, o que repre-sentava 14,5% doeleitorado. Por ou-tro lado, em apenasdois deles o PT

PT muda estratégia e foca nos grandes Estadosdeve lançar candida-to: Piauí e, possivel-mente, Pernambuco.Em outros três - Ce-ará, Espírito Santo eRio Grande do Norte- a sigla tende aapoiar Pros e PMDB.E no Amapá a situa-ção está indefinida.

A principal origemdo avanço do PT, noentanto, é o voo soloem Estados grandes:Rio e Minas, ondeapoiou o PMDB, eParaná, onde susten-tou o PDT.

É um contraste com2010, quando lançounome próprio emapenas três: São Pau-lo, Bahia e Rio Gran-de do Sul (35,4%).Se Pernambuco en-trar na conta, o PTfechará candidaturasnos sete maiores Es-tados, com 64,6% doeleitorado. Além dis-so, o partido dispu-tará Acre e DistritoFederal - onde os go-vernadores Tião Vi-anna e Agnelo Quei-roz buscarão reelei-ção -, Mato Grossodo Sul, Piauí, Rorai-ma e, possivelmente,Goiás, que somam7,9% do eleitorado.

O maior apetite doPT em 2014 pelosgovernos estaduaissegue uma lógica.Em primeiro lugar, alegenda - apesar desempre regida pelaprioridade à disputapresidencial - encon-tra situação mais fa-vorável do que em2010, quando DilmaRousseff era desco-nhecida nacional-mente. Pode corrermais riscos ao nãoceder a cabeça dechapa e descontentaraliados.

Em segundo lugar,a sigla completará 16anos no poder, semuma base de gover-

nadores proporcionala seu tamanho no pla-no nacional e munici-pal. É o ponto fraco,justamente porque osEstados têm servidode moeda de trocacom os aliados naci-onais. Em terceiro lu-gar, a expansão em2014 coincide com omomento em que o PTrecebe a contraparti-da de apoios anterio-res ou encontra um ce-nário onde o aliado éforte ou fraco demais.

Em Minas e no Pa-raná, por exemplo, ospetistas ajudaramcandidaturas doPMDB e do PDT, res-pectivamente, e agoratêm condições de co-brar reciprocidade.

No Rio e em Per-nambuco, as situaçõesrepresentam ladosopostos da mesmamoeda. No primeiro,a recusa em apoiar ovice-governador LuizFernando Pezão, es-colhido por SérgioCabral (PMDB) à suasucessão, é facilitadapelo fato de o gover-nador ser o mais im-popular do país. Nosegundo caso, é o in-verso. Campos é omais bem avaliadoentre os 27 governa-dores e seu desempe-nho aumentou a confi-ança a ponto de que-rer desafiar a hegemo-nia do PT na Presi-dência e romper como aliado histórico.

Os petistas, por suavez, desafiarão a he-gemonia dos tucanosnos Estados. O PSDBcomanda oito unida-des da Federação, quereúnem 47,5% doseleitores. É um pata-mar seis pontos per-centuais superior àsoma das fatias go-vernadas por PT(15,8%), PMDB(15,3%) e PSB (que

controlava 14,9%,mas agora tem10,5%, com a filia-ção de Cid Gomes,do Ceará, ao Pros).

Derrubar a lideran-ça do PSDB, no en-tanto, é tarefa impro-vável, a não ser queo PT tire do adversá-rio São Paulo(22,3%) e/ou outrosdois grandes Estadostucanos: Minas(10,6%) e Paraná(5,5%).

Em dois deles, ospetistas são literal-mente desafiantes,pois os governadoresGeraldo Alckmin eBeto Richa tentarão areeleição na condi-ção de favoritos. Jáem Minas, os tucanosestarão mais vulnerá-veis, uma vez queterá que erguer debaixo a candidatura.O nome será prova-velmente o de Pimen-ta da Veiga, que foiministro das Comuni-cações entre 1999 e2002.

A tropa de choquedo PT, em compensa-ção, inclui ministrosem atividade, que re-presentam pesos-pe-sados do governopara a eleição de2014: Alexandre Pa-dilha (Saúde), emSão Paulo; FernandoPimentel (Desenvol-vimento, Indústria eComércio), em Mi-nas; e Gleisi Hoff-mann (Casa Civil), noParaná.

A lista de pré-can-didatos petistas temainda quatro senado-res - Lindbergh Fari-as (RJ), Delcídio doAmaral (MS), Ange-la Portela (RR), We-llington Dias (PI) - eum prefeito, caso lan-ce Paulo Garcia (Goi-ânia) ou Antônio Go-mide (Anápolis), emGoiás.

Além deles, há ostrês governadoresque buscarão a ree-leição - Tarso Genro(RS), Tião Vianna(AC) e Agnelo Quei-roz (DF) - e o nomeainda não definido àsucessão de JaquesWagner (BA): os se-cretários Rui Costa(Casa Civil) e JoséSérgio Gabrielli(Planejamento, ex-presidente da Petro-bras) e o senadorWalter Pinheiro. EmPernambuco, as op-ções são o deputadofederal e ex-prefeitoda capital, João Pau-lo, e o senador Hum-berto Costa.

Em outros três Es-tados, de pequenoeleitorado - juntostêm 1,3% do total - oPT conta com pré-candidaturas ou ain-da pode construí-las.É o caso do Amapá,onde a relação com ogovernador CamiloCapiberibe é boa,mas o contexto naci-onal de conflito como PSB pode impediro apoio à reeleição.

Em Rondônia, a re-lação com o gover-nador ConfúcioMoura (PMDB) émais turbulenta e opartido tem a possi-bilidade de lançar odeputado federalMáriton de Holanda,o Padre Ton.

Em Tocantins,quem quer se candi-datar é o médico eempresário NicolauEsteves, secretáriode Saúde de Palmase dono da universida-de Instituto Tocanti-nense Presidente An-tônio Carlos. Estevestem um acordo com oPP, do prefeito da ca-pital, Carlos Amas-tha, para que os par-tidos lancem quemestiver melhor nas

pesquisas: ou ele ouo presidente da Fede-ração das Indústriasdo Estado do Tocan-tins, Roberto Pires(PP).

Estes três Estados,no entanto, podem en-trar como moeda detroca na negociaçãonacional com oPMDB. O principaisnós estão no Rio,onde os pemedebistasreivindicam o apoiode Lindbergh ao vice-governador Luiz Pe-zão; no Ceará, onde osenador Eunício Oli-veira quer a adesãodos petistas em detri-mento do grupo deCid Gomes; e no Ma-ranhão, onde a famí-lia Sarney briga paraque o PT apoie o se-cretário da Casa Ci-vil do governo Rose-ana Sarney, Luís Fer-nando Silva, em vezdo presidente da Em-bratur Flávio Dino(PCdoB).

O lançamento decandidaturas própriasdo PT nos maioresEstados também bus-ca atingir, indireta-mente, outro objetivo:fazer uma bancadacom mais de cem de-putados federais, oque não acontece des-de 1998, quando o en-tão PFL (hoje DEM)elegeu 105.

Geralmente, a ex-posição dos candida-tos majoritários au-menta a votação dosproporcionais. "Te-mos um grande dese-jo de aumentar a ban-cada de deputados ede senadores. Essa ta-refa é muito impor-tante. Tem que cons-truir a base de susten-tação [de um eventu-al segundo governoDilma]", afirma o se-cretário nacional deorganização do PT,Florisvaldo Souza.

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 5 de novembro de 2013página 6 Edição nº 6.459

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A dívida externabruta de Estados emunicípios assumiutrajetória ascenden-te e começa a preo-cupar pelo r iscocambial que repre-senta. A fatia dessedébito dentro da dí-vida externa totaldo setor públicomais que dobrouentre junho de 2007e junho de 2013.Passou de 8,27%para 19,85%, tota-lizando US$ 21,63bilhões.

Na avaliação deanalistas do setorpúblico, o aumento

Integrantes daRede, cujo registrofoi negado pelaJustiça Eleitoral, eos do PSB, queabrigou os "mari-neiros" sem parti-do, começam achegar a um pri-meiro consenso noprometido "debateprogramático" ini-ciado há uma se-mana. A ideia étransformar a re-forma urbana, sob

Dobra a fatia dos Estadosna dívida externa pública

desse endividamen-to de Estados e mu-nicípios ocorreuporque o dólar esta-va muito barato em2011. Isso teria in-centivado gover-nantes a captar re-cursos, até porquehavia grande ofertade crédito no mun-do e os empréstimostinham o aval daUnião. Depois de fi-car anos fora domercado de créditoexterno de bancosprivados, Estados emunicípios fecha-ram operações combancos como o

Bank of AmericaMerrill Lynch, quefinanciou US$726,4 milhões paraSanta Catarina,US$ 661 milhõespara o Maranhão eUS$ 478 milhõespara o Mato Gros-so. Minas fechoucom o Credit Suis-se empréstimo deUS$ 1,27 bilhão.

Para esses analis-tas, o problema dadívida externa dosgovernos subnacio-nais não é somentea atual desvaloriza-ção cambial, mastambém a expecta-

tiva de que ela con-tinuará no próximoano. "O risco cam-bial hoje é altíssi-mo, porque o câm-bio está completa-mente fora do lu-gar", diz Amir Kha-ir, especialista emsetor público, queestima um valor deequilíbrio entre R$2,70 e R$ 2,80.

Não é o que pen-sam gestores dosEstados. Para eles,as operações exter-nas faziam sentidoquando foram con-traídas e ainda fa-zem, mesmo com a

recente desvalori-zação do real fren-te ao dólar. Wan-derlei Pereira dasNeves, diretor decaptação de recur-sos de Santa Cata-rina, observa queseu Estado usou oempréstimo doBank of Americapara reestruturarsua dívida. "Troca-mos dívida cara quetínhamos com aUnião (IGP-DI +6% ao ano) por dí-vida com maiorprazo e condiçõesmelhores (variaçãodo dólar + 4% ao

ano)". Sobre o riscocambial, ele lem-brou que a dívidaanterior também se-ria impactada, por-que o IGP sofre for-te influência da va-riação do dólar. Sóno mês passado o in-dexador foi muda-do.

Os indicadores deendividamento emdólar dos Estadosainda são modera-dos. O mais alto é odo Ceará, com 42%do endividamentototal. O de Santa Ca-tarina é de 18% e ode Minas, 12%.

Ex-senadora e Eduardo Campos queremcriar conceito de cidade sustentável

o conceito de "cida-de sustentável", emprioridade do pro-jeto presidencialque une a ex-minis-tra Marina Silva e ogovernador de Per-nambuco, EduardoCampos.

O plano dos doisgrupos, que aindadivergem em umasérie de questões, é"vender" a ideia deque hoje os princi-pais problemas am-

bientais estão nascidades.

- Quer assuntomais relacionadocom o meio ambi-ente do que faltade esgoto e de águapotável? E do quea falta de um trans-porte público dequalidade que ali-vie o trânsito dosgrandes centros? -afirma o primeiro-secretário nacionaldo PSB, Carlos Si-queira.

O tema é caro aMarina, ex-titulardo Meio Ambientedo governo Luiz

Inácio Lula da Sil-va que anunciouapoio a Campostão logo viu ruirseu projeto de cri-ar um novo parti-do a fim de dispu-tar o Planalto em2014. Além de va-ler como um as-sunto afim entrePSB e Rede, coor-denadores da siglaacreditam que umaproposta de pro-grama robusto e deimpacto voltadopara a reforma ur-bana pode respon-der em cheio aospedidos dos mani-

festantes que to-maram as ruas emjunho.

O programa,ainda em fase em-brionária, teriacomo objetivo fo-car na questão de"políticas integra-das", com açõescoordenadas nasáreas de educação,saúde, mobilida-de, segurança, cul-tura e esportespara garantir avida "sustentável"na cidade.

Campos foi mi-nistro de Ciência e

Tecnologia duranteo primeiro manda-to de Luiz InácioLula da Silva - in-tegrava o ministériojunto com Marina.Sua ideia, segundoaliados, é exploraro tema "cidade sus-tentável" a fim deapresentar umapauta que vá alémdo combate à misé-ria, já exploradopelos petistas naseleições anteriores.Quer, assim, refor-çar seu discurso se-gundo o qual "épossível fazermais".

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 5 de novembro de 2013 página 7Edição nº 6.459

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OAB Nº 134.223

O resultado fis-cal de Estados emunicípios - queeste ano aindanão passou de0,53% do Produ-to Interno Bruto(PIB) até setem-bro - poderá sofrernovas quedas coma liberação dosrecursos do Proin-veste, um efeitoque deve se esten-der também por2014.

O prazo paraadesão ao progra-ma acabou em se-tembro e, segundobalanço do BancoNacional de De-senvolvimentoEconômico e So-cial (BNDES), fo-ram contratadosR$ 11 bilhões masapenas R$ 4,2 bi-

Meta fiscal será afetada pelo programade empréstimos para o governo

lhões já foram li-berados. Ou seja,à medida em queo saldo dessasoperações for sen-do repassado aosEstados e o gastoocorrer, será con-tabilizado comodéficit.

O secretário doTesouro Nacional,Arno Augustin, jáexplicou que oProinveste é umdos motivos queexplicam a quedano resultado fiscalde Estados esteano. O programafinancia despesasde capital - inclu-indo novos em-préstimos parapagar dívidas an-tigas -, além daaquisição de má-quinas e equipa-

mentos e aportesem fundos como odas parcerias públi-c o - p r i v a d a s(PPPs).

Ao contrário definanciamentospara grandes obras,que são mais lon-gos e têm um cro-nograma de libera-ção de recursosmais lento, o Pro-investe tem um rit-mo acelerado degastos e, portanto,de impacto no su-perávit do setorpúblico. Pelas con-tas do governo, ameta de 2,3% parao primário do setorpúblico só será al-cançada se os Es-tados atingirem oresultado de 1% doPIB. Para isso, te-riam três meses

para fazer um es-forço fiscal da or-dem de 0,47% doPIB, próximo atudo o que fizeramnos primeirosnove meses doano.

A expectativado Tesouro Nacio-nal é que a arreca-dação do Impostosobre Circulaçãode Mercadorias eServiços (ICMS)se recupere. Des-de julho, o resulta-do de Estados emunicípios vem semantendo na casade 0,4% do PIB.

O Proinvestenão é o primeiroprograma emer-gencial de investi-mentos que o Te-souro Nacional li-berou para gover-

nadores e prefei-tos com o objeti-vo de aliviar aspressões de caixa.Desde a crise eco-nômica, já foramfeitos o ProgramaEmergencial deFinanciamento(PEF) I e II quesomaram juntosR$ 9,548 bilhões,segundo o BN-DES.

Nessa últimaversão, o governodisponibilizou R$20 bilhões a umataxa de juros limi-tada à Taxa de Ju-ros de Longo Pra-zo (TJLP) e a até1,1 % ao ano paracobrir o risco daoperação. O prazoé de vinte anos,com até dois decarência.

Além do BN-DES, o Banco doBrasil e a CaixaEconômica Fede-ral tinham um or-çamento de R$ 6bilhões do Proin-veste para contra-tar. O BB e a Cai-xa alegam sigilopara fornecer asinformações. Con-frontados com ofato de que o BN-DES, também umbanco que precisarespeitar o sigilodas informaçõesbancárias, haviarepassado os da-dos, as assessoriasde imprensa dosbancos reiteraramque a decisão desuas diretorias con-tinuava sendo a denão dar transpa-rência aos dados.

FOLHA DE ITAPETININGA Terça-feira 5 de novembro de 2013página 8 Edição nº 6.459

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Silas Gehring Cardosoé redator chefe dos jornaisFolha de Itapetininga eTribuna Popular e presi-dente da AJORI Associa-ção dos Jornalistas e Ra-dialistas da Região de Ita-petininga.

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Itapetininga cresce e suahistória precisa ser atualizada

COLUNA DO ENSINONewton Albuquerque

Newton Albuquerque

Dr. Bastos AJORI 372

CALEIDOSCÓPIO 889 - DR. BASTOS

MALÁRIA - DESAFIO DOS PAÌSES TROPICAIS

Tempo Integral e Baixos Salários

Conhecida desde a anti-guidade a malária , a bemconhecida por impaludismo,maleita, paludismo vem de-safiando as autoridades desaúde pública que lutam paraa produção de uma vacinacapaz de proteger pessoasexpostas por insistentes pe-rigos de infestação nos paí-ses que ainda existam ende-mia. (( doenças contagiosascujo número é previsível).

Os países tropicais emcuja generalidade inclui aAmazônia, o pantanal exi-gem constante atenção tal éa facilidade de contaminaçãonas áreas endêmicas, princi-palmente nas regiões onde háchuvas periódicas que for-mam coleções de água empequeno volume, propician-do a criação de larvas demosquitos hematófagos( quese alimentam de sangue)como acontece na Amazô-nia e no pantanal, principal-mente, especialmente nas es-tações das chuvas

A infestação é transmitidapelo mosquito do gênero Anó-

filo., conhecido nos meios ru-rais como “febre quebra-os-sos” devido intensa prostraçãocom dores pelo corpo , prin-cipais sintomas da malaria.

Há áreas de intensa repro-dução dos mosquitos trans-missores nas quais chega ahaver 90% dos habitantescontaminados.

Há quatro espécies deprotozoários do gênero Plas-modium que produzem sinto-mas diferentes, tendo em co-mum acessos febris precedi-dos de calafrios e intervalosde quiescência (período deausência de febre) emboranesse período persistam osaumentos do fígado e, parti-cularmente, do baço.

As espécies de Plasmo-diuns se diferenciam clinica-mente por provocarem infes-tações com característicasde periodicidade: pevivax in-dutor da chamada terçãbenigna, eis que o parasitatem campo de multiplicaçãono baço e no fígado.

A mais perigosa das es-pécies é o P.Malasiae já queé no cérebro o campo de re-produção.

O mais benigno é o plas-modiun malariae que tem umciclo mais longo produzindofebre quartã que raramenteprovoca óbito.

Há medicamentos quecombatem as infestações, ouseja, a presença de parasitas(seres do reino animal) e asinfecções que são parasitasdo reino vegetal. Por exem-plo, o bacilo de Koch queprovoca a tuberculose é umabactéria que pertence ao rei-no vegetal.

A terapêutica é razoavel-mente satisfatória. Desde oquinino a atebrina e a plamo-quina.

Consta que o saláriomínimo do professor,pordeterminação de Lei Fe-deral, portanto valendo paratodo o país,isto é,todas asPrefeituras Municipais, Esta-dos e Distrito Federal, im-porta em aproximadamen-te R$ 1.500,00,por 40 ho-ras semanais. Isto significaque o salário mínimo parao professor dos anos ini-ciais do Ensino Fundamen-tal, que trabalha com jor-nada de 30 horas, e assimé a grande maioria, é de¾ daquele valor.Portanto,algo em torno de 1.150,00reais mensais.Salário muitobaixo.

Mesmo assim, as notí-cias afirmam que diversosEstados pagam menos eestão se empenhando eargumentando por valoresestáveis ou menores.

Essa é a importânciaque se dá ao professor –sempre louvores nas cam-panhas políticas, que nãose transformam em valori-zação concreta,através de

digna melhoria de salários.E a situação se

congela,com o Professor1,de pré-escola e de 1ºao 5º ano ganhando pró-ximo a um e meio saláriomínimo federal( das cate-gorias em geral).

Apesar de muitas vezesargumentar que não hádinheiro para aumentar osalário dos professores,verifica-se uma onda cres-cente de programas políti-cos prometendo duplicaçãodo horário de aulas,comtempo integral para os alu-nos, o que implicará emelevado aumento de des-pesas, inclusive com apli-

cações na área de espor-tes e cultura geral.

Os professores amar-gam, há muito tempo e nãopouco, há décadas e su-cessivos governos, a que-da da sua valorização,mesmo com o surgimentodas suas entidades de clas-se que, desde então, lu-tam liderando movimentosreivindicatórios,pela digni-dade da classe. Do magis-tério exigem-se cada vezmais, exigências que nãosão acompanhadas de res-pectivos aumentos salari-ais.

Onde está o reconhe-cimento ?

UM POUCODE HUMOR

O velho diz ao médico:__Olha doutor,eu do-

bro o corpo à direita, fazcrak; dobro à esquerda, fazcrek; dobro o joelho, fazcrok e assim por diante.Estou preocupado.

__Não se preocupe. Éque o senhor está ficandocrocante !

Itapetininga,que estácomemorando 243anos, exatamente hoje,tem uma história riquís-sima que todos já co-nhecem. Suas origens,seu perfil no passado,suas tradições, etc. Ex-celentes obras retratamessa sua história. Entretantas outras, podemoscitar os livros de NetoCaldeira (1934). GalvãoJunior (1956) e CarlosFidêncio (1970). Maisrecentemente, novasobras de autores con-ceituados foram lança-das. A história de algu-mas famílias que, inclu-sive, projetaram nossomunicípio no Estado eno país, igualmente já éamplamente conhecida emerece continuar sendocultivada. No entanto, épreciso que se leve emconsideração que muitacoisa nova aconteceu. Acidade hoje não é maisapenas o centro velho.Ela cresceu em várias di-reções. Recebeu imi-grantes vindo das maisdiferentes partes domundo, que ajudaram acriar a nossa riqueza,tanto material quantocultural. Famílias dasmais diferentes origenscriaram vilas, estrutura-ram comunidades, en-fim, deram a sua parce-la de contribuição paraa construção do quehoje é Itapetininga. Seráuma grave injustiça secontinuarmos apenas a

repetir a velha históriasem olhar para esse enor-me contingente, que mu-dou a geografia de nos-sa cidade e que contri-buiu substancialmentepara aquilo que de maisbonito temos que é amescla de diferentes po-vos e raças.

Particularmente no quediz respeito à imigração,ela deve merecer um ca-pítulo todo especial nareadequação de nossahistória. A agricultura,por exemplo, foi enorme-mente alavancada pelaimigração japonesa. Háfamílias de origem nipô-nica que tiveram e conti-nuam tendo um papel degrande projeção e queainda não tiveram seusnomes inseridos nosanais da história. O con-tingente sírio-libânes, quepropiciou um grande sal-to ao nosso comércio,igualmente ainda não re-cebeu o merecido reco-nhecimento. A colôniaitaliana e seus descenden-tes, registram uma parti-cipação muito maior doque aquela que até aquiconsta nas obras já es-

critas. Outros contin-gentes também têmsido injustiçados, comoos armênios, os ale-mães, os austríacos, ossuíços, os judeus, ospoloneses e, mais re-centemente, os chinesese contingentes de paí-ses latino-americanos.Todos vieram dar suaparcela de contribuiçãoe merecem ser destaca-dos. Todos passaram aser brasileiros, paulistase itapetininganos.

A diversidade cultu-ral e religiosa tambématé aqui não foi devida-mente avaliada. Hoje,por toda a região urba-na e por toda zona ruralexistem casas religiosasdas mais diferentes de-nominações. Comoexistem associaçõesculturais buscandomanter tradições quedevem ser preservadas.Todo esse riquíssimopatrimônio espiritualprecisa merecer umamaior atenção da im-prensa e dos historiado-res, que precisam en-xergar que os horizon-tes estão mudando eque ao lado da neces-sária preservação dastradições passadas, épreciso olhar e reco-nhecer a nova realidade,dando uma valorizaçãojusta e equilibrada a to-dos os segmentos. Aimprensa é que precisa"acordar consciências"para essa nova realida-de, e mais que isso, tal-vez até dar o pontapéinicial em novo trabalhocom essa abrangência.É uma questão de justi-ça que deve se nortearpor um correto grau deavaliação da nossa rea-lidade.