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IOCESANA FOLHA INFORMA TIVO DA DIOCESE DE GUANHÃES | MG | ANO XVIII | Nº 217 | Julho de 2014 D | PÁGINAS 4 E 5 | | PÁGINA 7 | | PÁGINA 8 | 25 ANOS EM MISSÃO Pe. Saint-Clair Pe. Ismar ÂTÄxzÜtÜ@áx vÉÅ Éá Öâx áx tÄxzÜtÅ x v{ÉÜtÜ vÉÅ Éá Öâx v{ÉÜtÅAÊ (Rm 12,15) ÂgâwÉ ÑÉááÉ ÇæTÖâxÄx Öâx Åx yÉÜàtÄxvxAÊ (Fp 4,13) Paróquia São Pedro comemora festa de seu padroeiro Comunicadores diocesanos se preparam para o 4º Encontro Nacional da PASCOM em Aparecida-SP

Folha diocesana ed217

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Page 1: Folha diocesana ed217

IOCESANAFOLHA

IN FOR MA TI VO DA DIO CE SE DE GUA NHÃES | MG | ANO XVIII | Nº 217 | Julho de 2014D

| PÁGINAS 4 E 5 |

| PÁGINA 7 | | PÁGINA 8 |

25 ANOS EM MISSÃOPe. Saint-Clair Pe. Ismar

ÂTÄxzÜtÜ@áx vÉÅ Éá Öâx áxtÄxzÜtÅ x v{ÉÜtÜ vÉÅ Éá

Öâx v{ÉÜtÅAÊ (Rm 12,15)

ÂgâwÉ ÑÉááÉÇæTÖâxÄx Öâx Åx

yÉÜàtÄxvxAÊ (Fp 4,13)

ParóquiaSão Pedrocomemorafesta deseupadroeiro

Comunicadores

diocesanos se

preparam para

o 4º Encontro

Nacional da

PASCOM em

Aparecida-SP

8 JULHO2014 DIOCESEEMFOCO

www.diocesedeguanhaes.com.br

O novo site daDiocese de Guanhães

já está na net

Faça-nos uma visita!Divulguem!

Uma Igreja ministerial, na alegria de servir

A temática dos ministérios é muito rica, nãoapenas em sua dimensão teológica e documen-tal, mas principalmente no aspecto experiencialdas realidades dos ministérios ordenados e não-ordenados no ambiente eclesial, lugar de comu-nhão, de celebração e missão, serviço ao Evan-gelho através dos irmãos e irmãs em Cristo nacomunidade de fé. Ao experimentar o Deus da vi-da que vem ao encontro do ser humano, os fiéisnão ficam presos, tornam-se missionários dentroe fora de sua comunidade, porque se sentem en-viados para partilhar a experiência libertadora.

Compreende-se que, a partir do Concílio Vati-cano II celebrado de 1962 a 1965, a Igreja procu-rou voltar às origens, resgatando seu significadode sacramento, ser sinal visível de salvação dosfiéis, pela entrega gratuita e amorosa de Cristo,bem como sua missão de dialogar com o mundocontemporâneo, a fim de proporcionar uma expe-riência sempre nova e atualizada com a vida e amensagem de Jesus.

Nesse processo de retorno aos ideais evan-gélicos, com o desejo de ser um sinal mais eficazno anúncio da Boa Nova de Cristo, a Igreja cha-mou a atenção para duas realidades importantesde sua missão. A primeira, com base na expe-riência de um Deus que é comunhão trinitária,considerando o espaço eclesial como lugar decomunhão em todos os aspectos, quer na di-mensão do mistério-celebrativo, quer na dimen-são institucional-histórica. A segunda realidadediz respeito ao tema da ministerialidade, quandoa Igreja destaca a necessidade de ser toda mi-nisterial, valorizando os ministérios ordenados(bispos, presbíteros e diáconos) e os ministériosnão-ordenados (leigos).

Os ministérios têm natureza essencialmentepara o serviço. Contudo, quando mal compreen-didos, e pior, mal assumidos, eles podem serexercidos como status e fonte de poder perdendotodo seu significado de comunhão e doação. To-dos aqueles que vivem a fé no ambiente eclesialsão enviados para anunciar e testemunhar amensagem salvífica que nasce do amor do Pai,pela entrega fiel do Filho, na comunhão com oEspírito Santo.

Atualmente a Igreja vive um ótimo momentode acolhida e evangelização com a presença hu-milde e carismática do Papa Francisco que vemprovocando a todos para uma fidelidade maior aoEvangelho, na doação, no serviço e na fidelidadeao projeto de Jesus. Com suas palavras e comseu testemunho bonito, o Sumo Pontífice chamaa atenção de todos, principalmente dos ministrosordenados para que sejam pessoas de uma en-trega total e incondicional à missão que abraça-ram de viverem in persona Christi e in personaEcclésia (Na pessoa de Cristo e na pessoa daIgreja), isto é, viverem intimamente ligados a Cris-to no seio da santa mãe Igreja.

André Luiz Eleotério da LombaSeminarista – 3° Ano de Teologia

Diocese de Guanhães (MG)

Comunicadores diocesanos se preparam para o 4º Encontro Nacional da PASCOM em Aparecida-SP

No dia 28 de junho, sábado, às 9h, no

Centro pastoral paroquial São Miguel em

Guanhães (MG), estiveram reunidas as

pessoas que irão participar do 4º Encon-

tro Nacional da Pastoral da Comunica-

ção, em Aparecida – São Paulo, nos

dias 24 a 27 de julho de 2014. O encon-

tro iniciou com oração e apresentação

dos participantes. Após as apresenta-

ções fizeram um pequeno estudo sobre

o tema do 4º Encontro: “Comunicação,

desafios e possibilidades para evangeli-

zar na era da cultura”. E por fim, passa-

ram algumas comunicações e orienta-

ções sobre a viagem e encontro em

Aparecida.

Estiveram presentes asseguintes pessoas:

Salete, Lafaiete – Santa Maria do

Suaçuí

Adenil – São João Evangelista

Jose Aparecido de Miranda –

Seminarista

Marlene e Luciano – Paulistas

Bruno – Seminarista

Juliano, Simone, Arminda, Sônia e

Mariza – Guanhães

Por CATECOM

Manter a Folha Diocesana,

sonho de padre Ismar, não é

tarefa fácil, mas a equipe, lide-

rada por padre Saint-Clair e por

padre Adão, se sente fortaleci-

da porque sabe que pode con-

tar com muitos diocesanos e

diocesanas que acreditam que

esta é um meio de evangelizar

e colaboram de diversas for-

mas (com artigos, financeira-

mente, divulgando). Nossos

agradecimentos, em especial,

à secretária da paróquia São

Miguel – Márcia Martins - que

é uma das maiores divulgado-

ras da Folha Diocesana.

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Page 2: Folha diocesana ed217

Con se lho Edi to rial:

Padre Adão Soares de Souza, padre Saint-Clair Ferreira Filho, Taisson dos Santos BicalhoRevisão: Mariza da Consolação PimentaDupimJor na lis ta Res pon sá vel:

Luiz Eduar do Bra ga - SJPMG 3883En de re ço pa ra cor res pon dên cia:

Rua Amável Nunes, 55 - CentroGuanhães-MG - CEP: 39740-000Fone:(33) 3421-3331fo lha dio ce sa na@ gmail.com

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expediente

2 JULHO2014

O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matériasenviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a

opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

COMEMORAÇÃO - JULHO/AGOSTO DE 2014Padres, religiosas, consagradas e seminaristas da diocese de Guanhães

DAREDAÇÃO

Julho Padres02 Pe. Antônio Amadeu Rocha Ordenação04 Frei Geraldo Monteiro Nascimento06 Pe. Itamar José Pereira Ordenação10 Pe. Mário Gomes da Silva Ordenação13 Pe. Eduardo Ribeiro Ordenação13 Pe. José Adriano Barbosa dos Santos Ordenação15 Pe. Saint-Clair Ferreira Filho Ordenação23 Pe. José Adriano Barbosa dos Santos Nascimento24 Pe. Vanderley Fonseca Clemente Ordenação27 Pe. Antônio Amadeu Rocha NascimentoAgosto01 Pe. Eduardo Ribeiro Nascimento04 Dom Jeremias Antônio de Jesus Ordenação Episcopal07 Pe. Valter Guedes de Oliveira Ordenação15 Dom Marcello Romano Nascimento19 Dom Jeremias Antônio de Jesus Posse Canônica21 Pe. Derci da Silva Ordenação28 Pe. Hermes Firmiano Pedro Nascimento29 Pe. Jacy Diniz Rocha NascimentoJulho Religiosas/Consagradas06 Carmen Helena P. de Oliveira (Guanhães – Coop. Família) NascimentoAgosto03 Ir. Maria do C.Ferreira (Naná –Frei Lagonegro – Filha Mª) Profissão Religiosa05 Maria das N. de Matos (Morro do Pilar – Coop. Família) Nascimento15 Arminda de Jesus Batista (Guanhães – Coop. Família) Profissão Religiosa27 Ir. Maria do Carmo Ferreira (Naná –Frei Lagonegro – Filha Mª) NascimentoJulho Funcionários07 Rosa Maria da Silva Bretas Nascimento10 Simone Pinto Mendanha NascimentoAgosto23 Maria Aparecida C. do Amaral Nascimento

Cale

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Edito

rial

JULHO

04 Oitavas de Final

05 Quartas de Final

8 PASCOM

08 Quartas de Final

09 Semifinal da Copa

12 Disputa terceiro lugar da Copa

13 Final da Copa

15 Bodas de Prata do Pe. Saint Clair em S. João

20 Ordenação do Diac. José Geraldo em Tapera (10hs.)

27 Carisma Show da RCC em Sapucaia de Guanhães

30 Reunião dos padres

AGOSTO

2 a 3 Mini Semana Catequética em Guanhães

1 e 2 Terceiro Festival da Música Cristã

4 São João Maria Vianney

4 Aniversário de Ordenação Episcopal de D. Jeremias e Dia do

Padre: Missa e confraternização em Peçanha

10 a 17 Semana Nacional da Família

10 Presença Equipe da Causa do Cônego em Dores

11 a 15 Semana Nacional do Estudante

12 PASCOM

17 Assunção de Nossa Senhora

16 Encontro Vocacional

16 Escola Teol.: Moral Fundam. II (Pe. Edu. Ribeiro)

24 Ordenação Presbiteral Dic. Ivani em R. Vermelho às 10hs.

25 a 28 Retiro dos padres em Conceição (começa com a jan-

ta e termina com o almoço)

29 a 31 Enc. da P. Carc. Micro Centro II em Conceição

30 a 31 Terceiro Encontro Formação para líderes da PJ

30 Ord. Sac. do Diac. Salomão em Paulistas às 16hs.

contribua com a

FOLHADIOCESANADados para depósito bancário:Editora Folha Diocesana de GuanhãesCooperativa: 4103-3Conta Corrente: 10.643.001-7SICOOB-CREDICENM

A FOLHADIOCESANA

PRECISA DE VOCÊ

É com imensa alegria que a Folha Diocesana, nessemês de Julho, em comemoração dupla, anuncia e home-nageia duas peças importantíssimas na caminhada daPASCOM: as bodas de Prata sacerdotais dos nossosqueridos padres, Ismar e Saint-Clair.

Pe. Ismar, grande sacerdote, que em meados dosanos 90, plantou uma das sementes da PASCOM, ini-ciou os trabalhos da Folha diocesana, iniciada bem pe-quenina em São João Evangelista , e hoje distribuída emtodas as paróquias da diocese de Guanhães e online.Pe. Ismar continua firme na caminhada do nosso jornal,contribuindo mensalmente com seus sábios artigos.

Pe. Saint-Clair, centrado nos seus ideais, há váriosanos à frente da coordenação da PASCOM da Diocesede Guanhães, luta pela PASCOM, pelo Jornal Folha Dio-cesana, pelo site da diocese, pelo Festival da MúsicaCristã, entre tantos outros trabalhos voltados para comu-nicação da Igreja.

Leia, na íntegra, a entrevista que ambos concederamà nossa equipe; veja também as notícias e artigos colhi-dos com muito carinho por todos os amigos da FOLHADIOCESANA! Contribua você também com essa obra!Leia e anuncie aqui.

1 e 2 de agostowww.festivaldamusicacrista.com.br

7JULHO2014DIOCESEEMFOCO

No artigo anterior, fiz uma explanação geral do AnoLitúrgico. No presente texto irei abordar mais especifi-camente o Tempo da Quaresma.

Como o Cristo realizou a obra da redenção humanae da perfeita glorificação de Deus principalmente peloseu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossamorte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduopascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplande-ce como ápice de todo o ano litúrgico. Portanto, a sole-nidade da Páscoa goza no ano litúrgico a mesma cul-minância do domingo em relação à semana.

O dom da vida nova, que foi celebrado pelo mergu-lho no Mistério Pascal, no dia do nosso batismo, mudaradicalmente a nossa atitude em relação a todas as coi-sas. Mas, imersos em nossas ocupações cotidianas,facilmente nos esquecemos de quem no tornamos. Eisporque a Festa da Páscoa é retorno anual ao nosso ba-tismo.

A Quaresma é, então, o grande retiro anual da Igre-ja, desde a Quarta-feira de Cinzas, para preparar a pás-coa. Prolonga-se por seis semanas, terminando naQuinta-Feira Santa. “A Igreja se une todos os anos, du-rante quarenta dias de quaresma, ao mistério de Jesusno deserto”. É o tempo de preparação para a maior fes-ta dos cristãos.

Começa em um dia da semana, a Quarta-feira deCinzas, cuja data é móvel, dependendo da data de ce-lebração da Páscoa, e termina na Quinta-feira Santa,antes da missa da Ceia do Senhor. Possui seis domin-gos; o sexto se chama Domingo de Ramos na Paixãodo Senhor, e com ele começa a Semana Santa.

A Quarta-feira de Cinzas é, junto com a Sexta-feiraSanta, um dia de jejum, e a quaresma inteira, um tem-po de conversão e penitência. Unir-se a Jesus em seusquarenta dias de deserto é, para a Igreja e cada cristão,uma oportunidade anual de entrar no íntimo do própriocoração para renovar-se na fé e no compromisso como Evangelho. A cor roxa e o silêncio do “Aleluia”, louva-ção pascal, são dois símbolos que acompanham essetempo até seu término, na missa da Ceia do Senhor

durante a Quinta-feira Santa. Durante esse tempo, ganha

importância especial a prepara-ção final dos catecúmenos querecebem os sacramentos da ini-ciação na Vigília Pascal. O itine-rário de leituras da missa do anoA é batismal exatamente paraacompanhar a catequese pré-sa-cramental dos catecúmenos e in-troduzir todos os cristãos no cli-ma da renovação das promessasbatismais que se realizará dentroda Vigília Pascal.

Estruturada à luz do simbolis-mo bíblico dos “quarenta dias”, aquaresma é considerada tempode purificação e iluminação paraos catecúmenos eleitos para o batismo e “sacramento”de conversão e renovação para os batizados. “Por suadupla característica [batismal e penitencial] reúne cate-cúmenos e fiéis na celebração do mistério pascal”, sen-do um tempo de “recolhimento espiritual” (RICA, 152)para ambos, preparação para a grande celebração daPáscoa.

Características desse “tempo de graça” são as práti-cas penitenciais, por excelência, da oração, do jejum eda esmola, palavras que hoje soam arcaicas a muitosouvidos, mas que podemos traduzir por cultivo intensoe empenhado da espiritualidade cristã, que nos motivapara o seguimento apaixonado daquele que nos convi-da a tomar a cruz do amor maior; do autocontrole, quenos libera para a disponibilidade e entrega de nossasvidas a serviço dor irmãos e irmãs; da solidariedade,sobretudo, com os mais precisados. É nesse contextoe com esse espírito que participamos do canto do Ofí-cio da Quaresma, da Via Sacra e, sobretudo, da Euca-ristia dominical; que nos propomos a renunciar a gostose comodidades do dia a dia; que nos dedicamos àCampanha da Fraternidade. Dessa forma, o exercício

da penitência prescrito pela Igreja expressa a nossabusca de crescimento espiritual: retiramo-nos de algu-mas coisas para poder experimentar outras com maiorprofundidade. São Bento sugere que cada um recuse aseu corpo alguma coisa da comida, da bebida, do sono,das conversas, das brincadeiras, e na alegria do dese-jo espiritual, espere a santa Páscoa.

Na manhã da Quinta-feira Santa, celebra-se a missacrismal na qual o bispo abençoa os óleos que serão uti-lizados nos sacramentos do batismo, da confirmação eda unção dos enfermos. É a última celebração do tem-po da quaresma, antes de começar o tríduo pascal.

Após refletir sobre o Tempo da Quaresma, falta-nos,para concluir o Ciclo da Páscoa, a Semana Santa e oTempo Pascal, que será o tema do próximo artigo.

Jaciel Dias de Andrade

Seminarista do 1° ano de Teologia

Membro da Equipe Diocesana de Liturgia da Diocese de Guanhães – MG

Bibliografia Básica

Manual de Liturgia, CELAM, vol. IV: a celebração do mistério pascal: outras

expressões celebrativas do mistério Pascal e a liturgia na vida da Igreja. Trad.

Herman Hebert Watzlawich. SP: Paulus, 2007.

QUARESMA: UM GRANDE RETIRO

Paróquia São Pedro comemora festa de seu padroeiroO povo de Deus da Paróquia

de São Pedro estava em festa en-tre os dias 26 a 29 de junho de2014. Como é do conhecimentode nossa Diocese, a Igreja Matrizde São Pedro do Suaçuí está in-terditada há mais de 1(um) ano eas celebrações estão ocorrendoem um local improvisado.

Durante o tríduo e a festa, nos-sos paroquianos se reuniram emuma tenda armada em frente àIgreja que, para nossa alegria, te-ve suas obras iniciadas.

Este ano meditamos o tema:COMO PEDRO, SOMOS CHA-MADOS PARA O SEGUIMENTODE JESUS. Foi bonito ver os ir-mãos chegarem de todas as par-tes para celebrar a Eucaristia napraça, num profundo silêncio edisposição para a escuta da Pala-vra do Senhor, diferente do que àsvezes ocorre em Missas campais.

Todos os dias ocorriam as tra-dicionais barraquinhas com comi-das típicas, leilões, bingos e som.O dia 29 foi muito especial, cele-bramos a Solenidade de São Pe-dro e São Paulo e os vinte 29anos de Ordenação Sacerdotal denosso Administrador ParoquialPadre Pedro. A cerimônia teve aparticipação de uma grande multi-dão que lotou a praça para home-nagear São Pedro e agradecer a

Deus pela vida e vocação de nos-so pároco.

Após a Procissão tivemos umlindo Show Pirotécnico, apresen-tação de uma quadrilha do grupode jovens “KAIROS” de São JoãoEvangelista e um show com “Do-guinhas” do Forró patrocinado pe-la Prefeitura.

Tudo contribuiu para que pos-samos nos manter animados nosesforços pela restauração e refor-ma de nossa Igreja Matriz. O pro-jeto arquitetônico tem um orça-mento inicial de R$ 313.000,00(Trezentos e treze mil) e dispo-mos de apenas 1/3 do valor. O fa-to não nos desanima, pelo contrá-rio nos encoraja a fazer como Pe-dro, abandonar as redes do co-modismo e dedicarmos ao serviçodo Reino. Estamos em campanhae contamos com o apoio financei-ro e as orações de toda a nossaDiocese.

A conta para doação é do Ban-co Bradesco, Agência 609-2 Con-ta Poupança 1003623-2. Os nos-sos agradecimentos aos padresda nossa paróquia, Pedro e Celsopelo entusiasmo e dedicação, aoConselho Paroquial, a Equipe deFesta de 2014 e a todos os Sãopedrenses e colaboradores.

Equipe de comunicação da

Paróquia São Pedro do Suaçuí.

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33JULHO2014DIOCESEEMFOCOSão Tomé e sualinda profissãode fé

O apóstolo São Tomé, cele-brado em 3 de julho, está pre-sente nos Evangelhos Sinóti-cos (Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6,15) e nos Atos (At 1, 13). O seunome deriva de uma raiz he-braica, ta'am, que significa"junto" ou "gêmeo". De fato, oquarto Evangelho fala de To-mé várias vezes com o sobre-nome "Dídimo" (Jo 11, 16; 20,24; 21, 2), que em grego signi-fica precisamente "gêmeo".

São Tomé (ou São Tomás,em outras traduções) era pes-cador, como nos sugere a pas-sagem de João (21,1-4), ondeo vemos pescando no Mar daGalileia, ao lado de outrosapóstolos, como Pedro e os fi-lhos de Zebedeu.

Na Última Ceia, quando Je-sus estava falando de sua par-tida e anuncia que vai prepararum lugar para os discípulos pa-ra que também eles estejamonde Ele estiver, e esclarece:"E, para onde Eu vou, vós sa-beis o caminho" (Jo 14, 4), To-mé intervém e diz: "Senhor,não sabemos para onde vais,como podemos nós saber ocaminho?" (Jo 14, 5). Com es-

sas palavras Tomé dá a Jesusa ocasião para pronunciar acélebre definição: "Eu sou oCaminho, a Verdade e a Vida"(Jo 14, 6). Portanto, Tomé é oprimeiro a quem é feita esta re-velação, válida também paratodos nós, e para sempre!

É muito conhecida a cenaacontecida oito dias depois daPáscoa, que nos mostra umTomé incrédulo. Num primeiromomento, ele não tinha acredi-tado em Jesus que apareceuna sua ausência: "Se eu nãovir o sinal dos pregos nas suasmãos e não meter o meu dedonesse sinal dos pregos e a mi-nha mão no seu peito, nãoacredito" (Jo 20, 25). Sobre es-sa cena, transcrevemos o quedisse o então Papa Bento XVI:“No fundo, destas palavras [deTomé] sobressai a convicçãode que Jesus já é reconhecívelnão tanto pelo rosto quanto pe-las chagas. Tomé consideraque os sinais qualificadores daidentidade de Jesus são agorasobretudo as chagas, nasquais se revela até que pontoEle nos amou. Nisto o Apósto-lo não se engana” (Audiência

geral, de 27/09/2006). Oito dias depois, Jesus apa-

rece no meio dos seus discípu-los, e desta vez Tomé está pre-sente. E Jesus o interpela:"Põe teu dedo aqui e vê mi-nhas mãos! Estende tua mãoe põe-na no meu lado e nãosejas incrédulo, mas crê!" (Jo20, 27). Tomé reage com aprofissão de fé mais linda detodo o Novo Testamento: "MeuSenhor e meu Deus!" (Jo 20,28).

Continuando a reflexão so-bre essa Profissão de Fé, vale-mo-nos agora de uma homiliade outro pontífice, São Gregó-rio Magno, do século VI (Homi-

lia 26, Patrologia Latina): “SeTomé viu e tocou, porque éque lhe diz o Senhor: Porqueme viste, acreditaste? É queele viu uma coisa e acreditounoutra. A divindade não podiaser vista por um mortal. Ele viua humanidade de Jesus e fezprofissão de fé na sua divinda-de, exclamando: Meu Senhore meu Deus! Portanto, tendovisto, acreditou, porque tendoà sua vista um homem verda-deiro, exclamou que era Deus,a quem não podia ver”.

As dúvidas de Tomé têmpara nós um efeito pedagógicopositivo, pois nos conduzem àfé, à proclamação de Jesus co-

mo Senhor e Deus de nossasvidas. Os que se dizem “discí-pulos de São Tomé” devemaprender isso dele, pois eleolhava a humanidade de Jesuse via Sua divindade.

Diz a tradição que São To-mé evangelizou o Oriente Mé-dio e a Índia, sendo reconheci-do como fundador da Igrejados Cristãos Sírios Malabaresou Igreja dos Cristãos de SãoTomé. É padroeiro dos geólo-gos, geógrafos, geometristas,arquitetos e construtores. Queo seu exemplo nos ajude a re-forçar sempre mais a nossa féem Jesus Cristo, nosso Se-nhor e nosso Deus.

TRIBUTO AO PE. SAINT-CLAIR E PADRE ISMARNeste mês de julho gostaria

de prestar a minha homenagemao Pe. Saint-Clair Ferreira Filhoe ao Pe. Ismar Dias de Matos.Penso que, e tenho certeza, sãomerecedores desta e tantas ou-tras homenagens pelo que sãoe representam para a nossaquerida Diocese de Guanhães.

Quando a Pascom da Dioce-se me pediu que escrevesse al-guma coisa para a Folha Dioce-sana para ser publicado nestemês, me vieram à mente estasduas pessoas. Vejo esses doispastores, como Pedro e Paulo:temperamentos diferentes, mo-do de evangelizar diferente, gos-tos às vezes diferentes; porém,têm algo em comum: Amor in-condicional pela nossa Diocesede Guanhães. Conheço os doispraticamente desde a ordena-ção sacerdotal deles. Esse amorpela diocese, para mim tem asua marca reveladora quandoda criação de nossa dioceseque ambos estudavam no semi-nário de Diamantina, arquidioce-se da qual a então cidade deGuanhães e tantas outras cida-des faziam parte e foram des-

membradas para se criar entãoa nossa Diocese de Guanhães.Ali, naquele momento, ambospoderiam optar por permanecerna Arquidiocese de Diamantina,ou assumir a vida de seminaris-tas já da nova e recém-criadaDiocese de Guanhães. Não deuoutra, optaram por assumir jun-tos com o nosso saudoso DomFilippe e outros padres que játrabalhavam nas paróquias quepassaram a pertencer à novadiocese a caminhada dessa no-va Igreja Particular que surgiano Centro Nordeste Mineiro.

Merecem a minha homena-gem porque em momentos difí-ceis pelos quais passou a nossaDiocese eles estavam ali pre-sentes, dando a sua contribui-ção e até assumindo responsa-bilidade naquele momento con-sideradas pesadas para aquelesjovens Padres.

Neste Mês de julho, cele-bram suas Bodas de Prata Sa-cerdotais. São 25 anos de muitadedicação, de muito empenho ede fato, de muito Amor pela nos-sa Diocese. Hoje, Padre Ismarpresta relevantes serviços na

área de Educação na PUC MI-NAS, em Belo Horizonte. Dei-xou-nos um grande presente, aFOLHA DIOCESANA a qual euutilizo neste mês para prestar-lhe a minha homanagem. Pe.Saint-Clair continua a evangeli-zar como pároco, hoje na Paró-quia de São João Evangelista. Aeste, a minha gratidão. Quandodecidi partir para o Seminário,Fevereiro de 1990, o então jo-vem Padre Saint-Clair que meencaminhou. Era o então res-ponsável pela Pastoral Vocacio-nal.

Por tudo o que vocês fizerame que com certeza farão de bompara a nossa Diocese de Gua-nhães, o meu muitíssimo obriga-do! Mesmo distante, me alegrocom esse momento tão impor-tante e siginificativo na vida sa-cerdotal de vocês.

Parabéns pelos 25 anos devida consagrada a Deus e àcausa do Evangelho.

Pe. Dilton Maria Pinto

Do Clero da Diocese de GuanhãesMissão na Diocese de Lichinga

Moçambique – África.

| Padre Ismar Dias de Matos |Inicia-se um projeto pessoal ouprofissional, dedica-se a uma ta-refa no trabalho, abandona-se azona de conforto para conquistaralgo. Em todas essas ações,

uma coisa é certa: erros irão aconte-cer. Podem ser muitos, poucos ouapenas um; a quantidade deles pou-co interessa. Nesse processo de bus-ca, erro e tentativas uma palavra éessencial para a continuidade do quese propõem a fazer: a determinação.Uma das características fundamen-tais de um líder é ser determinado.Thomas Edison(1847 – 1931), in-ventor da lâmpada,fundador da GE,uma das maioresempresas do mun-do, errou mais de10 mil vezes noprocesso de cria-ção da lâmpada,entretanto, é famo-sa uma citação dele: não errei maisde 10 mil vezes; descobri 10 mil for-mas de como aquilo não funcionaria.

Determinação passa pelo fatode uma pessoa não saber comofazer algo, apenas saber que vaifazer, não importa quanto tempovai demorar, ainda que não te-nha recursos disponíveis paraexecutar a ação pretendida. A MartinLuther King Jr (1929 – 1968), pastor,ativista político e líder do movimentodos direitos civis dos negros norte-americanos, é atribuída uma citaçãoque costumo dizer ser o resumo dadeterminação: se não puder voar,corra; se não puder correr, ande; se

não puder andar, rasteje; mas conti-nue em frente de qualquer jeito.

Determinação é a boa teimosia, a

persistência, a certeza de que, mes-mo errando ou ouvindo um não, nãohaverá desistência. Errar e ouvir nãosão as únicas certezas imagináveisquando se começa um projeto, umempreendimento, algo novo. Ser de-terminado é fundamental para se al-cançar um resultado. Determinação

pede disciplina,esforço constante,dedicação. Jesus,o líder dos líderes,foi a determinaçãoem pessoa emsua passagem pe-la Terra e o foi ain-da mais em seustrês anos de vidapública. O filho doCriador enfrentou

a cultura estabelecida, o poder de reisde doutores da lei, a descrença depovos. Entre milhares de discípulos,

12 apóstolos foram chamados. Pre-parar essas 12 pessoas sem conhe-cimento, fé e didática foi uma tarefaárdua. Quase 2000 anos depois, ve-mos que foi bem sucedida. NossaIgreja Católica Apostólica Romanacontinua firme sua caminhada.

Pais e mães determinados sabemque educar filhos não é tarefa fácil,entretanto, ainda que o mundo ofere-ça milhões de tentações, eles persis-tem no acompanhamento à sua famí-lia. Jovens determinados não se con-tentam com a primeira tentativa; elespodem até se abater com os erros, is-so é humano, porém, após o choro,erguem a cabeça e voltam à luta;pastores determinados são cientesquanto à dificuldade do trabalho co-munitário, contudo, entendem que,pelo exemplo, humildade e chamado,sua causa se torna comum e é abra-çada pelas ovelhas.

Se não puder voar, corra; se não pudercorrer, ande; se não puder andar, rasteje;

mas continue em frente de qualquer jeito.

Martin Luther king Jr

“”

6 JULHO2014 ARTIGOS

Fé &

Pol

ítica

DETERMINAÇÃO

Juliano NunesJornalista [email protected]

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Nesta quinta-feira, 3 de julho, foi divulgada alogomarca e a oração da Jornada Mundial da Ju-ventude em Cracóvia 2016. A chegada do PapaFrancisco está prevista para o dia 28, enquanto aJMJ será realizada de 26 e 31 de julho de 2016.

A logo é composta por três cores: azul, verme-lho e amarelo que se referem ao tema da JMJ:“Bem-aventurados os misericordiosos, pois obte-rão misericórdia” (Mt 5,7). A gráfica da logo repre-senta o formato geográfico da Polônia, com umacruz que retrata Jesus Cristo, centro do encontro.Os raios da Divina Misericórdia saem da cruz,com as mesmas cores e formas da pintura “Jesusconfio em Ti”, realizada por pedido de Jesusquando de Sua aparição à Santa Faustina Ko-walska. O ponto circular representa Cracóvia nomapa da Polônia.

A oração da JMJ Cracóvia 2016 invoca a

intercessão de João Paulo II, confira:

“Deus, Pai misericordioso que revelastes oVosso amor no Vosso Filho Jesus Cristo e o der-ramastes sobre nós no Espírito Santo Consola-

dor, confiamos a Vós hoje o des-tino do mundo e de cada ho-mem.”

Pai Celestial, concedei quepossamos dar testemunho deVossa misericórdia. Ensina-nosa transmitir a fé aos que estãoem dúvida, a esperança aos queestão desanimados, o amor aosque se sentem indiferentes, operdão aos que erraram e a ale-gria aos que estão descontentes.Permiti que a centelha do Vossoamor misericordioso acesa emnós torne-se fogo que transfor-ma corações e renova a face daterra.

Maria, Mãe de misericórdia,rogai por nós. São João Paulo II,rogai por nós.

Fonte: Site www.zenit.org

www.vatican.va

Apresentada a logo oficial e oração da JMJ Cracóvia 2016

pag3e6 2014_PAG1N.QXD 16/07/2014 15:30 Página 1

Page 4: Folha diocesana ed217

Entrevista comemorativa das bodas de prata dePe. Ismar Dias de Matos

O que é para você comemorar 25 anos de caminhada sacerdotal?É momento de muita alegria, de agradecimento a Deus por todo o bem que Ele fez em

minha vida, em todo o tempo.Nestes 25 anos, quais foram os maiores desafios? E as maiores conquistas?O maior desafio foi ser pároco de Guanhães com apenas seis meses de ordenação. Eu

perdia o sono, à noite, preocupado. Depois padre Saint-Clair veio trabalhar comigo. Alegrei-me com isso. Penso que não há uma conquista específica, pois elas são muitas, como:aprender a respeitar a caminhada do povo, conhecer os paroquianos, integrar a Paróquiaà vida da Diocese etc.

Como é ser membro do presbitério da Diocese de Guanhães, vivendo em BeloHorizonte e atuando como professor universitário?Fale-nos de suas experiências?

Estou na Arquidiocese de BH e tenho “Uso de Ordem” para atuar. Apresento-me comopadre diocesano de Guanhães. Não tenho uma paróquia, mas sou bem acolhido pelos co-legas que me solicitam uma contribuição para celebrar missas, batizados e casamentos.Atuo bastante na Paróquia S. Judas Tadeu, em Nova Lima. Ser professor tem me dadomuitas experiências, pois conviver diariamente com a juventude universitária é desafiantee, ao mesmo tempo, engrandecedor; aprendo a não me acomodar com o que sei e com oque faço.

Fale-nos de sua família e como esta acompanha sua caminhada sacerdotal?Recebo de minha família um carinho enorme. Todos se alegram com os meus traba-

lhos, rezam por mim e torcem por mim. Desde 2009, minha mãe e minha única irmã, Gis-lene, e minhas sobrinhas mudaram-se para BH e nossa convivência, então, tornou-se ain-da maior. Isso faz muito bem para mim.

Como é ser padre nos tempos de hoje? O que identifica o sacerdote nos temposem que vivemos?

Ser padre sempre foi algo desafiador. Eu procuro, com toda a Igreja, viver a dimensãodo Sagrado e levar as pessoas a fazê-lo também. Se perdermos essa dimensão, nós nostornaremos desumanos e materialistas. Sacerdócio é isso, para mim. Acho que sempre foiisso.

De todas as histórias vividas qual a que mais o marcou como pessoa em sua vi-da?

O que mais me alegra é poder, no exercício diário do ministério, contribuir para o alíviodo fardo de muita gente, seja no atendimento individual orientando, confessando, convi-vendo. Esse trabalho me faz mais humano, mais compreensivo e, portanto, mais pastor.

Gostaria de saber como vê a Folha Diocesana, o jornal de nossa Diocese, que foicriado por você em 1995? Está satisfeito em ver que a semente lançada frutificou?

Estou muito satisfeito, sim, pois sempre quis contribuir com os meios de comunicação.Que o jornal chegue, cada vez mais, às pessoas e às suas famílias. Parabéns aos que dãocontinuidade ao trabalho. A Igreja deve ser mestra no exercício da comunicação.

Como foi celebrar suas bodas de prata nas paróquias em que exerceu seu minis-tério?

Foi maravilhoso! Voltar aos lugares por onde passei foi uma experiência gratificante. Re-cebi energias para poder trabalhar por muitos e muitos anos. O povo de Deus nos impul-siona no exercício sacerdotal. Eu agradeço a Deus por isso.

Gostaria que nos falasse sobre sua participação no processo de canonização doServo de Deus Lafayette da Costa Coelho, um pouco desta caminhada, dos livrosque escreveu sobre sua vida e como tudo isto influenciou ou marcou a sua vida co-mo sacerdote?

Eu sempre pensei em divulgar o Cônego Lafayette além das fronteiras paroquiais e dio-cesanas, por isso escrevi, em 1986, o livro “Cônego Lafayette: exemplo de vida”. Dom An-tônio Felippe, nosso primeiro bispo queria iniciar o processo e, a pedido dele, fiz um novolivro: “Cônego Lafayette: sacerdote para sempre”, em 1994. Mas Dom Felippe morreu pou-co depois desse livro. Foi com Dom Emanuel Messias que a causa ganhou força. Ele menomeou Postulador, que é uma espécie de advogado da causa. Eu escrevi, então, em2001, uma biografia mais caprichada, com mais detalhes e rigor metodológico e científico,que foi enviada a todos os bispos dos Brasil. O livro – “A grandeza na simplicidade” – tema apresentação feita pelo Cardeal Dom Serafim, e o prefácio feito por Dom José Maria Pi-res, Arcebispo emérito da Paraíba. Dedico-me à causa do Cônego Lafayette porque apren-di a admirá-lo desde criança, com a histórias que meus pais me contavam. Eu não o co-nheci, mas pelo que já pesquisei, posso dizer que ele foi um sacerdote que influencia mi-nha vida presbiteral.

4 JULHO2014 5JULHO2014BODASDEPRATA

Entrevista com Pe. Saint-Clair Ferreira Filho,por ocasião de suas bodas sacerdotais

O que tem na mente e no coração ao celebrar as suas bodas de prata

sacerdotais?

Alegria e serenidade por ter procurado sempre responder a minha vocação,apesar dos desafios.

Gostaria que nos falasse sobre a palavra bíblica inspiradora de seu mi-

nistério, “Alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram.

Rm 12,15”. Como esta palavra foi vivida ao longo destes anos?

A frase entrou na minha vida ainda no Seminário. A mesma tem ajudadobastante no exercício do ministério. Conviver com as pessoas é conviver coma alegria e a tristeza e participar delas.

Há pouco tempo declarou para o Jornal Folha Diocesana o seu amor à

diocese de Guanhães. O que é a diocese de Guanhães em sua vida sa-

cerdotal?

A diocese de Guanhães é quase tudo na minha vida presbiteral. Não imagi-no ser padre fora dela.

Como está vivendo esta nova experiência como novo Pároco de São

João Evangelista?

Ainda está cedo para falar da experiência. É um tempo de conhecimento. Por tantos anos atua nas comunicações da diocese de Guanhães, es-

pecialmente, como diretor da Rádio Vida Nova FM. Fale sobre a impor-

tância da comunicação em nossa diocese nos meios disponíveis que

usamos? Rádio, jornal, internet.

Já dizia o Chacrinha: quem não comunica se estrumbica. Eu diria quem nãose adéqua aos novos tempos, aos novos meios vai ficar na beira da estrada. In-ternet é algo que chegou para ficar. O Evangelho tem que se fazer presentenos novos meios. Sou apaixonado pelos meios de comunicação.

Partilhe conosco a história de sua vocação. Como surgiu? Como se

desenvolveu? Desafios encontrados nos caminho e de tudo vivido, o que

valeu a pena?

O mediador da minha vocação foi o arcebispo de Diamantina, Dom Sigaud.O convite, surpreendente, para eu ir para o Seminário partiu dele. A partir daí foiseguir o processo. Em termos de desafios não consigo destacar nada. Foramos desafios comuns da caminhada vocacional. Tudo valeu a pena. O presbite-rato me realiza.

Quais os desafios de ser igreja nos dias de hoje? Como o futuro se

abre de diante dos cristãos nos tempos em que vivemos?

O mundo passa por transformações radicais e profundas. Se não tivermoscoragem de encará-las ficaremos na beira da estrada – como dizia Dom HelderCâmara: ‘É preciso mudar todo dia para continuar sendo o mesmo’.

Quais ensinamentos guarda de Dom Antônio Filippe da Cunha, seu

bispo ordenante?

Duas grandes coisas: a simplicidade e o sonho de presbitério. O que diria aos jovens de hoje que sentem no coração o chamado à vo-

cação sacerdotal?

Por causa de Jesus Cristo e do Reino Vale a pena.

Em julho de 1989 a recém criada Diocese de Guanhães pela impo-sição das mãos de dom Antônio Felippe da Cunha, contemplava a or-denação sacerdotal de dois novos padres.

Em 6 de julho daquele ano, em Santa Maria do Suaçuí, Dom Felip-pe ordenava Pe. Ismar Dias de Matos, que em meados dos anos 90criaria o informativo para paróquia de São João Evangelista e que logoevoluíra para dimensões diocesanas, se tornando a nossa querida FO-LHA DIOCESANA.

Já em 15 de julho de 1989, foi a vez de Saint-Clair Ferreira Filho setornar presbítero na cidade de Coluna, desde então, firme em suas de-cisões, Pe. Saint-Clair segue sua missão incentivando a evangelizaçãoatravés dos meios de comunicação.

Hoje(2014), ambos presentes na PASCOM, Pe. Ismar, atualmenteprofessor universitário contribui todo mês com seus textos com pala-vras sábias. Pe. Saint-Clair segue sua missão como pároco de SãoJoão Evangelista, sendo também o coordenador diocesano da Pasto-ral da Comunicação e faz parte do conselho editorial da Folha Dioce-sana.

Por esses motivos e muitos outros, a Folha Diocesana se orgulhaem contar um pouco de suas histórias e fazer parte das bodas de pra-ta sacerdotais. Ambos são hoje, peças importantes no desenvolvimen-to das comunicações diocesana.

Veja na íntegra as entrevistas concedidas por nossos queridos pa-dres Saint-Clair e Ismar:

25 ANOS EM MISSÃO

paginas 4e5 2014_PAG1N.QXD 16/07/2014 15:46 Página 1

Page 5: Folha diocesana ed217

Entrevista comemorativa das bodas de prata dePe. Ismar Dias de Matos

O que é para você comemorar 25 anos de caminhada sacerdotal?É momento de muita alegria, de agradecimento a Deus por todo o bem que Ele fez em

minha vida, em todo o tempo.Nestes 25 anos, quais foram os maiores desafios? E as maiores conquistas?O maior desafio foi ser pároco de Guanhães com apenas seis meses de ordenação. Eu

perdia o sono, à noite, preocupado. Depois padre Saint-Clair veio trabalhar comigo. Alegrei-me com isso. Penso que não há uma conquista específica, pois elas são muitas, como:aprender a respeitar a caminhada do povo, conhecer os paroquianos, integrar a Paróquiaà vida da Diocese etc.

Como é ser membro do presbitério da Diocese de Guanhães, vivendo em BeloHorizonte e atuando como professor universitário?Fale-nos de suas experiências?

Estou na Arquidiocese de BH e tenho “Uso de Ordem” para atuar. Apresento-me comopadre diocesano de Guanhães. Não tenho uma paróquia, mas sou bem acolhido pelos co-legas que me solicitam uma contribuição para celebrar missas, batizados e casamentos.Atuo bastante na Paróquia S. Judas Tadeu, em Nova Lima. Ser professor tem me dadomuitas experiências, pois conviver diariamente com a juventude universitária é desafiantee, ao mesmo tempo, engrandecedor; aprendo a não me acomodar com o que sei e com oque faço.

Fale-nos de sua família e como esta acompanha sua caminhada sacerdotal?Recebo de minha família um carinho enorme. Todos se alegram com os meus traba-

lhos, rezam por mim e torcem por mim. Desde 2009, minha mãe e minha única irmã, Gis-lene, e minhas sobrinhas mudaram-se para BH e nossa convivência, então, tornou-se ain-da maior. Isso faz muito bem para mim.

Como é ser padre nos tempos de hoje? O que identifica o sacerdote nos temposem que vivemos?

Ser padre sempre foi algo desafiador. Eu procuro, com toda a Igreja, viver a dimensãodo Sagrado e levar as pessoas a fazê-lo também. Se perdermos essa dimensão, nós nostornaremos desumanos e materialistas. Sacerdócio é isso, para mim. Acho que sempre foiisso.

De todas as histórias vividas qual a que mais o marcou como pessoa em sua vi-da?

O que mais me alegra é poder, no exercício diário do ministério, contribuir para o alíviodo fardo de muita gente, seja no atendimento individual orientando, confessando, convi-vendo. Esse trabalho me faz mais humano, mais compreensivo e, portanto, mais pastor.

Gostaria de saber como vê a Folha Diocesana, o jornal de nossa Diocese, que foicriado por você em 1995? Está satisfeito em ver que a semente lançada frutificou?

Estou muito satisfeito, sim, pois sempre quis contribuir com os meios de comunicação.Que o jornal chegue, cada vez mais, às pessoas e às suas famílias. Parabéns aos que dãocontinuidade ao trabalho. A Igreja deve ser mestra no exercício da comunicação.

Como foi celebrar suas bodas de prata nas paróquias em que exerceu seu minis-tério?

Foi maravilhoso! Voltar aos lugares por onde passei foi uma experiência gratificante. Re-cebi energias para poder trabalhar por muitos e muitos anos. O povo de Deus nos impul-siona no exercício sacerdotal. Eu agradeço a Deus por isso.

Gostaria que nos falasse sobre sua participação no processo de canonização doServo de Deus Lafayette da Costa Coelho, um pouco desta caminhada, dos livrosque escreveu sobre sua vida e como tudo isto influenciou ou marcou a sua vida co-mo sacerdote?

Eu sempre pensei em divulgar o Cônego Lafayette além das fronteiras paroquiais e dio-cesanas, por isso escrevi, em 1986, o livro “Cônego Lafayette: exemplo de vida”. Dom An-tônio Felippe, nosso primeiro bispo queria iniciar o processo e, a pedido dele, fiz um novolivro: “Cônego Lafayette: sacerdote para sempre”, em 1994. Mas Dom Felippe morreu pou-co depois desse livro. Foi com Dom Emanuel Messias que a causa ganhou força. Ele menomeou Postulador, que é uma espécie de advogado da causa. Eu escrevi, então, em2001, uma biografia mais caprichada, com mais detalhes e rigor metodológico e científico,que foi enviada a todos os bispos dos Brasil. O livro – “A grandeza na simplicidade” – tema apresentação feita pelo Cardeal Dom Serafim, e o prefácio feito por Dom José Maria Pi-res, Arcebispo emérito da Paraíba. Dedico-me à causa do Cônego Lafayette porque apren-di a admirá-lo desde criança, com a histórias que meus pais me contavam. Eu não o co-nheci, mas pelo que já pesquisei, posso dizer que ele foi um sacerdote que influencia mi-nha vida presbiteral.

4 JULHO2014 5JULHO2014BODASDEPRATA

Entrevista com Pe. Saint-Clair Ferreira Filho,por ocasião de suas bodas sacerdotais

O que tem na mente e no coração ao celebrar as suas bodas de prata

sacerdotais?

Alegria e serenidade por ter procurado sempre responder a minha vocação,apesar dos desafios.

Gostaria que nos falasse sobre a palavra bíblica inspiradora de seu mi-

nistério, “Alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram.

Rm 12,15”. Como esta palavra foi vivida ao longo destes anos?

A frase entrou na minha vida ainda no Seminário. A mesma tem ajudadobastante no exercício do ministério. Conviver com as pessoas é conviver coma alegria e a tristeza e participar delas.

Há pouco tempo declarou para o Jornal Folha Diocesana o seu amor à

diocese de Guanhães. O que é a diocese de Guanhães em sua vida sa-

cerdotal?

A diocese de Guanhães é quase tudo na minha vida presbiteral. Não imagi-no ser padre fora dela.

Como está vivendo esta nova experiência como novo Pároco de São

João Evangelista?

Ainda está cedo para falar da experiência. É um tempo de conhecimento. Por tantos anos atua nas comunicações da diocese de Guanhães, es-

pecialmente, como diretor da Rádio Vida Nova FM. Fale sobre a impor-

tância da comunicação em nossa diocese nos meios disponíveis que

usamos? Rádio, jornal, internet.

Já dizia o Chacrinha: quem não comunica se estrumbica. Eu diria quem nãose adéqua aos novos tempos, aos novos meios vai ficar na beira da estrada. In-ternet é algo que chegou para ficar. O Evangelho tem que se fazer presentenos novos meios. Sou apaixonado pelos meios de comunicação.

Partilhe conosco a história de sua vocação. Como surgiu? Como se

desenvolveu? Desafios encontrados nos caminho e de tudo vivido, o que

valeu a pena?

O mediador da minha vocação foi o arcebispo de Diamantina, Dom Sigaud.O convite, surpreendente, para eu ir para o Seminário partiu dele. A partir daí foiseguir o processo. Em termos de desafios não consigo destacar nada. Foramos desafios comuns da caminhada vocacional. Tudo valeu a pena. O presbite-rato me realiza.

Quais os desafios de ser igreja nos dias de hoje? Como o futuro se

abre de diante dos cristãos nos tempos em que vivemos?

O mundo passa por transformações radicais e profundas. Se não tivermoscoragem de encará-las ficaremos na beira da estrada – como dizia Dom HelderCâmara: ‘É preciso mudar todo dia para continuar sendo o mesmo’.

Quais ensinamentos guarda de Dom Antônio Filippe da Cunha, seu

bispo ordenante?

Duas grandes coisas: a simplicidade e o sonho de presbitério. O que diria aos jovens de hoje que sentem no coração o chamado à vo-

cação sacerdotal?

Por causa de Jesus Cristo e do Reino Vale a pena.

Em julho de 1989 a recém criada Diocese de Guanhães pela impo-sição das mãos de dom Antônio Felippe da Cunha, contemplava a or-denação sacerdotal de dois novos padres.

Em 6 de julho daquele ano, em Santa Maria do Suaçuí, Dom Felip-pe ordenava Pe. Ismar Dias de Matos, que em meados dos anos 90criaria o informativo para paróquia de São João Evangelista e que logoevoluíra para dimensões diocesanas, se tornando a nossa querida FO-LHA DIOCESANA.

Já em 15 de julho de 1989, foi a vez de Saint-Clair Ferreira Filho setornar presbítero na cidade de Coluna, desde então, firme em suas de-cisões, Pe. Saint-Clair segue sua missão incentivando a evangelizaçãoatravés dos meios de comunicação.

Hoje(2014), ambos presentes na PASCOM, Pe. Ismar, atualmenteprofessor universitário contribui todo mês com seus textos com pala-vras sábias. Pe. Saint-Clair segue sua missão como pároco de SãoJoão Evangelista, sendo também o coordenador diocesano da Pasto-ral da Comunicação e faz parte do conselho editorial da Folha Dioce-sana.

Por esses motivos e muitos outros, a Folha Diocesana se orgulhaem contar um pouco de suas histórias e fazer parte das bodas de pra-ta sacerdotais. Ambos são hoje, peças importantes no desenvolvimen-to das comunicações diocesana.

Veja na íntegra as entrevistas concedidas por nossos queridos pa-dres Saint-Clair e Ismar:

25 ANOS EM MISSÃO

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33JULHO2014DIOCESEEMFOCOSão Tomé e sualinda profissãode fé

O apóstolo São Tomé, cele-brado em 3 de julho, está pre-sente nos Evangelhos Sinóti-cos (Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6,15) e nos Atos (At 1, 13). O seunome deriva de uma raiz he-braica, ta'am, que significa"junto" ou "gêmeo". De fato, oquarto Evangelho fala de To-mé várias vezes com o sobre-nome "Dídimo" (Jo 11, 16; 20,24; 21, 2), que em grego signi-fica precisamente "gêmeo".

São Tomé (ou São Tomás,em outras traduções) era pes-cador, como nos sugere a pas-sagem de João (21,1-4), ondeo vemos pescando no Mar daGalileia, ao lado de outrosapóstolos, como Pedro e os fi-lhos de Zebedeu.

Na Última Ceia, quando Je-sus estava falando de sua par-tida e anuncia que vai prepararum lugar para os discípulos pa-ra que também eles estejamonde Ele estiver, e esclarece:"E, para onde Eu vou, vós sa-beis o caminho" (Jo 14, 4), To-mé intervém e diz: "Senhor,não sabemos para onde vais,como podemos nós saber ocaminho?" (Jo 14, 5). Com es-

sas palavras Tomé dá a Jesusa ocasião para pronunciar acélebre definição: "Eu sou oCaminho, a Verdade e a Vida"(Jo 14, 6). Portanto, Tomé é oprimeiro a quem é feita esta re-velação, válida também paratodos nós, e para sempre!

É muito conhecida a cenaacontecida oito dias depois daPáscoa, que nos mostra umTomé incrédulo. Num primeiromomento, ele não tinha acredi-tado em Jesus que apareceuna sua ausência: "Se eu nãovir o sinal dos pregos nas suasmãos e não meter o meu dedonesse sinal dos pregos e a mi-nha mão no seu peito, nãoacredito" (Jo 20, 25). Sobre es-sa cena, transcrevemos o quedisse o então Papa Bento XVI:“No fundo, destas palavras [deTomé] sobressai a convicçãode que Jesus já é reconhecívelnão tanto pelo rosto quanto pe-las chagas. Tomé consideraque os sinais qualificadores daidentidade de Jesus são agorasobretudo as chagas, nasquais se revela até que pontoEle nos amou. Nisto o Apósto-lo não se engana” (Audiência

geral, de 27/09/2006). Oito dias depois, Jesus apa-

rece no meio dos seus discípu-los, e desta vez Tomé está pre-sente. E Jesus o interpela:"Põe teu dedo aqui e vê mi-nhas mãos! Estende tua mãoe põe-na no meu lado e nãosejas incrédulo, mas crê!" (Jo20, 27). Tomé reage com aprofissão de fé mais linda detodo o Novo Testamento: "MeuSenhor e meu Deus!" (Jo 20,28).

Continuando a reflexão so-bre essa Profissão de Fé, vale-mo-nos agora de uma homiliade outro pontífice, São Gregó-rio Magno, do século VI (Homi-

lia 26, Patrologia Latina): “SeTomé viu e tocou, porque éque lhe diz o Senhor: Porqueme viste, acreditaste? É queele viu uma coisa e acreditounoutra. A divindade não podiaser vista por um mortal. Ele viua humanidade de Jesus e fezprofissão de fé na sua divinda-de, exclamando: Meu Senhore meu Deus! Portanto, tendovisto, acreditou, porque tendoà sua vista um homem verda-deiro, exclamou que era Deus,a quem não podia ver”.

As dúvidas de Tomé têmpara nós um efeito pedagógicopositivo, pois nos conduzem àfé, à proclamação de Jesus co-

mo Senhor e Deus de nossasvidas. Os que se dizem “discí-pulos de São Tomé” devemaprender isso dele, pois eleolhava a humanidade de Jesuse via Sua divindade.

Diz a tradição que São To-mé evangelizou o Oriente Mé-dio e a Índia, sendo reconheci-do como fundador da Igrejados Cristãos Sírios Malabaresou Igreja dos Cristãos de SãoTomé. É padroeiro dos geólo-gos, geógrafos, geometristas,arquitetos e construtores. Queo seu exemplo nos ajude a re-forçar sempre mais a nossa féem Jesus Cristo, nosso Se-nhor e nosso Deus.

TRIBUTO AO PE. SAINT-CLAIR E PADRE ISMARNeste mês de julho gostaria

de prestar a minha homenagemao Pe. Saint-Clair Ferreira Filhoe ao Pe. Ismar Dias de Matos.Penso que, e tenho certeza, sãomerecedores desta e tantas ou-tras homenagens pelo que sãoe representam para a nossaquerida Diocese de Guanhães.

Quando a Pascom da Dioce-se me pediu que escrevesse al-guma coisa para a Folha Dioce-sana para ser publicado nestemês, me vieram à mente estasduas pessoas. Vejo esses doispastores, como Pedro e Paulo:temperamentos diferentes, mo-do de evangelizar diferente, gos-tos às vezes diferentes; porém,têm algo em comum: Amor in-condicional pela nossa Diocesede Guanhães. Conheço os doispraticamente desde a ordena-ção sacerdotal deles. Esse amorpela diocese, para mim tem asua marca reveladora quandoda criação de nossa dioceseque ambos estudavam no semi-nário de Diamantina, arquidioce-se da qual a então cidade deGuanhães e tantas outras cida-des faziam parte e foram des-

membradas para se criar entãoa nossa Diocese de Guanhães.Ali, naquele momento, ambospoderiam optar por permanecerna Arquidiocese de Diamantina,ou assumir a vida de seminaris-tas já da nova e recém-criadaDiocese de Guanhães. Não deuoutra, optaram por assumir jun-tos com o nosso saudoso DomFilippe e outros padres que játrabalhavam nas paróquias quepassaram a pertencer à novadiocese a caminhada dessa no-va Igreja Particular que surgiano Centro Nordeste Mineiro.

Merecem a minha homena-gem porque em momentos difí-ceis pelos quais passou a nossaDiocese eles estavam ali pre-sentes, dando a sua contribui-ção e até assumindo responsa-bilidade naquele momento con-sideradas pesadas para aquelesjovens Padres.

Neste Mês de julho, cele-bram suas Bodas de Prata Sa-cerdotais. São 25 anos de muitadedicação, de muito empenho ede fato, de muito Amor pela nos-sa Diocese. Hoje, Padre Ismarpresta relevantes serviços na

área de Educação na PUC MI-NAS, em Belo Horizonte. Dei-xou-nos um grande presente, aFOLHA DIOCESANA a qual euutilizo neste mês para prestar-lhe a minha homanagem. Pe.Saint-Clair continua a evangeli-zar como pároco, hoje na Paró-quia de São João Evangelista. Aeste, a minha gratidão. Quandodecidi partir para o Seminário,Fevereiro de 1990, o então jo-vem Padre Saint-Clair que meencaminhou. Era o então res-ponsável pela Pastoral Vocacio-nal.

Por tudo o que vocês fizerame que com certeza farão de bompara a nossa Diocese de Gua-nhães, o meu muitíssimo obriga-do! Mesmo distante, me alegrocom esse momento tão impor-tante e siginificativo na vida sa-cerdotal de vocês.

Parabéns pelos 25 anos devida consagrada a Deus e àcausa do Evangelho.

Pe. Dilton Maria Pinto

Do Clero da Diocese de GuanhãesMissão na Diocese de Lichinga

Moçambique – África.

| Padre Ismar Dias de Matos |Inicia-se um projeto pessoal ouprofissional, dedica-se a uma ta-refa no trabalho, abandona-se azona de conforto para conquistaralgo. Em todas essas ações,

uma coisa é certa: erros irão aconte-cer. Podem ser muitos, poucos ouapenas um; a quantidade deles pou-co interessa. Nesse processo de bus-ca, erro e tentativas uma palavra éessencial para a continuidade do quese propõem a fazer: a determinação.Uma das características fundamen-tais de um líder é ser determinado.Thomas Edison(1847 – 1931), in-ventor da lâmpada,fundador da GE,uma das maioresempresas do mun-do, errou mais de10 mil vezes noprocesso de cria-ção da lâmpada,entretanto, é famo-sa uma citação dele: não errei maisde 10 mil vezes; descobri 10 mil for-mas de como aquilo não funcionaria.

Determinação passa pelo fatode uma pessoa não saber comofazer algo, apenas saber que vaifazer, não importa quanto tempovai demorar, ainda que não te-nha recursos disponíveis paraexecutar a ação pretendida. A MartinLuther King Jr (1929 – 1968), pastor,ativista político e líder do movimentodos direitos civis dos negros norte-americanos, é atribuída uma citaçãoque costumo dizer ser o resumo dadeterminação: se não puder voar,corra; se não puder correr, ande; se

não puder andar, rasteje; mas conti-nue em frente de qualquer jeito.

Determinação é a boa teimosia, a

persistência, a certeza de que, mes-mo errando ou ouvindo um não, nãohaverá desistência. Errar e ouvir nãosão as únicas certezas imagináveisquando se começa um projeto, umempreendimento, algo novo. Ser de-terminado é fundamental para se al-cançar um resultado. Determinação

pede disciplina,esforço constante,dedicação. Jesus,o líder dos líderes,foi a determinaçãoem pessoa emsua passagem pe-la Terra e o foi ain-da mais em seustrês anos de vidapública. O filho doCriador enfrentou

a cultura estabelecida, o poder de reisde doutores da lei, a descrença depovos. Entre milhares de discípulos,

12 apóstolos foram chamados. Pre-parar essas 12 pessoas sem conhe-cimento, fé e didática foi uma tarefaárdua. Quase 2000 anos depois, ve-mos que foi bem sucedida. NossaIgreja Católica Apostólica Romanacontinua firme sua caminhada.

Pais e mães determinados sabemque educar filhos não é tarefa fácil,entretanto, ainda que o mundo ofere-ça milhões de tentações, eles persis-tem no acompanhamento à sua famí-lia. Jovens determinados não se con-tentam com a primeira tentativa; elespodem até se abater com os erros, is-so é humano, porém, após o choro,erguem a cabeça e voltam à luta;pastores determinados são cientesquanto à dificuldade do trabalho co-munitário, contudo, entendem que,pelo exemplo, humildade e chamado,sua causa se torna comum e é abra-çada pelas ovelhas.

Se não puder voar, corra; se não pudercorrer, ande; se não puder andar, rasteje;

mas continue em frente de qualquer jeito.

Martin Luther king Jr

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6 JULHO2014 ARTIGOSFé

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DETERMINAÇÃO

Juliano NunesJornalista [email protected]

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Nesta quinta-feira, 3 de julho, foi divulgada alogomarca e a oração da Jornada Mundial da Ju-ventude em Cracóvia 2016. A chegada do PapaFrancisco está prevista para o dia 28, enquanto aJMJ será realizada de 26 e 31 de julho de 2016.

A logo é composta por três cores: azul, verme-lho e amarelo que se referem ao tema da JMJ:“Bem-aventurados os misericordiosos, pois obte-rão misericórdia” (Mt 5,7). A gráfica da logo repre-senta o formato geográfico da Polônia, com umacruz que retrata Jesus Cristo, centro do encontro.Os raios da Divina Misericórdia saem da cruz,com as mesmas cores e formas da pintura “Jesusconfio em Ti”, realizada por pedido de Jesusquando de Sua aparição à Santa Faustina Ko-walska. O ponto circular representa Cracóvia nomapa da Polônia.

A oração da JMJ Cracóvia 2016 invoca a

intercessão de João Paulo II, confira:

“Deus, Pai misericordioso que revelastes oVosso amor no Vosso Filho Jesus Cristo e o der-ramastes sobre nós no Espírito Santo Consola-

dor, confiamos a Vós hoje o des-tino do mundo e de cada ho-mem.”

Pai Celestial, concedei quepossamos dar testemunho deVossa misericórdia. Ensina-nosa transmitir a fé aos que estãoem dúvida, a esperança aos queestão desanimados, o amor aosque se sentem indiferentes, operdão aos que erraram e a ale-gria aos que estão descontentes.Permiti que a centelha do Vossoamor misericordioso acesa emnós torne-se fogo que transfor-ma corações e renova a face daterra.

Maria, Mãe de misericórdia,rogai por nós. São João Paulo II,rogai por nós.

Fonte: Site www.zenit.org

www.vatican.va

Apresentada a logo oficial e oração da JMJ Cracóvia 2016

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Page 7: Folha diocesana ed217

Con se lho Edi to rial:

Padre Adão Soares de Souza, padre Saint-Clair Ferreira Filho, Taisson dos Santos BicalhoRevisão: Mariza da Consolação PimentaDupimJor na lis ta Res pon sá vel:

Luiz Eduar do Bra ga - SJPMG 3883En de re ço pa ra cor res pon dên cia:

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expediente

2 JULHO2014

O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matériasenviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a

opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.

COMEMORAÇÃO - JULHO/AGOSTO DE 2014Padres, religiosas, consagradas e seminaristas da diocese de Guanhães

DAREDAÇÃO

Julho Padres02 Pe. Antônio Amadeu Rocha Ordenação04 Frei Geraldo Monteiro Nascimento06 Pe. Itamar José Pereira Ordenação10 Pe. Mário Gomes da Silva Ordenação13 Pe. Eduardo Ribeiro Ordenação13 Pe. José Adriano Barbosa dos Santos Ordenação15 Pe. Saint-Clair Ferreira Filho Ordenação23 Pe. José Adriano Barbosa dos Santos Nascimento24 Pe. Vanderley Fonseca Clemente Ordenação27 Pe. Antônio Amadeu Rocha NascimentoAgosto01 Pe. Eduardo Ribeiro Nascimento04 Dom Jeremias Antônio de Jesus Ordenação Episcopal07 Pe. Valter Guedes de Oliveira Ordenação15 Dom Marcello Romano Nascimento19 Dom Jeremias Antônio de Jesus Posse Canônica21 Pe. Derci da Silva Ordenação28 Pe. Hermes Firmiano Pedro Nascimento29 Pe. Jacy Diniz Rocha NascimentoJulho Religiosas/Consagradas06 Carmen Helena P. de Oliveira (Guanhães – Coop. Família) NascimentoAgosto03 Ir. Maria do C.Ferreira (Naná –Frei Lagonegro – Filha Mª) Profissão Religiosa05 Maria das N. de Matos (Morro do Pilar – Coop. Família) Nascimento15 Arminda de Jesus Batista (Guanhães – Coop. Família) Profissão Religiosa27 Ir. Maria do Carmo Ferreira (Naná –Frei Lagonegro – Filha Mª) NascimentoJulho Funcionários07 Rosa Maria da Silva Bretas Nascimento10 Simone Pinto Mendanha NascimentoAgosto23 Maria Aparecida C. do Amaral Nascimento

Cale

ndár

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ioce

sano

Edito

rial

JULHO

04 Oitavas de Final

05 Quartas de Final

8 PASCOM

08 Quartas de Final

09 Semifinal da Copa

12 Disputa terceiro lugar da Copa

13 Final da Copa

15 Bodas de Prata do Pe. Saint Clair em S. João

20 Ordenação do Diac. José Geraldo em Tapera (10hs.)

27 Carisma Show da RCC em Sapucaia de Guanhães

30 Reunião dos padres

AGOSTO

2 a 3 Mini Semana Catequética em Guanhães

1 e 2 Terceiro Festival da Música Cristã

4 São João Maria Vianney

4 Aniversário de Ordenação Episcopal de D. Jeremias e Dia do

Padre: Missa e confraternização em Peçanha

10 a 17 Semana Nacional da Família

10 Presença Equipe da Causa do Cônego em Dores

11 a 15 Semana Nacional do Estudante

12 PASCOM

17 Assunção de Nossa Senhora

16 Encontro Vocacional

16 Escola Teol.: Moral Fundam. II (Pe. Edu. Ribeiro)

24 Ordenação Presbiteral Dic. Ivani em R. Vermelho às 10hs.

25 a 28 Retiro dos padres em Conceição (começa com a jan-

ta e termina com o almoço)

29 a 31 Enc. da P. Carc. Micro Centro II em Conceição

30 a 31 Terceiro Encontro Formação para líderes da PJ

30 Ord. Sac. do Diac. Salomão em Paulistas às 16hs.

contribua com a

FOLHADIOCESANADados para depósito bancário:Editora Folha Diocesana de GuanhãesCooperativa: 4103-3Conta Corrente: 10.643.001-7SICOOB-CREDICENM

A FOLHADIOCESANA

PRECISA DE VOCÊ

É com imensa alegria que a Folha Diocesana, nessemês de Julho, em comemoração dupla, anuncia e home-nageia duas peças importantíssimas na caminhada daPASCOM: as bodas de Prata sacerdotais dos nossosqueridos padres, Ismar e Saint-Clair.

Pe. Ismar, grande sacerdote, que em meados dosanos 90, plantou uma das sementes da PASCOM, ini-ciou os trabalhos da Folha diocesana, iniciada bem pe-quenina em São João Evangelista , e hoje distribuída emtodas as paróquias da diocese de Guanhães e online.Pe. Ismar continua firme na caminhada do nosso jornal,contribuindo mensalmente com seus sábios artigos.

Pe. Saint-Clair, centrado nos seus ideais, há váriosanos à frente da coordenação da PASCOM da Diocesede Guanhães, luta pela PASCOM, pelo Jornal Folha Dio-cesana, pelo site da diocese, pelo Festival da MúsicaCristã, entre tantos outros trabalhos voltados para comu-nicação da Igreja.

Leia, na íntegra, a entrevista que ambos concederamà nossa equipe; veja também as notícias e artigos colhi-dos com muito carinho por todos os amigos da FOLHADIOCESANA! Contribua você também com essa obra!Leia e anuncie aqui.

1 e 2 de agostowww.festivaldamusicacrista.com.br

7JULHO2014DIOCESEEMFOCO

No artigo anterior, fiz uma explanação geral do AnoLitúrgico. No presente texto irei abordar mais especifi-camente o Tempo da Quaresma.

Como o Cristo realizou a obra da redenção humanae da perfeita glorificação de Deus principalmente peloseu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossamorte e ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduopascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplande-ce como ápice de todo o ano litúrgico. Portanto, a sole-nidade da Páscoa goza no ano litúrgico a mesma cul-minância do domingo em relação à semana.

O dom da vida nova, que foi celebrado pelo mergu-lho no Mistério Pascal, no dia do nosso batismo, mudaradicalmente a nossa atitude em relação a todas as coi-sas. Mas, imersos em nossas ocupações cotidianas,facilmente nos esquecemos de quem no tornamos. Eisporque a Festa da Páscoa é retorno anual ao nosso ba-tismo.

A Quaresma é, então, o grande retiro anual da Igre-ja, desde a Quarta-feira de Cinzas, para preparar a pás-coa. Prolonga-se por seis semanas, terminando naQuinta-Feira Santa. “A Igreja se une todos os anos, du-rante quarenta dias de quaresma, ao mistério de Jesusno deserto”. É o tempo de preparação para a maior fes-ta dos cristãos.

Começa em um dia da semana, a Quarta-feira deCinzas, cuja data é móvel, dependendo da data de ce-lebração da Páscoa, e termina na Quinta-feira Santa,antes da missa da Ceia do Senhor. Possui seis domin-gos; o sexto se chama Domingo de Ramos na Paixãodo Senhor, e com ele começa a Semana Santa.

A Quarta-feira de Cinzas é, junto com a Sexta-feiraSanta, um dia de jejum, e a quaresma inteira, um tem-po de conversão e penitência. Unir-se a Jesus em seusquarenta dias de deserto é, para a Igreja e cada cristão,uma oportunidade anual de entrar no íntimo do própriocoração para renovar-se na fé e no compromisso como Evangelho. A cor roxa e o silêncio do “Aleluia”, louva-ção pascal, são dois símbolos que acompanham essetempo até seu término, na missa da Ceia do Senhor

durante a Quinta-feira Santa. Durante esse tempo, ganha

importância especial a prepara-ção final dos catecúmenos querecebem os sacramentos da ini-ciação na Vigília Pascal. O itine-rário de leituras da missa do anoA é batismal exatamente paraacompanhar a catequese pré-sa-cramental dos catecúmenos e in-troduzir todos os cristãos no cli-ma da renovação das promessasbatismais que se realizará dentroda Vigília Pascal.

Estruturada à luz do simbolis-mo bíblico dos “quarenta dias”, aquaresma é considerada tempode purificação e iluminação paraos catecúmenos eleitos para o batismo e “sacramento”de conversão e renovação para os batizados. “Por suadupla característica [batismal e penitencial] reúne cate-cúmenos e fiéis na celebração do mistério pascal”, sen-do um tempo de “recolhimento espiritual” (RICA, 152)para ambos, preparação para a grande celebração daPáscoa.

Características desse “tempo de graça” são as práti-cas penitenciais, por excelência, da oração, do jejum eda esmola, palavras que hoje soam arcaicas a muitosouvidos, mas que podemos traduzir por cultivo intensoe empenhado da espiritualidade cristã, que nos motivapara o seguimento apaixonado daquele que nos convi-da a tomar a cruz do amor maior; do autocontrole, quenos libera para a disponibilidade e entrega de nossasvidas a serviço dor irmãos e irmãs; da solidariedade,sobretudo, com os mais precisados. É nesse contextoe com esse espírito que participamos do canto do Ofí-cio da Quaresma, da Via Sacra e, sobretudo, da Euca-ristia dominical; que nos propomos a renunciar a gostose comodidades do dia a dia; que nos dedicamos àCampanha da Fraternidade. Dessa forma, o exercício

da penitência prescrito pela Igreja expressa a nossabusca de crescimento espiritual: retiramo-nos de algu-mas coisas para poder experimentar outras com maiorprofundidade. São Bento sugere que cada um recuse aseu corpo alguma coisa da comida, da bebida, do sono,das conversas, das brincadeiras, e na alegria do dese-jo espiritual, espere a santa Páscoa.

Na manhã da Quinta-feira Santa, celebra-se a missacrismal na qual o bispo abençoa os óleos que serão uti-lizados nos sacramentos do batismo, da confirmação eda unção dos enfermos. É a última celebração do tem-po da quaresma, antes de começar o tríduo pascal.

Após refletir sobre o Tempo da Quaresma, falta-nos,para concluir o Ciclo da Páscoa, a Semana Santa e oTempo Pascal, que será o tema do próximo artigo.

Jaciel Dias de Andrade

Seminarista do 1° ano de Teologia

Membro da Equipe Diocesana de Liturgia da Diocese de Guanhães – MG

Bibliografia Básica

Manual de Liturgia, CELAM, vol. IV: a celebração do mistério pascal: outras

expressões celebrativas do mistério Pascal e a liturgia na vida da Igreja. Trad.

Herman Hebert Watzlawich. SP: Paulus, 2007.

QUARESMA: UM GRANDE RETIRO

Paróquia São Pedro comemora festa de seu padroeiroO povo de Deus da Paróquia

de São Pedro estava em festa en-tre os dias 26 a 29 de junho de2014. Como é do conhecimentode nossa Diocese, a Igreja Matrizde São Pedro do Suaçuí está in-terditada há mais de 1(um) ano eas celebrações estão ocorrendoem um local improvisado.

Durante o tríduo e a festa, nos-sos paroquianos se reuniram emuma tenda armada em frente àIgreja que, para nossa alegria, te-ve suas obras iniciadas.

Este ano meditamos o tema:COMO PEDRO, SOMOS CHA-MADOS PARA O SEGUIMENTODE JESUS. Foi bonito ver os ir-mãos chegarem de todas as par-tes para celebrar a Eucaristia napraça, num profundo silêncio edisposição para a escuta da Pala-vra do Senhor, diferente do que àsvezes ocorre em Missas campais.

Todos os dias ocorriam as tra-dicionais barraquinhas com comi-das típicas, leilões, bingos e som.O dia 29 foi muito especial, cele-bramos a Solenidade de São Pe-dro e São Paulo e os vinte 29anos de Ordenação Sacerdotal denosso Administrador ParoquialPadre Pedro. A cerimônia teve aparticipação de uma grande multi-dão que lotou a praça para home-nagear São Pedro e agradecer a

Deus pela vida e vocação de nos-so pároco.

Após a Procissão tivemos umlindo Show Pirotécnico, apresen-tação de uma quadrilha do grupode jovens “KAIROS” de São JoãoEvangelista e um show com “Do-guinhas” do Forró patrocinado pe-la Prefeitura.

Tudo contribuiu para que pos-samos nos manter animados nosesforços pela restauração e refor-ma de nossa Igreja Matriz. O pro-jeto arquitetônico tem um orça-mento inicial de R$ 313.000,00(Trezentos e treze mil) e dispo-mos de apenas 1/3 do valor. O fa-to não nos desanima, pelo contrá-rio nos encoraja a fazer como Pe-dro, abandonar as redes do co-modismo e dedicarmos ao serviçodo Reino. Estamos em campanhae contamos com o apoio financei-ro e as orações de toda a nossaDiocese.

A conta para doação é do Ban-co Bradesco, Agência 609-2 Con-ta Poupança 1003623-2. Os nos-sos agradecimentos aos padresda nossa paróquia, Pedro e Celsopelo entusiasmo e dedicação, aoConselho Paroquial, a Equipe deFesta de 2014 e a todos os Sãopedrenses e colaboradores.

Equipe de comunicação da

Paróquia São Pedro do Suaçuí.

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Page 8: Folha diocesana ed217

IOCESANAFOLHA

IN FOR MA TI VO DA DIO CE SE DE GUA NHÃES | MG | ANO XVIII | Nº 217 | Julho de 2014D

| PÁGINAS 4 E 5 |

| PÁGINA 7 | | PÁGINA 8 |

25 ANOS EM MISSÃOPe. Saint-Clair Pe. Ismar

ÂTÄxzÜtÜ@áx vÉÅ Éá Öâx áxtÄxzÜtÅ x v{ÉÜtÜ vÉÅ Éá

Öâx v{ÉÜtÅAÊ (Rm 12,15)

ÂgâwÉ ÑÉááÉÇæTÖâxÄx Öâx Åx

yÉÜàtÄxvxAÊ (Fp 4,13)

ParóquiaSão Pedrocomemorafesta deseupadroeiro

Comunicadores

diocesanos se

preparam para

o 4º Encontro

Nacional da

PASCOM em

Aparecida-SP

8 JULHO2014 DIOCESEEMFOCO

www.diocesedeguanhaes.com.br

O novo site daDiocese de Guanhães

já está na net

Faça-nos uma visita!Divulguem!

Uma Igreja ministerial, na alegria de servir

A temática dos ministérios é muito rica, nãoapenas em sua dimensão teológica e documen-tal, mas principalmente no aspecto experiencialdas realidades dos ministérios ordenados e não-ordenados no ambiente eclesial, lugar de comu-nhão, de celebração e missão, serviço ao Evan-gelho através dos irmãos e irmãs em Cristo nacomunidade de fé. Ao experimentar o Deus da vi-da que vem ao encontro do ser humano, os fiéisnão ficam presos, tornam-se missionários dentroe fora de sua comunidade, porque se sentem en-viados para partilhar a experiência libertadora.

Compreende-se que, a partir do Concílio Vati-cano II celebrado de 1962 a 1965, a Igreja procu-rou voltar às origens, resgatando seu significadode sacramento, ser sinal visível de salvação dosfiéis, pela entrega gratuita e amorosa de Cristo,bem como sua missão de dialogar com o mundocontemporâneo, a fim de proporcionar uma expe-riência sempre nova e atualizada com a vida e amensagem de Jesus.

Nesse processo de retorno aos ideais evan-gélicos, com o desejo de ser um sinal mais eficazno anúncio da Boa Nova de Cristo, a Igreja cha-mou a atenção para duas realidades importantesde sua missão. A primeira, com base na expe-riência de um Deus que é comunhão trinitária,considerando o espaço eclesial como lugar decomunhão em todos os aspectos, quer na di-mensão do mistério-celebrativo, quer na dimen-são institucional-histórica. A segunda realidadediz respeito ao tema da ministerialidade, quandoa Igreja destaca a necessidade de ser toda mi-nisterial, valorizando os ministérios ordenados(bispos, presbíteros e diáconos) e os ministériosnão-ordenados (leigos).

Os ministérios têm natureza essencialmentepara o serviço. Contudo, quando mal compreen-didos, e pior, mal assumidos, eles podem serexercidos como status e fonte de poder perdendotodo seu significado de comunhão e doação. To-dos aqueles que vivem a fé no ambiente eclesialsão enviados para anunciar e testemunhar amensagem salvífica que nasce do amor do Pai,pela entrega fiel do Filho, na comunhão com oEspírito Santo.

Atualmente a Igreja vive um ótimo momentode acolhida e evangelização com a presença hu-milde e carismática do Papa Francisco que vemprovocando a todos para uma fidelidade maior aoEvangelho, na doação, no serviço e na fidelidadeao projeto de Jesus. Com suas palavras e comseu testemunho bonito, o Sumo Pontífice chamaa atenção de todos, principalmente dos ministrosordenados para que sejam pessoas de uma en-trega total e incondicional à missão que abraça-ram de viverem in persona Christi e in personaEcclésia (Na pessoa de Cristo e na pessoa daIgreja), isto é, viverem intimamente ligados a Cris-to no seio da santa mãe Igreja.

André Luiz Eleotério da LombaSeminarista – 3° Ano de Teologia

Diocese de Guanhães (MG)

Comunicadores diocesanos se preparam para o 4º Encontro Nacional da PASCOM em Aparecida-SP

No dia 28 de junho, sábado, às 9h, no

Centro pastoral paroquial São Miguel em

Guanhães (MG), estiveram reunidas as

pessoas que irão participar do 4º Encon-

tro Nacional da Pastoral da Comunica-

ção, em Aparecida – São Paulo, nos

dias 24 a 27 de julho de 2014. O encon-

tro iniciou com oração e apresentação

dos participantes. Após as apresenta-

ções fizeram um pequeno estudo sobre

o tema do 4º Encontro: “Comunicação,

desafios e possibilidades para evangeli-

zar na era da cultura”. E por fim, passa-

ram algumas comunicações e orienta-

ções sobre a viagem e encontro em

Aparecida.

Estiveram presentes asseguintes pessoas:

Salete, Lafaiete – Santa Maria do

Suaçuí

Adenil – São João Evangelista

Jose Aparecido de Miranda –

Seminarista

Marlene e Luciano – Paulistas

Bruno – Seminarista

Juliano, Simone, Arminda, Sônia e

Mariza – Guanhães

Por CATECOM

Manter a Folha Diocesana,

sonho de padre Ismar, não é

tarefa fácil, mas a equipe, lide-

rada por padre Saint-Clair e por

padre Adão, se sente fortaleci-

da porque sabe que pode con-

tar com muitos diocesanos e

diocesanas que acreditam que

esta é um meio de evangelizar

e colaboram de diversas for-

mas (com artigos, financeira-

mente, divulgando). Nossos

agradecimentos, em especial,

à secretária da paróquia São

Miguel – Márcia Martins - que

é uma das maiores divulgado-

ras da Folha Diocesana.

pag1e8 2014_PAG1N.QXD 16/07/2014 15:19 Página 1