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D Leia nesta edição: Página 3 – SOS Chuvas arrecada donativos. Colabore! Página 4 – Entrevista com equipe do Serviço Social da Filial Página 9 – Cruz Vermelha de VR ganha Pontinho de Cultura Página 11 – Pesquisa de campo é a próxima etapa do projeto Mapeamento da Extrema Pobreza SOS Chuvas Filial de Volta Redonda capacita equipe para o atendimento emergencial O que fazer ao verificar riscos de alagamento na cidade Desde a sua funda- ção que a Cruz Verme- lha de Volta Redonda realiza ações emergen- ciais de atendimento às vítimas das chuvas. Há três anos, para melhorar a organização do traba- lho, a Filial realiza du- rante o período de alerta (dez a março) a Campa- nha SOS Chuvas. Este ano, além da ar- recadação de donativos, a coordenação da cam- panha está capacitando a equipe, fornecendo informações sobre a redução dos impactos gerados pelas tragédias. Um dos temas da capacitação é o Pro- grama de Proteção e Preparação de Comuni- dades contra Desastres Naturais no Estado do Rio de Janeiro, do qual a Cruz Vermelha faz parte junto com vários setores governamentais, como a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e lideranças comunitárias. Este trabalho tem a orientação da Cruz Ver- melha do Estado do Rio Campanha SOS Chuvas de 2011 arrecadou cerca de 300 toneladas de donativos, entre alimentos, água e roupas Foto: Divulgação de Janeiro, que faz parte do Sistema Estadual de Defesa Civil, e está, em função das fortes chuvas, comuns neste período, em estado de atenção. Atualmente, existem 31 municípios do Es- tado do Rio de Janeiro mapeados como área de predominância de setores e áreas de risco iminente, com cerca de 32 mil pessoas expostas diretamente a risco de escorregamentos. Volta Redonda não está entre eles, apesar de alguns pontos serem conside- rados de risco. De acordo com o co- ordenador da Campanha SOS Chuvas da Filial de Volta Redonda, Diego Batista, o Programa já vem mostrando resulta- dos, com a redução da perda de vidas, apesar das perdas materiais. “Já que não podemos mudar esta realidade a curto prazo, pois as moradias já estão nos locais de risco, como em margens dos rios ou em encostas e morros, podemos pelo menos salvar vidas e o Sistema de Alerta tem esse objetivo, que é tam- bém a missão da Cruz Vermelha, ou seja, evitar ou atenuar o sofrimento humano”, afirmou. Antes: • Informe-se sobre abrigo em locais altos e secos, para você e sua família; • Coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos bem fechados e em local protegido; • Coloque em lugares altos seus móveis e utensílios (bem protegidos); • Retire os animais de estimação da casa; • Desligue aparelhos elétricos, quadro geral de energia e feche o registro de entrada d’água; • Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a enchentes; • Feche bem as portas e janelas. Durante: • Antes de tudo, salve e proteja sua vida, a de seus familiares e amigos. Se precisar retirar algo de sua casa, peça ajuda a DE- FESA CIVIL (telefone 199) e ao CORPO DE BOMBEIROS (telefone 193). Em caso real de emergência, DISQUE 100 que a telefonista o ajudará; • Não volte para casa até as águas baixarem e o caminho estar seguro. Evite contato com as águas da enchente: elas estão contamina- das e podem provocar doenças e acidentes. Só entre na água se for absolutamente necessário. Proteja-se com calçados e botas. Evite acidentes; • Não coma alimentos que teve contato com as águas da enchente. Não beba água da enchente, em hipótese alguma. Depois: • Veja se sua casa não corre o risco de desabar; • Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios; • Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da enchente; • Cuidado com aranhas, cobras e ratos, ao movimentar objetos, móveis e utensílios; • Retire todo o lixo da casa e do quintal e coloque para a limpeza pública; • Não use água de fontes naturais e poços depois da enchente, pois estão contamina- das. Informe-se na Unidade de Saúde mais próxima. Água boa para beber ou cozinhar: Para cada litro de água, em uma vasilha plástica, coloque 2 gotas de água sanitária ou hipoclorito de sódio (2,5%). Deixe a mistura descansar por meia hora, na vasilha tampada (se não tiver tampa, pode usar um pano limpo). Depois disso, está pronta para usar. Água boa para limpar e desinfetar: Siga esta tabela conforme as quantidades: Água Sanitária ou Hipoclorito de sódio (2,5%) Água 1 colher de sopa 1 litro 5 colheres de sopa 5 litro 1 copo 25 litro 2 copos 50 litro Distribuição dirigida: Volta Redonda, Resende, Piraí, Pinheiral e Mendes - Janeiro 2012 - Ano I - Nº 09 Informativo da Cruz Vermelha Brasileira de Volta Redonda-RJ www.cruzvermelhavr.org.br | [email protected] | [email protected]

Folha Humanitária - Janeiro 2012

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Leia nesta edição:Página 3 – SOS Chuvas arrecada donativos. Colabore!Página 4 – Entrevista com equipe do Serviço Social da FilialPágina 9 – Cruz Vermelha de VR ganha Pontinho de CulturaPágina 11 – Pesquisa de campo é a próxima etapa do projeto Mapeamento da Extrema Pobreza

SOS ChuvasFilial de Volta Redonda capacita equipe para o atendimento emergencial

O que fazer ao verificar riscosde alagamento na cidade

Desde a sua funda-ção que a Cruz Verme-lha de Volta Redonda realiza ações emergen-ciais de atendimento às vítimas das chuvas. Há três anos, para melhorar a organização do traba-lho, a Filial realiza du-rante o período de alerta (dez a março) a Campa-nha SOS Chuvas.

Este ano, além da ar-recadação de donativos, a coordenação da cam-panha está capacitando a equipe, fornecendo informações sobre a redução dos impactos gerados pelas tragédias.

Um dos temas da capacitação é o Pro-grama de Proteção e Preparação de Comuni-dades contra Desastres Naturais no Estado do Rio de Janeiro, do qual a Cruz Vermelha faz parte junto com vários setores governamentais, como a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e lideranças comunitárias.

Este trabalho tem a orientação da Cruz Ver-melha do Estado do Rio

Campanha SOS Chuvas de 2011 arrecadou cerca de 300 toneladasde donativos, entre alimentos, água e roupas

Foto: Divulgação

de Janeiro, que faz parte do Sistema Estadual de Defesa Civil, e está, em função das fortes chuvas, comuns neste período, em estado de atenção.

Atualmente, existem 31 municípios do Es-tado do Rio de Janeiro mapeados como área de predominância de setores e áreas de risco iminente, com cerca de 32 mil pessoas expostas diretamente a risco de escorregamentos. Volta Redonda não está entre eles, apesar de alguns pontos serem conside-rados de risco.

De acordo com o co-

ordenador da Campanha SOS Chuvas da Filial de Volta Redonda, Diego Batista, o Programa já vem mostrando resulta-dos, com a redução da perda de vidas, apesar das perdas materiais. “Já que não podemos mudar esta realidade a curto prazo, pois as moradias já estão nos locais de risco, como em margens dos rios ou em encostas e morros, podemos pelo menos salvar vidas e o Sistema de Alerta tem esse objetivo, que é tam-bém a missão da Cruz Vermelha, ou seja, evitar ou atenuar o sofrimento humano”, afirmou.

Antes:• Informe-se sobre abrigo em locais altos e secos, para você e sua família; • Coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos bem fechados e em local protegido; • Coloque em lugares altos seus móveis e utensílios (bem protegidos); • Retire os animais de estimação da casa; • Desligue aparelhos elétricos, quadro geral de energia e feche o registro de entrada d’água; • Retire todo o lixo e leve para áreas não sujeitas a enchentes; • Feche bem as portas e janelas.Durante:• Antes de tudo, salve e proteja sua vida, a de seus familiares e amigos. Se precisar retirar algo de sua casa, peça ajuda a DE-FESA CIVIL (telefone 199) e ao CORPO DE BOMBEIROS (telefone 193). Em caso real de emergência, DISQUE 100 que a telefonista o ajudará; • Não volte para casa até as águas baixarem e o caminho estar seguro. Evite contato com as águas da enchente: elas estão contamina-das e podem provocar doenças e acidentes. Só entre na água se for absolutamente necessário. Proteja-se com calçados e botas. Evite acidentes; • Não coma alimentos que teve contato com

as águas da enchente. Não beba água da enchente, em hipótese alguma.Depois:• Veja se sua casa não corre o risco de desabar; • Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios; • Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da enchente; • Cuidado com aranhas, cobras e ratos, ao movimentar objetos, móveis e utensílios; • Retire todo o lixo da casa e do quintal e coloque para a limpeza pública; • Não use água de fontes naturais e poços depois da enchente, pois estão contamina-das. Informe-se na Unidade de Saúde mais próxima.Água boa para beber ou cozinhar:Para cada litro de água, em uma vasilha plástica, coloque 2 gotas de água sanitária ou hipoclorito de sódio (2,5%). Deixe a mistura descansar por meia hora, na vasilha tampada (se não tiver tampa, pode usar um pano limpo). Depois disso, está pronta para usar.Água boa para limpar e desinfetar:Siga esta tabela conforme as quantidades:

Água Sanitária ou Hipoclorito de sódio (2,5%) Água1 colher de sopa 1 litro

5 colheres de sopa 5 litro1 copo 25 litro2 copos 50 litro

Distribuição dirigida: Volta Redonda, Resende, Piraí, Pinheiral e Mendes - Janeiro 2012 - Ano I - Nº 09Informativo da Cruz Vermelha Brasileira de Volta Redonda-RJ

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2 - JANEIRO 2012www.cruzvermelhavr.org.br | [email protected] | [email protected]

EXPEDIENTE

Presidente: Luís Henrique Veloso Malta Vice-Presidente: Angela Maria Moura Brasil Tolomelli Diretor Tesoureiro: Paulo Pereira TiburcioDiretor Tesoureiro Adjunto: Francisco SeverinoContato para sugestão de matérias:Jornalista Responsável: Carla Beatriz de Souza Tiburcio MTB/DRT 17923/88 Assessoria de Comunicação SocialTel: 3076-2500 – ramal: 206 - E-mail: [email protected].: Rua 40, nº 13 - Vila Santa Cecília - Volta Redonda - RJO Jornal Folha Humanitária não se responsabiliza por conceitos e opiniões expressos nos artigos assinados

Palavra do Presidente Coral apresenta cantatas de NatalEducação e cultura para um Brasil desenvolvido

Recentemente recebe-mos a notícia de que o Brasil ocupa o sexto lugar entre as maiores economias do mundo. No entanto ainda enfrentamos realidades como a extrema pobreza e o analfabetismo entre os jovens. São as contradições de um país em desenvolvimen-to, que precisa superar muitos problemas sociais.

Apesar disso o governo diz que a perspectiva é que num prazo de 10 a 20 anos o povo brasileiro tenha uma qualidade de vida (Índice de Desenvolvi-mento Humano – IDH) relativa a dos europeus. Temos muito pela frente até chegar lá e uma das pedras fundamentais para isso é erradicar a extre-ma pobreza. As políticas de

transferência de renda são um caminho, mas outra medida ainda mais importante é o in-vestimento em educação.

Nós, da Cruz Vermelha de Volta Redonda, reconhecemos que também temos uma contri-buição a dar para a construção deste Brasil. Por isso, além do projeto de mapeamento da extrema pobreza do município, avançamos um passo a mais nessa direção. Fomos con-templados com um Pontinho de Cultura que vai ampliar as atividades do Núcleo de Espe-cialidades Psicossociais, com o projeto da Socioludoteca.

Sentimo-nos orgulhosos em participar destas experi-ências sócio-culturais, com as quais, todos juntos, tentaremos

Luís Henrique Veloso MaltaPresidente da Cruz Vermelha

de Volta Redonda

Durante o mês de dezembro, o grupo fez várias apresentaçõesem diversos locais da cidade

encurtar (ou amenizar) o dis-tanciamento entre o Brasil “1º mundo” e o Brasil da extrema pobreza, da miséria física, da miséria intelectual; unificar enfim nosso país, colocando-o num patamar de desenvolvimento econômico semelhante a um correspondente crescimento humano.

Boa leitura!

O Coral Municipal da Se-cretaria de Cultura de Volta Redonda, sob regência da ma-estrina Maria Geralda Ferreira e coordenação de Juscelina

Ramos, realizou no dia 21 de dezembro, uma apresentação do Projeto Cantatas de Natal, na sede da Cruz Vermelha de Volta Redonda.

Foto: Divulgação

Agência Por Aqui - [email protected] Geral: Diego Campos RaffideDiretor de Arte: Eduardo AvilaContato Comercial: Alice AlvesWeb Developer: Migliore Publicidade

Anuncie no jornal Folha Humanitá[email protected]ão: Gráfica Diário do Vale Tiragem: 4 mil exemplaresColaboradores: Flávio Tolomelli, Diego Batista, Rita Procópio, Esther Gonçalves Melo.

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- 3JANEIRO 2012 www.cruzvermelhavr.org.br | [email protected] | [email protected]

CHOVENDO NO MOLHADO?Diego Batista

Responsável pelo Setor deVoluntariado da Filial de Volta Redonda

[email protected]

As ruas de Santa Rita de Jacutinga ficaram alagadas

Oa n o d e 2 0 1 2 chega com no-vas esperanças, novos desejos,

novos planos. Mas o que vemos na chegada de um ano novo são problemas antigos e, de certa forma já perdemos o que poderia “ser novo”. O ano pode ser novo, mas a tragédia é sempre velha.

Um ano depois da maior catástrofe natural da his-tória do país, ocorrida na região serrana, seria razo-

Filial de VR ministra palestra em Vassouras

Santa Rita de Jacutingarecebe donativos

ável imaginar que está tudo bem hoje. Porém os órgãos que trabalham com socorro como Corpo de Bombeiro e Defesa Civil realizam ati-vidades para a redução de desastres. Essas ações só serão bem sucedidas se houver a participação efetiva da comunidade. Temos visto que não é possível acabar com os desastres, porém, a curto prazo, podemos evitar que vidas sejam perdidas.

O aspecto desagradável dos problemas revelados

pelas enxurradas do iní-cio do ano são dificulda-des conhecidas e males já diagnosticados. Uma das novidades é que, com a estabilidade econômica e em crescimento econô-mico prolongado, não se pode mais falar em falta de verbas. O dinheiro está so-brando, literalmente. Se em 2011 podiam ser gastos R$ 2,5 bilhões do Orçamento para combater as enchen-tes, o governo deixou R$ 529 milhões no cofre. No

item das obras de pequeno vulto para drenagens, não se gastou 20 % dos R$ 124 milhões disponíveis.

Num ambiente que re-úne imobilismo, incompe-tência e politicagem, o país chegou a 2012 sem poder celebrar um verdadeiro Ano Novo. É natural numa de-mocracia, que as decisões do Estado sejam tomadas em bases políticas, mas

O c o o r d e n a d o r d a Campanha SOS Chuvas, Diego Batista, ministrou, no dia 3 de janeiro, no mun ic íp io de Vassou-ras, uma palestra sobre primeiros socorros para funcionários públicos de

vários municípios daquela região. Esta foi uma ação conjunta com a Defesa Civil Estadual, como parte do Programa de Proteção e Preparação de Comuni-dades contra Desastres Naturais no RJ.

A Cruz Vermelha de V o l t a R e d o n d a e n c a -m inhou dona t i vos pa ra

Jacutinga (ex-Santa Rita d e J a c u t i n g a ) , d i s t r i t o de Rio Preto, para aten-

der as famíl ias at ingidas pelas chuvas, no mês de dezembro.

SOS Chuvas - Você pode colaborar!Estamos recebendo:

Alimentos não perecíveis, alimentos de fácil consumo (macarrão instantâneo, biscoitos),

material de higiene pessoal, material de limpeza,roupas de banho e de cama, colchões e colchonetes.

O material pode ser entregue na sede da Filial:Rua 40, nº 13, Vila Santa Cecília - Tel.: (24) 3076-2500

é indispensável que os líderes do governo assu-mam a responsabilidade de definir que as enchentes são prioridade. Não está se falando de nenhum evento inesperado, mas sim de uma tragédia que sempre se repete todo ano.

Não podemos fornecer o mínimo para os vulnerá-veis, temos que fornecer o digno.

Foto: Luiz Fernando do Vale

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4 - JANEIRO 2012www.cruzvermelhavr.org.br | [email protected] | [email protected]

“Nossa expectativa é de contribuir com o poder públicono enfrentamento da extrema pobreza na esfera municipal”

Equipe do Serviço Social da Filial de Volta RedondaJard da Silva Prata. Jornalista: Carla Tiburcio.

FH - Em que fase está o projeto?

Estamos reorganizando a linha de base do projeto, fazendo o levantamento das ruas a serem pesquisadas. Realizamos, portanto, uma avaliação rigorosa da base de medição.

Em paralelo a isso, esta-mos realizando reuniões com a Secretaria Municipal de Pla-nejamento e outros setores da prefeitura, para assim buscar um suporte tecnológico e mon-tar um banco de dados, no in-tuito de ir além da quantificação meramente dos dados e sim, elaborar um diagnóstico para nortear o trabalho, principal-mente na perspectiva da política de assistência social.

Com a Secretaria Municipal de Ação Comunitária, partici-pamos de reuniões da Rede de Proteção Social, que são encontros dos profissionais dos Centros de Referência da Assistência Social com as lideranças comunitárias e repre-sentantes das entidades sociais e do poder público. Nesses espaços, a CVB-VR apresentou sua proposta de campanha e obteve mais informações sobre os bairros da cidade.

FH - Qual a expectativa da equipe? Quais materiais serão produzidos a partir do projeto?

Nossa expectativa é de contribuir com o poder público no enfrentamento da extrema pobreza na esfera municipal. Logo, buscaremos identificar as famílias e encaminhá-las para as políticas públicas, para assim

garantir o acesso aos direitos da população que se encontra excluída.

Além de encaminhar para os programas existentes, a nossa instituição também bus-cará elaborar programas para serem executados em nossas unidades para o atendimento das famílias.

Iremos elaborar dois mate-riais como resultado da pesqui-sa: o primeiro será um diagnós-tico social, que será distribuído para a população e o segundo, será a elaboração de um docu-mentário, onde apresentaremos imagens e reflexões sobre a temática. A equipe está bem animada e logo a população po-derá ter acesso a informações tão importantes.

FH - Além do Projeto so-bre o Mapeamento da Extre-ma Pobreza, quais são as no-vidades do Setor de Serviço Social para o ano 2012?

Queremos intensificar duas políticas na instituição, a pri-meira é de Assistência Social, através dos serviços como projeto Socioludoteca, com os Benefícios Eventuais, assegu-rados na LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social, SOS Chuvas, Central de Donativos, Programas de Inclusão Produ-tiva, entre outros. A segunda se encontra na perspectiva da Política de Saúde, por meio do Núcleo de Especialidades Psicossociais, com atendimento com Fonoaudiologia, Psicolo-gia, Parapsicologia, Fisiotera-pia, RPG, Pilates, Acupuntura e Psicopedagogia e o Programa de Empréstimo de Material Ortopédico.

O Projeto de Mapea-mento da Extrema Pobreza de Volta Redonda “nasceu”

no setor de Serviço Social da Filial de Volta Redonda, visando atender não só as determinações da IX Conferên-cia Municipal de Assistência Social em Volta Redonda, mas por acreditar no potencial da instituição em cumprir seus princípios estatutários, como auxiliar do poder público. A proposta ganhou força e ade-são dos outros setores da filial. Em breve vamos iniciar a fase mais desafiadora do projeto: o trabalho de campo, através da pesquisa. Nesta edição a equi-pe do Serviço Social fala mais a respeito.

Folha Humanitária - Como surgiu a ideia do projeto?

Após a participação na IX Conferência Municipal de Assistência Social em Volta Redonda, no eixo de trabalho sobre a Erradicação da Ex-trema Pobreza, foi deliberada para realização da busca ativa no município, para viabilizar o acesso da população que se

encontra nesse perfil nos pro-gramas sociais.

FH - O que é busca ativa?É uma atividade com o pro-

pósito de identificar os poten-ciais usuários para a política de assistência social, para inseri--los na rede de atendimento socioassistencial.

FH – Como esse tipo de ação se enquadra no estatuto da Filial?

Em reunião com a diretoria da Cruz Vermelha Brasileira-VR (CVB-VR), a proposta da exe-cução da busca ativa por parte da instituição foi apresentada, já que nossa entidade se ca-racteriza e vem se legitimando como um braço de apoio do poder público.

A diretoria aprovou o projeto elaborado pelo nosso setor e direcionou outros setores para fortalecer a ação.

Além dos setores da insti-tuição, como setor de ensino, comunicação e voluntariado, outros órgãos se interessaram por nossa ideia, como o Progra-ma das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, que nos encaminhou um profissional

do Instituto de Pesquisa Eco-nômica Aplicada - IPEA para realizar uma supervisão para qualificar o projeto.

FH - Quem são os parcei-ros que contribuirão com o projeto?

Atualmente, contamos com a parceria da Secretaria Mu-nicipal de Ação Comunitária, Secretaria Municipal de Plane-jamento, UniFOA – através da participação das estagiárias do Curso de Serviço Social, e UBM – com as estagiárias do Curso de Psicologia.

FH - Quem compõe a equipe?Coordenação: Liliane Rocha Ribeiro. Assistentes Sociais: Daiana Lauriano, Liliane Rocha Ribeiro e Natália Naves. Estagi-árias de Serviço Social: Daniele Vallim de Oliveira, Jéssica Gonçalves, Luana Quintella do N. Batista, Mayara de Cassia Valva. Psicólogo: Alessandra Francisco. Estagiárias de Psi-cologia: Fernanda Borella e Gisele Costa e Silva. Setor de Voluntariado: Diego Batista. Especialista em M. Ambiente: Rita Procópio. Setor de Ensino:

Foto: Divulgação

As assistentes sociais Natália Naves, Liliane Ribeiro e Daiana Viana compõem o setor de Serviço Social

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- 5JANEIRO 2012 www.cruzvermelhavr.org.br | [email protected] | [email protected]

Lembranças de umaexperiência fantástica

Testamos as nossas emoções, vibramos ao presenciar resul-tados extremamente

positivos e agora, parece que foi ontem e já faz um ano que participamos, juntamente com a Cruz Vermelha Brasileira--Filial de Volta Redonda, da ajuda fraterna de Orientação Parapsicológica aos desabri-gados da Região Serrana, especificamente no distrito de Banquete que pertence à cidade de Bom Jardim, RJ.

Os habitantes daquela região passaram por momen-tos tão difíceis, traumatizados pela tragédia que abalou todo o país, mesmo assim, nos receberam de braços abertos e algo de positivo ficou: o calor, a solidariedade do povo

brasileiro, pois sem o apoio da população e o trabalho humanitário da Cruz Vermelha Brasileira, seria difícil superar as dificuldades materiais que a tragédia provocou.

Realizamos um trabalho que nos enriqueceu em nos-sas experiências como Clí-nicos em Orientação Parap-sicológica. Fizemos grandes amigos que jamais sairão de nossa memória.

À Cruz Vermelha, fica aqui registrada a nossa gratidão por nos ter proporcionado a oportunidade de realizarmos essa experiência fantástica...

De olhares tristes, de pes-soas que não conseguiam falar, por traumas recebidos, de pessoas amedrontadas, vivenciando uma depressão

profunda ao ver seus lares desfeitos e sem conseguir dormir, sofrendo a perda de entes queridos, mortos nas cidades vizinhas, devido à tragédia, de pessoas que no auge do desequilíbrio, gritavam pela rua procurando brigar sem saber porquê.

Foram essas pessoas, atendidas por nós, que nos fizeram felizes ao verificarmos que estavam sorrindo, conver-sando e tornaram-se nossos grandes amigos.

Que saudade das crian-ças grandes e pequenas, pois os adultos, quando carentes, tornam-se crianças.

Desejamos que “Banque-te”, o distrito que tem esse nome por ter sido visitado por D. Pedro l e ali foi realizado

Foi-se o ano de 2011. É impressionante como as atribulações do dia a dia não nos deixam perceber o quão rápido é o tempo. Quando menos esperamos, aí está o fim do ano, e com ele vão-se as esperanças de realiza-ções naquele ano: não deu tempo para fazer isto, não deu tempo para fazer aquilo, etc. Até aí, somente reclama-ções contra a “velocidade” do tempo. Mas, existe o outro lado da medalha: há algum tempo, recebi a boa notícia de que seria avô. Agora, num piscar de olhos, aguardo

a hora para acompanhar minha filha ao hospital onde será feito o parto.

A rapidez do tempo, nes-se caso, foi uma coisa boa, gostosa, que nos encheu de alegria.

Quero compartilhar com você, leitor, essa alegria. Tenho recebido muitas men-sagens de amigos a respeito do neto. Isso é muito bom, faz renovar e renascer a alegria de viver.

Aos amigos, obrigado pelo apoio.

Ao PHILIPPE, boas vin-das.

A•R•G•U•M•E•N•T•O•S

Flávio TolomelliSecretário Geral da Cruz

Vermelha de Volta [email protected]

PHILIPPE

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um banquete em sua homena-gem, receba as nossas melho-res vibrações de amor, rogan-do ao Criador as bênçãos para uma das regiões mais belas da Região Serrana.

Profissionais que parti-ciparam dessa experiência: Esther Gonçalves Melo, Nirce Gonçalves de Paula, Leôni-das Saldanha e Ana Maria Monteiro.

Esther Gonçalves MeloParapsicóloga

[email protected]

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- 9JANEIRO 2012 www.cruzvermelhavr.org.br | [email protected] | [email protected]

Cruz Vermelha de Volta Redonda é contemplada por Pontinho de Cultura

Socioludoteca amplia atendimento do Núcleo de Especialidades Psicossociais

A Cruz Vermelha de Volta Re-donda foi contemplada com o Prêmio Pontinhos de Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro (SEC), em parceria com o Governo Fe-deral, que tem como objetivo promover ações de transmissão e preservação da cultura da infância. O recurso será aplicado na ampliação do Núcleo de Especialidades Psicossociais, através do projeto “Socioludoteca - A arte do brincar, ensinar e aprender", que uti-liza metodologias orientadas por psi-cólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, com características ludoterápicas, como forma de auxiliar o tratamento, além de oferecer um espaço para o público infantil, através de atividades lúdicas e educativas.

Segundo estimativas da Organiza-ção Mundial de Saúde, cerca de 12% da população do Brasil necessitam de cuidados relativos à ansiedade, depressão, hiperatividade, déficit de atenção, entre outros. Frente a esta realidade, a Cruz Vermelha de Volta Redonda criou o projeto Núcleo de Es-pecialidades Psicossociais, que conta com os seguintes profissionais: assis-tentes sociais, fisioterapeutas, psicólo-gos, fonoaudiólogos, acupunturistas, parapsicólogos e psicopedagogos. Este núcleo foi criado para auxiliar o poder público no atendimento a uma demanda relevante da população do município e arredores.

A soma dos projetos tem como objetivo ampliar o acesso da po-pulação às consultas, buscando o fortalecimento dos laços familiares e

comunitários, com serviços de apoio além da implantação, gerenciamento e execução de atividades culturais e assistenciais.

Quem estiver interessado, pro-curar o Setor de Serviço Social da Instituição ou ligar para 3076-2500 ramal 218.

Socioludoteca: um espaço de apoio aos atendimentos do Núcleo de Especialidades Psicossociais

Patrocínio:

Foto: Divulgação

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- 11JANEIRO 2012 www.cruzvermelhavr.org.br | [email protected] | [email protected]

Tempo para repensarPor Rita Ferreira Procópio

Especialista em Meio [email protected] estamos em

2012, e é hora de fazermos as famo-sas resoluções de

ano novo. Ideal mesmo seria se não precisássemos fazer resoluções. Se tudo já fosse perfeito. Se não tivéssemos que substituir os velhos so-nhos. Se no lugar de pedir “coisas”, pedíssemos para além da matéria. Se conser-

vássemos os velhos amigos, além de fazermos novos; se o mundo fosse realmente de irmãos. De irmãos que se gostam sem distinção de raça, de sangue, de cor. De irmãos que se respeitam. Se todos vivessem socialmente iguais: nem mais e nem menos, nem tudo e nem nada; se protegêssemos os nossos velhinhos, pois eles

guardam a sabedoria que precisaremos para cuidar-mos das nossas crianças; se preservássemos nossos ve-lhos rios, nossa mata, nossos animais, nossas velhas árvo-res, para que pudessem ir na sua hora certa, morrerem de velhice e não vítimas do des-cuido, da intransigência, da indiferença; se plantássemos árvores novas também, para

garantir a continuidade da natureza. Se agíssemos com consciência, indo além dos nossos próprios interesses, cuidando do mundo como um bem comum a todos. Se reciclássemos nossas atitudes, exterminando a

luxúria, a gula, a avareza, a ira, a soberba, a vaidade e a preguiça; se doássemos mais tempo, mais compre-ensão, mais tolerância e mais amor... Enfim, se pre-servássemos nossa própria espécie.

PROJETO MAPEAMENTO DA ExTREMA PObREzA

Pesquisa de campoinicia em fevereiro

Apesquisa de campo do Projeto Ma-peamento da Extrema Pobreza vai começar no mês de fevereiro. Essa

etapa está prevista para ser cumprida ao longo do ano e a partir dos dados coletados a equipe vai elaborar um diagnóstico social que será apresentado ao poder público, bem como a toda sociedade, a fim de contribuir

com futuras ações de política social.A equipe está recebendo a orientação

de Sergei Soares, técnico de planejamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica-da (IPEA).

O Projeto conta com o apoio da Secre-taria de Ação Comunitária, da Secretaria de Planejamento e do IBGE.

O pesquisador Sergei Soares orientou a equipe do Projeto Mapeamento da Extrema Pobreza sobre os direcionamentos adotados para a realização pesquisa de campo

Page 12: Folha Humanitária - Janeiro 2012