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20 de abril de 2013 Ano 8 edição 397 Revista semanal distribuída por e-mail aos cadastrados e dedicada aos assuntos de interesse dos iniciados na Arte Real. Criador: Robson Granado Colaboradores permanentes: Aquilino R. Leal, Francisco Maciel, Gilberto Ferreira Pereira Leonardo da Vinci - Cânone

Folha Maçônica 397

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Revista para os iniciados na Arte Real

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20 de abril de 2013

Ano 8 – edição 397

Revista semanal distribuída por e-mail aos cadastrados e dedicada aos assuntos de interesse dos iniciados na Arte Real. Criador: Robson Granado Colaboradores permanentes:

Aquilino R. Leal, Francisco Maciel, Gilberto Ferreira Pereira

Leonardo da Vinci - Cânone

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GRANDES INICIADOS

Octávio Kelly (Niterói, 20 de abril de 1878 — Niterói, 31 de dezembro de 1948)

foi um magistrado e escritor brasileiro, ministro do Supremo Tribunal Federal de 1934 a 1942. É filho de D. Ernestina Fonseca da Silva Kelly e de Eduardo da Silva Kelly. Militou no jornalismo, fundando os jornais O Diário e A Capital, que pugnavam para que a capital do Estado, transferida para Petrópolis, retornasse a Niterói. Foi eleito Vereador da Câmara Municipal de Niterói e, depois, Deputado pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, no triênio 1907-1909, liderou a bancada majoritária do partido de Nilo Peçanha, sucedendo a Raul Fernandes, que fora para a Câmara Federal. Desligando-se da política, iniciou a carreira na Magistratura, sendo nomeado Juiz Federal, na Seção do Estado do Rio de Janeiro, por decreto de 11 de novembro de 1909. Nesse cargo, serviu durante oito anos, até ser removido para o de Juiz Federal da 2ª Vara da Seção do Distrito Federal, em decreto de 25 de maio de 1917. Em 1932, seus serviços foram aproveitados no lugar de membro do Tribunal Regional Eleitoral, do mesmo Distrito Federal.

Em decreto de 7 de fevereiro de 1934, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, preenchendo a vaga ocorrida com a aposentadoria concedida a Rodrigo Otávio Langgaard de Menezes, tomou posse do cargo em 14 de fevereiro de 1934. Fez parte das Comissões de organização da Justiça Nacional e do Código Eleitoral e foi Professor Honorário da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. Aposentou em 31 de julho de 1942 e retornou ao exercício das atividades advocatícias após o decurso de um biênio da sua inativação. Faleceu em 31 de dezembro de 1948, na cidade do Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de S. João Batista. Iniciado em 1898, na Loja "UNIÃO, PÁTRIA E CARIDADE", do Rio de Janeiro. Presidiu o Tribunal de Justiça Maçônica do Grande Oriente do Brasil, foi Grão-Mestre Adjunto, Grão-Mestre em exercício e Grão-Mestre eleito do Grande Oriente do Brasil entre 26 de junho de 1928 e 11 de janeiro de 1933.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ot%C3%A1vio_Kelly

SÍMBOLOS

A Interrelação Deus-Homem-Magia Autor: Irmão Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira (continuação da matéria publicada na edição 396) Mas, voltando aos milagres, devo confessar já ter presenciado vários, todos eles na área da cura espiritual, mormente em uma casa denominada Jesus - A Chave de Umbanda

1, onde atuavam, e ainda atuam, Francisco Euzebio e seus

colaboradores astrais, dentre os quais destaco, na área de cura, os seguintes: Sr.Imataca, Dr. Adolpho Bezerra de Menezes, Dr. Alvarenga Muniz e Dr. Pedro Ernesto. No entanto, até o presente momento, o maior ensinamento que recebi de uma en-tidade astral foi do já citado Sr. Imataca. Ele trabalha na “Chave” - como carinhosamente chamamos a casa - utilizando o recurso mediúnico da Sra. Laura Bokel. Durante uma consulta, por volta de 1982, eu lhe perguntei: - Sr. Imataca, a magia negra, macumba, ou seja lá que nome se queira dar, é feita com as forças da natureza? - Sim, foi a resposta dele. - E as forças da natureza são partes integrantes da divindade? - tornei a perguntar. Com um sorriso desenhado nos lábios da médium, ele respondeu: - São sim, até porque Deus e a Natureza são a mesma entidade. Aí eu pensei que iria confundi-lo e, procurando ordenar o raciocínio, coloquei: - Se a magia negra é feita com as forças da natureza e esta é a própria divindade, como é que Ela se presta à semelhante papel?

1 Atualmente esta casa está localizada na Rua Paula Frassinetti nº 58, Rio Comprido, Rio de Janeiro.

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Seu sorriso foi desaparecendo à medida que dizia: - Excelente questionamento! Muito inteligente! Digno de alguém que nem você! Agora, me responda: - Você está vendo aquela jarra de cristal no altar? Eu balancei afirmativamente a cabeça e ele continuou: - Você pode usá-la para ir a uma cascata colher água, não pode? Outra pessoa também pode; a questão reside no uso que cada um vai dar à mesma. E, continuando a passar seu ensinamento: - Deus dotou o homem de livre-arbítrio para que o mesmo pudesse crescer ou decrescer espiritualmente através das próprias ações. Repare: utilizando um modelo bem simplificado poderíamos, neste tipo de análise, considerar Deus sob dois aspectos: ―estático‖ e ―di-nâmico‖. No primeiro, Ele apenas observa as nossas ações e, no segundo, Ele atua através da Lei do Karma

2, que poderia ser sintetizada pelos lemas equivalentes: ―Tudo o que se planta, se colhe‖ ou ―O

plantio é livre, mas a colheita é obrigatória‖. Então, ele finalizou: - Deus não age da maneira como as pessoas pensam. Se Ele interferisse em tudo diretamente não ocorreriam as desgraças e crimes bárbaros que têm acontecido desde os primórdios da existência humana. Se, ao contrário, Deus assim o fizesse, os seres humanos seriam meras ―marionetes‖. Devo acrescentar ao ensinamento do Sr. Imataca que é perigoso raciocinar conforme o fazem, preferencialmente, os membros das seitas neo-pentecostais, que utilizam as seguintes palavras de ordem: - Não existe poder maior do que o de Deus. - Se Deus está comigo, quem será contra mim? Aí reside a questão: - Será que você está mesmo sintonizado com Ele? Você vive em estado de graça e de oração, dedicando-se incondicionalmente ao serviço ao próximo, durante as vinte e quatro horas de cada dia? O raciocínio simplista de que, sendo Deus o maior, nada poderá atingir você é equivalente àquele adotado pelo avestruz, ao imaginar que, estando a sua cabeça escondida em um buraco, o restante do seu corpo também estará. Isto o torna uma presa fácil para os predadores. Que não existe poder maior do que o de Deus isso é uma máxima incontestável, mas a pergunta é: Como utilizar tal poder em nosso favor? O Mestre Jesus sempre alertou: ―Orai e vigiai‖. Os instrutores das ordens arcanas, na Idade Média, recomendavam: ―Aquele que não tiver uma espada ─ para utilizar em um ritual de proteção ─ que venda a sua capa e compre uma‖. Obviamente que, para o leigo em magia ritualística, o meio mais simples e eficaz é a pura e singela oração, bem como um constante policiamento sobre atitudes e pensamentos, a fim de não vitimar ninguém e, depois, ser vitimado em conseqüência. Quanto a este ponto é bom lembrar que o semelhante atrai semelhante, e que a vida, que é dinâmica, não contraria a famosa lei de Du Fay: ―Cargas eletrostáticas

3 de mesmo sinal se repelem,

2 Esta palavra sânscrita é pessimamente traduzida. Em realidade karma significa ―ação‖. No entanto, toda ação tem uma reação

acoplada. Devemos lembrar que, de acordo com a terceira lei de Newton, a toda ação corresponde uma reação, de mesma intensidade mas sentido contrário. Segundo o hinduísmo, o karma não é bom ou ruim, pois isso depende de sua ação. Por exemplo: se chutarmos a parede, nosso pé dói; se abraçamos alguém com amor, recebemos o amor de volta. O ―sistema do karma‖ não é

algo fundamentado no resgate de débitos, mas na experiência que uma determinada ação proporciona à pessoa. Ele não é o resultado bom ou ruim, mas o processo como um todo, desde a ação original até a reação. Toda ação, benéfica ou danosa gera karma e faz girar a roda dos renascimentos ou roda de saàsārā (pronuncia-se sam‟saaraa), ou seja, mesmo a boa ação provoca o retorno à carne e ao sofrimento. Somente um tipo de ação não gera karma: aquela que se realiza em nome e por devoção à Fonte Criadora. Um karma somente é ―queimado‖ quando a pessoa compreende o porquê de seu resultado e fica mais sábia com isso.

Pode até soar de forma estranha, mas o que realmente importa é o fato da pessoa se tornar mais sábia, e não o sofrimento ou a alegria que ocorreram. Estes são processos evolutivos, aos quais o caminhante da Senda procura transcender, nunca reprimir. Até mesmo a felicidade em

demasia é ilusória, porque ela turva a visão espiritual, sendo um grande empecilho quando não há o uso do discernimento. Temos nas Escrituras da Índia duas palavras muito importantes: karma e dharma. Sobre a primeira já apresentamos um pequeno

resumo. Quanto à segunda, Dharma (em sânscrito: धर्म, transl. Dharma; em páli: धम्म, transl. Dhamma) significa ―Lei Natural‖ ou

―Realidade‖. Com respeito ao seu significado espiritual, pode ser considerado como o ―Caminho para a Verdade Superior‖. O darma é a base das filosofias, crenças e práticas que se originaram na Índia. A mais antiga dessas, conhecida como hinduísmo, é a Sanatana Dharma (ou Dharma Eterno). No budismo, no jainismo e no sikhismo, o darma também tem um papel axial. Nessas tradições, seres que vivem em harmonia com o darma alcançam mais rapidamente o mocsa, o Dharma Yukam, o nirvana ou libertação da roda de saàsārā , ou ciclo de reencarnações. O Dharma também se refere aos ensinamentos e doutrinas de diversos fundadores de tradições, como Siddhartha Gautama no budismo e Mahavira no jainismo. Como doutrina moral sobre os direitos e deveres de cada um, o Dharma se refere geralmente ao

exercício de uma tarefa espiritual, mas também significa ordem social, conduta reta ou, simplesmente, virtude. Dharma é derivado do Telugu do "Dharmam", que significa "o que está estabelecido, lei, dever, direito". A palavra derivada em prácrito é Dhamma.

Na Ásia Oriental, o ideograma de Dharma é 法, pronunciado fǎ em chinês mandarim, hō em japonês e beop em coreano. Em tibetano

é chos (em tibetano: ཆོས་). Em uigur, mongol e alguns outros idiomas da Ásia Central, é nom, que deriva o nomos (νόμος), palavra do

grego clássico que significa "lei". Etimologicamente, a palavra Dhamma (em sânscrito Dharma) é derivada da raiz Dham, que significa manter ou apoiar.

3 A eletricidade estática é o fenômeno de acumulação de cargas elétricas num corpo, isto é, naqueles cujos átomos

apresentam um desequilíbrio em sua neutralidade, seja ele condutor, semicondutor ou isolante. Normalmente, em um

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enquanto as de sinais contrários se atraem‖. Tal lei, conforme especificado no seu enunciado, é aplicável tão somente às cargas em situa-ções eletrostáticas. No caso de duas correntes elétricas (situações eletrodinâmicas) paralelas e de mesmo sentido o que vai ocorrer são forças de atração. A repulsão só ocorrerá se as correntes tiverem sentidos contrários. Tal fato foi demonstrado por André Marie Ampère em 1820. Portanto, muito cuidado com os ―experts‖ que citam tal lei para ―justificar‖ o ponto de vista segundo o qual os fenômenos ligados à espiritualidade contrariam as leis físicas naturais. Logicamente, tais pessoas não estão compromissadas com o estudo sério dos fenômenos naturais e promovem reuniões em suas congregações para, com o apoio de palavras de ordem e de insulto ao diabo, bem como de falsos milagres, proferirem, mesmo, sem saberem o significado, a expressão Halleluiah

4, e com isso arrebatarem mais

algum di-nheiro dos fiéis que, no mais das vezes, os sustentam e os enriquecem. Para que você possa entender o que se passa quando se envia uma carga energética contra alguém, mesmo que seja ―um simples pensamento‖, devemos, primeiramente, dizer que o pensamento é, na verdade, uma forma-pensamento (ou entidade-pensamento), que tem cor, cheiro, energia etc. Vamos também nos reportar ao mestre Gregorio Ottonovich de Mebes

5 no seu livro ―Arcanos Maiores do Tarô‖, página 135: ―Imaginemos alguém operando magicamente, ou seja,

dirigindo um turbilhão (vórtice) astral a uma outra pessoa, com um fim determinado. O esquema dessa operação mágica é o seguinte: um turbilhão é criado pelo operador do modo mais eficiente possível e dirigido a uma determinada pessoa. Atingindo o seu alvo, o turbilhão causa uma manifestação física boa ou ruim, cujo clichê juntar-se-á ao karma do operador, no sentido positivo ou negativo. Às vezes, porém, o turbilhão, apesar de sua existência, não produz efeito. Isto pode acontecer em três casos: 1- Quando a pessoa visada preveniu-se conscientemente contra a agressão mágica, criando um anti-turbilhão, cujo subplano inferior é do mesmo nível, ou mais elevado, do que o da agressão. Isto se chama rejeição ativa da agressão. 2- Quando a pessoa visada, no momento do toque energético do turbilhão, está forte e conscientemente concentrada num assunto ou projeto mais importante e melhor estabe-lecido no astral do que o da agressão. Se, por exemplo, a pessoa a ser destruída estiver compenetrada em um grandioso plano de construção ou destruição de coletividades inteiras, em comparação ao qual o ódio pessoal é insignificante em todos os subplanos astrais, o turbilhão não poderá atingi-la. 3- Quando, no momento da agressão, o aspecto mais ativo do pentagrama atacado paira em subplanos bem mais elevados do que o plano superior do turbilhão agressor. Assim, a agressão visando a situação material não surtirá efeito contra um ser que vive além da esfera dos assuntos materiais; nem haverá efeito quando se deseja o fracasso no trabalho de uma pessoa que está totalmente ocupada com pesquisas científicas, desprezando todas as vantagens de sua própria carreira, ou ainda quando se envia larvas de ódio a alguém que reza por seus inimigos etc.

material isolante este efeito é mais facilmente detectado devido à dificuldade de deslocamento de cargas no mesmo, pois ele conduz minimamente a eletricidade ou a isola O ramo da Física que estuda os efeitos da eletricidade estática é a Eletrostática. O fenômeno da eletricidade estática ocorre quando a quantidade de elétrons gera cargas positivas ou negativas em relação à carga elétrica dos núcleos dos átomos. A matéria é normalmente neutra, mas quando um átomo está eletricamente desbalanceado ele é um íon. Quando existe um excesso de elétrons em relação aos prótons, diz-se que o corpo está carregado negativamente, pois temos íons negativos. Quando existem menos elétrons que prótons, o corpo está carregado positivamente e temos íons positivos. Se o número total de prótons e elétrons é equivalente, o corpo está num es-tado eletricamente neutro. As cargas que provocam este desbalanceamento elétrico são os elétrons, que não estão em repouso, mas sim girando em tornos dos átomos, mas ligados aos mesmos, de tal forma que o efeito de tal desbalanceamento em nível macroscópico é o de regiões definidas apresentando, de forma macroscopicamente contínua, carga positiva ou negativa, aparentemente em repouso em relação ao material. Isto é diferente da Eletrodinâmica, quando íons positivos, íons negativos ou elétrons, dependendo da natureza do meio condutor (conduz facilmente a eletricidade), acionados por fontes externas, se deslocam macroscopicamente ao longo do material, originado correntes elétricas. Assim, basicamente, a Eletrostática ocorre com um excesso de cargas ligadas e confinadas em regiões restritas, enquanto e a Eletrodinâmica trata do movimento quase livre de cargas em meios condutores. 4 Esta palavra significa louvado seja Iah, que é uma das palavras hebraicas referentes a Deus.

5 Este mestre, mais conhecido como GOM, foi um dos maiores esoteristas do seu tempo, tendo sido o superior da

Ordem Rosacruz, do Martinismo e da Maçonaria na Rússia no início do século XX. Com a perseguição a todo movimento religioso e/ou esotérico, levado a cabo pelo regime conhecido pelo nome de comunismo, ele foi preso em 1926 e faleceu em um Gulag (prisão na região ártica). O seu livro acima mencionado foi salvo e retirado da Rússia por alguns discípulos e publicado, primeiramente, em Shangai, no ano de 1937, sendo muito mais do que um livro sobre Tarô. Em verdade trata-se de uma ―enciclopédia de ocultismo‖. No Brasil ele foi publicado pela Editora Pensamento em 1990 e, atualmente, está esgotado. Ainda quanto ao regime de governo totalitário já citado, é também interessante lembrar que ele na versão chinesa foi responsável pela morte de mais seis milhões de pessoas no Tibet, e pela saída de um ser iluminado, conforme é o Dalai Lama, daquele país. Portanto, dói só de pensar que na atual política mundial ainda tenhamos simpatizantes de tal regime de governo.

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Fig. 1- o pentagrama representa o ser humano. Em todos três casos o turbilhão não atingirá a pessoa visada. Todavia, a formação e a existência do mesmo terá acarretado um certo desequilíbrio, embora restrito, no mundo astral e o equilíbrio terá de ser de novo restabelecido, através da criação de um clichê (karma) correspondente. Se a agressão astral não conseguiu atingir a pessoa a quem foi destinada, ela dirigir-se-á, forçosamente, a outra entidade cujo astrosoma

6 se

assemelhe mais à essência do turbilhão astral criado7. Uma tal entidade, primeiramente,

será o próprio operador, ele mesmo, pois utilizou seus próprios fluidos na formação do turbilhão. Assim, recebera o que se chama na magia, ‗o golpe de retorno‘.

Suponhamos que alguém, pelos procedimentos mágicos, queira provocar o amor. Se o turbilhão for rejeitado, o próprio operador se apaixonará. Se alguém quis provocar a do-ença e não obteve êxito, ele próprio adoecerá etc. Agora você pode entender a razão de alguém lançar um palito de fósforo em outrem e re-ceber de volta uma lança: o turbilhão ―engorda‖ durante o trajeto, pois, uma vez que seme-lhante dinâmico atrai semelhante dinâmico, ele vai sugando tudo o que é negativo em seu caminho. Para se proteger contra os golpes de retorno, os magos negros escolhem sempre um outro ser, um substituto, dirigindo o turbilhão astral contra os dois, mas envolvendo o pri-meiro de um modo mais pronunciado, durante a operação mágica. Geralmente é escolhido um substituto bastante passivo e que não apresente probabilidade de rejeitar o ataque‖. É, realmente a coisa é mais tenebrosa do que você talvez pudesse imaginar! Por tudo o que foi dito, podemos, agora, entender o porquê de jamais alguém ter com-seguido atingir a Madre Tereza de Calcutá, que com suas infinitas bondade e compaixão se dedicou a servir aos pobres e abandonados, muitas vezes contrariando os interesses dos ―poderosos‖, até mesmo os da ―igreja‖ a qual pertencia. Como atingir, conforme já ressal-tado, uma pessoa que orava por seus inimigos e vivia além da esfera dos assuntos materiais, não se importando com os louros e aplausos? Fica também fácil entender porque um déspota do passado, conforme foi Adolf Hitler, não pode ser atingido pelo povo que tanto perseguiu, torturou e matou, mesmo a despeito de todo o poder da magia da Cabalá. Ele e seus sequazes estavam envolvidos em um projeto de destruição de toda a coletividade judaica. Foi preciso muito esforço espiritual para que ele pudesse cometer os erros crassos que cometeu e houvesse a queda do Reich do Horror. Um exemplo atual de déspota destruidor é o de George W. Bush, que seguindo o mau exemplo paterno, e de olho em outros interesses no Iraque, inventou, junto com Collin Powell e Cia., a desculpa de armas químicas e biológicas para invadir aquele país. Até hoje a humanidade como um todo está pagando o preço de tal insanidade. Ele também ainda não pode ser atingido, mas certamente ainda o será, pois o ditado é certo: ―Quanto maior é o adversário, maior é o tombo‖. Todos os absurdos não ficarão impunes: Roma caiu, o Terceiro Reich caiu, porque a Roma Moderna também não cairá? Aliás, repare que es-tranha coincidência: todos os três impérios citados adotaram a águia como símbolo em seus estandartes de destruição. Não, não há necessidade de atentados covardes, conforme aqueles ocorridos em 11 de setembro de 2001 e dirigidos contra alvos civis. Tudo ocorrerá no tempo certo e sob a supervisão dos Senhores do Karma

8. Aliás, a

―incompetência‖ do governo americano em socorrer, por exemplo, o Estado da Louisiana, assolado pelo furacão Katrina, mostra bem a quantas anda tal país. Quando se trata de invadir uma nação estrangeira, o aparato logístico é impecável, mas para socorrer um Estado de negros...E o que é pior: tropas ainda bloquearam estradas, só deixando os brancos passarem e aban-donando os outros à própria sorte. Somente depois de uma gritaria mundial é que o tal ―presidente‖ e sua camarilha começaram a se mexer. Continua semana que vem.

A POLÊMICA NA FOLHA

Estádios da copa de 2014

Fato: Todo mundo eufórico! Ganhamos o direito de sediar a copa de 2014! Que beleza! Vamos à forra de 1950! Verdadeira festa... O Nordeste, então, vai dar um banho... "Semos" ou não "semos" um país rico? Ainda bem que nosso país é rico... Não temos problemas com hospitais, com estradas, com comunicação, com

6 No ser humano, o termo astrosoma se refere ao corpo astral, por muitos também chamado de corpo emocional, que é

um dos corpos energéticos, que são mais sutis que o corpo físico material. 7 Por isso é comum turbilhões dirigidos aos pais atingirem os filhos, se forem rejeitados, e vice-versa.

8 Chamados de Anjos Registradores pela Igreja Católica Apostólica Romana.

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violência, sequestros, assassinatos (98% nunca esclarecidos). Nem problemas com escolas... dengue... xistossomose... doença de chagas... pobreza crescente... favelas transbordando por todas as cidades do país... prostituição infantil... lista interminável... Quem sabe, veremos muito dinheiro em meias e cuecas. Transferências para contas no exterior... inúmeras... De fato, é preciso enriquecer os "espertos" e "anestesiar" o povão. Pelo menos podíamos ganhar a copa... Porque tamanha indignação? Vejamos a avaliação de desembolso para cada estádio - escrevemos avaliação e não o que realmente irá custar cada estádio, ‗chutando‘ por baixo nos atrevemos a dizer que cada estádio custará mais de três vezes o valor aqui apresentado (recordarmos que estamos escrevendo estas linhas no segundo trimestre de 2011 e que o custo de cada obra foi avaliado no ano passado, 2010).

Estádio: Vivaldo Lima (Vivaldão), Manaus

Escritório responsável pelo projeto: o alemão GerkanMargundPartner (GMP) Características do projeto: o atual estádio será demolido para dar lugar à nova arena do Vivaldão. O projeto prevê um teto retrátil e a cobertura será feita de forma a simular um cesto de palha e as escamas de répteis para lembrar a fauna amazônica. Valor estimado da obra: R$ 500 milhões

Estádio: Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), São Paulo

Arquiteto responsável pelo projeto: Ruy Ohtake Características do projeto: o novo estádio do São Paulo Futebol Clube será reformado e receberá um novo centro de imprensa, uma redação para jornalistas, novas salas VIP e vestiários. Na parte externa, será construída uma cobertura sobre as arquibancadas nas cores branco e vermelho. A capacidade será reduzida de 75 mil para 62 mil lugares para atender aos padrões da FIFA. O projeto ainda prevê um edifício-garagem para 4.800 carros. Valor estimado da obra: inicialmente em R$ 180 milhões, mas pode haver alteração.

Estádio: Governador Plácido Castelo (Castelão), Fortaleza

Escritório responsável pelo projeto: não divulgado pelo Governo do Ceará Características do projeto: as principais obras previstas para o estádio são a cobertura de todos os assentos, a construção de um estacionamento subterrâneo com 4.200 vagas e aproximação da arquibancada inferior, em 20 metros , em relação ao campo. Por isso, a capacidade do estádio diminuirá de 58,3 mil para 50 mil torcedores. Além disso, o projeto prevê uma nova área com shopping, cinemas, restaurantes e hotel. Os detalhes do projeto serão divulgados após o término da licitação da obra. Valor estimado da obra: R$ 300 milhões

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Estádio: Estádio José Pinheiro Borda (Beira-Rio), Porto Alegre

Arquitetos responsáveis pelo projeto: Fernando Balvedi, Gabriel Garcia e Maurício Santos da HypeStudio Características do projeto: com a reforma já iniciada, o projeto procura aproveitar ao máximo a estrutura já existente do estádio. Entre as poucas intervenções, estão a cobertura do complexo, a reforma e ampliação da arquibancada inferior, construção de camarotes e reformulação interna (administração, tribuna principal, restaurantes etc). A capacidade será aumentada de 56 mil para 60 mil lugares. Valor estimado da obra: R$ 150 milhões

Estádio: Mané Garrincha, Brasília

Escritório responsável pelo projeto: Castro Mello Arquitetos Características do projeto: o estádio Mané Garrincha deixará de ser olímpico para se tornar uma arena multiuso. Apenas a fachada e a arquibancada superior originais serão mantidas. O novo projeto prevê uma cobertura de tensoestrutura sobre as arquibancadas, estacionamentos e áreas de apoio, vestiários, central médica, lojas e outros empreendimentos. A capacidade será de 60 mil lugares aos torcedores e 10 mil à imprensa, personalidades, staff e convidados. Valor estimado da obra: R$ 522 milhões

Estádio: Jornalista Mário Filho (Maracanã), Rio de Janeiro

Escritório responsável pelo projeto: Castro Mello Arquitetos Características do projeto: para a Copa do Mundo de 2014 será construída uma nova cobertura no estádio, um prédio para estacionamento com cerca de 3.500 vagas e outras intervenções para melhorar a visibilidade nas arquibancadas. Além disso, o projeto pode ir além da reforma do estádio, incluindo a requalificação da Quinta da Boa Vista, do Museu de São Cristóvão e a reurbanização dos bairros Maracanã e Tijuca. Valor estimado da obra: R$ 460 milhões

Estádio: Governador José Fragelli (Verdão), Cuiabá (MT)

Escritório responsável pelo projeto: Castro Mello Arquitetos Características do projeto: as principais intervenções serão a criação de um grande parque ao redor do estádio, a diminuição da capacidade para 48 mil torcedores e a construção de uma área com camarotes, tribuna de honra e gabinetes de imprensa. Valor estimado da obra: R$ 350 milhões

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Estádio: Governador Magalhães Pinto (Mineirão), Belo Horizonte

Escritórios responsáveis pelo projeto: GerkanMarg&Partner (GMP) e Gustavo Penna Arquiteto & Associados Características do projeto: o estádio será transformado em um complexo cultural, esportivo e de lazer. No interior do estádio, as maiores intervenções serão o rebaixamento do gramado em 3,5 metros , a construção de camarotes e de uma cobertura feita de metal e membranas de policarbonato para a arquibancada. O projeto ainda prevê pavimentos subterrâneos com espaço para shoppings, centros comerciais, área de eventos, equipamentos culturais, hotéis e estacionamentos. Valor estimado da obra: não divulgado

Estádio: Arena das Dunas, Natal

Escritórios responsáveis pelo projeto: escritório brasileiro Coutinho, Diegues e Cordeiro Arquitetos em parceria com o escritório inglês Populus Características do projeto: para dar lugar ao novo estádio, o atual Machadão e o Centro Administrativo serão demolidos. O projeto da Arena das Dunas prevê a completa reurbanização do local, com a implantação do novo estádio para os jogos e de um complexo formado por uma arena multiuso, hotéis, teatro, estacionamento para seis mil veículos, prédios comerciais e um shopping, além dos novos Centros Administrativos do Estado e do município. Valor estimado da obra: R$ 300 milhões

Estádio: Arena da Baixada, Curitiba

Escritório responsável pelo projeto: Vigliecca Associados Características do projeto: considerado o estádio mais moderno do Brasil atualmente, a arena receberá poucas modificações para a Copa de 2014. Entre elas, o aumento da capacidade de 21 mil para 41 mil torcedores, alterações na cobertura, melhoria da iluminação, eliminação de pontos cegos e dos fossos e a abertura de novas saídas, nas esquinas do estádio. Valor estimado da obra: R$ 140 milhões

Estádio: Cidade da Copa, Recife

Arquiteto responsável pelo projeto: não divulgado pelo Governo de Pernambuco Características do projeto: prevê a construção de um estádio com capacidade para 46.154 lugares, um conjunto habitacional, um centro comercial e hotel. Valor estimado do estádio com infraestrutura: R$ 1,6 bilhão

Estádio: Otávio Mangabeira (Fonte Nova), Salvador

Arquitetos responsáveis pelo projeto: Marc Duwe e ClaasSchulitz (Schulitz+PartnerArchitekten) Características do projeto: por conta das más condições do edifício, praticamente todo o estádio será reformado, desde a reformulação das arquibancadas, a instalação de cobertura e a adequação dos espaços para imprensa e áreas vip até a restauração das instalações hidráulicas e elétricas.. O projeto só vai manter a forma de ferradura do estádio, com a abertura que dá para o lado sul, para o dique do Tororó. Valor estimado da obra: R$ 231 milhões

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Conclusão: O Brasil investe pouco na área de saúde pública e os gastos nessa área são malfeitos. Esta é uma das conclusões da pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Maria Alicia DomínguezUgá, cujo estudo demonstra que o País gasta apenas 3,4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em saúde. Nos demais países da América Latina, a média de gastos em saúde é de 4,6% do PIB; parece pouco mas a média gastos com a saúde da ‗america latrina‘ é quase 36% maior que os gastos do Brasil que é a maior potência econômica da região! Entra governo sai governo e os cortes aumentam na área da segurança e saúde enquanto os ‗gastos eleitoreiros‘... "É obrigação moral e ética de qualquer governo do mundo colocar a saúde do seu povo como prioridade zero, porque, se a pessoa não tem saúde, a pessoa não tem disposição para nada." (Luiz Inácio Lula da Silva)

Coluna assinada pelo M.·. I.·. Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165

MEDITE

O Mestre ―Quando o discípulo estiver pronto, o Mestre aparecerá‖. Nem antes, nem depois. Todos nós, maçons, já ouvimos essa exortação em diversos ensinamentos que nos foram ministrados ao longo dos nossos estudos esotéricos. E o que fazer para estarmos prontos? Pensando sempre no Mestre, integrando-nos a Ele, através dos nossos atos, dos nossos pensamentos, das nossas palavras, do desbastar permanente da pedra bruta, tornando-nos o instrumento útil para Sua expressão. É necessário que nos consideremos sempre, em Sua presença. Ele está sempre presente. Quando atingirmos naturalmente esse estado de consciência, todo o nosso comportamento mudará, não haverá mais desvios de conduta. Quando o discípulo é então aceito, abre-se um canal através do qual há a comunicação com Ele. E essa, meus Irmãos, é a grande meta a qual devemos dedicar nossa encarnação, para darmos-lhe um sentido verdadeiro, através do autoconhecimento. Heitor Freire – M.·. M.·.

CONVERSA AO PÉ DO OLVIDO

"O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão". A frase foi dita por Antônio Conselheiro no fim do século XIX. Ele é o personagem principal de ―Os Sertões‖ (1902), escrito por Euclides da Cunha e que aborda a Guerra de Canudos (1896-1897), no interior da Bahia. O livro é considerado uma epopéia sertaneja, do mesmo naipe da ―Ilíada‖, ―Odisseia‖, ―Eneida‖, ―Os Lusíadas‖, ―Grande Sertão: Veredas‖. Pedro Henrique Barreto afirma que a história das secas vem desde o século 16. Até a primeira metade do século 17, quem ocupava as áreas mais interioranas do semiárido brasileiro era a população indígena. Uma das primeiras secas que se tem notícia aconteceu entre 1580 e 1583. As capitanias tiveram seus engenhos prejudicados, as fazendas sofreram com a falta de água e cerca de cinco mil índios desceram o sertão em busca de comida. No século seguinte os chamados "sertanejos" passaram a ocupar a região

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conhecida como o Polígono das Secas - parte de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e também Norte de Minas Gerais. Nos anos 1700, diversas estiagens atingiram a região. Rebanhos, homens, mulheres e crianças morreram em grande número. Décadas mais tarde veio a "Grande Seca". Teve início em 1877, durou pouco mais de dois anos. Dizimou mais da metade da população do Ceará, que tinha 800 mil habitantes. Um enorme contingente de habitantes partiu para a Amazônia e estados vizinhos. Foi daí que surgiu o termo ―retirante‖. Depois da Grande Seca de 1877, as autoridades do Império começaram a ter uma maior preocupação com o assunto. O imperador D. Pedro II chegou a soltar uma célebre frase: "Não restará uma única joia na Coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome". Criou-se comissão imperial para desenvolver medidas que pudessem atenuar futuras secas. Desde a adaptação de camelos, construção de ferrovias e açudes até a abertura de um canal para levar água do Rio São Francisco para o Rio Jaguaribe, no Ceará. Muito pouco saiu do papel. Até hoje. Desde 2003, o governo federal promete entregar as obras de transposição do Rio São Francisco. O projeto, orçado inicialmente em R$ 4 bilhões, já ultrapassou a marca dos R$ 8 bilhões. O prazo de entrega: entre setembro de 2014 e janeiro de 2015. No momento, no Nordeste do Brasil, a seca mais grave dos últimos 60 anos deixou mais de 1.200 municípios em situação de emergência. Mais de 10 milhões de pessoas foram atingidas. No nono capítulo de ―Vidas secas‖ (1938), Graciliano Ramos descreve a morte da cachorra Baleia, o episódio mais lido e lembrado em toda a sua obra. (Minha obra preferida de Graciliano é ―Memórias do Cárcere‖, onde se lê: "Liberdade completa ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a delegacia de ordem política e social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer".)

Baleia, a cachorra, é um personagem tão forte quanto os seus donos humanos e a seca, que é maior do que todos. A seca é uma indústria. ―Indústria da seca‖ é o termo utilizado para designar a estratégia de alguns políticos que aproveitam a tragédia da estiagem na região nordeste do Brasil para ganho próprio. O termo começou a ser usado na década de 1960 por Antônio Callado, um dos nossos maiores escritores, autor de ―Kuarup‖, que denunciou no extinto jornal ―Correio da Manhã‖ os problemas seculares da região do semiárido brasileiro.

O filme ―Vidas Secas‖, de Nelson Pereira dos Santos, é de 1963. Quando vi o filme, alguns anos depois, lembro que a plateia ria quando Sinhá Vitória quebrava o pescoço do papagaio para matar a fome de todos. Era mais uma piada de papagaio.

Mas a morte de Baleia era incontornável: as lágrimas não davam para encher um açude, mas encheriam vários copos que não matariam a sede de ninguém. Leio que um ano após o lançamento de "Vidas Secas", quando o filme foi exibido no Festival de Cannes, a repercussão foi enorme e positiva. A não ser pela reação de uma condessa italiana que era representante de uma organização de defesa dos animais. Revoltada, ela acusou produção e direção de terem matado de verdade a pobre cadela. A France Air Lines ofereceu uma passagem para que Baleia, que havia ficado no Rio de Janeiro, na casa de Luís Carlos Barreto, diretor de

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fotografia do filme, fosse a Cannes e acabasse de vez com as suspeitas sobre o seu assassinato. A condessa não se deu por vencida. "Cachorro vira-lata é tudo igual, vocês mataram a Baleia e trouxeram uma igual para nos enganar". Nelson brincou com a sua equipe: "Pior mesmo foi o papagaio. Ele ficou ressentido porque morreu primeiro e 'aquela cadela' é que foi pra Cannes". No fundo somos muito parecidos com a condessa: choramos a morte de Baleia, mas não pelos homens, mulheres, crianças, cabras, vacas, jegues, plantas, papagaios que morrem de sede e de seus subprodutos. E não ajuda nada saber que o Japão encerrou a temporada de caça de baleias no oceano Antártico com o menor índice histórico de capturas desde 1987: 103 baleias abatidas. Cena da morte de Baleia: http://www.youtube.com/watch?v=WriQmEI_EGI Coluna assinada pelo Ir.·. Francisco Maciel, membro da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. D‟Artagnan Dias Filho 148 – GLMERJ

COLUNA DO DIREITO

Quais os principais cuidados que devo ter ao efetuar compra de produtos pela internet? Localize a identificação da Loja, (razão social, CNPJ), endereço, telefone e outras formas de contato além do e-mail) e evite sites que não as tenha divulgado. Desconfie de sites que exibirem como forma de contato apenas um telefone celular. Prefira fornecedores recomendados por amigos ou familiares ou que possuam também estabelecimentos físicos. Caso ocorra algum problema, o consumidor necessitará indispensavelmente desses dados. Verifique as características dos produtos: antes de realizar a compra, analise a descrição do produto, faça comparações com outras marcas, visite a página do fabricante para confirmar as funções e certifique-se que o produto supre sua necessidade. Não se esqueça de comparar também o preço e a forma de pagamento em outros estabelecimentos (lojas virtuais e físicas). Prazo e taxa de entrega: a data e o turno de entrega devem ser especificados. Muitas vezes o preço exibido no anúncio do produto não contém o custo do envio do produto até sua casa. Assim, antes de fechar o pedido, verifique o valor do frete. Certifique-se das informações destinadas ao comprador sobre a ―Política de Cancelamento de Compras‖, pois muito embora este seja um direito do consumidor previsto na lei, muitos sites dificultam o seu exercício, não disponibilizando um canal para contato ou não prestando as orientações operacionais a serem adotadas pelo consumidor. Coluna assinada pelo Ir.·. Gilberto F. Pereira, Fundador da Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Maç.·. Stanislas de Guaita 165

DICA

Rádio: a voz da história sul-mato-grossense Prezados Amigos, temos o prazer de convidá-los para o Café Literário do SESC que será realizado no dia 25 (quinta feira) próximo às 19 horas, quando participarei juntamente com a Vera Tylde (co-autora do livro), desse evento cultural. O Livro RÁDIO A VOZ DA HISTÓRIA SUL-MATO-GROSSENSE é destaque no Café Literário, do SESC. O livro é um patrimônio que enaltece a memória histórica e a cultura do povo sul-mato-grossense, revelando a poder e a riqueza da comunicação do rádio, tanto na área urbana, quanto rural.. Aos que puderem comparecer agradeço, Heitor Freire

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Loja Simbólica Henrique Valladares 0448 (GOB-RJ) Irmãos da Loja Henrique Valladares, na Sessão do dia 16-04-2013, quando foi entregue o Diploma de Membro Honorário da Loja Loja Henrique Valladares ao Irmão André Gonçalves de Albuquerque, filho do nosso Irmão Péricles.

DOCUMENTOS E FOTOS ANTIGAS

Loja Maçônica Estrela do Oriente 2ª 1360 Fundada em 24/06/1954, no oriente de Goianésia, GO. Fonte: http://www.gobgo.org.br/lojas/1360.html

EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) Contestações, lances, bobagens, respostas, estudos, crendices, variados, „nóstícias‟ fatos, curiosidades, sofismas, perguntas, humor, nostalgia, outros e... nós!

O que vocês querem para Maçonaria? Um monte de ―lambe-botas‖, bajuladores, que precisam ―se dar bem‖ com os graus superiores para poder subir e alcançar cargos? Ou querem uma Maçonaria composta de homens livres e de bons costumes, que sejam livres-pensadores e busquem incessantemente a Verdade, sem restrições?

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Quem quiser impor Respeito, Disciplina e Hierarquia está no lugar errado, devia procurar e se inscrever na caserna. Aí estão os três dogmas, de uma Maçonaria que se diz, e deveria ser antidogmática. RESPEITO O que é o Respeito? É a deferência, obediência, submissão, acatamento; também pode incluir medo, temor e receio. É comum, dentro de nossa Ordem, ver e ouvir irmãos de graus superiores exigindo respeito – obviamente para os graus superiores – dos graus inferiores. Ou ver irmãos, que não se dão conta que estão ―temporariamente‖ em cargos de Grandes Oficiais ou Grandes Luzes, exercendo um pseudo poder de mando de forma a humilhar e a se sobrepor aos outros irmãos. Aí perguntamos: Devemos respeitar os irmãos de graus superiores? Claro que devemos, principalmente, – ou seria tão somente? – àqueles que sabem se dar ao respeito de seu alto grau, porque muitos são traídos em seus belos, laudatórios e esotéricos discursos pelos seus próprios atos, por sua ação. Então vem a pergunta que não quer calar: A quem devemos respeitar mais, um Aprendiz, que é o futuro da Ordem, ou a um irmão do Grau 33º? Quem optou por qualquer um dos dois errou, e feio! O início dos trabalhos ao meio-dia iguala os irmãos presentes na sessão. Ou alguém duvida? Será que nós temos irmãos que são mais iguais que os outros? Se nós perguntarmos a dez irmãos de graus superiores, o que fazer se um irmão Aprendiz levantar em Loja e disser: ―Eu exijo respeito‖, nove vão responder: ―Esse sujeitinho tem que ser posto pra fora‖. Todos os irmãos, independente de grau, merecem o respeito de todos. Respeito se conquista respeitando os outros, e a política de respeito pela imposição de medo e terror só leva a se conseguir acabar com um dos três pilares básicos da maçonaria que é a Igualdade. DISCIPLINA O que dizer da Disciplina? Disciplina é um regime de ordem imposta e a relação de subordinação entre um superior e seu inferior, com imposição de limites. A maçonaria não prega e não impõe limites à livre investigação da verdade? Se em algum momento tivemos que impor limites é porque falhamos em nossa missão. A palavra ―limite‖ evoca outra que lhe é próxima: disciplina. Como uma entidade, como a maçonaria, pode ser evolucionista e progressista impondo limites? Pode-se afirmar sem medo de errar que os guias e sua autoridade são fatores degenerativos, em qualquer civilização. Ao seguirmos outra pessoa não há compreensão, mas só medo e submissão, de quem resulta, por fim, a crueldade do Estado e o dogmatismo da religião organizada. Ao mencionar ―medo e submissão‖, deixo claro que chamo de ―autoridade‖ aquele poder que busca impor-se com autoritarismo, sem fundamento real na aceitação e na compreensão, sendo assim um instrumento de perpetuação das estruturas da sociedade. Vemos que a autoridade como instrumento de submissão não é bem-vinda, até porque seus efeitos se limitam à presença do agente repressor. É preciso deixar claro que tanto o irmão que segue outro, quanto o que é seguido, abre mão de sua liberdade.

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O que segue porque deixa de ser livre e passa a ―comer na mão do outro‖. O que é seguido porque passa a ter a responsabilidade de pensar por dois, e a agir conforme agrade seus seguidores. E aí se vai mais um dos três pilares básicos da maçonaria que é a Liberdade. HIERARQUIA Hierarquia pode ser definida como ordem e subordinação de poderes. Graduação da autoridade, correspondente a várias categorias, classes, escala de valores ou castas. A maçonaria, atualmente, pode ser definida, em várias obediências, como uma entidade dividida em castas. Todo irmão exaltado é imediatamente rotulado pelos mais velhos de ―mestre novo‖ ou ―mestrinho‖. Mas um dia, esse mestre chega ao Grau 33º, e aí é apresentado o velho jargão que ―na maçonaria, antiguidade é posto‖. Quer parecer que os mais velhos, que usam esse artifício, têm medo de ser contrariados em seus desatinos e ditames. São ―mestres velhos‖ e não ―velhos mestres‖. Eles se entregam e deixam aparente, sem sombra de dúvida, a sua total insegurança. Pode-se afirmar que, um aprendiz que domina completamente seu grau, está no topo de sua escala hierárquica. A hierarquia deve se dar-se pelo conhecimento do grau em que o irmão está, e pelos atos e fatos praticados pelos irmãos (exemplo e trabalho), em prol da sua Loja, da sua Obediência e da Maçonaria em Geral e da Sociedade. De que adianta ser Mestre, e não se lembra de seus juramentos e seus compromissos assumidos, tanto no seu grau atual quanto nos graus anteriores?

Têm muitos MM II (Ex-Veneráveis) que não passariam por um exame simples da sua classe, entre os Mestres. Quer me parecer que a excessiva militarização da nossa Ordem, de meados do século passado até agora, tem feito muitos Irmãos confundirem maçonaria com caserna. Talvez sejam militares frustrados. Afinal, tem gente que adora uma farda. Muitos Irmãos têm se mostrado ávidos por graus, só para chegarem mais rápido ao topo da ―hierarquia‖. Dá pena desses Irmãos. Nem sabem o que estão fazendo na Ordem. Como dizia meu avô, quando era criança, e minha mãe me arrumava todo para passear: ―Aunque de seda se vista el mono, mono se queda‖. ou seja: ―Ainda que se vista o macaco de seda, ele continua macaco‖. E vamos subir de grau! Afinal, os comerciantes de joias e paramentos precisam sobreviver. Com a divisão em castas, os Irmãos de graus superiores evitam conversar, e até mesmo cumprimentar, os Irmãos dos graus ditos inferiores. Sentar na mesma mesa desses em um ágape, dito ―fraternal‖, nem pensar! E ai se vai o último dos três pilares básicos da maçonaria, a Fraternidade. DOGMAS DE UMA MAÇONARIA ANTIDOGMÁTICA Entende-se por dogma o ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa e, por extensão, de qualquer doutrina ou sistema. A palavra ―dogma‖, em grego, significa ―opinião‖, mas, em filosofia, é empregada no sentido de opinião explicitamente formulada como verdadeira. Daí serem chamados dogmáticos aqueles que oferecem uma filosofia fundada em dogmas, ou que a apresentam dogmaticamente. No Cristianismo, porém, chamam-se dogmas as verdades reveladas e que são propostas pela suprema autoridade da

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Igreja, como artigos de fé, que devem ser aceitos por todos os seus membros. Pejorativamente, também são chamados ―dogmas‖ as afirmações que expressam opinião, sem os necessários fundamentos, mas que são proclamadas como verdades indiscutíveis. A Maçonaria não professa nem impõe dogmas maçônicos, visto que ela não se proclama depositária de nenhuma ―Revelação‖; ela só tem princípios. Como, porém, não existe uma religião sem dogmas, a Maçonaria não condena o pensamento dogmático em si, deixando a cada Maçom o direito de ser dogmatista, fora da Maçonaria. Não obstante, o ensinamento maçônico não é dogmático. O dogmatismo era, entre os gregos, a posição filosófica que se opunha ao cepticismo. Enquanto os defensores desta posição negavam a possibilidade do conhecimento, os dogmáticos afirmavam-na plenamente. Kant emprega o termo em sentido pejorativo, e o considera não apenas oposto ao cepticismo, mas também a critica, por ele estabelecida. Chama-se ―dogmatismo moral‖ a concepção que explica legítima a certeza pela ação. Emprega-se em geral para indicar a afirmação de doutrinas que não admitem em si mesmas nada de imperfeito ou errado. O ―dogmatismo moral‖ opõe-se ao ―dogmatismo intelectual‖. Aquele afirma que nossos conhecimentos espontâneos são a expressão de nossos desejos, e que as nossas atitudes intelectuais, em suma, dependem dos interesses humanos. O ―dogmatismo intelectual‖ afirma a independência do nosso conhecimento quanto aos nossos interesses. Dogmatismo negativo? É o nome que se dá geralmente ao cepticismo, porque ao afirmar a impossibilidade do conhecimento verdadeiro, faz uma afirmação dogmática, enquanto se chama de positivo o dogmatismo contrário. Chama-se ―dogmatismo intelectual‖, genericamente, as doutrinas que afirmam a capacidade de nossa mente, de nossa intelectualidade, para alcançar a verdade no problema crítico. Entre essas doutrinas, podem ser salientadas: a teoria mista, fundada na evidência abstrata e na evidência sensitivo-intuitiva, que admitindo o problema crítico, afirma, ainda mais, que os princípios ideais são objetivamente certos, e que a intuição sensitiva e a demonstração fundam-se em termos reais. Outra teoria é a de dinamismo intelectual, que também admite o problema crítico, mas aceita certos postulados kantianos de condições a priori, não adquiridas, mas inatas, que é a tendência a afirmar. Há, ainda, a teoria da intuição intelectual, que admite haver intuições intelectuais suficientes para dar soluções necessárias. Se a maçonaria é composta por livres-pensadores que buscam a Verdade, obviamente ela não pode ser dogmática. Mas o que é verdade? A definição de Verdade é das mais complexas, por isto cada filósofo a apresenta de uma forma diferente. Os dicionaristas a apresentam apenas como a qualidade pela qual as coisas aparecem tais como são; realidade, exatidão, sinceridade, etc. E por ser definida segundo pontos de vista tão variados, a Verdade em filosofia é um dos problemas mais espinhosos. Em metafísica, define-se a Verdade como ―o que realmente é‖. Em Lógica, ―a conformidade do pensamento com o seu objetivo‖, por oposição ao erro. Em Moral, ―conformidade de uma afirmação com o pensamento‖, por oposição à Mentira. A verdade tem por caráter a evidência e produz no espírito que a possui a certeza. A coordenação das verdades constitui a ciência. A Verdade dos conhecimentos humanos é a base de toda Filosofia, a Verdade moral é a base de toda vida social. Para os antigos, a verdade era uma divindade alegórica, filha de Saturno, isto é, do Tempo, e a mãe da Justiça. Representavam-na, geralmente, sob a figura de uma mulher segurando na mão um espelho ou um facho, e algumas vezes saindo de um poço. O verdadeiro objetivo da Maçonaria é a busca da Verdade, quer no sentido filosófico, quer no sentido religioso. Para o Maçom, a investigação da Verdade é contínua, é algo que se começa com a sua entrada em Loja como Aprendiz, mas não acaba quando atinge os graus mais elevados.

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Por meio de símbolos e alegorias, a Maçonaria ensina aos seus adeptos que a Verdade constitui um atributo da Divindade, sendo ela a busca de todas as virtudes, sem, contudo apontar-lhes o que ela considera como Verdade, nem a definindo. Deixa esta tarefa, e isto constitui a principal característica da Instituição Maçônica, aos seus adeptos, para que, por meio do estudo, da pesquisa e da meditação, possam chegar, neste particular, a ―Conclusões‖ que satisfaçam em tudo a Moral e a Razão Denilson Forato, MI Colaboração do MI Aquilino R. Leal, Fundador Honorário da Aug e Resp Loj Maç Stanislas de Guaita 165

Enquete inútil:

Pergunta: Observe a imagem de uma das muitas pinturas de Sandro Botticelli. O

que você, meu irmão, notou?

(Envie-nos sua resposta e a publicaremos semana que vem.)

Pergunta de edição anterior: Quem foi Alessandro di Mariano diVanniFilipepi?

Alessandro di Mariano diVanniFilipepi é conhecido como Sandro Botticelli, pintor renascentista nascido em 1445 e

morrendo em 1510, em Florença, a cidade da família Médici, famosa por sua contribuição ao renascimento das artes e

letras no século XV – Botticelli era protegido pela família Médici. Durante muitos anos os historiadores da arte tentaram

explicar as últimas pinturas de Botticelli; alguns críticos atribuem a sua mudança devido a uma experiências ‗mística‘

religiosa, embora ela não tenha sido documentada - recentemente foi levantada a hipótese de que, de 1483 até a sua

morte ele foi grão-mestre do Priorado de Sião.

Visite nossas páginas online: Blog da Folha Maçônica: http://folhamaconika.blogspot.com/ Este blog será extinto brevemente.

Novo Site para download das edições da Folha Maçônica: http://sdrv.ms/QobWqH Novo link do ponto cultural da FM onde estão disponibilizados mais de 13 mil títulos sobre a Ordem e afins; como está em fase de conclusão existirão falhas que pedimos serem apontadas para o seu melhoramento, assim como aguardamos comentários no sentido da apresentação e conteúdo.

Blog com desenhos e pinturas do Irmão Robson Granado: http://robsongranado.blogspot.com/