FOLH

A SINDICALJornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região - CUT - Ano 24

Florianópolis, 03 de Março de 2015

EXTRA

No próximo dia 11, no auditório do SEEB Florianópolis, será realizada uma assembleia onde definiremos quem serão os colegas que irão nos represen-tar no 4ª Congresso Nacional da Contraf, que ocorrerá em São Paulo, nos dias 20,21 e 22 de março. De acordo com os critérios estabelecidos, nossa base tem garantida a participação de três delega-dos. Filiado a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/Cut) desde a sua fundação em 2006, o Seeb Florianópolis faz parte de sua história desde os tempos do antigo DNB/Cut, nascido em 1985 graças a reconhecida capacidade de mobilização e organização dos bancários. Não é de hoje que as organi-zações e os movimentos sociais no país sofrem o violento ataque por parte dos representantes do conservadorismo e

do grande capital. Aliados desses inter-esses espúrios, os grandes grupos de mídia buscam confundir a opinião públi-ca, construindo um cenário de caos para a nossa economia, como se as decisões de governo que beneficiam a maioria da população fossem as responsáveis pelo desequilíbrio fiscal do país. Não faz parte da pauta desse setor o debate sobre a concentração da renda, a injustiça tribu-tária que penaliza o assalariado, a falta de regulamentação à livre movimen-tação do capital especulativo, a taxação das grandes fortunas e o controle efetivo das transferências aos paraísos fiscais. Nesse ambiente contaminado pela irresponsabilidade de parte da classe política brasileira, para quem a reforma política significa tão somente consolidar esse modelo que beneficia aos que praticam o “toma-lá-dá-cá” com

os financiadores privados de campanha, crescem no horizonte as incertezas para a população em geral, exigindo maior capacidade de reflexão e resistência por parte da classe trabalhadora. Nós bancários, sabemos da im-portância da estrutura de organização e luta que viemos construindo ao longo de nossa história. São décadas de con-quistas, resultado de muitas greves e en-frentamentos ao sistema financeiro. Ao contrário do individualismo disseminado em nossa sociedade, somos exemplo de que só se constrói uma categoria forte com unidade e confiança. Não cansa-mos de lembrar que somos a única cat-egoria profissional a celebrar todo ano uma convenção coletiva nacional, que garante os mesmos direitos em todo o território.

Assembleia define delegados para o 4ª Congresso da Contraf

A importância da participação da categoria na preservação de suas conquistas.

Assembleia Geral Extraordinária11.03.2015 - Auditório do SEEB - 18:00

Secretários de Comunicação e Imprensa: Cleberson Pacheco Eichholz e Luiz Henrique Pinto TonioloJornalista Responsável: Janice Miranda (MTe-2995DF/JP) Osíris Duarte (Mte 02538/PB)Fotos: Janice Miranda e Osíris Duarte

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Expediente

Fundada em 26 de janeiro de 2006, a Confede-ração Nacional dos Traba-lhadores do Ramo Financei-ro (Contraf-CUT) completou nove anos de muitas lutas e conquistas neste janeiro de 2015. Com a busca da uni-dade e mobilização, a Con-federação ampliou o espaço de atuação da extinta CNB-CUT (Confederação Na-cional dos Bancários), cons-truída em 1992, assumindo a representação dos traba-lhadores do ramo financeiro. Ao longo desses anos a Contraf-CUT forta-leceu a unidade nacional dos bancários e esteve à frente de todas as campan-has salariais, coordenando o Comando Nacional e con-solidando a convenção cole-tiva de trabalho, que comple-

Contraf-CUT: 9 anos de lutas e conquistas

tou 22 anos em 2014, válida para trabalhadores(as) de bancos públicos e privados de todo país. Tendo a unidade como estratégia e a capaci-dade de mobilização da ca-tegoria, em 2014 os traba-lhadores arrancaram ganho real pelo 11º ano consecu-tivo, acumulando 20,7% no salário e de 42,1% no piso,

melhoria na participação dos lucros, além de impor-tantes avanços no combate às metas abusivas e ao as-sédio moral e na busca da igualdade de oportunidades, com a realização do II Cen-so da Diversidade. Para além das dispu-tas entre bancários e ban-queiros, a mobilização da Contraf-CUT e de diversos

setores do movimento sindi-cal foi decisiva para o adia-mento da votação do Pro-jeto de Lei (PL) 4330, que prevê a liberação da tercei-rização inclusive para ativi-dades fins, num verdadeiro retrocesso da legislação tra-balhista brasileira. Numa conjuntura de crise política como essa que o país atravessa, com evidentes reflexos em nossa economia, é fun-damental que todos par-ticipemos dos debates em torno de temas como a reforma política, a demo-cratização dos meios de comunicação e a reforma tributária, pois a vida dos bancários não está isolada da luta por uma sociedade mais justa e democrática.

No dia 10 de feverei-

ro deste ano, a Direção Ex-

ecutiva da CUT, avaliando

o cenário de incertezas que

afeta o país e as ameaças à

desestabilização da ordem

democrática, reafirmou o

papel da Central na defesa

dos interesses históricos da

classe trabalhadora.

Nesse sentido, a

Central reafirma a defesa do

modelo de desenvolvimento

Resoluções da direção nacional da CUTexposto na Plataforma da

CUT apresentada nas últi-

mas eleições, por entender

que a crise somente será

superada com o cresci-

mento econômico, com a in-

clusão social e a diminuição

das desigualdades, com o

fortalecimento dos sindica-

tos e a democratização das

políticas públicas.

A CUT também reafir-

ma sua posição contrária as

MP’s 664 e 665 e defende

uma proposta de política

tributária que taxe os ricos

e não os trabalhadores e

conclama todo o país a par-

ticipar das mobilizações do

dia 13 de março, em defesa

da Petrobrás, da Reforma

Política e contra qualquer

medida que retire direitos

dos trabalhadores. Nesse

momento devemos ocupar

as ruas em defesa do em-

prego e dos direitos tão du-

ramente conquistados.

Em Florianópolis, ato do dia 13acontecerá à

partir das 13 horas,

na frente da Catedral.