Folha Umbandista Ano I - Edição 008 - 2015 Distribuição Gratuita

São Paulo Capital- Litoral Sul - Interior Paulista - Vale do Ribeira - Santa Catarina - Rio de Janeiro e Paraná

Editorial Redação Pag. 02

COração de fé

Pag. 06

I simpósio de umbandaEnergia da vida

Pag. 07

Semana umbandista

Pag. 08

instituido a semana da um-banda em peruibe

Ser umbandistaForça, foco e fé

Pag. 04

pluralidadeSer medium exige sacrificios

Malditos sacerdotesExiste etica na marmotagem?

Pag. 03

Historia da umbanda - cabo-clo das sete encruzilhadas

Pag. 05

Folha Umbandista - Edição VIII / 2015Distribuição Gratuita - Pág. 02

Avenida Luciano de Bono, 4235 - Cidade Nova Peruíbe - Peruibe -SP

Nossos trabalhos e consultas são completamente gratuitos.Não realizamos: Sacrifício Animal, amarração amorosa e trabalhos para o mal.

Umbanda é magia positiva que combate magia negativaUmbanda é caridade, fé e esperança

Facebbok: www.facebook.com/tenda.dacaridadeEmail: umbandamissionaria@hotmail.com.br

Folha Umbandista

Jornal Folha Umbandista

Diretor : David Veronezi

Jornalista Responsável: Tania de Castro MTB - 0067716 Projeto Gráfico e Editoração: Marcos Luiz

Redação e Revisão: Ana Carolina Fernandes

O Jornal Folha Umbandista é uma publi cação mensal.*Os Artigos não representam a opinião do jornal, são de

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Saravá Fraterno. Mais uma edição do jornal Folha Umbandista chega a suas mãos querido leitor.Fruto de trabalho árduo de um grupo de irmãos de fé que não querem deixar morrer este projeto tão importante para a Umbanda.Queremos que o maior número possível de pessoas tenha acesso à doutrina transfor-madora e renovadora da Umbanda. Doutrina da fé e da caridade.Continuamos pedindo para aqueles que puderem colaborar com o jornal que entre em contato conosco seja por telefone ou pelo nosso e-mail, toda ajuda é bem vinda, para circularmos com segurança mensalmente nosso jornal e aumentar os locais de distribuição e a tiragem. Trazemos informações da 2ª Semana Umbandista de Peruíbe que acontece do dia 15 de novembro a 21 de novembro de 2015.Um evento de engrandecimento, divulgação e desmistificação da religião de Umbanda, além de comemorarmos os 107 anos de fundação e anunciação da religião.Todos os umbandistas, templos e simpatizantes da religião são nossos convidados especiais para participar das atividades da Semana da Umbanda em Peruíbe –SP.Mês de Novembro um mês especial para toda a Umbanda e seus filhos, é o mês que comemoramos seu aniversário terreno, foi nos dias 15 e 16 de Novembro de 1908 que a Umbanda foi fundada e anunciada no Brasil. Traremos um pouco da história da religião nesta edição como homenagem a data tão importante para todos nós. Saravá os 107 anos de Umbanda.Parabéns Umbanda por seus 107 anos de existência e atividades no plano terrestre.Parabéns a todos os umbandistas mais velhos e mais novos que fazem a Umbanda acontecer e aparecer. Obrigado Mestre e Pai Zélio Fernandino de Moraes e Caboclo das Sete Encruzilhadas por nos trazerem a religião brasileira que cura, harmoniza as famílias e transforma.Umbanda de Deus, Umbanda do Povo Brasileiro, Umbanda dos Orixás, Umbanda dos Espíritos Mensageiros, Umbanda de Oxalá, Umbanda de Jesus, Umbanda da Caridade, Umbanda da Luz. Parabéns Mãe Umbanda, obrigado Mãe Umbanda.

DAVID VERONEZISacerdote umbandista, presidente do Grupo de Comunicação Umbanda Missio-nária, dirigente da Tenda da Caridade, idealizador da Semana da Umbanda em Peruíbe, escritor e apresentador do Programa Papo de Umbanda do Canal Mais Umbanda no Youtube.

Folha Umbandista - Edição VIII / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 03

Ser médium exige sacrifícios Giovana

Malditos sacerdotes ! Awo Korede Odupawo

A mediunidade é para alguns uma perigosa brincadeira, na qual os incautos e desprovidos de fé, podem realmente se prejudicar. Felizmente, para outros, a questão da mediunidade é encarada com seriedade e prudência. Porém, eu diria com bastante pesar, que os genuínos médiuns são raros, demasiadamente raros. O que mais se observa são aqueles médiuns que acreditam serem superiores aos demais, repletos de empáfia e orgulho, costumam ser irri-tantemente arrogantes! Não importa o quão forte um médium seja na hora de executar uma doutrina, ou a notoriedade de seus feitos, se este não possuir a volição de contribuir com a Espiritualidade pelo Bem Maior, cedo ou tarde, irá incidir. A vida de um médium nunca poderá ser igual à dos outros. Claro que também poderá ter uma vida repleta de saúde, felicidade, prosperidade, amor, entre tantas outras atribuições que o ser humano costuma buscar. Porém, o médium não está aqui neste mundo para se divertir com os prazeres mundanos, sua missão é nobre, audaciosa, caritativa e repleta de sacrifícios. E, em verdade vos asseguro que um número mínimo de médiuns são realmente capazes desses sacrifícios. A maioria prefere se comprazer nos desejos carnais e aparentes facilidades que a vida mundana oferece, se imis-cuindo na vilania e iniquidade dessa vida. A esses médiuns, eu só tenho uma palavra a declarar: lamentável. Afinal, qual é o problema com os sacrifícios que devem ser realizados?! Não é nenhum sacrifício inexequí-vel, intolerável. Pelo contrário, imaginem a depuração que ocorre para o médium que sacrifica aquilo que mais deseja

em prol daquilo que precisa ser feito. O médium precisa se conscientizar e aceitar que tem limitações. Deve evitar tudo àquilo que o aproxima da vida mundana, sejam pes-soas, lugares, desejos e até sentimentos, e se firmar na vida espiritual. A prioridade do médium precisa ser o seu compromisso com a Espiritualidade, sempre! Nada deve ser mais importante do que isso para o médium. Na questão espiritual, o médium é quem prepondera auxiliado pelas Hierarquias Espirituais, ele pode até escolher o caminho que aspira seguir. Todavia, na questão material ou vida terrena, para o médium, querer nem sempre é poder, pois ele não pode se esquecer dos sacrifícios necessários para que sua ascensão espiritual ocorra. Acordem médiuns! Vocês foram escolhidos pelo Alto para vir a este mundo prestar a mais pura Caridade! Não deixe esse ensejo escapar de vocês, aproveitem ao máximo a dádiva de possuírem a mediunidade desperta. E nunca, eu disse nunca, se permitam refutar a oportunidade de auxiliar os bons espíritos na luta pelo Bem. Todos os sacrifícios que fazem agora, serão recompensados mais tarde, não duvidem disso.

Se um Sacerdote cobra o serviço que faz é um vigarista,Se ele não cobra, não sabe nada.Se não ensina é um ignorante,Se ensina, exige muito, demasiadamente.

Se pede uma contribuição aos membros do Templo é um “bon vivant”,Se não pede, reclamam que no Templo nunca há nada.Se as sessões são curtas, sua incorporação é débil ou está cansado,Se as sessões são longas é um charlatão, só quer se mostrar.Se não dá aulas, descuida dos seus, quer todos ignorantes,Se dá aulas, não assistem, não acompanham, reclamam que o nível é muito alto.

Se não faz uma visita, não liga para os seus,Se o faz é porque quer se meter na vida dos outros.Se diariamente os procura, não para de encher o saco,Se não o faz, não “dá bola” para ninguém.Se faz muitas cerimônias, rituais e reuniões é porque não tem

vida social e não quer que ninguém tenha,Se não faz, não está nem aí com a religião e com as pessoas.Se tem personalidade e temperamento fortes é um arrogante exibido,Se for ao contrário não se impõe, é um fraco!

Malditos Sacerdotes!!!Que nos escutamQue nos dão atençãoQue nos consolamQue nos recebem em suas casasQue nos dão seu tempoQue nos abrem suas portasQue nos dão conselhosQue nos dão consoloQue toleram e perdoam nossos errosMalditos Sacerdotes!!!

(Awo Korede Odupawo)

Vi em uma rede social o perfil de um marmoteiro A (é um irmão: vibremos por ele) acusando outro marmo-teiro B (também nosso irmão), que se tornou famoso depois de preso e indiciado. O marmoteiro A oferece toda sorte de trabalhos de amarração e outros, assim como o fazia o marmoteiro B, contudo, conforme o primeiro, o segundo estaria equi-vocado por oferecer garantias e prazos, o que, portanto, seria... marmotagem! Por meio desse raciocínio, o marmoteiro A livra-se de toda sorte de reclamações pelo insucesso deste ou daquele trabalho. Como também afirma que nem todo trabalho pega de primeira, sendo assim necessário fazer outros e outros, certamente engorda a conta bancária. O mesmo marmoteiro A busca, em sua pos-tagem, ensinar o que seria Orixá na Umbanda e no Candomblé, desvalorizando a primeira, valendo-se de seu tempo de desenvolvimento e iniciação em ambas as religiões, e rechaçando opiniões contrárias com base

Existe ética na marmotagem? Ademir Barbosa

em verbetes da Wikipédia. Se algo fere o livre-arbítrio e faz mal a outrem, não pode ser religião. Quem procura os trabalhos de marmoteiros torna-se cúmplice dos mesmos, exceção para os desavisados e de boa-fé que vão em busca de saúde, equilíbrio e sem intenções espúrias. Perante a Espiritualidade, exceto os últimos, pela Lei de Ação e Reação, todos responderão. Decididamente, não existe ética na marmotagem.

pluralidade Thiago Nicolau

A Umbanda completa 107 anos neste mês e é inevitável que façamos inúmeras análises sobre nossa religião. Como ela surgiu? Quem foram os pioneiros de nossa história? O que mudou? O que pode mudar? Enfim, praticamente um Raio-X é percebido nesse momento. Gostaria de ressaltar a pluralidade alcançada por ela.

Depois da palavra pluralidade pensei em complementar com étnica, social, econômica, de credos, de vontades, de necessidades e vi que todas se encaixam perfeitamente na Umbanda e isso me deixa maravilhado. Depois de 107 anos ainda somos a religião que mais proporciona o encontro e tratamento igualitário às mais diversas tribos e grupos sociais.

Onde uma criança é tratada com respeito ainda que “só” nos traga risos e alegria. Onde um empresário bem-sucedido se ajoelha para escutar ensinamentos de um espírito que se apresenta como ex-escravo. Onde o machista baixa os olhos para tomar uma “bronca” de uma linda moça do astral. Onde o pobre ensina o rico, não há preto, branco, vermelho ou amarelo, somente irmãos. Não há inteligente e ignorante, sábio ou não, todos aprendemos. Não há forte ou fraco, há união.

A Umbanda, em pleno século XXI, com a tecnologia que envolve nosso mundo fala de aldeias e de ocas e é perfeitamente compreendida. Fala da chibata e da senzala e nos faz chorar. Nos tira do artificial e nos traz para o real, que resiste em nosso interior.A banda do Um cumpre seu papel. Recebe, abraça, bate cabeça, defuma, incensa, reza, benze, cruza, incorpora, transpira, brada, dança e purifica. Somos Um, é inegável. Somos essa linda e amada Banda.

O budista é bem recebido, o judeu também. O protestante encontra alento e o católico recebe a mesma atenção. Ninguém pergunta por quê. Ninguém quer saber por quê. O adicto, o ex-presidiário, a meretriz, os “marginais” não têm margens pra ficar, só existe uma roda. Que gira. A gira.Mais do que nunca meus olhos se enchem de lágrimas para agradecer a Zambi, a Olorum, a Olodumare, a Tupã, a Javé, a Alá. Mais do que nunca meu peito se enche de amor para abraçar meus irmãos, pedir a bênção aos meus Pais e minhas Mães. Todos eles.

Umbanda é plural, em todos os sentidos imagináveis. Umbanda acolhe e, por isso, edifica.Mais do que nunca somos Um, somos da banda. Somos Umbanda.

Parabéns pra VOCÊ!

Folha Umbandista - Edição VIII/ 2015Distribuição Gratuita - Pág.. 04

Instituído a semana da umbanda na cidade de peuibe - sp

No dia 21 de outubro de 2015 foi aprovado o Projeto de nº 11/2015 de autoria da vereadora Drª Laila que “INSTITUI A SEMANA DA UMBANDA, DISPÕE SOBRE SUA COMEMO-RAÇÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”.

Fica instituída e incluída no Calendário Oficial de Eventos do Município de Peruíbe a “Semana da Umbanda”, a ser come-morada, anualmente, na terceira semana do mês de novembro.

Tendo por finalidade promover o Direito Constitucional à liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos, conforme o inciso VI do art. 5º da Constituição.

O presente projeto de lei tem o objetivo de instituir de valori-zar a Umbanda e orientar o cidadão e extinguir a intolerância religiosa.

É um projeto que pertence a toda comunidade umbandista de nosso Município.

Mais uma conquista para a nossa religião e que sirva de exemplo para outros municípios de nosso país.Valeu a luta, valeu o esforço, valeu acreditar!

David Veronezi.“Uma conquista de todos nós”.

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Ser Umbandista não é simplesmente vestir roupas brancas;

Ser Umbandista é carregar o branco dentro de si;Ser Umbandista não é frequentar todas as sessões e reuniões de um centro;

Ser Umbandista é vivenciar a Umbanda 365 dias por ano e 24 horas por dia;Ser Umbandista não é cultivar uma planta ou uma erva;

Ser Umbandista é amar a natureza e lutar pela a preser-vação da sua fauna e flora;Ser Umbandista não é carregar um fio de contas de um guia ou Orixá;

Ser Umbandista é carregar a essência dos guias e Orixás em nosso interior;

Ser Umbandista não é simplesmente falar sobre paz, saúde e prosperidade;Ser Umbandista é praticar e ensinar o verdadeiro amor fraterno;

Ser Umbandista não é ter bens e riquezas materiais;

Ser Umbandista é ter humildade e praticar a simplicidade na sua forma mais delicada que é o amor fraterno;

Ser Umbandista não é lutar contra intolerância religiosa;

Ser Umbandista é ser tolerante com os desprovidos de conhecimento sobre a Umbanda;

Ser Umbandista não é acender velas;

Ser Umbandista é semear e levar a luz a quem se encontra na escuridão;

Enfim, ser Umbandista não é ler as escrituras sagradas e sim vivenciar e praticar os ensinamentos de Cristo - Oxalá.

Paz e Luz a todos. Axé!

Ser Umbandista Pai Tito

Mantra a ser dito todos os dias Entoado com boas energias e honestidadeCom ajuda de meus Pais e Mães faz possível a conquistaForça quando eu pensar que estou fracoFoco quando eu permitir que o mundo me faça procrastinar minha evoluçãoFé que tudo vai passar, ou melhor, fé que tudo que passo me torna mais forte, me traz mais foco que me faz ter mais fé!

Luiza Medeiros

Força, foco e fé

Folha Umbandista - Edição VIII / 2015

História da Umbanda - Caboclo das Sete Encruzilhadas

Mais Umbanda

Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens. Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro. Aos dezessete anos, quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade.

A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então, também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.

Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado". No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira cha-mada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.

Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenô-meno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita , já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita. No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão

de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colo-cou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho.

Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local, ele incorporou um espírito e simul-taneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho, a entidade incorporada no rapaz perguntou:

"Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:

"Por que o irmão fala nestes termos, preten-dendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?"

Ele responde:Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desen-carnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim." O vidente ainda pergunta:

" Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?"

Novamente ele responde:”Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei." Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.

No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 • Neves • São Gonçalo • RJ, aproximando-se das 20:00 horas, esta-vam presentes os membros da Federação Espírita, parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente às 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:

Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanes-centes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo". Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda. O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:

‘’Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem as horas de aflição; todas as

entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai". Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: "- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá". Após insis-tência dos presentes fala:

‘’Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo". Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:

‘’Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá". Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de "Guia de Pai Antonio".

No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados. A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda. Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.

Fonte: www.paimaneco.org.br

Trabalhos de Seg, Qua e Sex às 19:00 hrs.Venha nos visitar !

Distribuição Gratuita - Pág.. 05

Folha Umbandista - Edição VIII / 2015Distribuição Gratuita - Pág. 06

as LÁGRIMAS DE UM PAI DE SANTO - V Vladimir do Oxossi

Naquele dia o pai de santo acordou bem, estava disposto, sabia que seria um dia atribulado, já que era gira de guardião. Foi ao seu trabalho, o dia transcorreu bem.Quando chegou ao templo tudo estava perfeito, a gira começou, senhores Exus chegando em terra, mostrando sua alegria, espargindo energia pelo ar.O baba não esperava que tudo mudaria no decorrer da gira.As consultas foram transcorrendo normalmente até que aquela consulente entrou. Foi atendida pelo guardião do baba que disse que teria que fazer um trabalho e seria agora. Após atender todas as pessoas, o guardião preparou tudo e iniciou o trabalho. Muitas entidades estavam sustentando tudo que ali acontecia, o pai de santo a tudo acompanhava, viu quando um portal negativo abriu sob os pés da consulente, viu diversas entidades subirem por ele, atacavam a primeira pessoa que viam e a todos os guardiões e guardiãs que estavam em terra prendiam. O Exu daquele baba disse que teria que descer as trevas, pois o líder daquela legião não queria abandonar seu posto, isto feito, mandou que o baba se preparasse pois desceria junto. Foi uma descida muito rápida e aquele ser que guardava um ponto de força nas trevas já não estava mais sentado em seu trono. Haviam muitos espíritos perdidos naquele lugar e todos investiram sobre Sr. Exú e aquele baba.O guardião gritou para que aquele pai de santo ativasse seus poderes no que lhe foi negado, mas a lei atua de formas estranha e aquele baba não conseguiu conter a força que brotava de seu ser e explodiu em energia por todos os lados.Todos os espíritos ali retidos foram esgotados por esta força, a tudo o baba assistia, seus olhos começaram a marejar e ele não conteve mais o pranto, chorou o seu choro dolorido que muitas vezes já vimos cair por causa de seus filhos carnais. Agora ele chorava por seus irmãos em espírito, chorava por suas quedas, negou naquele momento que a lei estivesse sendo justa, pois acreditava que poderia ser diferente. Aquele pai de santo chorou tanto que até as entidades que ainda estavam em terra sentiram-se preocupadas com ele, seus filhos de santo não entendiam por que aquele baba chorava tanto.A gira se encerrou, todos foram para seus lares, o baba se recolheu para o descanso merecido, mas mal fechou os olhos e já estava de pé novamente, ao seu lado estava o seu Exú guardião.- Vamos baba, ainda temos trabalho a fazer.- Mas não acabamos com tudo naquele reino?- Baba, nem tudo que vemos é do jeito que nos aparece, aquele reino continua lá e alguém terá que sustentá-lo, por isso vamos voltar até lá.- Não gostaria de ir lá outra vez guardião.- Eu disse a você que a próxima vez que suas lagrimas rolassem, seria comigo. Lembra?- Lembro-me sim guardião.- Pois bem, agora é a hora de entender porque elas caíram.- Sim.Eles retornaram ao lugar que tinha sido devastado por um poder manifestado por aquele baba, tudo estava calmo, o silencio era mórbido, aquele pai

de santo olhou tudo a sua volta e suas lagrimas tornaram a cair. O senhor Exú guardião o olhou com firmeza e disse:- Baba, por que realmente choras por quem não merece?- Meu senhor Exú, vós muito tem me ensinado ao longo destes anos, mas acredito em Deus que todos merecem uma nova chance e estes meus irmãos ao qual esgotei sem mesmo saber como não tiveram esta oportunidade.Como não? A todos foi dada a opção de subir ou perecer, eles fizeram suas escolhas, sabiam que a lei iria atuar aqui mais cedo ou mais tarde. Não meu senhor, não deveria ser assim, os seres foram criados por Olorum nosso pai para galgar os degraus que elevam, não os que nos degradam.- Pois bem meu baba, eles galgaram degraus errados e pelos erros praticados pagaram o preço.- Senhor Exú, sei que és a lei tanto no alto como no embaixo, mas acho que seu trabalho lhe tirou um pouco de humanidade.- De jeito nenhum baba, sou o mais humano das entidades, somos nós que estamos mais ligados a vocês que estão na carne, somos nós que compreendemos vossas necessidades, por isso somos Exus.- Mas ainda assim acredito que a lei não foi justa neste caso.Neste momento ouviram-se o trotar de um cavalo, aquele pai de santo no mesmo momento caiu de joelhos e encostou sua testa no solo, pois sabia quem se aproximava. O trotar parou bem na frente deles, senhor Exú também estava de joelhos.- Salve divino guardião de meu criador. Salve senhor da lei em toda criação.Levantem-se.Senhor Exú se levantou, mas aquele baba conti-nuou com sua testa voltada para o solo.- Levante-se também baba.- Meu senhor aprendi que na presença de um orixá devemos nos manter em submissão a tão alta luz, perdoe-me.- Tem minha permissão para olhar-me baba.O baba levantou-se, mas continuou com os olhos voltados para o solo.- Olha-me nos olhos baba, quero saber por que você esta colocando a atuação da lei em prova.- Meu senhor, jamais colocaria a lei de nosso senhor a prova, apenas disse que... Que erramos quando utilizamos de seu mistério e poder para acabar com as injustiças e maldades praticadas por todos que aqui habitavam.

E suas lagrimas tornaram a rolar.- Baba você chora por aqueles que não tiveram piedade para com os semelhantes, chora por seres que perderam a razão e agiam tão somente pela emoção desvirtuada.- Não se iluda com visão do astral, pois pode estar enganado, utilize da razão que lhe foi dada por nosso criador e jamais tire conclusões precipitadas.Este reino estava sendo observado já a muito tempo, mas passaram dos limites impostos pela lei de nosso senhor, você foi um instrumento na atuação da lei, sinta-se feliz.- Meu senhor, jamais ficarei feliz quando um irmão

meu seja na luz ou nas trevas for esgotado por um poder que lateja em meu ser, é triste ver a criação se voltar contra seu criador e ser esgotado por ele. Mais uma vez perdoe-me.- Não há o que perdoar, mas lembre-se que toda vez que a lei precisa de um de vocês encarnados, não pede vossa permissão para atuar, apenas atuamos.- Senhor permita que eu chore por ti também?- Chorar por mim? Não entendo por que você ira chorar por mim.- Chorarei por ti meu pai, por que és a lei de Olorum em toda a criação e assim sendo terá que sustentar a todos que sua espada divina esgotar, terá tanto espíritos e seres sob seu manto que um dia também aprendera a chorar por ele, pois nossas lagrimas lavarão suas almas cansadas e as elevarão até nosso pai criador.- Baba, permito que chore por mim a lei e por todos que por mim forem esgotados, mas que suas lagrimas não molhem meus caminhos, pois neles só os caídos são encontrados.

Aquele divino orixá se virou e partiu em disparada, o baba olhou para Exú que sorria e perguntou:

- O senhor nunca chora?- Baba, sou Exú, sou o mistério, sou a força e a sustentação, sou o caminho de ida e de volta, sou a alegria, mas carrego a tristeza, de meus olhos jamais vera cair uma lagrima, pois trabalho na minha gargalhada os mistérios da criação.Sou o cair da noite e o raiar do dia, estou em cada encruzilhada e em cada esquina, sou a voz de nosso senhor e o canto de nossos orixás, sou Exú baba.

Aquele pai de santo ajoelhou-se e orou, orou ao criador agradecendo por cada momento ali passado, orou por suas lagrimas dolorosas que sempre teimam em cair quando vê um ser criado por Deus se perdendo por não dar ouvidos a lei maior, orou por todos aqueles que tentam se sustentar nesta mesma lei, orou por todos aque-les que tentam de todas as maneiras derrubá-la se sucesso.Senhor Exú olhou-o com carinho e disse:

- Baba, vamos já é hora de voltar, seu trabalho aqui esta terminado.

Quando aquele pai de santo levantou-se, espan-tou-se com a visão que teve. O lugar antes sombrio e sem vida estava todo florido e com uma luz tênue a clarear todo o lugar, suas lagrimas mais uma vez teimaram em cair e ele agradeceu ao criador por tamanha beleza nas trevas da ignorância.Em segundos já estavam de volta ao lar daquele pai de santo, Exú se despediu prometendo que jamais o abandonaria, ele se deitou e dormiu, dormiu o sono dos justos.Quando acordou seus olhos ainda estavam úmidos, ele sorri e em voz alta saudou.Laroye senhor Exú.

Pai Vladmir do Oxossi

A revista Voice é uma publicação bimes-tral, com distribuição gratuita, voltada para a população da Estância Balneária de Peruíbe e regiões do entorno, localizadas no litoral Sul de São Paulo. As matérias têm linguagem simples e o intuito de comunicar de forma gostosa e despretensiosa, com muitas imagens e diagramação clean.

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Revista Voice

O sacerdote semeador

Todos somos uma pequena semente do grande Pai e Divino Criador Olorum, e é preciso saber que quando aceitamos mais um filho para a nossa corrente Umbandista é como se estivéssemos semeando essa semente sem sabermos ao certo se ela germinará ou se dará bons frutos. Contudo e necessário saber que toda semente possui grande potencial, mas para obter êxito e conseguir uma boa colheita se faz necessário tratar essa semente com muito cuidado, plantar com muito carinho e regar com muito amor. Porém se engana que somente isso bastará para se ter uma boa colheita, ainda será necessário estar vigilante pois com o tempo certamente aparecerão predadores e pragas nocivas que irão querer sufocar, devorar buscando a destruição as nossas plantas que cuidamos com tanto carinho. E o que fazer? Primeiramente precisamos entender que é da natureza dos predadores e das pragas buscarem a destruição de nossas plantas e que por mais que a combatemos sempre aparecerá uma mais forte ou resistente, por isso digo que é preciso saber conviver com elas. Por fim temos que entender que por mais que todas as sementes de uma lavoura são iguais, teremos aquelas que se desen-volverão melhor, darão melhores frutos enquanto outras tantas não resistirão e vão perecer. Isso meus irmãos não é nossa culpa, é simplesmente a natureza agindo seu curso com as leis de causa e efeito. Saravá meus irmãos, esse texto digitado por mim e inspirado no Pai Joa-quim de Aruanda é para servir de alerta a todos dirigentes, Pais, Mães, Sacerdotes e Sacerdotisas, prestem atenção em como vocês estão plantando suas sementes, como estão cuidando de sua lavoura e quais frutos suas plantas estão produzindo.

Axé e luz a todos irmãos de fé. Tito Seola

Folha Umbandista - Edição VIII / 2015 Distribuição Gratuita - Pág. 07

-Declaração de Propósitos- O Simpósio de Umbanda tem como propósito esclarecer como podemos nos ligar a Deus por meio do contato com as forças da natureza e seus Orixás. Reconhecemos que existe uma lacuna de conhecimento em como podemos cultuar a Deus e os Orixás, em nosso lar e no dia a dia. Muitas vezes, o que se conhece da Umbanda é mal interpretado e distorcido - por nunca ter tido uma oportunidade de levar o seu propósito a um maior número de pessoas. Por desconhecimento, falta de oportunidade ou mesmo de tempo, temos muitas pessoas que se aproximam da Umbanda de forma tímida e não sabem como praticá-la em seu dia-a-dia. Falta conhecimento em como desenvolver essa vertente religiosa em seu Lar. Falta conhecimento em como desenvolver a religiosidade por meio da Umbanda. Especialmente - a quem acredita que a Umbanda tem como prática sacrifícios, amarrações, magia negra e outras práticas negativas - convidamos para que venha a aprender que a Umbanda é uma forma de defesa e proteção a todas essas negatividades, baseando-se na premissa da "manifestação do espírito para prática da caridade", sendo uma dessas caridades, se libertar do mal, do orgulho e da vaidade. Convidamos e estamos abertos a iniciativas de médiuns, Sacerdotes, Pais e Mães de Santo, Dirigentes Espirituais, independente de suas vertentes dentro da Umbanda, dando voz a todos em uma única Umbanda, unindo em torno de um único propósito: unir a Umbanda para sermos uma Religião mais forte!

Contamos com a sua participação!

Inscreva-se no site www.simposiodeumbanda.com

simpósio de umbanda

Coração de fé Aderito simões

Existem coisas em nossas vidas às quais vale a pena esperar. Uma delas é o abraço carinhoso de meus irmãos de trabalho ao final de cada gira. A cada instante que trabalhamos em nome de nosso pai Oxalá, nossa alma se engrandece e sentimos o poder de Deus (Olorum). Entendemos a nós mesmos e compreendemos os motivos de nossa dor e os motivos da dor alheia.

"Creio que a gira é como

a vida

Ao final de cada uma delas, seja da vida ou da gira, o que nos resta são as lembranças dos momentos que passamos. Nada levamos de nenhuma delas. Só as lembranças. Só o conhecimento. Por esta razão, vivam com toda a paixão do mundo! Por esta razão, girem com toda a paixão do mundo! Girem até sentirem a vertigem da fé e, quando este momento chegar, mergulhem em seu abismo misterioso. Nesta viagem longa até o fim do abismo vocês

verão as pessoas que mais amam e a guardarão no peito para nunca mais esquecê-las em seus momentos mais felizes. Verão as pessoas que mais odeiam. Você per-doará a si mesmo e depois, as perdoará, porque naquele momento você não tinha a noção da sabedoria que lhe aguardava por superar este problema e a paciência que lhe trouxe ao aguentar o sofrimento. Verão a vida passar e se arrependerão de duas coisas, de ter se aborrecido demais e de ter amado de menos. Ao final da vida, ao final do abismo, ao final da gira, não haverá mais tempo para amar. Só haverá tempo para se arrepender. Porém, a próxima vida ou a próxima gira poderá ser diferente. Depende de cada um de nós. Depende de nossas atitudes e depende do que aprendemos com os problemas que a vida nos deu para resolver. Meus irmãos umbandistas, amem como se não hou-vesse outro momento a não ser este. Vivam como se não houvesse outro momento senão este. Girem como se não houvesse outra gira. Chorem, abracem, gritem e esperneiem, mas vivam! Acordem e acolham a vida! O que você quer, o que você deseja estará lá! Só quem sofre ou já sofreu

"

entende estas palavras. Tenham fé! Tenham força! Tenham coragem para viver e girar por seus sonhos, por uma vida melhor. Uma vida bem vivida se torna o exemplo para as próximas gerações. Uma gira bem “girada” se torna o exemplo para as próximas gerações. Façam de suas vidas o palco de suas próprias realizações. Tenham fé e acreditem. Eu sou parte da Umbanda. Você é parte da Umbanda. A Umbanda é parte da sua vida e, assim, o amor de Oxum é parte da sua existência.

Não há caminho que o umbandista trilhe sem a prote-ção de exu. Não há luz que não venha de Oxalá. Não há lágrima que não tenha sido derramada sem o alento do preto-velho. Nunca estaremos sozinhos se trilharmos o caminho do bem. Pratiquem obem e o bem receberão de volta. Pratiquem a Umbanda com verdade e amor e receberão de volta todo o amor de nosso pai

Oxalá! Saravá a nossa Umbanda!

""

Energia, algo que muitas das vezes desperdiçamos pelo nosso caminhar, tanto do dia a dia quanto na vida toda, não me refiro a energia física, a evitar fadiga do corpo, mas na energia do cosmo, do nosso espirito, da vida como um todo, da força que nos impulsiona a seguir em frente e almejar coisas novas ou lutar pelas velhas ou já obtidas, esta energia que flui através de nosso corpo, mente e espirito. Tal força que se bem empregada nos possibilitara tantos fluidos positivos, tantas conquistas espirituais e matérias, que nos estimulara a sempre seguir nos passos do bem e do honrado, mas se mal canalizada e direcionada, resulta em grandes perdas, em acúmulos de negativismo que atrairá coisas e situações que propiciaram eventos cada vez mais negativos e destrutivos, nos deteriorando por dentro ( espirito ) e consequentemente por fora ( corpo ). Busquemos o melhor aproveitamento dessa força, bus-quemos nos conhecer, nos melhorar, evoluir. Canalizemos esta energia de forma proveitosa e benéfica, meditando, orando, indo ao pontos de força da sagrada mãe natureza, busca o contato com nosso Pai e recorrendo ao amparo de seus braços, pedindo que nos de sabedoria, conhecimento, discernimento, direcionamento, entre tantos pedidos de ajuda, tudo para podermos caminhar de forma reta e benéfica a nos mesmo.

Por mais que não venhas a acreditar em ações em sua vida de força superior, acredite de forma racional que ações positivas, boas, de ajuda, amor e união, atrairão ate ti resultados , ações e atitudes de outras pessoas que o cercam e rodeiam do mesmo sentindo e intensidade , caso haja de forma negativa, desonrosa, soberba, desonesta, atrairá companhias de mesmo vibrar de pen-samentos e afastara os que pensa o contrario, isso não se prende só há uma analise espiritual , mas a um todo racional e ate cientifico por assim dizer, “o bem atraia o bom e o mal atrai o mau” .Energia, fator que sustenta a vida e nosso ser.

Axé e luz irmãos e irmãs.

Energia da vida

Folha Umbandista - Edição VIII / 2015 Distribuição Gratuita - Pág.. 08