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Faculdade de Economia Universidade de Coimbra Fontes de Informação Sociológicas Licenciatura em Sociologia Docente: Paulo Peixoto Trabalho elaborado por: Jacinta do Céu Laranjo da Conceição

Fontes de Informação Sociológicas Licenciatura em Sociologia · 2012-08-13 · curiosidade através dos mass media e dos programas estatais desenvolvidos ... mundialmente livros

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Faculdade de Economia

Universidade de Coimbra

Fontes de Informação Sociológicas Licenciatura em Sociologia

Docente: Paulo Peixoto

Trabalho elaborado por:

Jacinta do Céu Laranjo da Conceição

Estudar não é só ler nos livros

que há nas escolas.

É também aprender a ser livre, sem ideias tolas.

Ler um livro é muito importante,

Sem ideias tolas. Ler um livro é muito importante,

às vezes urgente, mas livros não são o bastante

para a gente ser gente. É preciso aprender a escrever,

mas também a viver, mas também a sonhar.

É preciso aprender a crescer, aprender a estudar.

[…]

Estudar também é repartir

também é saber dar o que a gente souber dividir

para multiplicar. Estudar é escrever um ditado

sem ninguém nos ditar; e se um erro nos for apontado

é sabê-lo emendar. É preciso, em vez de um tinteiro, ter uma cabeça que saiba pensar,

pois, na Escola da vida, primeiro está saber estudar.

[…]

Estudar é muito

Mas pensar é tudo!

J.C. Ary dos Santos

Índice: Introdução ............................................................................................................................ 1 Desenvolvimento: .................................................................................................................. 3 Estado das artes ................................................................................................................... 4 Processos de pesquisa: ....................................................................................................... 12 Ficha de Leitura .................................................................................................................... 14 Avaliação da página web .................................................................................................. 17 Conclusão............................................................................................................................ 18 Referências Bibliográficas.................................................................................................. 19 ANEXO I

TEXTO BASE DA FICHA DE LEITURA ANEXO II

PÁGINA WEB UTILIZADA

“A LITERACIA É UM PROFUNDO ENVOLVIMENTO COM A TRADIÇÃO ESCRITA”

David Olson

Fontes de Informação Sociológica Ano Lectivo: 2005/06

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Introdução

Este trabalho incide sobre o tema “literacia”, um dos temas propostos pelo professor, no âmbito de avaliação contínua da disciplina trimestral de Fontes de Informação Sociológica do 1º ano do curso de Sociologia.

Literacia é, hoje, mais do que nunca, um tema mundialmente discutido; embora a sua existência remonte aos primórdios da sociedade ocidental, o termo, em si, foi convencionado não há muito tempo.

O que é? Que importância tem a literacia no nosso percurso académico? Quem se importa com a literacia? Quem a discute? Porque a discute? Os governantes preocupam-se com os níveis da mesma?... Estas e outras perguntas são hoje constantes devido à importância e visibilidade acentuada que esta adquiriu. Provavelmente ganhou relevância, suscitando mais curiosidade através dos mass media e dos programas estatais desenvolvidos pelos governos. Exemplo destes últimos, os exames realizados em 2001 pelos alunos que frequentavam o 9.ª ano de escolaridade, com o principal propósito de avaliar o nível de literacia dos educados. Os resultados ficaram muito aquém do que era desejado, mesmo tendo em conta o facto de Portugal possuir uma comunidade escolar de ausência de permanência além do ensino obrigatório. Estes programas incidentes na literacia são, maioritariamente, impulsionados pela União Europeia dentro das suas políticas educacionais e culturais.

O termo “literacia”, ainda recentemente, era confundido com “alfabetização”, talvez devido, essencialmente, ao facto de em Portugal, por exemplo, não existir uma expressão que incorporasse o conteúdo e as características desta. O conceito foi adoptado do termo inglês literacy utilizado pelos países anglo-saxónicos, para ilustrar “um continuum que envolve desde capacidades mínimas de ler e escrever até uma leitura e escrita que requerem altas capacidades cognitivas” (Scott-Jones apud Reis, 2005).

Esta pesquisa ajudar-nos-á a termos uma percepção e compreensão do complexo fenómeno “literacia”, que abrange uma maior atenção por parte de estudiosos, académicos e políticos, os quais dedicam muitas das suas obras, teses, discursos e trabalhos a este tema. Nesta pequena abordagem, irei enunciar alguns destes que, de certa forma, vão de encontro ao que pretendo elucidar neste trabalho.

Esta pesquisa tem como principal intuito analisar a literacia de um modo global, mas de um modo mais particular e minucioso em Portugal e esclarecer algumas dúvidas que, tal como a mim mesma, assaltam muitas pessoas na nossa sociedade. Para tal, utilizei algumas fontes de informação a que tive acesso, desde bibliotecas a sites da Internet, que irei enunciar, a fim de permitir um mais fácil acesso a quem tencionar saber mais pormenorizadamente sobre o assunto.

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As fontes de informação que me ajudaram a desvendar o tema em questão são maioritariamente em português, não pelo facto de não existirem mundialmente livros e sites que retratem excelentemente o tema, mas porque achei pertinente demonstrar neste trabalho o número e a qualidade de alguns estudos realizados por portugueses. Este trabalho é constituído por cinco partes. Inicialmente, é feita uma breve introdução, seguida do desenvolvimento, o qual se subdivide em dois: “Estado das Artes” e “Processo de Pesquisa”; na primeira, faço um pequeno resumo elaborado segundo as leituras e fontes informativas; na segunda, são descritos os passos de pesquisa e o modo de como foi feita a aquisição da informação pretendida. Na parte seguinte, encontramos a ficha de leitura do capítulo “Literacia enquanto envolvimento” de Filipe Reis, do livro “Diálogos com a Literacia”. Na quarta integrei a avaliação da página web, encontrada com a ajuda da utilização de operadores booleanos no motor de busca Google. Por último, apresento a conclusão do meu estudo, onde faço um breve resumo do que foi o meu trabalho e do que aprendi com ele.

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Desenvolvimento:

Quando escolhi este tema, Literacia, para o meu trabalho, tinha cientes as dificuldades que iria ter para encontrar informação e, principalmente, para obter um conhecimento mais fidedigno a transmitir neste trabalho. Para minha grande surpresa a informação foi chegando de todas as partes por onde a procurava, o facto de muita dessa informação ser em português, deixou-me bastante satisfeita.

Comecei a minha pesquisa na Internet para ter uma noção geral do tema que escolhi. Mais tarde, depois de uma pequena filtragem do ruído que encontrei, resolvi voltar a minha pesquisa para as bibliotecas. Comecei por ir à Biblioteca Municipal de Tarouca, mas sem sucesso, pois esta não possuía nenhum livro que abordasse o tema literacia. Seguidamente dirigi-me à Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde a minha pesquisa avançou produtivamente. Contudo, foi no meu primeiro passo da pesquisa que eu tive maior contacto com a proporção do tema literacia a nível mundial e em especial no nosso país.

A Literacia, como já mencionei, é um tema que, nos dias presentes, tem vindo a ganhar afirmação nos meios informativos e estatais; tornando-se, portanto, difícil abordar o tema sem uma análise cuidada e prévia.

O estudo da Literacia por parte de organizações nacionais (estado, entidades académicas) e internacionais (UNESCO, UE e OCDE) tem vindo a aumentar substancialmente com o principal intuito de conhecer a realidade das “capacidades reais de leitura escrita e cálculo da população adulta” (Benavente et al, 1996) permitindo, assim, desenvolver estratégias que visem manter ou melhorar o “uso de competências” de cada indivíduo.

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Estado das artes

Iniciando este ponto, desenvolverei o tema “literacia” tendo em conta a informação obtida no “Processo de Pesquisa” que de seguida enunciarei. Começarei por definir e esclarecer o que é literacia.

O termo surge, não há muito tempo, dada a necessidade de classificar e apelidar a “capacidade básica de utilizar a leitura a escrita e o cálculo para resolver questões da vida quotidiana”. Assim começa o desenvolvimento da literacia, confundida muitas vezes com a alfabetização; sendo, portanto, de salientar que esta não é se não “um conhecimento obtido e estável” ou então um “acto de ensinar e de aprender a leitura, a escrita e o cálculo”, como é descrito no Estudo Nacional de Literacia (Benavente et al, 1996), daí a confusão de ambos os termos. Literacia “traduz a capacidade de usar as competências (ensinadas e aprendidas) de leitura, de escrita e de cálculo” ou ainda, designa um conhecimento processual, em aberto” (Delgado-Martins et al,2000), em constante desenvolvimento. Muitas outras definições são lançadas para definir o nosso tema, mas quase todas elas primam pelas expressões “competência para” e “capacidade de” para a classificarem. Começam então a generalizar-se definições como: “literacia é a capacidade de processamento de informação escrita na vida quotidiana” ( ,1991) demonstrando-nos a necessidade de utilizar a “escrita” e a “leitura” no dia a dia, independentemente do contexto situacional; ou, ainda: “A complexidade das sociedades modernas e o progresso tecnológico vieram, apesar da generalização do acesso a uma educação cada vez mais prolongada dos jovens, colocar novos problemas e novos desafios”( Benavente et al , 1996).

O facto de se “acreditar” que a escolarização massificada, orientada por políticas que tendiam a garantir a escolaridade básica obrigatória e que propunham planos de alfabetização e educação recorrente, tenderam para uma escolarização, que para muitos seria incansável sem este impulso. Criou-se então a ilusão de que os problemas do analfabetismo tinham sido ultrapassados, à excepção do 3.º Mundo. No entanto, depressa se desfez essa ideia, com o conhecimento de “percentagens significativas” da população dos países desenvolvidos que, demonstravam “dificuldades na utilização de material escrito, apesar de escolaridades obrigatórias relativamente longas” (Benavente,1996). Irrompeu então um novo tipo de analfabetismo que denunciava que, apesar do aumento da escolarização, existiam incapacidades do domínio da leitura e da escrita, diminuindo assim a capacidade, de alguns indivíduos, obterem a mesma participação na vida social, relacionando este fenómeno com aprendizagens insuficientes, mal sedimentadas e pouco utilizadas na vida social. O termo literacia surge assim, como complemento da definição “alfabetização funcional” que equaciona precisamente, as “competências necessárias à execução de novas tarefas, de modo a que o

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indivíduo assegure o seu desenvolvimento e o da comunidade”( ,2005). Todavia o conceito de literacia centra-se sobretudo no uso de competências mais do que na sua obtenção, tornando assim, evidente a distinção entre níveis de literacia e níveis de instrução formal, que os indivíduos possuem (podendo estas ser ou não competências reais).

A rápida transformação da sociedade tem feito emergir novas necessidades, mais complexas e multifuncionais, relativas às competências exigidas para a sobrevivência tanto na vida privada, como social e profissional. “As competências que correspondem a uma plena alfabetização ultrapassam largamente o domínio da tradicional capacidade de leitura, escrita e aritmética e desafiam até o conceito mais contemporâneo de literacia funcional” (Villas - Boas ,2002).

Neste ciclo de mudanças que o mundo percorre, o conceito de literacia tradicional, está também em transformação, adquirindo novas e múltiplas dimensões que implicam aspectos económicos, visuais, científicos, multiculturais, podendo mesmo designar-se como “literacia global” (Maria Helena Damião, 2002).

Em Portugal, no que diz respeito à legislação, “na sequência da publicação do Decreto de Lei nº 6/2001 de 1 de Janeiro, que estabelece os princípios da organização curricular do ensino básico, bem como a avaliação das aprendizagens e do processo de desenvolvimento do currículo nacional (art. 1º), é afirmada, em documento homologado pelo despacho de 21 de Outubro de 2001, a noção que deverá orientar os três ciclos, incluídos neste nível de escolaridade: trata-se da noção de competência que tem, aliás, estado presente em revisões de outros sistemas de ensino, sobretudo na Europa” (Sim- Sim, 1993). Assim, de acordo com o descrito, são desenvolvidos em Portugal e por todo o continente Europeu, estudos sobre literacia, bem como dos níveis da mesma na população.

Em 1987, os ministros da educação de todos os países da União Europeia, após a constatação do elevado grau de iletrismo existente na Europa, encomendaram à União Europeia o programa “A prevenção e a Luta contra o Iletrismo”. Este, desde logo, permitiu, fazer um diagnóstico da situação e desenvolver um programa de intervenção para prevenir o ileterismo. Neste, verificou-se que, por razões distintas, todos os países da União Europeia tinham grandes problemas nesta área. Exemplo de tal, foram os resultados obtidos por Portugal, que denunciaram a inexistência, na altura, de uma generalização da escolaridade básica, bem como os que frequentavam ou que a já teriam frequentado antes, não tinham adquirido um domínio suficiente de leitura e de escrita que lhes permitisse a sua utilização nas diversas situações quotidianas.

Mediante esta constatação, adveio em Portugal, a necessidade de um estudo mais específico e adaptado, para um melhor conhecimento do problema, cingindo-se particularmente ao território Nacional. Em 1995, apareceu o “Estudo Nacional de Literacia”, coordenado por Ana Benavente

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(1996), do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, com a colaboração das estatísticas do INE (Instituto Nacional de Estatística). Este estudo tinha como principal objectivo avaliar a “literacia da população adulta, tendo em vista a identificação da estrutura de distribuição das respectivas competências e, ainda, a identificação e análise de factores e dos processos sociais que lhes estão associados” ( ,2005). Devido à natureza “processual e dinâmica”, esta análise exigiu a adopção de metodologias de avaliação “directas”e “indirectas”. O trabalho de campo do Estudo Nacional de Literacia baseou-se num inquérito de caracterização “sociográfica”, práticas correntes e de auto-avaliação de competências no uso de materiais escritos e, também, num “teste de avaliação directa” dessas competências. Este estudo utilizou como “população de referência”, indivíduos dos 15 aos 64 anos, residentes em Portugal Continental, cuja amostra contou com 2449 indivíduos. Segue-se abaixo o quadro ilustrativo deste mesmo estudo e ainda, um gráfico baseado na distinção dos vários níveis de literacia catalogados.

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Quadro 1.: População total e Amostra – Estudo Nacional de Literacia

População Amostra N % N % Total 6340844 100,0 2449 100 Sexo Masculino Feminino Idades 15-24 anos 25-39 anos 40-54 anos 55-64 anos Nível de Instrução S/ nível de instrução Básico 1 Básico 2 Básico 3 Secundário Superior Actividade Activos Não Activos

3096665 3244179 1548678 2024960 1724248 1042958 1126236 2427400 1118847 761269 561459 345633 3923000 2417844

48,8 51,2 24,4 31,9 27,2 16,4 17,8 38,3 17,6 12,0 8,9 5,5 61,9 38,1

1195 1254 491 737 687 534 449 747 406 408 230 209 1460 989

48,8 51,2 20,0 30,1 28,1 21,8 18,3 30,5 16,6 16,7 9,4 8,5 59,6 40,4

Fonte: Benavente, 1996 Gráfico 3.3: resultados Globais da Distribuição da população por níveis de Literacia Estudo Nacional de Literacia

05

10152025303540

nivel 0 nivel 1 nivel 2 nivel 3 nivel 4

Legenda: nível 0: Incapacidade Absoluta de resolver qualquer tipo de tarefa; nível 1: Tarefas que implicam apenas a localização de informação idêntica ou sinónima da constante nas instruções; nível 2: Tarefas que requerem um processamento de informação um pouco mais elaborado; nível 3: Tarefas que requerem um processamento de informação com um grau mais elevado de complexidade; nível 4: Tarefas mais exigentes de toda prova. Fonte: Benavente, 1996

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Estes resultados vêm sublinhar que cerca de metade dos inquiridos

(10,3% no nível 0 e 37% no nível 1) tem dificuldades no uso da informação escrita na vida quotidiana. O Estudo Nacional de Literacia permitiu, com os resultados apresentados, completar o conhecimento do perfil de instrução e de competências dos portugueses, sublinhando as dificuldades que subsistem neste domínio para a população fixada dos 15 aos 64 anos. Também no site que tem como título Leitura, literacia e acesso à informação ( , ) é feita uma abordagem substancial ao tema, mas com a recomendação de algumas obras e links para um melhor conhecimento do mesmo. Neste, são descritos os problemas que parte da população enfrenta, denunciando, desde logo, os baixos níveis de literacia. Numa breve referência ao Estudo Nacional do IEA – reading literacy é revelada a qualificação de Portugal, colocando-o em 25.º lugar, onde participaram trinta e dois países sendo avaliados os níveis de leitura de crianças com 9 e 14 anos. No gráfico que se segue podemos ter uma visão mais detalhada destes dados. Gráfico 2. Resultados comparadas da distribuição da população adulta por níveis de literacia no teste de prosa

Fonte: Estudo Measuring Adult Literacy (2000)

Conclui-se, assim, nesta abordagem onde são descritos os “baixos níveis” de literacia, como sendo consequência natural nos hábitos culturais portugueses. Tal é explicado por Vygotsky (apud Reis,2005)), quando afirma

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que, “a construção do conhecimento é uma aprendizagem informal que começa à nascença” e que “é um processo de interiorizar relações sociais”, denotando a importância da inculcação de hábitos de escrita e de leitura desde os primeiros anos de vida, hábitos esses que, como indica este Estudo Nacional de Literacia, não estão ainda enraizados no nosso país. Como já foi referido, o tema literacia tornou-se o elemento preferencial de muitos estudos em todo o mundo. Tomemos como exemplo o livro Territoires à livre ouvert – La lutte contre l’illettrisme en milieu rural (Christiane El Hayek Caravansérail, 1997).Este aborda o tema literacia como fenómeno incidente predominante no mundo rural francês, encontrando-se divido em subtemas onde são explorados diversos assuntos que explicam e completam o tema principal. Os diversos autores, que colaboraram na elaboração da obra, dão um olhar diverso e complementar sobre a literacia em França e na União Europeia e apresentam medidas adoptadas tais como: “les programmes d’action communitaire” que visam o melhoramento da formação académica, tentando assim combater os níveis de literacia. Exemplos destes são os programas Sócrates e Leonardo. Como é referido no texto : “Sócrates concerne le dévelopment d’une éducation et d’une formation initiale de qualité et la coopération en matiére d’éducation. Il comporte un volet éducation dês adultes, un volet enseignment superieur, enseignement scolaire, enseignment supérieur, enseignement scolaire, enseignement des langues” ; demonstrando, assim, a importância da interacção com outros países e culturas. Também o projecto Leonardo tende a ter o mesmo objectivo, mas de uma forma mais prática e contínua, com o intuito principal dos praticantes deste conquistarem melhores níveis de literacia. O livro foi impulsionado pelo Ministère du Travail et dês Affairs Sociales e editado por Le Documentation Française, denotando, neste, o objectivo político de análise dos níveis de literacia e suas implicações na sociedade francesa e europeia (Christiane El Hayk Caravansérail ,1997 ).

Outro dos estudos que marcaram mundialmente o desenvolvimento da investigação da Literacia foi o estudo realizado nos Estados Unidos da América em 1984, que estimou em 30 000 000 os cidadãos americanos com problemas de literacia. Tal causou um choque na sociedade americana, que jamais imaginara este cenário, pois os EUA consideravam-se o país com maior cobertura escolar a nível mundial.

A CTAP Information Literacy Guidelines K -12 criou um Modelo Elaborado da Literacia da Informação, cuja tradução, efectuada em Portugal pelo Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, podemos abaixo observar onde nos é dado a conhecer as etapas para uma melhor apreensão da informação obtida e para que essa melhore os baixos níveis de literacia ( , )

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Modelo Elaborado da Literacia da Informação

Identifica uma necessidade ou um problema – No primeiro contacto com a literacia da informação o aluno deverá:

1. Perguntar sobre uma gama vasta de tópicos, assuntos, problemas, etc.

2. Reconhecer a necessidade de gerir e completar a informação a um certo nível (razoável) de compreensão.

3. Fazer brainstorming sobre o assunto e formular questões.

Procura recursos fáceis – Identificado o assunto e formuladas as questões o aluno deverá:

1. Identificar potenciais fontes de informação, incluindo documentos impressos, não impressos e electrónicos, dentro e fora da escola (i.e. em suporte informático - internet, cd-rom - audio-visual...).

2. Utilizar estratégias eficazes de pesquisa recorrendo a palavras-chave, frases e conceitos.

3. Aceder à informação usando índices, tabelas de conteúdos, pesquisa cruzada e suporte informático.

4. Avaliar as fontes a utilizar (i.e. leituras, pontos de vista / opiniões, formatos de documentos). 5. Rejeitar fontes que não servem as suas necessidades.

Reúne a informação – Depois da identificação e avaliação das fontes o aluno deverá:

1. Ler, observar e ouvir uma grande variedade de materiais apropriados.

2. Reunir material de suporte ao assunto.

3. Começar a elaborar / construir / produzir informação sobre certos aspectos do assunto.

Analisa a informação – Enquanto os materiais/documentos estão a ser lidos, observados, tratados, o aluno deverá:

1. Descobrir e explorar palavras-chave e ideias principais.

2. Determinar a correcção, relevância e qualidade da informação (autor, data, etc.) e rejeitar a informação desnecessária.

3. Diferenciar entre facto e opinião, concordância e discordância, fontes principais e secundárias, causa e efeito.

4. Identificar pontos de vista, diversidade e influência cultural.

5. Reconhecer omissões e erros de lógica.

6. Reconhecer a inter-relação entre os conceitos.

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7. Reflectir sobre as questões que surgem, rejeitando algumas ou todas; decidir recolher mais informação / documentação para substituir a anterior.

Interpreta e sintetiza a informação – Depois de analisar a informação, o aluno

deverá:

1. Encontrar formas eficazes/correctas para tirar e tomar notas.

2. Resumir e registar a informação por palavras suas.

3. Tirar conclusões baseadas na informação recolhida.

Mas será prudente pedir aos indivíduos que, ao tratarem a informação,

utilizem este modelo, com intuito de mais tarde a utilizarem na vida quotidiana? Estas e outras perguntas são com certeza pertinentes, visto terem surgido várias alternativas, tendo em vista melhorar os baixos níveis de literacia e falhando todos eles pelo facto de só serem compreendidos por indivíduos com um determinado e considerável nível de literacia.

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Processos de pesquisa:

Nesta divisão do trabalho irei referir as fontes que permitiram reunir a informação recolhida que originou este trabalho. Apesar da diversidade das mesmas, a informação não se encontrava muito dispersa.

A escolha do tema, Literacia, baseou-se, principalmente, na curiosidade e ignorância sobre o mesmo, constituindo, assim, para mim, um desafio. Tendo em conta o conhecimento reduzido da minha parte, considerei pertinente investigá-lo antes mesmo de o escolher como tema de avaliação. Para minha surpresa deparei-me com informação, na língua materna, bastante interessante e cuidada, ainda que reduzida a quantidade desta, foi com grande satisfação que a utilizei.

Depois do tema definido, continuei a minha pesquisa, já iniciada anteriormente, como referi, por curiosidade, explorando o material das bibliotecas e da internet. Esta última é, nos nossos dias, uma fonte bastante cómoda e acessível a uma grande parte da população, que nos permite obter uma grande quantidade de informação rapidamente. Contudo, esta também prima por algumas características indesejáveis, uma vez que a informação pode conter imprecisões ou mesmo erros; além disso, a quantidade excessiva de informação torna o processo de filtragem da mesma complicado, pois é impossível processá-la na totalidade. Para facilitar a escolha existe o método de pesquisa avançada nos motores de busca bem como os operadores boleanos que me permitiram reduzir alguma da informação pouco relevante à minha investigação.

Nesta fonte, Internet, comecei por pesquisar utilizando o motor de busca Google, seleccionando o método de pesquisa avançada e digitando a palavra “literacia”. Obtive um total de 54.500 páginas, em português. Perante numerosa recolha, apurei os seguintes sites, visto me parecerem os mais importantes para o meu trabalho: http://www.ectep.com/literacias de Maria de Lourdes Dionísio de Sousa e Rui Vieira Castro(s.d), com o título “Literacias”. Esta é uma página que relata a investigação dos autores, onde se dá especial relevo ao estudo Ensaios em Português: níveis de estruturação e dimensões de transmissão dos livros em português. http://www.cies.iscte.pt do Centro de Investigação e estudo de sociologia, pertencente ao Instituto Superior de Ciências do Trabalho, dentro do qual pesquisei “literacia” e o resultados foram 0 projectos, 1 tese Competências e Literacia na Sociedade do Conhecimento de Patrícia Ávila, 1 publicação, da

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tese referida anteriormente, e 4 investigadores: António Firmino Costa, João Sebastião; Maria do Carmo Gomes, Patrícia Ávila (CIES, ).

Nas bibliotecas, a minha pesquisa limitou-se à Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e à Biblioteca Municipal de Coimbra, devido à inexistência de livros sobre o tema na Biblioteca Municipal de Tarouca e de Lamego e à dificuldade que tive em encontrar conteúdos relevantes, que não os das primeiras bibliotecas citadas, na Biblioteca Geral. Na Biblioteca da FEUC, pesquisei, primeiramente, no catálogo electrónico da mesma, para ter acesso aos títulos dos livros existentes. Em assunto coloquei o termo “literacia” e obtive sete nomes de obras e estudos presentes, sobre o tema. Destes, apenas considerei pertinentes para o meu trabalho três:

Estudo Nacional de Literacia – Relatório Preliminar (ICS -Universidade de Lisboa);

Territoires á Livre Ouvert – La Lutte Contre L’illettrisme en milleu rural (La Documentation Française)

Literacia em Portugal (coordenado por Ana Benavente) Já na biblioteca Municipal de Coimbra, a pesquisa foi mais produtiva,

mas com mais restrições de acesso. O catálogo electrónico desta foi um importante auxiliar para encontrar material relacionado com o meu tema. Na pesquisa avançada deste, coloquei, uma vez mais, “literacia” como assunto, sem definir qualquer título ou enumerar qualquer autor. Como resposta, foram-me apresentados 10 livros, de diversos autores de diferentes áreas científicas. Depois de preencher os requisitos (da própria biblioteca) para ter acesso a todo esse material, comecei a fazer uma avaliação do que me tinha sido entregue. Após uma selecção, do mais relevante para a minha pesquisa, resolvi fazer um empréstimo domiciliário de três:

Avaliação do Desenvolvimento da Literacia (Escola Superior de Educação João de Deus)

Literacia e Sociedade – Contribuições Pluridisciplinares (Caminho – colecção universitária)

Diálogos com a Literacia (Lisboa editora)

No entanto, a funcionária alertou-me, para minha admiração, para o facto de que só um desses poderia sair da biblioteca. Apesar dos entraves, fez com que tivesse de voltar no outro dia e ter que fazer toda a análise desses livros na própria biblioteca, ajudando-me a conviver com outro material auxiliar. Perante as dificuldades que encontrei, em todas as fontes de informação, considero um balanço positivo e produtivo do meu “Processo de Pesquisa”.

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Ficha de Leitura

Esta ficha de leitura tem por base um dos capítulos do livro Diálogos

com a Literacia, intitulado Literacia enquanto envolvimento, de Filipe Reis do ISCTE. O texto tem como palavras-chave “literacia”, “envolvimento” e “desenvolvimento”, pertencendo à área científica de sociologia da educação. Este desenrola-se da página 71 à 82 do livro que tem como organizadora Helena Cidade Moura, cujo exemplar pode ser encontrado na Biblioteca Municipal de Coimbra, na edição da Lisboa Editora, de Junho de 2005. Literacia e Envolvimento foi lido, por mim, em Janeiro de 2006.

Filipe Reis começa por fazer uma pequena introdução, que inicia com uma frase de David Olson: “Literacia é um profundo envolvimento com a tradição cultural escrita” argumentando que esta é uma frase bastante sugestiva, pela ideia de envolvimento da tradição escrita de um determinado contexto por parte da literacia. Razão pela qual este termo tomará parte do seu discurso. Traça, desde logo, o objectivo do seu discurso: literacia; discurso esse que classifica como “modesto contributo para a reflexão sobre a qualificação das práticas educativas…” (pag.71). A sua intervenção prima por duas secções. Na primeira procura definir e situar literacia enquanto “categoria de pensamento”. Faz um breve exposição sobre o carácter recente do termo literacia em Portugal, enumerando dois títulos internacionais cujo termo figura nos originais (“literacy”) e que no nosso país, devido à inexistência do mesmo, foram traduzidos por palavras distintas do original. Verifiquemos, então, as diferenças ilustradas a negrito: um dos títulos é Literacy and Development in the West de Carlo Cippola e a sua tradução é Instrução e desenvolvimento…; o outro citado, é a obra autobiográfica de Richard Hogart que se intitula The Uses of Literacy traduzido em Portugal como Utilizações de cultura. Todavia, também em inglês, a utilização do termo varia consideravelmente de autor para autor sem, no entanto, perder a ligação com a escrita e com a leitura. O autor faz alusão à definição de literacy de John Hartley, que a define como “a instituição social da escrita; e, por extensão, a instituição social da comunicação por outros meios da fala” (pag.72), e adopta a expressão “instituição social” como parte integrante da literacia, relembrando que, também esta foi sujeita a “forças de regulamentação e distribuição, tal como noutros tipos de instituições” (pag.73). Daí a, num passado recente, esta ter estado confinada ao controlo exclusivo e restrito, por parte do “sagrado” e “negócios do estado”, sendo vedada à maior parte da população. Contudo esta situação tende a não perdurar muito mais no tempo, pois, a modernidade aposta grandemente na expansão da literacia a todos os indivíduos.

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Os níveis de literacia não podem ser tomados como “universais”, pois as exigências em matéria de competências de literacia variam segundo contextos e épocas históricas.

A literacia tornou-se num importante foco de discussões sobre a “função ideológica de educação” (pág.74). Esta, enquanto “categoria de pensamento”, não produz efeitos predizíveis e universais, ela está ideológica e politicamente conotada, ou seja, esta pode ser utilizada como “meio de controlo social” e pode também ser usada com “arma progressista” na luta pela emancipação e instrumento de desenvolvimento, como afirma John Hartley (pág.74).

Numa segunda secção, o autor propõe entender literacia a partir da metáfora de “envolvimento”. Afirmando que as taxas de alfabetização e escolarização em Portugal são relativamente baixas comparadas com o resto da Europa, encara como principal responsável por esta situação o Estado Novo. Os anos foram passando e a taxa de analfabetização desceu consideravelmente, contudo outros problemas surgiram a este nível. O insucesso e o abandono escolares apresentam taxas elevadas; uma percentagem significativa de população activa e população escolar possui níveis médios de competência literácica muito baixos, quando equiparados a outros países da União Europeia, como é afirmado no Estudo Nacional de Literacia de 1996. Perante tal, Reis, afirma que é necessário levar a sério estes dados e intervir de forma esclarecida nestes problemas; fala-nos do sistema educativo português e da sua dificuldade em adequar o projecto educativo à crescente heterogeneidade de aprendizes que o frequentam. As práticas educativas não são responsabilidade única da escola (educação maioritariamente formal), dizem também respeito a uma educação informal. Para Filipe Reis, esta definição mais alargada de educação é a que melhor se adequa ao conceito literacia, pois, este, implica uma educação permanente e contínua ao longo da vida. Quando literacia é abordada enquanto “envolvimento”, podemos dizer que, está a valorizar o envolvimento (cognitivo, afectivo e emocional) do aprendiz e a reconhecer que, tal, é a base de todas “as aquisições no domínio das competências literácicas” (pág.76). O pré-desenvolvimento da escrita e da leitura resulta de estímulos do meio ambiente que rodeia as crianças. Uma criança que vive na cidade tem estímulos diferentes de uma criança que vive na aldeia e vice-versa. Esta heterogeneidade e variedade de oportunidades para envolver-se com a escrita e a leitura fazem com que as crianças cheguem à escola com diferentes graus de “consciência fonológica”. Depois disto, o autor acha prudente sintetizar três pontos importantes do seu argumento. O primeiro, diz respeito ao facto das competências literácicas não são apenas um problema da escola, visto que, o simples facto de as pessoas a frequentarem, não garantir que “saibam usar de forma competente a escrita, a leitura e o cálculo na sua vida quotidiana”

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(pág.78). É necessário ter uma perspectiva integrada do problema para se poder repensar a forma de estudar. No segundo ponto, diz-nos que o desenvolvimento das competências literácicas da população pressupõe a necessidade de envolver outras instituições (famílias, Bibliotecas, autarquias, entre outras). No terceiro e último, Filipe Reis reafirma a necessidade urgente de desenvolver iniciativas que garantam as condições para que as pessoas se envolvam com a tradição cultural escrita e possam participar de modo activo no exercício da cidadania. São mesmo enumerados dois exemplos, de iniciativas/projectos de intervenção neste domínio, como “Literatura e Literacia” e “Littera”. O autor termina o seu “diálogo” com a declaração de que não procurou dar respostas, mas que apenas espera ter sido capaz de levantar questões para o diálogo do tema literacia. Sublinha também o facto de “este tipo de problemáticas exigirem amplos consensos sociais e políticos e uma eficaz articulação entre instituições” (pag. 80). O conhecimento científico deveria ser utilizado para informar e impulsionar reformas para melhorar o nível geral de cultura literácica da população. Reis pretendeu, com o seu texto, sugerir que o desenvolvimento das competências em literacia implica envolvimento, dizendo: “Sem envolvimento não há desenvolvimento”

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Avaliação da página web

Depois de muito hesitar na escolha da página web a avaliar, cheguei a

uma conclusão, tendo em conta os seus conteúdos. O motor de busca que utilizei para a minha pesquisa foi o Google, onde encontrei 56.806 registos, de onde retirei a página: http://www.ected.com/literacias/

Além, de esta ir ao encontro dos objectivos da minha pesquisa, sobre o tema literacia, esta página aborda este tema de uma forma simples e com uma linguagem acessível. Os autores desta são: Maria de Lourdes Dionísio de Sousa e Rui Vieira de Castro, dois investigadores que desenvolvem o projecto: LiteraciaS – Práticas, Teorias, Ícones que dá nome à página. Na página inicial é apresentado um esquema do projecto fixado em três principais linhas de acção:

Literacias: orientação e práticas; Formações pedagógicas de leitura; Contextos pedagógicos.

Cada uma delas dá acesso a um maior número de informação, onde também podemos ter acesso a ensaios, recensões, bibliografias e legislação sobre o tema. O site é de origem portuguesa. Este utiliza o idioma nacional de forma clara e concisa e contém apenas informações do tema ao nível de Portugal.

O objectivo principal desta página é dar a conhecer o trabalho que se tem feito no nosso país sobre o tema, de uma forma clara e acessível a qualquer indivíduo. A sua apresentação é bastante simples, com poucas imagens e com texto disposto por ícones. Na minha opinião, esta devia ser mais apelativa, visto não conseguir cativar a atenção e a curiosidade necessárias para um maior incentivo ao tema.

Este site possui dois ícones de ligação a outras páginas: Ciberkiosk – http://www.uc.pt/ciberkiosk Almedina – http://www.almedina.net

Este site não tem um público-alvo em particular. A sua navegabilidade é fácil porque as páginas carregam rápido e facilmente.

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Conclusão

Como forma de conclusão de todo este processo de investigação acerca de um tema que tem hoje uma projecção considerável no nosso quotidiano, posso dizer que, literacia se tornou algo mundialmente valorizado. Este trabalho foi bastante interessante e educativo para mim, pois, o tema, apesar de ser muito discutido actualmente, ainda não é algo vincado explicitamente no senso comum, uma vez que uma boa parte da população nem sequer sabe o significado de literacia. Eu própria, só, depois de tomar contacto com duas ou três definições, é que consegui entender o verdadeiro significado do termo.

Ao longo da minha investigação tive algumas dificuldades, nomeadamente na pesquisa na net, onde a informação era vasta mas nem toda fidedigna. Também na pesquisa bibliográfica, tive alguns entraves, principalmente no que diz respeito a ter acesso a todo o material que necessitava, quer porque estavam requisitados, quer porque a sua pesquisa era restrita ao local onde se encontravam. No que respeita à ficha de leitura, os obstáculos foram muitos, essencialmente, devido ao facto de nunca ter feito uma. No estado das artes, o maior problema foi mesmo concentrar toda a informação recolhida de uma forma organizada e coerente. O facto de não ter internet em casa foi outro impedimento acrescido para a agilidade e rapidez de construção do meu trabalho. Para avaliar a página web tive, portanto, que me dirigir aos computadores da Biblioteca Municipal de Coimbra.

A informação que apresento neste trabalho poderá não ser a mais completa, visto que para uma compreensão mais profunda sobre tema será necessária uma pesquisa intensiva mais alargada no tempo.

Gostaria ainda, de salientar o quão importante foi para mim este trabalho; não só pelo facto de me ter ensinado muito sobre literacia, como também por este me ensinar a pesquisar nas diversas fontes de informação, a tratar a mesma, a fazer uma ficha de leitura, a elaborar a bibliografia, elementos esses que, com certeza, me serão muito úteis, não só na minha vida académica, como também na vida quotidiana que advém. Por estas razões, considero que o trabalho teve uma conectividade positiva.

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Referências Bibliográficas

Benavente, A.; Firmino da Costa, A. e Ávila, 1996. Literacia em Portugal. Resultados de Uma Pesquisa Intensiva e Extensiva. Lisboa: Fundação C. Gulbenkian.

Benavente, Ana et al (orgs.), (1996) , Estudo de literacia em Portugal. Relatório Preliminar. Lisboa: Instituto superior de Ciências Sociais – Universidade de Lisboa.

Caravansérail, Christiane El Hayek et al (orgs.), (1997), Territoires à Livre Ouvert. La Lutte Contre L’Illettrisme En Milieu Rural. Paris : La documentation française.

Delgado-Martins, Mª Raquel, Ramalho, Glória e Costa, Armanda (orgs.), (2000). Literacia e Sociedade. Contribuições Pluridisciplinares. Lisboa: Caminho.

Reis, Filipe, “Literacia enquanto envolvimento” in Moura, Helena (org.), 2005. Diálogos com a Literacia. Lisboa: Lisboa Editora

Sim – Sim, Inês e Ramalhos, Glória (1993). Como lêem as nossas crianças? Caracterização do nível de literacia da população escolar portuguesa. Lisboa: Gabinete de Estudos e Planeamento – Ministério da Educação.

Sousa, Lurdes Dionísio de e Castro, Rui V., (s.d.) “Literacia”. Página consultada a 15 de Dezembro. Disponível em: http://www.ectep.com/literacias

Villas-Boas, Maria Adelina (2002). Avaliação do Desenvolvimento da Literacia. Lisboa: Escola Superior de Educação João de Deus.

ANEXO I

TEXTO BASE DA FICHA DE LEITURA

ANEXO II

PÁGINA WEB UTILIZADA

Página: http//www.ectep.com/literacias