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Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá ANO 32 - Nº 1150 www.sindmetalsjc.org.br De 9 a 15 de março de 2016 O noticiário dos últimos dias revela a gravidade da crise política instalada no Brasil. Lideranças das principais ins- tituições estão envolvidas até o pesco- ço em corrupção, desde a presidente da República aos presidentes da Câ- mara e do Senado e dirigentes dos três maiores partidos (PT, PMDB e PSDB). A bombástica delação premiada do ex-líder do PT na Câmara dos Deputa- dos, Delcídio do Amaral (que não foi ofi- cializada, mas também não foi negada), envolve Dilma e o ex-presidente Lula. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, responderá por corrupção passiva. A situação é tão grave que, em caso de impeachment da presidente Dilma (PT), nenhum daqueles que poderiam ocupar a vaga (Cunha, Temer e Renan), a depender do tipo de afastamento, tem moral para fazê-lo. Os casos de corrupção envolvendo o PSDB e seus dirigentes são notórios, como o Trensalão (fraude na licitação de trens em São Paulo), o esquema de propinas em Furnas, que envolve Aécio Neves, ou o desvio de recursos da me- renda escolar no governo Alckmin. Essa descrição demonstra que o im- peachment de Dilma não irá solucionar os problemas dos trabalhadores. De que adianta tirar Dilma para que Cunha, Mi- chel, Renan (PMDB) ou Aécio (PSDB) assumam o cargo? Que moral tem esse Congresso de picaretas? Precisamos ir às ruas para colocá- los para fora! Além da corrupção, eles têm outra coisa em comum. PT, PMDB e PSDB querem empurrar a conta da crise para o trabalhador. Todos eles defendem o Ajuste Fis- cal, que castiga a classe trabalhadora, aumenta impostos, corta o orçamento da Saúde e Educação e retira direitos. Não podemos defender Dilma e o governo do PT, tampouco participar da manifestação de apoio convocada para o dia 31. Também não apoiamos a manifestação do dia 13 convocada pelo PSDB. Os trabalhadores deverão ir às ruas sim, mas por novas eleições para presi- dente, senadores e deputados. Eleições em que os acusados de corrupção se- jam proibidos de participar e as empre- sas não possam financiar candidatos. Por isso, a CSP-Conlutas está con- Fora todos eles: Dilma, Cunha, Aécio, Temer e esse Congresso Por Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do Sindicato vocando manifestações nos dias 1º de abril em todo o país e 1º de maio em São Paulo. É fundamental reivindicarmos o fim dos privilégios dos parlamentares e governantes, que nenhum ganhe mais que um operário ou professor e que todos os mandatos sejam revogáveis. Que os trabalhadores possam substi- tuir o governante, sempre que este não atenda as necessidades da população. A solução para os trabalhadores é criar um governo que atenda seus próprios interesses e não de banquei- ros e patrões. Um governo socialista, que seja baseado e governe a partir de Conselhos Populares, onde os traba- lhadores e a maioria do povo decidam os rumos do país. de São José dos Campos e Região Todos os metalúrgicos estão convidados para o Ato que vai comemorar, nesta segunda-feira, dia 14, os 60 anos do Sindicato. Vai ser um momento muito especial para toda a categoria, afinal comemoraremos o aniversário de um dos mais combativos Sindicatos do país. O ato vai ser em nosssa sede, às 19h. No evento, acontecerá o lançamento de uma revista e de um documentário sobre a história da entidade. Personagens centrais também irão relatar momentos que ainda hoje servem de exemplo para trabalha- dores não apenas da região, mas de todo o país. Então, não dá pra faltar. Participe do Ato e faça parte de mais esta etapa na história do Sindicato.

Fora todos eles: Dilma, Cunha, Aécio, Temer e esse Congresso · sim, mas por novas eleições para presi-dente, senadores e deputados. Eleições ... início a uma nova fase no Sindicato,

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Page 1: Fora todos eles: Dilma, Cunha, Aécio, Temer e esse Congresso · sim, mas por novas eleições para presi-dente, senadores e deputados. Eleições ... início a uma nova fase no Sindicato,

Órgão Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá

Ano 32 - nº 1150www.sindmetalsjc.org.br

De 9 a 15 de março de 2016

O noticiário dos últimos dias revela a gravidade da crise política instalada no Brasil. Lideranças das principais ins-tituições estão envolvidas até o pesco-ço em corrupção, desde a presidente da República aos presidentes da Câ-mara e do Senado e dirigentes dos três maiores partidos (PT, PMDB e PSDB).

A bombástica delação premiada do ex-líder do PT na Câmara dos Deputa-dos, Delcídio do Amaral (que não foi ofi-cializada, mas também não foi negada), envolve Dilma e o ex-presidente Lula. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, responderá por corrupção passiva.

A situação é tão grave que, em caso de impeachment da presidente Dilma (PT), nenhum daqueles que poderiam ocupar a vaga (Cunha, Temer e Renan),

a depender do tipo de afastamento, tem moral para fazê-lo.

Os casos de corrupção envolvendo o PSDB e seus dirigentes são notórios, como o Trensalão (fraude na licitação de trens em São Paulo), o esquema de propinas em Furnas, que envolve Aécio Neves, ou o desvio de recursos da me-renda escolar no governo Alckmin.

Essa descrição demonstra que o im-peachment de Dilma não irá solucionar os problemas dos trabalhadores. De que adianta tirar Dilma para que Cunha, Mi-chel, Renan (PMDB) ou Aécio (PSDB) assumam o cargo? Que moral tem esse Congresso de picaretas?

Precisamos ir às ruas para colocá-los para fora! Além da corrupção, eles têm outra coisa em comum. PT, PMDB

e PSDB querem empurrar a conta da crise para o trabalhador.

Todos eles defendem o Ajuste Fis-cal, que castiga a classe trabalhadora, aumenta impostos, corta o orçamento da Saúde e Educação e retira direitos.

Não podemos defender Dilma e o governo do PT, tampouco participar da manifestação de apoio convocada para o dia 31. Também não apoiamos a manifestação do dia 13 convocada pelo PSDB.

Os trabalhadores deverão ir às ruas sim, mas por novas eleições para presi-dente, senadores e deputados. Eleições em que os acusados de corrupção se-jam proibidos de participar e as empre-sas não possam financiar candidatos.

Por isso, a CSP-Conlutas está con-

Fora todos eles: Dilma, Cunha, Aécio, Temer e esse CongressoPor Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do Sindicato

vocando manifestações nos dias 1º de abril em todo o país e 1º de maio em São Paulo.

É fundamental reivindicarmos o fim dos privilégios dos parlamentares e governantes, que nenhum ganhe mais que um operário ou professor e que todos os mandatos sejam revogáveis. Que os trabalhadores possam substi-tuir o governante, sempre que este não atenda as necessidades da população.

A solução para os trabalhadores é criar um governo que atenda seus próprios interesses e não de banquei-ros e patrões. Um governo socialista, que seja baseado e governe a partir de Conselhos Populares, onde os traba-lhadores e a maioria do povo decidam os rumos do país.

de São José dos Campos e Região

Todos os metalúrgicos estão convidados para o Ato que vai comemorar, nesta segunda-feira, dia 14, os 60 anos do Sindicato. Vai ser um momento muito especial para toda a categoria, afinal comemoraremos o aniversário

de um dos mais combativos Sindicatos do país. O ato vai ser em nosssa sede, às 19h. No evento, acontecerá o lançamento de uma revista e de um documentário sobre a história da entidade. Personagens centrais também irão relatar momentos que ainda hoje servem de exemplo para trabalha-dores não apenas da região, mas de todo o país. Então, não dá pra faltar. Participe do Ato e faça parte de mais esta etapa na história do Sindicato.

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1956 - 20161956 -

Sindicato faz 60 anos com Jornal do Metalúrgico2

Nestes sessenta anos, muita coisa mudou. Lá no começo, na década de 60, o Sindica-to funcionava mais como um prestador de serviços (barbearia, assistência médica, ma-nicure).

Ao longo dos anos, houve profundas mu-danças políticas e hoje somos um dos sindica-tos mais combativos do país, que orgulha-se em erguer a bandeira do socialismo. Só em uma sociedade sem explorados nem explora-dores é possível alcançar a igualdade social.

Vamos fazer deste 14 de março, dia em que o Sindicato completa 60 anos, uma data de refl exão sobre as lutas que já travamos e reforçar a necessidade de combate perma-nente contra a exploração e em defesa do emprego e direitos. E mais do que isso: pela construção de uma sociedade controlada pelos trabalhadores.

O COMEÇO DE TUDO ASSISTENCIALIST

VITÓRIA DA OPOSIÇÃO

Um grupo trabalhadores da Ericsson se uniu para reivindicar o fim da cobrança de uniformes. A insatisfação dos operários com a fábrica levou à fundação, em 14 de março de 1956, da Associação Profissional dos Metalúrgicos de São José dos Cam-pos, Jacareí e Caçapava, embrião do que viria a ser o Sindicato.

Em meio à ditadura militar, pelo assistencialismo. Em veviços como barbearia e assistcategoria aconteceu em 1963ralisação foi na Ericsson, por r

Nas urnas, os trabalhadores tiram a direção assistencia-lista do Sindicato e elegem, em 1981, a chapa encabeçada por Ary Russo, do MDB, com integrantes do PT e apoio (no segundo turno) da Convergência Socialista. A eleição deu início a uma nova fase no Sindicato, com uma atuação mais combativa.

1956

Anos 1980

Anos 1960

GREVES HISTÓRICASNum período em que as grandes greves se espalhava

metalúrgicos da região não ficaram atrás. Na década deram greves históricas, como na Embraer (1984), GM (198Houve também longas paralisações na National (1984), e Philips (1989). A greve de 85 na GM, que durou 28 dias,história do movimento sindical como exemplo de auto

Em 1983, o Sindicato participa da fundação da CUT, que naquele momento defendia as reivindicações dos trabalhadores.

FUNDAÇÃODA CUT

1993

2008 a 2015

20041998

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA EMBRAER

NÃO AO BANCO DE HORAS

Em uma de suas mais fortes campanhas, o Sindicato ergueu a bandeira contra a privatização da Embraer. Em março de 1993, um ato organizado pelo Sindicato reuniu 15 mil pessoas contra a privatização, na Av. Fundo do Vale. Mesmo indo contra os interesses do povo, o presi-dente Itamar Franco privatizou a Embraer, em 7 de dezembro de 1994.

Em 2008, os trabalha-dores derrotaram a GM ao conquistar o acordo que garantia 600 novas contratações sem banco de horas.

O bloco de Carnaval do Sindicato, Acorda Peão, nasceu em 1998, com o nome “Se liga Brasil”.

ACORDA PEÃO SINDICATO DEIXA A CUTCom a chegada de Lula à presidência da

se uma central atrelada ao governo e parla CUT, portanto, não atendia mais aos interes. Por isso, em 19 de agosto de 2004, os em assembleia, que o Sindicato se desfili

A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL

O estouro da crise econômica mundial, em 2008, não poupou os trabalhadores. Em nossa região, houve demissões em massa na GM e Embraer, além de outras empresas de menor porte. Naquele período, o governo Lula concedeu incentivos fiscais aos patrões, mas não garantiu o emprego dos trabalhadores. A mesma cartilha foi seguida pela presidente Dilma, o que gerou uma grave crise eco-nômica no país. Mas nada ficou sem a resposta dos metalúrgicos, que realizaram diversas manifestações e paralisações.

BLOCOACORDA PEÃO

1956 - 2016- 2016

perfil classista e socialistaJornal do Metalúrgico 3

TA E LONGE DAS LUTAS A GREVE GERALO cartunista Henfil, a pedido de

ativistas da Oposição Metalúrgica, cria, em 1979, o personagem Dito Bronca.

iniciada em 1964, o Sindicato opta z de lutar, o Sindicato oferecia ser-tência médica. A primeira greve da

3, portanto antes do golpe militar. A pa-reajuste salarial, e terminou vitoriosa.

O primeiro movimento de classes depois do golpe de 64 aconteceu em 1979: foi a greve geral dos metalúrgicos, pela Campanha Salarial, iniciada em São Bernardo e Diadema, alastrando-se depois para outras regiões, inclusive São José. O Sindicato tentou fechar acordo com a Fiesp, mas os trabalhadores decretaram greve geral. Começava a nascer a Oposição Metalúrgica.

Em crise nos anos 1990, a Engesa corta funcio-nários e deixa de pagar salários. Os metalúrgicos assumem o controle da empresa, em 1993, con-seguindo novos contratos. Mas a Justiça decreta a falência da empresa.

O Sindicato vem construindo ao longo dos anos um sólido processo de organização dos trabalhadores, a partir de Cipas, de-legados sindicais, comissões de fábrica e de PLR e ativistas. O Conselho de Repre-sentantes, formado por esses lutadores, discute os rumos do Sindicato de forma democrática e é uma das mais altas ins-tâncias de decisão da categoria.

A Comissão da Verdade dos Metalúrgicos, fundada em 2013, revelou a aliança entre empresas e órgãos da repressão para im-plodir o movimento operário na região, durante o governo militar (1964 - 1984). Vieram à tona o nome de 25 empresas que colaboraram com o regime, entre elas a Embraer, GM e Avibras.

O Sindicato traz a marca do internacio-nalismo. Nas últimas décadas, levamos solidariedade a trabalhadores e ao povo oprimido de diversos países e regiões, como Haiti, Síria, Bósnia, Colômbia e Pa-lestina. Desde 2013, o Sindicato integra a Rede Sindical Internacional de Solida-riedade e Lutas.

CATEGORIA ORGANIZADA

COMISSÃODA VERDADE

INTERNACIONALISMO

DITO BRONCA

O Sindicato foi um dos primeiros a levantar a bandeira pelo Fora Collor. No dia do impeachment, em 20 de setembro de 1992, metalúrgicos da Embraer, GM, Tecnasa, Neles e Avibras pararam para comemorar.

FORA COLLOR

A ENGESAOCUPADA

1992 1993

1979

ESQUERDA CUTISTA NO SINDICATOAs divergências políticas dentro da CUT têm reflexo na

direção do Sindicato. Na eleição de 1990, a diretoria se divide entre a Articulação Sindical (encabeçada por Jair Stroppa) e Convergência Socialista (encabeçada por Toni-nho Ferreira), representando a esquerda da CUT. Os meta-lúrgicos decidem pela Chapa da Convergência Socialista.

1990

am pelo país, os e 80 acontece-

85) e Bundy (1989). Ericsson (1987) , entrou para a -organização.

2016

Ta República, a CUT torna-rceira dos patrões. Aque-eresses dos trabalhado-metalúrgicos decidiram, asse da CUT.

NASCE A CSP-CONLUTASJá desligado da CUT, o Sindicato participou, em março de 2004, da fun-

dação da Conlutas, uma central combativa e independente do governo e dos patrões. Seis anos depois, em 2010, como resultado da unificação de várias organizações de classe, surgiu a CSP-Conlutas. Além de sindicatos, a central também abraça movimentos sociais e segue no caminho da luta.

EM DEFESA DO EMPREGO E DO SOCIALISMO

Em 2016, nossa luta por direitos e emprego continua. Em meio a uma grave crise política no país o Sindicato completa 60 anos, construindo junto com a CSP-Conlutas uma alternativa para os trabalhadores. En-quanto vivermos no capitalismo, as condições de vida e de trabalho do povo continuarão se deteriorando. O Sindicato carrega a bandeira do socialismo como único caminho para uma sociedade sem explorados nem exploradores.

O

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Participação nos Lucros

Discussões sobre PLR começam na Embraer, Avibras e Zona Leste

Expediente Orgão informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de S. J. Campos, Caçapava, Jacareí, Santa Branca e Igaratá • Rua Maurício Diamante, 65 - 12209-570- (12) 3946.5333 - Fax: 3922.4775 - site: www.sindmetalsjc.org.br - e-mail: [email protected] - São José dos Campos - SP - Responsabilidade: Diretoria do Sindicato - Edição: Shirley Rodrigues - Redação: Lucas Martins, Manuela Moraes e Shirley Rodrigues. Editoração e Ilustração: Bruno Galvão - Fotolito e Impressão: Jornal Diário da Região Ltda - CNPJ 07.351.093/0001-48 - Fone (12) 3966-1212

Trabalhadoras criticam ataques do governo Dilma

Jornal do Metalúrgico 4

“Não queremos flores, queremos respeito”. Essa foi uma das palavras de ordem que marcaram o ato realiza-do pelo MML (Movimento Mulheres em Luta), nesta terça-feira (8).

A manifestação aconte-ceu no centro de São José, com apoio do Sindicato, CSP-Conlutas e PSTU.

“O Dia Internacional da Mulher marca a luta e resis-tência das trabalhadoras. Não temos nada para comemorar. Enfrentamos um alto índice de desemprego e ataques a direitos históricos. Não é possivel que as trabalhadoras e os trabalhadores sejam res-ponsabilizados pela crise do capital.Temos que dizer basta a Dilma, Temer, Aécio, Cunha e a esse Congresso corrupto”,

Trabalhadores defendem que a Embraer negocie o valor da PLR com o Sindicato

Dia Internacional da Mulher

A Campanha de PLR está começando na região. Traba-lhadores da Embraer, Avibras, Hitachi, Prolind e Metinjo já estão às voltas com as discussões sobre o tema.

Na sexta-feira (11), às 16h, o Sindicato se reúne com a Embraer para discutir o valor da PLR referente ao segundo semestre de 2015. A reunião foi solicitada pelo Sindicato para tentar garantir uma PLR maior.

Apesar de ser a maior indús-tria da região, a Embraer costuma pagar uma das menores PLR.

A Embraer já divulgou o ba-lanço informando que em 2015 teve um lucro operacional de R$ 1,1 bilhão e lucro líquido de R$ 241 milhões.

O Sindicato defende que

a PLR seja calculada sobre o lucro operacional da empresa, o que garantiria um valor muito maior para todos.

Em fevereiro, os trabalha-dores rejeitaram a renovação do acordo que prevê o cálculo sobre o lucro líquido e reafir-maram a reivindicação de que a Embraer negocie a PLR dire-tamente com o Sindicato.

AvibrasOs trabalhadores da Avibras

reivindicam uma PLR de R$ 10.973. O Sindicato se reúne com a empresa na quinta-feira (10).

A Avibras deve ter, em 2016, um faturamento recorde de R$ 1,3 bilhão. É hora de repartir esse bolo!

Aprendendo a liçãoOs trabalhadores estão

revoltados com o descaso da Rosa Maria Cioca.

Além de trabalhar sem EPI, ainda têm de ouvir

do gerente que “se quiser EPI, traga de casa”. Vou ter que dar uma lição de

saúde e segurança do trabalhador pra vocês?

Arrogância extremaNinguém aguenta mais o monitor E. do setor

Peças Grandes do F-65, na Embraer. Além de mal educado, o cara se acha o maioral. Chegou até a dizer que não existe ninguém na área pra

substitui-lo, porque ele é o melhor. Vou jogar um balde de água fria nessa

sua arrogância!

Sede por lucroA situação tá complicada

na Haldex. Além de negligenciar a segurança, o que causa acidentes, a

empresa repete o descaso com os trabalhadores. No

acidente mais recente, o socorro demorou e a vítima ainda foi largada

sozinha no hospital. A sede por lucro não pode valer mais do que uma vida!

Carrasco transferidoUm supervisor da GM

acabou de ser transferido da Estamparia

pra Injetora e os trabalhadores já estão de olho. O lance é que eles

conhecem o histórico do cara, que sempre foi carrasco. Se continuar assim, vamos colocar

você na linha!

Grana seletivaA choradeira da Friuli já é conhecida. A empresa

vive dizendo que não tem dinheiro pra depositar o FGTS dos funcionários.

O curioso é que pra demitir trabalhadora com estabilidade pós-mandato

de Cipa, tem dinheiro sobrando. Tô de saco

cheio dessa palhaçada!

CT VacilãoO CT do 1ºT do

Motor no CKD da GM, conhecido como Emilio Santiago, vive

pressionando os trabalhadores pra

aumentar a produção. Mas não move um dedo para eliminar os riscos na área e ainda acha ruim se alguém questiona. Tô de

olho em você, mané!

Passou dos limitesA líder da Verzani Sandrini, terceira da Eleb, passou de todos os limites. A figura é especialista em perseguir e distribuir advertências,

mas agora chegou ao cúmulo de pedir para as

trabalhadoras camuflarem irregularidades e acidentes.

Se a opressão não parar vou tomar providências!

O Tribunal Regional do Trabalho - 15a. Região realiza, nesta quarta-feira (9), a audiência que colocará em discus-são a dívida que a Sun Tech/LG tem com as trabalhadoras. Elas foram demitidas em dezembro, sem receber um centavo sequer. Uma delegação vai a Campinas acom-panhar a audiência.

Dívida trabalhista da Sun Techserá discutida em audiência

Organização de Base

Conselho de Representantes se reúne neste sábado

Na Chery e Hubner

Após greves, trabalhadores são readmitidos

O Sindicato realiza, neste sábado (12), a primeira reu-nião do Conselho de Repre-sentantes do ano.

O encontro será na sede do Sindicato, às 9h, e colo-cará em discussão o atual ce-nário político e econômico no Brasil e como ele tem afetado os metalúrgicos.

“Todos os conselheiros estão convocados para a reunião.Temos de aproveitar esses encontros para dividir as informações sobre o que está acontecendo nas fábricas e definir as estratégias de lutas de toda a categoria”, afirma o secretário geral do Sindicato, Renato Almeida.

ritmo acelerado de trabalho. A Heatcraft aumentou a

produção em 50% neste ano, mas manteve o número de trabalhadores. Além disso, o assédio moral é constante.

O Sindicato já está toman-do todas as providências para que o diretor Marquinhos volte à fábrica imediatamente.

Em mais um ato de política antissidical, a Heatcraft suspen-deu, na quarta-feira (2), o dire-tor do Sindicato Marcos Lopes e Oliveira, o Marquinhos.

A suspensão é por tempo indeterminado e ocorreu após Marquinhos ter realizado uma assembleia para discussão so-bre o aumento na produção e o

Heatcraft volta a suspender diretor do Sindicato

Perseguição

Zona LesteA campanha pela PLR na

zona leste começou forte. Na Prolind, os trabalhadores

já elegeram uma comissão que irá negociar a PLR com a chefia.

Na quarta-feira (2), o Sin-dicato fez um ato na porta da Hitachi, chamando os trabalha-dores para a luta.

Na Metinjo, a primeira reu-nião com a empresa ocorreu na quarta-feira (2).

Demitiu? Parou! Foi este o recado dado aos pa-trões pelos metalúrgicos da Chery e Hubner, que após declararem greve, conquis-taram a reintegração de companheiros demitidos.

Na Chery, foram rein-tegrados oito funcionários terceirizados. A reintegra-ção aconteceu depois que todos os trabalhadores da montadora entraram em

greve dia 26.Também foram read-

mitidos dois trabalhadores que possuíam estabilidade garantida na Hubner. Os metalúrgicos realizaram uma greve vitoriosa, entre os dias 26 e 3, que garan-tiu 90 dias de estabilidade para todos.

Nos dois casos, não haverá desconto dos dias parados. Trabalhadores da Chery na assembleia que decretou a greve

Roosevelt Cássio

disse Janaína dos Reis, da Executiva do MML.

Janaína ressaltou ainda que a luta das mulheres é travada em várias frentes. “Nós, trabalhadoras, exigi-mos creche gratuita, dele-gacias da mulher 24 horas, saúde pública de qualidade e saneamento básico em todos os bairros”, completou.

Após o ato, as integrantes do MML foram para São Paulo, onde participaram de uma grande manifestação em defesa da mulher.

Lucas Lacaz

No Dia da Mulher, manifestação por ampliação de direitos

Roosevelt Cássio