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FORMAÇÃO E MANEJO DE PASTAGENS TROPICAIS Antônio Ricardo Evangelista 1 1 Formação de Pastagens A forma mais econômica de alimentar um ruminante é por meio do fornecimento de forragem de qualidade. Melhor ainda é quando o animal é mantido a pasto e, felizmente, hoje em dia, a idéia de que a pastagem deve receber os cuidados de uma cultu- ra de cereal ganhou força entre os agropecuaristas. 1.1 Escolha da Forrageira Para a escolha de uma forrageira, uma série de fatores devem ser levados em consideração. É importante saber o obje- tivo da pastagem, para qual animal se destina, que categoria a- nimal, forma de multiplicação da espécie, facilidade de pegamen- to ou germinação, resistência à seca, geada, pragas, doenças, pastejo e corte. 1 Professor titular do Departamento de Zootecnia da UFLA

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FORMAÇÃO E MANEJO DE PASTAGENS

TROPICAIS

Antônio Ricardo Evangelista1

1 Formação de Pastagens

A forma mais econômica de alimentar um ruminante é por

meio do fornecimento de forragem de qualidade. Melhor ainda é

quando o animal é mantido a pasto e, felizmente, hoje em dia, a

idéia de que a pastagem deve receber os cuidados de uma cultu-

ra de cereal ganhou força entre os agropecuaristas.

1.1 Escolha da Forrageira

Para a escolha de uma forrageira, uma série de fatores

devem ser levados em consideração. É importante saber o obje-

tivo da pastagem, para qual animal se destina, que categoria a-

nimal, forma de multiplicação da espécie, facilidade de pegamen-

to ou germinação, resistência à seca, geada, pragas, doenças,

pastejo e corte.

1 Professor titular do Departamento de Zootecnia da UFLA

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Existe uma tendência atual em formar pastagens para ga-

do de corte com brachiarão (Brachiaria brizantha) grande parte

do Brasil e com tanzânia e tobiatã (Panicum maximum) em regi-

ões mais quentes. Para gado de leite, a tendência é formar pas-

tagens com napier (Pennisetum purpureum), bem como com Pa-

nicum, a exemplo do que ocorre com gado de corte. Porém, isto

não quer dizer que não estejam sendo formadas pastagens com

outras espécies, tais como Brachiarias, Andropogon e Cynodon.

Com relação a leguminosas, a utilização destas forragei-

ras em consórcio não tem tido a eficiência prevista na teoria e a

utilização opcional, na forma de banco de proteína, carece de

maiores estudos. No que se refere ao pastejo, alguns estudos

vêm sendo feitos com a cultura de alfafa (Medicago sativa) para

gado de leite e com estilosantes (Stylosanthes guianensis) para

gado de corte.

QUADRO 1 - Rendimento de matéria seca (MS) e sementes de

estilosantes em solo de cerrado

MS Semente Tratamentos (t/ha) (kg/ha)

S. guianensis 10,0 77 S. capitata 12,0 275 S. macrocephala 8,5 293 S. scabra 5,5 70

Fonte: FERNANDES et al., 2000 - (Adaptado).

Plantas de hábito de crescimento cespitoso (formam tou-

ceiras) são menos resistentes à desfolha do que plantas de cres-

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cimento estolonífero (formam gramado), principalmente em fun-

ção da facilidade de eliminação do ponto de crescimento por a-

ção do pastejo. Desta forma, quando está previsto o uso do pas-

tejo contínuo, as plantas cespitosas se adaptam menos do que

as estoloníferas, pois necessitam de manejo mais criterioso.

De maneira geral, as forrageiras que usamos para formar

pastagens nas regiões tropicais são de qualidade inferior às que

são utilizadas em regiões clima temperado. No entanto, para a

produção de leite, têm sido relacionados resultados satisfatórios

em pastagens de gramíneas tropicais, encontrando-se dados de

produção de até 8.700 kg/ha/ano. Evidentemente, a produção vai

depender do manejo do rebanho e da pastagem, além do uso de

suplementação, que só é necessária para produção acima de 8-9

kg de leite por vaca/dia.

Os trabalhos de melhoramento de forrageiras têm sido di-

recionados para a obtenção de plantas que tenham período de

produção mais amplo, ou seja, tolerância ao frio e fotoperíodo

curto. Porém, em função da diminuição do potencial de produ-

ção fora de estação de crescimento, em qualquer programa de

uso de forrageiras em pastejo, é prudente a previsão de áreas

para produção de forragem para conservar.

Estudos permitem concluir que, com o uso intensivo das

pastagens tropicais, aproveitando ao máximo seu potencial de

produção, é possível passar a taxa de lotação de 0,5 UA/ha para

6-7 UA/ha e consegue-se liberar cerca de 60% da área para pro-

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dução de forragem conservada e aumento no número de animais

na propriedade em cerca de 100%.

A escolha de uma forrageira também é influenciada pela

sua qualidade e, nesse particular, deve-se levar em consideração

o consumo e a digestibildade. Porém, forrageiras tropicais têm,

em média, digestibilidade inferior a 65% - 70%, sendo que o ideal

seria que a forragem tivesse valores acima desses observados

nas forrageiras tropicais. É importante lembrar que não se resol-

ve o problema de produção animal somente pela escolha da es-

pécie forrageira. É fundamental, independente da espécie, em-

pregar as técnicas de manejo correto.

1.2 Preparo do Solo para Formação de

Pastagem Tropical

Já foi o tempo em que as áreas improdutivas para cultivo

de cereais passavam a compor as áreas disponíveis para a utili-

zação na forma de pastagem. Felizmente, hoje, ao escolhermos

uma área para pastagem, leva-se em consideração a estrutura

da propriedade, condições climáticas, disponibilidade de terras

para outros usos. Programa-se também, além da localização da

pastagem, a localização das outras áreas de cultivo necessárias

ao desenvolvimento de agropecuária.

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Uma vez definida a área para uso, o preparo do solo deve

ser o mais indicado, evitando-se a formação de camada excessi-

vamente fofa, pelo uso inadequado de máquinas e equipamen-

tos. Porém, o inverso também é danoso, ou seja, a presença de

partículas grosseiras (torrões) pode prejudicar o contato de se-

mente com o solo ou a emergência de gemas das forrageiras.

A profundidade de preparo tem importância e deve ser

adotada conforme o tipo de solo. Alguns solos tropicais são rasos

e com subsolo ácido, dependendo de preparação mais superfici-

al. As práticas de correções e conservação de solo devem estar

previstas e afetam a tomada de decisão sobre a profundidade do

preparo.

De maneira simplificada, podemos generalizar que, em

terrenos de matas, faz-se a derrubada, retirada de madeira e le-

nha, queimam-se os restos e faz-se a semeadura a lanço.

Em cerrados, faz-se o arranquio das árvores por meio de

correntões, retira-se a lenha para carvão, queimam-se ou enlei-

ram-se os restos e parte-se para preparo convencional do solo,

ou seja, aração e gradagem.

Em solos cultivados, parte-se direto para o preparo con-

vencional do solo, aração e gradagens, conforme a necessidade,

em função da presença de invasoras.

Tem aumentado, em nosso país, a prática da semeadura

direta para a produção de grãos. Em pastagens, a experiência a

este respeito ainda é pequena, mas, em nosso entender, seria

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uma boa forma para introduzir uma forrageira em área já explo-

rada com uma espécie que não está correspondendo em termos

de rendimento e qualidade. Como sugestão de manejo para plan-

tio direto de forrageiras, pode-se rebaixar as plantas existentes

(herbicida ou pastejo intenso) e semear a espécie a ser introdu-

zida por processo mecânico e com adubação adequada, coloca-

da junto com a semente no sulco. Para esta prática, é necessário

que o solo não esteja degrado e compactado.

Existe uma idéia de que as forrageiras devam ser semea-

das na superfície do solo, o que é válido para jaraguá (Hyparrhe-

nia rufa), braquiaria spp, colonião (Panicum maximum), gordura

(Melinis minutiflora).

Por outro lado, sementes médias têm pouco efeito da pro-

fundidade, variando até cinco centímetros e plantas que têm se-

mentes grandes, germinam melhor em profundidades maiores.

Exemplo: lab-lab (Macrotiloma lablab).

No caso de preparo de solo para plantas que reproduzem-

se por mudas, como é o caso do capim-elefante, deve-se prever

a colocação da muda a 15 centímetros de profundidade, o que

facilita o enraizamento das gemas e não significa que este sulco

deva ser todo cheio com terra. A cobertura da muda é feita com

pouca terra, de três a cinco centímetros.

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1.3 Correção e Adubação para Formação de

Pastagens

As ações para corrigir e adequar a fertilidade do solo para

a formação da pastagem são de fundamental importância para

se garantir um bom estabelecimento, o que tem reflexo sobre o

stand inicial e a longevidade da cultura.

A correção do solo assume papel muito importante quan-

do vai cultivar-se leguminosa, principalmente quando entende-se

que o calcário pode ser fonte de cálcio e magnésio.

No caso de gramíneas, embora estas sejam menos exi-

gentes em calagem, o pH baixo pode limitar o aproveitamento

dos elementos cedidos pelos fertilizantes. Na maioria dos solos

de cerrado, é necessária a adição de calcário, tendo como indi-

cador de quantidades a análise de solo e a exigência da cultura

que vai ser implantada.

Com relação à resposta ao calcário de acordo com a vari-

edade, observa-se que, mesmo entre gramíneas, ocorrem res-

postas diferenciadas (Quadro 2).

QUADRO 2 - Produção de matéria seca em Kg/ha Tratamentos B. decumbens B. ruziziensis Capim-

elefante

Testemunha (T) 783 2.817 4.845

T + Calagem (C) 1.456 4.085 6.320

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Completo 20.132 21.237 32.240

Completo-C 17.735 17.398 11.820

Completo-P 2.661 6.233 23.870

Completo-K 9.022 7.385 36.340

FONTE: Serrão et al. (1971):PASTAGENS, Fundamentos da Exploração Ra-cional. FEALQ. 1986. p.86.

Os fosfatos naturais foram recomendados para a correção

dos solos e esta recomendação tinha suporte no fato de que o

fósforo presente nesses compostos, seria liberado gradativamen-

te. Hoje embora esta premissa seja verdadeira, muitas vezes o

custo, principalmente do transporte, torna esta prática antieco-

nômica. Caso não haja limitação de custo, pode-se usar 2/3 do

fósforo necessário, na forma de fosfato natural.

Ao nos preocuparmos com a adubação de pastagem, com

a finalidade de ceder N, P e K, devemos ter consciência que os

resultados estão na dependência das interações entre estes e-

lementos, em função de teores no solo, exigências da planta e

manejo da pastagem, tornando difícil a abordagem dos efeitos

destes elementos isoladamente. Contudo, faremos algumas con-

siderações que julgamos importantes.

O fósforo é comumente deficiente para o desenvolvimento

das plantas na maioria dos solos brasileiros onde a sua aplicação

promove aumento da produção e perfilhamento das gramíneas.

Comumente, considera-se solo com baixo teor de fósforo aquele

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que tem menos de 5,4 mg/dm3 deste elemento, teor bom tem o

solo que apresenta acima de 8 mg/dm3.

O potássio é muito importante nas diversas funções orgâ-

nicas da planta, podendo, sua deficiência, provocar baixos teores

de proteína verdadeira no vegetal. A adubação potássica se faz

necessária com muito mais intensidade em áreas com forragei-

ras destinadas ao corte. No pastejo ocorre reposição (desunifor-

me e insuficiente) por meio de fezes e urina dos animais.

Solos com teores de K até 16 mg/dm3 são considerados

de baixo teor e, acima de 71 mg/dm3, são considerados de bom

teor.

A adubação com potássio em excesso pode provocar con-

sumo de luxo na planta ou lixiviação. O recomendável é que a

adubação seja parcelada em duas ou mais aplicações, durante a

fase produtiva da forrageira.

Em estudo em que utilizou-se o capim gordura (Melinis

mimutiflora) e o colonião (Panicum maximum), submetidos a adu-

bação fosfatada com 20 kg de P2O5/ha no sulco de semeadura

para o gordura e 40 kg de P2O5/ha para o colonião, com cobertu-

ra com 25 kg/ha de N e 25 kg/ha de K, observou-se aumento de

produção de matéria seca da ordem de 35% para o colonião e

46% para o capim gordura (Quadro 3).

QUADRO 3. Resposta à adubação fosfatada na ausência e pre-

sença de N e K

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Colonião Gordura

MS %MS MS %MS

P NK

Kg/ha P K PB Kg/ha P K PB

S S 230 0,15 1,5 21,1 0 - - -

C S 398 0,19 1,7 21,2 1.054 0,26 2,8 17,2

C C 324 - 2,2 21,5 1.209 0,18 3,6 16,7

S - sem adubação; C - com adubação FONTE: Gomide, J.A. (1986). (Adaptado).

Com relação à adubação nitrogenada, sabe-se que as

plantas forrageiras tropicais podem responder a até 1.800 kg de

N por hectare, como efeito biológico de aplicação deste elemen-

to. Cabe a quem está orientando o manejo da pastagem discernir

entre o efeito na produção de matéria seca e o retorno econômi-

co em termos de produto animal.

QUADRO 4 - Rendimento de matéria seca, cobertura do solo e teores de P e K em brachiarão, na presença e au-sência de nutrientes

Tratamentos MS (t./ha) Cob.(%) P (%MS) K (%MS)

C 7,0 92 0,14 1,29

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C – N 2,4 63 0,17 1,28

C – P 3,5 70 0,08 1,64

C – K 3,0 62 0,17 0,77

C – S 4,8 83 0,17 1,26

C – Cal 5,5 88 0,14 1,02

C – Mic 5,2 82 0,18 1,44

T 1,3 56 0,09 0,84

C= Completo com N, P, K, S, calagem, micronutrientes T= Sem adubação Fonte: Townsend et al. (2000).

Grande parte do Brasil tem uma estação de produção in-

tensa de forrageiras, que corresponde a cerca de 180 dias. O

restante do ano caracteriza-se por um baixo crescimento natural

das plantas em função da queda da temperatura e das precipita-

ções pluviométricas.

Em função da característica climática do país, é necessá-

rio intensificar a produção da estação de crescimento e, neste

caso, a adubação nitrogenada assume papel de destaque.

QUADRO 5. Níveis de produção de carne em pastagens tropicais

adubadas com nitrogênio. Espécie forrageira N (kg/ha) Peso vivo (kg/ha) Napier 102 644 305 1211 509 1345 Colonião 0 301

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100 494 200 203 Grama estrela 440 1380 250 1032 Fonte: Corsi, M. In: Pastagens, Fundamentos da Exploração Racio-nal,1986,p.125 (Adaptado).

Obs.: A adubação completa das pastagens, dando ênfase à ni-trogenada, deve ser acompanhada de um programa de manejo correto para aproveitar o aumento da produção de verão. Caso contrário, se não adotar adequados proces-sos de conservação da forragem, as perdas ou desperdí-cios do potencial de produção podem chegar a 70%.

Para definir a adubação que deverá ser usada para uma

forrageira, deve-se considerar o nível tecnológico da exploração

a que ela será submetida. Nesse sentido, ao elaborarem a 5a

aproximação para recomendações para uso de corretivos e ferti-

lizantes em Minas Gerais, publicada em 1999, os autores do ca-

pítulo referente às pastagens classificaram as forrageiras de a-

cordo com o nível tecnológico que exigem ou a intensidade de

uso a que serão submetidas:

Quadro 6. Gramíneas e leguminosas forrageiras adaptadas a sistemas de produção de diferentes níveis tecnológi-cos ou intensidade de utilização

Nível Tecnológico Gramíneas Leguminosas

Grupo do capim-elefante: cameroon, napier, pennisetum

híbrido (Pennisetum purpu-reum);

Alto ou intensivo coastcross, tiftons (Cynodon); Alfafa (Medicago sativa);

colonião, vencedor, centenário,

tobiatã, tanzânia e outros (Panicum maximum);

Leucena (Leucaena leucocepha-la)

braquiarão ou marandu (Bra-chiaria brizantha)

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Médio

Colonião, Tanzânia, Mombaça (Panicum maximum); Braquia-

rão ou Marandú (Brachiaria brizantha); Braquiária australia-

na (Brachiaria decumbens); Setária (Setaria sphacelata); jaraguá (Hyparrhenia rufa)

Leucena (Leucaena leucocepha-la); Soja perene (Neonotonia

wightii); Centrosema (Centrose-ma pubescens); Siratro

(Macroptilium atropurpureum); Amendoim forrageiro (Arachis

pintoi); Calopogônio (Calopogonium mucunoides);

Guandu (Cajanus cajan)

Baixo ou extensivo

Braquiária IPEAN, Braquiária australiana (Brachiaria decum-bens); Brachiaria humidicola;

Brachiaria dictyoneura; Andro-pogon (Andropogon gayanus);

Jaraguá (Hyparrhenia rufa); Gordura (Melinis minutiflora); Grama batatais, pensacola

(Paspalum notatum)

Estilosantes Mineirão e Bandei-rantes (Stylosanthes guianensis);

Amendoim forrageiro (Arachis pintoi), Kudzú (Pueraria phaseo-loides); Galactia (Galactia stria-ta); Calopogônio (Calopogonium

mucunoides)

Fonte: Cantarutti et al., 1999.

Com base nas informações disponíveis até o momento,podemos resumir a questão da correção

e adubação no seguinte:

As forrageiras tropicais utilizadas com alto nível tecnológi-

co devem ser cultivadas em solo com saturação por bases da

ordem de 70%. Então, a calagem é determinada pela expressão

que leva este fator em consideração nos parece mais indicada:

NC = T V V( )2 1100

Em que:

NC = necessidade de calcário

T = valor da CTC a pH 7,0 (valor obtido no resultado da análise

do solo)

V1 = saturação de bases de CTC a pH 7,0 (valor obtido no resul-

tado da análise do solo)

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V2 = saturação de bases definida de acordo com a cultura

OBS.: O valor obtido para a necessidade do calcário deve ser

corrigido conforme o poder relativo de neutralização total do cal-

cário.

O solo, para proporcionar produção correspondente ao po-

tencial das forrageiras tropicais, deve dispor de condição mínima

de níveis de fósforo de 12 mg/dm3 e potássio de 71 mg/dm3. Ao

calcular e fertilização de uma área, deve-se prever a correção

para estes níveis, acrescida da retirada que a cultura terá no ano,

de acordo com o nível tecnológico adotado.

A retirada de nutrientes é diferente em pastagens e áreas

de forragem para corte sendo que em áreas para corte é maior

porque não ocorre reposição natural (matéria orgânica, fezes e

urina dos animais).

A recomendação de adubação para o estabelecimento de

forrageiras levando em consideração o nível tecnológico da ex-

ploração e o resultado da análise do solo será como pode ser

observado no Quadro 7.

QUADRO 7- Adubação de plantio recomendada conforme nível

ecnológico e disponibilidade de nutriente no solo, e entre parêntesis, o equivalente em superfosfato simples, cloreto de potássio e sulfato de amônio em Kg/ha.

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Recomendação em kg/ha do nutriente (Adubo)

Nutriente Disponibilidade

Nível tecnoló-

gico baixo

Nível tecnoló-

gico médio

Nível

tecnológico

alto

Baixa 50 (280) 70 (390) 90 (500)

Fósforo Média 30 (170) 50 (280) 70 (390)

Alta - - 30(170)

Baixa 20 (40) 40 (80) 60 (120)

Potássio Média - 20 (40) 30 (60)

Alta - - -

Nitrogênio - - 50(250) 100-150 (500-750)

Zn ◊ 10 kg/ha se sulfato de zinco. S ◊ Espera-se que seja suprido pela contaminação dos adubos superfosfato simples ou sulfato de amônio. - Em caso de deficiência ou uso de fórmulas concentradas, aplicar até 40 kg/ha de gesso Micronutrientes ◊ aplicar por meio do produto conhecido como FTE, na base de 30 a 50 kg/ha. Fonte: Recomendação para uso de corretivos e fertilizantes de Minas Gerais (5ª/Aproximação, 1999). Obs.:

1. Os níveis de disponibilidade de nutrientes no solo (baixa,

média e alta) são informados no resultado de análise do

solo.

2. No plantio, aplica-se 1/3 do potássio juntamente com to-

do fósforo necessário para o ano. O restante do potássio

e do nitrogênio são aplicados em cobertura, parcelados.

3. Supõe-se que a adubação de plantio, dê suporte ao es-

tabelecimento e produção do primeiro ano de cultivo da

forrageira. Do segundo ano em diante, tomando-se por

base nova análise do solo, faz-se a adubação de manu-

tenção. Os parcelamentos do potássio e do nitrogênio

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devem ser em duas ou três vezes, porém, deve-se evitar

fracionamento que resulta em quantidade inferior a 50

kg/ha por aplicação.

QUADRO 8- Adubação de manutenção recomendada, em kg/ha

de P2O5, K2O e N, conforme nível tecnológico e dis-ponibilidade de nutrientes no solo e, entre parênte-ses, o equivalente em superfosfato simples, cloreto de potássio e sulfato de amônio em kg/ha

Recomendação em kg/ha do nutriente (Adubo)

Nutriente Disponibilidade Nível Tecnoló-

gico Baixo Nível Tecnoló-

gico Médio Nível Tecnológi-

co Alto Baixa 30 (170) 40 (220) 50 (280) Fósforo Média 0 20 (110) 30 (170) Alta 0 0 0 Baixa 40 (80) 100 (200) 200 (400) Potássio Média 0 40 (80) 100 (200) Alta 0 0 0 Nitrogênio - 50 (250) 100 (500) 100 (500) O fósforo recomendado é aplicado no início das chuvas, juntamente com o primeiro parcelamento do nitrogênio e do potássio. Quantidades definidas com base na “Recomendação para uso de cor-retivos e fertilizantes de Minas Gerais (5aAproximação, 1999)”.

A adubação orgânica é muito importante para forrageiras

tropicais, tendo o cuidado de evitar que sementes de uma forra-

geira passem para a área de outra (Ex.: Brachiaria ⇒ Napi-

er/Colonião). Deve-se considerar que, dos teores de nutrientes

do esterco, apenas o potássio pode ter 100% de absorção no

primeiro ano após aplicação.

QUADRO 9. Teores de nutrientes de alguns adubos orgânicos Teores (%)

Tipo de esterco N P K

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Esterco de galinha 2,0 3,0 1,0

Esterco de curral 2,0 1,5 1,5

Esterco de suino 2,0 1,5 2,0

FONTE: Adaptado: Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais (5º aproximação), 1999 - Adaptado. QUADRO 10. Liberação de nutrientes do adubo orgânico em

função do tempo de aplicação Liberação em %

Nutriente

1º ano 2º ano 3º ano

N 50 20 30 P2O5 60 20 20 K2O 100 0 0

FONTE: Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais (5º aproximação), 1999.

A utilização de leguminosas para fixar nitrogênio é de

grande importância. No caso de forrageiras, esta forma de incor-

poração do N ao solo vem recebendo destaque, principalmente

com o surgimento de cultivares/variedades de Stylosanthes guia-

nenesis cv. Mineirão (estilosantes) e Arachis pintoi (amendoim

forrageiro).

QUADRO 11 - Efeito do consórcio de Brachiaria com estilosantes sobre alguns parâmetros da pastagem

Parâmetros Brachiaria B + Estilosantes

Palha (t/ha) 3,8 3,5

Nitrogênio (kg/ha) 3,1 93

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Eqüivalência (SA - kg/ha) 156 465

MS Brachiaria (t/ha) 2,8 4,3

N Brachiaria (g/kg) 12 16 Fonte: EMPRAPA/CNPGC (2000) - (Adaptado).

No caso dos consórcios, o aparecimento de novas cultiva-

res e variedades de leguminosas é promissor, porque, embora na

teoria esta via de introdução do N seja muito promissora, na prá-

tica, os consórcios não vinham sobrevivendo ao tempo.

1.4 Plantio ou Semeadura de Forrageiras

Tropicais

A época de plantio é variável, indo do início do período

chuvoso até o seu final o que em grande parte do país, estende-

se de outubro a março.

A implantação da cultura no início do período chuvoso fre-

qüentemente leva à possibilidade de utilização (pastejo e corte)

no mesmo ano agrícola. Plantios tardios, salvo em casos do uso

de irrigação e dependendo da espécie, só resultará em produção

utilizável no decorrer do próximo período chuvoso.

As forrageiras que multiplicam-se por mudas levam a um

maior gasto na implantação o que, muitas vezes, limita o seu

emprego (capim-elefante, estrela africana, coastcross, tifton, he-

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23

marthria, quicuio). Porém, com o avanço do emprego de siste-

mas tecnificados na exploração agropecuária, o plantio de capim-

elefante para pastejo foi bastante intensificado, principalmente

para vacas leiteiras, destacando o sistema de pastejo rotaciona-

do.

Hoje em dia, cresce o uso de Panicum (mombaça, tanzâ-

nia) para uso em pastejo rotacionado, principalmente em função

da multiplicação por sementes. As forrageiras coastcross e tifton

podem ser consideradas de dupla aptidão, plantando-se para a

produção de feno e para pastejo. Tanto os capins do grupo Pani-

cum, como o tifton e o coastcross são forrageiras já consagradas

pelo rendimento e qualidade, com bons resultados experimentais

em propriedades agrícolas no país.

Das forrageiras que produzem semente, a de maior procu-

ra nos últimos anos tem sido o brachiarão (B. brizantha), com

possibilidade de uso na criação de gado de leite ou corte. Vale

lembrar que esta espécie é mais exigente que as demais Brachi-

arias e, assim, necessita de maiores cuidados com a fertilidade

do solo e manejo da forrageira.

Tanto para o plantio de forrageiras, como para a semea-

dura, as modalidades a lanço, sulco ou cova, podem ser

empregadas. Tudo vai depender de uma série de fatores que

deverão ser analisados caso a caso, levando-se em

consideração o nível técnico da propriedade, recursos

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técnico da propriedade, recursos disponíveis, topografia, disponi-

bilidade de mudas ou sementes e época de implantação.

A taxa de semeadura ou densidade de mudas é um fator

que também está na dependência de muitos outros, tais como:

disponibilidade de mudas ou sementes, qualidade, sistema de

implantação (lanço, sulco ou cova).

De maneira geral, estima-se que, para forrageiras tropi-

cais, de 10 e 20 plantas/m2 seja uma boa densidade.

QUADRO 12 - Taxa de semeadura de gramíneas e leguminosas

Espécie Semente kg/ha Sementes viáveis (m2) Setaria 3 – 5 32 - 54 Green panic 2 – 4 56 - 112 Brachiaria 2 – 4 3 - 5 Siratro 2 – 3 11 - 16 Centrosema 3 – 4 6 - 8 Estilosantes 2 – 4 27 - 54

FONTE: AGROCERES (1974), citado por ZIMMER, A, H. et al., 1983.

Com relação ao gasto de muda, estima-se que 1 ha de

muda de capim-elefante, proporcione a formação de outros 10

ha. A mesma proporção poderia ser adotada para forrageiras de

haste fina, ou seja 1:10. Porém, a qualidade da muda e o espa-

çamento/densidade vão afetar estes valores.

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25

2 Manejo de Pastagens

O manejo de pastagem é um conjunto de ações que visa à

máxima produção por unidade de área, de acordo com o objetivo

de exploração. No caso da exploração de pastagem para a pro-

dução de carne e ou leite, parece ocorrer uma relação antagôni-

ca, ou seja, o rendimento máximo do animal depende de explo-

ração ou desfolha de pastagem, que, para render o máximo, não

pode ser desfolhada muito intensamente. Assim, o desafio do

manejo de pastagem consiste em retirar a máxima produção a-

nimal sem extinguir a forrageira.

Para atingir o objetivo do manejo da pastagem, deve-se

conhecer as variações de rendimento das forrageiras no decorrer

do ciclo, para escolher o momento ou o grau de desfolha a reali-

zar nas plantas (Figura 1).

Folhas novas eperfilhamento

Produção deforragem/dia

Elongação do caule

Produçãode flores

Produçãode

sementes

Vegetativo Reprodutivo

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FIGURA 1. Relação entre diferentes estádios de crescimento e produção de forragem. Fonte: Gardner e Alvim (1985).

É sabido, que à medida que aumenta a quantidade de for-

ragem disponível, há tendência de diminuição de qualidade. O

que se deve buscar é o ponto adequado para obter-se o máximo

rendimento, com a melhor qualidade possível, o que correspon

deria a estar empregando uma pressão de pastejo compatível

com a capacidade de suporte da pastagem (Figura 2).

Qualidade Quantidade

Alta

Baixa Baixa

Alta

FIGURA 2 – Relação entre quantidade e qualidade da forragem Fonte: Gardner e Alvim (1985).

2.1 Sistema de Pastejo

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Para explorar pastagens, existem basicamente dois siste-

mas de pastejo: o contínuo, em que os animais permanecem o

tempo todo na área e o rotacionado, onde, à medida que a forra-

gem disponível é “eliminada”, os animais são transferidos de á-

rea, para que a forragem se reestruture (descanso). Existem ain-

da variações e adaptações destes sistemas, porém, visam a situ-

ações muitas vezes momentâneas (diferimentos, alternância e

suplementação a pasto, etc).

Sistema contínuo - Durante muitos anos este foi o único

sistema empregado, porém, com o avanço do nível tecnológico, o

sistema contínuo, da forma que vinha sendo utilizado, ou seja,

com baixa carga animal/área, foi tornando-se ineficiente. A prin-

cípio, é um sistema que adapta-se melhor à exploração de gado

de corte e é composto por forrageiras estoloníferas ou prostadas,

que cobrem bem o solo (Ex: Brachiarias). No entanto, ultimamen-

te, para bovino de corte já se tem adotado o sistema rotacionado

ou melhorias do sistema contínuo.

No sistema de pastejo contínuo, a manutenção das condi-

ções ideais de pressão de pastejo se dá pela inclusão ou retirada

de animais (animal controle) da pastagem (Figura 3). Isso pode

gerar necessidade de descarte em momento inoportuno (animal

magro ou matriz).

Algumas medidas melhoraram a eficiência do sistema con-

tínuo tradicional, tais como: a consorciação, a adubação e limpe-

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za de pastagem e a suplementação dos animais no período críti-

co de produção de forragem.

Produção/Animal Produção/ha

A B CDecrescente Lotação Crescente

FIGURA 3 – Relação entre lotação da pastagem e produção por área. Fonte: Jones e Sadlandd (1974), citados por Gardner e Alvim (1985).

Sistema rotacionado - Este sistema tem permitido au-

mento de rendimento da propriedade, mas, muitas vezes, é mais

em função do emprego de recursos técnicos do que pelo efeito

isolado de adoção do sistema. O agricultor, ao passar da explo-

ração de bovino em sistema contínuo para o rotacionado, cultiva

forrageira mais produtiva, corrige o solo, faz adubação, condicio-

na aguadas e utiliza animais melhores. Resta a dúvida de que,

se ele fizesse estas melhorias na pastagem em exploração con-

tínua, os resultados positivos não seriam alcançados em mesmo

grau.

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No sistema rotacionado, prevêm-se algumas diretrizes ini-

ciais:

1. período de ocupação - 1 a 7 dias (piquete com animais);

2. período de descanso - 20 a 45 dias; (piquete sem animais);

3. área disponível por UA (unidade animal) por dia de permanên-

cia no piquete 30-150 m2;

4. separação de animais por categoria (animais em produção,

novilhas, matrizes, vacas secas, etc);

5. divisão da pastagem em piquetes, conforme plano de uso ado-

tado e com infra-estrutura de cercas corredores e aguadas;

6. não é dispensável a previsão de recursos forrageiros para pe-

ríodos críticos de produção de forragem;

7. reposição periódica de nutrientes retirados no pastejo;

8. implantação de forrageira de alta produção com correção ade-

quada do solo;

A adoção de um ou outro esquema de divisão de pasta-

gem está na dependência de muitos fatores e deve ser analisado

caso a caso. Um número muito grande de divisões pode onerar o

processo e um número muito pequeno não permite obter os be-

nefícios de divisões com relação aos efeitos na fisiologia de plan-

ta (Figura 4).

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PERÍODOS DE UTILIZAÇÃO (DIAS)NO depiquetes

Descanso(dias)

Acréscimo noperíodo dedescanso

(dias)

Pastejo Contínuo 1 0 -

20 20 2 20 20

10 10 10 10 4 30 10

5 5 5 5 5 5 5 5 8 35 5

2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 16 37,5 2,5

FIGURA 4. Relação entre o número de subdivisões e o período de descanso. FONTE: Gardner, A.L. & Alvim, M.J. 1985.

Do nosso ponto de vista, a adoção de período de uso de

três dias e descanso de trinta dias nos parece um esquema favo-

rável à implantação do sistema rotacionado, para respeitar a fi-

siologia da forrageira, mantendo-se o valor nutritivo e rendimento.

2.2 Planejamento de um Sistema de Pastejo

Rotacionado

Exemplo 1 - tomando por base o número de unidade ani-

mal a ser trabalhada. Ex. 100 UA

1 - Qual o número de piquetes?

Depende do número de dias de uso e do número de dias

de descanso (Ex.: três dias de uso e trinta de descanso)

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piquetes 111 piquetes de Número === ++3

301PpPD

2 - Qual o tamanho de cada piquete?

A área necessária por unidade animal por dia de perma-

nência no piquete (Ex.: 80 m2/UA/dia) é dependente da forrageira

adotada, do nível tecnológico e recursos empregados e vai de

150 m2, para os menos produtivos a 30 m2, para os mais produti-

vos.

Área de piquete = Nº UA x Área/UA x tempo pastejo

Supondo que o número de unidade animal (UA) seja 100,

a área por UA por dia de permanência no piquete seja igual a 80

m2 e o tempo de pastejo no piquete seja de três dias, têm-se:

Área piquete = 100 x 80 m2 x 3 dias ≅ 2,4 ha

3. Qual é a área total?

Área total =número de piquetes x tamanho de cada piquete

Assim:

Área total = 11 piquetes x 2,4 ha = 26,4 ha

Exemplo 2 - tomando por base uma área disponível - Ex.:

30 ha.

1 - Mantendo-se três dias de uso e trinta de descanso teremos

onze piquetes (Ídem ao cálculo do exemplo 1).

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2 - O tamanho de piquetes será igual a área disponível dividida

pelo número de piquetes 30 ha/11 ≅ 2,7 ha para cada piquete.

3 - Qual o número de UA que poderá ser explorado?

Área do piquete = no UA x área por UA/dia x no de dias de paste-

jo

Área do piquete = 2,7 ha

Área por animal/dia = 80 m2 (Exemplo)

Nº de dias de pastejo = 3 dias

27000 m2 = Nº UA x 80 m2/dia x 3 dias

Nº UA = 2m240

2m27000 ≅ 112 UA

Obs.:

1. É indispensável planejar-se a área de produção de forra-gem para os períodos críticos de produção, bem como áreas para corredores de deslocamento dos animais.

2. Os fracassos com a adoção do sistema de pastejo rota-cionado têm sido atribuídos às falhas de manejo tais co-mo: não observância das regras do sistema, desrespei-tando a capacidade das pastagens (super pastejo) e ferti-lização abaixo da necessidade.

3 Disponibilidade e Qualidade em Pastagens Tropicais

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De maneira geral, pastagens compostas por forrageira

tropicais, se bem manejadas, proporcionam maior rendimento

por área, e as que são compostas e localizadas em áreas com

forrageiras temperadas levam um maior rendimento por animal, o

que ocorre em função das diferenças de qualidade destas forra-

geiras.

QUADRO 13 - Proteína bruta, parede celular e digestibilidade

aparente de matéria seca de forragens de clima temperado e tropical

Forrageira PB % MS FDN % MS DAMS %

Azevém 18,6 55,9 71,2 Alfafa 23,9 49,5 61,8 Trevo branco 24,8 41,0 68,0 Coastcross* 8,0 74,1 54,3 Capim-elefante** 10,5 67,4 - * 4 semanas ** folhas Fonte: Adaptado de Gomide, 1994.

Em pastejo sob forrageira de clima temperado, são encon-

tradas informações de produção da ordem de 15-24 litros va-

ca/dia. Sob pastejo em forrageiras tropicais, os valores que po-

dem ser atingidos estão estão entre 8-10 kg/vaca/dia. Evidente-

mente, as condições gerais do manejo têm influência marcante

sobre a produção e a produtividade e máxima produção por ani-

mal em forrageiras tropicais nunca será igual à máxima produ-

ção, quando se trata de forrageiras de clima temperado.

Quando a forragem disponível na pastagem não atende às

exigências dos animais, é necessário suplementa-la. Porém a

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suplementação com concentrados é viável economicamente

quando o preço do kg do concentrado a ser empregado é metade

do preço do kg de leite.

4 Estacionalidade de Produção de Forrageiras

Embora sempre que uma forrageira nova surge no merca-

do, os comerciantes de mudas ou sementes insistam em afirmar

que a novidade é resistente à seca, ao frio, ao pisoteio, ao paste-

jo, ao fogo e às pragas e doenças, na prática isto não tem ocorri-

do. Temos, sim, forrageiras mais tolerantes à seca ou a algum

outro fator desses mencionados, o que, por si, não é suficiente

para atingir o equilíbrio entre a disponibilidade e a demanda por

forragem no decorrer do ano.

Em função da realidade da baixa produção de inverno se-

co, a produção de forragem para armazenamento é fundamental

e, para tal, destacam-se os processos de ensilagem e de fena-

ção.

4.1 Produção de Silagem

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Para a produção de silagem, não se discute que o milho

seja a forrageira que mais se adapta e que, em função disso,

resulta na melhor silagem. Porém, nos últimos anos, as culturas

de sorgo e capim vêm ganhando espaço, aparecendo como op-

ções, além do milho.

QUADRO 14 - Rendimento médio de forragem e qualidade das silagens de milho, sorgo e capim

Forrageira Rendimento MS1 PB1 DP2% DE2% DP2% DE2%

Ton/ha1 % % MS MS PB PB

Milho 30* 30 8,0 96 46 88 73

Sorgo 40* 30 8,0 - - - -

Capim 120** 22 8,0 87 33 70 66

* um corte ano ** dois cortes/ano DP - degradabilidade potencial DE - degradabilidade efetiva 1 - Observação pessoal do autor 2 - Santos, R.M. dos; 1994

É inegável a importância de silagem de capim para a ex-

ploração agropecuária, principalmente para quem tem limitação

de área. Diante disso, elaborou-se, no Quadro 17, uma avaliação

com base na comparação entre dados relativos à silagem de mi-

lho e capim.

QUADRO 15 - Comparação entre silagem de milho e silagem de capim, sob o ponto de vista de eficiência por hec-tare explorado

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Silagem de milho Silagem de capim Rendimento/ha 30 t Rendimento 120t

Número de vacas/ano 31 Número de vacas/ano 121 Produção de leite/dia 45 l2 Produção de leite/dia 96 l2

Número de Bezerros/ano

13

Número de bezerros/ano

63

Número de Bezerras/ano

23

Número de bezerras/ano

63

Esterco/ano/t 43 Esterco/ano/t 175 Custo de t de silagem R$ 30 Custo t de silagem R$ 15

1 Supondo que o suprimento com volumoso para as vacas durante o ano todo será exclusivamente com silagem.

2 Supondo que vaca que consome silagem de milho produz o dobro da vaca que consome silagem de capim

3 Supondo que, das parições, 50% sejam fêmeas.

Levando-se em consideração este raciocíno, entende-se

que, em uma mesma área, dobra-se a produção de leite e au-

menta-se em muito a disponibilidade de animais para reposição

do rebanho e descarte anual. Aumenta-se ainda a produção de

esterco e, também, a favor de silagem de capim, há o fato de ser

uma cultura menos dependente de condições climáticas e menos

suscetível a pragas e doenças.

Diante dessas considerações, julga-se que, na região tro-

pical, o capim-elefante constitui-se em mais uma boa opção de

forragem para silagem.

Cabe ressaltar que, para que se produza uma boa silagem

de capim, alguns cuidados devem ser tomados, principalmente

para o abaixamento da umidade do material, que é excessiva ao

tempo do corte.

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QUADRO 16 - Efeito de adição de milho desintegrado com palha e sabugo (MDPS) ao capim cameroon para pro-dução de silagem*

Tratamento Consumo MS

g/UTM Digestibilidade in vitro(%) Matéria seca Proteína bruta 0% MDPS 30 49 41 2% MDPS 30 52 48 4% MDPS 34 57 48 6% MDPS 35 52 48 * Capim até 90 dias, 20% MS e 8% PB FONTE: Evangelista, 1988.

Outros artifícios podem ser empregados para a produção

de silagem de capim, tais como a adição de 3% de melaço e ou-

tros produtos secos, farelo de arroz ou farelo de trigo ou fubá de

milho (4-6%), cama de frango (até 15%), cana-de-açúcar (até

20%), polpa cítrica e aditivos químicos ou bacterianos.

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Y=24,02 + 0,4904XR2 = 1

22

24

26

28

30

32

34

36

38

40

0 5 10 15 20 25 30

Nível de polpa cítrica (%)

MS

(%

)

FIGURA 5 - Efeito de polpa cítrica adicionada ao capim-elefante cv. Napier no momento da ensilagem. Fonte: Evangelista et al., 1996.

Outros capins vêm sendo empregados para a produção de

silagem, principalmente como forma estratégica de manejar os

volumosos na propriedade agrícola, aproveitando melhor os pas-

tos.

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Quadro 17 - Teores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), valores de pH e consumo de matéria seca por 100 kg de peso vivo (MS/100 kgPV) da silagem de ca-pim-tanzânia pura e associada à polpa cítrica

Parâmetros Tanzânia Polpa cítrica

MS 20,0-22,0 24,0

PB 5,8-7,0 7,0

DIVMS 46,0-50,0 51,0

Ph 4,4-4,7 4,4

MS/100 kg PV 1,6 1,7

Fonte: Corrêa e Cordeiro, 2000. QUADRO 18 - Efeito do tempo de emurchecimento e da adição

de polpa cítrica no teor de matéria seca (MS), valor de pH e teor de proteína bruta (PB) da silagem de estrela roxa

Horas de emurche-cimento Sem polpa cítrica Com polpa cítrica

MS(%) PH PB(%MS) MS(%) pH PB(%MS)

0 26,3 4,0 13,8 29,3 3,9 12,9

1 34,8 4,1 14,1 35,4 4,2 13,0

2 33,4 4,3 13,6 37,2 4,3 13,1

3 41,8 4,5 12,6 43,4 4,6 12,3

Fonte: Evangelista et al., 1999. QUADRO 19 -Efeito do tempo de emurchecimento e da adição

de polpa cítrica no teor de fibra em detergente

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neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e valores de energia bruta (EB) da silagem do ca-pim-estrela roxa

Sem polpa cítrica

Com polpa cítrica

Horas de emurche-ci-mento

FDN (%)

FDA (%)

EB (Kcal/kg)

FDN (%)

FDA (%)

EB (Kcal/kg)

0 82,7 38,4 4.382 77,7 39,9 4.418 1 80,0 40,6 4.441 78,1 42,1 4.432 2 80,8 40,5 4.414 80,4 42,0 4.408 3 78,4 39,8 4.408 77,1 40,2 4.330

Fonte: Evangelista et al., 1999.

4.2 Produção de feno

Hoje em dia, não é concebível a criação de bezerras sem

a utilização de feno, já no período da desmama e início do pro-

cesso de ingestão de ração e volumosos. O feno é muito impor-

tante para o desenvolvimento do rúmen do animal.

As forrageiras tropicais resultam em feno de boa qualida-

de, o que ocorre se forem cortadas no ponto de franco cresci-

mento, devendo observar o ponto em que aliamos rendimento e

qualidade.

No momento oportuno para a produção do feno, geral-

mente ocorre chuva, sendo este um fator que limita e execução

dessa prática em grande parte do país. A adoção da secagem

artificial permite solucionar esse problema. Porém, essa alternati-

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va só é viável quando o secador pode ser utilizado para outros

produtos na propriedade.

Outra alternativa que vem sendo trabalhada para contor-

nar o problema da chuva é a ensilagem da forragem produzida

no campo de feno e que não possa, em função das condições

climáticas, ser fenada. Têm-se obtido boas silagens com forra-

geiras do grupo Cynodon e, é importante destacar, a maior viabi-

lidade do campo de feno nesse sistema de manejo.

Dentre as forrageiras tropicais que têm se destacado para

a produção de feno, podem-se citar: coastcross, estrela africana,

tifton, capim de rhodes e as Brachiarias. Eventualmente, depen-

dendo da região, uma série de outras forrageiras podem ser utili-

zadas para este fim.

Quanto às leguminosas, prefere-se utilizar as que formam

relvado, tais como: alfafa, soja perene, centrosema, galactia e

ciratro. Cabe lembrar que estas forrageiras perdem muitas folhas

na desidratação a campo, o que concorre para o abaixamento de

qualidade do produto.

Hoje, no país, há uma tendência de algumas propriedades

se especializarem na produção de feno para a comercialização

do produto para outras propriedades ou regiões.

5 Referências Bibliográficas

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CONTEÚDO

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1 Formação de Pastagens ........................................................ 05

2 Manejo de Pastagens.............................................................. 25

3 Disponibilidade e Qualidade em Pastagens Tropicais ............ 34

4 Estacionalidade de Produção de Forrageiras......................... 35

5 Referências Bibliográficas ....................................................... 43