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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA PEDREIRO DE ALVENARIA

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA - Pronatec – IFPRpronatec.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2012/07/pa1.pdf · Por isso é importante para o pedreiro conhecer todo o instrumental necessário

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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

PEDREIRO DE ALVENARIA

PEDREIRO DE ALVENARIA

Versão 1Ano 2012

Ed Carlos da Silva

Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores© Copyright by 2012 - Editora IFPR

IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁReitor

Prof. Irineu Mario Colombo

Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação

Silvestre Labiak Junior

Organização

Marcos José BarrosCristiane Ribeiro da Silva

Projeto Gráfico e Diagramação

Leonardo Bettinelli

Introdução

O ramo de construção civil é sem dúvida um ramo que muito tem crescido nos últimos

tempos, e também é uns dos ramos que mais necessita de profissionais habilitados e

capacitados para realizar um trabalho com qualidade, eficiência e economia. O que acontece na

maioria dos casos dos trabalhadores, é que, o profissional aprende o oficio com o pai, tio ou

algum parente ou amigo e não busca se qualificar e atualizar com cursos e palestras sobre a

área de construção civil e atividades.

Nesse material veremos uma parte de introdução à matemática, contendo as operações

fundamentais, como também uma parte que trata das unidades de medida, que são pontos

importantes para um pedreiro para desempenhar sua função com eficiência e qualidade. Após

veremos a descrição de ferramentas e seu uso. Abordaremos alguns elementos da construção

e os equipamentos de segurança que o pedreiro deve usar.

Anotações

Sumário

FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA

OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS COM OS NÚMEROS NATURAIS

Operações Fundamentais: Adição....................................................................................7

Operações Fundamentais: Subtração............................................................................10

Operações Fundamentais: Multiplicação........................................................................13

Operações Fundamentais: Divisão.................................................................................15

FERRAMENTAS ...............................................................................................................19

LEITURA DE INSTRUMENTOS........................................................................................23

ELEMENTOS DA CONSTRUÇÃO ...................................................................................27

NOÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO ................................................31

DICAS ...............................................................................................................................35

REFERÊNCIAS.................................................................................................................35

FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA

OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS COM OS NÚMEROS NATURAIS

Operações aritméticas: São as diferentes operações que podemos realizar com os números

naturais.

Números naturais: Chamamos de números naturais os números 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, etc.

As operações fundamentais são em número de

quatro, a seguir veremos uma a uma:

Operações Fundamentais: Adição

Adição é a operação em que se reúnem

números ou unidades de mesma espécie, de dois

ou mais conjuntos em um só conjunto. Seu símbolo é

uma cruz (+), onde se lê “mais”.

Os números que se somam chamam-se parcelas,

elementos, ou termos da adição, e o resultado final da adição chama-se soma ou total.

Por exemplo: 3 + 4 = 7.

Nesse caso, 3 e 4 são parcelas, elementos ou termos; o sinal mais (+) indica a soma

entre 3 e 4; e o número 7 é o resultado soma ou total.

Interpretação da adição

Seja A um conjunto ou reunião de a elementos ou coisas e B um conjunto ou reunião de

b elementos ou coisas. Se reunirmos A e B em um só conjunto C, teremos, em C, c elementos ou

coisas, que será a soma entre a e b.

Aplicação da interpretação da adição

Seja o esquema:

Conjunto AElementos: 6 círculos

7

Unidade 1

Se reunirmos os conjuntos A e B, teremos:

Donde se conclui: a + b = c.

Aplicação da interpretação da adição

Sejam A e B duas cestas; suponhamos que a cesta A tenha 3 maçãs e cesta B tenha 4

maçãs. Reunindo, numa cesta C, as maças de A e B, teremos em C a soma de 3 maçãs com 4

maçãs, isto é, 7 maçãs.

Observação: Deve ficar compreendido que “conjunto” é uma reunião, agrupamento ou porção

de coisas ou elementos da mesma espécie, exemplo:

Conjunto masculino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . elemento: homem;

Conjunto feminino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . elemento: mulher;

Conjunto de bolas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . elemento: bola;

Conjuntos de laranjas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . elemento: laranja.

Conjunto BElementos: 4 círculos

Conjunto CElementos: 10 círculos

8

Propriedades da Adição

1. Fechamento

A soma de dois números inteiros quaisquer é sempre um número inteiro.

2. Elemento Neutro

O zero é o único número natural que não altera a soma, isto quer dizer, qualquer número

somado a zero resulta no próprio número; por isso, o zero é chamado de elemento neutro da

adição.

3. Propriedade Comutativa

Comutativa quer dizer: “que troca ou muda de lugar”.

Exemplo:

5 + 3 = 8

3 + 5 = 8

Disso podemos concluir que “a ordem das parcelas não altera a soma”, uma vez que

quaisquer sejam os números o resultado final será o mesmo.

4. Propriedade Associativa

Associativa quer dizer: “que se associa, junta, une”.

Exemplo:

8 + 2 + 4 = 14; isto é o mesmo que: 10 + 4 = 14

Como se nota, o que houve foi apenas uma “soma antecipada” entre 8 e 2, o que não

veio a alterar o resultado. Sempre , quando for utilizado esse tipo de propriedade , deverão

empregar-se os parênteses ( ):

9

8 + 2 + 4 = 14

(8 + 2) + 4 = 14

10 + 4 = 14

A “soma antecipada” será a que estiver dentro dos parênteses.

5. Propriedade Dissociativa

Dissociativa quer dizer: “que dissocia, desune, separa”. Podemos dizer que esta

propriedade é o inverso da associativa.

Operações Fundamentais: Subtração

Esta operação consiste em achar a diferença que existe entre dois números; ela é

indicada por um traço ( - ), que se lê “menos”.

Os termos que compõem a subtração têm nomes especiais: minuendo e subtraendo.

Minuendo é o número que se subtrai (diminui, tira) outro; é dito também, 1.º termo da

subtração.

Subtraendo é o número que vai subtrair (diminuir) outro, é o segundo termo da

subtração.

O resultado é chamado de “diferença” ou “resto”

Exemplo:

9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . minuendo

-2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . subtraendo

7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . diferença ou resto

Interpretação da subtração

Dados dois conjuntos A e B, conjunto A com a elementos e conjunto B com b elementos,

chama-se subtração a operação que tem por finalidade determinar um conjunto C de c

elementos, tal que:

a – b = c

10

Aplicação da interpretação

Suponha que você tenha um conjunto de 7 bolas e que, deste conjunto, tire três bolas,

para dar ao seu amigo:

Se aplicarmos a definição anterior:

a – b = c

Para você restará um conjunto de 4 bolas:

Outro exemplo prático:

Conjunto AElementos: 7 bolas

Conjunto BElementos: 3 bolas

Conjunto CElementos: 4 bolas

11

Se o aluno tem 9 laranjas e dá 4 dessas laranjas a seu irmão, então lhe restam 5

laranjas.

Propriedades da subtração

1. Propriedade

Uma subtração só é possível quando o minuendo é maior que o subtraendo.

Exemplos:

8 - 3 = 5

7 - 4 = 3

5 – 1 = 4

4 – 2 = 2

2. Propriedade

Subraindo zero de qualquer número obteremos o mesmo número.

Exemplos:

5 – 0 = 5

6 – 0 = 6

3. Propriedade

Somando ou subtraindo um mesmo número aos termos da subtração, o resultado ou

“resto” não se alterara.

4. Propriedade

Se dois números inteiros são iguais, então a diferença entre eles é igual a zero.

Exemplo:

6 – 6 = 0

9 – 9 = 0

7 – 7 = 0

12

Operações Fundamentais: Multiplicação

Introdução

Dado os seguintes exemplos:

3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 15

2 + 2 + 2 = 6

4 + 4 + 4 + 4 + 4 + 4 = 24

5 + 5 + 5 + 5 + 5 = 25

Como podemos reparar em cada exemplo, foi feita apenas uma adição, mas um tipo

muito especial de adição, e para esse tipo “especial de adição” é que surgiu uma nova

operação: a multiplicação.

Multiplicação

A multiplicação é a terceira das operações fundamentais; ela é indicada pelo sinal X ou

por um ponto ( . ), que se lê “vezes” ou “multiplicado por”. Os termos ou fatores da multiplicação

recebem, também nome especiais: multiplicando e multiplicador.

Multiplicando é o número que, na multiplicação, serve de parcela, ou é o número que

será multiplicado.

Multiplicador é o número que irá multiplicar; é o número que indica quantas vezes a

parcela foi repetida.

O resultado da multiplicação é chamado de produto.

Exemplo:

4

X 2

8

Interpretação da Multiplicação

Sejam dados dois conjuntos A e B, o conjunto A com a elementos e o conjunto B com b

elementos; dizemos que o produto é o conjunto C de c elementos, tal que:

a x b = c ou a . b = c13

Aplicação prática

Vamos supor que José tenha 4 balas e seu irmão Paulo tenha 12. Fazendo uma

comparação entre o número de balas que cada um tem, verificamos que o número de balas de

Paulo é 3 vezes maior do que o de José, isto é, o número de balas de José, multiplicado por 3 (3

x 4 = 12).

Propriedades da multiplicação

1. Fechamento

O produto de dois números inteiros é sempre um número inteiro

Exemplos:

3 x 4 = 12

5 x 4 = 20

2. Propriedade Comutativa

Esta propriedade nos diz que a ordem dos fatores não altera o produto

Exemplos:

4 x 2 = 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 x 4 = 8

3 x 6 = 18 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 x 3 = 8

3. Propriedade Associativa

Numa multiplicação de vários fatores, podemos substituir dois ou mais desses fatores

pelo produto efetuado entre eles.

Exemplo:

2 x 3 x 4 = 24 ou 6 x 4 = 24

4. Elemento neutro

O número 1 é o único número inteiro que não altera a multiplicação, se multiplicarmos

qualquer número inteiro por 1, teremos, como resultado, próprio número.

14

Exemplo:

2 x 1 = 2

4 x 1 = 4

Casos particulares da multiplicação

1.Quando o multiplicando é 0 (zero), o produto é nulo, isto é, o produto é sempre 0 (zero).

Exemplo:

0 x 3 = 0 + 0 + 0 = 0

2.Quando o multiplicador é 0 (zero), o produto é nulo, isto é, igual a zero. Tal operação indica,

digamos, que não se toma nenhuma vez o multiplicando.

Exemplo:

5 x 0 = 0

Operações Fundamentais: Divisão

Divisão é a quarta e última das operações fundamentais; ela é indicada pelos sinais:

dois pontos ( : ) ou dois pontos comum traço no meio ( ÷ ).

Os termos da divisão possuem nomes especiais, que são: dividendo, divisor, quociente

e resto.

Dividendo: é o número que será dividido.

Divisor: é o número que irá dividir.

Quociente: é o número que indica quantas vezes o dividendo contém o divisor, sendo, também,

o resultado da divisão.

Resto: como o próprio nome diz, é a parte que sobra do dividendo e que não será dividida, por

ser menor que o divisor.

Existem dois tipos de divisão: a divisão exata e a divisão inexata.

Divisão exata: é aquela na qual o resto é sempre zero ou, em outros termos, é aquela em que o

dividendo é múltiplo do divisor.

15

Divisão inexata: é aquela em que o resto é sempre diferente de zero.

Exemplo:

6 : 2 = 3, onde 6 é o dividendo, 2 o divisor e o 3 é o resto.

Definição da divisão

Divisão é a operação que consiste em, dados dois números numa certa ordem, achar

um terceiro (quociente) que, multiplicado pelo segundo (divisor), reproduza o primeiro (dividen-

do).

Unidades de Medida

Comprimento:

Metro (m)

Centímetro (cm)

Milímetro (mm)

Relação entre as unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1m = 100 cm = 1000 mm

Área:

Metro quadrado (m²)

Centímetro quadrado (cm²)

Relação entre as unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1m² = 10.000 cm²

Volume:

Metro cúbico (m³)

Litros (l)

Relação entre as unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1m³ = 1000l

16

Massa:

Quilograma (kg)

Grama (g)

Relação entre as unidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 kg = 1000 gramas

Cálculo da Área

O cálculo da área é obtido pelo produto (multiplicação) de duas dimensões (compri-

mento x largura).

Exemplo:

Para calcularmos a área de um quarto com as dimensões de 4 metros de comprimento

e 3 metros de largura fazemos:

A (m²) área = 4m (comprimento) x 3m (largura)

A = 12m²

Cálculo do Volume

O cálculo do volume é obtido pelo produto (multiplicação) de três dimensões (compri-

mento x largura x altura).

Exemplo:

Para calcularmos o volume de uma lata com as dimensões de 0,21 metros de largura e

0,41 metros de altura fazermos:

V (m³) Volume = 0,21m (comprimento) x 0,21m (largura) x 0,41m(altura)

V = 0.018 m³

17

Anotações

FERRAMENTAS

Em qualquer área no ambiente profissional é importante para seu executor além de

utilizar as ferramentas em excelentes condições de uso saiba o correto manuseio e utilização da

ferramenta. Por isso é importante para o pedreiro conhecer todo o instrumental necessário para

um trabalho eficiente e prático. A seguir são apresentadas as principais ferramentas que o

pedreiro deve conhecer e saber usar.

É importante salientar que não adianta conhecer e saber usar, é importante que as

ferramentas estejam limpas, protegidas do sol e da umidade, guardadas em local que facilite

seu uso e sempre em condições de uso. Por exemplo, o que poderia acontecer com um piso ou

uma parede que foram feitos com um nível que não estava funcionando bem? A água que era

para ir para o ralo, for para o canto da parede?

Betoneira

A argamassa e o concreto podem ser preparados de três formas:

Manualmente.

Com uso de máquinas na própria obra.

Com a preparação em locais próprios em empresas

especializadas.

A betoneira é um equipamento mecânico

destinado a preparar argamassas e concretos por um

processo mecânico, sendo utilizado em obras de porte

médio, quando se exigem volumes consideráveis de

materiais.

Classificação:

Betoneira de tambor rotativo fixo: conhecidas também de “produção contínua”, pois o

andamento não é interrompido na carga e descarga de argamassa ou concreto. Possuem

caçambas movidas por cabos de aço que permitem o carregamento do tambor em uma de

suas bocas.

Betoneira de tambor rotativo móvel: é uma das mais utilizadas, pois permite o deslocamento

fácil do equipamento, sendo possível usar em várias obras ao mesmo tempo.

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Caixa para Agregados

A caixa para agregados é uma caixa em forma retangular, construída em madeira em

formato que obedecem as normas de traços de concreto (quantidade de cada material na

mistura em função de agregado utilizado).

Chave de dobrar ferros

A chave de dobrar ferros é

uma barra de ferro com rebaixo

semicircular na extremidade e que

serve para dobrar ferros na obra,

havendo uma medida de chave

para cada bitola de ferro.

Desempenadeira

As desempenadeiras são ferramentas usadas no acabamento para estender e

desempenar os revestimentos das paredes, pisos e tetos, havendo um tipo especial para cada

uso ou trabalho.

Classificação:

a) Desempenadeira de madeira.

b) Desempenadeira de feltro.

c) Desempenadeira de aço.

d) Desempenadeiras especiais.

Colher de Pedreiro

A colher de pedreiro é sem dúvida a ferramenta mais

usada pelo pedreiro. Ela é formada por uma folha de aço em forma

de triângulo ou trapezoidal, com um pescoço de ferro que termina

em um cabo de madeira.

A colher de pedreiro pode ser classificada de acordo com

o seu formato: ponta redonda, retangular e triangular. Cada

pedreiro, para cada serviço, usa o tipo de colher que mais se

20

adapta a ele, e em geral as colheres variam em questão de espessura da folha, pela posição do

pescoço e pelo formato do cabo. Seu uso se aplica na construção de paredes, pisos, revesti-

mentos, entre outras.

Esquadro de Pedreiro

Esquadro de pedreiro é uma

ferramenta constituída de dois braços ou

lados geralmente metálicos, empregados

para comprovar e traçar ângulos de 90

graus(ângulos retos).

Linha

A linha é uma corda, geralmente fina feita de nylon, que é

usada para alinhamento de paredes, pisos e quase todos os elemen-

tos da construção. É bastante usado no controle de alinhamento,

sendo seu uso aplicado nas demarcações, para estabelecer os eixos. São encontradas em

vários diâmetros (espessuras).

Machadinha

Machadinha é uma ferramenta de corte, usada principal-

mente para fazer cortar, desbastar e fazer pontas em madeiras.

Ela é composta de um cabo de madeira e um corpo de aço, com

um extremo acabado em forma de fio e outro com uma cabeça

para golpear, dotadas de

orelhas, podendo ser usada

para retirar pregos.

Mangueira Plástica

A mangueira plástica é um tubo fabricado em plástico

transparente, contendo um material especial que permite a

sua flexibilidade. Na construção é utilizada para determinar

pontos de mesmo nível e a transparência permite a visibilida-

21

de da água dentro do tubo. É considerado como uns melhores instrumentos de nivelamento

usados manualmente.

Martelo

O martelo é uma ferramenta de

precisão muito usada nas obras. Sua

principal aplicação é de pregar, ou seja,

introduzir o prego na madeira. Além

disso, dependendo do tipo, pode servir

de alavanca para despregar, bater

direta ou indiretamente nas peças de

montagem ou cortar tijolos.

É composto de duas partes principais: o corpo de aço e o cabo de madeira. Os mais

usados pelo pedreiro sãos os de tipo de “unha” e os de “corte”.

Metro articulado

É uma escala de madeira ou de

alumínio que tem uma face marcada em

centímetros e a outra em polegadas. É

utilizado para medições nas construções

de paredes, recordes de madeira, etc.

Trena

É um instrumento de medição, com a mesma finalidade do metro articulado, constituído

de uma fita de aço, fibra ou tecido, graduada em

uma ou ambas as faces, em centímetros ou

polegadas, ou ambas, ao longo do seu comprimen-

to, com traços transversais. Em geral a fita está

acoplada a um estojo ou suporte dotado de um

mecanismo que permite recolher a fita de modo

manual ou automático, esse mecanismo pode ser

dotado de trava ou não.

22

Nível de Bolha

O nível é uma ferramenta de

grande utilidade, usado principal-

mente para a verificação de alinha-

mento vertical e horizontal das

superfícies que constituem uma

obra. O nível de bolha tem formato

retangular, sendo constituído de

metal ou madeira, com dimensões variáveis com ampolas graduadas contendo água ou álcool,

e ar no seu interior.

LEITURA DE INSTRUMENTOS

Uso do metro

Para entender a escala em

centímetros do metro articulado, ele

possui as referências numeradas

seqüencialmente (1, 2, 3, 4,...), estando

cada centímetro (cm) dividido em 10

partes, cada uma delas denominada

milímetro(mm), conforme a figura a

seguir:

Para a parte da escala em polegadas, a figura a seguir mostra as subdivisões em

meios, quartos, oitavos e dezesseis avos.

Como medir

Usando o metro articulado

Para medir um comprimento, é

necessário fazer coincidir o zero da

escala, ou seja, o inicio do metro

articulado, com uma das extremidades

do comprimento que se deseja medir. O

23

traço que coincidir com a outra extremidade é a indicação da medida procurada.

Usando a trena

De maneira similar ao metro articulado, o uso da trena é usada para fazer medições de

distâncias, o que difere que a trena possui em sua extremidade uma pequena chapa metálica

dobrada em um ângulo de 90 graus, que serve para encostar na superfície, por exemplo

paredes, ou em alguns casos, essa chapa metálica possui pequenos imãs que facilitem a

medição de ambientes com metais.

Usando o esquadro

O esquadro é usado para comprovar e traçar

ângulos de 90 graus. Sendo bastante usado na

madeira, pois os cortes devem ser retos e no esquadro.

No primeiro uso, ou quando necessário é

interessante comprovar se o esquadro está correto,

pois um esquadro errado pode comprometer drastica-

mente o serviço.

Maneira simples de verificar se um esquadro

está correto:

Sobre uma mesa ou uma tábua de lado reto, coloca-

se o esquadro e traça-se um risco com o lápis.

Gira-se o esquadro em 180 graus sobre o risco e,

mantendo o lado guia da peça, verifica-se se o traço

anterior coincide com o novo traço. Se os traços

coincidirem, o esquadro está preciso.

Como prolongar o esquadro

O esquadro não é uma ferramenta para fazer grandes linhas, mas existe casos que é

necessário fazer linhas maiores que o comprimento do esquadro. Deve-se tomar um cuidado

em especial nessa parte, sendo bastante preciso, pois qualquer diferença aumenta progressi-

vamente com a distância.

O prolongamento pode ser possível da seguinte forma:

24

1. Coloca-se um lado do esquadro perfeitamente paralelo ou em linha com a guia.

2. Coloca-se uma linha perfeitamente paralela ou alinhada com o outro lado do esquadro.

Com isso obteremos entre o cruzamento das linhas, ângulos retos, ou seja, ângulos de

90 graus.

Construção de um esquadro de madeira

O esquadro metálico está sendo adotado pelos pedreiros, quase nem compensa usar o

de madeira. De qualquer forma, é interessante ver

como construir um esquadro de madeira.

Os passos são:

1. Coloque, com cuidado, uma régua em posição de

nível e a outra a prumo, conforme a figura abaixo,

elas formam um esquadro.

2. Corte 3 sarrafos aparelhados de 5 cm, nas medidas

seguintes:

A = 65 cm B = 55 cm C = 60 cm

3. Na face interna dos sarrafos, depois de descontar a largura dos mesmos, marque as medidas

seguintes: em A 40 cm, em B 30 cm e em C 50 com (deixando 5 cm em cada extremidade).

4. Ajuste os sarrafos, como aparecem na figura abaixo e serrre e pregue como aparecem no

desenho. Confira com um esquadro de

metal de precisão.

5. Verifique o esquadro de sua desempenadei-

ra, colocando-a sobre o esquadro de

madeira, conforme a figura ao lado.

6. Faça o exercício, esticando linhas e colocan-

do-as em esquadro. Ao esquadrejar as

linhas não force com o esquadro. Deixe que

elas encostem levemente no esquadro.

25

Tirando o nível usando mangueira de nível

Essa técnica consiste de marcar pontos de níveis, pontos

de mesma altura, com auxílio de uma mangueira de plástico

transparente, cheia de água, seguindo o princípio dos vasos

comunicantes. É bastante usada nas obras, pois proporciona

condições de estabelecer pontos de níveis distantes.

Como fazer:

Preparar a mangueira, se necessário, desenrole a mangueira.

Encha de água potável a mangueira, usando um balde com

água e podendo ser usada para sucção da água, colocando no

bico de uma torneira.

Verificar se a superfície da água dos dois extremos da

mangueira está na mesma altura.

Conduzir a mangueira até o local do nivelamento, não se esquecendo de tampar os extremos

da mangueira com os polegares, evitando assim que água fuja e impedir a entrada de ar.

Iniciar a operação de nivelamento, devendo contar nesse momento com a ajuda de outra

pessoa (um servente, ou um outro pedreiro).

Determinar um ponto inicial de referência numa parede, ponto este que facilite o atendimento

as condições do projeto e colocando numa altura que atenda a execução do nivelamento

Marcar com o lápis ou giz, um traço horizontal no ponto determinado. Geralmente para

facilitar a identificação do traço, coloca-se um símbolo abaixo.

Coloca-se uma das pontas da mangueira sobre o ponto inicial, segura pelo ajudante,

mantendo ainda fechado o orifício da mangueira. A superfície da água deve estar bem

próxima da marca, ficando o outro extremo também fechado pelo operador.

Conduzir a outra ponta para o segundo local onde deverá ser marcado o ponto de nível, que

deverá ser escolhido, antes de iniciar o trabalho. Quando os pontos forem distantes, colocar

pontos intermediários provisórios.

Colocar a outra ponta sobre o local que esteja aproximado da altura do primeiro ponto de

referência.

Destampar a ponta da mangueira e avisar o

ajudante a fazer o mesmo em seu ponto inicial.

Executar o nivelamento

Avisar o ajudante a colocar o nível da superfície

da água na mesma altura do traço inicial.

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ELEMENTOS DA CONSTRUÇÃO

Agregados:

São materiais que constituem grande parte das argamassas e concretos. Tem menor

custo em relação aos outros componentes e dá maior resistência ao desgaste.

São divididos em duas classes:

Naturais ou artificiais;

Miúdos e graúdos;

Leves e pesados;

Exemplos:

Areia: é um agregado miúdo resultante da desagregação das rochas, sendo encontrada nos

rios e riachos, e é uns dos principais componentes de argamassas e concretos. Classificam em

areias finas, médias e grossas. A unidade de medida é o m³ (metro cúbico). Uma areia de

qualidade é aquela sem raízes, barro, óleo ou graxa e outros tipos de sujeira.

Brita: é um agregado graúdo resultante da

trituração das rochas em máquinas chamadas

britadeiras, que após passarem por peneiras

em forma de grade, de vários diâmetros, são

classificadas de acordo com o diâmetro dos

seus grãos em:

Brita 0: menor que 1 cm

Brita 1: de 1 cm e 2,5 cm

Brita 2: de 2,5 e 5,0 cm

Pedra de Mão: de 10,0 a 30,0 cm

É usado principalmente nos concretos.

A brita usada na construção civil deve estar

isenta de sujeiras, sem presença de terra ou

barro, ou mesmo pó de pedra.

27

Adesivos

Os adesivos são substâncias químicas em forma de pó, massa-plástica, pasta, líquido,

com a função de aderir (colar) diversos materiais, da mesma natureza ou de naturezas

diferentes. Na construção civil, são utilizados em materiais cerâmicos, blocos de concreto,

pisos plásticos, etc.

Aglomerantes

Aglomerantes são materiais que unidos aos agregados forma os concretos e argamas-

sas. Recebem o nome também de ligantes, pois dão “liga”, ou seja, propriedade de colar os

agregados.

Exemplos: cimento, cal, gesso.

Cimento: é um aglomerante presente nas argamassas e concretos e tem por finalidade

provocar o endurecimento, resistência e coesão das massas. Existem várias classes e tipos de

cimento e é obtido da pedra calcárea e de outros ingredientes em menor proporção, cozidos em

alta temperatura e posteriormente moídos e depurados. Com o passar dos dias, ele torna-se

mais resistente atingindo a maior resistência aos 28 dias.

É mais comum encontrar os cimentos sendo vendidos em sacos de 50 quilos.

Cuidados com o estoque do cimento na obra:

Proteger da chuva e do contato direto com o solo.

Empilhar no máximo 10 sacos por fileira.

Usar o cimento, de forma que não envelheça na obra.

Propriedades:

Pega: É o fenômeno de endurecimento do cimento. A pega de um bom cimento não deve

começar antes de uma hora e nem terminar antes de dez horas, apartir do amassamento com

água. O tempo de pega é importante pois o cimento que endurece rapidamente não serve para

serviços normais e o que endurece muito devagar prejudica o andamento dos serviços

Estabilidade: É a propriedade que o cimento deve possuir para resistir às forças que tentam

destruí-lo, como por exemplo, os agentes atmosféricos.

28

Resistência: O cimento deve possuir resistência suficiente contra os esforços de tração e

compressão existentes na obra.

Finura: O pó do cimento deve ser fino, porque essa característica influi na pega, na estabilidade

e na resistência.

Cor: A cor do cimento não mostra as qualidades e propriedades do produto mas, uma cor

uniforme em uma remessa representa esmero em sua fabricação.

Tipos de Cimento

1. Cimento Portland Comum (CP I)

a. CP I – Cimento Portland Comum

b. CP I-S – Cimento Portland Comum com Adição

2. Cimento Portland Composto (CP II)

a. CP II-E – Cimento Portland Composto com Escória

b. CP II-Z – Cimento Portland Composto com Pozolana

c. CP II-F – Cimento Portland Composto com Fíler

3. Cimento Portland de Alto-Forno (CP III)

4. Cimento Portland Pozolânico (CP IV)

5. Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)

6. Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)

7. Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)

8. Cimento Portland Branco (CPB)

Cal: usada em pinturas e argamassas, serve como aglomerante ou corante. A cal virgem não é

diretamente empregada, sendo preciso antes ser hidratada para ser utilizada. Geralmente é

vendida em sacos de 20 quilos.

Aditivos

Aditivos são produtos incorporados à argamassa e concreto com a finalidade de

resolver problemas de impermeabilização, proteção e conservação, melhorando a durabilidade

dos materiais, aumentando o seu rendimento, modernizando os trabalhos e reduzindo prazos

dentro das obras.

29

Anotações

NOÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Segurança do trabalho é um conjunto de medidas que são adotadas para minimizar os

acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, como também proteger a integridade e capacida-

de de trabalho do trabalhador.

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho

com a preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador.

Acidente de trabalho é aquele acidente que acontece no exercício do trabalho a serviço

da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda

ou redução permanente ou temporária da capacidade de trabalho.

Geralmente o acidente de trabalho ocorre por duas falhas:

Ato inseguro: é o ato que o trabalhador sabe do perigo da

situação e mesmo assim pratica o ato, por exemplo, subir em

telhado sem usar o cinto de segurança, não usar capacete ou

botas na obra.

Condição Insegura: é a situação no ambiente de trabalho que

oferece perigo ou risco ao trabalhador, por exemplo, instalação

elétrica com fios desencapados ou andaimes feitos com materiais

inadequados ou comprometidos.

Equipamento de proteção individual

Equipamento de proteção individual é todo produto ou dispositivo, de uso individual

utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua

segurança e sua saúde.

Equipamentos de segurança

Os equipamentos de segurança são instrumentos

utilizados pelo pedreiro para proteção de seu corpo, para

segurança de sua vida e de seus colegas. Sua utilização

propicia melhores condições de trabalho.

31

A seguir vamos apresentar os equipamentos mais utilizados, o mínimo necessário,

para que seja de real importância para evitar acidentes.

Botas de segurança

As botas para pedreiro são calçados reforçados,

com pontas protegidas e sola grossa. É segurança contra as

pontas de prego, farpas de madeira e outros objetos

pontudos, além da proteção natural quanto da umidade e do

calor.

Quando o trabalho for em concreto e argamassa, o

pedreiro deverá usar bota de borracha até o joelho, evitando

assim contato com o cimento, cal e umidade.

Luvas de Couro ou bocharra

As luvas de couro protegem as mãos do pedreiro

para trabalhos brutos como carregar tijolos e pedras,

escavando a terra, preparando argamassas, usando

marretas, talhadeiras e ponteiras, etc.

As luvas de borracha já são utilizadas em determina-

dos trabalhos com materiais úmidos e que exigem uma maior

sensibilidade das mãos. A colocação de azulejos é um

exemplo.

Óculos de proteção

A proteção dos olhos quanto a

partículas ou pó de materiais em trabalho é

garantida pelo uso de óculos especiais. A

abertura de paredes, a quebra de pedras,

são exemplos dessa utilização.

32

Capacete

O capacete é proteção do pedreiro contra a

queda de materiais, podendo ser de plástico ou

metálico.

Narizeira

A narizeira ou máscara é um aparelho adapta-

do ao nariz e contém um filtro que protege o operário contra o pó, gases e outras substâncias

nocivas à saúde.

Estojo de Pronto Socorro

O certo é não ocorrer acidentes em seu trabalho. Mas, em necessidade, devemos

sempre ter á mão o estojo de pronto socorro que tem os medicamentos ncessários para o

primeiro atendimento. Tenha sempre à disposição telefones de urgência como pronto socorro,

hospitais e médicos para problemas maiores.

Normas de segurança

Além do uso correto do equipamento de segurança, é importante ter em mente certos

cuidados com materiais e equipamentos, facilitando o seu trabalho e evitando acidentes.

Andaimes

O andaime é um estrado elevado, suportado por uma estrutura provisória, que

possibilita a execução de trabalhos em condições de segurança, a qualquer altura do solo ou de

um piso.

Materiais de Construção

Além dos materiais citados no capítulo de elementos da construção, podemos citar os

seguintes:

Aço: usado nas ferragens de concreto armado, é vendido em barras ou rolos.

Água: a água é utilizada em argamassas e concretos, e para seu uso, ela deve ser limpa,

33

cristalina, livre de sujeira, óleos e graxas, ou seja, água potável. A água é

medida em litros.

Madeira: a madeira possui duas finalidades na construção civil, para uso

temporário, instalação do canteiro de obras, uso em andaimes,

tapumes, escoramentos e fôrmas, e uso definitivo, estruturas de

cobertura, esquadrias, coberturas e acabamentos.

Pregar madeira

Pregar madeira é uma operação manual que consiste em cravar pregos na madeira

com o auxílio do martelo. É muito utilizada pelo pedreiro para montagem de formas para

concretos e andaimes.

Como fazer:

1. Coloque a madeira devidamente apoiada

sobre o cavalete ou bancada.

2. Aponte os pregos na tábua com leves

pancadas de martelo.

3. Martele os pregos com firmeza, força e ritmo.

Segurando o martelo pela extremidade do

cabo.

34

DICAS

A localização dos pregos na tábua deve ser aproximadamente a uma distância do seu bordo

que corresponda mais ou menos ao centro da sua espessura.

Para uma maior eficiência os pregos devem penetrar na madeira ligeiramente inclinados.

Sendo necessário retirar o prego que tenha entortado, use a orelha do martelo (unha)

calçando a ferramenta com um pedaço de madeira com espessura livre do prego. Com isto

evitará grande esforço físico e não forçará o cabo do martelo.

REFERÊNCIAS

ARRUDA FILHO, A. B. de; SILVA, S. L. da; SOUSA, W. P. Cartilha do Pedreiro: Aprendendo e

Construindo. Uneb, maio 2001.

Cimento. org. Folheto Mãos à Obra. Disponível em:

<http://www.cimento.org/index.php?option=com_rokdownloads&view=file&task=download&id

=4%3Amaos-a-obra&Itemid=161>. Acessado em 26/12/2011.

Instituto Universal Brasileiro. Curso de eletrônica básica radio técnico e áudio e televisão.

Padre Reus Cursos & Concursos. Curso de Pedreiro, O sucesso de Bentinho. Ano 2000.

35

Anotações

Anotações

Anotações

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

EMPREENDEDORISMO

EMPREENDEDORISMO

Érica Dias de Paula Santana e Ximena Novais de Morais

Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores© Copyright by 2012 - Editora IFPR

IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁReitor

Prof. Irineu Mario Colombo

Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação

Silvestre Labiak Junior

Organização

Marcos José BarrosCristiane Ribeiro da Silva

Projeto Gráfico e Diagramação

Leonardo Bettinelli

Introdução

Certamente você já ouviu falar sobre empreendedorismo, mas será que você sabe

exatamente o que significa essa palavra, será que você possui as características necessárias

para tornar-se um empreendedor? Esse material busca responder essas e outras perguntas a

respeito desse tema que pode fazer a diferença na sua vida!

No dia 29 de dezembro de 2008 foi promulgada a Lei nº 11.892 que cria a Rede Federal de

Ciência e Tecnologia. Uma das instituições que compõe essa rede é o Instituto Federal do

Paraná, criado a partir da escola técnica da Universidade Federal do Paraná. Você deve estar

se perguntando “O que isso tem a ver com o empreendedorismo?”, não é mesmo? Pois tem

uma relação intrínseca: uma das finalidades desses instituições federais de ensino é estimular o

empreendedorismo e o cooperativismo.

E como o IFPR vai estimular o empreendedorismo e o cooperativismo? Entendemos que a

promoção e o incentivo ao empreendedorismo deve ser tratado com dinamismo e versatilidade,

ou seja, esse é um trabalho que não pode estagnar nunca. Uma das nossas ações, por

exemplo, é a inserção da disciplina de empreendedorismo no currículo dos cursos técnicos

integrados e subsequentes, onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos básicos

sobre empreendedorismo e os primeiros passos necessários para dar início a um

empreendimento na área pessoal, social ou no mercado privado.

Neste material, que servirá como apoio para a disciplina de empreendedorismo e para

cursos ministrados pelo IFPR por programas federais foi desenvolvida de forma didática e

divertida. Aqui vamos acompanhar a vida da família Bonfim, uma família como qualquer outra

que já conhecemos! Apesar de ser composta por pessoas com características muito diversas

entre si, os membros dessa família possuem algo em comum: todos estão prestes a iniciar um

empreendimento diferente em suas vidas. Vamos acompanhar suas dúvidas, dificuldades e

anseios na estruturação de seus projetos e através deles buscaremos salientar questões

bastante comuns relacionadas ao tema de empreendedorismo.

As dúvidas desta família podem ser suas dúvidas também, temos certeza que você vai se

Anotações

identificar com algum integrante! Embarque nessa conosco, vamos conhecer um pouco mais

sobre a família Bonfim e sobre empreendedorismo, tema esse cada vez mais presente na vida

dos brasileiros!

Sumário

HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO..........................................................................................................7

TRAÇANDO O PERFIL EMPREENDEDOR.....................................................................................................8

PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ...............................................................................12

ANÁLISE DE MERCADO ...............................................................................................................................14

PLANO DE MARKETING ...............................................................................................................................15

PLANO OPERACIONAL ................................................................................................................................17

PLANO FINANCEIRO....................................................................................................................................18

EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO .................................................................................21

INTRAEMPREENDEDORISMO ....................................................................................................................23

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................25

Anotações

HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO

Antes de apresentá-los a família Bonfim, vamos conhecer um pouco da história do

empreendedorismo?

Você deve conhecer uma pessoa extremamente determinada, que depois de enfrentar

muitas dificuldades conseguiu alcançar um objetivo. Quando estudamos a história do Brasil e

do mundo frequentemente nos deparamos com histórias de superação humana e tecnológica.

Pessoas empreendedoras sempre existiram, mas não eram definidas com esse termo.

Os primeiros registros da utilização da palavra empreendedor datam dos séculos XVII e

XVIII. O termo era utilizado para definir pessoas que tinham como característica a ousadia e a

capacidade de realizar movimentos financeiros com o propósito de estimular o crescimento

econômico por intermédio de atitudes criativas.

Joseph Schumpeter, um dos economistas mais importantes do século XX, define o

empreendedor como uma pessoas versátil, que possui as habilidades técnicas para produzir e

a capacidade de capitalizar ao reunir recursos financeiros, organizar operações internas e

realizar vendas.

É notável que o desenvolvimento econômico e social de uma país se dá através de

empreendedores. São os empreendedores os indivíduos capazes de identificar e criar oportuni-

dades e transformar ideias criativas em negócios lucrativos e soluções e projetos inovadores

para questões sociais e comunitárias.

O movimento empreendedor começou a ganhar força no Brasil durante a abertura de

mercado que transcorreu na década de 90. A importação de uma variedade cada vez maior de

produtos provocou uma significativa mudança na economia e as empresas brasileiras precisa-

ram se reestruturar para manterem-se competitivas. Com uma série de reformas do Estado, a

expansão das empresas brasileiras se acelerou, acarretando o surgimento de novos empreen-

dimentos e trazendo luz à questão da formação do empreendedor.íngua e linguagem e sua

importância na leitura e produção de textos do nosso cotidiano.

Perfil dos integrantes da família Bonfim

Felisberto Bonfim: O pai da família, tem 40 anos de idade. Trabalha há 20 anos na mesma

empresa, mas sempre teve vontade de investir em algo próprio.

Pedro Bonfim: O filho mais novo tem 15 anos e faz o curso de técnico em informática no IFPR.

Altamente integrado às novas tecnologias, não consegue imaginar uma vida desconectada.

Clara Bonfim: A primogênita da família tem 18 anos e desde os 14 trabalha em uma ONG de

7

Unidade 1seu bairro que trabalha com crianças em risco social. Determinada, não acredita em projetos

impossíveis.

Serena Bonfim: Casada desde os 19 anos, dedicou seus últimos anos aos cuidados da casa e

da família. Hoje com 38 anos e com os filhos já crescidos, ela quer resgatar antigos sonhos que

ficaram adormecidos, como fazer uma faculdade.

Benvinda Bonfim: A vovó da família tem 60 anos de idade e é famosa por cozinhar muito bem e

por sua hospitalidade.

Todos moram juntos em uma cidade na região metropolitana de Curitiba.

TRAÇANDO O PERFIL EMPREENDEDOR

Muitas pessoas acreditam que é

preciso nascer com características

específicas para ser um empreen-

dedor, mas isso não é verdade,

essas características podem ser

estimuladas e desenvolvidas.

O sr. Felisberto Bonfim é uma

pessoa dedicada ao trabalho e a

família e que embora esteja satis-

feito com a vida que leva nunca

deixou para trás o sonho de abrir o próprio negócio. Há 20 anos atuando em uma única empre-

sa, há quem considere não haver mais tempo para dar um novo rumo à vida. Ele não pensa

assim, ele acredita que é possível sim começar algo novo, ainda que tenha receio de não possu-

ir as características necessárias para empreender. Você concorda com ele, você acha que

ainda há tempo para ele começar?

Responda as questões abaixo. Elas servirão como um instrumento de autoanálise e a

partir das questões procure notar se você tem refletido sobre seus projetos de vida. Se sim, eles

estão bem delineados? O que você considera que está faltando para alcançar seus objetivos?

Preste atenção nas suas respostas e procure também identificar quais características pessoais

você possui que podem ser utilizadas para seu projeto empreendedor e quais delas podem ser

aprimoradas:

a) Como você se imagina daqui há 10 anos?

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b) Em que condições você gostaria de estar daqui há 10 anos?

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c) Quais pontos fortes você acredita que tem?

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d) Quais pontos fortes seus amigos e familiares afirmam que você tem? Você concorda com

eles?

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e) Para você, quais seus pontos precisam ser melhor trabalhados

_______________________________________________________________________

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f) Na sua opinião, você poderia fazer algo para melhorar ainda mais seus pontos fortes? Como?

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g) Você acha que está tomando as atitudes necessárias para atingir seus objetivos?

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h) O que você acha imprescindível para ter sucesso nos seus objetivos?

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A ousadia é uma característica extremamente importante para quem pretende iniciar

um projeto empreendedor - é necessário estar disposto a correr riscos e buscar novas alternati-

vas, mesmo se outras pessoas disserem que não vai dar certo (o que provavelmente sempre

ocorrerá em algum momento da trajetória). Isso nos leva a uma outra característica muito

importante para um empreendedor, ele precisa ser positivo e confiante, ou seja, precisa acredi-

tar em si e não se deixar abalar pelos comentários negativos. Um empreendedor precisa ser

criativo e inovador, precisa estar antenado ao que está acontecendo no mundo e estar atento às

necessidades do mercado e da comunidade, precisa ser organizado e manter o foco dos seus

objetivos.

Você já ouviu falar do pipoqueiro Valdir? Valdir Novaki tem 41 e nasceu em São Mateus

do Sul-PR, é casado e tem 1 filho. Durante a adolescência trabalhou como boia fria. Mora em

Curitiba desde 98 e durante muito tempo trabalhou com atendimento ao público em lanchonete

e bancas de jornal. Parece uma história corriqueira, mas o que Valdir tem de tão especial? Valdir

conquistou a oportunidade de vender pipoca em carrinho no centro da cidade de Curitiba, mas

decidiu que não seria um pipoqueiro qualquer, queria ser o melhor. Em seu carrinho ele mantem

uma série de atitudes que o diferenciam dos demais. Além de ser é extremamente cuidadoso

com a higiene do carrinho, Valdir preocupa-se com a higiene do cliente também, oferecendo

álcool gel 70% para que o cliente higienize suas mão antes de comer a pipoca e junto com a

pipoca entrega um kit higiene contendo um palito de dentes, uma bala e um guardanapo. Ele

também possui um cartão fidelidade, onde o cliente depois de comprar cinco pipocas no carri-

nho ganha outro de graça. Pequenas atitudes destacaram esse pipoqueiro e hoje, além de

possuir uma clientela fiel, faz uma série de palestras por todo o país, sendo reconhecido como

um empreendedor de sucesso. A simpatia com que atende a seus clientes faz toda a diferença,

as pessoas gostam de receber um tratamento especial.

10

Conheça mais sobre o pipoqueiro Valdir em:

<http://www.youtube.com/watch?v=vsAJHv11GLc>.

Há quem julgue que o papel que ocupam profissionalmente é muito insignificante, mas

não é verdade, basta criatividade e vontade de fazer o melhor. Toda atividade tem sua importân-

cia! Falando em criatividade, vamos estimulá-la um pouco?

1)Já pensou em procurar novas utilidades para os objetos do dia a dia? Como assim? Pense

em algum material que você utiliza em seu trabalho ou em casa e em como você poderia

utilizá-lo para outra finalidade diferente da sua original. Lembre-se que nem sempre dispo-

mos de todos os instrumentos necessários para realizar uma determinada atividade. Nesses

momentos precisamos fazer da criatividade nossa maior aliada para realizar as adaptações

necessárias para alcançar o êxito em nossas ações!

2)Agora vamos fazer ao contrário, pense em uma atividade do seu dia que você não gosta ou

tem dificuldade de fazer. Pensou? Então imagine uma alternativa para torná-la fácil e rápida,

pode ser mesmo uma nova invenção!

E aí? Viu como a imaginação pode ser estimulada? Habitue-se a fazer as mesmas

coisas de formas diferentes: fazer novos caminhos para chegar ao mesmo lugar, conversar com

pessoas diferentes e dar um novo tom a sua rotina são formas de estimular o cérebro a encon-

trar soluções criativas. Como vimos, a inovação e a criatividade é extremamente importante

para um empreendedor, por isso nunca deixe de estimular seu cérebro! Leia bastante, faça

pesquisas na área que você pretende investir e procure enxergar o mundo ao redor com um

olhar diferenciado!

Refletindo muito sobre a possibilidade de abrir seu próprio negócio, o pai da família

procurou em primeiro lugar realizar uma autoanálise. Consciente de seus pontos fortes e fracos,

ele agora se sente mais seguro para dar o próximo passo: planeja. Antes de tomar alguma

decisão importante em sua vida, siga o exemplo do sr. Felisberto!

11

PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES

Planejar é palavra de ordem em

todos os aspectos de nossa vida,

você concorda? Quando quere-

mos fazer uma viagem, comprar

uma casa ou um carro, se não

realizarmos um planejamento

adequado certamente corremos o

risco de perder tempo e dinheiro

ou, ainda pior, sequer poderemos

alcançar nosso objetivo.

Para começar um empreendimento não é diferente, é necessário definir claramente

nossos objetivos e traçar os passos necessários para alcançá-los. Para operacionalizar a etapa

de planejamento, o Plano de Negócios é uma ferramenta obrigatória.

O plano de negócios caracteriza-se como uma ferramenta empresarial que objetiva

averiguar a viabilidade de implantação de uma nova empresa. Depois de pronto, o empreende-

dor será capaz de dimensionar a viabilidade ou não do investimento. O plano de negócios é

instrumento fundamental para quem tem intenção de começar um novo empreendimento, é ele

que vai conter todas as informações importantes relativas a todos os aspectos do empreendi-

mento.

Vamos acompanhar mais detalhadamente os fatores que compõem um Plano de

Negócios.

Elaboração de um Plano de Negócio

1. Sumário executivo

É um resumo contendo os pontos mais importantes do Plano de Negócio, não deve ser

extenso e muito embora apareça como primeiro item do Plano ele deve ser escrito por último.

Nele você deve colocar informações como:

Definição do negócio

O que é o negócio, seus principais produtos e serviços, público-alvo, previsão de

faturamento, localização da empresa e outros aspectos que achar importante para garantir a

12

viabilidade do negócio.

Dados do empreendedor e do empreendimento

Aqui você deve colocar seus dados pessoais e de sua empresa tal como nome, endere-

ço, contatos. Também deverá constar sua experiência profissional e suas características

pessoais, permitindo que quem leia seu Plano de Negócios, como um gerente de banco para o

qual você pediu empréstimo, por exemplo, possa avaliar se você terá condições de encaminhar

seu negócio de maneira eficiente.

Missão da empresa

A missão deve ser definida em uma ou no máximo duas frases e deve definir o papel

desempenhado pela sua empresa.

Setor em que a empresa atuará

Você deverá definir em qual setor de produção sua empresa atuará: indústria, comér-

cio, prestação de serviços, agroindústria etc..

Forma Jurídica

Você deve explicitar a forma como sua empresa irá se constituir formalmente. Uma

microempresa, por exemplo, é uma forma jurídica diversa de uma empresa de pequeno porte.

Enquadramento tributário

É necessário realizar um estudo para descobrir qual a melhor opção para o recolhimen-

to dos impostos nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal.

Capital Social

O capital social é constituído pelos recursos (financeiros, materiais e imateriais) dispo-

nibilizados pelos sócios para constituição da empresa. É importante também descrever qual a

fonte de recursos

13

DICA: Tenha muito cuidado na hora de escolher seus sócios, é essencial que eles tenham os

mesmos objetivos e a mesma disponibilidade que você para se dedicar ao negócio, se vocês

não estiverem bastante afinados há um risco muito grande de enfrentarem sérios problemas

na consecução do empreendimento.

Diferencial: saliente o diferencial do seu produto ou serviço, ou seja, por qual razão os

consumidores irão escolher você ao invés de outro produto ou serviço.

ANÁLISE DE MERCADO

Clientes

Esse aspecto do seu Plano de Negócio é extremamente importantes, afinal é nele que

será definindo quais são os seus clientes e como eles serão atraídos. Comece identificando-os:

Quem são?

Idade?

Homens, mulheres, famílias, crianças?

Nível de instrução?

Ou ainda, se forem pessoas jurídicas:

Em que ramo atuam?

Porte?

Há quanto tempo atuam no mercado?

É importante que você identifique os hábitos, preferências e necessidades de seus

clientes a fim de estar pronto para atendê-los plenamente e para que eles possam tê-lo como

primeira opção na hora de procurar o produto/serviço que você oferece. Faça um levantamento

sobre quais aspectos seus possíveis clientes valorizam na hora de escolher um produ-

to/serviço, isso vai ser importante para você fazer as escolhas corretas no âmbito do seu empre-

endimento. Saber onde eles estão também é importante, estar próximo a seus clientes vai

facilitar muitos aspectos.

14

Concorrentes

Conhecer seus concorrentes, isto é, as empresas que atuam no mesmo ramo que a

sua, é muito importante porque vai te oferecer uma perspectiva mais ampla e realista de como

encaminhar seu negócio. Analisar o atendimento, a qualidade dos materiais utilizados, as

facilidades de pagamento e garantias oferecidas, irão ajudá-lo a responder algumas perguntas

importantes: Você tem condições de competir com tudo o que é oferecido pelos seus concorren-

tes? Qual vai ser o seu diferencial? As pessoas deixariam de ir comprar em outros lugares para

comprar no seu estabelecimento? Por quê? Em caso negativo, por que não?

Mas não esqueça de um aspecto muito importante: seus concorrentes devem ser visto

como fator favorável, afinal eles servirão como parâmetro para sua atividade e podem até

mesmo tornar-se parceiros na busca da melhoria da qualidade dos serviços e produtos oferta-

dos.

Fornecedores

Liste todos os insumos que você utilizará em seu negócio e busque fornecedores. Para

cada tipo de produto, pesquise pelo menos três empresas diferentes. Faça pesquisas na inter-

net, telefonemas e, se possível, visite pessoalmente seus fornecedores. Certifique-se de que

cada fornecedor será capaz de fornecer o material na quantidade e no prazo que você precisa,

analise as formas de pagamento e veja se elas serão interessantes para você. Mesmo após a

escolha um fornecedor é importante ter uma segunda opção, um fornecedor com o qual você

manterá contato e comprará ocasionalmente, pois no caso de acontecer algum problema com

seu principal fornecedor, você poderá contar com uma segunda alternativa. Lembre-se, seus

fornecedores também são seus parceiros, manter uma relação de confiança e respeito com

eles é muito importante. Evite intermediários sempre que possível, o ideal é comprar direto do

produtor ou da indústria, isso facilita, acelera e barateia o processo.

PLANO DE MARKETING

Descrição

Aqui você deve descrever seus produto/serviço. Especifique tamanhos, cores, sabo-

res, embalagens, marcas entre outros pontos relevantes. Faça uma apresentação de seu

produto/serviço de maneira que possa se tornar atraente ao seu cliente. Verifique se há exigên-

cias oficiais a serem atendidas para fornecimento do seu produto/serviço e certifique-se que

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segue todas as orientações corretamente.

Preço

Para determinar o preço do seu produto/serviço você precisa considerar o custo TOTAL

para produzi-lo e ainda o seu lucro. É preciso saber quanto o cliente está disposto a pagar pelo

seu produto/serviço verificando quanto ele está pagando em outros lugares e se ele estaria

disposto a pagar a mais pelo seu diferencial.

Divulgação

É essencial que você seja conhecido, que seus clientes em potencial saibam onde você

está e o que está fazendo, por isso invista em mídias de divulgação. Considere catálogos,

panfletos, feiras, revistas especializadas, internet (muito importante) e propagandas em rádio e

TV, analise e veja qual veículo melhor se encaixa na sua necessidade e nos seus recursos

financeiros.

Estrutura de comercialização

Como seus produtos chegarão até seus clientes? Qual a forma de envio? Não se

esqueça de indicar os canais de distribuição e alcance dos seus produtos/serviços. Você pode

considerar representantes, vendedores internos ou externos, por exemplo. Independente de

sua escolha esteja bastante consciente dos aspectos trabalhistas envolvidos. Utilizar instru-

mentos como o telemarketing e vendas pela internet também devem ser considerados e podem

se mostrar bastante eficientes.

Localização

A localização do seu negócio está diretamente ligada ao ramo de atividades escolhido

para atuar. O local deve ser de fácil acesso aos seus clientes caso a visita deles no local seja

necessária. É importante saber se o local permite o seu ramo de atividade. Considere todos os

aspectos das instalações, se é de fácil acesso e se trará algum tipo de impeditivo para o desen-

volvimento da sua atividade.

Caso já possua um local disponível, verifique se a atividade escolhida é adequada para

ele, não corra o risco de iniciar um negócio em um local inapropriado apenas porque ele está

disponível. Se for alugar o espaço, certifique-se de é possível desenvolver sua atividade nesse

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local e fique atento a todas as cláusulas do contrato de aluguel.

PLANO OPERACIONAL

Layout

A distribuição dos setores da sua empresa de formas organizada e inteligente vai

permitir que você tenha maior rentabilidade e menor desperdício. A disposição dos elementos

vai depender do tamanho de seu empreendimento e do ramo de atividade exercido. Caso seja

necessário você pode contratar um especialista para ajudá-lo nessa tarefa, mas se não for

possível, por conta própria procure esquematizar a melhor maneira de dispor os elementos

dentro de sua empresa. Pesquise se o seu ramo e atividade exige regulamentações oficiais

sobre layout, preocupe-se com segurança e com a acessibilidade a portadores de deficiência.

Capacidade Produtiva

É importante estimar qual é sua capacidade de produção para não correr o risco de

assumir compromissos que não possa cumprir - lembre-se que é necessário estabelecer uma

relação de confiança entre você e seu cliente. Quando decidir aumentar a capacidade de produ-

ção tenha certeza que isso não afetará a qualidade do seu produto/serviço.

Processos Operacionais

Registre detalhadamente todas as etapas de produção desde a chegada do pedido do

cliente até a entrega do produto/serviço. É importante saber o que é necessário em cada uma

delas, quem será o responsável e qual a etapa seguinte.

Necessidade de Pessoal

Faça uma projeção do pessoal necessário para execução do seu trabalho, quais serão

as formas de contratação e os aspectos trabalhistas envolvidos. É importante estar atento à

qualificação dos profissionais, por isso verifique se será necessário investir em cursos de

capacitação.

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PLANO FINANCEIRO

Investimento total

Aqui você determinará o valor total de recurso a ser investido. O investimento total será

formado pelos investimentos fixos, Capital de giro e Investimentos pré-operacionais.

Agora que você tem uma noção básica de como compor um plano de negócios acesse

a página <http://www.planodenegocios.com.br/www/index.php/plano-de-negocios/outros-

exemplos> e encontre mais informações sobre como elaborar o planejamento financeiro de seu

Plano de Negócio, além de outras informações importantes. Lá você encontrará exemplos de

todas as etapas de um Plano de Negócio.

Faça pesquisas em outros endereços eletrônicos e se preciso, busque o apoio de

consultorias especializadas. O sucesso do seu projeto irá depender do seu empenho em buscar

novos conhecimentos e das parcerias conquistadas para desenvolvê-lo.

Pesquise também por fontes de financiamento em instituições financeiras, buscando

sempre a alternativa que melhor se adequará as suas necessidades. Não tenha pressa, estude

bastante antes de concluir seu plano de negócio. É importante conhecer todos os aspectos do

ramo de atividade que você escolher, valorize sua experiência e suas características pessoais

positivas. Lembre-se que o retorno pode demorar algum tempo, certifique-se que você terá

condições de manter o negócio até que ele dê o retorno planejado. Separe despesas pessoais

de despesas da empresa. Busque sempre estar atualizado, participe de grupos e feiras correla-

tas à sua área de atuação.

Planejar para clarear!

Após buscar auxílio especializada e estudar sobre o assunto, o pai concluiu seu plano

de negócios. A partir dele pôde visualizar com clareza que tem em mãos um projeto viável e até

conseguiu uma fonte de financiamento adequada a sua realidade. Com o valor do financiamen-

to investirá na estrutura de seu empreendimento que será lançado em breve.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Que bolo maravilhoso! Você é uma ótima anfitriã. Eu quero a receita desse quindim! A senhora já pensou em vender seus quitutes?

Eu? Não, imagine, eu não tenho capacidade para isso!

18

Será mesmo que a dona Benvinda não tem capacidade para empreender?

Vamos analisar a situação: a vovó é muito conhecida no seu bairro e é admirada pela sua

simpatia. Seus quitutes são conhecidos por todos e não é a primeira vez que alguém sugere que

ela comece a vendê-los. À primeira vista, o cenário parece ser favorável para que ela inicie seu

empreendimento: ela tem uma provável clientela interessada e que confia e anseia por seus

serviços.

Ao conversar com a família, é incentivada por todos. Com a ajuda dos seus netos, a

vovó vai atrás de informações e descobre que se enquadra nos requisitos para ser registrada

como microempreendedora individual.

Você conhece os requisitos para se tornar um microempreendedor individual?

A Lei Complementar 128/2008 criou a figura do Microempreendedor Individual – MEI,

com vigência a partir de 01.07.2009. É uma possibilidade de profissionais que atuam por conta

própria terem seu trabalho legalizado e passem a atuar como pequenos empresários.

Para se enquadrar como microempreendedor individual, o valor de faturamento anual

do empreendimento deve ser de até 60 mil reais. Não é permitida a inscrição como MEI de

pessoa que possua participação como sócio ou titular de alguma empresa.

O MEI possui algumas condições específicas que favorecem a sua legalização. A

formalização pode ser feita de forma gratuita no próprio Portal do Empreendedor. O cadastro

como MEI possibilita a obtenção imediata do CNPJ e do número de inscrição na Junta

Comercial, sem a necessidade de encaminhar quaisquer documentos previamente. Algumas

empresas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional estão habilitadas a realizar também

a formalização.

Custos

Há alguns custos após a formalização. O pagamento dos custos especificados abaixo é

feito através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional, que pode ser gerado online :

5% de salário mínimo vigente para a Previdência.

Se a atividade for comércio ou indústria, R$ 1,00 fixo por mês para o Estado.

Se a atividade for prestação de serviços, R$ 5,00 fixos por mês para o Município.

19

Exemplo de atividades reconhecidas para o registro como MEI:

A dona Benvinda se registrou como doceira. São diversas as atividades profissionais

aceitas para o registro como microempreendedor individual. Algumas delas são: Artesão,

azulejista, cabeleireiro, jardineiro, motoboy. Para conhecer todas as atividades, acesse o site

<http://www.portaldoempreendedor.gov.br >.

Todos podem empreender!

Hoje a vovó está registrada como microempreendedora individual e aos poucos sua

clientela está crescendo. Recentemente ela fez um curso para novos empreendedores e já está

com planos de expandir seus serviços nos próximos meses, talvez ela precise até mesmo

contratar um ajudante para poder dar conta das encomendas que não param de aumentar.

O microempreendedor individual tem direito a ter um funcionário que receba exclusivamente

um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional a qual pertença.

Atividade Formativa

Acesse o conteúdo sobre microempreendedor individual no Portal do Empreendedor e

discuta com seus colegas sobre o tema.

Pense em alguém que exerça uma atividade profissional informalmente. Quais vantagens

você apontaria para convencer essa pessoa a realizar seu cadastro como

Microempreendedor Individual?

Pesquise sobre linhas de crédito e incentivo específicas para microempreendedores

individuais no Brasil.

Muitas pessoas acreditam que características empreendedoras já vem de berço: ou se

nasce com elas ou não há nada a ser feito. Pois saiba que é possível através de uma educação

voltada para o empreendedorismo desenvolver características necessárias para o início de um

empreendimento. Esse empreendimento não precisa ser necessariamente um negócio com

Empr

eend

er

20

fins lucrativos, pode ser um um objetivo pessoal, um sonho em qualquer área da sua vida.

A pedagogia empreendedora de Fernando Dolabela afirma que a educação tradicional

a qual somos submetidos nos reprime e faz com que percamos características importantes no

decorrer de nossa trajetória, levando muitas pessoas a crer que não são capazes de empreen-

der. Sua proposta de educação busca romper com esse pensamento e inserir no sistema

educacional aspectos que priorizem a criatividade e a autoconfiança para que quando estas

crianças atingirem a idade adulta possam enxergar a possibilidade de abrir um negócio como

uma alternativa viável.

Não podemos esquecer que é empreendedor, em qualquer área, alguém que tenha

sonhos e busque de alguma forma transformar seu sonho em realidade. O sonho pode ser abrir

um negócio, fazer um curso, aprender uma língua ou mudar a realidade social em que vive. É

inegável que para realizar qualquer um desse itens é essencial estar comprometido com o

trabalho, ser ousado e estar disposto a enfrentar desafios.

O empreendedorismo pode ser aprendido e está relacionado mais a fatores culturais do

que pessoais e consiste em ser capaz de cultivar e manter uma postura e atitudes empreende-

doras.

O Pedro está tendo seu primeiro contato com o empreendedorismo na sala de aula e

eles e seus amigos já estão cheio de ideias. Eles planejam usar os conhecimentos adquiridos

na disciplina e escrever um projeto para dar início a uma empresa júnior na área de informática.

Inspire-se

Certamente você já deve ter ouvido falar da Cacau Show, mas você conhece a história

dessa marca? Você sabia que ela nasceu do sonho de um rapaz que vendia chocolates de porta

em porta em um fusca? Não? Então leia mais em:

<http://www.endeavor.org.br/endeavor_tv/start-up/day1/aprendendo-a-ser-

empreendedor/empreendedorismo-em-todos-os-sentidos> e inspire-se!

EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO

Educação empreendedora

O empreendedor é

aquele que tem como objetivo

maior o lucro financeiro a partir

Que belo trabalho! Moro em outra cidade e gostaria de levar um projeto parecido para lá!

21

de um empreendimento, correto? Não necessariamente! O objetivo maior do empreendedor

social ou comunitário pode ser desde o desenvolvimento social de uma comunidade inteira à

luta pela preservação de uma reserva ambiental.

Vejamos o exemplo da Clara. Desde a sua adolescência ela atua em uma organização

não-governamental que lida com crianças carentes, dando ênfase na emancipação social

dessas crianças através da arte, de esportes e da educação. O projeto, que começou com uma

pequena dimensão, hoje atende não apenas seu bairro, como três outros próximos. É impor-

tante lembrar que o sucesso do projeto dependeu de sujeitos empreendedores, que se compro-

meteram com a causa e, com criatividade e competência foram capazes de expandir o projeto.

Agora com o apoio da Clara e com o espírito empreendedor de mais um grupo, uma nova cidade

será atendida pelo projeto e novas crianças serão beneficiadas!

Vamos conhecer mais sobre empreendimentos sociais e comunitários?

Empreendedorismo Social

O empreendedorismo social ultrapassa a noção de mera filantropia - há espaço aqui

para metas, inovação e planejamento. Muitas organizações não governamentais tem uma

estrutura semelhante a qualquer empresa com fins lucrativos.

A Pastoral da Criança é um exemplo de um empreendimento social de sucesso. Sua

fundadora, a Drª Zilda Arns, aliou sua experiência profissional como médica pediatra e sanitaris-

ta e sua própria sensibilidade para identificar um método simples e eficaz para combater a

mortalidade infantil. Qual foi o ponto inovador do trabalho assumido pela Pastoral da Criança?

Foi confiar às comunidades afetadas pelo problema de mortalidade infantil o papel de multipli-

cadores do saber e de disseminadores da solidariedade.

Empreendedorismo Comunitário

O empreendedorismo comunitário consiste no movimento de organização de grupos e

pessoas com o propósito de alcançar um objetivo comum, fortalecendo uma atividade que, se

realizada individualmente, não seria capaz de alcançar a projeção adequada no mercado. No

Brasil, a economia solidária ascendeu no final do século XX, em reação à exclusão social

sofrida pelos pequenos produtores e prestadores de serviço que não tinham condições de

concorrer com grandes organizações.

Imagine um pequeno produtor de leite em uma região onde atua um grande produtor de

leite. Sozinho, ele não tem condições de concorrer com o grande produtor no mercado ou

22

receber financiamentos para expandir sua produção, por exemplo. Ao se aliar com outros

pequenos produtores, o negócio adquire uma nova dimensão, onde são favorecidos não ape-

nas os produtores, que agora tem condições de levar seu produto ao mercado com segurança e

em nível de igualdade com o outro produtor, mas também todo o arranjo produtivo daquela

região.

Em 2003 foi criada pelo Governo Federal a Secretaria Nacional de Economia Solidária,

que tem a finalidade de fortalecer e divulgar as ações de economia solidária no país, favorecen-

do a geração de trabalho, renda e inclusão social.

Atividade Formativa

Dê um exemplo de uma organização não-governamental. Que trabalho essa organização

realiza? Você acredita que os gestores dessa ONG são empreendedores? Por quê?

Identifique em seu bairro ou cidade uma carência que não foi suprida pelo setor público ou

um trabalho exercido informalmente por algumas pessoas que possa ser fortalecido através

da formação de uma estrutura de cooperativismo. Proponha uma ação que você acredita que

possa transformar a realidade desse grupo.

Você já ouviu falar em sustentabilidade? Dê um exemplo de uma ação sustentável que você

já adota ou que possa ser adotada no seu dia a dia e como essa ação pode afetar positiva-

mente o meio em que você vive.

INTRAEMPREENDEDORISMO

A srª Serena Bonfim há muito tempo mantém o sonho de fazer uma faculdade. Depois

de tantos anos dedicados à família, ela está certa que está na hora de investir mais em si mes-

ma. Além disso, com seu marido prestes a abrir uma empresa, ela está disposta a usar os

conhecimentos adquiridos na graduação para trabalhar diretamente no novo empreendimento

e contribuir com seu desenvolvimento.

Você pode estar pensando: “ E se eu não quiser abrir um negócio, e se eu não quiser ser

23

um empresário?”. Abrir uma empresa é apenas uma alternativa, caso você não tenha intenção

de ter seu próprio negócio você ainda pode ser um empreendedor.

O intraempreendedorismo é quando o empreendedorismo acontece no interior de uma

organização, é quando alguém mesmo não sendo dono ou sócio do negócio mantém uma

postura empreendedora dando sugestões e tendo atitudes que ajudam a empresa a encontrar

soluções inteligentes. Intra empreendedores são profissionais que possuem uma capacidade

diferenciada de analisar cenários, criar ideias, inovar e buscar novas oportunidades para as

empresas e assim ajudam a movimentar a criação de ideias dentro das organizações, mesmo

que de maneira indireta. São profissionais dispostos a se desenvolver em prol da qualidade do

seu trabalho.

A cada dia as empresa preocupam-se mais em contratar colaboradores dispostos a

oferecer um diferencial, pessoas dedicadas que realmente estejam comprometidas com o bom

andamento da empresa. Esse comportamento não traz vantagens somente para a empresa,

mas os funcionários também se beneficiam, na participação dos lucros, por exemplo, vanta-

gens adicionais que as empresas oferecem a fim de manter o funcionário e, principalmente, na

perspectiva de construção de uma carreira sólida e produtiva.

A capacitação contínua, o desenvolvimento da criatividade e da ousadia são caracterís-

ticas presentes na vida de um intraempreendedor.

Vamos analisar se você tem características de um intraempreendedor?

Você gosta do seu trabalho e do ambiente em que trabalha?

Você está sempre atento às novas ideias?

Você gosta de correr riscos e ousar novas ideias?

Você procura soluções em locais incomuns?

Você é persistente e dedicado?

Você mantém ações proativas?

Você busca fazer novas capacitações regularmente?

Caso você não tenha ficado suficientemente satisfeito com as respostas a estas per-

guntas, utilize o espaço abaixo para listar atitudes que podem ajudá-lo a ser um funcionário

intraempreendedor.

O que fazer? Como fazer? Quando fazer?

24

Conclusão

Muitos acreditam que para ser empreendedor é necessário possuir um tipo de vocação

que se manifesta somente para alguns predestinados, mas ao acompanhar a trajetória da

família Bonfim, podemos notar que o sonho de empreender está ao alcance de todos nós. Como

qualquer sonho, esse também exige planejamento e dedicação para que seja concretizado com

sucesso.

Agora que você aprendeu os princípios básicos do empreendedorismo, que tal fazer

como os membros da família Bonfim e investir nos seus sonhos?

REFERÊNCIAS

<http://www.portaldoempreendedor.gov.br>.

<http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/sies.asp>.

<http://www.pastoraldacrianca.org.br>.

<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/cog/v14n1/v14n1a05.pdf>.

<http://www.sobreadministracao.com/intraempreendedorismo-guia-completo>.

<http://www.hsm.com.br/editorias/inovacao/intraempreendedorismo-voce-ja-fez-algo-diferente-hoje>.

<http://www.captaprojetos.com.br/artigos/ResenhaFDsite.pdf>.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro:

Elselvier, 2008. 3ª edição revista e atualizada.

ROSA, C. A. Como elaborar um plano de negócio. Rio de Janeiro: Sebrae, 2007.

DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

25

Anotações

Anotações

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

PLANO DE AÇÃO PROFISSIONAL

Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores© Copyright by 2012 - Editora IFPR

IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

Reitor

Irineu Mario Colombo

Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação

Silvestre Labiak Junior

Organização

Jeyza da Piedade de Campos PinheiroMarcos José Barros

Revisão Ortográfica

Rodrigo Sobrinho

Projeto Gráfico e Diagramação

Leonardo Bettinelli

3

Caro (a) estudante,

O Plano de Ação Individual – PAI será elaborado por você durante sua qualificação profissional nos cursos FIC (Formação Inicial e

Continuada) do PRONATEC – IFPR. O destino desta viagem é apresentado por meio de um roteiro que o ajudará a lembrar e a organizar

informações sobre suas experiências de trabalho e de seus familiares e a planejar a continuidade de seus estudos, incluindo sua formação

escolar e seus planos profissionais.

O PAI é um instrumento que integra os conteúdos dos cursos FIC, devendo ser alimentado com suas ideias, pesquisas,

experiências de trabalho e escolhas pessoais, com o objetivo de orientar e organizar sua trajetória acadêmica.

No decorrer do curso você desenvolverá atividades coletivas e individuais com a orientação do professor em sala de aula, e fará o

registro destas informações, resultados de pesquisas e reflexões do seu cotidiano de forma sistematizada nas fichas que compõem o Plano.

Toda a equipe pedagógica e administrativa contribuirá com você, orientando-o e ajudando-o a sistematizar estes dados. O preenchimento

deste instrumento por você, será um referencial na sua formação e na construção do seu conhecimento, no processo de ensino-

aprendizagem.

Bom estudo!

Anotações

5

Anotações

7

Sumário

Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formação Inicial e continuada – FIC (IFPR/PRONATEC) .........................................10

Ficha 2: Quem sou? ..............................................................................................................................................................................11

Ficha 3: O que eu já sei? .......................................................................................................................................................................12

Ficha 4: Minha trajetória profissional......................................................................................................................................................13

Ficha 5: O que ficou desta etapa do curso?...........................................................................................................................................14

Ficha 6: Resgate histórico da vida profissional da minha família...........................................................................................................15

Ficha 7: Comparando as gerações. .......................................................................................................................................................16

Ficha 8: Refletindo sobre minhas escolhas profissionais.......................................................................................................................17

Ficha 9: Pesquisando sobre outras ocupações do Eixo Tecnológico do curso que estou matriculado no IFPR/PRONATEC. .............18

Ficha 10: Pesquisando as oportunidades de trabalho no cenário profissional. .....................................................................................19

Ficha 11: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................20

Ficha 12: Vamos aprender mais sobre associação de classe. ..............................................................................................................21

Ficha 13: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................22

Ficha 14: O que eu quero? ( hoje eu penso que...)................................................................................................................................23

Ficha 15: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................24

Ficha 16: Planejando minha qualificação profissional............................................................................................................................25

Ficha 17: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................26

Ficha 18: Momento de avaliar como foi o curso ofertado pelo IFPR/PRONATEC.................................................................................27

Referências bibliográficas ...................................................................................................................................................................28

9

Anotações

Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formação Inicial e Continuada – FIC (IFPR/PRONATEC).

No quadro abaixo liste o curso de Formação Inicial e Continuada – FIC, em que você está matriculado no IFPR e as possíveis áreas de

atuação. Solicite ajuda ao seu (ua) professor (a) para o preenchimento:

O que você espera deste curso FIC? Utilize o espaço abaixo para descrever suas expectativas através de um texto breve.

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

Curso Programa que oferta Eixo tecnológico Demandante Áreas de atuação

Ficha 2: Quem sou?

1 – Meu perfil

Nome:

_____________________________________________________________________________________________________________

Quem eu sou? (você poderá escrever ou desenhar se preferir. Por exemplo: o que você gosta de fazer, o que gosta de comer, como você se

diverte?)

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

2 – Documentação (Preencha as informações abaixo e, com a ajuda do (a) Professor (a), descubra a importância destes documentos para

sua vida, enquanto cidadão)

Identidade/Registro Geral ________________________________________________________________________________________

CPF _________________________________________________________________________________________________________

Carteira de trabalho _____________________________________________________________________________________________

PIS/PASEPI/NIT________________________________________________________________________________________________

Titulo de Eleitor ________________________________________________________________________________________________

Outros _______________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

11

3 – Endereço

Rua/número: __________________________________________________________________________________________________

Bairro/complemento: ____________________________________________________________________________________________

Cidade / UF:___________________________________________________________________________________________________

Ficha 3: O que eu já sei?

1 – Escolaridade

Ensino Fundamental séries iniciais :________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo

Ensino Fundamental séries finais _________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo

Ensino Médio: _________________________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo

Graduação: ___________________________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo

Especialização ________________________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo

Cursos que já fiz (cite no máximo cinco) ____________________________________________________( ) incompleto ( ) completo

2 – Cursos que já fiz (cite no máximo cinco)

Curso Instituição Data do Termino do curso Carga horária

Ficha 4: Minha trajetória profissional.

Nome da ocupação

Período em que trabalhou

Vínculo de trabalho

Carga horária diária

Remuneração Como você avalia essas experiências de trabalho

Exemplo: Massagista

01/01/2012 a 31/12/2012

Sem carteira 8 horas 864,50 Aprendi muitas coisas nas rotinas administrativas da empresa

1.

2.

3.

13

Ficha 5: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO

O QUE VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?

Ficha 6: Resgate histórico da vida profissional da minha família.

Neste fichamento é importante você fazer um resgate histórico da sua família identificando em que trabalharam ou trabalham, as pesso-

as da sua família, comparando a situação inicial e a atual de cada indivíduo, outro ponto, que pode vir a ser analisado são as pessoas

com a mesma faixa de idade.

Parentesco Onde nasceu Ocupação Onde reside Ocupação atual Função exercida

Exemplo: Pai Campo largo - PR Servente de obras Campo Largo Pedreiro Mestre de obra

15

Ficha 7: Comparando as gerações.

Você preferir poderá identificar outras pessoas com a mesma faixa etária, conforme o preenchimento da ficha 6.

Ocupação Tipo de vinculo de trabalho com o empregador: carteira assinada, contrato determinado, pagamento por tarefa, outros...

Mãe 1. Ocupação inicial:

2.. Ocupação atual:

Pai 1. Ocupação inicial:

2.. Ocupação atual:

Minhas experiências 1. Ocupação inicial:

2.. Ocupação atual:

Ficha 8: Refletindo sobre minhas escolhas profissionais.

Independente do Eixo Tecnológico e do curso FIC que está cursando, liste 3 ocupações profissionais que você gostaria de exercer e

outras 3 ocupações que não gostaria de exercer.

Ocupação profissional que você já exerceu Por quê?

1.

2.

3.

Ocupação profissional que você gostaria de exercer Por quê?

1.

2.

3.

Ocupação profissional que você não gostaria de exercer Por quê?

1.

2.

3.

17

Ficha 9: Pesquisando sobre outras ocupações do Eixo Tecnológico do curso que estou matriculado no IFPR / PRONATEC.

Eixo Tecnológico:_______________________________________________________________________________________________

Curso: ______________________________________________________________________________________Ano letivo:_________

Solicite ao professor que ele consulte o Guia de cursos PRONATEC no site: <http://www.ifpr.edu.br/pronatec/consultas>. Você encontra-

rá as características gerais dos cursos, os setores onde será possível exercer seu conhecimentos, bem como, recursos, materiais

necessários, requisitos e outros....E com a ajuda do professor e orientação, você poderá realizar entrevistas com profissionais da área, e

até visitas técnicas conforme planejamento do professor do curso.

Cursos: Perfil do profissional(características pessoais, oque faz, onde trabalha, materiais que utiliza)

1

2

3

4

5

6

Ficha 10: Pesquisando as oportunidades de trabalho no cenário profissional.

Com a orientação do professor e ajuda dos colegas visite empresas, estabelecimentos comerciais, agências de emprego públicas e

privadas, bem como, outros locais onde você possa procurar trabalho e deixar seu currículo.

Curso / Ocupação

Onde procurar: empresas, agencias

de emprego, sindicato e outros

Endereço (Comercial/Eletrônico/Telefone)

Possibilidades De Empregabilidade(Quantas vagas

disponíveis)

Remuneração Tipo de contrato (Registro em carteira

, contrato temporário)

Exemplo: Massagista

1) Empresa:Clinica de

Massoterapia J&J

Av. Vereador Toaldo Túlio, nº 47, sala 05Centro - Campo Largo - PR

<http://massoterapiacuritiba.com.br/contato.html>.

1 540,00 Carteira assinada

2) Posto do Sine Rua Tijucas do Sul, 1 - Bairro: CorcovadoCampo Largo - PR - CEP: 81900080 Regional: centro

0 - -

3) Agencias de RHEmpregos RH

Rua Saldanha Marinho, 4833 Centro – Campo Largo/PR 80410-151

2 860,00 Sem registro em carteria

4) Classificados Jornais

<http://www.gazetadopovo.com.br>. 0 - -

19

Ficha 11: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO O QUE VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?

Ficha 12: Vamos aprender mais sobre associação de classe.

Sindicato: o que é, o que faz?

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

Com a orientação do professor em sala de aula, pesquise qual (is) o (s) sindicato (s) que representa (m) a (s) ocupação (ões) que você está

cursando pelo IFPR / PRONATEC.

Ocupação / Curso Nome do Sindicato Endereço

1.

2.

3.

4.

21

Ficha 13: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO O QUE VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?

Ficha 14: O que eu quero? Hoje eu penso que...(você poderá escrever, desenhar ou colar gravuras).

Eu quero continuar meus estudos?

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

Eu quero trabalhar?

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

Eu quero ser?

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

23

Ficha 15: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO O QUE VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?

Ficha 16: Planejando minha qualificação profissional.

Com orientação do professor pesquise sobre instituições públicas ou privadas na sua região que oferecem cursos de qualificação em sua

ocupação (ões) ou na (s) área (s) de seu interesse.

Ocupação Instituição Duração do curso

Horários ofertados

Custo do curso (É gratuito? Se não , quanto vai

custar?)

1.

2.

3.

4.

5.

6.

25

Ficha 17: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO O QUE VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?

Ficha 18: Momento de avaliar como foi o curso ofertado pelo IFPR / PRONATEC.

O que você trouxe de bom? O que ficou de bom pra você? E o que podemos melhorar?

27

Referências bibliográficas

Guia de Estudo: Unidades Formativas I e II Brasília: Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem Urbano, 2012.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. SãoPaulo: Paz e Terra, 1996.

_____. Pedagogia da tolerância. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

PAIN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.

WEISS, M. L. L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 8ª ed. Rio de Janeiro: DP&A,

2001.

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