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Formação litúrgica: Advento e Natal

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Formação litúrgica: Advento e Natal

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SUMÁRIO

I - PRIMEIRA PARTE: Reflexão Litúrgico-Pastoral

1 Introdução Pág. 02

2 Origem histórica Pág. 02

3 Sentido do Advento Pág. 02

4 Espiritualidade do Advento e Natal Pág. 03

5 A novena do Natal Pág. 03

6 Natal - Origem e sentindo teológico Pág. 03

7 As festas e o tempo do Natal Pág. 04

8 O presépio Pág. 04

9 Personagens do Advento Pág. 05

10 Esquema da liturgia do Advento Pág. 06

II - SEGUNDA PARTE: Pistas para as celebrações

11 Propostas litúrgico-pastorais para o Advento e o Natal Pág. 08

1. Retiro sobre o tempo de Advento2. Celebrar o advento durante a semana (nas reuniões e encontros)3. Campanha de oração4. Confraternização da comunidade5. Concursos de talentos6. Coleta e visita a irmãos necessitados7. Ambientação dos espaços físicos8. Videofórum9. Celebrações eucarísticas10. Calendário de Advento 11. Arrependimento e limpeza 12. Equipes de liturgia

12 O canto litúrgico no Ciclo do Natal Pág. 10 1. O CANTO NO ADVENTO

a. Critério na escolha dos cantos (o bom senso em primeiro lugar)b. Ensaio e valorização ritual da celebração c. Instrumentos musicais e animação dos cantos

2. O CANTO NO NATAL 3. EPIFANIA (Manifestação do Senhor)

13 Coroa do Advento e simbolismo das velas Pág. 12a) Origemb) Quanto à forma circular da coroa c) Os ramos verdes

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d) A fita vermelha e) As quatro velasf) O ritual das velas

III - TERCEIRA PARTE: Anexos (poemas, orações e benção) ANEXO 1 – Benção para coroa do advento Pág. 14

ANEXO 2 – Ritual das velas Pág. 15

ANEXO 3 – Cantos da coroa do advento Pág. 17

ANEXO 4 – Sugestões para o IV Domingo do Advento Pág. 18

ANEXO 5 – Bênçãos, orações e poemas. Pág. 19

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PRIMEIRA PARTE

Reflexão Litúrgico-Pastoral 1 - Introdução

A palavra “advento” quer dizer “que está para vir”. O tempo do Advento é para toda

a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus, contando quatro domingos.

Esse tempo tem duas características: as duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam, em especial, à preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. Por isso, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.

2 - Origem histórica

Não pode ser determinada com exatidão quando foi pela primeira vez introduzida

na Igreja a celebração do Advento. Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV, na Gália (atual França) e na Espanha, tinha caráter de jejum, abstinência e duração de seis semanas, como na Quaresma. Esse caráter de penitência servia para a preparação do Natal e se devia à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania.

Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das quatro semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.

3 - Sentido do Advento

Podemos tomar como ponto de partida a palavra “advento”. Esse termo não

significa “espera”, como poderia se supor, mas é a tradução da palavra grega “parusia”, que significa “presença”, ou melhor, “chegada”, quer dizer, presença começada. Na Antiguidade, era usado para designar a presença de um rei ou senhor, ou também do deus ao qual se presta culto e que presenteia seus fiéis no tempo de sua “parusia”, chegada. Ou seja, o Advento significa a presença começada do próprio Deus.

O Advento significa a presença começada do próprio Deus. Por isso, recorda-nos duas coisas: primeiro, que a presença de Deus no mundo já começou, e que Ele já está presente; em segundo lugar, que essa presença de Deus acaba de começar, ainda que não seja total, mas está em processo de crescimento e amadurecimento. Sua presença já começou, e somos nós, os crentes, que, por sua vontade, devemos fazê-lo presente no mundo. É por meio de nossa fé, esperança e amor que ele quer fazer brilhar a luz continuamente na noite do mundo. A luz de Cristo quer iluminar a noite do mundo através

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6 da luz que somos nós; sua presença já iniciada deve seguir crescendo por meio de nós.

A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos

ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referência e fundamento, dispondo-nos a “perder” a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.

4 - Espiritualidade do Advento e Natal

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos,

como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão. Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve,

neste tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo, mas que só se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico neste tempo é “Marana tha”! Vem Senhor Jesus!

O tempo do Advento é tempo de esperança, porque Cristo é a nossa esperança

(1Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a

Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da sua vinda. É necessário que “preparemos o caminho do Senhor” nas nossas próprias vidas, “lutando até o sangue” contra o pecado, por meio de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não

pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, abandonar-se e depender inteiramente de Deus (e não dos bens terrenos), que tem n’Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino

Advento é tempo de voltar-nos para o Deus que nos ama e que está bem perto de

nós. É tempo da fé nas coisas novas, no novo céu e nova terra onde habita a justiça e a paz. É tempo de limpeza e arrependimento, de opção por uma vida saudável em que sobra espaço para a solidariedade, a verdade, a paz e a comunhão. É tempo da construção da esperança e da vida comunitária que rompem os nossos limites e entendimento. É tempo de alegria, de festejar o amor de Deus por nós.

5 - A novena do Natal

A novena do Natal retoma, de forma latino-americana, a tradição de consagrar os últimos dias do advento à imediata preparação do Natal. Celebrada especialmente nas famílias e nos grupos, em solidariedade com os doentes e com os mais pobres, atualiza o gesto de Maria em visita à sua prima Isabel (Lc 1,39-45) e, como elas, oferece e acolhe a salvação e a paz.

A novena de Natal retoma o sentido de ansiosa espera pela vinda do reino e assume, de um modo mais ardoroso, a atitude de vigilância, ajudando-nos a viver em nós mesmos, e a desejar para o mundo e para todo universo, a expectativa de um novo parto da salvação de Deus.

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7 6 – Natal: origem e sentindo teológico

Natal! A palavra que indica a celebração do nascimento do Menino Deus é de origem latina. Natal, em latim natalis, diz respeito ao nascimento. Tanto o evento quanto o lugar do nascimento de uma pessoa.

A notícia mais antiga que se tem da celebração do Natal no dia 25 de dezembro vem de Roma, do ano 336. Na mesma época, Santo Agostinho relata que também, na África, celebrava-se o Natal em data idêntica.

A razão da celebração do Natal no dia 25 de dezembro deve ser buscada nos primeiros séculos do cristianismo. Em Roma, no dia 25 de dezembro, celebrava-se o dia do “Sol Invicto”, uma festa pagã que rendia culto ao deus que venceu as trevas e trouxe a luz.

Para manter os fiéis cristãos afastados do culto pagão, a Igreja deu um novo sentido à festa. Em alusão ao profeta Malaquias, os padres da Igreja relacionaram Cristo com o Sol de Justiça (Ml 3,20). Cristo mesmo disse: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12).

No Natal, celebramos não somente o nascimento de Cristo e nem tampouco a humildade de um Deus que se fez homem. O Natal é, sobretudo, a celebração de nosso nascimento em Deus. Pelo nascimento de Cristo, fomos incorporados à vida de Deus. 7 - As festas e o tempo do Natal

O Natal não é apenas a celebração do aniversário de Jesus, é memória da nossa redenção. Em Jesus, Deus se aproximou do mundo, desposou a nossa humanidade. No dia do Natal, celebramos a humilde presença de Deus na terra, adoramos o “Verbo que se fez carne e habitou entre nós”. É a festa da Divina solidariedade. Na Epifania, conhecida popularmente como festa dos reis magos, celebramos a sua manifestação a todos os povos do mundo. O Batismo de Jesus no Jordão é a sua manifestação, no início da sua missão. Ele, o Servo da simpatia do Pai, destinado a ser luz das nações. É importante resgatar a dimensão pascal do Natal. O presépio, as encenações, os gestos e os cânticos do Natal e da Epifania devem nos ajudar a celebrar a “passagem” solidária de Deus na pobreza da gruta, na manifestação Jesus aos povos, em Belém, e na manifestação a seu povo, no Jordão. O rito da aspersão, especialmente na Festa do Batismo, expressa o nosso mergulho na divindade do Cristo, do mesmo modo como ele mergulhou em nossa humanidade.

8 - O presépio Segundo o evangelista Lucas, “Maria deu à luz seu filho primogênito e, envolvendo-

o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lucas 2,7).

A palavra “presépio” tem sua origem no latim praesepire, que literalmente significa “cercado na frente”. É formada por dois elementos: pelo prefixo prae, que significa “na frente, antes”; e pela palavra sepire, que significa “cercar, envolver”. Ou seja, era um lugar cercado para dar comida e descanso aos animais, hoje conhecido por estábulo ou curral. Isso mesmo: Jesus nasceu num lugar destinado aos animais!

O termo “presépio” apareceu pela primeira vez no século V. O Papa Sisto III (432-440) pediu que fosse construído na Basílica de Santa Maria Maior um relicário para conservação de algumas partes da Gruta de Belém. Desde o século VI, a Basílica também ficou conhecida como “Santa Maria do Presépio”.

A cena que representa o nascimento do Menino Jesus foi sendo criada no decorrer da História. No século V, o presépio era representado apenas com a manjedoura e o Menino, uma vaca e um burro. Certamente era uma referência ao profeta Isaías “O boi conhece o seu possuidor, e o asno, o estábulo do seu dono” (Isaías 3,2). Ao final do século

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8 V, foi acrescentada a estrela de Belém. Na mesma época, também a Virgem Maria foi representada no presépio.

Foi na Idade Média que o presépio se tornou bastante popular. São Francisco de Assis foi o responsável pela popularização do presépio. Em 1223, ao retornar de uma viagem a Roma, informou ao Papa Honório III (1216-1227) sobre seus planos de fazer uma representação artística do Natal. Tendo o projeto aprovado, Francisco foi para Greccio e, nas vésperas do Natal, com a ajuda de amigos, construiu uma gruta, agrupando ao redor da imagem do Menino, as imagens de Maria, de José, dos pastores, em adoração ao Salvador recém-nascido, e ainda do asno e do boi. A partir desse momento, a tradição natalina foi se estendendo por toda a Europa, e de lá para o resto do mundo.

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9 9 - Personagens do Advento a) ISAÍAS

Isaías é o profeta por excelência do tempo da espera; está espantosamente perto,

é entre os nossos, de hoje. Está presente por seu desejo de libertação, desejo do absoluto de Deus; o é na lógica bravura de toda sua vida que é luta e combate; o é até em sua arte literária, na qual nosso século volta a encontrar seu gosto pela imagem desnuda, mas forte até a crueza.

Isaías viveu em uma época de esplendor e prosperidade. Rara vez, os reinos de Judá e Samaria haviam conhecido tal otimismo, e sua posição política lhes permitia sonhos ambiciosos. Sua religiosidade atribuiu a Deus a fortuna política, e a religião esperou d’Ele novos sucessos. Em meio deste frágil paraíso, Isaías ergueu-se valorosamente e cumpriu sua missão: mostrar a seu povo a ruína que o esperava por sua negligência.

É o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio, levava a consolação e a esperança ao povo. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 a 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim, os exilados.

As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos.

b) JOÃO BATISTA

É o último dos profetas e, segundo o próprio Jesus, “mais que um profeta”, “o

maior entre os que nasceram de mulher”, o mensageiro que veio diante d’Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7, 26-28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).

A figura de João Batista, ao ser o precursor do Senhor e apontá-lo como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo. c) MARIA

Não há melhor maneira de se viver o Advento que se unindo a Maria como mãe,

grávida de Jesus, esperando o seu nascimento. Assim como Deus precisou do sim de Maria, hoje, Ele também precisa do nosso sim para poder nascer e se manifestar no mundo; assim como Maria se “preparou” para o nascimento de Jesus, a começar pele renúncia e mudança de seus planos pessoais para sua vida inteira, nós precisamos nos preparar para vivenciar o seu nascimento em nós mesmos e no mundo, também numa disposição de “Faça-se em mim segundo a sua Palavra” (Lc 1,38), permitindo uma conversão do nosso modo de pensar, da nossa mentalidade, do nosso modo de viver, agir, etc. Em Maria, encontramos se realizando a expectativa messiânica de todo o Antigo Testamento.

A partir da segunda parte do Advento, a preponderância da Mãe Imaculada é tão grande, que ela aparece como o centro do Mistério preparado e iniciado. Assim as leituras evangélicas do quarto domingo, estão dedicadas a Maria. E nas missas próprias dos dias 17 a 24, correspondentes às antífonas da Ó, tudo gira ao redor dela. E com razão. d) JOSÉ

Nos textos bíblicos do Advento, destaca-se José, esposo de Maria, o homem justo e

humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de “Filho de Davi”.

José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e

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10 comunhão com Deus. 10 - Esquema da liturgia do Advento

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta

o Glória, para que, na festa do Natal, nós nos unamos aos anjos e entoemos esse hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o Diretório Litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.

As vestes litúrgicas (casula, estola, etc.) são de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, como sinal de conversão em preparação para a festa do Natal, com exceção do terceiro domingo do Advento, o “Domingo da Alegria”, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do libertador que está bem próxima e se refere à segunda leitura que diz: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto” (Fl 4,4).

O Advento começa com as vésperas do domingo mais próximo ao 30 de novembro e termina antes das vésperas do Natal. Os domingos desse tempo se chamam 1º, 2º, 3º e 4º do Advento. Os dias 16 a 24 de dezembro (novena de Natal) tendem a preparar mais especificamente para as festas do Natal.

Podemos distinguir dois períodos: No primeiro deles, que se estende do primeiro domingo do Advento até o dia 16 de

dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia.

No segundo período, que vai de 17 até 24 de dezembro, que se orienta mais diretamente à preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos desses dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus. Com a intenção de fazer sensível essa dupla preparação de espera, a liturgia suprime, durante o Advento, uma série de elementos festivos. Desta forma, na missa, já não rezamos o Glória. Reduz-se a música com instrumentos, os enfeites festivos, as vestes são de cor roxa, a decoração da Igreja é mais sóbria, etc.

Todas essas coisas são uma maneira de expressar tangivelmente que, enquanto dura nosso peregrinar, falta-nos alo para que nosso gozo seja completo. E quem espera é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, haverá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.

Temos quatro semanas nas quais, de domingo a domingo, vamos nos preparando para a vinda do Senhor.

A primeira semana do Advento está centralizada na vinda do Senhor ao final dos tempos. A liturgia nos convida a estar em vigilância, mantendo uma especial atitude de conversão.

A segunda semana nos convida, por meio do Batista, a “preparar os caminhos do Senhor”; isto é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus segue nos chamando, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida.

A terceira semana preanuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor.

A quarta semana, finalmente, fala-nos do advento do Filho de Deus ao mundo. Maria é figura central, e sua espera é modelo e estímulo da nossa espera.

Quanto às leituras das missas dominicais, as primeiras são tomadas de Isaías e dos demais profetas que anunciam a reconciliação de Deus e a vinda do Messias. Nos três primeiros domingos, recolhem-se as grandes esperanças de Israel e, no quarto, as promessas mais diretas do nascimento de Deus. Os salmos responsoriais cantam a salvação

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11 de Deus que vem; são orações pedindo sua vinda e sua graça. As segundas leituras são textos de São Paulo ou das demais cartas apostólicas, que exortam a viver em espera da vinda do Senhor.

São quatro os temas que se apresentam durante o Advento: I Domingo: a vigilância

A vigilância na espera da vinda do Senhor. Durante essa primeira semana, as leituras

bíblicas e a prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados, pois não sabem quando chegará o momento”. É importante que, como uma família, tenhamos um propósito que nos permita avançar no caminho ao Natal; por exemplo, revisando nossas relações familiares. Como resultado, deveremos buscar o perdão de quem ofendemos e dá-lo a quem nos tem ofendido para começar o Advento, vivendo em um ambiente de harmonia e amor familiar. Desde então, isso deverá ser extensivo também aos demais grupos de pessoas com as quais nos relacionamos diariamente, como o colégio, o trabalho, os vizinhos, etc. Essa semana, em família, da mesma forma que em cada comunidade paroquial. II Domingo: a conversão

Podemos destacar, de forma predominante, a pregação de João Batista. Durante

a segunda semana, a liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega”. Qual poderia ser a melhor maneira de preparar esse caminho que busca a reconciliação com Deus? Na semana anterior, nós nos reconciliamos com as pessoas que nos rodeiam; como seguinte passo, a Igreja nos convida a acudir ao sacramento da reconciliação (confissão), que nos devolve a amizade com Deus que havíamos perdido pelo pecado. Acenderemos a segunda vela roxa da coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos vivendo.

Durante essa semana poderíamos buscar, nas diferentes igrejas mais próximas, os

horários de confissões disponíveis, para, quando chegar o Natal, estejamos bem preparados interiormente, unindo-nos a Jesus e aos irmãos na Eucaristia. III Domingo: o testemunho, que Maria

A liturgia do Advento nos convida a recordar a figura de Maria, que se prepara para

ser a Mãe de Jesus e que, além disso, está disposta a ajudar e a servir a todos os que necessitam. O evangelho nos relata a visita da Virgem à sua prima Isabel, e nos convida a repetir como ela: “Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha a visitar-me?”.

Sabemos que Maria está sempre acompanhando os seus filhos na Igreja, pelo que nos

dispomos a viver essa terceira semana do Advento, meditando sobre o papel que a Virgem Maria desempenhou. Propomos que fomentar a devoção à Maria, rezando, em família, o terço. IV Domingo: o anúncio do nascimento de Jesus

As leituras bíblicas e a prédica dirigem seu olhar à disposição da Virgem Maria, diante

do anúncio do nascimento do Filho dela, e nos convidam a “aprender de Maria e aceitar a Cristo que é a Luz do Mundo”. Como já está tão próximo o Natal, nós nos reconciliamos com Deus e com nossos irmãos; agora nos resta somente esperar a grande festa. Como família, devemos viver a harmonia, a fraternidade e a alegria que essa celebração próxima representa. Todos os preparativos para a festa deverão viver-se nesse ambiente, com o firme propósito de aceitar a Jesus nos corações, as famílias e as comunidades.

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SEGUNDA PARTE

Sugestões práticas para a celebração

11 - Propostas litúrgico-pastorais para celebrar o Advento e o Natal

Ao celebrar anualmente a liturgia de Advento, não deveríamos concentrar a nossa atenção apenas celebrações de rotina da comunidade. É preciso pensar o advento no conjunto da nossa ação pastora e vivência de fé.

Seguem algumas sugestões litúrgicas e pastorais:

1. Retiro sobre o tempo de Advento

Preferentemente ao início do tempo litúrgico, realizar um retiro para todos os

membros da pastoral com o fim de obter uma melhor preparação para o Natal. Fortalecer a espiritualidade litúrgica do grupo. 2. Celebrar o advento durante a semana (nas reuniões e encontros) a) Reuniões e encontros: durante o Advento, preparar bem os momentos de oração dos encontros e reuniões dentro da espiritualidade do Advento (orações criativas, usando gestos, símbolos e cantos para vivenciar a espiritualidade do Advento). b) Novena de Natal: estimular a organização de vários grupos de novenas de Natal (preparar uma boa celebração de abertura e encerramento da novena). Confraternização dos participantes da novena. c) Ofício Divino do Avento e Natal: promover a reza do ofício na comunidade. 3. Campanha de oração

Pode-se realizar, ao longo de todo o tempo de Advento, uma campanha de oração com o fim de intensificar a vida de oração necessária para uma adequada preparação para a celebração do Natal.

Podem-se fazer murais com desenhos (quadriculados para serem coloridos) alusivos ao Natal. Também é possível ir preparando o presépio com as orações: maços de palha ou erva, madeiras, etc., podem simbolizar determinados exercícios de oração. 4. Confraternização da comunidade

Os dias mais próximos ao Natal são propícios para realizar alguma celebração natalina. Essa instância é importante para celebrar comunitariamente nossa fé, para fortalecer os laços de comunhão entre os membros e para estreitar vínculos com amigos e familiares, procurando converter essa celebração em uma ocasião de evangelização.

Esta celebração natalina pode ter várias atividades. Por exemplo:

○ Acolhida e oração inicial

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14 ○ Peça de teatro, de bonecos, etc., alusiva ao Natal ○ Apresentação de talentos: poesia, cantos, contos, etc. ○ Liturgia (orações, cantos, gestos e símbolos)○ Grupo de música natalina ○ Chocolate quente (um chá – alguma coisa para partilhar)

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15 5. Concursos de talentos

Pode-se promover o espírito de preparação para o Natal convocando a concursos de distintos talentos: composição de canções, de canções de Natal, de contos, de poesias, de murais, símbolos e desenhos litúrgicos, etc. A celebração natalina poderia ser uma boa ocasião para apresentar alguns desses talentos. 6. Coleta e visita a irmãos necessitados

O tempo de Advento é muito apropriado para acentuar a vivência da caridade e solidariedade com nossos irmãos mais necessitados. Por isso é recomendável organizar uma coleta de mantimentos, roupa e brinquedos com o fim de doá-los a alguma pessoa necessitada e ou entidade assistencial.

Ao término das missas de cada domingo de advento, podem-se repartir caixas de

papelão para que cada família ou pessoa colabore com uma família pobre nesse Natal. Ou deixar uma caixa na frente do atar, para que as pessoas façam doação a cada

celebração (caixa do Natal solidário). Fazer uma decoração na caixa - Organizar uma equipe para cuidar da organização e distribuição do material recebido A visita deve envolver a maior quantidade de gente possível, já que pode ser uma

vivência de uma das dimensões da nossa fé. Não pensar que estamos ajudando-os, estamos nos ajudando a viver em comunidade a prática da caridade. 7. Ambientação dos espaços físicos

É importante que os ambientes físicos estejam devidamente decorados com motivos de Advento e de Natal. Devemos gerar um ambiente que favoreça nossa preparação e espera, nossa vida de silêncio e oração, de encontro fraterno.

Para obter um maior envolvimento das pessoas, poderia ser organizado um concurso de arrumação e decoração por associações e ao interior delas. Também se pode organizar esse concurso, motivando a participação de famílias (é importante acentuar a dimensão comunitária dessa atividade).

Os murais com artigos e desenhos, pôsteres com frases alusivas ao tempo litúrgico do Advento e Natal (por exemplo: podem-se utilizar refrões de cantos do Advento).

Há à disposição algumas liturgias de bênção de símbolos próprios do tempo (coroa, árvore e presépio) que poderiam ser oferecidas aos participantes. 8. Videofórum

A apresentação de algum filme que, em seguida, possa ser comentado pelos participantes pode favorecer a preparação do Natal. Alguns filmes de temas apropriados são: “Contos de Natal” e “O quarto sábio”. 9. Celebrações eucarísticas

Nossas celebrações litúrgicas eucarísticas podem ser enriquecidas por distintos meios:○ Bênção da coroa de Advento (ver Ritual de Bênçãos) ○ O ascender progressivo, semana após semana, das velas da coroa de Advento ○ Rito de inauguração do ano litúrgico, com procissão do Lecionário Dominical ○ Utilização do rito de aspersão de água benta (sobretudo da segunda parte do Advento) ○ Austeridade na decoração da capela: flores, adornos, etc.

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16 ○ Austeridade no uso de instrumentos musicais para alguns cantos da celebração ○ Uso de desenhos de símbolos litúrgicos ○ Colocação, em um lugar visível, de uma cesta para os mantimentos, etc. ○ Motivar a comunidade a ir doando os mantimentos no transcurso do tempo de Advento. ○ Benção do Menino Jesus, para famílias que montam presépio.

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17 10. Calendário de Advento

Nesse quadro da esperança, surgiu, na Alemanha, uma tradição familiar, que visa especialmente a motivar as crianças a esperarem e a compreenderem o ritmo do tempo. As mães, avós, pais e avôs preparam, de várias formas, uma caixinha para cada dia do tempo de Advento. A tradição é colocar em cada caixinha uma mensagem ou tarefas comunitárias, ou uma pequena lembrança, com o intuito de ajudar as crianças a contarem os dias que faltam para o Natal e coordenar a ansiedade delas ao querer ganhar, antes do tempo, os presentes. Esse calendário e suas tarefas disciplina a espera, tornando-a terapêutica e alegre, com conteúdo que conduz com criatividade a expectativa da criança até ao dia do Natal. 11. Arrependimento e limpeza

Já o profeta João Batista chamava o povo para o arrependimento e ao batismo: “Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do céu está perto! [...] e João os batizava no rio Jordão” (Mateus 3,2.6). Não se sabe determinar quando iniciou, mas até hoje, em certas regiões, na época do Advento, as pessoas e famílias fazem uma limpeza interior e externa: avaliam a sua vida e constroem esperanças novas para o futuro e limpam também os seus armários, a casa inteira, os jardins, pintam as casas... etc.

12. Equipes de liturgia

Reuniu e dedicar tempo para preparar bem as celebrações.Estudar e refletir, nas reuniões das equipes de liturgia, algum tema sobre o Advento.

12 - O canto litúrgico no Ciclo do Natal

Nosso ano litúrgico, tempo eterno de Deus que invade nossa vida humana para

eternizá-la, desenvolve-se em torno de duas grandes festas: Páscoa e Natal. O ciclo do Natal e o ciclo da Páscoa, completados com o tempo comum. Esses ciclos constam de três momentos: uma preparação, a celebração da festa e um prolongamento desta.

Vamos considerar esses momentos do mistério pascal que celebramos no Natal:

1. O CANTO NO ADVENTO

Com o Advento, inicia-se um novo ano litúrgico, prepara-se para o Natal, para

a manifestação do Senhor. É o tempo de “gestação”, de preparação próxima para a solenidade do nascimento do Salvador. Tempo de escuta da Palavra, de vigilância atenta, de feliz expectativa pela vinda do Senhor. Esperamos a chegada do Salvador e suplicamos: “Vem, Senhor Jesus!”.

Além de valorizar símbolos e gestos próprios deste tempo (a Palavra, a Coroa do

Advento, a Novena do Natal, o uso da cor própria, celebrações de reconciliação, gestos de solidariedade...), precisamos valorizar o canto na celebração. Como a nossa comunidade canta o Advento? Cantos e instrumentos nas celebrações do Advento:

d. Critério na escolha dos cantos: (o bom senso em primeiro lugar)

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Os cantos e as músicas também são próprios e têm uma função importante, devendo expressar alegria e esperança, inspirados nos textos bíblicos que falam da vinda do Senhor, o Emanuel, Deus conosco. Os salmos responsoriais e a aclamação ao evangelho acompanham o sentido das leituras.

e. Ensaio e valorização ritual da celebração:

Os ministros do canto (cantores e instrumentistas) não podem improvisar, mas devem escolher e preparar bem os cantos que mais estão em sintonia com a Palavra, o Tempo e os momentos rituais, dando destaque ao ato penitencial, ao Santo, à aclamação memorial, ao Cordeiro de Deus, algum refrão orante...

f. Instrumentos musicais e animação dos cantos:

Os instrumentos musicais sejam também silenciados, fazendo um acompanhamento mais suave e discreto. No Advento, não se canta o Glória (Hino de Louvor), porque é tempo marcado pela sobriedade. 2. O CANTO NO NATAL

O maior presente que o Pai nos deu foi seu Filho Jesus, que sendo Deus, fez-se homem, vestindo a fragilidade de um menino. Com o seu nascimento, a salvação entra definitivamente em nossa história, culminando na sua morte e ressurreição. Por isso, no Natal, já celebramos o mistério pascal inteiro. Deus se torna humano para nos divinizar, por isso, no Natal, nossa voz canta emocionada as canções mais ternas, antigas e sempre novas, que falam ao coração. Como a Igreja canta o Natal? - São muitos os símbolos natalinos que expressam o mistério que celebramos (o presépio, o Menino Jesus, luzes e flores, procissões, incenso, sinos, a cor branca, confraternizações...). - O mais importante é a Eucaristia, onde, sempre de novo, a Palavra se faz Carne e habita entre nós. Cantos e instrumentos na celebração do Natal:

a. Os cantos natalinos não são todos apropriados para a Liturgia... Eles devem ter inspiração bíblica, falar do sentido do Natal, estar de acordo com o momento ritual da celebração.

b. Um dos cantos mais importantes neste tempo é o “Glória”, cantado pelos anjos na

noite de Natal. Cantemos a alegria da boa notícia: em Jesus, Deus visita e salva seu povo! O canto do Glória merece uma motivação especial nessa celebração. Canto conhecido que facilite a participação do povo. (Canto de acordo com as orientações litúrgicas)

Considerações sobre o Hino de Louvor O Glória ou Hino de Louvor - Como hino que é, deve ser cantado. É um hino antiquíssimo, que já nos primeiros séculos do cristianismo foi incorporado à liturgia cristã. A Igreja, reunida no Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e dirige louvores e súplicas ao Cordeiro, Jesus Cristo, nosso mediador. É, portanto, um hino cristológico e não trinitário. Pode ser cantado por toda a assembleia ou alternando-a com o coro ou grupo de canto. O texto desse hino não pode ser substituído por outro, porque constitui o rito. Seja, portanto, o do Missal Romano, ou aprovado pela CNBB, que já possui dezenas de melodias. É omitido na Quaresma e no Advento.

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19 Não se trata de qualquer hino de louvor. Nem mesmo os “glórias” cantados por aí (chamados de “glorinhas” por alguns autores), por mais alegres e bonitos que sejam, conseguem atingir a beleza e a profundidade teológica desse hino. O canto do Glória é um canto ritual. Não é um acessório para acompanhar o rito, ele constitui o próprio rito.

c. Quantos aos instrumentos e animação dos cantos, deve se observar a diferenciação dos momentos rituais da celebração. Não se cantam todas as partes com a mesma vibração. Ex.: no ato penitencial e no Salmo, o canto pede mais serenidade para interiorização, não deve estar no mesmo tom da vibração do Glória e da aclamação do Evangelho. Os instrumentistas devem ter esse cuidado ao fazer o acompanhamento deste canto.

3. EPIFANIA (Manifestação do Senhor) O tempo do Natal se prolonga até a Epifania (Manifestação do Senhor) (entre 2 e 8 de janeiro), concentrada na adoração dos magos: “Será manifestada a glória do Senhor e todo o universo verá a salvação de Deus” (Is 40,5). Também é chamada “Festa da Luz”, por ser uma contemplação do Cristo como luz das nações. Com a festa do Batismo (domingo após a Epifania) encerra-se o ciclo do Natal: “Este é meu Filho muito amado. Ouvi-o!” (Mt 3,17). Há um rico simbolismo nessas festas litúrgicas, também muito populares entre nós: sentido de busca, oferta, adoração, luz, bênção das águas, batismo de adultos e muitos outros, deixados à criatividade das equipes. Cantos e instrumentos na celebração da Epifania: Lembrando sempre que os cantos devem expressar o mistério celebrado. “Senhor, que a tua páscoa seja contínua!”. Especial cuidado para não cometer exagero, o canto deve estar em sintonia com o tema celebrado e com as parte do rito da celebração. 13 - A coroa do Advento e simbolismo das velas

a. Origem: a coroa do Advento é um símbolo muito expressivo, usado nesse tempo de preparação e expectativa alegre pela vinda do Senhor no seu Natal. Tem sua origem na Alemanha, onde, nessa época, é inverno rigoroso, com dias sem muita luminosidade, o sol fraco, as noites muito frias. Usada pelos colonos e feita com ramos de pinheiros, única árvore que não perde suas folhas no inverno, enfeitavam-na com flores e velas ou lâmpadas, para iluminar a casa e aquecer do frio, sinal de vida em meio à natureza coberta de neve, onde tudo parecia ter morrido... A ideia foi aos poucos sendo adotada pelos católicos alemães, que começaram a enfeitar suas casas e igrejas. E foram os missionários vindos da Alemanha para o Brasil, no início do século XX, que trouxeram tal costume, hoje cada vez mais presente em nossas comunidades.

b) Quanto à forma circular da coroa, tem o sentido de perfeição, harmonia e infinitude, sem começo nem fim, como Deus é... Quanto a nós, vamos sendo iluminados e aquecidos pela Luz de Cristo, cuja presença salvadora no mundo cresce aos poucos,

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20 até manifestar-se plenamente no Natal. A experiência em nós da LUZ que brilha na escuridão, nos faz também ser luzes de esperança, alegria, justiça, paz e solidariedade aos irmãos, em meio a tantas trevas... Ela simboliza e comunica que naquela Igreja, casa ou qualquer espaço em que ela esteja vivem pessoas que se preparam com alegria para celebrar a vinda de Deus ao mundo, o Natal. c) Os ramos verdes, a coroa de Advento é feita com ramos verdes, geralmente envolvida por uma fita vermelha e nela quatro velas são afixadas. Os ramos, mesmo cortados, permanecem verdes por semanas: comunicam a esperança, uma esperança que leva à perseverança, uma entrega total da vida a Deus. d) A fita vermelha: a cor vermelha na tradição litúrgica está ligada à cor do fogo e do sangue. Simboliza a cor da vida, do amor e, ao mesmo tempo, do derramamento do sangue, sacrifício. A Nova Aliança de Deus com a humanidade foi feita com amor, doação, sacrifício e trouxe a vida plena e eterna. e) As quatro velas: inicialmente ela continha entre 22 a 28 velas, uma para cada dia do tempo de Advento. Devido aos custos, diminuiu-se o número de velas. As velas simbolizam que Jesus Cristo é a luz do mundo. Comunica a alegria da vida que procede de Deus, aquela que vai além dos limites que a vida no mundo impõe. a. A Coroa nos quatros dos Domingos do Advento Na famíliaEm casa, cada família colocará a Coroa do Advento num lugar apropriado, num lugar de encontro da família. Na noite de Domingo, a família reúne-se e acende a vela correspondente à semana que se vai viver do Advento. Sugere-se o seguinte esquema de celebração familiar: 1. Leitura da oração semanal. 2. Acender da vela. 3. Bênção do pai ou da mãe. Na celebração da EucaristiaA Coroa de Advento será colocada no altar. Será o sinal-guia que sintetizará o itinerário de preparação do Natal. As velas serão suficientemente grossas e colocadas junto ao ambão, com alturas diferentes. O ato de acender as velas pode ser colocado no início da Celebração Eucarística, no início da Liturgia da Palavra ou em qualquer outro momento desde que se harmonize com a celebração. Em qualquer caso deve ser um momento que celebra o caminho de espera do Senhor. O acender das velas deve ser acompanhado de uma oração própria e de um canto (o mesmo para os quatro domingos). As velas têm também cada uma um nome: 1. vela da profecia 2. vela de Belém 3. vela dos pastores 4. vela dos anjos.

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TERCEIRA PARTE

ANEXOS - SUGESTÕES Orientações Importantes: Nesta terceira parte, apresentamos alguns subsídios que podem ajudar na realização da celebração. Cabe a equipe de liturgia verificar o que será conveniente e mais celebrativo para a comunidade. É importante combinar antes com o presidente da celebração, para garantir a harmonia no rito celebrativo. Os que se segue são apenas pistas e sugestões, nada obrigatório. ANEXO 1 – BENÇÃO PARA COROA DO ADVENTO a. - Bênção da Coroa do Advento I Presidente: O Senhor seja convosco Povo: Seja também contigo Presidente: Oremos A Terra, Senhor, se alegra nestes dias e a vossa Igreja transborda de alegria diante do vosso Filho, o Senhor, que se aproxima como luz esplendorosa, para iluminar os que jazem nas trevas da ignorância, da dor e do pecado. Nós vos pedimos, Senhor: à medida que cada dia se acrescenta o esplendor desta coroa, com novas luzes, + iluminai-nos com o esplendor d’Aquele que, sendo a Luz do Mundo, veio iluminar todas as trevas. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém. b. - Bênção da Coroa do Advento II Presidente: O nosso auxílio está no nome do Senhor. Povo: Que fez o céu e a terra. Presidente: Senhor nosso Deus, sois o doador de toda bênção e a fonte de todo dom perfeito. Abençoai + esta Coroa em honra do Advento do Cristo, vosso Filho, e dai-nos esperar solícitos a sua vinda. Que ele, ao chegar, nos encontre vigilantes na oração e proclamando o seu louvor. Pelo mesmo Cristo, nosso Senhor. Presidente: O sacerdote asperge com água benta a Coroa e acende a primeira vela. Enquanto acende, pode dizer: Povo: A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera (SI 24,1.3)

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22 Senhor nosso Deus, sois o doador de toda bênção.

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23 ANEXO 2 – RITUAL DAS VELAS

a. - O RITUAL DAS VELAS I Normalmente, as velas da coroa são acesas no início da celebração, após a saudação inicial, ou antes das leituras, estando num lugar apropriado, que não seja sobre o altar, mas próximo ao ambão. Prefira-se material vivo e natural, evitando muito brilho e decorações artificiais, que não condizem com a verdade dos sinais e, muitas vezes, já antecipam o Natal. Em alguns lugares, as velas são todas brancas; já na Áustria, são várias cores: roxo, vermelho, rosa e branco. No Brasil, faz parte da nossa cultura africana e indígena usar velas coloridas. Poucas são as informações sobre o uso e o significado das cores, e não há unanimidade sobre o assunto. Mas a tradição aponta o seguinte: A primeira vela é a do profeta, de cor roxa, porque indica tempo de penitência e conversão. A luz nascente nos conclama a refletir e aprofundar a proximidade do Natal, em que Cristo, Salvador e Luz do Mundo, brilhará para a humanidade. Lembra ainda o perdão concedido a Adão e Eva. A cor roxa nos recorda nossa atitude de vigilância diante da abertura e espera do Senhor que virá. Oração:A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça! A segunda vela é a de Belém, de cor vermelha: a segunda vela nos convida ao desejo de conversão, arrependimento dos nossos pecados e também o compromisso de prepararmos, assim como São João Batista, o caminho do Senhor que virá. Essa vela lembra ainda a fé dos patriarcas e de São João Batista, que anuncia a salvação para todos os povos. Oração:A luz de Cristo, que esperamos neste Advento, enxugue todas as lágrimas, acabe com todas as trevas, consolem quem está triste e encha nossos corações da alegria de preparar sua vinda neste novo ano de graça! A terceira é a vela dos pastores, de cor rosa, ligada ao Domingo da Alegria, sinal da expectativa alegre pela vinda do Salvador. A terceira vela acesa nos convida à alegria e ao júbilo pela aproximação da chegada de Jesus. A cor litúrgica desse dia, o rosa, indica justamente o Domingo da Alegria, onde transborda nosso coração de alegria pela proximidade da chegada do Senhor. Essa vela lembra ainda a alegria celebrada pelo rei Davi e sua promessa que, agora, está se cumprindo em Maria. Oração: “Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está perto!” A quarta vela é a dos anjos, de cor branca, ligada à Virgem Maria, que dará à luz um filho, Jesus Cristo. A quarta vela marca os passos de preparação para acolher o Salvador, nossa expectativa da chegada definitiva da Luz ao mundo. Simboliza ainda nossa fé em Jesus Cristo, que ilumina todo homem que vem a este mundo e também os ensinamentos dos profetas, que anunciaram a chegada do Salvador. Oração:“Céus, deixai cair o orvalho, nuvens, chovei o justo; abra-se a terra, e brote o Salvador!” Rito da vela: O rito pode ser feito da seguinte maneira: uma pessoa entra com a vela acesa

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24 (de preferência uma mulher, grávida), enquanto a comunidade canta o refrão e a primeira estrofe do canto, a cada domingo... ou outro canto apropriado. Benção das velas: o acender das velas, normalmente, é aberto com a bênção das velas, canto e oração própria. Seria também muito próprio fazer, em nossas casas, uma breve oração e acendimento das velas nos domingos que antecedem o Natal. Louvação: também pode ser feita a seguinte louvação, enquanto se coloca a vela na coroa: Bendito sejas, Deus bondoso, pela luz de Cristo, Sol de nossas vidas, a quem esperamos com toda a ternura do coração! b. O RITUAL DAS VELAS II

Oração para cada Domingo do advento 1º Domingo do Advento – A VELA DOS PROFETAS Oração – Deus nosso Pai, ao começar este Advento, queremos acender a primeira vela desta coroa. É um sinal da luz que ilumina a nossa esperança. Queremos que esta vela seja um sinal do nosso permanecer desperto e com os olhos do coração abertos para ler os sinais e vestígios da tua vinda e da tua presença entre nós. Que não deixemos de ver nada do que nos fala de ti. Que não percamos nunca a sensibilidade para sintonizar contigo onde quer que estejas. Cântico 2º Domingo do Advento – A VELA DE BELÉM Oração - Deus nosso Pai, o caminho do Advento que percorremos encheu-se hoje de sonhos e de projetos belos, desses que nos dão ânimo para avançar, mesmo quando estamos cansados. No teu Reino haverá justiça e paz. Faz, Senhor, que ao acender esta segunda vela da Coroa de Advento, possamos ver que esses sonhos se aproximam da nossa realidade. Faz, Senhor, que do mesmo modo que estas velas nos iluminam, os valores do teu Reino iluminem as nossas vidas. Cântico 3º Domingo do Advento – A VELA DOS PASTORES Oração - Senhor, acendemos hoje esta terceira vela. Ela une-se às outras para nos dar uma luz mais poderosa. Desperta-nos, Senhor, do nosso sono e ajuda-nos para que a nossa presença na sociedade seja um sinal de que vens ao nosso encontro, quando fazemos possível que a justiça, a liberdade e a paz sejam as características da vida dos nossos irmãos. Cântico 4º Domingo do Advento – A VELA DOS ANJOS Oração - Agora, Senhor, estão acesas as quatro velas. A luz habita entre nós como o fez um dia, graças a uma mulher simples que ouviu a Palavra de Deus, que confiou nele e o manifestou à humanidade. O Natal está tão perto que quase o podemos tocar. A esperança está tão madura que é quase uma realidade. É aí, Senhor, entre a realidade e a esperança que queremos por os nossos corações como Maria. Que tu os enchas de luz. Luz que reflete

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25 a tua presença no mundo. Cântico

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26 ANEXO 3 – CANTOS DA COROA DO ADVENTO

a ) - UMA VELA ACENDEMOS NESTE MOMENTO 1 - Uma vela acendemos neste momento.

É a primeira vela da coroa do Advento. (bis)

Uma voz que clamava no deserto falou: “Preparai os caminhos do Senhor”. (bis) Vem, vem, Jesus! Vem, vem, Jesus! Que nos ilumine a tua luz! (bis)

1. - Duas velas acendemos neste momento.

É a segunda vela da coroa do Advento. (bis) 2. - Três velas acendemos neste momento.

É a terceira vela da coroa do Advento. (bis) c. - UMA VELA NA COROA ACENDEMOS 1o. Domingo Uma vela, na coroa, acendemos. Toda sombra se esvai com sua luz; vigilantes, o Senhor esperemos: chegou o tempo do Advento de Jesus! Meus irmãos, penitência e oração! Arrumemos nossa casa com alegria! Logo a ela o Senhor vai chegar pelo ventre imaculado de Maria! 2o. Domingo Outra vela, na coroa, acendemos, penitentes, nos caminhos do Senhor. Consolando os aflitos, busquemos novos céus e nova terra, com ardor!

3o. Domingo A terceira vela hoje acendemos e cantamos: “ Alegrai-vos no Senhor!” No deserto, uma voz escutemos: “Praticai a justiça e o amor!”

4o. Domingo Acendemos hoje a última vela, pois tão logo o Emanuel já vai chegar. Com Maria, todos juntos, na espera, “Deus conosco”, pro seu Reino implantar!

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28 ANEXO 4 – SUGESTÕES PARA O IV DOMINGO DO ADVENTO

1. Será oportuno, durante a celebração, em momento apropriado, colocar a

imagem ou figura de Maria e de José no presépio e, no final da celebração, cantar um hino mariano.

2. A cor rosada continua indicando a alegria da espera e da chegada, agora mais

próxima.

3. Valorizar a participação das mães gestantes e de crianças nos vários momentos da celebração.

4. Quem preside a celebração ou uma mulher grávida traz, na procissão de

entrada, a quarta vela do Advento, que deverá ser colocada na coroa do Advento, no momento escolhido e acompanhado por um refrão ou frase bíblica ligada à liturgia da Palavra desse dia.

5. Evangelho poderá ser dialogado ou mesmo encenado. 6. É bom que a resposta às preces seja cantada, assim como a louvação do

Advento (Hinário Litúrgico, p. 73), o Santo e o amém final. 7. Antes da louvação ou abrindo a Oração Eucarística, a comunidade seja

convidada a proclamar as esperanças que animam hoje, a caminhada dos pobres.

8. Dar uma bênção especial para as mães gestantes presentes e, a todo o povo,

a bênção própria do Advento (Missal Romano, p. 519). 9. Lembrar que, no dia 22 de dezembro, recordamos Chico Mendes, defensor do

meio ambiente.

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29 ANEXO 5 – BÊNÇÃOS, ORAÇÕES e POEMAS.

5.1 - BÊNÇÃO À MÃE GESTANTE Nós vos louvamos, Senhor, porque sois o Criador de toda a VIDA. Nós vos louvamos pela vossa SABEDORIA que prepara no ventre da mãeuma primeira casa para o novo ser. Nós vos louvamos, Senhor da VIDA, com o ritmo das batidas do novo coração, com a pulsação da nova vida que vai nascer. E agora, Senhor, abençoai mãe, pai e filho. Que essa criança nasça para tornar este mundo mais humano, mais feliz e santo. Por Cristo, Senhor nosso. Amém. 5.2 - BENÇÃO À FAMÍLIA Senhor Deus, Pai de todos nós, derramai, pelo Vosso Espírito de amor, todas as bênçãos necessárias para a nossa família aqui reunida,para gue cada um de nós cumpra a sua missão, seguindo o Vosso plano de amor para o bem de todos. Senhor, que nossa família assim abençoada.Seja uma verdadeira imagem da Vossa Trindade, na unidade, na ação, e na vida em comum. Amém

(De mãos dadas, façam a oração do Pai-Nosso.) Jesus, Maria e José, iluminai a vida do nosso lar! (Cada qual faça o sinal da cruz com água benta) 5.3 - ADVENTO É TEMPO DE PREPARAÇÃO Edson Ponick Advento é tempo de preparaçãoTempo de abrir caminhos para o Deus criançaÉ estar disposto para ajudar o irmãoE uma irmã encher de esperança Advento é tempo de avaliaçãoDe unir caminhos e acertar estradasÉ tempo certo de pedir perdãoE perdoar seguindo de mãos dadas Advento é tempo de transformaçãoSonhar caminhos para o mundo novoE ver que a luz de Deus é doaçãoE a novidade é para todo o povo

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30 Advento é tempo de decoraçãoFlorir caminhos e aplainar colinasEncher de amor e paz o coraçãoPara espalhar nas noites natalinas 5.4 - ORAÇÃO PARA RENASCER NO NATAL Senhor, Jesus Menino, dá-me a graça de renascer neste Natal. Aspiro nascer do alto, creio, porém, que minha fé ainda é pequena. Reaviva em mim a esperança concreta de tua encarnação, o desejo real de viver teus ensinamentos e a paz de saber que pertenço a ti. Amansa o barro que sou, dá-me uma forma espiritual nova, amolece a secura da minha argila com gotas de água da vida que provém do teu coração. Limpa o meu ser, retira de dentro de mim tudo aquilo que se instalou e fez morada: a falta de perdão, a raiva, o ciúme, o egoísmo... Na casa que sou eu e que ofereço a ti, coloca tua manjedoura no centro de minha alma, senta-te em minha casa, reina em minha existência, governa... Não deixa que o medo, a insegurança e os problemas da vida retirem de meu rosto a serenidade de saber que tu és meu Deus. Da minha vida tu sabes tudo, passado, presente, futuro, tudo te pertence. Neste Natal, quero nascer de novo, ser colocado ao teu lado no presépio de Belém e sentir o amor de ser cuidado pelos olhos atentos de Maria e José. 5.4 - ORAÇÃO DA FAMÍLIA DIANTE DO PRESÉPIO Menino Jesus, Deus que se fez pequeno por nós, diante da cena do teu nascimento, do presépio,

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31 estamos reunidos em família para rezar. Mesmo que fisicamente falte alguém, em espírito somos uma só alma. Olhando Maria, tua Mãe Santíssima, rezamos pelas mulheres da família, que cada uma delas acolha com amor a palavra de Deus, sem medo e sem reservas, que elas lutem pela harmonia e paz em nossa casa. Vendo teu pai adotivo, São José, pedimos, ó Menino Deus, pelos homens desta família, que eles transmitam segurança e proteção, estejam sempre atentos às necessidades mais urgentes, que saibam proteger nossos lares de tudo que não provém de ti. Diante dos pastores e reis magos, pedimos por todos nós, para que saibamos render-te graças, louvar-te sempre em todas as circunstâncias, e que não nos cansemos de procurar-te, mesmo por caminhos difíceis. Menino Jesus, contemplando tua face serena, teu sorriso de criança, bendizemos tua ação em nossas vidas. Que nesta noite santa, possamos esquecer as discórdias, os rancores, possamos nos perdoar. Jesus querido, abençoa nossa família, cura os enfermos que houver, cura as feridas de relacionamentos. Fazemos hoje o propósito de nos amar mais. Que neste natal a bênção divina recaia sobre nós. Amém. 5.4 - ORAÇÃO AO DEUS DA LUZ

Víctor Araya Guillén/ Costa Rica

"Esta é a mensagem que ouvimos dele e anunciamos: Deus é Luz e não há nenhuma treva nele" (1 João 1,5)

Deus conosco, é nossa Luz e Salvação, (Sl 27,1) porque teu amor é para sempre (Sl 106,1)

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Tu que habitas no Mistério da Luz inefável (1 Tm 6,16) e em quem não há obscuridade alguma (1 Jo 1,5)

Tu que com beleza criou a Luz (Gen 1,3ss) e a tens feito brilhar do "meio da escuridão" (2 Cor 4,6)

Tu que por tua bondade e carinho inesgotável prometeste desde sempre e para sempre guiar nossos passos à frente, converter a escuridão em Luz, e por tua graça nos chamaste das trevas para a Maravilhosa Luz

Tu que fizeste visível a "Luz de teu rosto" (Sl 4,6) e enviaste teu Filho ao mundo, nascido de mulher, cheio de vida e luz (Jo 8,12), cheio de amor e fidelidade

para trazer-nos a Luz da vida Luz que ilumina a toda pessoa Luz que brilha na escuridão Luz que a escuridão não pode vencer (Jo 1,5)

INUNDA-NOS SEMPRE COM O DOM DE TUA LUZ E SALVAÇÃO!Para que através de tua Luz verdadeira possamos pela força de teu Espírito ver em tua Luz, a luz (Sl 36,10) caminhar em tua Luz (1Ts 5,5) dar testemunho de tua luz (Jo 1,8) fazer as obras da luz (Ro 13,12)Até a vinda de teu Reino, Reino de Luz. Amém, assim seja para sempre!

FONTES CONSULTADASAdital - www.adital.com.brCEBI - Centro de Estudos Bíblicos - www.cebi.org.brRevista de Liturgia - www.apostoladoliturgico.com.brRevista Ave Maria - www.avemaria.com.br/revistaComep Paulinas - www.irmamiria.com.br