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Sérgio Coutinho Assessor do “Setor CEBs” da CNBB

Formação para animadores (as) de comunidades / CEBs

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Formação para animadores (as) de comunidades - CEBs

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Sérgio Coutinho Assessor do “Setor CEBs” da

CNBB

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A questão da identidade das CEBs

O “ser” brota do “fazer”; “A árvore se conhece pelos frutos”; Toda a construção de identidades está

intimamente vinculada com as ações, com as práticas;

O mesmo acontece com a Igreja: o “ser” da Igreja nasce do “fazer” da Igreja.

E isto também se aplica às nossas comunidades de base: o “ser” das CEBs brota do “fazer” das CEBs.

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As novas DGAE (2011-2015) da CNBB O problema que temos visto hoje é a tentativa de reunir todas as experiências comunitárias na Igreja e agrupá-las chamando-as por um único nome: “pequenas comunidades”.

Por isso, encontramos no §56 da 1ª versão das DGAE o seguinte: “A busca sincera por Jesus Cristo faz, então, surgir a correspondente busca por novas formas de vida comunitária, todas comumente chamadas de pequenas comunidades”.

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Algumas questões sobre a identidade Haveria alguma diferença entre uma “comunidade

eclesial de base” e, por exemplo, o “Terço dos Homens”?

Uma “Nova Comunidade” é a mesma coisa que o “Apostolado da Oração” ou o “Grupo de Oração” na linha da Renovação Carismática Católica?

Um grupo de pessoas que se reúne na Capela para fazer a Novena de Natal é a mesma coisa que a comunidade reunida no domingo, na mesma Capela, para a Celebração da Palavra?

Mesmo que possuam carismas e serviços diferentes, todas elas são “pequenas comunidades”?

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No § 96 da mesma 1ª versão das DGAE cita o nº 180 do Documento de Aparecida alargando o conceito de pequenas comunidades quando diz: “Junto com as CEBs, existem outras formas válidas de pequenas comunidades, e inclusive redes de comunidades, de movimentos, de grupos de vida, de oração e de reflexão da Palavra de Deus”.

Afinal, o que SÃO as CEBs ?

Algumas questões sobre a identidade

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Não se pode confundir CEBs com “GRUPOS ECLESIAIS” (que seriam as tais “pequenas comunidades”);

As CEBs não são “pastorais”, nem “movimentos” e muito menos “grupos eclesiais”...

As CEBs são “estrutura de Igreja”; Igreja “na base”; “células de estruturação

eclesial” (Medellín 15, 10; DA 178). “...É como um homem prudente que construiu

sua casa sobre a rocha.” (Mt 7,24)

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A Igreja é uma “casa”: a metáfora do GalpãoVisão sistêmica-estruturalista

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A casa-Igreja Pois bem, podemos aplicar esta metáfora de forma analógica à

grande comunidade eclesial chamada “DIOCESE” (galpão ou estrutura metálica),

As "sapatas" são formadas pelas "COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE", são elas que dão sustentação estrutural ao conjunto da diocese,

Por sua vez estas "sapatas", que estão em nível "micro", ajudam a manter de pé outras estruturas intermediárias, em nível "meso", como são as PARÓQUIAS (COMUNIDADE de COMUNIDADES, não confundir com "Igreja-matriz");

Por suas vez este conjunto de paróquias sustentaria toda a "cobertura" do grande "prédio" eclesial que é a COMUNIDADE DIOCESANA (porção do povo de Deus), o nível macro;

A IGREJA CATÓLICA seria a reunião de todas as Igrejas locais particulares, diocesanas, em comunhão com sucessor de Pedro; este é o nível máximo, "universal”.

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Levar em conta a dinâmica histórica

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AS DIFERENÇAS ENTRE COMUNIDADES E GRUPOS

1. permanente

2. Pluralista – diferentes gêneros, idades, culturas

3. Todos os elementos essenciais para ser Igreja

4. Pode compor-se de grupos

5. Reconhecimento como nível eclesial

1. transitório

2. Pode ser homogêneo, quanto à idade, gênero etc.

3. Específico (só para a catequese...)

4. É um só grupo... e não é comunidade

5. Representa uma especialidade

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AS DIFERENÇAS ENTRE COMUNIDADES E GRUPOS

6. Instância eclesial como a paróquia

7. Ação ligada ao ministro ordinário

8. Entrar na CEB é entrar na Igreja

9. Todo o batizado deve pertencer a uma comunidade de base

10. A base da Igreja não pode desaparecer

6. Especializado e não é instância eclesial

7. Coordenação ligada ao secretariado do grupo ou movimento

8. Entrar em um grupo não significa entrar automaticamente na Igreja como tal

9. O Batismo não é o rito de entrada em um movimento

10. Os membros de diferentes grupos e movimentos devem pertencer a uma CEB. Por causa do Batismo, a fidelidade última é à Igreja e não ao movimento.

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A identidade das CEBs Elas são Comunidades: Como afirma o Doc. 92 da CNBB é na comunidade que se

experimenta a sociabilidade básica das relações fundadas na reciprocidade e na gratuidade: “O cultivo da reciprocidade tem como espaço primeiro aquele onde a vizinhança territorial é importante para a vida cotidiana, como em áreas rurais, bairros de periferia e favelas. É a solidariedade entre vizinhos – melhor dizendo, entre vizinhas – que assegura o cuidado com crianças, idosos e doentes, por exemplo”.

São Eclesiais: porque lá estão presentes o elementos essenciais para uma comunidade ser considerada “Igreja”:

A Fé, o Anúncio, a Celebração, a Comunhão e a Missão; São de Base: Porque são formadas pela base social da Igreja, os batizados –

homens, mulheres, crianças, idosos, negros, indígenas, pobres – enfim, o povo de Deus;

E também porque são a “base estruturante” da Igreja. Sem comunidade não há Igreja.

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Como podemos identificar uma Comunidade de Base?

São os "5 C's das CEBs". São

elementos que deveriam ser estruturantes:

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a) No âmbito do Testemunho de Fé (martyria):

b) No âmbito do Anúncio (kerygma):

c) No âmbito dos Sacramentos (leiturghia):

d) No âmbito da Comunhão (koinonia):

e) No âmbito da Missão-serviço (diakonia):

a) Círculos Bíblicos ou Grupos de Reflexão Bíblica;

c) Celebração semanal da Palavra (com ou sem distribuição da Eucaristia) e equipe de liturgia (ministros do Batismo, da Eucaristia, da Palavra, autorizados do Matrimônio...);

b) Catequese ou grupos de catequistas na comunidade;

d) Conselho Pastoral Comunitário e equipe de coordenação;

e) Compromisso sócio-transformador por meio das diversas pastorais sociais (da Terra, da Criança...) e das ações em favor dos mais pobres e excluídos (grupo dos Vicentinos, por exemplo).