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MÓDULO I – PARTE I UMA NOVA FORMA DE CAMINHAR CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA

Formacao Politica 1

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Curso de Formacao politica d a Rede Sustentabilidade

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MÓDULO I – PARTE I UMA NOVA FORMA DE CAMINHAR

CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA

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Porque um novo partido quando já temos tantos?

O sistema partidário como monopó-lio da representação política do ci-dadão não atende às necessidades da sociedade do século XXI. Acredi-tamos na necessidade de uma mu-dança profunda do sistema político e de representação cidadã.

O modelo de desenvolvimento do país é equivocado – não leva em con-ta a natureza finita dos recursos na-turais, não leva em conta nossa di-versidade e riqueza sociocultural e a da biodiversidade quando define

prioridades, e quando busca a es-tabilidade econômica, esquece que economia é mais do que produto in-terno bruto e balança comercial: eco-nomia é equidade, acesso ao bem estar, justiça.

Não encontramos em outros parti-dos espaços para defender com ra-dicalidade estas ideias e princípios. Não encontramos em outros parti-dos práticas internas coerentes com estas ideias e princípios.

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Nova política é democracia, justiça, respeito aos direitos hu-manos e à natureza e sustentabilidade. A nova política se re-aliza em todos os níveis – nos relacionamentos cotidianos, no trabalho, na vida partidária, na vida nacional.

Queríamos um partido que:incluísse a sustentabilidade em suas diversas dimensões como fun-damento de seu programa e ações, buscasse a horizontalidade e a atu-ação em rede nos seus processos de tomada de decisão e na vida partidária, tivesse respeito à diversidade de opinião e mecanismos que permi-tissem levar em conta esta diversi-dade nos seus processos internos, para lutar com coerência para que esta seja a prática do país.

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Rede Sustentabilidade Uma ideia cujo tempo chegou

A Rede Sustentabilidade é fruto de um movimento aberto, autônomo e suprapartidário que reúne brasilei-ros decididos a reinventar o futuro do país. Ela foi criada em fevereiro de 2013, em torno das ideias que seus fundadores amadureceram a partir das discussões de programa e experiências da campanha para pre-sidência da República de Marina Sil-va em 2010.

Ela surgiu principalmente a partir do movimento Nova Política e de gru-pos de cidadãos e cidadãs compro-metidos com mudanças profundas no modelo de desenvolvimento e no modelo atual de se fazer política.

É uma associação de cidadãos e ci-dadãs dispostos a contribuir de for-ma voluntária e colaborativa para aprofundar a democracia no Brasil e superar o monopólio partidário da representação política institucional.A efetiva participação de brasileiros e brasileiras nos processos decisó-rios é condição fundamental para a promoção do desenvolvimento justo e sustentável.

Aberta ao diálogo e construída com a participação direta de seus inte-grantes, a Rede Sustentabilidade é um espaço de mobilização e inova-ção, no qual floresce uma nova cultu-ra política.

É uma legenda capaz de abrigar can-didaturas de cidadãos que não fa-çam parte de seus quadros, mas que compartilhem de seus ideais, com-prometida com a transparência de seus processos internos e empenha-da na renovação de suas lideranças.

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Rede Sustentabilidade Compromisso com a coerência

Somos comprometidos com a promo-ção de uma política inovadora, que privilegie a intensificação da demo-cracia e busque na sustentabilidade os meios e respostas para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

A sustentabilidade compreendida pela Rede se realiza em várias di-mensões da vida humana: social, am-biental, econômica, cultural, política, estética e ética.

Desejamos estar conectados com os núcleos vivos da sociedade e ter, dentro da estrutura partidária, espaço para a militância autoral e a representação autônoma de mo-vimentos sociais e cidadãos.

Acreditamos na coerência entre discurso e prática: a Rede deve ser um espaço de prática das mudan-ças que queremos na sociedade, no sistema político e no sistema de representação, deve ter meca-nismos para se reavaliar como ins-trumento de mudança, tomar suas decisões e formar seus posiciona-mentos através de mecanismos de consenso progressivo.

Estar na Rede é pensar num parti-do com prazo de validade, que pre-tende se “re-fundar” ou se extinguir em no máximo 10 anos após seu registro.

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Rede Sustentabilidade Princípios e valores

O Manifesto da Rede Sustentabilida-de apresenta publicamente nossas intenções - são os princípios e valo-res que guiam nossa formação e atu-ação, nossos marcos fundamentais:

Democracia

É o sistema de governo que apoia-mos, para o país e para o partido. No entanto, não estamos satisfeitos com a democracia que existe atualmente. Buscamos a ampliação dos proces-sos de participação da sociedade nas decisões do governo, com uma visão de poder multicêntrico e aber-to, com o fortalecimento da socieda-de civil e da cidadania ativa, verda-deira fonte de governabilidade e de direcionamento da ação do Estado. Queremos novos instrumentos para o exercício da democracia direta e uma ressignificação dos já existentes

Atuação em Rede

A concepção de rede baseia-se numa operação democrática e igualitária, que procura convergências na diver-sidade. É um instrumento contra o poder das hierarquias que capturam as instituições democráticas e, ironi-camente, fazem delas seu instrumen-to de dominação. Pois é em rede com a sociedade que queremos construir uma nova força política, com alian-ças alicerçadas por uma! Ética da Urgência, tendo como horizonte a construção de um novo modelo de desenvolvimento: sustentável, inclu-sivo, igualitário e diverso.

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Rede Sustentabilidade Princípios e valores

Sustentabilidade

Em todas as suas dimensões: social, ambiental, econômica, cultural, polí-tica, estética e ética.

Nova cultura política

Ser espaço de inovação no sistema político brasileiro, em particular nas questões das candidaturas indepen-dentes, sem a exigência de filiação partidária, para quebrar o monopó-lio dos partidos sobre os cargos de representação, e renovação de lide-ranças políticas com limitação a uma reeleição de mandatos parlamenta-res, com possibilidade de ampliação mediante plebiscito a ser realizado entre os filiados.

Defesa dos Direitos Humanos e à diversidadeRespeito aos direitos humanos, ga-rantia de igualdade de gênero e re-púdio a todas as formas de discrimi-nação: étnica, racial, religiosa, sexual ou outras, garantindo a cada grupo espaço próprio de participação polí-tica e de respeito e atenção às suas demandas específicas.

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Rede Sustentabilidade Princípios e valores

Defesa dos Direitos animais

Por meio da abolição de todas as for-mas de crueldade contra animais e de políticas púbicas para o bem-es-tar de animais urbanos, selvagens e de uso comercial.

Política externa baseada na cultura da paz...

...na promoção dos direitos humanos, da autodeterminação dos povos, do não intervencionismo bélico, de uma ampla democracia e da sustentabili-dade e comprometida com a redução das desigualdades e a construção de instituições efetivas de governança global.

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Não temos respostas prontas, mas temos certeza de que este é o caminho que queremos per-correr para construir respostas às indagações do presente e do futuro.

Contamos com o grande auxílio das novas tecnologias de informação e comunicação e temos de democratizar seu acesso e aprender a utilizá-las para o exercício da cidadania ativa.

Temos o desafio de instigar novos processos, unir as forças, a indignação e a criatividade dispersas. Apostamos na!lógica colaborativa e fraterna, na fraternidade e!generosidade ética, em!formas de!saber!e atitudes de viver elaboradas individual e coletivamente.

Leia o Manifesto na íntegra em nosso site redesustentabilidade.org.br/manifesto

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Estatuto

Alguns pontos do nosso estatuto me-recem realce, seja por seu caráter inovador, seja pela importância de explicitar seu significado.

Eles estão agrupados conforme uma lógica de conteúdo mas a numeração do artigo do estatuto está mantida para que sejam facilmente encontra-dos. Os negritos nesta apresentação são grifos nossos.

Valores e princípiosDireitos e deveres dos filiadosInstâncias e estrutura de governançaEstrutura de governança e partici-pação cidadãDemocracia internaOs parlamentares da RedeFinanciamento da RedeÉtica partidáriaPrazo de validade – reavaliação e refundação da Rede

Sugerimos que você leia o estatuto na integra em nosso site.

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EstatutoValores e princípios

Art. 4º §1º A REDE atuará em âmbi-to nacional, com estrita observância deste Estatuto, do seu Programa Par-tidário e da Legislação em vigor, em pleno respeito aos seguintes valores e princípios: queremos a reforma po-lítica, mas enquanto ela não vier, agi-mos de acordo com a legislação em vigor.

I - da pluralidade política; mesmo não concordando com as opiniões políti-cas de outros, defendemos seu direi-to de professá-las contanto que com isto não impeça outros de também fazê-lo. [...]

IV – defesa dos direitos das mino-rias; entendemos por minorias todos aqueles grupos humanos cujos direi-tos ainda não tenham sido realizados plenamente, ai incluídos: mulheres, juventude, minorias étnicas, pessoas LGBT, comunidades tradicionais, en-tre outros. [...]

VI - da função social da terra e dos conhecimentos tecnológicos e cientí-ficos; além da função social da terra, contemplada em programas de ou-tros partidos, consideramos que co-nhecimentos tem função social e po-dem em nome do interesse comum ser socializados.

XIII - do pleno respeito às diversida-des, à coisa pública e ao bem comum; nossa forma ser, de expressar ideias e defendê-las deve ter o respeito ple-no como base .

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EstatutoValores e princípios

XIV – na construção de consenso pro-gressivo nas deliberações da REDE. O processo de deliberação interno não deve significar a ditadura da maioria - o centralismo democrático, a supressão das ideias minoritárias, nem a formação de correntes inter-nas ao partido. Além do direito à di-vergência e a cláusula de consciência (mais a frente no estatuto), conside-ramos importante o próprio proces-so de tomada de decisão, buscando fazer com que as ideias evoluam fo-mentando a emergência de novas ideias - mais abrangentes ou sim-plesmente diferentes - mas que per-mitam ao conjunto dos membros da

Rede se sentirem confortáveis com sua defesa. Isto não significa que a Rede discutirá qualquer ideia ou que permitirá que suas posições sejam uma “geleia geral” – nosso manifes-to, princípios e valores estabelecem o quadro dentro do qual evoluímos. [...]

§2º Os princípios dispostos no §1º deste artigo constituem-se em cláu-sulas pétreas da REDE, cuja alte-ração exige quórum qualificado de 80% (oitenta por cento) mais 1 (um) dos filiados homologados até o dia 31 de dezembro do ano anterior, con-vocados especialmente para tal fim.

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EstatutoDireitos e deveres dos filiados

Art. 13- Constituem DIREITOS dos fi-liados: [...]

VI - divergir de qualquer orientação política dos órgãos partidários ao qual pertença ou não, sendo garan-tido o mais amplo e absoluto direito a dissentir, criticar e debater nos ór-gãos aos quais pertença e através dos órgãos de comunicação internos do Partido, com pleno respeitos aos demais membros da REDE. A diver-gência é um direito, porém deve ser expressa (1) com respeito; (2) dentro dos órgãos e instâncias da Rede. De-vemos aprender a utilizar nossas di-vergências para construir e crescer

dentro do partido e não como um pa-lanque público para “destruir” quem de nós diverge. As divergências em princípio são maiores com os que não compartilham com nossos princípios e valores, o que não deve ser o caso de nosso companheiros de Rede. IX - descumprir decisão coletiva ou de bancada parlamentar diante de graves objeções de natureza ética, religiosa, filosófica ou de foro íntimo. Já comentado anteriormente.

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Art. 14- Constituem DEVERES dos fi-liados: [...]

III - manter uma conduta pessoal, profissional e social de acordo e com-patível com os objetivos e princípios éticos da REDE;

IV - contribuir financeiramente para o Partido, observando-se os critérios estabelecidos pelo presente Estatu-to e em suas resoluções;

EstatutoDireitos e deveres dos filiados

V - combater todas as manifestações de discriminação atentatória aos di-reitos e liberdades fundamentais; [...]

X - renunciar ao mandato eletivo no caso de desligamento da REDE, quando não se tratar de candidatu-ra cívica independente.

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Art. 18 - A REDE adotará as seguin-tes instâncias de funcionamento internas:

I - os Congressos (Nacional, Estadu-ais e Municipais);

II - as Convenções Eleitorais (Nacio-nais, Estaduais e Municipais);

III - os Diretórios (Nacionais, Estadu-ais, Municipais e Zonais);

EstatutoInstâncias e estrutura de governança

IV – os Encontros temáticos e de dis-cussão política;

V - Núcleos Vivos da Sociedade; a Rede se conecta com a sociedade sem buscar se sobrepor ou “infiltrar” suas formas legítimas de organização.

VI - Setoriais.

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Art. 19 - A REDE adotará os seguin-tes órgãos de governança:

I – as Comissões Executivas Nacio-nal, Estaduais, Distrital e Municipais;

II – as Bancadas parlamentares Muni-cipais, Estaduais, Distrital e Federal;

III – a Comissão de Ética;

EstatutoInstâncias e estrutura de governança

IV - o Conselho Fiscal e

V - a Ouvidoria Cidadã. A Rede con-sidera fundamental ter permeabili-dade para olhares externos e inde-pendentes, mas comprometidos com a sustentabilidade, valores e princí-pios similares aos seus.

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Art. 20 - Os órgãos de governança da REDE se submetem nessa ordem:

I – às consultas, plebiscitos e refe-rendos, instrumentos de democracia direta da REDE, quando obedecido o quórum previsto neste Estatuto;

II - às resoluções do Congresso Nacional;

III - às decisões das Convenções Nacionais;

EstatutoInstâncias e estrutura de governança

IV - às deliberações do Diretório Na-cional. [...]

Art. 134. À Comissão de Ética e Disciplina compete, no âmbito de sua jurisdição, apurar as infrações à disciplina, à ética, à fidelidade e aos deveres partidários, emitindo parecer para decisão do Diretório correspondente.

Art. 137. As Comissões de Ética e Disciplina são órgãos de coopera-ção política dos Diretórios corres-pondentes e suas funções não terão, portanto, cunho policial ou judicial.

Art. 22 - Salvo outras disposições estatutárias, as instâncias, [...] insta-lam-se em primeira chamada com, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) mais um de seus membros, e em segunda chamada com qualquer quórum, permitida a participação “on line” via meios de comunicação virtual, onde as deliberações serão aprovadas, desde que não exigido quórum qualificado por este estatu-to, por maioria simples dos partici-pantes presencial e virtualmente. [...]

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Art. 26 - Os fundadores da REDE elegerão no ato de fundação uma Comissão Nacional Provisória com-posta por no máximo 1/3 (um terço) dos fundadores, garantida a parti-cipação mínima de 30% (trinta por cento) e máxima de 70% (setenta por cento) de cada sexo. Significa a participação de no mínimo 30% de homens OU de mulheres e não de “uma cota mínima de mulheres”. Nos-sa meta é de igualdade de participa-ção de ambos sexos.

EstatutoInstâncias e estrutura de governança

§1º – A Comissão Nacional Provisó-ria elegerá uma Comissão Executiva constituída de até 16(dezesseis) mem-bros distribuídos da seguinte forma:

I – Coordenação Geral, compos-ta por dois porta vozes; que para fins de atendimento à legislação se revezarão como presidente e vice-presidente;

II – Coordenação executiva compos-ta por dois secretários;

III – Coordenação de Finanças, com-posta por dois tesoureiros;

IV – Coordenação de Organização, composta por dois secretários e

V – Vogais, integrados por até oito membros.

Esta organização se repete nas ou-tras instâncias da Rede. A presença de duas pessoas por coordenação visa compartilhar responsabilidades e gerar uma cultura de cooperação. Busca-se ter preferencialmente um homem e uma mulher.

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A Rede se considera em processo per-manente de aprendizagem e aperfei-çoamento. Estamos propondo estru-turas e formas de trabalhar que ainda não foram plenamente experimenta-das e, portanto, passíveis de serem melhoradas. A relação com a socie-dade, através de seus núcleos vivos e seus pensadores, com as bordas, onde a inovação se dá, deve ser nu-trida constantemente para “oxigenar” nossas ideias e práticas. Criamos es-truturas para abrigar membros destes núcleos cidadãos e fertilizar nossas discussões com suas contribuições.

EstatutoEstrutura de governança e participação cidadã

Art. 34 - Será constituído e empos-sado um Conselho Político Cidadão Nacional composto por cidadãos e cidadãs militantes de causas e mo-vimentos populares, sociais, socio-ambientais, e de defesa dos direitos humanos e de minorias, de represen-tantes de diferentes povos e popula-ções indígenas e tradicionais locais de distintas regiões do Brasil, e cien-tistas das mais diversas áreas do co-nhecimento e instituições de pesqui-sa com o propósito de:

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EstatutoEstrutura de governança e participação cidadã

I - exercer o monitoramento e o con-trole social independentes sobre os posicionamentos e práticas da REDE e seus dirigentes;II - opinar e aconselhar a Comissão Executiva Nacional da REDE para o aprimoramento do estatuto, regula-mentos e programa político da REDE;

III - opinar e propor os meios neces-sários para ampliar e qualificar a de-mocracia em rede e a transparência interna;

IV - opinar e propor formas de inte-ração e troca de experiências e co-nhecimentos entre a REDE e os mo-vimentos sociais e outros núcleos vivos da sociedade.

§3º A participação como Conselhei-ro com pleno direito a voz e voto no Conselho Político- Cidadão indepen-de de filiação ou qualquer compro-misso de fidelidade político- institu-cional para com a REDE.

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Art. 159. A Ouvidoria é órgão de co-operação do Partido e de controle social dos filiados e da sociedade em geral e será criada em nível nacional, estadual e municipal com a finalida-de de contribuir para manter o Parti-do sintonizado com as aspirações do conjunto de seus filiados e filiadas e com os setores sociais que preten-de representar, promovendo, sempre que oportuno ou necessário, debates e audiências públicas sobre o proje-to político partidário.

Art. 88. A REDE oferecerá até 30% (trinta) do total de vagas nas eleições proporcionais para

EstatutoEstrutura de governança e participação cidadã

candidaturas “cívica independen-tes” que serão oferecidas à socieda-de para cidadãos não filiados e que não pretendam exercer vínculos or-gânicos com nenhum partido político dispostos exclusivamente a disputar as eleições e exercer mandato par-lamentar para defender e repre-sentar movimentos, redes e causas sociais legítimas e relevantes para a sociedade, o Programa, o Estatuto e o Manifesto da REDE.

Art. 25 Será estimulado o uso [...] da melhor tecnologia acessível e dispo-nível em redes sociais virtuais com o objetivo de permitir a participação

direta e o debate permanente e “on line” pela Rede mundial de compu-tadores dos filiados no âmbito dos Diretórios, Núcleos e Setoriais, bem como nos Congressos, Encontros, Convenções, plebiscitos, referendos e consultas em rede.

Parágrafo único. As Convenções, Congressos, Encontros e reuniões or-dinárias ou extraordinárias dos Dire-tórios serão [...] transmitidas on line via rede mundial de computadores, por meio de comunicação audiovisu-al próprio da REDE ou instituições de comunicação parceiras.

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Art. 37 - Plebiscitos, Referendos, Prévias Eleitorais e Consultas, cons-tituem-se em instrumentos de demo-cracia direta, presencial ou via rede mundial de computadores, a todos os filiados e filiadas e devem garantir igualdade de condições para as vá-rias propostas ou candidaturas em debate, incluindo, a obrigatoriedade de discussão com a base, o acesso aos filiados e filiadas aos instrumen-tos de consulta e aos materiais infor-mativos, assim como à infraestrutura material básica.

EstatutoDemocracia interna

Art. 38 - Plebiscito é uma forma de consulta prévia a todos os filiados e filiadas num determinado nível, para definir a posição da REDE sobre questão relevante e seu resultado terá sempre caráter deliberativo, desde que atingido o quórum e re-alizada nos termos de Resolução da Comissão Executiva Nacional.

Art. 39 - Referendo é uma forma de consulta a todos os filiados e fi-liadas num determinado nível, para reavaliação ou reafirmação de posi-ção adotada pela REDE previamen-te definida e seu resultado terá sem-pre caráter deliberativo, desde que atingido o quórum e realizada nos termos de Resolução da Comissão Executiva Nacional. [...]

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Art. 41 - Os resultados dos plebisci-tos, dos referendos ou das prévias eleitorais, no nível corresponden-te, terão caráter decisório somen-te quando for atingido o quórum de 50% (cinquenta por cento) do núme-ro de votantes nas últimas eleições para a Direção Executiva [...].

EstatutoDemocracia interna

Art. 42 §1º - Não serão objeto de deliberação em nenhuma instância partidária, constituindo-se cláusula pétrea do estatuto da REDE, quais-quer proposições que sejam tenden-tes a abolir o direito de preservar as concepções éticas, filosóficas ou religiosas. Este artigo forma, junto com o Art. 13 IX, nossa clausula de consciência.

Art. 42 §2º - Não obtido o quórum mínimo estabelecido neste Estatuto, ou quórum especial definido em reso-lução da Comissão Executiva Nacio-nal, o efeito do Plebiscito ou Referen-do previstos neste artigo converte-se em indicativo.

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Art. 44 As Bancadas Parlamentares estão subordinadas às deliberações das instâncias partidárias de dire-ção e aos instrumentos de demo-cracia direta, quando realizados nos termos deste Estatuto. [...]

Art. 47. O mandato pertence à REDE, e os integrantes das Bancadas nas Casas Legislativas deverão subordi-nar sua ação parlamentar aos princí-pios doutrinários e programáticos, às deliberações e diretrizes estabe-lecidas pelas instâncias de direção e deliberação partidária, ressalvados os casos previstos na forma deste Estatuto. [...]

EstatutoOs parlamentares da Rede

Art. 49 A Bancada Parlamentar e a Comissão Executiva do Diretório cor-respondente adotarão medidas con-cretas para impedir o clientelismo e os privilégios, na busca de uma nova postura ética dos parlamentares.

Art. 50. Desde o pedido de indicação como pré-candidato ou pré-candida-ta a cargo legislativo, o filiado ou fi-liada, compromete-se rigorosamente a: [...]

II – não invocar a condição de par-lamentar para pleitear candidatura nata à reeleição;

III – se eleito, ou eleita, combater ri-gorosamente qualquer privilégio ou regalia em termos de vencimen-tos normais e extraordinários, jetons, verbas especiais pessoais, subven-ções sociais, concessão de bolsas de estudo e outros auxílios, convocações extraordinárias ou sessões extraor-dinárias injustificadas das Casas Le-gislativas e demais subterfúgios que possam gerar, mesmo involuntaria-mente, desvio de recursos públicos para proveito pessoal, próprio ou de terceiros, ou ações de caráter eleito-reiro ou clientelista; [...]

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V – em questões polêmicas ou proje-tos de lei controversos de iniciativa da Bancada Parlamentar, participar dos debates amplos e sistemáticos a serem organizados pela REDE, in-clusive dos plebiscitos, referendos e outras formas de consulta quando couber, nos termos deste Estatuto e seu regulamento.

Art. 51 Parlamentar da REDE pode-rá assumir cargo no Executivo se re-nunciar ao mandato parlamentar, excetuados os casos onde houver deliberação favorável pelo Diretório Partidário correspondente.

EstatutoOs parlamentares da Rede

Art. 52 Somente será permitida uma reeleição para os parlamenta-res da REDE, excetuados os casos onde houver deliberação favorá-vel mediante plebiscito na instância correspondente.

Art. 176 – É de três anos o mandato dos membros dos órgãos partidários, não sendo admitido mais de um man-dato sucessivo para qualquer cargo.

Parágrafo único – Detentores de mandato eletivo não poderão exer-cer cargos de direção partidária (coordenação), nos termos do artigo 93 deste Estatuto.

Art. 93. Detentores de cargo de di-reção partidária (coordenação) não poderão exercer mandato eletivo concomitantemente, devendo renun-ciar a um deles.

Assim, a Rede busca uma governança interna inovadora, arejada e não-au-toritária, respeitando os princípios de consenso progressivo, a cláusula de consciência, o direito de dissenso e a responsabilidade compartilhada.

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Art. 116 - Os recursos financeiros do Partido serão originários de:

I – contribuições de seus filiados e simpatizantes, pessoas físicas e jurídicas;

II – dotações do fundo Partidá-rio, nos termos deste Estatuto e do Regimento;

III – Rendas eventuais e receitas de atividades financeiras e partidárias, observadas as disposições legais;

Parágrafo Único – Além do recebimen-to de receitas vedadas pela legisla-ção não serão aceitas contribuições

EstatutoFinanciamento da Rede

financeiras oriundas de empresas do setor de bebida alcoólica, cigarro, arma e agrotóxicos.

Art. 14- Constituem DEVERES dos fi-liados: [...]

IV - contribuir financeiramente para o Partido, observando-se os critérios estabelecidos pelo presente Estatu-to e em suas resoluções; [...]

Art. 50 - Desde o pedido de indica-ção como pré-candidato ou pré-can-didata a cargo legislativo, o filiado ou filiada, compromete-se rigorosa-mente a: [...]

IV – contribuir financeiramente de acordo com as normas deste Estatu-to; [...]

Art. 101 - A Comissão Nacional esta-belecerá norma específica a respei-to da captação de doações financei-ras para campanhas eleitorais que considerará:

I - Um teto máximo por doador pes-soa física ou jurídica, por categoria de candidatura;

II - Vedação de recebimento de do-ações por empresas do setor de bebida alcoólica, cigarro, arma e agrotóxicos.

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Art. 144. Constituem infrações éticas e disciplinares:

I – a violação às diretrizes programá-ticas, à ética, à fidelidade, à disciplina e aos deveres partidários ou a outros dispositivos previstos neste Estatuto;

II – o desrespeito à orientação política ou a qualquer deliberação vinculante tomada pelas instâncias competentes do Partido, inclusive pela Bancada a que pertencer o ocupante de cargo legislativo;

III – a improbidade no exercício de mandato parlamentar ou executivo, bem como no exercício de mandato

EstatutoÉtica partidária

de órgão partidário ou de função administrativa;

IV – a atividade política contrária ao Programa e ao Manifesto do Partido; [...]

IX – a propaganda de candidato ou candidata a cargo eletivo de outro Partido ou de coligação não aprovada pela REDE ou, por qualquer meio, a re-comendação de seu nome ao sufrágio do eleitorado;

X – acordos ou alianças que contrariem os interesses da REDE, especialmente com filiados ou filiadas de partidos não apoiados pelas direções partidárias;

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Art. 144 - Constituem infrações éti-cas e disciplinares: (cont.)

XI – o apoio a governos que contra-riem os princípios programáticos da REDE, principalmente quando em proveito pessoal, ou o exercício de cargo de governo, ministro ou minis-tra, secretário ou secretária, diretor ou diretora de autarquia ou similar, em qualquer nível, em governo não apoiado pela REDE, salvo autoriza-ção expressa das instâncias partidá-rias; [...]

EstatutoÉtica partidária

XIII – a promoção de filiações em bloco que objetivem o predomínio de pessoas ou grupos estranhos ou sem afinidade com a REDE; [...]

XVIII - o pagamento coletivo da con-tribuição de filiados e filiadas, ou im-pedimento à participação de qual-quer filiado ou filiada devidamente habilitado na sua instância;

Parágrafo único: O disposto nos in-cisos I, II, VII e VIII aplicam-se ressal-vada a excepcionalidade prevista no artigo 13, IX (clausula de consciência, já comentada anteriormente) deste estatuto, bem como em relação aos parlamentares cívicos independen-tes, atendido ainda o disposto no art. 91 deste Estatuto.

Art. 111. Poderá ser expulso do Par-tido o candidato ou candidata, ou detentor de mandato executivo ou legislativo, que [...] utilizar-se de re-cursos não declarados (“caixa dois”) em sua campanha eleitoral.

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Art. 1º - A REDE SUSTENTABILIDA-DE, ou simplesmente REDE, pessoa jurídica de direito privado, é orga-nizada nos termos da constituição federal e da legislação em vigor, e regida por seu Programa e Estatu-to, e a sua duração será por tempo indeterminado.

EstatutoPrazo de validade — reavaliação e refundação da Rede

Parágrafo único – No prazo de até 10 (dez) anos após o registro da REDE no TSE será realizada uma ampla consulta, nos termos do Capítulo II, Título III deste estatuto, a todos seus os seus filiados a respeito do rumo e da continuidade da existência a REDE, bem como das condições para sua continuidade, refundação ou extinção.

Criamos um partido para colocar em prática mudanças profundas no mo-delo de desenvolvimento e no modelo atual de se fazer política. Como sa-ber se não nos acomodamos? Como saber se não estamos usando a estru-tura que criamos simplesmente para manter feudos de poder?

Demos a nós mesmos prazos de rea-valiação, para analisar a avanços e retrocessos, para pensar e repensar a necessidade ou não com o instrumen-to “partido Rede Sustentabilidade”.

SEJA BEM-VIND@CONTAMOS COM SUA CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA CONSTRUÇÃO COLETIVA