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Instrumentos de Avaliação Instrumentos de Avaliação e Relatórios Psicológicos e Relatórios Psicológicos Avaliação da Personalidade Avaliação da Personalidade Técnicas Projectivas Técnicas Projectivas Testes de Apercepção/Testes Testes de Apercepção/Testes Temáticos Temáticos 06 de Novembro de 2007 Manuela Vilar

Formação Roberts- Slides2

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Instrumentos de Avaliação Instrumentos de Avaliação e Relatórios Psicológicose Relatórios Psicológicos

Avaliação da PersonalidadeAvaliação da Personalidade

Técnicas ProjectivasTécnicas Projectivas

Testes de Apercepção/Testes Testes de Apercepção/Testes TemáticosTemáticos

06 de Novembro de 2007

Manuela Vilar

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TEMAROBERTS APPERCEPTION TEST FOR CHILDREN - R.A.T.C.

[TESTE APERCEPTIVO DE ROBERTS PARA CRIANÇAS]

Sumário/ Síntese:

1. Eixos de referenciação: Métodos de Avaliação Psicológica- Personalidade- Técnicas Projectivas.

2. Fundamentos/ conceitos/ definições: a questão da medida, os conceitos de “projecção” e a “hipótese projectiva”.

Sumário/ Síntese

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TEMAROBERTS APPERCEPTION TEST FOR CHILDREN -

R.A.T.C.[TESTE APERCEPTIVO DE ROBERTS PARA CRIANÇAS]

3. Técnicas Projectivas: definição e características principais; tipos/ categorias de testes projectivos; estímulos/ materiais; vantagens e limitações; e estratégias/ cenários de utilização.

4. Exemplo: Roberts Apperception Test for Children- R.A.T.C. (Teste Aperceptivo de Roberts para Crianças): aspectos históricos; características gerais; materiais; os estudos realizados com/ para a população portuguesa (amostra; dados obtidos; questões psicométricas); aplicação, codificação/ cotação (8 escalas adaptativas; 5 escalas clínicas; 3 indicadores clínicos); análise de dados/ interpretação; Exemplo(s).

Sumário/ Síntese

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ROBERTS APPERCEPTION TEST FOR CHILDREN - R.A.T.C.

McArthur & Roberts, 1992/1995; Roberts, 1990

Teste Aperceptivo de Roberts para Crianças, Gonçalves e colab., 1997/99- estudos para a

população portuguesaFundamentação teórica: hipótese projectiva (uma pessoa responde a um estímulo, relativamente ambíguo, de forma a reflectir/ expressando características pessoais)

Caracterização geral

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R.A.T.C. (cont.)

R.A.T.C.: a partir das histórias elaboradas pelo sujeito análise temática dos conteúdos; da estrutura das histórias; da apreensão dos estímulos a interpretação é baseada na suposição de que, quando são apresentados, às crianças, desenhos ambíguos de crianças e adultos em interacção diária, elas projectarão os seus sentimentos, pensamentos, preocupações, conflitos e estilos de coping, nas histórias que criam, a partir desses desenhos/ imagens

Caracterização geral

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R.A.T.C. (cont.)

Dimensões avaliadas: a percepção que a criança tem do seu mundo interpessoal (ex de temáticas interpessoais: rivalidade fraterna; sexualidade/ nudez; confrontação familiar; atitude para com a escola; ansiedade; agressividade; medo;…) Tarefa: solicita-se que a criança elabore histórias, a partir de 16 lâminas/ cartões, evocativos de diferentes temáticas interpessoais

Material: 27 cartões; 5 comuns a ambos os géneros e 11 com versões masculina/ feminina (no total, apenas são aplicados 16 cartões, apresentados um a um, separadamente)

Idades de aplicação: dos 6 aos 15 anos de idade

Aplicação: individualCaracterização geral

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Codificação/ cotação: categorias pré- definidas: 8 escalas adaptativas; 5 escalas clínicas; 3 indicadores clínicos

Cada história é codificada relativamente à ausência/ presença de cada categoria

Estando presente(s), cada escala e/ou indicador deve ser mencionada(o) apenas uma vez, para cada história

Análise de dados: frequência das escalas adaptativas, das

escalas clínicas e dos indicadoresconteúdos interpessoais/ análise das

interacções (matriz interpessoal)medidas suplementares

Caracterização geral

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Instruções: “Tenho algumas imagens que te vou mostrar, uma de cada vez, e gostava que construísses uma história acerca de cada uma. É importante que digas o que está a acontecer e o que aconteceu antes, o que é que eles estão a sentir, o que estão a pensar e como acaba a história”

(para crianças mais pequenas: “Para cada imagem que te mostrar, quero que me contes uma história com princípio, meio e fim. Diz-me o que é que as pessoas estão a fazer, a sentir e a pensar”)

Inquérito: realizável até às duas primeiras lâminas/ cartões. As 5 questões possíveis são:- o que está a acontecer?- o que aconteceu antes?- o que é que ele(a) está a sentir?- de que é que ele(a)/ eles(as) estão a falar?- como é que a história acaba?

Caracterização geral

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R.A.T.C.- Estudos realizados em Portugal (Gonçalves e colab., 1997/99)

Objectivo: obtenção dos primeiros dados normativos, para a população portuguesa

Amostra: 80 crianças (crianças “bem ajustadas”, avaliadas em meio escolar) 6 aos 9 anos de idademasculino/ feminino (20 de cada género x cada faixa etária: 6/7 anos e 8/9 anos)região de Bragaconsiderada a variável meio socio-económicoconsiderada a variável área urbana- rural

Estudos Portugueses

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Interpretação dos resultados/ dados disponíveis: (a partir de pontos brutos/ frequências das escalas e indicadores, obtidos para o conjunto das histórias…)

notas T/ padronizadas- para as escalas adaptativas e para as escalas clínicas (por faixa etária/ variável idade) possibilidade de elaborar um perfil

”valores de corte”/ pontos discriminantes (critério: percentil 90)- para os indicadores clínicos

Estudos Portugueses

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Dados psicométricos:

precisão/ fidedignidade: acordo intercotadores/ avaliadores a 97,9%validade:a) temáticas (92,4% categorias americanas) b) variáveis moderadoras:

género (raparigas com níveis mais elevados de ansiedade que os rapazes)

idade (os processos de desenvolvimento, no R.A.T.C., estão associados não a uma redução de exigências- ansiedade, agressão, rejeição, não resolução…- mas a um aumento de recursos- pedido de ajuda, suporte, resolução 2…)

nível socio- económico (não há diferenças, estatisticamente significativas)

Estudos Portugueses

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comparação com a amostra clínica: - escalas clínicas mais elevadas na amostra clínica e escalas adaptativas mais elevadas na amostra adaptativa (a larga maioria de diferenças ocorre em variáveis de resolução de problemas)

- diferenças significativas, para os indicadores clínicos

análise factorial: 4 factores explicativos de 64% da variância total (sendo que os factores 1 e 2 se referem a aspectos de ajustamento psicológico; e os factores 3 e 4 ao não ajustamento/ desajustamento)

Estudos Portugueses

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R.A.T.C.: CATEGORIAS DE CODIFICAÇÃO/ COTAÇÃO

ESCALAS ADAPTATIVAS ( 8 escalas)

Pedido de Ajuda (REL): alguma das personagens pede algo a outra (ex: apoio, aprovação, material…)

Exemplos/ especificação: - quando uma personagem procura ajuda de outros, para lidar com um conflito intrapsíquico- …para resolver um problema exterior/ externo- …para completar uma tarefa- pede autorização/ permissão-pede aprovação ou objectos materiais/ coisaspedir dinheiro; pedir autorização para ir brincar; pedir ajuda ao professor; chamar o médico; etc…

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Suporte- Outros (SUP-O): alguma das personagens dá algo ou interage positivamente com outra personagem

Exemplos/ especificação:- quando uma personagem dá objectos ou faz algo pedido (um desejo)- …dá compreensão, aceitação, conforto, amor- …acredita nos sentimentos da pessoa, nas capacidades ou comportamento dessa pessoa- dá conselhos que encorajam a pessoa a enfrentar as exigências de dada situação; explica algosatisfazer um desejo; comprar um presente; dar ajuda profissional; fazer amigos; tomar conta de alguém; ajudar nos deveres; etc…abraçar; beijar; contar uma história; etc…

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Suporte- Criança (SUP-C): alguma das personagens sente-se feliz (ou sentimento equivalente) ou evidencia apropriado auto- controlo (ex: assertividade, auto- suficiência…)

Exemplos/ especificação:- quando uma personagem mostra resposta adequada de autoconfiança, assertividade, perseverança, gratificação diferida, capacidade de impôr limites a si mesma/ os seus próprios limites, auto-suficiência- …experiencia sentimentos positivos, entusiasmo, felicidade…curiosidade construtiva; sentimentos positivos acerca de si; orgulho no trabalho; alegria; expectativa positiva; sonhos bons; etc…

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Limite do Comportamento (LIM): uma personagem adultacoloca limites ao comportamento da criança, pune-a ou aconselha-a

Exemplos/ especificação:- quando, em resposta a uma violação de regras ou expectativas “visíveis”, aparece uma colocação apropriada de limites e/ou discussão construtiva- …a criança é obrigada a corrigir o erro- restringir uma actividade ou “suspender” uma necessidade ou “prazer” da criança- punir verbalmente e/ou fisicamente- castigo (não definido)no geral, quando uma figura de autoridade corrige o comportamento da criança; dizer à criança que não pode fazer algo; explicar-lhe o que fez de errado; ter de pagar algo que partiu; não poder ir ver os amigos; ir de castigo para a cama; etc…

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Identificação de Problema (PROB): na história, existe uma identificação diferenciada do problema com o qual as personagens se confrontam

Exemplos/ especificação:- quando uma personagem descreve/ “coloca”/ articula um problema específico- …se confronta com um obstáculo- …experiencia sentimentos ou comportamentos contraditórios ou opostos, em relação a si mesma ou entre pessoasdivórcio; não saber o que fazer; não conseguir fazer os deveres; perder-se; mentir; catástrofes ambientais; ter acontecido algo de mal/ desagradável; etc…

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Resolução (RES-1; RES-2; RES-3): quando a história tem uma resolução. Há três tipos diferentes de resoluções:

A RES-1 é codificada para histórias em que o problema deixa subitamente de existir ou tem uma resolução mágica

Na RES-2 a história tem uma finalização adaptativa e há alguma discriminação dos passos que conduziram à resolução Na RES-3, para além dos requisitos da RES-2, é necessária a presença de extrapolações ou generalizações para situações futuras

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Exemplos/ especificações:RES-1- a história passa de uma situação- problema para uma conclusão súbita, sem processo intermédio- final não realista/ irrealista- …diz que o problema, subitamente, já não existefins mágicos; “viveram felizes para sempre”; etc…

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Exemplos/ especificações:RES-2- estabelece/ descreve uma resolução construtiva de sentimentos internos- …solução para um problema exterior- …solução harmoniosa para conflito interpessoalno geral, a descrição inclui a “explanação do processo” de lidar com o problema/ discriminação dos passos que conduziram à resolução

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Exemplos/ especificações:RES-3- (ver: RES-2)- …extrapolações ou generalizações para situações futurasno geral, indica uma resolução construtiva, que vai para além do problema ou conflito actual/ imediato, incluindo também aspectos de generalização para situações futuras

Cotação/ Escalas Adaptativas

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Notas: Numa mesma história, as escalas SUP-O e SUP-C não podem ser codificadas simultaneamente, isto é, apenas uma destas escalas deve ser cotada numa dada história. Se ambos os suportes forem referidos ou estiverem presentes, na história, escolheremos deles o que fornecer informação mais relevante, do ponto de vista de análise do caso; ou o que exigir maior projecção/ elaboração por parte da criança- por não ser tão directamente sugerido pela lâmina, por exemploExistem 5 modos alternativos para codificar o final de uma história: RES-1, RES-2, RES-3, UNR e MAL. São, também, mutuamente exclusivos, isto é, para cada história apenas um e um só desses modos é cotado, devendo ser escolhido o que melhor descreve a situação/acção/ interacção entre personagens

Cotação/ Escalas Adaptativas

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R.A.T.C.: CATEGORIAS DE CODIFICAÇÃO/ COTAÇÃO

ESCALAS CLÍNICAS

(5 escalas)

Ansiedade (ANX): uma das personagens manifesta sentimentos de ansiedade ou equivalentes ansiosos/ansiógenos (ex: ferir-se, estar doente…); também pode ser usada na cotação de temas em que a personagem expressa culpa ou remorso

Exemplos/ especificação:- …apreensão, preocupação-…dúvidas acerca das suas próprias capacidades em lidar com a situação problemática- sentir-se culpado, pedir desculpas- temas de morte, doença, acidentes- medo, nervosismoagitação; choque; preocupação; estar nervoso; etc…

Cotação/ Escalas Clínicas

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Agressão (AGG): uma das personagens manifesta agressão aberta (ex: agressão física), agressão coberta (ex: estar irritado) ou destrói objectos; agressão verbal

Exemplos/ especificação:- lutar, bater- roubar- armar confusão- destruir coisas

estar zangado; partir o vaso favorito da mãe; bater no colega; etc… \ \ \

Cotação/ Escalas Clínicas

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Depressão (DEP): uma das personagens manifesta sentimentos de depressão ou equivalentes depressivos (ex: cansaço…)

Exemplos/ especificação:- tristeza; infelicidade- choro- muito sono; cansaço/ fadiga; apatia

no geral, sentimentos de tristeza, de depressão ou equivalentes; etc…

Cotação/ Escalas Clínicas

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Rejeição (REJ): uma das personagens rejeita ou não gosta de outra

Exemplos/ especificação:- rejeição interpessoal- ciúmes- não fazer algo que foi pedido- separação/ divórcio- separação prolongada dos outros- discriminação racialnão ter amigos; não gostar de alguém; falhar na obtenção de atenção desejada; etc…

Cotação/ Escalas Clínicas

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Não Resolvido (UNR): a história não contém uma resolução dos aspectos comportamentais ou emocionais problemáticos; ausência de resolução

Notas: Existem 5 modos alternativos para codificar o final de uma história: RES-1, RES-2, RES-3, UNR e MAL. São mutuamente exclusivos, isto é, para cada história apenas um e um só desses modos é cotado, devendo ser escolhido o que melhor descreve a situação/acção/ interacção entre personagens

Cotação/ Escalas Clínicas

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R.A.T.C.: CATEGORIAS DE CODIFICAÇÃO/ COTAÇÃO

INDICADORES CLÍNICOS

(3 indicadores)

Resposta Atípica (ATY): resposta em que o conteúdo da imagem é, claramente, distorcido, existindo processos perturbados de pensamento ou temáticas clínicas (ex: abuso sexual, violência excessiva, homicídio…)

Exemplos/ especificação:- distorção perceptiva- pensamento ilógico- conteúdos irrealistas (excepto se em sonhos)- morte da personagem (personagem presente no estímulo)

Cotação/ Indicadores Clínicos

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Resposta Mal-adaptada (MAL): resposta em que a finalização da história é mal-adaptativa (ex: as personagens fazem algo que contribui para a manutenção do problema, manifestam comportamentos socialmente inaceitáveis). A história termina com a violação de uma norma social (ex: roubar, mentir, agredir violentamente alguém, matar…)nota: aspectos relativos ao final da história/ descritos ou apresentados como desfecho da situação/acção/ interacção Notas: Existem 5 modos alternativos para codificar o final de uma história: RES-1, RES-2, RES-3, UNR e MAL. São mutuamente exclusivos, isto é, para cada história apenas um e um só desses modos é cotado, devendo ser escolhido o que melhor descreve a situação/acção/ interacção entre personagens Cotação/ Indicadores

Clínicos

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Recusa (REF): a criança recusa-se a contar uma história

nota: um “equivalente” à recusa é a não codificação/ sem pontuação, i.e., história meramente descritiva, em que nenhuma das escalas prévias pode ser atribuída. Porém, note-se que a codificação é diferenciada, para cada uma dessas situações.

Cotação/ Indicadores Clínicos

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ROBERTS APPERCEPTION TEST FOR CHILDREN R.A.T.C.

[TESTE APERCEPTIVO DE ROBERTS PARA CRIANÇAS]

Exemplos de histórias – cotação

Cotação/ Exemplos

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Sujeito A: António; 13 anosLâmina: 12-B (conflito parental/depressão)

Aqui, nesta imagem, é os pais que estão tristes e cansados e aqui o filho está a ver o sofrimento deles e está triste e um bocado nervoso a pensar se vai correr melhor a vida aos pais.

Cotação:- …pais …tristes e cansados; /…filho está…triste: (DEP)- …filho está a ver o sofrimento deles…a pensar se…: (PROB)- …filho…está …um bocado nervoso: (ANX)- (ausência de resolução): (UNR)

Cotação/ Exemplos

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Sujeito B: Belmira; 11 anosLâmina: 3-G (atitude para com a escola)

A menina não acabou os trabalhos e agora tem muitos e, se calhar, não sabia muito bem como os fazer. Ficou mesmo chateada e zangada por ter de os fazer. Mas vai continuar e continuar até que descobre como se faz e depois consegue acabar e vai conseguir uma boa nota.

Cotação: - …a menina não acabou os trabalhos…não sabia …como os fazer: (PROB)- …chateada e zangada…: (AGG)- …vai continuar e continuar …descobre: (SUP-C) …consegue acabar…boa nota (RES-2) Cotação/

Exemplos

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Sujeito C: Carla; 10 anosLâmina 15 (nudez/sexualidade)

Ela está a tomar banho, a mãe, e o irmão entra e vê que ela está a chorar porque não sabe o que fazer, está confusa com alguma coisa.

Cotação:- …está a chorar…: (DEP)- … não sabe o que fazer …confusa: (PROB)- (ausência de resolução): (UNR)

Cotação/ Exemplos

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Sujeito D: Duarte; 9 anosLâmina 7-B (dependência/ansiedade)

Este miúdo acordou, estava a ter um pesadelo e teve medo e não sabe o que fazer e depois chamou pela mãe. Estava a sonhar que um monstro ia atrás dele, mas depois viu que era só um sonho e ficou logo bem.

Cotação: - …pesadelo…medo: (ANX)- … acordou…não sabe o que fazer: (PROB)- …chamou a mãe: (REL)- …monstro ia atrás dele…: (AGG)-…viu que era só um sonho: (SUP-C)- …viu que era só um sonho e ficou logo bem: (RES-2) Cotação/

Exemplos

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Sujeito E: Elsa; 11 anosLâmina 10-G (rivalidade fraterna)

Ela teve um bebé. Por isso é que a miúda está triste. Agora ninguém liga à miúda. A miúda a olhar. E a mãe: “olha! um bebé”. E a miúda triste. Já não a querem por causa do bebé e já não quer que a mãe tenha um bebé pois sem ele nada disto tinha acontecido.

Cotação:- …triste: (DEP)- …ninguém liga..;/ já não a querem: (REJ)- …já não quer que a mãe tenha um bebé pois sem ele nada disto tinha acontecido: (PROB)- (não solucionado): (UNR)

Cotação/ Exemplos

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Sujeito F: Francisco; 8 anosLâmina 2-B (suporte materno)

Este rapaz andou à bulha na escola e depois foi posto de castigo. Chega a casa muito triste e a mãe abraçou-o e depois viveram felizes para sempre.

Cotação.- …bulha: (AGG)- …castigo: (LIM)-… triste: (DEP)- …abraçou-o: (SUP-O)-…felizes para sempre: (RES-1)

Cotação/ Exemplos

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[TESTE APERCEPTIVO DE ROBERTS PARA CRIANÇAS]

Exemplo/ Caso Prático 1

Exemplo/ Caso Prático 1

Page 39: Formação Roberts- Slides2

Exemplo/ Caso Prático 1

Dados: L.B., 10 anos, masculino(divórcio dos pais, quando L.B. tinha 4 anos; ambos os progenitores reconstituíram família; L.B. ficou a viver com a mãe, o padrasto e o irmão, visitando regularmente o pai e a madrasta; mantinha uma boa relação com o padrasto, sendo este uma figura importante na vida de L.B.; o padrasto morreu num acidente; L.B. não expressou sentimentos relativamente à perda, o que causou preocupação, quer à mãe, quer ao pai; na escola, é uma criança com boas notas, descrito, pela professora como “algo adulto para a sua idade” e com capacidade intelectual acima da média; tendo L.B., desde há muito tempo, preocupações com a limpeza e o asseio, é pouco depois da morte do padrasto que esses comportamentos se manifestam de modo exacerbado, pelo que é trazido a uma consulta de Psicologia)

Exemplo/ Caso Prático 1

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R.A.T.C.

Lâmina 1B (Confrontação Familiar) Este rapaz, aqui, fez algo de errado e os pais descobriram e, agora, estão a falar com ele sobre isso e o pai está a querer saber porque é que ele fez isso. (Q) Está assustado. (Q) Acho que roubou alguma coisa a um colega, um carrinho ou coisa assim. E acho que os pais lhe estão a dizer que ele não vai poder sair para brincar durante uma semana, porque isso não se faz.

Lâmina 2B (Suporte Materno) Parece que este rapaz, ele ia fazer um teste, era um exame importante, um exame de condução. E ele não conseguiu, não vai ter a carta. Vem para casa a chorar e a mãe até o está a apoiar e a ser meiga para ele. (Q) É este o fim.

Exemplo/ Caso Prático 1

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Lâmina 3B (Atitude Escolar)O rapaz tem muitos trabalhos de casa e tem de os fazer. E parece que está a ter muitas dificuldades para os acabar. E se ele não os fizer a mãe não o deixa ir brincar. E... ele vai fazer tudo bem.

Lâmina 4 (Suporte Criança/Agressão) Parece uma miúda e alguém lhe bateu. E ela desmaiou. E esta, aqui, está a olhar e não sabe o que fazer.

Lâmina 5B (Afecto Parental) Parece o pai do rapaz que está com uma mulher. Eles não são casados e o rapaz não gosta lá muito dela. O rapaz entrou na sala e viu que eles se estavam a beijar e ficou um pouco triste. E está a espreitar mas eles não sabem que o miúdo está a ver.

Exemplo/ Caso Prático 1

Page 42: Formação Roberts- Slides2

Lâmina 6B (Pares/Interacção Racial) Estes todos estão a combinar ir jogar futebol. Mas este diz que não vai poder ir, porque tem de ir para casa. E os outros chamam-lhe nomes e dizem que já não vão ser mais amigos dele se ele não vier.

Lâmina 7B (Dependência/Ansiedade) Este rapaz... a mãe foi deitá-lo e ele teve medo, está com muito medo e agarrado, assim, aos cobertores. É tudo.

Lâmina 8 (Reunião Familiar) A mãe quer ser simpática e ir com o pai e os miúdos jantar fora. O pai chegou agora do trabalho e está meio zangado. E chegou tarde a casa porque parou num café e embebedou-se. Os miúdos estão assustados. E depois eles começaram a discutir (a mãe e o pai).

Exemplo/ Caso Prático 1

Page 43: Formação Roberts- Slides2

Lâmina 9 (Agressão Física) Estes dois rapazes andaram à luta, este deu-lhe um murro e o outro caiu no chão e está ferido... um olho negro e meio zonzo.

Lâmina 10B (Rivalidade Fraterna) A mãe teve um bebé e o outro menino, que tem 4 anos, está a pensar como será o bebé e se a mãe só vai brincar com o bebé ou se também brinca com ele ou se já não gosta dele.

Lâmina 11 (Medo) A mãe desta menina disse-lhe para ela vir para casa às 5 horas mas ela não veio. E a mãe: “porque não vieste às 5?”. E a menina disse que não tinha visto as horas. E a mãe estava a passar a ferro e vai castigar a menina. Mas, depois, começou a atirar com tudo, o ferro, tudo.

Exemplo/ Caso Prático 1

Page 44: Formação Roberts- Slides2

Lâmina 12B (Conflito Parental/Depressão) A mãe parece que está a desmaiar e o pai está a ajudá-la. O rapaz está a ver e, no início, a mãe estava a morrer em vez de desmaiar. E não se sabe como vai acabar.

Lâmina 13B (Exteriorização de Agressão) Este está chateado, porque aconteceu algo de mal à mãe. E está tão chateado que parte a cadeira. A mãe estava doente, fez uma operação que não correu bem e no fim morre.

Lâmina 14B (Limite Materno) O miúdo pintou a parede, fez esta trapalhada toda, tudo estragado e a mãe chateou-se e, depois, castigou o filho. Mandou-o para o quarto de castigo, por causa do que ele fez.

Exemplo/ Caso Prático 1

Page 45: Formação Roberts- Slides2

Lâmina 15 (Nudez/Sexualidade) A irmã mais velha está a tomar banho e deixou a porta aberta e ele viu-a e começou a fazer pouco dela e a chamar-lhe nomes. Depois, fecha a porta e vai embora.

Lâmina 16B (Suporte Paterno)O miúdo a mostrar um trabalho da escola. O pai está orgulhoso com o filho e o filho também está orgulhoso do trabalho dele.

Exemplo/ Caso Prático 1

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ROBERTS APPERCEPTION TEST FOR CHILDREN R.A.T.C.

[TESTE APERCEPTIVO DE ROBERTS PARA CRIANÇAS]

Procedimento de/para a interpretação

Procedimento de Interpretação

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Procedimento de/para a interpretação

Passos:1. Considerar o resultado total/frequência para cada um dos indicadores clínicos: Resposta Atípica (ATY) e Resposta Mal-adaptada (MAL) – para determinar a gravidade de distúrbio (ver: valores de corte/pontos discriminantes). Considerar os conteúdos das respostas ATY (para detectar aspectos de pensamento distorcido, interpretação inadequada, violência extrema…- que caracterizam crianças com perturbação grave/severa).O Acting out e um fraco controlo de impulsos, que podem ser identificados por um resultado elevado em MAL – indica um nível moderado de distúrbio ou perturbação. De notar que uma criança com perturbação moderada pode obter resultados/cotação relativos a vários indicadores clínicos mas não apresentará distúrbio/distorção de pensamento (ver: conteúdos).

Procedimento de Interpretação

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2. Conteúdo sexual e/ou outros abusos físicos – poderá significar abuso sexual.

3. Identificação de um funcionamento intelectual baixo e/ou imaturidade e/ou resistência ou comportamento oposicional – a partir da presença de várias categorias Não- Codificação/Sem Pontuação (NS) e/ou de Recusa (REF).

Procedimento de Interpretação

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4. Identificar áreas/domínios de problemas emocionais, indicados por um nº elevado de resultados de escalas clínicas. Tais resultados possibilitam uma perspectiva dinâmica da situação da criança, uma vez que identificam possíveis razões para dado problema de comportamento e descrevem os modos como a criança manifesta esses mesmos problemas.

Procedimento de Interpretação

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5. Ver: resultados nas escalas adaptativas – para identificação o nível geral de maturidade/desenvolvimento da criança e o nível de funcionamento do Eu/ como a criança lida com situações problemáticas. Crianças com problemas graves têm, geralmente, resultados baixos nas escalas de Resolução.

6. Avaliar o potencial da criança em termos de resolução de problemas, de um modo adequado à sua idade - ver: Identificação de Problema, enquanto 1º passo de um processo de resolução.

Procedimento de Interpretação

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7. Comparar os resultados REL e SUP-O para avaliar o sistema de suporte/apoio da criança.

8. Determinar o nível de auto-suficiência/ auto-confiança, a partir de resultados obtidos na escala SUP-C.

9. Identificar a percepção que a criança tem do estilo parental de educação/disciplina (métodos)- ver: resultados LIM.

Procedimento de Interpretação

Page 52: Formação Roberts- Slides2

10. Efectuar a análise de conteúdo para identificar aspectos personalizados, invulgares e/ou temas recorrentes, nas histórias, bem como o sentimento de “família” e a tonalidade emocional geral predominante. Procurar identificar aspectos de criatividade que possam ser redireccionados para modos construtivos de resolução de problemas.

Procedimento de Interpretação

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11. Observação do comportamento da criança durante a sessão de teste – ver: nível de cooperação, motivação, concentração – atenção na/para a tarefa, comportamento adequado, interaçção verbal… (complemento de informação – interpretação).

Procedimento de Interpretação

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Bibliografia/ documentos:

. Acetatos- Resumo(s)

. Exemplos de cotação/ análise de dados/ interpretação

. Anastasi, A., & Urbina, S. (2000). Testagem psicológica (7ª ed.). Porto Alegre: ArtMed Editora..Gonçalves, M., Morais, A. P., Pinto, H., & Machado, C. (1999). Teste Aperceptivo de Roberts para Crianças. In M. R. Simões, M. Gonçalves, & L. S. Almeida (Eds.), Testes e provas psicológicas em Portugal (vol. 2, pp.185- 198). Braga: APPORT/ SHO.. Kamphaus, R. W., & Frick, P. J. (1996). Clinical assessment of child and adolescent personality and behavior. Boston: Allyn & Bacon.. Lanyon, R. I., & Goodstein, L. D. (1997). Personality assessment (3rd ed.). New York: John Wiley & Sons.. McArthur, D. S., & Roberts, G. E. (1992). Roberts Apperception Test for Children. Manual. L. A., California: Western Psychological Services.. Roberts, G. E. (1990). Interpretative handbook for the Roberts Apperception Test for Children. L. A., California: Western Psychological Services.

Bibliografia

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... BONS PERCURSOS

AO REENCONTRO ...

Manuela Vilar