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0 Quando alguém vai empreender um negócio, uma das primeiras coisas que ouve é: “você precisa abrir uma empresa”. E via de regra, os primeiros pensamentos não são muito positivos. Surgem dúvidas de como e onde realizar os procedimentos, mas acima de tudo, as resistências quanto às burocracias e os elevados custos para a abertura e a manutenção da empresa. Formalização: o caminho para o crescimento do Microempreendedor Individual WWW.SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800 – PERÍODO: JANEIRO/2014 0800 570 0800 / www.sebrae.com.br O que acontece é que muitos pequenos empreendedores acabam vivendo na informalidade, desconhecendo os grandes benefícios que a formalização traz. Por isso, diversas facilidades vêm sendo criadas para diminuir os obstáculos e ajudar o empreendedor a ter acesso aos benefícios da formalização, como você conhecerá neste boletim.

Formalização: o caminho para o crescimento do ... · O que acontece é que muitos pequenos empreendedores acabam vivendo na informalidade, desconhecendo os grandes benefícios que

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Page 1: Formalização: o caminho para o crescimento do ... · O que acontece é que muitos pequenos empreendedores acabam vivendo na informalidade, desconhecendo os grandes benefícios que

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Quando alguém vai empreender um negócio, uma das primeiras coisas que

ouve é: “você precisa abrir uma empresa”. E via de regra, os primeiros

pensamentos não são muito positivos. Surgem dúvidas de como e onde realizar os

procedimentos, mas acima de tudo, as resistências quanto às burocracias e os

elevados custos para a abertura e a manutenção da empresa.

Formalização: o caminho para o crescimento do Microempreendedor

Individual

WWW.SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800 – PERÍODO: JANEIRO/2014

0800 570 0800 / www.sebrae.com.br

O que acontece é que muitos pequenos empreendedores acabam vivendo

na informalidade, desconhecendo os grandes benefícios que a formalização traz.

Por isso, diversas facilidades vêm sendo criadas para diminuir os obstáculos e ajudar

o empreendedor a ter acesso aos benefícios da formalização, como você

conhecerá neste boletim.

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PÁGINA 2 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Os motivos de tanta resistência

Sabemos que a burocracia é um fator que desestimula o empreendedor. Para se

abrir uma empresa muitas vezes são necessários 8 passos (vide figura), com necessidade

de apresentação de vários documentos e custos elevados para a maioria das pessoas

que pretendem ingressar na legalidade.

O custo médio de abertura de uma empresa no Brasil, considerando todas as

etapas e taxas nos 27 estados, todos os portes e os setores de comércio, serviço e indústria

é de R$ 2.038. Dentre os estados, o maior custo é registrado em Sergipe, com R$ 3.597 e o

menor na Paraíba, com R$ 963 - uma variação de 274%.

O gráfico ao lado mostra

o custo de abertura de

empresas por estado no

país.

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PÁGINA 3 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Do custo total de abertura

de empresa, o visto do

advogado e do alvará do corpo

de bombeiros correspondem a

mais de 60%. Destaca-se ainda o

custo do alvará sanitário e do

alvará de funcionamento, além

do custo de registro da junta de

registro da junta comercial.

Considerando a Lei

Complementar 123/2006, que

determina que o Contrato Social das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

não precisa conter visto de advogado, este custo é reduzido em, aproximadamente,

R$ 938,00, ou seja, totaliza, em média, R$ 1.278,00 (sem o alvará sanitário).

Não bastassem a burocracia e

os elevados custos para a abertura das

empresas, os empresários se veem

assolados pelos mesmos problemas

para a manutenção da empresa,

principalmente por conta dos

impostos.

A primeira razão para tal é que,

infelizmente, nosso país conta com

elevados encargos sociais que oneram

a folha de salários da empresa

formalmente constituída.

Se formos comparar os custos de abertura de empresas no Brasil e no mundo,

veremos que temos um dos maiores custos, inclusive em relação à média dos países

pertencentes ao bloco dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que é de R$ 672,00.

O economista José Pastore, em estudo de 1997, fez uma comparação do

percentual dos encargos sobre a folha de pagamento entre vários países. O quadro

abaixo resume essa comparação (consultoria legislativa da Câmara dos Deputados de

março de 2004). O Brasil apresenta uma taxa de encargos sociais de 91,8%, ou seja,

quase R$ 1 de obrigações pagos para cada R$ 1 de salário.

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PÁGINA 4 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Apesar dos pesares

O interessante neste cenário é que,

apesar dos inúmeros fatores que

tiram o incentivo para a

formalização, o volume de

pequenos negócios no país é

enorme e não para de crescer.

Então, deve haver alguma

motivação para tanto crescimento.

peladeral).

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que as micro e pequenas empresas são

responsáveis pela maioria da mão-de-obra formalmente empregada no país e, no

entanto, contribuem com apenas 25% do PIB brasileiro. Uma em cada duas MPE atua no

comércio. Estes dados e a projeção de crescimento de MPE no Brasil pode ser visto nas

figuras abaixo (fonte: Sebrae e Receita Federal).

Medidas de apoio ao desenvolvimento e

sustentabilidade das MPE

Com intuito de incentivar o

desenvolvimento e a sustentabilidade das MPE no

Brasil, foi criada a LC no 123/2006, direcionada à

criação de um ambiente de negócios mais

favorável no Brasil, com destaque à instituição do

Regime Especial Unificado de Arrecadação de

Tributos e Contribuições devidas pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o

Simples Nacional.

O Simples Nacional é um regime

compartilhado de arrecadação, cobrança e

fiscalização de tributos aplicável às micro

empresas (ME) e empresas de pequeno porte

(EPP). Abrange a participação de todos os entes

federados(União, estados, distrito federal e

municípios) e incorpora todos os tributos das

esferas federal, estadual e municipal.

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PÁGINA 5

Posteriormente, em 2007, a legislação sofreu um ajuste com a criação do Super

Simples que, em resumo, reduzia

carga tributária continuava elevada. Foi então que, percebendo um vultoso

crescimento de profissionais que operavam na ilegalidade

participação apenas do empreendedor como força de trabalho, o Governo Federal

decidiu criar uma legislação específica para favorecer este segmento.

receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

Porém, nem todas as atividades profissionais podem ser incluídas nesta categoria

(veja quais são as categorias elegíveis em

medida foi bastante positiva, tanto assim que de julho de 2009 a abril de 2012 foram

formalizados, aproximadamente, 2.056.015 MEI´s, dos quais quase 40% no comércio

varejista (fonte: Sebrae).

Desde a sua criação, a categoria de MEI não para

de crescer, conforme pode ser visto no gráfico de

evolução e previsão de crescimento, onde a taxa

de abertura de MEI é maior do que a de MPE

(fonte: Sebrae e Receita Federal).

BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEG

Posteriormente, em 2007, a legislação sofreu um ajuste com a criação do Super

Simples que, em resumo, reduzia em 40%, em média, os impostos de MPE. Ainda assim, a

carga tributária continuava elevada. Foi então que, percebendo um vultoso

crescimento de profissionais que operavam na ilegalidade em negócios em que havia a

participação apenas do empreendedor como força de trabalho, o Governo Federal

decidiu criar uma legislação específica para favorecer este segmento.

E em julho de 2009 criou

categoria de M

Individuais (MEI),

que trabalha por conta própria e

que se legaliza como pequeno

empresário. Para ser um MEI,

atualmente, é necessário faturar no

máximo até R$ 60.000,00 por ano e

não ter participação em outra

empresa como sócio ou titular

disso, o MEI também pode ter até

um empregado

salário mínimo ou o piso da categoria.

orém, nem todas as atividades profissionais podem ser incluídas nesta categoria

(veja quais são as categorias elegíveis em www.portaldoempreendedor.gov.br

medida foi bastante positiva, tanto assim que de julho de 2009 a abril de 2012 foram

formalizados, aproximadamente, 2.056.015 MEI´s, dos quais quase 40% no comércio

Desde a sua criação, a categoria de MEI não para

nforme pode ser visto no gráfico de

evolução e previsão de crescimento, onde a taxa

de MEI é maior do que a de MPE.

(fonte: Sebrae e Receita Federal).

PORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Posteriormente, em 2007, a legislação sofreu um ajuste com a criação do Super

em 40%, em média, os impostos de MPE. Ainda assim, a

carga tributária continuava elevada. Foi então que, percebendo um vultoso

negócios em que havia a

participação apenas do empreendedor como força de trabalho, o Governo Federal

decidiu criar uma legislação específica para favorecer este segmento.

E em julho de 2009 criou-se a

Microempreendedores

Individuais (MEI), que é uma pessoa

que trabalha por conta própria e

que se legaliza como pequeno

empresário. Para ser um MEI,

atualmente, é necessário faturar no

máximo até R$ 60.000,00 por ano e

não ter participação em outra

empresa como sócio ou titular. Além

também pode ter até

um empregado contratado que

orém, nem todas as atividades profissionais podem ser incluídas nesta categoria

www.portaldoempreendedor.gov.br). A

medida foi bastante positiva, tanto assim que de julho de 2009 a abril de 2012 foram

formalizados, aproximadamente, 2.056.015 MEI´s, dos quais quase 40% no comércio

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PÁGINA 6 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Obrigações menores para o Microempreendedor Individual (MEI)

A categoria tem obrigações bem menos burocráticas e onerosas do que a MPE,

tanto para a abertura, quanto para a gestão do negócio.

Uma das grandes vantagens para o MEI é

que, além de ser enquadrado no Simples Nacional,

o empresário ainda está isento dos tributos federais

(Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL), o que

acarreta em uma redução drástica em seus custos

tributários. Assim, paga apenas o valor fixo mensal

de R$ 34,90 (comércio ou indústria), R$ 38,90

(prestação de serviços) ou R$ 39,90 (comércio e

serviços), que é destinado à Previdência Social e ao

ICMS ou ao ISS. Essas quantias são atualizadas

anualmente, de acordo com os reajustes do salário

mínimo.

A concessão do Alvará de

Localização depende da

observância das normas dos

Códigos de Zoneamento

Urbano e de Posturas

Municipais.

Obtenção de alvará

A concessão do Alvará de

Localização depende da observância

das normas dos Códigos de Zoneamento

Urbano e de Posturas Municipais. Assim,

a maioria dos municípios mantém o

serviço de consulta prévia para o

empreendedor saber se o local

escolhido para estabelecer a sua

empresa está de acordo com essas

normas. Além disso, outras normas

devem ser seguidas, como as sanitárias,

por exemplo, para quem manuseia

alimentos.

Deve anexar ao Relatório as

notas fiscais de compras de produtos e

de serviços, bem como das notas

fiscais que emitir e mantê-lo guardado.

Relatório Mensal das Receitas

Brutas

Todo mês, até o dia 20, o

Microempreendedor Individual deve

preencher (pode ser manualmente), o

Relatório Mensal das Receitas Brutas que

obteve no mês anterior, não sendo

necessário entregá-lo em nenhum lugar.

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PÁGINA 7

Vantagens para a formalização

Além do baixo custo tributário, o MEI é beneficiado com uma série de

vantagens e facilidades:

Declaração Anual Simplificada

Todo ano o Microempreendedor

Individual deve declarar o valor do

faturamento do ano anterior. A primeira

declaração pode ser preenchida pelo

próprio MEI ou pelo contador optante

pelo Simples, gratuitamente.

Tributação

O MEI deverá pagar, até o dia

20 do mês seguinte, via Documento de

Arrecadação do SIMPLES Nacional

DAS, o valor fixo referente à sua

tributação, que no caso do comércio

varejista é a soma de R$ 33,90 (INSS) e

R$ 1,00 (ICMS), ou seja, um total de R$

34,90.

Isenção de Taxas para o Registro

da Empresa

Todo o processo de formalização é

gratuito, ou seja, o empreendedor se

formaliza sem gastar um centavo.

Qualquer outra cobrança recebida não

é do governo, não está prevista na

legislação e não deve ser paga.

BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEG

Vantagens para a formalização

Além do baixo custo tributário, o MEI é beneficiado com uma série de

Declaração Anual Simplificada

Todo ano o Microempreendedor

Individual deve declarar o valor do

faturamento do ano anterior. A primeira

declaração pode ser preenchida pelo

próprio MEI ou pelo contador optante

Custo para contratação de um

empregado

O Microempreendedor Individual

pode ter um empregado ganhando até

um salário mínimo ou o piso salarial da

profissão. Em resumo, o custo total do

empregado para o MEI é 11% do

respectivo salário. O cálculo é sempre

feito pelo valor do salário multiplicado

por 3% (parte do empregador) e por 8%

(parte do empregado).

O MEI deverá pagar, até o dia

20 do mês seguinte, via Documento de

Arrecadação do SIMPLES Nacional -

DAS, o valor fixo referente à sua

tributação, que no caso do comércio

soma de R$ 33,90 (INSS) e

R$ 1,00 (ICMS), ou seja, um total de R$

Isenção de Taxas para o Registro

cesso de formalização é

gratuito, ou seja, o empreendedor se

formaliza sem gastar um centavo.

Qualquer outra cobrança recebida não

é do governo, não está prevista na

legislação e não deve ser paga.

Emissão de Alvará pela Internet

Toda atividade comercial,

industrial ou de serviço precisa de

autorização da Prefeitura para ser

exercida. Para o Microempreendedor

Individual essa autorização (licença ou

alvará) é concedida de graça, sem o

pagamento de qualquer taxa, o

mesmo acontecendo para o registro

na Junta Comercial.

PORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Além do baixo custo tributário, o MEI é beneficiado com uma série de

Custo para contratação de um

O Microempreendedor Individual

um empregado ganhando até

um salário mínimo ou o piso salarial da

profissão. Em resumo, o custo total do

empregado para o MEI é 11% do

respectivo salário. O cálculo é sempre

feito pelo valor do salário multiplicado

por 3% (parte do empregador) e por 8%

arte do empregado).

Emissão de Alvará pela Internet

Toda atividade comercial,

industrial ou de serviço precisa de

autorização da Prefeitura para ser

exercida. Para o Microempreendedor

Individual essa autorização (licença ou

alvará) é concedida de graça, sem o

pagamento de qualquer taxa, o

mesmo acontecendo para o registro

Comercial.

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PÁGINA 8 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Acesso a Produtos e Serviços

Bancários

Com a formalização o

Microempreendedor Individual tem

condições de estabelecer um

relacionamento bancário com

instituições públicas e privadas. Sob a

ótica do crédito, pesquisa realizada pelo

Sebrae junto ao MEI (2013) mostra que as

cooperativas de crédito e as instituições

de microcrédito têm sido as principais

fontes de financiamento, entretanto,

Ausência de Burocracia

Obrigação única por ano com

declaração do faturamento. Ausência

de burocracia para se manter formal,

fazendo uma única declaração por ano

sobre o seu faturamento que deve ser

controlado mês a mês para ao final do

ano estar devidamente organizado.

Cobertura Previdenciária

Cobertura Previdenciária para o

empreendedor e sua família (auxílio-

doença, aposentadoria por idade,

salário-maternidade após carência,

pensão e auxilio reclusão), com

contribuição mensal reduzida - 5% do

salário mínimo, hoje R$ 33,90. Com essa

cobertura o empreendedor estará

protegido em casos de doença,

acidentes, além dos afastamentos para

dar a luz no caso das mulheres e, após 15

anos, a aposentadoria por idade. A

família do empreendedor terá direito à

pensão por morte e auxílio-reclusão.

Compras e Vendas em Conjunto

A Lei faculta a união de

Microempreendedores Individuais com

vistas à formação de consórcios com o

fim específico de realizar compras. Essa

medida permitirá aos empreendedores

condições mais vantajosas em preços e

condições de pagamento das

mercadorias compradas uma vez que o

volume comprado será maior.

tanto os bancos públicos como os bancos privados têm avançado no atendimento desse empreendedor. Destaca-se para esse público, o Programa Crescer do Governo Federal, que prioriza empréstimos entre R$ 300,00 e R$ 15 mil com juros de 5% a.a.

Controles Muito Simplificados

Além do custo reduzido, a

formalização é rápida e simples, sem

burocracia. Após a formalização o

empreendedor terá de fazer,

anualmente, uma única Declaração de

faturamento, também de forma fácil e

simples através da Internet e não há

necessidade de contabilidade formal.

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PÁGINA 9 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Apoio Técnico no SEBRAE na

Organização do Negócio

O SEBRAE estará orientando e

assessorando os Empreendedores que

assim o desejarem. Serão cursos e

planejamentos de negócios com vistas a

capacitar os empreendedores,

tornando-os mais aptos a manterem e

desenvolverem as suas aptidões.

Facilidade para Vender para o

Governo

O Governo é um grande

comprador de mercadorias e serviços,

nas suas três esferas: Federal, Estadual e

Municipal. Para vender para o Governo

é preciso estar formalizado.

Possibilidade de Crescimento

como Empreendedor

Com todo esse apoio e o fato de

estarem no mercado de forma legal, as

chances de crescer e prosperar

aumentam e o que hoje é apenas um

pequeno negócio amanhã poderá ser

uma média e até uma grande empresa.

Os grandes empresários não nasceram

grandes, eles começaram pequenos e

foram crescendo aos poucos, de modo

sustentável.

Serviços Gratuitos

Na formalização e durante o

primeiro ano como Microempreendedor

Individual, haverá uma rede de

empresas contábeis que irão prestar

assessoria de graça, como forma de

incentivar e melhorar as condições de

negócio do País.

Segurança Jurídica

Segurança Jurídica - formalização

está amparada em Lei Complementar

que impede alterações por Medida

Provisória e exige quórum qualificado no

Congresso Nacional.

Testemunhos de quem está crescendo com a formalização

Para mostrar que as vantagens realmente compensam para quem está

formalizado, trouxemos alguns casos reais de sucesso com a formalização.

Este é o caso de Abraão de Araújo, morador de Ariquemes (RO), que abriu uma

funilaria artesanal em veículos, mais conhecida como “martelinho de ouro”.

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PÁGINA 10 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Assim também aconteceu com a

empreendedora Maria Lucia Luz de

Oliveira, do município de Boca do Acre,

que, antes de receber a visita do

programa Negócio a Negócio do Sebrae,

vivia no comércio informal de cosméticos

e perfumaria. Maria Lucia não tinha loja e

vendia de porta em porta.

Com a formalização descobriu que

podia buscar novos fornecedores para

ampliar mais ainda sua variedade de

produtos, sem perder seu foco, e também

conseguiu o tão sonhado terminal de

venda de cartão de crédito e débito. Isto

A informalidade foi um dos obstáculos que ele precisou superar para conquistar

mercado e sonhar em expandir os negócios.

A necessidade de formalizar a atividade que realiza surgiu da impossibilidade de

emitir nota fiscal para as empresas que prestava serviço. “Deixei de fazer muito serviço

na cidade porque não tinha como tirar a nota fiscal”, lembra dos tempos difíceis o

empresário. Em busca de conhecimento, Abraão começou a participar das oficinas

do Sebrae para Empreendedores Individuais (Sei). Logo na após a primeira oficina, ele

foi convidado a se formalizar e junto com o CNPJ vieram outras vantagens como a

possibilidade de emitir notas fiscais, auxílio doença e aposentadoria.

Elevado ao status de empresário, Abraão passou a atender, além de clientes

pessoa física, as concessionárias, locadoras de veículos e empresas que possuem frotas

de veículos. Com isso, o empreendedor individual viu o negócio crescer, surgindo uma

nova necessidade, orientações sobre gestão empresarial. O próximo passo de Abraão

é abrir uma loja moderna, e se for o caso migrar para micro empresa, para receber os

clientes com mais comodidade.

ajudou a reduzir o número de inadimplentes, além de aumentar as vendas pela maior

facilidade nas condições de pagamento.

Com o aumento das vendas, Maria Lucia percebeu que podia montar sua loja e

hoje se considera uma empresária de sucesso.

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PÁGINA 11 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Depois de 20 anos trabalhando como eletricista, prestando serviços em

empresas, José Moreira dos Santos, morador de Balsas (MA), resolveu trabalhar por

conta própria, ainda que informalmente – o que durou quatro anos. Com a assessoria

do Sebrae, Moreira se formalizou e, após 120 dias, passou a conquistar mais clientes,

oferecendo seus serviços a empresas de grande e médio porte da cidade,

conquistando cerca de 50 novos clientes.

Moreira se declara confiante neste

novo momento de sua vida profissional. "A

partir do momento que formalizamos,

passamos a ser empresa, deixamos de ser

apenas um prestador de serviços. Com a

formalização, abriu-se uma vitrine para o

mercado, pois tendo CNPJ, tendo a

documentação passei a ter uma

visibilidade dos empresários que vão

procurar o meu serviço", pondera. Ele

destaca ainda que, ao oferecer o seu

trabalho aos empresários, a primeira

pergunta que fazem é se tem nota fiscal.

"O cliente não contrata o profissional e sim

a empresa e este é o meu diferencial",

comemora.

Assim como as histórias acima, milhares de outras existem espalhadas por todo

o país, demonstrando que não é só vantajosa, mas essencial a formalização, uma

vez que sem ela não se faz bons negócios, tanto com fornecedores, quanto com

clientes, especialmente empresas.

O fato é que, em pesquisa do Sebrae, 69% dos micro empreendedores

declararam que a compreensão dos benefícios do registro formal foram o principal

motivo para adesão ao MEI. A vontade de expandir seu negócio até se tornar uma

microempresa também prevaleceu, com 70% dos entrevistados manifestando esse

desejo.

Aqueles microempreendedores individuais que estavam na informalidade

foram questionados acerca dos impactos que a formalização teve no desempenho

da sua empresa, e os resultados se mostraram favoráveis: 55% declararam aumento

no faturamento; 54% declararam aumento nos investimentos; 52% declararam que

passaram a ter maior controle financeiro, e 26% declararam aumento nas vendas

para outras empresas. Também aumentou o total de MEI que tiveram sucesso ao

pedir empréstimo bancário: são agora 52% dentre aqueles que buscaram crédito.

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PÁGINA 12 BOLETIM DE OPORTUNIDADES E NEGÓCIOS

Os bancos públicos são os mais procurados – 68% dos MEI que buscaram crédito

o fizeram junto a instituições públicas. Outro dado importante nesse âmbito é que,

dentre aqueles que procuraram bancos públicos, 50% tiveram sucesso na obtenção

do crédito.

Não resta dúvida, então, de que a formalização é um caminho seguro para o

crescimento e a sustentabilidade dos microempreendedores do país.

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