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Referncia no tratamento do cncer infantil, o Hospital do GRAAC se prepara para um projeto de expanso. Alm de ampliar a capacidade de atendimento, a instituio, liderada por Srgio Petrilli, quer fortalecer a realizao de pesquisas na reaRelao Revista Como os hospitais podem evitar os entraves burocrticos com as operadorasrealidadeDo sonho lay_capa.indd 1 11/02/11 16:18Untitled-2 2 09/02/11 10:43Fornecedores Hospitalares revista 3NDICEndicerevistaFornecedoresHospi talaresFevereironmero18416GraaccCom auxlio da iniciativa privada e governo municipal, o Graacc entra em uma nova fase e prepare-se para crescer investindo R$ 100 milhes em uma nova unidade1610 .comVeja o que foi destaque no Sade Business Webraio X20 Hospital marcelinocHampaGnatDesenvolvido para ser um hospital de referncia destinado sade suplementar, o Hospital Marcelino Champagnat chega com o objetivo de equilibrar as contas do grupo Aliana Sade e reduzir o xodo de pacientes do Paran para ou-tros estados24 bem assistidoHC aposta em soluo automati-zada de esterilizao para reduzir ndice de infeco hospitalar28 panoramaHospitais e operadoras buscam equilbrio nas negociaes para que relao entre ambos seja de ganha-ganha39 sade businessscHoolEstruturando um programa de Segu-rana do Pacientelay Indice.indd 3 11/02/11 16:344 revista Fornecedores Hospitalares30566056 De olho nosforneceDoresA entrada de empresas es-trangeiras e a aprovao da Poltica Nacional dos Resduos Slidos aqueceram o mercado nacional de lixo hospitalar60 TecnologiaA disponibilizao do acesso informaes do paciente via internet trouxe uma nova preocupao por parte das ins-tituies de sade em relao a segurana da informao64 PerfilO mdico Samir Rahme mostra como a msica pode ajudar no cura66 livros69 carreiras70 viTrinearti gos38 gesToA profissionalizao da gesto47 esPao JurDicoDestino Desconhecido, sem previso de chegada68 rhGesto que faz a diferena82 hoT sPoTProteondicerevistaFornecedoresHospi talaresFevereironmero184lay Indice.indd 4 14/02/11 16:33Untitled-2 5 09/02/11 10:45www.revistafh.com.brE X P E DI E N T EPRESIDENTEEXECUTIVOADELSON DE SOUSA [email protected] EXECUTIVOMIGUEL PETRILLI [email protected] DIRETOREXECUTIVO E PUBLISHERALBERTO LEITE [email protected] DE RECURSOS E FINANASJOO PAULO COLOMBO [email protected] FAVOR RECICLEESTA R E V I STAINSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAOMARKETING REVISTASGERENTE DE MARKETINGGaby Loayza [email protected] MARKETINGGabriela Vicari [email protected] PORTAISGERENTE DE MARKETINGMarcos Toledo [email protected] DE MARKETINGAnderson Garcia [email protected] Novaes [email protected] FRUNSGERENTE DE MARKETINGEmerson Luis de Moraes [email protected] MARKETINGEmanuela Sampaio Araujo [email protected] Soares dos Santos [email protected] CORPORATIVACOORDENADORACristiane Gomes [email protected] E ANLISESEDITORASilvia Noara Paladino [email protected] Marchione [email protected] Quintiliano [email protected] Rodrigues Santana [email protected] Lopes [email protected] Evangelista [email protected] ANALISTASiniclei Luiz da Silva [email protected] HUMANOSDanielle Barcellos Rodrigues [email protected] DE ATENDIMENTOGERENTEMarcio Lima [email protected] Silva msilva@itmidia.com.brCOMORECEBERFORNECEDORESHOSPITALARESCOMOANUNCIARTRABALHECONOSCOCENTRALDEATENDIMENTOAOLEITOR RECEBIMENTO, ALTERAESDEENDEREO, RENOVAES(recebimento, alteraesdeendereo, renovaes)www.revistafh.com.br/[email protected] | Tel.: (11) [email protected]@itmidia.com.br | Tel.: (11) 3823.6700Conhea a soluo completa de mdia de negciosque a IT Mdia oferece: www.itmidia.com.brConhea o portal Saude Business Web: www.saudebusinessweb.com.brReceba as ltimas notcias do mercado em tempo real, diariamente em seu e-mail, assine a newsletter doSaude Business Web www.saudebusinessweb.com.brIT Mdia S/APa Prof Jos Lanes, 40 Edifcio Berrini 500 17 andar 04571-100 So Paulo SPFone: 55 11 3823.6600 | Fax: 55 11 3823.6690IMPRESSOLog & Print Grfica e Logstica S.A.EDITORAAna Paula Martins [email protected] Batimarchi [email protected] Carolina Buriti [email protected] Duo [email protected] Carvalho [email protected] DE ARTE E VDEOBruno Cavini [email protected] EDITORIALDjalma Rodrigues Executivo Industrial da Fanem Glauco Marcondes Diretor de Unidade de Negcios(Hospitalar/Oncologia/Hormnio)Olmpio Bittar Mdico especialista em Administraaode Servios de Sade e Polticas de SadePaulo Marcos Senra Souza Diretor da AmilSrgio Lopez Bento Superintendente geral de Operaesdo Hospital Samaritano Slvio Possa Diretor Geral do Hospital Municipal MBoi Mirim- Dr. Moyss DeutschEDITORIALCOMERCIALGERENTECOMERCIALLuciana Macedo [email protected] (11)3823-6633GERENTECLIENTESTania Machado [email protected] (11)3823-6651Ana Luisa Luna [email protected] (11) 3823-6706EXECUTIVOS DE CONTASAndra Z. Novo [email protected] (11) 3823-6640Jucilene Marques [email protected] (11) 3823-6604Mozart Henrique Ramos [email protected] (11) 3823-6629Rute Silva Rodrigues [email protected] (11) 3823-6637REPRESENTANTESRio de Janeiro: Sidney Lobato [email protected](21) 2275-0207 Cel: (21) 8838-2648 Fax: (21) 2565-6113Rio Grande do Sul: Alexandre Stodolni [email protected](51) 3024-8798 Cel: (51) 9623-7253USA e Canad: Global Ad Net [email protected]: 603-525-3039 Fax: 603-525-3028FORNECEDORES HOSPITALARESFornecedores Hospitalares uma publicao mensal dirigida ao setor mdico-hospitalar.Sua distribuio controlada e ocorre em todo o territrio nacional, alm de gratuita e entregue apenas a leitores previamente qualificados. As opinies dos artigos/colunistas aqui publicados refletem unicamente a posio de seu autor, no caracterizando endosso, recomendao ou favorecimento por parte da IT Mdiaou quaisquer outros envolvidos nessa publicao.As pessoas que no constarem no expediente no tm autorizao para falar em nome da IT Mdia ou para retirar qualquer tipo de material se no possurem em seu poder carta em papel timbrado assinada por qualquer pessoa que conste do expediente.Todos os direitos reservados. proibida qualquer forma de reutilizao, distribuio, reproduo ou publicao parcial ou total deste contedo sem prvia autorizao da IT Mdia S.A.HOSPI TALARESFORNECEDORESlay Expediente.indd 10 11/02/11 14:16FDRNECEDDRES HDSPlTLRES REVlST /Eu ttio AFORNECEDORES HOSPITALARESPara anunciar ligue: (11) 3823-6633E-mail: [email protected] xi HA Eoi coO cenrio dos hospitais lantrpicos no Pas. Conra as diferentes realidades e os modelos de gesto que tm sido bem suce-didos no mercadoFOTO: DIVULGAOArsvis1AForNscsoorssHosri1ALArssrAzrAr1soALsi1UrA oos css1orss s rrorissioNAis oA ArsA os sAUos oUs oUsrsH ss HAN1srA1UALizAoos.ArUaLicAcosroN1sosiNrorHAco os1ALuAoA 1rAzsNoo ssHrrs NovioAoss oo ss1or coH HA1sriAs asH ArUrAoAs s As rriNcirAis roN1ss os sAUos No PAisGUILHERME GONALVES RICCIO, SUPERINTENDENTE DE ASSISTNCIA SADE DO GRUPO SANTA CASA DE BELO HORIZONTElay_canal aberto.indd 7 10/02/11 10:29EDITORIAL8 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARESANA PAULA MARTINSEditora da Unidade de Sude da IT Mdia S.AbJ-Jc-~c.~-~. M~. ~ .~J|-Aqui na redao da IT Mdia, alm de jornalistas compromissados com a misso de desenvolver o setor e com a publicao de contedos relevantes para o mercado, somos, como todo mundo, usurios do sistema de sade. E uma vez inseridos nesse meio, difcil utilizar os servios sem prestar ateno em atendimento, processo, qualidade, tecnologia.Na semana entre o Natal e o Ano Novo, resolvi fazer uns exames de rotina, solicitados pelo meu mdico. Como todo mundo, tambm sofro de falta de tempo, e por isso, importante organizar e cumprir minha agenda. Chegando ao laboratrio, no horrio estipulado, uma atendente robtica simplesmente me disse que seria impossvel a realizao do exame, pois a guia estava vencida. Questionei, perguntei qual seria a soluo e ela roboticamente continuou repetindo que a guia estava vencida, e que a operadora no autorizaria. Liguei para o atendimento da operadora, e eles disseram que o problema era do laboratrio. Como no queria perder a viagem, propus pagar para fazer os exames, sem utilizar o plano, e a sugesto foi prontamente aceita, com direito at a antecipao do exame agendado para a parte da tarde.Depois de fazer todos os exames, resolvi conversar com o gerente responsvel para entender a frequncia com que isso acontecia. Quando ele soube que eu era jornalista, e trabalhava nessa rea, uma nova soluo surgiu: seria possvel assinar um termo de compromisso, que me permitiria levar uma guia atualizada em at cinco dias, sem precisar pagar por isso.Bom, todo esse relato tem um nico objetivo: mostrar como a burocracia e os processos engessados prejudicam o acesso aos servios de sade. Este um pequeno exemplo, mas olha quantos questionamentos podem ser feitos a partir daqui: 1) Se na rede credenciada falta agenda para atender planos mais bsicos, por que a guia tem prazo de vencimento de apenas um ms?; 2) Por que o atendimento precisa ser to diferenciado para quem se dispe a pagar; 3) Por que no h uma facilidade maior para se fazer exames preventivos (que era o caso), ou um estmulo aos usurios, ou at uma melhor remunerao para esses exames, uma vez que eles tm um importante papel para a promoo de sade? 4) Quantas pessoas mais no passam por esse tipo de situao e quantos exames devem deixar de ser feitos por conta disso? 5) Tem que ser assim? Foi diante deste questionamento que tentamos descobrir os caminhos para uma relao menos burocrtica entre operadoras e prestadoras nesta edio. No entanto, todas as respostas giraram em torno de um s tema: remunerao, que parece ser o nico foco dos dois players.Coloco as perguntas como sugesto. Dizem que so as perguntas que movem o mundo. Inovaes surgem de problemas a serem resolvidos. Quem sabe j no esteja na hora de questionar mais?Boa leitura!lay Editorial.indd 8 11/02/11 16:37Untitled-2 9 09/02/11 10:45.com10 revista Fornecedores HospitalaresEXPERTSAlberto ogAtAltimo post: Como fca a questo da sade mental?Alberto Ogata presidente da Associao Brasileira de Qualidade de Vida. Mdico e Diretor de Responsabilidade Social da FIESP. Autor dos livros Wellness e Guia Prtico de Qualidade de Vida, publicados pela Editora Campus Elsevier.Leia e discuta com nossos experts os assuntos mais quentes do ms: www.saudebusinessweb.com.br/blogsriCo buenoltimo post: governo vai discutir isenes para os tablets rico Bueno especialista em sistemas de sade e diretor da Health Consult.enio SAlultimo post: ocliente pacienteEnio Salu professor de Gesto de Contratos, Auditoria de Contas Hospitalares e Informtica Hospitalar na FIA e associado da Federao Brasileira de Administradores Hospitalares, Sociedade Brasileira de Informtica em Sade e ASSESPRO.guStAvo CAmpAnA ltimo post: medicina laboratorial napesquisa Clnica Gustavo Campana mdico, com residncia mdica em Patologia Clnica | Medicina Laboratorial. Scio diretor da Formato Clnico Projetos em Medicina Diagnstica, e Scio da GC2 Gesto do Conhecimento Cientfcoasmais clicadas1012345678910Anvisa disponibiliza novo Cdigo Farmacutico do Pas2011: veja calendrio de vacinao pelo SUS para SPFabricao: a nova lei de licitaesProfssional da sade: anote estes 10 pontosNovo cdigo de processo civil e o acesso sadeTotvs compra empresa de softwares de sadeMV Sistemas investe R$ 2 milhes em mobilidade para sadeConhea a nova metodologia doTop Hospitalar 2010Dirceu Raposo deixa a presidncia da AnvisaDeclarao de servios mdicosser exigida em 2011lay_online.indd 10 11/02/11 16:20Fornecedores Hospitalares revista 11Cesar abiCallaffe ltimo post: Os indicadores do P4P - artigo 6 Cesar Abicallaffe mdico e scio diretor da Impacto Tecnologias Gerenciais em Sade, com projetos de consultoria para operadoras e hospitais. Autor do modelo P4P para a implantao de programas de pagamento por performance para planos de sade, hospitais e SUS.sarah MunhOz ltimo post: 10 passos de segurana do paciente(2 parte) Sarah Munhoz enfermeira com Doutorado em Cincias pela Universidade Federal de So Paulo (2006) e professora na disciplina de Administrao na Faculdade de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro (UNISA).Resultado da enqueteAssista outras entrevistas nowww. saudebusi nessweb. com. br/webcastsWebcastComo garantir qualidade de vida no ambiente de trabalhoPor Maria Carolina buriti - [email protected] programa do Sade Business Web, a expert Daniele Kallas, falou sobre o impacto do estresse nas doenas, as estratgias das empresas em proporcionar programas de qualidade de vida, atividade laboral entre outros assuntos.Veja entrevista com a presidente do Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo CRF-SP, Raquel Rizzi. Na Sade TV: http://bit.ly/ecqRnvbrasil tem 20% da populao sem acesso a medicamentosPor Maria Carolina buriti [email protected] de 20% da populao no tem acesso a medicamentos, ou seja, 38 milhes em uma estimativa de 190 milhes de pessoas no Pas.Veja a entrevista, na ntegra, com a especialista em qualidade de vidaNa Sade TV: http://bit.ly/dE5QkDA Assembleia Legislativa de So Paulo aprovou em dezembro de 2010 um projeto de lei que determina que os hospitais pblicos devem destinar at 25% de sua capacidade operacional para pacientes com planos de sade. A medida causou polmica no setor. Dessa forma, o Sade Business Web quis saber qual a opinio dos leitores sobre a medida.Para a grande maioria - 55,41% - o governo deveria pensar em uma melhor forma para integrar os servios pblico e privado.Outros 32,43% responderam que a medida ir prejudicar aqueles que no tm condies de pagar um plano priva-do e que dependem exclusivamente da rede pblicaOs 12,16% restantes avaliaram que o projeto positivo, pois os procedimentos de alta complexidade e, portanto, de alto custo, so usualmente desviados pelos planos de sade para o SUS. E que os hospitais pblicos podero atender aos pacientes da rede privada, sendo ressarcidos.no aRParticipe da nossa enquete! Vote emwww.saudebusinessweb.com.br/enqueteA Emenda Constitucional n 29, que fxa os percentuais mnimos a serem investidos anualmente em sade pela Unio, por estados e municpios, foi aprovada em 2000. No entanto, o texto constitucional no contempla as fontes de recursos federais e a base de clculo de forma adequada. A EC 29 trata-se de uma regra transitria, que deveria ter vigorado at 2004, mas que continua em vigor por falta de uma lei complementar que regulamente a emenda. Dessa forma, o Sade Business Web quer saber: voc acredita que a emenda ser regulamentada na gesto do atual ministro Alexandre Padilha?m Sim, tendo em vista os inmeros discursos em que o atual ministro afrmou que a regulamentao da EC 29 uma de suas prioridades.m No. Porque ela deve esbarrar nos mesmos entraves polticos de sempre. Ou seja, o no consentimento do Governo Federal em destinar 10% da arrecadao de impostos para o setor.m Talvez. O ex-ministro Temporo tambm era a favor da regulamentao da emenda e nada aconteceu. O futuro da EC 29 ainda est completamente indefnido.lay_online.indd 11 11/02/11 16:21.com12 revista Fornecedores HospitalaresOpiniesConfra os artigos mais lidos do ms A erA dos dAdosImagine se o seu mdico pudesse lhe apresentar os resultados de seus exames em minutos, ao invs de em dias ou semanas. Atual-mente j existem tecnologias que permitem esta agilidade. Porm, para que isto se torne realidade, o setor de atendimento sade precisa reconhecer que tem um grande desafo. o desafo dos da-dos. Com esta provocao que o executivo de storage da IBM Brasi, edgar santos, inicia seu artigo e evidencia alguns problemas do cenrio atual.sUs: terCeIrIzAo AntnI-Mo de dIreIto sAdeem artigo, o mdico neurocirurgio, presidente do sindicato dos Mdicos de so Paulo (simesp) e da Federao nacional dos Mdicos, Cid Carvalhaes, critica o direcionamento de at 25% dos leitos de hospitais e unidades de sade pblica para pacientes conveniados previsto pelo Projeto de Lei Complementar (PLC) 45/2010.os Prs e ContrAs dA ex-tenso dAs PAtentesscia da rea cvel do escritrio Peixoto e Cury Advogados, Ana Luisa Porto Borges, escreve sobre os impactos nas receitas das farmacuticas devido extenso das patentes. o mercado mundial de medicamentos movimentou no ltimo ano o equivalente a Us$ 752 bilhes, segundo estudo divulgado pela Associao da Indstria Farmacutica de Pesquisa (Interfarma). no Brasil, foram mais de Us$ 15 bilhes investidos.Foto: ThinkstockLeia mais:www.saudebusinessweb.com.br seo gestoeinstein Faz gesto de desperdcio e colHe resultadoso hospital Israelita Albert einsteindesenvolveu um programa sustentvel para diminuir o impacto ambiental de suas operaes.reciclagem, gesto de des-perdcio, uso racional de gua e energia e descarte adequado de materiais so algumas das iniciativas do projeto. A instituiosegue diretrizes de protocolos internacionais de sustentabilidade. se-gundo o hospital,em 2010, os resultados foram positivos: aumento de 38% do vo-lume de resduo reciclvel; intensifcao da coleta seletiva, separao de resduo por tipo de material e encaminhamento para usinas de benefciamento, onde os materiais so limpos e preparados para utilizao da indstria; reduo de 9% no consumo de papel A4, devido conscientizao dos colaboradores; queda de 26% na gerao de resduos infectantes (comparando o primeiro e ltimo trimestre do ano); reduo de 18% das manchas dos enxovais, diminuindo a utilizao de gua e sabo e causando menos impacto em recursos naturais; conquista do selo Green Kitchen, que visa transformar a cozinha convencional do HIAe em cozinha susten-tvel, controlando excessos e priorizando o que agrega valor; reduo do desper-dcio de alimentos em mais de 10% (acima da meta) com a Ao Prato Limpo, alm de diminuio no consumo de guardanapos, de 2 para 1,3 por pessoa tais con-quistas tambm so resultantes de um trabalho de conscientizao realizado junto ao quadro de funcionrios do Hospital, que, atualmente, conta com mais de 9 mil pessoas, disse a instituio em nota.lay_online.indd 12 11/02/11 16:21Fornecedores Hospitalares revista 13Santa CaSa reformaUtI Com r$ 200 mIlcom verba parlamentar adquirida, em 2009,a santa casa de Marlia d an-damentoa reforma da Uti Geral, que passaracontarcom12leitospara internaes.arealizaodaobras foi possvel graas verba parlamen-tarconseguida,em2009,peloento deputado Federal srgio nechar, que conseguiu recursos de r$ 200 mil.segundoo provedor da santa casa de Marlia,Miltontdde,averbademo-rou a ser liberadadevido a mudanas nosistemadeconvniosdogoverno federal, com o ingresso da caixa eco-nmica Federal.a santacasacontarcom20leitos intensivosparapacientesadultos somandocomosleitosdaUticar-diolgicaeUnidadededortorcica. durante as obras na Uti geral, os pa-cientessoatendidosnaUnidadede dor torcica.Leia mais:www.saUdebUsinessweb.coM.br seo investiMentosFoto: ThinkstockLeia mais:www.saUdebUsinessweb.coM.br seo tecnoloGiaMv sisteMas investe r$ 2 MilHes em mobIlIdade para SadeVislumbrando grande potencial de mercado, a MV Sistemas planeja desem-bolsar cerca de R$ 2 milhes em solues mveis para o setor de sade. O projeto de desenvolvimento da companhia, em parceria com as universidades de Passo Fundo (RS) e Federal de Pernambuco, prevatuao em trs reas distin-tas: checagem, assistencial e clnica.Estas esto subdivididas em gesto hospitalar; por meio de indicadores e business intelligence (BI); colaborao, que consiste na troca de informaes entre profs-sionais; ateno bsica, com monitoramento de agentes de sade e logstica, que inclui farmcia hospitalar, pronturio eletrnico e dispensao. Segundo o diretor de Sistemas da MV em Passo Fundo, Charles Schimmock, esto sendo feitas pes-quisas sobre tecnologias mveis para aplicao de solues em cada um desses segmentos.A partir disso teremos uma infraestrutura de mobilidade montada para futuras demandas. A busca por mobilidade vai crescer em um percentual muito maior do que a demanda tradicional de desktops, afrmou Schimmock.Para se ter uma ideia, a MV realizou pesquisa com sua base de clientes e constatou que 87% deles esto investindo em alguma funcionalidade na rea mvel, como tablets, iPads, smartphones e equipamentos de sade especfcos. Precisamos nos preparar para esta migrao, enfatizou o executivo.Administrao de medicamentos sem erros No fnal do ano passado, a MV desenvolveu um sistema de checagem do medica-mento na beira do leito, via dispositivo mvel. Dessa forma, o processo de geren-ciamento dos remdios est sendo controlado at a aplicao no paciente.O mdico prescreve o medicamento por meio do pronturio eletrnico, a farmcia faz a dispensao por meio de um coletor e o enfermeiro na hora de ministrar a medicao aciona o dispositivo, que confere as informaes anteriores atravs de um cdigo de barras. O cdigo, segundo Schimmock, nico e identifca o lote e validade do produto, alm de garantir sua rastreabilidade.No leito do paciente, a enfermeira precisa, primeiramente, identifcar o nmero do seu crach no dispositivo mvel. Depois, necessrio identifcar o paciente atravs de uma pulseira com cdigo de barras, que j acusar a medicao que precisa ser ministrada naquele horrio. S ento, a medicao rotulada verifcada pelo apa-relho. Se estiver com o medicamento de outro paciente, o dispositivo informar o engano. A tecnologia 100% segura, enfatiza Schimmock.Para se ter uma idia, de acordo com um estudo publicado em julho na revista Acta Paulista de Enfermagem, cerca de 30% dos frmacos so aplicados de forma equivocada. O levantamento analisou a administrao de medicamentos em cinco hospitais pblicos brasileiros.O erro de horrio, com variao superior a um hora de antecedncia ou de atraso do horrio prescrito, foi o principal responsvel por esse percentual, registrando 77% das falhas. Porm, o estudo tambm apontou erros de dosagem, em 14,4% dos casos, seguido de erros de vias de administrao (6,1%), de medicamento no autorizado (1,7%) e de troca de paciente (0,5%).A ferramenta para a checagem no leito da MVest sendo testada em trs clientes. No entanto, o diretor informou ao Sade Business Web que j est pronta para ser comercializada.por verena souza [email protected]_online.indd 13 11/02/11 16:21revista Fornecedores Hospitalares 14AgendA26| SBADO Curso Bsico de induo da ovulao Local: Instituto de Ensino e Pesquisa em Me-dicina Reprodutiva de So Paulo Sobre o Evento: Fisiologia do eixoneuro-en-dcrino-gonodal; Caracterizao da reserva ovariana; Monitorizao da estimulao ovariana; Esquemas para baia complexida-de; Uso de agonista GnRH; Esquemas para fertilizao in vitro.22|TERACurso de Formao emAtendimento Pessoal e Telefnico a Pacientes da rea da Sade Local: Expo Center Norte Objetivo do Curso: Ao fnal do curso o aluno estar capacitado para realizar atendimento pessoal, utilizando tcnicas modernas, novas habilidades e atitudes para superar as expec-tativas dos pacientes. http://www.conquist.com.br21 | SEGUNDALegislao de planos de sadeLocal: So Paulo Programa: A responsabilidade civil das empresas e dos profssionais envolvidos nas transaes relati-vas sade suplementar. Personalizao do atendimento em servios de sade suplementar. Carga horria: 16 HS http://www.sp.senac.br/tiradentes12 | SBADOGesto da logstica emhospitaisLocal: So Paulo-SP Sobre o Evento: o participante aprende como favorecer e contribuir para a efcincia e qualidade na gesto e assistncia na rea da sade. http://www.sp.senac.br/tiradentesFevereirolay_online.indd 14 10/02/11 10:27Fornecedores Hospitalares revista 1510 | QUINTACurso Terico-Prtico de Reproduo Huma-na Assistida Local: So Paulo - SP Sobre o Evento: A nova turma iniciar suas aulas no dia 10 maro de 2011, data de incio do primeiro dos dez mdulos do Cur-so. As aulas sero ministradas s quintas, sextas e sbados, uma vez por ms, em perodo integral.Pblico-alvo: Ginecologistas e obstetras, com ttulo da Febrasgo.Sero oferecidas duas va-gas para urologistas, com ttulo da Sociedade Brasileira de Urologia. http://medicinareprodutiva.wordpress.com/10 | QUINTACurso Reproduo Humana na PrticaLocal: Instituto de Ensino e Pesquisa em Medi-cina Reprodutiva de So Paulo Sobre o Evento: Fisiologia do sistema repro-dutor masculino e feminino; Propedutica em infertilidade; Endocrinologia da reproduo; Endometriose; Gentica; Imunologia e trom-boflia; Laboratrio de reproduo assistida; Andrologia; Cirurgias em infertilidade; Video-laparoscopia; Vdeo-histeroscopia; Reprodu-o assistida de baixa e alta complexidade; tica; Ovodoao; Metodologia cientfca. www.medicinareprodutiva.wordpress.com12| SBADOGesto de manuteno em equipamentos hospitalares Local: Av. Tiradentes, 822Sobre o Evento: O participante aprende como favorecer e contribuir para a efcincia e qualidade na tomada de decises relativas manuteno de equipamentos em organiza-es de medicina diagnstica e em unidades hospitalares. http://www.sp.senac.br/tiradentes19 | SBADO Curso gentica e infertilidade Local: Instituto de Ensino e Pesquisa emMe-dicina Reprodutiva de So Paulo Sobre o Evento: Introduo gentica humana; Introduo citogentica humana; Exames mdicos que devem ser solicitados aos casais infrteis; Interpretao de exames; PGD e PGS. Curso terico com nfase nos aspectos prticos. http://medicinareprodutiva.wordpress.com28 | SEGUNDA-FEIRA Curso Custos para Instituies de Sade Local: PUC Virtual - curso no presencial Sobre o Evento: at 14 maro esto abertas as inscries para o curso de Custos para Instituies de Sade, com incio em 28 maro 2011.J em sua quinta edio, o curso aborda temas relevantes da gesto de custos e resultado.Durao: 5 semanas, em 40 horas.Ver detalhes nos sites: www.pucrs.br/educa-caocontinuada www.ead.pucrs.br Instrutor: Dalvio Bert, consultor de Custos e autor de obra especializada na rea. http://www.ead.pucrs.brMarolay_online.indd 15 10/02/11 10:28raio x16 revista Fornecedores HospitalaresCom auxlio do governo municipal e contribuies dainiciativa privada, o Graacc entra em uma nova fase e prepare-se para crescer investindo R$ 100 milhes em expanso. Alm do atendimento a crianas e adolescentes com cncer, o foco da instituio tambm a gerao de conhecimento por meio de pesquisas genticas e clnicasatender o paciente mantendo sua qualidade de vida e com uma mdia de 70% de cura em casos de cncer um desafo que vem sendo enfren-tado h dez anos pelo Instituto de Oncologia Peditrica (IOP/ Unifesp), hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e Criana com Cncer (Graacc). Comum oramento de R$ 56 milhes previsto para 2011, a instituio conta hoje com aproxima-damente 1,1 mil colaboradores entre mdicos, enfermeiros prestadores de servios e voluntrios, e prepara-se para expandir suas operaes com a construo de uma nova unidade ao lado das atu-ais instalaes, localizada no bairro Vila Clementi-no, na capital paulista.O plano de expanso, previsto para os prximos cinco anos contar com investimentos na ordem de R$ 100 milhes. A instituio pretende aumen-tar sua capacidade de atendimento e desafogar os servios mdicos prestados. Atualmente, o hospi-tal realiza cerca de 68 mil atendimentos por ano e tem uma taxa de ocupao de 85%.Para atingir suas metas e ter um crescimento cons-tante, a entidade adotou h cerca de um ano, um novo modelo de gesto, baseado em governana corporativa e conta tambm com um novo gestor, o superintendente administrativo e fnanceiro, Jos Helio Contador, que ocupa o cargo desde novem-bro de 2009 e acumula experincia no primeiro escalo de empresas como Siemens, Ford e Vis-teon, onde foi presidente por 10 anos. O motivo de ter sido criado esse novo modelo de gesto foi visando o crescimento da entidade. H 10 anos construram esta unidade e agora estamos prontos para entrar em uma nova fase de crescimento e expanso, salienta.De acordo com o Contador, o plano de crescimen-to, que envolve a construo dos novos anexos, tem o objetivo de tornar a instituio um dos grandes centros de tratamento de cncer infanto--juvenil da Amrica Latina, disseminar conhe-cimento e novas tcnicas para outras redes de hospitais, ampliar sua rea de pesquisa gentica, clnica, biolgica, cirrgica e patolgica e aumentar a formao de profssionais especializados em on-cologia peditrica. Para isso, o hospital contou com a doao, feita pela prefeitura de So Paulo, de um terreno ao lado da entidade, com 4,2 mil metros quadrados.A princpio, as novas instalaes contemplaro novas reas de atendimento, como radioterapia, pronto-socorro, 20 novos ambulatrios, mais quatrosalas cirrgicas, incluindo uma voltada para neurocirurgia totalmente robotizada, com o objetivo de atender mais crianas e trazer mais conhecimento por meio de pesquisas realizadas na instituio. O novo complexo tambm contar com 32 novos pontos de quimioterapia, sete leitos de internao para Transplante de Medula ssea (TMO), 48 leitos comuns e cerca de 300 vagas de estacionamento dispostas em quatro pavimentos subterrneos.Por ser uma entidade sem fns lucrativos e com um alto custo operacional, alm dos investimentos previstos, cerca de 50% de toda a arrecadao do hospital vem da iniciativa privada, que envolve a colaborao de empresas e pessoa fsica. A outra metade est dividida entre o atendimento ao Siste-ma nico de Sade (SUS), que corresponde a 88% do faturamento e 12% das operadoras. A comu-nidade nos ajuda, o Graacc no s um hospital assistencial que d remdio, comida e suporte ao paciente, e sim uma rede social, tendo uma casa de apoio, fornecendo transporte e alimentao, o que aumenta a chance de oferecer uma oportuni-dade de cura criana brasileira. No passado, 10% de nossos pacientes desistiam do tratamento por falta de condies de ir at o hospital, completa o superintendente mdico, Sergio Petrilli.Segundo Petrilli, uma das flosofas da entidade buscar a cura do cncer na criana e no adolescen-crescerHora deGuilherme Batimarchi [email protected]_raiox_graac.indd 16 11/02/11 16:28Fornecedores Hospitalares revista 17Foto: Ricardo benichioCurar no suficiente, queremos curar com qualidade de vida sergio petrilli, do Graacclay_raiox_graac.indd 17 11/02/11 16:28raio x18 revista Fornecedores HospitalaresData De inaugurao:Outubro de 1991nmero De leitos:46 leitosnmero De leitos De uti:7 leitosnmero De funcionrios:569nmero De mDicos creDenciaDos:25 nmero De cirurgias por ano:1,3 milatenDimentos/ms:68 milinvestimentos 2010:R$ 7 milhesinvestimentos 2011:R$ 27 milhesInstItuto de oncologIa PedItrIca (unIfesP/graacc)Foto: Divulgaote, e para atingir este objetivo a instituio est dividida em assistncia, ensino, pesquisa e extenso.Na parte assistencial, o objetivo do hospital trabalhar na vanguarda do conhe-cimento, trazendo tudo o que existe de mais moderno. Na rea de ensino, a enti-dade busca formar profssionais para atender sua demanda interna e tambm a de outras instituies por meio da Unifesp, que possui um programa de residn-cia em oncologia peditrica que anualmente forma cerca de cinco oncologistas peditricos que atuaro em diversos lugares do Pas. O hospital auxilia tambm na formao de enfermeiros, nutricionistas, psiclogos, dentistas e outros pro-fssionais da sade.GeRaO de cOnhecimentOA rea de pesquisa da instituio pode ser dividida em dois departamentos, o de estudos biolgicos e de pesquisa clnica. Hoje somos a nica instituio no Brasil com um banco de tecidos biolgicos que armazena tumores de diversos tipos capacitado para fornecer material e buscar parcerias para pesquisas in-ternacionais para a realizao de estudos, afrma Petrilli. Em alguns casos, alm de enviar o material para estudo a instituio envia tambm seus profssionais para o exterior visando a transferncia de conhecimento.Na rea de pesquisas clnicas, a instituio desenvolve estudos com novas dro-gas para o combate ao cncer. Devido a instituio ter se desenvolvido tendo um centro de pesquisas e ser capacitada a desenvolver estudos na rea clnica, ela comea a receber de todas as partes do mundo novos medicamentos para serem testados. Tudo isso graas a infraestrura alcanada pela instituio ao logo dos anos. Curar no sufciente, queremos curar com qualidade de vida, diz o superintendente mdico do Graacc.Desde 2004 foram realizados 133 projetos de pesquisa clnica na instituio, sendo que 39 deles ainda esto em andamento e nove so patrocinados pela in-dstria farmacutica. Para 2011, o Graacc j possui trs novos projetos que sero realizados em parceria com entidades de fora do Pas.Para ver mais fotos do hospital acesse nossa galeria. http://bit.ly/f7YbJaPara amenizar o impacto do tra-tamento, o hospital conta com brinquedoteca, quimioteca e profes-sores para lecionar aos pacientes internados Humanizao:lay_raiox_graac.indd 18 11/02/11 16:29Untitled-2 19 09/02/11 10:42raio xDesenvolvido para ser um hospital de referncia destinado sade suplementar, o hospital Marcelino Champagnat vem com o objetivo de equilibrar as contas do grupo Aliana Sade e reduzir o xodo de pacientes do Paran para outros estadosGuilherme Batimarchi [email protected] revista Fornecedores HospitalaresPrevisto para ser inaugurado em ou-tubro de 2011, o hospital Marcelino Champagnat, localizado em Curitiba (PR), ser a quinta unidade da rede Aliana Sade. Para construir e equi-par a instituio foram gastos cerca de R$ 50 milhes, sendo R$ 10 milhes desse valor destinados para a compra de equipamen-tos hospitalares.A construo do hospital veio para sanar um grande dfcit no oramento do grupo, que pos-sui cerca de 80% de suas atividades voltadas ao Sistema nico de Sade. Segundo o diretor geral do hospital, Cludio Lubascher, para cada R$ 1 gasto em assistncia a instituio remunerada em, no mximo, R$ 0,65, o que provoca uma de-fasagem em torno de 85%. Se formos fazer um levantamento da infao acumulada nos ltimos 15 anos, ela chega a 560%, enquanto as tabelas do SUS foram reajustadas em apenas 55% neste mesmo perodo, portanto no h milagre que se faa para conter esse dfcit, completa Lubas-cher.Tendo em vista este cenrio e sabendo que no se pode esperar uma soluo para o modelo de remunerao o grupo decidiu criar uma nova unidade voltada exclusivamente para a sade suplementar.Outro ponto analisado pelo grupo foi a falta de um hospital de referncia na regio. O Para-n perde muitos pacientes para So Paulo e inclusive para hospitais no Rio Grande do Sul, como o Moinhos de Vento e o Me de Deus, acrescenta Lubascher.Segundo o executivo, diante da necessidade da regio por um hospital de referncia e aps uma anlise de mercado que mostrou uma grande demanda, a Aliana Sade formatou todo o conceito e projeto do hospital. Falo em conceito, porque, para ser um hospital de referncia ele necessrio e para isso elaboramos uma metodo-logia de trabalho para atingir esta meta.A metodologia de trabalho utilizada pelo grupo foi a Estrutura Analtica de Projetos (EAP), que uma metodologia utilizada no gerenciamento de projetos que os decompem em partes menores, reduzindo o risco de que alguns pontos sejam omitidos ou esquecidos, facilitando o monitora-mento de todas as etapas do projeto.Para alcanar o conceito de referncia, o Marceli-no Champagnat contratou o Consrcio Brasileiro de Acreditao (CBA), parceiro da Joint Comis-sion International (JCI) no Brasil, para fazer uma avaliao de toda a estrutura fsica e processos do hospital visando a certtifcao. At a inaugu-rao do hospital j teremos todos os processos mapeados e defnidos, tendo como base os con-ceitos da Joint Comission. O hospital pretende conseguir o selo em 2012, afrma Lubascher.Alm da CBA, a instituio conta com o aux-lio de 15 mdicos consultores, que, segundo o diretor, essencial, uma vez que o profssional mdico est diretamente envolvido nos proces-sos do hospital. Ao todo so 13 grupos de traba-lho que atuam no desenvolvimento de processos e protocolosdo hospital.Segundo Lubascher, o Marcelino Champagnat ser um hospital geral com nfase em mdia e alta complexidade focado em ortopedia, neurolo-gia, cirurgia geral e cardiologia. No entanto, a uni-dade no atender as especialidades de pediatria e ginecologia.Uma das inovaes trazidas pela nova unidade o conceito de pr-induo anestsica, que consiste em anestesiar o paciente fora do cen-tro cirrgico permitindo mais agilidade dentro da sala de operao. Alm disso, a unidade ir explorar alguns conceitos de mercado como, por exemplo, o atendimento pr e ps hospitalar com pacientes geritricos. Para isso, o hospital est estruturando um sistema de atendimento domici-liar, sem substituir o homecare. Ele levar o aten-dimento mdico para o paciente em sua casa, mantendo todo o monitoramento dentro de uma FeitoSOB medidalay_raiox_marcelino.indd 20 11/02/11 16:24Fornecedores Hospitalares revista 21Foto: DivulgaoLubascher, do Marcelino Champagnat:Para cada R$ 1 gasto em assistn-cia, a instituio remunerada em, no mximo, R$ 0,65 pelo SUS, o que provoca uma defasagem em torno de 85% ns contas do grupolay_raiox_marcelino.indd 21 11/02/11 16:24raio x22 revista Fornecedores HospitalaresO Paran perde muitos pacientes para So Paulo e inclusive para hospitais no Rio Grande do Sul, como o Moinhos de Vento e o Me de Deus cludio lubascher, do Hospital Marcelino champagnatcondio de maior conforto, e a estrutura de apoio para fazer o acompanhamento do paciente in loco. Estamos desenvolvendo uma gesto muito mais proativa. Um hospital no pode mais ser apenas receptivo, nosso conceito que o hospital v at seus clientes criando um vnculo para entender suas necessidades e criar projetos e produtos que venham atender s expectativas do mercado.Com o foco em sade suplementar, o hospital est estudando quais os perfs dos planos de sade que o atraem. Como o investimento realizado muito alto, vamos verifcar quais so empresas que entendem nossa proposta, completa o executivo.Segundo o diretor do hospital, o processo de credenciamento do hospital obede-cer aos padroes estabelecidos pela JCI e toda contratao e gesto de pessoal estar baseada em uma matriz de competncia para cada uma das especialida-des. Isso permite que o hospital tenha uma viso mais clara sobre o perfl do profssional que atua na instituio, viabilizando o desenvolvimento, treinamento e capacitao adequada para cada tipo de colaborador.Data De inaugurao:Outubro de 2011nmero De leitos:118 leitosnmero De leitos De uti:31 leitosnmero De funcionrios:390nmero De mDicos creDenciaDos:500 nmero De cirurgias por ms:1000atenDimentos/ms:40 milinvestimentos 2010:R$50 milhesHOSPital MaRcelinO cHaMPaGnatFoto: Divulgao(data prevista)Para ver mais fotos do hospital acesse nossa galeria. http://bit.ly/hPrh6elay_raiox_marcelino.indd 22 11/02/11 16:24Untitled-2 1 11/02/11 12:00Foto: Ricardo Benichiobem assistido24 revista Fornecedores HospitalaresSuslik, do Hospital das Clnicas:Investimento de R$ 6 milhes em modernizao do parque tecnolgicolay_bem assistido.indd 24 14/02/11 12:26Fornecedores Hospitalares revista 25por verena souza [email protected] infeco hospitalar deixou de ser um fantasma nos corre-dores dos hospitais h pouco mais de dez anos perodo em que o mundo conheceu importantes padres globais de segurana do paciente. Entretanto, nenhum pas, at hoje, tem o controle absoluto da infeco hospitalar, ape-nas existem aqueles que possuem nmeros mais baixos de contaminao.Mas o avano nos processos de acreditao e instituies atuantes na melhoria dos cuidados com a sade tem ajudado os hospitais a identif-car as causas das contaminaes e, dessa forma, previn-las.Prescrio e administrao de medicamentos, procedimentos cirrgicos, manipulao de solues, testes laboratoriais ou investigaes radiol-gicas, todas essas intervenes em sade so passveis de falhas, sejam elas humanas ou tcnicas. Podendo, assim, originar as indesejadas infeces.A esterilizao dos materiais hospitalares est entre os procedimentos fundamentais para assegurar a qualidade assistencial dos pacientes.Alm disso, segundo a Associao Brasileira de Importadores de Equipa-mentos Produtos e Suprimentos Mdico-Hospitalares (Abimed), estudos demonstram que o reprocessamento de produtos e materiais destinados a uso nico pode afetar a funcionalidadedos mesmos, com srios riscos aos pacientes (veja informaes ao lado).De acordo com um roteiro de vistoria desenvolvido pelo Conselho Regio-nal de Medicina do Estado de So Paulo (Cremesp), necessrio que os hospitais pblicos e particulares sigam cinco princpios bsicos: comis-so de controle de infeco hospitalar; programa de controle de infeco hospitalar; situao da rea de procedimento; central de esterilizao de materiais e biossegurana.EfEtividadE dobradaAtento importncia dos procedimentos de esterilizao que consiste na retirada total de condies de reproduo da vida, seja a que nvel for o Hospital das Clnicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo (USP), inaugurou no fnal de janeiro um sistema robotizado de lavagem, esterilizao e desinfeco de materiais mdicos hospitalares, pioneiro na Amrica Latina.Foram investidos R$ 6 milhes no projeto, que substituir um parque tec-nolgico com mais de 25 anos, em funcionamento na Central de Material Esterilizado do hospital.Mquinas modernas e reas suja, limpa e estril bem delimitadas aprimoram a segurana do paciente e dobram a efetividade do Hospital das Clnicas de So Paulo. A Fornecedores Hospitalares foi entender o processo do pioneirismo da instituio na Amrica Latina Esterilizao:um processo vital Riscos Resduos da utilizao anterior como sangue e seus compo-nentes, secrees e outros componentes corpreos, que podem resultar em su-jeira estril, podendo levar, entre outras implicaes mais graves, a reaes alrgicas, e/ou resduos de agentes de limpeza; Alteraes nas propriedades fsicas, qumicas ou funcio-nais dos dispositivos m-dicos reprocessados, que podem falhar durante um procedimento cirrgico, ou mesmo romper-se dentro do corpo do paciente; Difculdadede rastreabilidade dos produtos reutiliza-dos,contrariando a prpria defnio do que vem a ser uma vigilncia sanitria.lay_bem assistido.indd 25 11/02/11 16:26bem assistido26 revista Fornecedores HospitalaresO grande diferencial da ala, segundo o di-retor executivo do Instituto Central do HC, Carlos AlbertoSuslik, est na separao com barreiras entre as reas suja (expur-go), limpa e estril.Chega uma tesoura do centro cirrgico, por exemplo, e vai para a lavagem nas termodesinfectadoras. Em seguida, a partir de um rob passa para a rea limpa estao em que os materiais so embalados para as autoclaves, onde se faz a esterilizao. Depois, outra mquina armazena os aparatos que voltam para as salas de cirurgias, explica. Suslik enfatiza que cada local do processo possui uma equipe diferente, no haven-do contato entre elas diferente de como era feito anteriormente. Temos a certeza da maior segurana embutida no proces-so devido s modernas mquinas e da melhor rastreabilidade. Alm de melhorar a segurana do paciente, otimizamos o tra-balho dos funcionrios, que fcou menos mecnico e repetitivo, afrma.O montante investido, segundo o executi-vo, contemplou a aquisio do maquin-rio e tambm reformas de infraestrutura eltrica e hidrulica. O sistema com-posto por quatro lavadoras termodesin-fectoras, quatro autoclaves - sendo uma hbrida para esterilizao a alta e baixa temperatura. Alm disso, existe um car wash (mquina de lavagem de carros que transportam instrumentais cirrgicos) e mtodos robotizados para carga e descar-ga. A rastreabilidade de todo o processo computadorizada.A capacidade de processamento da nova tecnologia chega a ser o dobro do mode-lo anterior. Para se ter ideia, sero este-rilizadas, por dia, 240 caixas cirrgicas, 150 pacotes de curativos e de pequenos procedimentos e 500 peas de assistncia ventilatria, para atender 52 salas cirr-gicas,15 Unidades de Terapia Intensiva (UTI),976 leitos operacionais e 450 consul-trios ambulatoriais.O ganho estimado do hospital em efetivi-dade ser de 60%. Com a nova central, a esterilizao de todos os materiais da instituio foi centralizada. No podemos medir o quanto o ndice de infeces hos-pitalares ser reduzido, mas certamente a segurana do paciente e do profssional da sade maior ressalta Suslik.Fotos: DivulgaoEtapa 3: EstrilEtapa 1: SujaEtapa 2: LimpaExpurgo dos materiaisPreparo de material limpoGuarda de material estrillay_bem assistido.indd 26 11/02/11 16:26Untitled-2 27 09/02/11 10:44Untitled-1 28 11/02/11 16:58Untitled-1 29 11/02/11 16:5830 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARESPANORAMAOS MEIOS ?OS FINS JUSTIFICAMlay_panorama.indd 30 11/02/11 16:40FORNECEDORES HOSPITALARES REVISTA 31OS MEIOS ?Patricia Santana [email protected] FINS JUSTIFICAMPara as operadoras de sade, os hospitais e os mdicos so despesas. Para as instituies hospitalares, a sade suplementar a receita. A remunerao a tnue curva que garante a sustentabilidade de ambos os negcios. A discusso, hoje, das entidades de classe e agncias reguladoras como alterar o cenrio de vale-tudo para uma relao ganha-ganha 31lay_panorama.indd 31 11/02/11 16:40panorama32 revista Fornecedores HospitalaresEm 2006, Michael Porter j apontava um problema no modelo de remunerao das assistncias mdicas, em sua obra Re-pensando a sade. Para o estudioso, os hospitais deveriam medir e divulgar os resultados mdicos, a fm de garantir uma negociao de custo baseado no valor. Mais tarde, em 2008, foi a vez do pesquisador Clayton Christensen avaliar o setor. Em sua obra Inovao na Gesto da Sade, o acadmico concorda com Porter e diz que a receita para reduzir os custos e aumentar a quali-dade do servio no setor est em abolir o pagamento por servio pres-tado. Para Christensen, a ausncia de um modelo de gesto inovador na indstria da sade em muitos casos por conta do ambiente regulatrio engessado a razo pela a qual a sade cada vez mais insustentvel do ponto de vista fnanceiro. Isto mostra que o dilema da relao fonte pagadora e instituies de sade um problema mundial h anos.No Brasil, as operadoras de sade remuneram os hospitais com base em pacotes ou dirias globais. Este modelo, de acordo com Henrique Salva-dor, presidente do conselho deliberativo da Associao Nacional de Hos-pitais Privados (Anahp), faz com que a sade suplementar divida com os hospitais o risco assumido com os benefcirios. O grande desafo ter entre os elos da cadeia a medida exata do compartilhamento do risco, sinaliza o executivo.E a medida exata justamente o que determinar a margem de cada player. Neste sentido, o cenrio atual de vale-tudo: hospitais incorpo-rando assistncia mdica no negcio ou operadoras verticalizando ope-rao com rede prpria. Existem ainda os casos em que h uma tentativa dos hospitais de negociar as tabelas. por isso que a Agncia Nacional de Sade (ANS), que regulamenta a sade suplementar, instaurou um grupo tcnico, formado por represen-tantes de entidades hospitalares e de operadoras de planos de sade, que tem como objetivo defnir um novo modelo para a sistemtica de remune-rao dos hospitais que atuam com a sade suplementar.De acordo com a agncia, atualmente, os preos dos servios hospitalares esto, em grande parte, dissociados dos custos de sua prestao. Isso porque, ao longo das duas ltimas dcadas vem ocorrendo uma conten-o dos valores das dirias e de diversas taxas de servios hospitalares. Ao mesmo tempo, houve aumento signifcativo das despesas com insumos (materiais, medicamentos, r-teses, prteses e materiais especiais - OPME), onde est concentrada a principal parcela das margens dos hospitais. Diante dessa situao, foi gerado um estmulo para o uso de insumos com relao custo-benefcio mais perversa para o sistema de sade, que acarretou em aumento dos custos assistenciais e fez com que parte dos recursos disponveis, que seria destinada aos honorrios mdicos, fosse dire-cionada para o custeio dos insumos.Esse grupo de trabalho da ANS visa desen-volver novas sistemticas que remunerem os hospitais adequadamente pelos servios pres-tados, tornando esses a sua fonte de receita primria. Em consequncia, os benefcirios tero maior poder de escolha com base em padres e na qualidade dos servios prestados.Entre as ideias que surgem nestas discusses, Salvador defende a exis-tncia de um dilogo diferente entre os hospitais privados e as operado-O caminho investir em gesto do corpo clnico, para assegurar que a conduta caminhe conforme os protocolos mdicos, bem como ter os mdicos imbudos no esprito da melhor relao custo-benefcioHenrique salvador, da anahpFoto: Divulgaolay_panorama.indd 32 11/02/11 16:41Fornecedores Hospitalares revista 33ras para estabelecer a compra e a venda. Levando-se em considerao escala, es-tratgias de mercado e acordos de coope-rao para melhorar a competitividade de ambos em determinado mercado, pondera o presidente da ANAHP.Mas dentro da cadeia no existe apenas hospital e operadora, nas relaes que im-pactam o negcio. H tambm o papel do mdico, o consumidor de produtos hospi-talares. Por isso, Salvador avalia que pre-ciso alinhar os objetivos do corpo clnico com a estratgia do hospital. O caminho investir em gesto do corpo clnico, para assegurar que a conduta caminhe confor-me os protocolos mdicos, bem como ter os mdicos imbudos no esprito da melhor relao custo-benefcio, conta.Enquanto um novo formato de remunera-o da sade suplementar est sendo ava-liado pelo governo, hospitais e os sistemas de sade buscam alternativas diariamente.Estreitamento da relao com as operado-rasNa Casa de Sade de So Jos, do Rio de Janeiro, os canais de relacionamento com as assistncias mdicas passaram a ser assunto estratgico. Sendo assim, mais do que receita os planos so agora parceiros. De acordo com o diretor executivo da insti-tuio, Andr Gall, houve um esforo para criar diferenciais e benefcios mtuos, que vo desde a regularizao dos acordos ver-bais em formais e atualizao dos contatos mais antigos. Somos muito mais recepti-vos a atender aos pedidos das operadoras para qualquer necessidade especial que a mesma venha a ter, desde que esta ao gere benefcios para ambas as partes, posiciona-se. por isso que a instituio est implantan-do um projeto de gesto do relacionamento com o cliente junto s operadoras de sade parceiras. Isto diminui o impacto de nega-tiva de exames, insumos, procedimentos e consultas, por exemplo. Afnal, existem protocolos e pacotes negociados previa-mente junto s operadoras de sade, que so acordados com os mdicos assistentes. Trabalhamos de forma extremamente transparente com o mdico assistente e Hospital Santa Catarina de Blumenau: Padronizao de insumos e uso de protocolos minimizam confitosFoto: Divulgaolay_panorama.indd 33 11/02/11 16:41panorama34 revista Fornecedores Hospitalaresfamiliar, aps esgotarmos todas as possibilidades de resoluo do problema junto s operadoras de sade, conta Gall.Mais do que isso, feito um trabalho preventivo s restries das operadoras no momento do pr-agendamento e nas reunies com o corpo clnico. O estreitamento na relao fez com que o hospital aumentasse em 10% o nmero de operadoras, sal-tando de 58, em 2009, para 64, em 2010. Reduzimos o percentual de glosa e criamos espaos dentro de nossa estrutura para os grandes parceiros instalarem unidades de atendimento aos seus segurados e mdicos credenciados, criando facilidades para ambos, conta o diretor, justifcando a crescente procura por operadoras.Com mais de 2 mil mdicos e mil colaboradores, a Casa de Sade de So Jos realiza 300 partos e 2.100 cirurgias por ms. Para o executivo, o desafo sobre o modelo de remunerao entre as operadoras e hospitais deve resultar em um novo modelo, em que a sade suplementar tem sade fnanceira para manter sua solvncia sem afetar a qualidade da assistncia prestada ao paciente. Para isso, preciso Criar indica-dores assistenciais que permitam no s as operadoras de sade, mas aos clientes (mdicos e pacientes) escolher a instituio onde far seu tratamento pela qualidade do servio prestado e no pela aparncia que o servio demonstra, acredita Gall.Para estabelecer uma relao de confana junto sade suplementar, o diretor exe-cutivo avalia que so necessrios desenvolver quatro caminhos:Transparncia na relao;Criao de um relatrio com os indicadores de desempenho assistencial e fnanceiro para as operadoras de sade, para que faam a diferenciao entre seus prestadores e com isso possam tratar os desiguais de maneira desigual;Compartilhamento do risco;Aproximao das empresas contratantes, oferecendo um servio de preveno aos funcionrios das mesmas.Negociao de coNtratoGerenciando uma carteira de 21 operadoras credenciadas, o Hospital Santa Catarina de Blumenau, localizado na regio sul do Pas, trabalha com contratos estabelecidos de acordo com a resoluo normativa 42, da ANS. No entanto, mesmo com todas as regras previstas e com uma relao de transparncia, existem problemas, como atra-so nos pagamentos, glosas indevidas e difculdades de autorizao de procedimentos e exames. Na opinio do diretor de negcios da instituio, Maciel Costa,a padroni-zao de insumos e o uso de protocolos tcnicos so os principais mecanismos para minimizar o confito dirio entre hospitais e operadoras. O profssional de sade estabelece o uso de determinado insumo ou procedimento sob determinada perspec-tiva tcnica. A viso da operadora pode ser oposta, o que instala um confito muito comum no dia a dia das organizaes hospitalares, exemplifca o executivo.Ao usar o conceito de diria global como forma de remunerao, o hospital pago pelo servio prestado. Por isso, torna-se crucial estabelecer protocolos de uso de medicamentos de alto custo, por exemplo. Na prtica, as aes visam otimizar os recursos fnanceiros que permeiam a relao prestador/operadora, pontua o diretor.Do ponto de vista assistencial, o hospital adotou, por exemplo, desde 2007, a prtica das metas internacionais de segurana, como identifcao de risco dos pacientes, melhora da segurana de medicamentos de alta vigilncia, entre outros. O objetivo deste tipo de ao no se restringe apenas qualidade assistencial, como tambm melhor performance dos custos hospitalares. Alm de garantir a qualidade e a se-gurana na assistncia, conseguimos contribuir signifcativamente para a otimizao dos custos dos servios, conta Costa.Entretanto, o gerenciamento dos custos e as melhorias no processo assistencial no garantem necessariamente uma negociao favorvel de contrato junto s operado-ras de sade, segundo Costa. Isto porque ainda existem mercados em que h uma concentrao e domnio de poucas assistncias. Quando se otimiza o processo, con-segue-se otimizar custos por meio da resolutividade. No entanto, esta uma prtica que ainda no muito reconhecida pelas operadoras no momento da negociao em algumas regies, que no conseguem um diferencial de remunerao por apresentar estas melhores prticas, pontua.Foto: Divulgaolay_panorama.indd 34 11/02/11 16:41Fornecedores Hospitalares revista 35Coriolano, Bradesco Sade:TISS e TUSS ajudam a reduzir cus-tos e burocraciaDilogo e paDronizaoA Bradesco Sade, que tambm con-troladora da Mediservice, entende que o principal desafo na relao entre hos-pitais e operadoras est em acelerar a mudana da sistemtica de remunerao do setor. Para o presidente da Bradesco Sade e Mediservice, Marcio Coriolano, j se faz urgente a migrao do atual fee for service para um padro de pagamen-to por pacotes, entre outros modelos que favoream a excelncia dos servios com maior previsibilidade de custos assisten-ciais. Essa migrao torna-se cada vez mais necessria em funo das taxas da infao mdica que so sistematicamen-te superiores s dos ndices gerais de preos, o que ameaa o oramento das empresas e das famlias que so desti-nados assistncia mdico-hospitalar privada, defende.Mesmo diante deste cenrio, os custos mdico-hospitalares da carteira de planos de sade da Mediservice fcaram estveis no ano passado, enquanto o aumento de custos no mercado tem sido de cerca de 8 a 10% anuais. O executivo aponta que o controle fnanceiro foi baseado em uma relao de transparncia, dilogo e nego-ciao junto s instituies hospitalares.Apesar de a Mediservice ter 271 mil vidas, a Bradesco Sade j soma 2,5 milhes de segurados. De acordo com Coriolano, a escala que o grupo Brades-co proporciona favorece nas negocia-es de tabelas, que por fazerem parte do mesmo grupo no podem ter custos substancialmente diferentes. O trabalho desenvolvido, e aceito pelos estabele-cimentos hospitalares, foi o de aproxi-mar ao mximo as tabelas da Bradesco Sade e da Mediservice e adotar pacotes j experimentados pelas duas. Foi fruto de dilogo com os hospitais, clnicas e laboratrios, explica.Alm do trabalho de equiparao de cus-tos, o presidente acredita que a adoo dos projetos de padronizao de informa-es e nomenclaturas da ANS, a TISS e a TUSS, proporcionou ganho em efcincia para a equipe de gesto mdica com a padronizao de apresentao e anlise de contas mdicas, o que contribuiu para facilitar o relacionamento com a rede cre-denciada. A TISS e a TUSS vieram para padronizar procedimentos administrati-vos e operacionais e, dessa forma, reduzir custos e burocracias, conclui.lay_panorama.indd 35 14/02/11 12:28Confira osFINALISTAS TOP HOSPITALAR 2010OBS: No grupo Infraestrutura, a categoria Energia foi eliminada por falta de consistncia amostral. So 23 categorias de fornecedores + 3 categorias especiais somando 26 categorias que sero premiadas.GRUPO SERVIOS FINANCEIROS Bradesco Ita SantanderGRUPO CONSULTORIA IQG Planisa Pr-SadeGRUPO INDSTRIA DE EQUIPAMENTOSCategoria Anlise Laboratorial Abbott Roche SiemensCategoria Cirurgia Drger KTK MaquetCategoria Cuidados ao paciente Drger Maquet StrykerCategoria Diagnstico por imagem GE Philips SiemensCategoria Maternidade Fanem Intermed OlidefCategoria Suporte e manuteno vida Drger Maquet PhilipsGRUPO INDSTRIA DE SERVIOSCategoria Alimentao Gransapore GRSA SodexoCategoria Facilities Brasanitas Gocil TejofranCategoria Resduos Ecourbis Loga RenaGRUPO INDSTRIA DE MATERIAISCategoria Gasoterapia Air Liquide Linde Gases White MartinsCategoria Materiais de consumo 3M B. Braun Johnson & JohnsonCategoria OPME Johnson & Johnson Medtronic SynthesGRUPO INDSTRIA DE TICategoriaHardware Dell HP IBMCategoria Software MV Sistemas Wheb Sistemas WPDCategoria Servios Eco Sistemas Lexmark TecnosetGRUPO INDSTRIA FARMACUTICACategoria Medicamentos Eurofarma Roche Sano-AventisCategoria No-medicamentos B.Braun Baxter FreseniusGRUPO INFRAESTRUTURACategoria Arquitetura, Engenharia e Construo Bross Arquitetura Domingos Fiorentini L + M GetsCategoria Mobiliria Mercedes Imec Nilko Nucleo TechCategoria Indstria de Armazenamento e Conservao CISA Metalfrio Suzuki GRUPO DISTRIBUIDORES Cirrgica Fernandes Cirrgica Mafra HospfarCATEGORIAS ESPECIAISMELHOR EXECUTIVO DO FORNECEDOR Jos Carlos Lucentini - GRSAMarlene Schmidt - FanemMaurizio Billi - EurofarmaMELHOR EXECUTIVO DE MARKETING Paulo Silva Fresenius Kabi Reynaldo Makoto Goto - Siemens Srgio Pacheco -Boehringer IngelheimMELHOR EXECUTIVO DE VENDAS Marcos Corona - GE Healthcare Sandro Dian - Stryker Wilson Robson Miguel- Agfa Healthcare Um elenco brilhante de gestores hospitalares de todo o pas mencionaram espontaneamente e avaliaram fornecedores em nove grandes grupos subdivididos em 23 categorias de produtos e servios hospitalares. Esta foi a primeira fase do estudo. Agora os nalistas foram denidos e so os prprios hospitais que escolhero seus fornecedores preferidos - as estrelas do Top Hospitalar. A etapa de votao pela internet j comeou e ir at23 de maro. A votao est aberta somente para os hospitais assinantes das revistas Fornecedores Hospitalares, Sade Business e cadastrados na newsletter do Sade Business Web.Hospital participe da votao e concorra a prmios!UM ELENCO BRILHANTE VOTANDO EM ESTRELASAgora, a academia o hospital e as estrelas so os fornecedoresMais informaes: WWW.TOPHOSPITALAR.COM.BRDupla TOP 2010 Finalista.indd 2 11/02/11 11:29um elenco brilhante votando em estrelasagora, a academia o hospital e as estrelas so os fornecedoresMais informaes: WWW.TOPHOSPITALAR.COM.BRDupla TOP 2010 Finalista.indd 3 11/02/11 11:29GESTO38 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARES[ .-J-....J:~...~c~JDA GESTOGENSIO KORBESMBA em Gesto EmpresarialScio da Korbes ConsultingDiretor Associado da NP ConsultingPor que a profissionalizao da gesto um processo to doloroso e acidentado nas empresas familiares? Trata-se de uma pergunta intrigante, para a qual no existe resposta pronta.Ao participar deste processo, conversar com os envolvidos e acompanhar as entrevistas dos profissionais cotados para conduzi-lo, a impresso que se tem a de que se trata de uma implantao simples e corriqueira. Parece que tudo acontece num estalar de dedos, aps o qual o projeto to cuidadosamente desenhado comea a funcionar.Mero e ledo engano. H inmeros exemplos de empresas que no alcanaram e provavelmente no alcanaro o xito na profissionalizao. Arrisco-me a elencar alguns motivos que atravancam e impedem o sucesso de profissionalizao da gesto.Antes, contudo, preciso responder uma pergunta fundamental: O que a profissionalizao da gesto? , antes de tudo, adotar uma postura profissional em todas as esferas da organizao e geri-la atravs de indicadores confiveis, tendo como principal alvo a busca de resultados, a partir de uma relao causa e efeito exaustivamente avaliada.Vamos, ento, aos obstculos impostos profissionalizao da gesto nas empresas:Ausncia de reflexo aprofundada de uma estratgia. O que se quer com a profissionalizao da gesto? O que queremos? Por que queremos? Como faremos? A inteno e os propsitos, via de regra, so sempre nobres, mas as decises e as aes, na maioria das vezes, no passam de boas intenes. A tnica e a prtica nessas empresas a forma obsoleta como ela administrada onde estas decises so tomadas intuitivamente e na maioria das situaes emocionais.A falta de maturidade para delegar autoridade total a um profissional que, pressupe-se, tenha passado por um rigoroso processo de seleo. A falta de confiana do dono da empresa no profissional faz com que a delegao de autoridade acontea pela metade. Mormente delega-se responsabilidade, o que conceitualmente no existe. Para que haja cobrana de responsabilidade imperioso que haja delegao da respectiva autoridade.O apego absoluto ao poder outro grande complicador. Proclama-se a prossionalizao, mas, na prtica, as desautorizaes so constantes, enfraquecendo a posio do prossional e no concedendo a ele o espao indispensvel, o que gera situaes de inibio para tomada de decises e at posies.A permanncia dos controladores na operao ou at a convivncia fsica na empresa outro obstculo crucial. Isso se torna pior quando ainda tomam decises operacionais, o que cria um clima de total insegurana em todos que atuam na empresa e comprova a ausncia de qualquer estratgia.A seleo do profissional errado tambm pode ser um empecilho. Para evitar que isto acontea aconselhvel a contratao de uma empresa especializada ou headhunter reconhecido pelo mercado.Conclui-se, a partir de cenrio descrito acima, que no centro das razes para o fracasso das decises de profissionalizar a gesto esto a falta de maturidade, a ausncia de uma estratgia clara e objetiva e o despreparo emocional dos dirigentes de empresas familiares.lay_gestao.indd 38 10/02/11 10:072100S a d e B u S i n e S S S c hoolO s me l h O r e s c O n c e i t O s e p r t i c a s d e g e s t O , a p l i c a d O s a O s e u h O s p i ta lm d u l O 0 2ESTRUTURANDO UM PROGRAMA DE SEGURANA DO PACIENTEEste caderno pode ser destacadolay_scholl.indd 39 10/02/11 10:02I ntroduodepoIsdosucessodosprImeIrossadebusInessschool, contInuamoscomoprojeto.este anofalaremossobre segurana do pacIenteNa busca por auxiliar as instituies hospitalares em sua gesto, trouxemos no terceiro anodoprojetoSadeBusinessSchoolo temaSeguranadoPaciente.Aindaque exista uma vasta literatura sobre o tema, a nossa funo aqui construir uma manual prticoparaageraodeumambiente hospitalarmaisseguro,queauxilieas o projeto envolve os seguIntes temas:Mdulo 1 - Introduo segurana do paciente Mdulo 2- Estruturando um programa de segurana do paciente Mdulo 3 - Identificao e notificao dos erros Mdulo 4- Melhoria de comunicao e processos Mdulo 5 - Envolvimento das equipes em segurana Mdulo 6 - O papel da TI na segurana do paciente Mdulo 7 - Gesto segura de medicamentos dentro dos hospitais Mdulo 8 - A influncia do ambiente hospitalar na segurana do paciente Mdulo 9 - Leis e Regulaes envolvendo a segurana do paciente Mdulo 10 - Segurana do paciente no centro cirrgico Mdulo 11 - Os processos de acreditao e a segurana do paciente Mdulo 12 - O papel do paciente equipes na organizao de seus programas de segurana. Em cada edio da revista Fornecedores Hospitalares, traremos umcaptulosobreotema,escritoemparceriacommdicos, enfermeiros,consultoreseinstituiesdeensino,nointuitode reunir o melhor contedo para voc. Os captulos, tambm estaro disponveis paraserem baixados em nosso site: www.saudebusinessweb.com.brlay_scholl.indd 40 10/02/11 10:02Helaine Carneiro CapuCHo*eSTruTuranDo uM proGraMa De SeGurana Do paCienTeDesdeapublicaodorelatrioToErrIsHuman,doInstituteofMedicinedosEstados Unidos, em 1999, os profissionais de sade vm se despindo do tabu de reconhecer que even-tos adversos ocorrem e os processos assistenciais so frgeis.Este relatrio chocou o mundo, mas,poroutrolado,foiumdivisordeguas:deixouclaroqueoserroseoutroseventos adversosacontecemequealgodeveriaserfeitoparaevit-los.Escond-losouculparuma pessoa por eles no resolve. O documento, que indicou que a segurana era a primeira dimen-so da qualidade em sade, trouxe uma importante mensagem: precisamos agir. E rpido.AOrganizaoMundialdeSade(OMS),em2004,lanouaAlianaMundialparaa SeguranadoPaciente,despertandoospasesmembrosparaocompromissodedesenvol-verpolticaspblicaseprticas,recomendandoatodosatenomximaparaaseguranado paciente e para a qualidade do cuidado em sade. Aseguranadopacientetemsidotemaconstantedeeventostcnico-cientficosbrasileiros nasdiferentesreasdasadeepublicaessobreotemavmocupandocadavezmaisespa-onosperidicosnacionais.Programasdeseguranadopacientetmsidoestruturadosem diversoshospitaisportodoopas,especialmenteaquelesquetrabalhamcomprogramasde acreditao e qualidade. Entretanto, ainda h muito a ser feito.Afreqnciadeeventosadversosaumentaotempodeinternao,amorbimortalidadedos pacientese, por consequncia, aumenta os custos tanto para os hospitaisquanto para o sis-temadesade. Almdisso,quandooresultadodesteeventoaperdadevidas,aimagem da instituio tambm afetada, reduzindo a credibilidade do hospital perante a sociedade. Sobestatica,torna-senecessrioimplantareimplementarprogramasdeseguranado pacientenoshospitaisbrasileiros:umprogramadestanaturezanoimplicaemdespesa, mas sim em investimento. DeSenVolVenDo aCulTuraDeSeGurana DopaCi enTeA reduo dos riscos de eventos adversos depende de mudanas na cultura e nos processos de trabalho adotados nos hospitais. Esta iniciativa requer um forte apoio da liderana da organi-zao em sua implantao, bem como na vigilncia, na divulgao das prticas mais seguras, e no acompanhamento dos resultados. Assim, pode ser obtido um modelo institucional de cul-tura de segurana do paciente. Para tanto, os colaboradores da equipe devem sentir-se seguros ao informar sobre os eventos adversos e entender que estes ocorrem muito mais frequentemente devido existncia de sis-temas frgeis, e no por causa de falhas dos profissionais.Criar uma identidade visual do programa institucional de segurana do paciente pode ser um bomaliadonasuadivulgao,obtendoresultadosmaisrpidosquantoaoenvolvimentodas diferentes equipes nas atividades propostas, como a de relato de incidentes.Paraobterumainformaoqualificadasobreriscosou eventosadversos, a organizao deve estabelecerumsistemadenotificaodesseseventos,sejaporvigilnciapassiva(baseado emnotificaesvoluntrias),sejaporvigilnciaativa,queestbaseadoemsistemasde monitoramento intensivo ou busca ativa.lay_scholl.indd 41 10/02/11 10:02SI STEMASDEVI GI LNCI ADERI SCOSEEVENTOS ADVERSOSParaqueosriscossejamgerenciadosepropostasdemelhoriassejamexecutadas,misterquesejamconhecidososriscosdosprocessos relacionadosaoscuidadosemsade. Assim,esforossonecessriosparaidentific-losantesqueresultememincidentescomdanosaos pacientes (eventos adversos).PasescomooBrasil,queaindanotemcomoprticaplenamentedifundidaemseushospitaisomonitoramentodaocorrnciadeeventos adversoseque,geralmente,nodispemderecursoshumanosefinanceirosparautilizarmtodosativosdedetecodeeventosadversos, podem estabelecer como principal mtodo de identificao desses eventos o relato ou notificao voluntria, pois este sistema tem se mos-trado bastante custo-efetivo, desde que a instituio tenha uma cultura de notificao bem estabelecida.Destaforma,anotificaovoluntriaconstituirabasedosistemadedetecoderiscoseeventosadversos,podendosercomplementado por outros mtodos de acordo com as necessidades e disponibilidades de cada instituio.Para se estabelecer um sistema de notificaes voluntrias, alguns passos devem ser seguidos:Elaboraodoinstrumentodenotificao:anotificaopodeocorrerpordiferentesmeios-impresso,telefone,fax,intranet,internet. Atualmente, o meio mais utilizado pelos hospitais o meio impresso, contando com um formulrio a ser preenchido. O formulrio deve ser de fcil preenchimento, deve ter clareza nas informaes e deve estar disponvel para todos os colaboradores. A forma de check list tende a dar velocidade e evitar dvidas durante o preenchimento da ficha, porm ela deve conter um espao para que o notificador descreva o evento adverso e faa suas observaes;Estabelecimentodofluxogramadenotificao:deve-seestabelecerparaondeanotificaoserenviadaecomoelaseranalisada,con-templando claramente todas as instncias pelas quais deve passar. A centralizao desta informao em um servio como o de qualidade ou gerenciamento de riscos desejvel;Divulgaodoinstrumentoedofluxograma:apartequedespendemaiorempenho,jquesedeveeducaroscolaboradoresdohospital para utilizar o instrumento e seguir o fluxograma pr-determinado. Essa etapa pode ser feita junto divulgao do programa de seguran-a do paciente.Para que seja obtido sucesso com o sistema de notificaes voluntrias, a OMS sugere que ele tenha caractersticas especiais, conforme Quadro 1.Aps a obteno do relato, imperativo que sejam tomadas aes acerca dos problemas relatados, especialmente quando se trata de notifica-es sobre danos aos pacientes, ainda que temporrios.Cadarelatoexerceumpapelimportantenoprocessodeaprendizagem,vistoque,quandoumincidentenotificadoereconhecido,esse tende a no reicidir, desde que ele no seja ignorado pela equipe envolvida.Osprogramasdeseguranadopacientenoseresumemnotificaodeerrosemsade,poisanotificaoummtodoreativodelidar com os problemas. um bom comeo trabalhar sob esta perspectiva, porm vrios so os aspectos que podem afetar a segurana dos pacien-tesemumestabelecimentodesade:asinfeceshospitalares,lesesdepele,lcerasporpresso,complicaesemcirurgias,reaes adversaseoutrosproblemasrelacionadosaosmedicamentos,quedas,entreoutros.Portanto,aatividadepr-ativadeveserimplementada, complementando o mtodo de notificao voluntria.CARACTERSTICA DESCRIONo punitiva Notificadores livres de retaliao ou punio por ter notificadoConfidencialidade A identificao do notificador nunca reveladaIndependente O sistema de notificao independente de qualquer autoridade com poder para punirAnlise por especialistasAsnotificaessoavaliadasporespecialistas,queentendamaspectosclnicosereco-nheam as possveis causas do eventoAgilidadeAsnotificaessoanalisadasrapidamenteeasrecomendaessejamprontamente divulgadas para os interessados, especialmente nos casos gravesFoco no sistemaAs recomendaes incidem sobre as mudanas nos sistemas, processos ou produtos e no esto orientadas para o indivduoSensibilidadeOsetorquerecebeasnotificaesdisseminaasrecomendaes,eaorganizaode sade compromete-se a implement-la, sempre que possvelCARACTER STI CASDESEj VEI SpARASI STEMASDENOTI fI CAODESuCESSO, SEGuNDO AORGANI zAOMuNDI ALDESADElay_scholl.indd 42 10/02/11 10:02PR- ATI VI DADEPELASEGURANADOSPACI ENTESMuitas instituies esto iniciando seus programas norteados pelas seis metas internacionais para a segurana dos pacientes estabelecidas pela OMS (Quadro 2).METASI NTERNACI ONAI SDOPROGRAMA ALI ANAMUNDI ALPARA ASEGURANA DOSPACI ENTESDAORGANI zAOMUNDI ALDESADE 1. Identificar os pacientes corretamente2. Melhorar a comunicao entre as equipes3. Melhorar o gerenciamento de medicamentos de alto risco4. Eliminar cirurgias em membros ou em pacientes errados5. Reduzir os riscos de infeces6. Reduzir os riscos de leses decorrentes de quedas

A reviso do processo de identificao do paciente pode ser a primeira meta do programa na instituio, pois este considerado o fundamento do cuidado seguro. Falhas neste processo levam a erros de medicao, cirurgia em paciente errado, encaminhamento equivocado de pacientes. A meta deve ser 100% dos pacientes e leitos.Gerenciar medicamentos de alto risco ou potencialmente perigosos pode evitar erros e reaes adversas com medicamentos. Elaborar e implan-tar etiquetas coloridas nos medicamentos podem alertar todos os profissionais, principalmente a enfermagem, que a ltima barreira para evi-tar erros de medicao, auxiliando esta equipe na administrao de medicamentos. A lista destes medicamentos pode ser vista no site do ISMP Brasil (Institute for Safe Medication Practices).Para a comunicao efetiva, preveno e controle de infeces hospitalares, cirurgia segura, quedas e outros, torna-se evidente a importncia da elaborao e implantao de protocolos que sejam aplicados sistematicamente em toda a instituio, porm no basta elabor-los: tem que haver acompanhamento da efetiva adoo destes pela equipe de sade.Areduodeinfecops-cirrgicaeoutroseventosadversosemcirurgiapodemserevitadosporumamedidasimplesebarata:aimplanta-odochecklistdesenvolvidopelaOMS,duranteacampanhaCirurgiassegurassalvamvidas,quepodeseradaptadoparaseadequars necessidadesdohospital.Estechecklistjesttraduzidoparaoportuguseencontra-senositeda Anvisa(AgnciaNacionaldeVigilncia Sanitria).As iniciativas em segurana do paciente tm como principal desafio contar com o envolvimento de todos os colaboradores da instituio. lay_scholl.indd 43 10/02/11 10:02MONI TORAMENTODOSRESULTADOSApsarealizaodasintervenes,deverhaveromonitoramentodos resultados, a fim de saber se as mesmas foram efetivas. Caso no tenham sido, dever ser desenvolvida nova estratgia. Esse monitoramento deve ser contnuo.Cada instituio deve determinar qual a sua prioridade, mediante estu-dorealizadoporequipemultidisciplinar,quenodevelimitar-sealta administrao.Aparticipaodelderesdediferentesnveishierrqui-cos fundamental para que os planos tenham melhores resultados.COMI TDESEGURANADOPACI ENTEAconstituiodeumcomitmultidisciplinarquearticuleecoordene programas e atividades de preveno de eventos adversos muito impor-tante para que seja obtido xito no programa de segurana do paciente.Osmembrosdestecomitdevemrepresentardiferentessetoresdohos-pital,e,quandopossvel,interessantecontarcomaparticipaode pacientesecuidadores,almdeespecialistasnoassunto,comonocaso de hospitais ensino que podem contar com professores da rea. desej-vel que os membros deste comit tenham especial interesse pelo assunto, alm de conhecimento e engajamento pela causa.Um comit de segurana do paciente deve ter como finalidade a promo-odeumaculturahospitalarvoltadaparaaseguranadospacientes, atravsdeplanejamento,desenvolvimento,controleeavaliaode processosassistenciais,afimdegarantiraqualidadedosmesmosem cada hospital.Almdisso,ocomitdeveavaliarograudeadesodainstituiode sade para as prticas e recomendaes emitidas por ele no que se refere utilizao segura dos medicamentos.ENVOLVI MENTOPELASEGURANA DOPACI ENTEAformaodeprofissionaisparacooperarcomoprogramafunda-mentalparaosucessodessainiciativa.Educarosprofissionaisem prticasdesegurana,formando-osparaotrabalhoemequipe,para observarmelhorassituaesdodia-a-diaenotificarfalhasdoproces-so assistencial.Outraformadereduzireventosadversoscontarcompacientesefami-liares,quepoderoassumirumpapelproativo,trazendoinformaese alertando os profissionais para eventuais falhas no cuidado prestado.A assistncia sade est cada vez mais complexa, fragmentada e menos segura. O compromisso e o empenho de profissionais individuais so ati-tudesimprescindveis,pormnoobastante.necessrioqueasorga-nizaes de sade despendam esforos para superar a cultura tradicional daculpaepunio,eincentivarumaculturadorelatoedoaprendizado com as prprias falhas.Assim,fundamentalquesepensenaimportnciadogerenciamento deriscosvoltadoparaaseguranadopacienteemnossopas.Cadavez mais o sistema de sade ser exigido quanto performance e qualidade dosserviosprestados,tornando-semaisevidenteaimportnciadefor-necer uma assistncia segura.lay_scholl.indd 44 10/02/11 10:03Sobreo AutorAutorHelaine Carneiro Capucho farmacutica, Doutoranda em Cincias e Mestre em Cincias Farmacuticas pela USP Ribeiro Preto, possui MBA em Marketing pela FUNDACE USP. Gerente de Riscos Sanitrios do HCFMRP-USP, presidente o Comit de Segurana do Paciente do mesmo hospital e consultora em sade. Contato: [email protected] Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo (HCFMRP-USP) um hospital de ensino, integrado ao SUS. Tem como misso desenvolver e praticar a assistncia, ensino e pesquisa em sade, por meio da busca permanente da excelncia, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da populao.Foi pioneiro dentre os hospitais pbli-cos brasileiros ao criar o Comit de Segurana do Paciente, em 2007. Atualmente, conta com 866 leitos, 36 salas cirrgicas, 428 consultrios/salas de atendimento, atendendo mais de 3.000 pacientes diariamente.CASodeSuCeSSoSegurAnA em foCoCoMooBjETivoDEAUMENTARAqUAliDADENoSPRoCESSoSExECUTADoS,oHoSPiTAl CElSoPiERRoENCoNTRoUNAACREDiTAoUMAFERRAMENTAPARAAUMENTARoNvElDE SEGURANA Do PACiENTE E SEUS ColABoRADoRESguilherme batimarchi [email protected] em 2006, o servio de qualidade do Hospital e Maternidade Celso Pierro, em Campinas (SP), tem o objetivo de realizar aes contnuas de melhoria relacionadas aos servios prestados e segurana do paciente. Esta ateno rendeu ao hospital, em outubro de 2010, a certificao nvel um da oNA (organizao Nacional de Acreditao).Para garantir a segurana de seus pacientes e colaboradores, o hospital adotou uma srie de protocolos para elevar o nvel de segurana para pacientes e colaboradores. Tnhamos uma realidade e queramos melhor-la, afim de oferecer uma assistncia mais segura e ade-quada aos nossos pacientes, e a ferramenta para aumentarmos o nvel de segurana do hospital foi o processo de acreditao.Uma das primeiras atitudes tomadas pelo Celso Pierro foi criar um comit de gerenciamento de riscos para mapear os processos de traba-lho incluindo riscos clnicos e no clnicos para melhor gerenci-los. Nas unidades de atendimento, trabalhamos com um mapeamento de riscos especfico para cada paciente, ou seja, temos o mapeamento de risco por processo de trabalho e paralelamente a isso o mapea-mento de risco desenvolvido para cada paciente, afirma a assessora de qualidade do hospital Celso Pierro, Ellen Meireles.Alm do mapeamento de riscos a instituio tambm implementou um programa de gerenciamento de pacotes de preveno infeco hospitalar ligado ao institute for Helthcare improvement (iHi) e um plano de preparo e aplicao de medicamentos. Para fiscalizar estes processos, o hospital conta com a participao da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurana do Paciente (Rebraensp), responsvel pela auditoria interna, de todos os procedimentos de segurana da instituio. Segundo a assessora de qualidade do hospital, outros pro-cessos de segurana esto em fase implementao, como a descrio e gerenciamento dos protocolos de conduta clnica, planos de tera-puticos, que consiste em um planejamento de todo o tratamento que ser recebido at o momento da alta, e o plano de alta, que consiste nos cuidados necessrios para que o processo de alta da pessoa internada seja o mais seguro possvel.De acordo com Ellen, o maior desafio enfrentado pela instituio para implementar as novas polticas de segurana do paciente foi envol-ver os profissionais no desenvolvimento desses protocolos, fazendo com que os setores do hospital trabalhassem de forma integrada. Um exemplo o gerenciamento de preveno de pneumonia por ventilao mecnica em UTis. Este processo envolve uma srie de profissionais, como mdicos, fisioterapeutas, enfermeiros, enfim, todos os envolvidos na assistncia daquele paciente.lay_scholl.indd 45 10/02/11 10:03Sade buSineSS SchoolSade Business School uma iniciativa da IT Mdia. Todos os direitos reservados.aceSSe o material complementar em www. reviStafh. com. br/ buSineSSSchoollay_scholl.indd 46 10/02/11 10:03ESPAO JURDICOFORNECEDORES HOSPITALARES REVISTA 47-.+.:J |-..J:-..|JSEM PREVISO DE CHEGADARODRIGO ALBERTO CORREIA DA SILVAScio do escritrio Correia da Silva Advogados, presidente dos Comits de Sade da Cmara Britnica de Comrcio (BRITCHAM) e da Cmara Americana de Comrcio (AMCHAM), advogado de diversas associaes de classe e empresas de produtos e servios de sade, Mestre em Direito pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (PUC-SP) e autor do livro Regulamentao Econmica da SadeEm um debate recente no Comit de Sade da Amcham sobre gentica, evolumos a discusso para a pesquisa aplicada e as razes do Brasil no avanar mais na criao de produtos e servios inovadores em sade.Anal, por que a despeito de termos pesquisadores reconhecidos internacionalmente, mdicos do mesmo gabarito, servios de sade altamente qualicados, diversidade biolgica, fundos disponveis da Finep, Fapesp, BNDES, e terem se tornado cotidianos termos como IPOs, Investment Grade, Private Equity, M&A, Start Ups, etc... ainda no vemos produtos e servios ligados a cincias da vida genuinamente nacionais? O que falta?Alguns temas foram levantados: (1) a carreira universitria no privilegia a gerao de propriedade intelectual, pelo contrrio, estimula a publicao e difuso do conhecimento; (2) os fundos pblicos disponveis so voltados para pesquisa, no para o desenvolvimento comercial, e so muito pulverizados no permitindo estudos caros e de longo prazo demandados pelas novas descobertas no setor; (3) o brasileiro ainda no tem uma cultura de criao e proteo de propriedade intelectual sem a qual o pesquisador no obtm os retornos do seu trabalho, portanto no h estmulo; (4) as empresas e os pesquisadores vivem em mundos diferentes, falam lnguas diferentes, tm velocidades diferentes e lhes falta a tecla SAP, (5) ...So todos pontos verdadeiros e altamente relevantes, alguns inclusive foram mitigados por meio da Lei de Inovao, que ainda no pegou de verdade, a qual foi, inclusive, reforada com a recente alterao da Lei de Licitaes Pblicas que exibiliza a necessidade de licitao para compra de produtos e servios voltados para atividades enquadradas na Lei de Inovao.Ainda assim, h um sentimento de que isto no ser o suciente, uma sensao de reprise da decolagem do voo da galinha j vista tantas vezes. Pior que estas tentativas de incentivo so sempre acompanhadas de barreiras a produtos tidos como inibidores do desenvolvimento local, tornando o caldo ainda mais amargo.Esta inquietao me levou a pensar em uma abordagem diferente. Imaginei quais seriam as minhas expectativas e motivaes caso fosse um pesquisador ou um investidor/empreendedor focado no setor de cincias da vida. O que me estimularia e o que me desestimularia na direo da criao de um produto e consequentemente uma empresa que pudesse receber um investimento inicial (Angel): uma segunda rodada mais signicativa (Private Equity) e ao nal glria das glrias fazer o tal IPO? Ou criar uma patente para licenciar e passar o resto da vida ganhando um bom dinheiro por isto para mim e para a Universidade em que eu trabalho?O que motiva? Ora, o vil metal, o desao intelectual e a solidariedade com os pacientes. Para uns mais uma coisa ou mais outra. Mas no se pode negar que este feixe de interesses fez surgir muito, seno tudo, o que nos levou a uma expectativa de vida saudvel to longa.Reetindo sobre estas questes dentro do setor da sade, entendo que dois so os principais fatores que acabam por desmotivar investimentos e avanos tecnolgicos: tempo e incerteza. O TEMPO e a INCERTEZA.O fator tempo est presente at que o produto j desenvolvido esteja no mercado.Peguemos, por exemplo, casos mais crticos, como de empresas Start Ups. At que uma pessoa jurdica receba suas autorizaes bsicas (Registro na Junta, CNPJ, etc...) o Banco Mundial fala em aproximadamente 180 dias.Alm disto, com as instalaes fsicas prontas e funcionrios contratados at que esta empresa receba Autorizao de Funcionamento e Licena de Funcionamento so mais dois anos, isto com rapidez; para obteno de Boas Prticas de Fabricao se leva mais um ano, isto tambm sendo um processo veloz; registro de produto mais um ano e meio, e por a vai...A incerteza dos prazos se soma incerteza do contedo das decises, pois a Anvisa no conseguiu at hoje que seus tcnicos tenham um entendimento harmonizado sobre a regulamentao. Alm disto, a prpria regulamentao instvel, pois a Agncia muda constantemente os requisitos de empresas e produtos em processos no transparentes, em muitos casos abruptos e com grande distanciamento do setor regulado, suas entidades representativas e at da populao.Previsibilidade de tempo do retorno e certeza do ambiente que gerar o lucro do investimento so requisitos mnimos para que tanto pesquisadores, quanto investidores/empreendedores se sintam atrados a embarcar nesta jornada. Sem isto, embarcar em um avio sem radar, que no se sabe quanto combustvel tem, sem destino certo e hora para chegar.Voc faria esta viagem?lay_juridico.indd 47 11/02/11 17:03Um dia o ser humano percebeu a fora transformadora das ideias, derrubando cercas, barreiras, preconceitos e compartilhando livremente suas experincias.500 mil pessoas se renem espontaneamente no Festival Woodstock, 1969.Campanha Catalogo Hospitalar.indd 2 11/02/11 14:19Campanha Catalogo Hospitalar.indd 3 11/02/11 14:19Campanha Catalogo Hospitalar.indd 50 11/02/11 14:20Ele descobriu a fora da mobilizao coletiva fazendo valer suas escolhas.Os meios de comunicao explodem aps a ditadura, mobilizando 300 mil em comcio pelas Diretas J, 1984.Campanha Catalogo Hospitalar.indd 51 11/02/11 14:20Ele viu a Cidadania emanar da conexo de jovens coraes sedentos de liberdade, superando ortodoxismos e ecos do passado.A primeira mobilizao de cunho no religioso em um pas rabe nasce das redes sociais na Internet, reunindo 250 milpessoas no Egito, 2011.Campanha Catalogo Hospitalar.indd 52 11/02/11 14:20Campanha Catalogo Hospitalar.indd 53 11/02/11 14:20Campanha Catalogo Hospitalar.indd 54 11/02/11 14:21Mais de 300 mil pessoas fazendo negcios e juntas na transformao do setor da Sade no Pas, 2011.O mundo j percebeu que s faz sentido se estivermos juntos.Catlogo Hospitalar, a nova mobilizao do setor de sade.Campanha Catalogo Hospitalar.indd 55 11/02/11 14:21DE OLHO NOS FORNECEDORES56 REVISTA FORNECEDORES HOSPITALARESlay_deolho.indd 56 11/02/11 09:2757 FORNECEDORES HOSPITALARES REVISTATerritrioemTRANSIOAprovao da Poltica Nacional dos Resduos Slidos e a entrada de grupos estrangeiros no Brasil aquecem o mercado de empresas do setor de tratamento de resduos, nicho que movimenta cerca de R$ 1,5 bilhoMaria Carolina Buriti - [email protected] aprovao da Poltica Nacional dos Resduos Slidos no Se-nado, em julho de 2010, pouco mudou nas regras especcas para os Resduos Slidos de Sade (RSS), o chamado lixo hospitalar, que engloba os rejeitos de clni-cas, postos de sade, consultrios dentrios, laboratrios e unidades veterinrias. Mas de certa forma, as novas medidas reetem no segmento, pois a maioria das companhias atuantes no Brasil tratam tambm de outros resduos ou pertencem a grupos com essa nalidade.De acordo com dados da Associao Brasilei-ra de Tratamento de Resduos (Abetre), o mer-cado de resduos teve receita estimada em R$ 1,5 bilho em 2009, um crescimento de 14% em relao a 2008. Um mercado atrativo que tem chamado ateno de grupos inter-nacionais. Esse o caso da Serquip. Fundada em 1999, em Recife (PE), a empresa, presente em 11 estados no Brasil, chamou ateno da gigante americana Stericycle, com atuao nos Estados Unidos, Argentina, Chile, Irlanda, Portugal, Romnia e Inglaterra e o resultado foi a compra de 70% das aes da empresa pela multinacional.Com a aquisio, a Serquip comeou a operar como brao internacional da companhia no Brasil e pretende adotar a marca da Ste-ricycle ainda este ano. A operao, segundo o presidente da empresa no Brasil, Alexandre Menelau, deu flego s aquisies e expan-so. O que trouxe de bom, em primeiro lugar, foi contar com a maior marca do mundo em crescimento e grandes clientes, multinacionais procuram a Serquip. Outra coisa, a absoro de tecnologia, como a Stericycle trabalha com vrias tecnologias ns temos acesso a know how e capacidade de investimento, explica.Troca de experincias e conhecimento tambm so atrativos na opinio do diretor executivo da Ncleo de Gerenciamento Ambiental (NGA), Alessandro de Souza Campos. O executivo acre-dita que a parceria com grupos de fora importante para compartilhar conhecimento. A NGA especializada em RSS e pertence holding Geovision. Em maio de 2010, o grupo portugus Mota Engil e a Leo Ambiental adquiriram 50% da holding. Na poca, o valor do acordo divul-gado foi de 21 milhes de euros.Ns vemos com muitos bons olhos a vinda do grupo e a parceria. Deixa a empresa com mais fora para atuar no mercado. Uma vez que um grupo muito expressivo com presena em mais de 17 pases no mundo, com negcios diversicados, avalia.MERCADO EM MOVIMENTOSegundo a Associao Brasileira de Empresas de Limpeza Pblica e Resduos Especiais (Abrelpe), hoje so cerca de 50 empresas associadas entidade e deste grupo, cerca de 10 trabalham exclu-sivamente com lixo hospitalar. O diretor executivo da associao, Carlos Roberto da Silva Filho, acredita que a entrada de grupos estrangeiros tornar a disputa mais acirrada. Esse interesse das empresas estrangeiras vai tornar o mercado mais competitivo e traz a tendncia, de justa-mente, aq