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Curso de Produção Animal Sustentável IZ/APTA-SAA - Disciplina Ecologia de Pastagens 2009 1 FORRAGEIRAS PARA GADO LEITEIRO Autores: Carlos Eduardo Oltramari 1 ; Dr. Valdinei Tadeu Paulino 2 1 Mestrando do Curso de Produção Animal Sustentável do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, Nova Odessa/SP, e-mail: [email protected] 2 Pesquisador e Professor da disciplina Ecologia de Pastagens, Curso de Produção Animal Sustentável, Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, Nova Odessa/SP, e-mail: [email protected] Resumo: O manejo adequado das forrageiras, sejam elas de Ciclo C 3 ou C 4 , podem suportar produções consideráveis de leite ao longo do tempo, seja por animal ou por área. Nesse sentido, utilizar as novas técnicas de manejo, as quais consideram as alturas de entrada e saída dos animais de cada cultivar forrageiro (não negligenciam variações climáticas e de solo existente nas diferentes regiões do país), são indispensáveis para que se tenha uma produção de pasto e, conseqüentemente, animal, sustentável. Este trabalho está dividido entre os principais gêneros de gramíneas de Ciclo C 4 e às forrageiras de Ciclo C 3 (gramíneas e leguminosas), sendo que seu objetivo apresentar as características ecofisiológicas e produtivas das forrageiras mais utilizadas para a produção de leite no Brasil, bem como discutir resultados disponíveis referentes às práticas de manejo que visem altas produções de forragem e desempenho animal de forma sustentável. Palavras-chave: Interceptação luminosa, vaca leiteiras, C 3 e C 4 , manejo de pastagem. Forage for Dairy cattle Abstract: An adequate forage management, in the plants of group C3 or group C4, they can support considerable productions of milk along the time, both per animal or than per area. In that sense, to use the new management techniques, which consider sward surface on pre-grazing heights and post-grazing to different forages (they don't neglect climatic variations and of existent soil in the different areas of the country), are indispensable for a pasture production to be had and, consequently, animal, maintainable. is divided among the main goods of grasses - group C4 and and legumes - group C3. The purpuse of this work was to present the characteristics ecophysiological and productivity of forages more used for the milk production in Brazil, as well as to discuss data related to management practices that seek high animal performance and productivity of tropical pastures with sustainability. Key words: Dairy cows, forage management, group C3 and C4, light interception

FORRAGEIRAS PARA GADO LEITEIRO - iz.sp.gov.briz.sp.gov.br/pdfs/1256134105.pdf · de condições de pasto (variação de 2 vezes a altura do dossel) foi resultado de um processo dinâmico

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FORRAGEIRAS PARA GADO LEITEIRO

Autores: Carlos Eduardo Oltramari1; Dr. Valdinei Tadeu Paulino2

1Mestrando do Curso de Produção Animal Sustentável do Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, Nova

Odessa/SP, e-mail: [email protected]

2 Pesquisador e Professor da disciplina Ecologia de Pastagens, Curso de Produção Animal

Sustentável, Instituto de Zootecnia, APTA/SAA, Nova Odessa/SP, e-mail: [email protected]

Resumo: O manejo adequado das forrageiras, sejam elas de Ciclo C3 ou C4,

podem suportar produções consideráveis de leite ao longo do tempo, seja por animal ou por área. Nesse sentido, utilizar as novas técnicas de manejo, as quais consideram as alturas de entrada e saída dos animais de cada cultivar forrageiro (não negligenciam variações climáticas e de solo existente nas diferentes regiões do país), são indispensáveis para que se tenha uma produção de pasto e, conseqüentemente, animal, sustentável. Este trabalho está dividido entre os principais gêneros de gramíneas de Ciclo C4 e às forrageiras de Ciclo C3 (gramíneas e leguminosas), sendo que seu objetivo apresentar as características ecofisiológicas e produtivas das forrageiras mais utilizadas para a produção de leite no Brasil, bem como discutir resultados disponíveis referentes às práticas de manejo que visem altas produções de forragem e desempenho animal de forma sustentável.

Palavras-chave: Interceptação luminosa, vaca leiteiras, C3 e C4, manejo de

pastagem.

Forage for Dairy cattle

Abstract: An adequate forage management, in the plants of group C3 or group

C4, they can support considerable productions of milk along the time, both per animal or than per area. In that sense, to use the new management techniques, which consider sward surface on pre-grazing heights and post-grazing to different forages (they don't neglect climatic variations and of existent soil in the different areas of the country), are indispensable for a pasture production to be had and, consequently, animal, maintainable. is divided among the main goods of grasses - group C4 and and legumes - group C3. The purpuse of this work was to present the characteristics ecophysiological and productivity of forages more used for the milk production in Brazil, as well as to discuss data related to management practices that seek high animal performance and productivity of tropical pastures with sustainability.

Key words: Dairy cows, forage management, group C3 and C4, light interception

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1 Introdução

As pastagens tropicais, quando bem manejadas, são capazes de sustentar

níveis satisfatórios de produção de leite, sobretudo nas épocas mais favoráveis do

ano, suprindo as necessidades de energia, proteína, minerais e vitaminas

essenciais à produção animal (GOMIDE et al., 2001). Muitos autores, conduzindo

trabalhos de produção de leite exclusivamente à pasto, demonstram produções

que variam em torno de 12 de leite/vaca/dia.

Em regime de alimentação em pastagens, a produção de leite por área e

por vaca relaciona-se, respectivamente, com a capacidade de suporte e o valor

nutritivo do pasto. A capacidade de suporte da pastagem está condicionada aos

fatores de clima, solo, manejo e adaptação da espécie forrageira ao pastejo. O

valor nutritivo da forragem, por sua vez, é avaliado pela sua digestibilidade e pelos

seus teores de proteína bruta e de parede celular, características estreitamente

relacionadas com o consumo de matéria seca.

Os bovinos possuem a habilidade de selecionar a dieta a partir da forragem

disponível, sendo que a prioridade é para as folhas mais novas, as quais possuem

maior valor nutritivo, seguida das folhas dos estratos inferiores e do colmo. O

pastejo seletivo permite ao ruminante compensar o baixo valor nutritivo da

forragem disponível, por possibilitar o pastejo das partes mais nutritivas da planta

(STOBBS, 1978).

Para que haja uma produção satisfatória de forragem de qualidade, manejo

adequado deve ser empregado visando atender tais exigências. Nesse sentido,

corrigir o solo e fazer adubações de manutenção freqüentes são imprescindíveis.

A utilização de adubação em pastagens, particularmente a nitrogenada, é prática

fundamental quando se pretende aumentar a produção de matéria seca, pois o

nitrogênio (N) presente no solo, proveniente da mineralização da matéria orgânica

derivada do complexo solo-planta-animal, não é suficiente para as gramíneas de

alta produção expressarem o seu potencial.

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Outro fator importante para elevadas produtividades diz respeito a forma

de utilização dos pastos. Atualmente ainda prevalecem recomendações simplistas

e generalistas de uso e manejo do pastejo, as quais são feitas com base em

número fixo e pré-determinado de dias de intervalo entre desfolhações ou em

alturas de pasto definidas de forma arbitrária e empírica. Tais atitudes ignoram as

variações do clima, solo e micro-região que interferem na produção dos pastos em

diferentes regiões do país e que influenciam a produção de uma mesma região ao

longo do ano e de ano para ano. Nesse sentido, a pressão de pastejo é um

instrumento valioso no manejo da pastagem, uma vez que, diferentemente da taxa

de lotação, considera a disponibilidade momentânea de matéria seca ao longo das

estações do ano, ou seja, é o número de animais por unidade de forragem

disponível.

O presente trabalho tem por objetivo apresentar as características

ecofisiológicas e produtivas das forrageiras mais utilizadas para a produção de

leite no Brasil. Além disso, buscou-se discutir resultados disponíveis acerca de

práticas de manejo que visem altas produções de forragem e desempenho animal

de forma sustentável.

2 Principais forrageiras

Esta revisão bibliográfica está dividida em duas partes. A primeira diz

respeito aos principais gêneros de gramíneas estivais (ciclo C4), onde pode-se

citar Brachiaria, Pannisetum, Panicum e Cynodon e a segunda parte às plantas

forrageiras de Ciclo C3 (estivais e hibernais), onde destacam-se Lolium, Trifolium

e Arachis.

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Forrageiras de Ciclo C4

Gênero Brachiaria

As pastagens cultivadas no Brasil são a base da produção animal. Cobrem

extensas áreas, hoje estimadas em cerca de 180 milhões de hectares e mais de

85% ocupadas com capins do gênero Brachiaria. Esse gênero é de origem

africana e apresenta cerca de 100 espécies encontradas em regiões tropicais e

subtropicais, sendo caracterizadas pela sua grande flexibilidade de uso e manejo,

sendo tolerantes a uma série de limitações e/ou condições restritivas de utilização

para um grande número de espécies forrageiras. Na Figura 1 pode-se visualizar

uma B. Brizantha cv. Marandu.

Figura 1. Brachiaria brizantha cv. Marandu (Foto: Paulino, V. T; 2009)

Nos últimos anos o elevado potencial de produção das pastagens tropicais

tem sido ressaltado e justificado pela disponibilidade de espécies forrageiras

extremamente produtivas e adaptadas ao pastejo como é o caso do gênero

Brachiaria. As espécies pertencentes a este gênero predominam nas áreas de

pastagens cultivadas do Brasil e, sem dúvida, representam boa parte dos esforços

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e recursos investidos em programas de pesquisa, melhoramento e introdução de

novas espécies e cultivares. No entanto, em termos práticos, os benefícios desse

potencial de produção dificilmente têm sido realizados, uma vez que os

indicadores produtivos e zootécnicos apontam para aumentos de produtividade

muito modestos em relação ao que poderia ser obtido (NASCIMENTO Jr et al.,

2004).

O mesmo fator positivo que possibilita às plantas desses gêneros a alta

produção de forragem é o mesmo que faz com que práticas e recomendações

generalistas de manejo do pastejo (períodos de descanso, taxas de lotação e

ofertas de forragem fixas) sejam ineficazes e inconsistentes, causando prejuízos

de ordem quantitativa e qualitativa para a produção animal.

O controle da estrutura e condição do dossel forrageiro também é estrito,

porém com a diferença de que dois níveis de controle são requeridos, ou seja, o

controle da condição do pasto em que os animais deveriam entrar nos piquetes

para iniciar o pastejo (pré-pastejo) e aquela em que deveriam ser retirados,

finalizando o pastejo (pós-pastejo).

Inúmeros trabalhos (KORTE et al., 1986; SBRISSIA, 2004; SARMENTO,

2003; MOLAN, 2004) revelaram que a partir de 95% de interceptação de luz pelo

dossel há redução na taxa média de acúmulo e comprometimento da estrutura do

dossel e valor nutritivo da forragem produzida por meio de aumento na proporção

de hastes e de material senescente. Tal informação indica que prorrogar o período

de descanso ou o intervalo entre pastejos além desse ponto não é desejável. Por

outro lado, estender demais a saída dos animais é prejudicial, sendo

recomendado deixar uma área foliar mínima para que a planta possa realizar

fotossíntese eficientemente após o pastejo.

Andrade (2003) demonstrou que a amplitude ótima de condições de pasto

para produção de B. brazantha cv. Marandu varia de 20 a 40 cm no pós-pastejo.

Pastos mantidos a 10 cm apresentaram um aumento da população de plantas

invasoras e diminuição de suas reservas orgânicas (carbono e nitrogênio) ao

longo do experimento, indicando ser esta uma condição instável para estas

plantas. Dentro dessa amplitude (20 a 40 cm), a produção de forragem

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praticamente não variou e, nas condições do experimento (solo de alta fertilidade

e cerca de 300 kg N/ha), ficou em torno de 26 t MS/ha. No entanto, a distribuição

da produção variou significativamente, sendo que 76, 84 e praticamente 100%

foram mensurados durante as épocas de primavera e verão para os pastos

mantidos a 20, 30 e 40 cm, respectivamente (ANDRADE, 2003; MOLAN, 2004).

Essa estabilidade da produção para uma amplitude relativamente grande

de condições de pasto (variação de 2 vezes a altura do dossel) foi resultado de um

processo dinâmico de compensação entre número e tamanho de perfilhos que

resultou em pastos mais baixos contendo maior densidade populacional de

perfilhos pequenos e pastos mais altos contendo menor densidade populacional

de perfilhos grandes. Nessa situação houve um balanço relativamente estável

entre os processos de crescimento e senescência que resultou em pastos mais

altos apresentando maiores taxas de crescimento compensadas por maiores taxas

de senescência e vice-versa para pastos mais baixos. Contudo, pastos mantidos

mais baixos apresentaram recuperação mais rápida da produção de forragem

após o inverno que pastos mantidos mais altos, sendo que durante o verão pastos

mantidos mais altos produziram significativamente mais que pastos mais baixos

(SBRISSIA, 2004).

De acordo com Gonçalves (2002), pastos mantidos mais baixos são

desfolhados de forma mais freqüente que pastos mantidos mais altos,

conseqüência direta e praticamente exclusiva de maiores taxas de lotação. Essa

maior freqüência de desfolhação dos perfilhos favorece um maior número de

desfolhações durante o período de vida das folhas, o que resulta em eficiências de

utilização da forragem mais elevadas em pastos mais baixos (82,3; 76,2; 69,4 e

68,7% para 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente).

Gomide et al. (2001), trabalhando com dois grupos de animais pastejando

Brachiaria decumbens em duas diferentes pressões de pastejo (PP), não

encontraram valores significativos para digestibilidade in vitro da matéria seca

(55,9 e 56,9%), teor de proteína bruta (13 e 10%) e produção de leite (11,3 e 10,8

kg/vaca/dia) para PP de 4 e 8%, respectivamente. Os valores médios de produção

de leite por vaca observados neste estudo aproximam-se dos obtidos por Silva et

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al. (1994) e Stradiotti Jr. (1995), os quais trabalharam com capim-elefante anão

em iguais condições topográficas e também não verificaram o efeito das ofertas de

forragem entre 3 e 12% PV sobre a produção de leite.

Gênero Pennisetum

O capim-elefante (Pennisetum purpureum) tem se destacado entre as

forrageiras mais utilizadas nos sistemas de produção de leite, em decorrência do

seu elevado potencial produtivo e da sua qualidade. No entanto, para que haja

aumento da produção de leite por animal e por área, é necessário o conhecimento

do equilíbrio entre quantidade e qualidade da forragem que permita esse

desempenho. Deve-se considerar que a prática da fertilização da pastagem

influencia positivamente na melhoria da quantidade e da qualidade da forragem

produzida, sendo a resposta dependente da espécie vegetal, entre outras coisas.

Sabe-se que o capim-elefante é capaz de mostrar elevado rendimento de

forragem, quando convenientemente manejado e adubado (CORSI & NUSSIO,

1992).

Embora o seu emprego sob pastejo apresente excelentes perspectivas,

alguns problemas decorrentes desta forma de utilização têm sido apontados.

Gomide (1990) ressalta o acentuado caráter sazonal da sua produção, e Veiga

(1990) registra a dificuldade de manejo pelo seu hábito de crescimento ereto e

ascendente, chegando, muita vezes, a atingir alturas fora do alcance dos animais.

Espécies que exibem hábito de crescimento ereto, como o capim-elefante,

devem ser manejadas sob pastejo rotativo, para maior eficiência (BLASER et al.,

1973). Assim, deve-se interromper o pastejo em determinado momento, para que

haja recomposição da área foliar, da qual depende a formação de reservas

orgânicas. É sabido que a área foliar remanescente, após corte ou pastejo, influi

sensivelmente na velocidade e intensidade da rebrota, razão pela qual se deve

evitar o superpastejo, promovendo um período de descanso necessário para boa

recuperação das plantas.

Lucci et al. (1972), testando uma pastagem de capim-elefante, sob uma

taxa de lotação de 3,6 vacas/ha, demonstraram que essa pastagem tem

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condições de fornecer nutrientes necessários para manutenção e produção de

leite de 11,6 kg/vaca/dia de leite. Numa pastagem de capim-elefante, adubada

com 200 kg/ha/ano de N, manejada em sistema de pastejo rotativo, com três dias

de ocupação e 30 dias de descanso, com uma taxa de lotação de 4,5 vacas/ha,

foram obtidas produções médias de leite de 11,9 kg de leite/vaca/dia sem

suplementação concentrada, e 13,4 kg de leite/vaca/dia com suplementação de 2

kg/vaca/dia de concentrado (DERESZ, 2001). Entretanto, o mesmo autor revelou

não ser vantajosa a suplementação da pastagem de capim-elefante, por causa do

pequeno aumento na produção de leite observado.

Para Corsi (1986), pastagens de alta produção, como as de capim-elefante,

quando suplementadas no período seco, podem apresentar um potencial de

produção de 10.500 kg de leite/ha/ano. O mesmo autor informa que, dependendo

da eficiência reprodutiva, do período de lactação e da composição do rebanho,

essa produção poderá chegar a 26.000 kg/ha/ano. Resultados superiores a esses

são relatados por Cruz Filho et al. (1996), em pastagem de capim-elefante

irrigado, na Região Norte de Minas Gerais, onde foram obtidas produções de leite

acima de 30.000 kg/ha/ano.

Coser et al. (1999) verificaram produção média de 10,8kg/vaca/dia

(7800kg/ha/ano) em pastagens de capim elefante manejadas de forma

intermitente (30 dias de intervalo com 1, 3 e 5 dias de ocupação cada piquete).

Segundo esses autores, o período de ocupação de pastagens de capim- elefante

usadas por vacas em lactação pode variar de um a cinco dias, sem prejuízo para

as produções de leite por animal e por hectare.

Por fim, quando bem manejadas, pastagens de capim-elefante podem

suportar cargas animais muito elevadas. No entanto, a produção de MS deste

gênero apresenta-se muito estacional, concentrando grande parte de sua

produção na primavera/verão, sendo que no período seco, o crescimento e o valor

nutritivo são reduzidos e a capacidade de suporte cai consideravelmente,

necessitando a adoção de medidas para a suplementação do rebanho nessa

época.

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Gênero Panicum

As plantas do gênero Panicum são caracterizadas pelo seu grande

potencial de produção de forragem sendo, porém, menos flexíveis que plantas

como as do gênero Brachiaria por apresentarem limitações e/ou dificuldades para

serem manejadas sob lotação contínua, prevalecendo, de uma forma geral, o seu

uso na forma de pastejo rotacionado. Dentre os diversos cultivares, Panicum

maximum cv Mombaça e cv Tanzânia adquiriram grande destaque nas áreas de

pastagens cultivadas do país. Na Figura 2 pode-se visualizar um Panicum

maximum cv Mombaça.

Figura 2. Panicum maximum cv. Mombaça

Bueno (2003) e Carnevalli (2003) avaliaram o capim-Mombaça sob

pastejo rotacionado caracterizado por duas alturas de resíduo (30 e 50 cm) e duas

condições de pré-pastejo (95 e 100% de interceptação de luz pelo dossel). Os

resultados demonstraram a consistência do critério de interrupção do processo de

rebrotação aos 95% de interceptação de luz e o efeito benéfico de sua associação

com um valor de altura de resíduo mais baixo, condizente com a necessidade da

planta em manter uma área foliar remanescente mínima e de qualidade para

iniciar seu processo de rebrotação e recuperação para um próximo pastejo.

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Carnevalli (2003) afirma que, de uma forma geral, a maior produção de

forragem foi registrada para o tratamento de 30 cm de resíduo e 95% de

interceptação de luz, com redução acentuada em produção quando o período de

descanso era mais longo (100% interceptação de luz) ou o resíduo mais elevado

(50 cm). A redução em produção de forragem foi conseqüência de processo

acelerado de senescência foliar, resultante de maior competição por luz sob

aquelas condições, o que também favoreceu maior acúmulo de hastes, resultando

em redução na proporção de folhas e aumento na proporção de hastes e material

morto na massa de forragem em pré-pastejo. Essa variação em composição

morfológica da forragem produzida foi a responsável pela redução nas

concentrações de proteína bruta e nos valores de digestibilidade da forragem.

Além de resultar em menor produção de forragem com menor valor

nutritivo, pastejos menos freqüentes, caracterizados pela condição de 100% de

interceptação luminosa, resultam em elevação da meta de resíduo de 30 cm,

conseqüência do acúmulo excessivo de hastes. Avaliações detalhadas do

processo de acúmulo de forragem durante a rebrotação revelaram que até 95% de

interceptação de luz o acúmulo de folhas era o processo predominante, mas além

desse ponto os processos de acúmulo de hastes e senescência eram bastante

aumentados (BUENO, 2003).

Avaliação do processo de pastejo revelou que pastos manejados de forma

mais leniente (resíduo de 50 cm) e menos freqüente (100% de interceptação de

luz) foram os que apresentaram as maiores perdas de forragem (material cortado

e caído sobre o solo ou pendurado na touceira sem ser colhido), ou seja, além da

maior quantidade de forragem perdida por senescência e morte de tecidos durante

a rebrotação, maiores foram as perdas físicas durante o processo de colheita pela

ação do animal (CARNEVALLI, 2003).

As condições de pré-pastejo de 90, 95 e 100% de interceptação de luz

apresentaram, também, uma correlação muito alta e consistente com a altura do

dossel (horizonte de folhas) independentemente da época do ano e do estádio

fisiológico das plantas (vegetativo ou reprodutivo – 60 cm para 90%, 70 cm para

95% e 85 cm para 100%), mais uma vez indicando e ratificando o fato de que a

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altura poderia ser utilizada como critério de campo confiável para o controle e

monitoramento do processo de rebrotação e pastejo. Mello & Pedreira (2004),

trabalhando com capim-Tanzânia sob irrigação, também registraram 95% de

interceptação de luz pelo dossel forrageiro com uma altura ao redor de 70 cm. Na

Figura 3 pode-se visualizar um Panicum maximum cv. Tanzânia.

Figura 3. Panicum maximum cv. Tanzânia (Foto: Paulino, V. T; 2009).

Experimentação com outros cultivares de Panicum como Tobiatã, Massai e

Atlas, além do Mombaça e do Tanzânia, sob regime de cortes, tem mostrado que

a partir de 95% de interceptação de luz pelo dossel a quantidade de hastes e

material morto acumulada é drasticamente aumentada, revelando a consistência e

sugerindo a aplicabilidade desse conceito como um critério de controle e

monitoramento do pastejo. Apesar do maior rendimento de massa seca de

forragem sob regime de desfolha de longo período de descanso, a qualidade e as

características estruturais do dossel são freqüentemente comprometidas.

Santos et al. (1999) verificaram redução na relação folha/colmo de Panicum

maximum cv. Mombaça de 1,32 para 0,99, quando a freqüência de desfolhação

reduziu-se de 28 para 48 dias. Gomide & Gomide (2001) também observaram

redução de 2,8 para 1,7 na relação folha/colmo do dossel do mesmo cultivar

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submetida, respectivamente, a períodos de descanso de 2,5 e 4,5 novas folhas

expandidas por perfilho.

Em trabalho realizado por Cândido et al (2005), os quais avaliaram o valor

nutritivo do capim Mombaça em diferentes períodos de descanso, demonstrou-se

que o teor de proteína bruta variou (P<0,01) em função da duração dos períodos

de descanso e dos dias de pastejo, sendo que o ponto de mínimo correspondeu à

idade de 44 dias. Para este ponto de mínimo, as respostas críticas relativas ao 1º,

3º e 5° dias de pastejo foram de 9,3; 8,5 e 6,3% PB, respectivamente.

Gênero Cynodon

Este gênero é composto por várias espécies, chamadas de gramas

bermuda, onde destacam-se o Tifton 85 e o Coast-cross.

O Tifton 85 teve sua origem na Coastal Plain Experiment Station (USDA-

University of Geórgia), no sul do Estado da Geórgia (BURTON et al., 1993). Este

cultivar foi selecionado por sua elevada produção de matéria seca e boa

digestibilidade em comparação a maioria das gramas bermudas híbridas

(PEDREIRA, 1996). A Figura 4 demonstra uma pastagem de Tifton 85.

Figura 4. Pastagem composta por Tifton 85 (Foto: Oltramari, 2008).

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Vilela et al. (2006), trabalhando com pastagem de coast-cross, reportaram

produções diárias de leite de 15,54 e 19,15 kg/vaca e de 77,8 e 94,0 kg/ha,

quando foram fornecidos, para cada vaca, 3 e 6 kg de concentrado,

respectivamente.

Alvim e Botrel (2001) avaliaram os efeitos de níveis de N (100, 250 e 400

kg/ha/ano) aplicados em pastagem de Coast-cross (Cynodon dactylon (L.) Pers.)

sobre a produção de leite de vacas da raça Holandesa. Os dados revelaram

semelhanças estatísticas entre os tratamentos quanto a produção individual de

leite e os teores de proteína bruta da gramínea. Porém houve diferenças

significativas em relação a produção por ha/ano, correspondendo a 26.539 kg. A

eficiência do N aplicado na pastagem de Coast-cross diminuiu com o aumento das

doses de N, correspondendo à produção de leite de 265,4, 123,5 e 80,5 kg de leite

produzidos por kg de N aplicado, respectivamente, nas dosagens de 100, 250 e

400 kg/ha/ano de N.

Forrageiras de Ciclo C3 e suas consorciações com C4

A utilização de leguminosas em consórcio com forrageiras, cortadas e

oferecidas diretamente no cocho ou na forma de banco de proteína, vem sendo

utilizada como alternativa de baixo custo na substituição parcial de rações

comerciais na suplementação animal.

Trabalhos realizados por Costa et al. (1997) demonstraram a viabilidade

técnica da utilização de bancos de proteína na suplementação alimentar de vacas

leiteiras Holando-Zebu. Os animais que tiveram acesso ao banco de proteína de

Pueraria phaseoloides e Desmodium ovalifolium (duas horas de pastejo, três

vezes por semana), apresentaram produções médias diárias semelhantes entre si

(8,15 x 7,97 e, 7,25 x 7,43 kg/vaca/dia), para os períodos chuvoso e seco,

respectivamente, porém superiores àquelas obtidas por vacas mantidas

exclusivamente em pastagens de B. brizantha cv. Marandu (7,03 x 6,50

kg/vaca/dia), para os mesmos períodos. Martinez e Lopez (1991), encontraram

médias de produção de 17,0 kg de leite em vacas pastejando coast-cross, com

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acessos a silagem de milho, trevo branco (Trifolium sp) e ração com 16% de

proteína bruta, fornecida à razão de 2,5 kg de leite/kg de concentrado a partir de 5

kg de produção.

Garcia et al. (1994), reportaram incrementos de 20% na produção de leite

de vacas mestiças, mantidas em pastagens Cynodon nlemfuensis, com acesso

durante 2 horas em banco de proteína de Leucaena leucocephala. Gonzalez et al.

(1996), verificando o efeito da consorciação de capim-estrela africana com Arachis

pintoi (Figura 4) obtiveram produções superiores a 1,4 kg de leite/vaca/dia e 3,10

kg/ha/dia, em relação à pastagem exclusiva.

Figura 5. Pastagem de Amendoim Forrageiro (Arachis pintoi)

(Foto: Paulino, V. T; 2009).

Ribeiro Filho et al. (2007), avaliando o efeito da quantidade (2 e 4 kg) de

suplemento energético (grão de milho) sobre o consumo de forragem e a

produção de leite em vacas leiteiras pastejando azevém (Lolium multiflorum) em

alta oferta de MS (35 kg/vaca/dia), verificou que a digestibilidade da MO da

forragem ingerida foi 76,1% e a produção de leite nos dois tratamentos variou em

torno de 22,5 kg/vaca/dia, não havendo diferenças significativas entre estes

parâmetros. Estes resultados demonstram que esta espécie forrageira apresenta,

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além de boa produção de MS, ótima composição bromatológica, sendo seu uso

recomendado quando há possibilidade de plantio.

Motazedian & Sharrow (1990) constataram relação inversa entre

rendimento de massa seca digestível e freqüência de desfolhação em dossel

misto de Lolium perenne e Trifolium subterraneum. Em três anos, o rendimento

médio de massa seca digestível aumentou de 3.000 e 4.250 kg/ha, sob freqüência

de desfolha de sete dias, para valores acima de 5.500 kg/ha, quando desfolhado a

cada 49 dias. Entretanto, a digestibilidade da matéria seca decresceu.

Parsons & Penning (1988) verificaram redução na digestibilidade in vitro da

matéria orgânica de Lolium perenne em extrusa de ovinos, ao longo de de 19 dias

pastejo. Isso se explica pela redução na proporção de folhas e maior proporção de

hastes e de material morto nas camadas inferiores do dossel, em decorrência da

progressiva desfolhação no decorrer do período de pastejo, resultando em

comprometimento no consumo (McGILLOWAY et al., 1999). Assim, Blaser et al.

(1959) relataram queda de 15,4 para 13,6 kg na produção diária de leite por vaca,

ao longo de nove dias de pastejo.

Viegas et al. (1997) encontraram produções de 17,86 e 20,33 kg de

leite/vaca/dia em pastagens de azevém (Lolium multiflorum) adubadas com 100 e

200 kg de N/ha, respectivamente.

3 Considerações finais

Há grande possibilidade de sucesso na produção de leite desde que se

usem forrageiras de alta produtividade com manejo adequado. Nesse sentido,

deve-se propiciar às plantas forrageiras um ambiente adequado para seu

desenvolvimento para que os esforços e ações empregados resultem em

produção animal eficiente e sustentável.

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