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Número 01. Setembro de 2019
O Componente 1 do Projeto Bioamazônia da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) tem por objetivo “Elaborar um estudo conceitual e operacional para o desenvolvimento, melhoria, fortalecimento e interoperabilidade dos sistemas nacionais de informação e gestão do conhecimento nos países membros da OTCA, bem como o desenho da configuração conceitual e operacional do Sistema de Informação e Gestão de Conhecimento da OTCA (SIGC), em apoio ao Observatório Regional da Amazônia - ORA.
A consultoria para a realização desses estudos foi premiada por meio de concurso internacional à empresa Excelencia Corporativa (EXCO). Este importante trabalho iniciou em 15 de julho, de mãos dadas e através de um compromisso e esforço conjunto das autoridades, funcionários e especialistas da Secretaria Permanente e dos Países Membros da OTCA - Instituições Nacionais Coordenadoras, implementadoras e beneficiárias do Projeto através dos Pontos Focais, dos especialistas envolvidos no desenvolvimento do ORA, da Rede de Centros de Pesquisa Amazônica (RedCIA), dos Grupos de Trabalho relacionados e de outros especialistas.
Compartilhamos as ações iniciais deste importante desafio: a concepção conceptual integral do SIGC e da sua interoperabilidade com os sistemas dos Países Membros.
Em Brasília durante a semana de 6 a 9 de agosto, os integrantes da EXCO mantiveram sessões de trabalho, reuniões e entrevistas com a Direção da SP/OTCA, com os funcionários técnicos, administrativos e especialistas das distintas áreas, assim como com os consultores especializados envolvidos nas atividades de desenvolvimento do ORA, dos sistemas de informação de projetos nacionais, regionais e plataformas relacionadas.
Fortalecimento e interoperabilidade dos sistemas de informação e gestão do conhecimento
O trabalho se concentrou na revisão da história da OTCA e seus processos de institucionalização e gestão da informação, assim como os antecedentes do ORA, com a finalidade de contribuir à conceptualização do SIGC da OTCA e desenhar um modelo de gestão efetivo do ORA, levando em conta as tendências e desafios de informação e de interoperabilidade e adicionando esforços e trabalhos anteriores.
Importantes aprendizados, reflexões, discussões e expectativas para a construção de um sistema inovador,
moderno e tecnológico que contribua para a gestão pública e os desafios dos países amazônicos e da Organização foram gerados.
A reunião com a empresa Excelência Corporativa iniciou com uma apresentação sobre a história, missão, estrutura e atividades da OTCA por parte do Embaixador Carlos Lazary, Diretor Executivo da SP/OTCA.
A OTCA trabalha no desenvolvimento, melhoria, reforço e interoperabilidade dos sistemas nacionais e regional de informação e gestão do conhecimento
Rumo à reengenharia tecnológica?Fortalecimento e transformação digital
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O trabalho foi desenvolvido de acordo às prioridades da nova Direção da Organização, explicadas pela Secretária-Geral da OTCA, Alexandra Moreira.
Isto foi feito com a visão de gerar uma inst i tuc iona l i zação de procedimentos,
informações, conhecimentos e ações que sejam sustentáveis e não dependam apenas das vontades das autoridades e das lideranças de turno para alcançar uma governança efetiva na OTCA.
A partir da experiência da Gestão do Conhecimento, liderados por Pablo Santillán, os especialistas da
EXCO fizeram uma revisão histórica da OTCA. Em uma linha do tempo, eventos, feitos e desafios foram marcados, visualizando o desenvolvimento da OTCA e as lições aprendidas, a fim de identificar as necessidades de institucionalização e sustentabilidade dos processos da Organização no âmbito do que é concebido como um Sistema de Informação e Gestão do Conhecimento integral, a fim de alcançar sua eficiência e eficácia.
Foram realizadas sessões de trabalho para padronizar conceitos e objetivos, identificar informações, dados e interoperabilidade para a o SIGC, bem como a funcionalidade do Sistema e a capacidade de infraestrutura da OTCA. Para isso, foi fundamental a participação direta das Autoridades e dos funcionários da SP.
Danilo Bucheli e Ana Maria López, especialistas em Desenvolvimento de Sistemas Informáticos e Aplicações Web da empresa, foram os responsáveis pela sessão.
Com Niky Armas, Gerente do EXCO e especialista em Sistemas de Informação, Processos e Gestão do Conhecimento, corroborou-se que o desenho conceitual requer uma análise estrutural integral da Organização com vistas ao fortalecimento e transformação digital.
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Projeto Bioamazônia | Número 01. Setembro de 2019
A partir da experiência da Gestão Empresarial, com Santiago Muñoz, houve uma sessão de trabalho sobre o Modelo de Gestão de Sistemas de Informação para a Região Amazônica.
A técnica “design thinking” traduzida no modelo “business locks” e a técnica “Jobs to be done” foram utilizadas para identificar as necessidades e expectativas dos grupos de interesse traduzidas em produtos e serviços, bem como as suas relações transacionais com o sistema.
De maneira conjunta foi delineada uma proposta de uma estrutura sistemática baseada na desconcentração, abordagem funcional e gestão de processos do Sistema de Informação e Gestão do Conhecimento para a Região Amazônica.
Francisco Palm, especialista em Informação e Interoperabilidade, apresentou o que poderiam ser os principais elementos da Informática da Biodiversidade desde a qualidade e adequação dos dados para uso, gestão da melhoria de dados, digitalização, integração, processamento e intercâmbio de dados de biodiversidade até os tipos de fornecedores: coleções preservadas, coleções vivas, dados de pesquisa, iniciativas cidadãs, documentos, etc.
Houve uma reflexão sobre a interoperabilidade dos sistemas, que deverá responder à necessidade de fluxos de trabalho sobre biodiversidade e dos países, tomando como exemplo a gestão de dados sobre a biodiversidade para a gestão das espécies listadas na CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas.
A empresa EXCO contou com insumos prévios sobre a história do ORA, preparados pelos especialistas técnicos da Unidade Técnica de Apoio e da Unidade Executora do Projeto Bioamazônia da SP/OTCA, que foram enriquecidos pelas entrevistas com os coordenadores de áreas temáticas da OTCA, de projetos e processos anteriores de gestação do ORA e de sistemas e plataformas relacionadas, com quem realizaram posteriores reuniões de trabalho:
• Roberto Sánchez, ex-Coordenador de Educação, Ciência e Tecnologia da SP/OTCA e do ORA.
• Vicente Guadalupe, ex-Coordenador do Projeto Fortalecimento institucional dos Países Membros da OTCA para a gestão florestal ecologicamente responsável e conservação da biodiversidade nas floretas manejados da Amazônia (OIMT/CDB/OTCA) e da criação da Plataforma Regional de Intercâmbio de Informação e Conhecimento (PRIC), no âmbito do projeto.
• Rodolfo Cárdenas, Especialista em desenvolvimento, adaptação e uso de aplicações para HPC do Programa BIOINFO do Instituto de Investigações da Amazonia Peruana – IIAP e Isaac Ocampo, ex técnico do IIAP, especialista em desenvolvimento e investigação nem ciência da computação e ciência de dados, ambos desenvolvedores da Plataforma Regional de Intercâmbio de Informação e Conhecimentos (PRIC), no âmbito do projeto florestal e como base para o ORA.
• Alexandre Augusto e Guilherme Souza Denis da Agencia Carcará, especialistas no desenvolvimento de Plataformas, sites, redes sociais e marketing digital, que trabalham na modernização da página web da OTCA e no futuro do ORA e PRIC e na migração dos sistemas.
No âmbito do ORA, RedCIA e Grupos de Trabalho, os membros da EXCO e do Projeto Bioamazonía entrevistaram Hesley Py do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, membro do Grupo de Trabalho 1 sobre Levantamento e Monitoramento de Informações, que apresentou algumas contribuições para a Infraestrutura de Dados Espaciais da OTCA, a partir de sua definição: “Um conjunto de tecnologias, políticas e arranjos institucionais que facilitam a disponibilidade
Avanços a partir da experiência de projetos e especialistas
e o acesso a dados espaciais (Livro de Receitas da GSDI)” que inclui os seguintes elementos: pessoas (atores), dados, instituições, tecnologias, normas e padrões.
“Para atingir o objetivo central da funcionalidade dos dados, são necessários a visibilidade, o conhecimento, o acesso e a utilização dos dados. Visibilidade significa informar sobre dados existentes, independentemente do produtor, bem como informar sobre investimentos para adquirir dados. Conhecimento significa informar sobre qualidade, origem, etc. Fornecer acesso e uso significa gerar relatórios sobre URLs de acesso existentes, dados em formatos abertos e acesso padronizado. Ele apresentou a importância de o Catálogo de Metadados que trabalha com diversas instituições com diferentes capacidades e bancos de dados como um modelo que pode ser adotado pela OTCA ao estabelecer uma rede que utiliza dados de serviços web padronizados e tem uma política de metadados estabelecida, bem como suporte e capacitação. E isto pode promover a integração e interoperabilidade usando software livre (Geonetwork, mGeoserver; QGis, etc.).
As entrevistas a outros membros dos Comitês Diretivo e Técnico do ORA, RedCIA y Grupos de Trabalho continuarão durante o desenvolvimento da Consultoria da EXCO a fim de recolher novos insumos e elementos para refinar o desenho conceitual e operativo do SIGC, um modelo de gestão do ORA e uma proposta de processos e estrutura para seu avanço e adequada operação.
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Membros da Unidade Executora do Projeto Bioamazônia da SP/OTCA e da EXCO visitaram a equipe de Coordenação de Comércio Exterior (COMEX), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Autoridade CITES e Ponto Focal Técnico Nacional do Projeto, com o objetivo de conhecer o sistema de emissão de licenças CITES e não CITES - SISCITES - e o Sistema Nacional de Controle de Origem de Produtos Florestais (SINAFLOR).
SISCITES é o sistema do governo brasileiro instituído através de um serviço on-line do IBAMA que padroniza procedimentos e otimiza a avaliação dos requisitos para a exportação, importação ou reexportação de espécimes, material biológico, produtos e subprodutos da fauna e flora silvestres brasileiras e da fauna e flora exóticas, constantes ou não nos Anexos CITES.
O projeto beneficia o sistema SISCITES na disponibilização de equipamentos para que as análises e emissões das licenças sejam mais eficazes, bem como na viabilização de integração do sistema com o Portal único do comércio exterior.
O SINAFLOR é um exemplo de inovação em Gestão Pública. Gera informações utilizadas para o manejo florestal e para a emissão de licenças ambientais, que são analisadas pelos agentes fiscais do IBAMA para melhor controle e tomada de decisão, com base em dados que podem indicar uma possível extração ilegal de madeira.
O Projeto disponibilizou GPS e tablets utilizados em trabalhos de campo.
O fortalecimento e a interoperabilidade dos sistemas acima mencionados com outros como o SISTAXON e a Flora Brasil 2020 são prioridades para melhorar a gestão da informação, a gestão e a rastreabilidade de espécies de importância nacional e global.
Equipe técnica do projeto no Brasil - Componente 1: Natalia von Gal Milanezi, André Sócrates, Claudia Correia de Mello e Marcos Alexandre Bauch/
Trabalhando com autoridades do Brasil
Os sistemas nacionais de informação e controle priorizados pelo Ibama no Projeto Bioamazônia como modelos de gestão para a conservação
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Coordenação de Comércio Exterior COMEX/CGMOC/DBFLO.
Comitê Diretivo: Joao Pessoa Riogradense Moreira Junior/ Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFLO).
Natalia von Gal Milanezi/Coordenadora da COMEX do IBAMA .
Projeto Bioamazônia | Número 01. Setembro de 2019
©OTCA 2019 . Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – Secretaria Permanente (OTCA/SP) Secretária- Geral, Alexandra Moreira López . Diretor Executivo, Carlos Alfredo Lazary . Diretor Administrativo, César Augusto De las Casas Díaz . Assessora de Comunicação, Frida Montalvan . Projeto Bioamazônia: Coordenadora, Ximena Buitrón. Especialista Técnico, Mauro Luis Ruffino . Gerente Administrativo, Financeiro e de Aquisições , Sergio Paz Soldan Martinic . Endereço OTCA: SHIS - Ql 05. Conjunto 16, casa 21 - Lago Sul. CEP: 71615-160, Brasília-DF, Brasil .Tel.: (55 61)3248-4119/4132 - Fax: (55 61)3248-4238.
Site: www.otca.info | Twitter:@OTCAnews | Facebook: OTCAoficial
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O Projeto Bioamazônia - Conservação de Espécies Ameaçadas pelo Comércio Não-Sustentável - visa aumentar a eficiência e eficácia da gestão, monitoramento e controle de espécies silvestres ameaçadas pelo comércio nos Países Membros da OTCA, a fim de contribuir para a conservação da Biodiversidade Amazônica e especialmente das espécies listadas na CITES.
Constitui um Acordo de Cooperação Financeira entre o Governo Federal da Alemanha e a OTCA, através do Banco Alemão de Desenvolvimento - KfW e é implementado pela Secretaria Permanente da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (SP/OTCA) em conjunto com as Instituições Coordenadoras Nacionais dos Países Membros.
Sobre o nosso projeto