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Fortaleza, 24 de novembro de 2014 Cooperação para o desenvolvimento internacional : a experiência brasileira com o mapeamento das ações do governo federal em países africanos (2005-2013) João Brígido Bezerra Lima Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Coordenador do projeto COBRADI (Ipea/ABC) 1

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Fortaleza, 24 de novembro de 2014

Cooperação para o desenvolvimento internacional : a experiência brasileira

com o mapeamento das ações do governo federal em países africanos

(2005-2013)

João Brígido Bezerra LimaPesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

Coordenador do projeto COBRADI (Ipea/ABC)

1

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Desde que o Brasil aderiu à Carta da Organização das Nações Unidas (ONU),

incluiu-se dentre seus propósitos “conseguir uma cooperação

internacional para resolver problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, [...].

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e os princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil no âmbito do sistema internacional

estão inscritos no artigo 4º da Constituição Federal que estabelece, em seu inciso IX, o

princípio da “cooperação entre os povos para o progresso da humanidade” (BRASIL, 1998).

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A cooperação entre os Estados tem sido objeto de constante estudo no mundo das Relações Internacionais e teóricos

das mais diversas tendências chegaram a resultados díspares.

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Face à inexistência de parâmetros conceituais definitivos para abordar o tema da cooperação internacional, prevalece o entendimento quase consensual no meio acadêmico definido como:“ [...] o ajuste de comportamentos de atores às

preferências reais ou antecipadas de outros atores, mediante processo de coordenação política”.

(Keohane,1984, p. 51-52).

ampliado por O’Neill, Balsinger e Vandever para:“ processos interativos que continuam além dos acordos iniciais e resultam em ordens de governança complexas e

duradouras com potencial de mudança social”.

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Culpeper e Morton reconhecem a existência de uma arquitetura do desenvolvimento internacional

constituída pela “transferência de recursos” de países “doadores” para países “beneficiários”. Para

os autores, esta arquitetura é entendida como “agências, instituições e sistemas mundiais

destinados à gestão da transferência de recursos (finanças e expertise) para – e relações de

desenvolvimento com – países de baixa renda (Culpeper e Morton, 2008). ”

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Em janeiro de 2010, a Presidência da República, por intermédio da Casa Civil, incumbiu o Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada (Ipea) de liderar, em conjunto com a Agência Brasileira de

Cooperação (ABC/MRE), a realização do primeiro estudo da cooperação brasileira

para o desenvolvimento internacional (Cobradi) no quinquênio (2005-2009).

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O Ipea realizou o levantamento mediante a mobilização de representantes indicados pelos diversos órgãos públicos federais e pela adoção de práticas que habilitassem

os participantes a resgatar os registros existentes e os disponibilizassem em

planilha eletrônica.

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A exemplo do que ocorre com o comércio e os investimentos, a cooperação para o

desenvolvimento internacional realiza-se mediante aproximação e articulação entre

atores do sistema internacional de cooperação para o desenvolvimento, não raro sob o amparo de instituições governamentais,

intergovernamentais e até não governamentais.

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A definição adotada pelo Comitê de Assistência ao Desenvolvimento (DAC) da

Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) para Assistência

Oficial para o Desenvolvimento (ODA) determina em parte essa perspectiva,

entendida como a cooperação Norte-Sul.

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“Doações ou empréstimos a países ou territórios incluídos na lista de recipiendários de AOD do DAC

(países em desenvolvimento) e para agências multilaterais, que são (a) executados pelo setor

oficial; (b) com o principal objetivo de promover o desenvolvimento econômico e o bem estar; (c) em condições financeiras concessionais (empréstimo com percentual de doação mínimo de 25%). Além

de fluxos financeiros, inclui-se a cooperação técnica como parte dessa assistência” (OECD, 2013). 

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O conceito de Cooperação Sul-Sul adotado pelas Nações Unidas abrange processos, instituições e arranjos concebidos para

promover a cooperação técnica, política e econômica entre os países em

desenvolvimento na busca da consecução de metas de desenvolvimento.

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Considerando-se as definições de Assistência Oficial para o Desenvolvimento

(ODA) e da Cooperação Sul-Sul (CSS)cabe apresentar as ações do governo federal

brasileiro em países africanos no âmbito dessa ‘ambivalência’ de padrões

e discutir algumas perspectivas da COBRADI.

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O estudo coordenado pelo Ipea e ABC/MRE adota um conjunto de modalidades

predefinidas, criadas a partir da revisão de metodologias internacionais, com o intuito de possibilitar certo grau de comparabilidade dos registros das ações executadas por 120 órgãos com os disponíveis em âmbito internacional.

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1. COOPERAÇÃO TÉCNICA2. COOPERAÇÃO EDUCACIONAL

3. COOPERAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA4. COOPERAÇÃO HUMANITÁRIA

5. PROTEÇÃO, APOIO E INTEGRAÇÃO DE REFUGIADOS

6. OPERAÇÕES DE MANUTENÇÃO DA PAZ7. PAGAMENTOS A ORGANIZAÇÕES

INTERNACIONAIS

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NO ÂMBITO DA COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INTERNACIONALO BRASIL NÃO É UM PAÍS DOADOR.

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Os gastos com a COBRADI são oriundos de fontes orçamentárias inscritas na Lei de

Orçamento Anual no âmbito de despesas de custeio da administração pública, não

configurando investimento ou subvenção a fundo perdido – com exceção às doações

oficiais.

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Os gastos de governo federal com as relações internacionais decorrem de responsabilidades assumidas pelo Brasil mediante a formalização de tratados, convenções, acordos, protocolos,

atos institucionais ou de compromissos internacionais, mantidos por fontes

orçamentárias inscritas em lei.

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Adotou-se como ponto de partida o mapeamento das relações internacionais

mediante a descrição das ações realizadas pelas agências do governo

federal executoras, considerando-se que a descrição representa o emprego do

conceito pela própria comunidade que o utiliza.

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TABELA 1Doações do governo federal brasileiro para países africanos, 2010 (R$)

Fortaleza, 24 de novembro de 2014

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PAÍS AÇÃO VALOR (R$)

África do Sul Doação de materiais esportivos: Programa Pintando a Liberdade. 3.508Compra de alimentos para estudantes da “Clínica de futebol” 15.268

Burkina Faso Doação de materiais esportivos: Programa Pintando a Liberdade. 2.080Cabo Verde Assistência humanitária a vítimas de epidemia de dengue. 687.987Guiné Bissau Doação de materiais esportivos: Programa Pintando a Liberdade. 13.443

Doação de 3.000 tratamentos antirretrovirais. 1.170.107

Libéria Doação de materiais esportivos: Programa Pintando a Liberdade. 702Mali Apoio da Embrapa à construção de estação experimental em

Sotuba, no âmbito do projeto de cooperação técnica Cotton-4.350.000

Moçambique Assembleia da Federação das Pessoas com Deficiência dos Países de Língua Portuguesa e Fórum das Associações Moçambicanas dos Deficientes

31.087

Namíbia Doação de materiais esportivos: Programa Pintando a Liberdade. 1.679Quênia Doação de materiais esportivos: Programa Pintando a Liberdade. 465São Tomé e Príncipe

Doação de 221 tratamentos antirretrovirais. 102.294

Senegal Aquisição de bens prioritários para manejo de inundações. 869.500Tanzânia Doação de materiais esportivos: Programa Pintando a Liberdade. 5.980Zâmbia Doação de materiais esportivos: Programa Pintando a Liberdade. 1.339

TOTAL 3.255.439

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PAÍS AÇÃO INSTITUIÇÃO

ANGOLA • Gestão hospitalar (workshop)• Diagnóstico laboratorial do vírus da febre amarela

(curso)• Doenças tropicais (reunião da RIDES)• Desenvolvimento de recursos humanos (Hospital

Josina Machel)• Revitalização da atenção primária

FIOCRUZ FESA – Fundação

Eduardo dos Santos

OMS Ministério da

Saúde de Angola

• Atenção às pessoas com doença falciforme e outras hemoglobinopatias

• Capacitação em terapia celular em lesões ósseas e úlceras de perna

MS/SAS Hospital Pediátrico

David Bernardino Ministério da

Saúde de Angola

• Atenção às pessoas com doença falciforme e outras hemoglobinopatias em Angola

• Rede de Investigação e Desenvolvimento em Saúde - Malária (RIDES-Mal)

SVS Hospital Pediátrico

David Bernardino Ministério da

Saúde de Angola

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TABELA 2. ANGOLA: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES E INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 2010

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PAÍS AÇÃO INSTITUIÇÃO

CABO VERDE

• Curso de Formação Superior de técnicos, avaliação e planejamento do curso de Formação Técnica Superior em Biodiagnóstico

• Curso de especialização em Educação Profissional em saúde para os países africanos de língua portuguesa

• Apoio técnico para implantação do banco de leite

• Participação em um seminário internacional sobre controle de culicideos vetores, e reunião técnica com pesquisadores da universidade

• Visita conjunta de elementos da RINSP-CPLP para criação do instituto nacional de saúde

• Programa de formação técnica em informação em saúde para os países africanos de língua oficial portuguesa e timor leste

FIOCRUZ Universidade de Cabo Verde (UNI-CV) CPLP Escola Politécnica de Saúde Joaquim

Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ) Ministério da Saúde de Cabo Verde Universidade Jean Piaget Rede de Institutos de Saúde Pública

(RINSP-CPLP) Instituto de Higiene e Medicina Tropical

(LISBOA) Escola nacional de saúde pública – ENSP

(LISBOA) Factores Humanos e Cultura de

Segurança – FCHS (LISBOA) E REDE EPORTUGUÊSE/OMS British Columbia Institute of Technology

– BCIT (CANADA)

• Consolidação da ARFA como Agente Regulador dos Setores Farmacêutico e Alimentar em Cabo Verde – Fase 2

• Criar instrumentos de operacionalização do Sistema Nacional de Controle de Alimentos e licenciamento sanitário de Cabo Verde

ANVISA ABC

• Doação de medicamentos: Lamivudina (3TC) 150mg; Nevirapina (NVP) 200mg; Zidovudina (AZT) 300mg; e Zidovudina (AZT) Solução Oral - Pediátrico

SVS

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TABELA 3. CABO VERDE:: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES E INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 2010

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.

PAÍS AÇÃO INSTITUIÇÃO

GUINÉ BISSAU

• Reunião fundadora da rede de institutos nacionais de saúde da CPLP

• Curso de especialização em educ. Profissional em saúde para os países de língua portuguesa

FIOCRUZ Secretariado executivo da

CPLP CPLP

• Fortalecimento de atividades de promoção e prevenção em saúde, relacionadas aos direitos sexuais e reprodutivos de jovens e adolescentes

MS/SAS Ministério de Guiné

Bissau

• Doação de medicamentos: Lamivudina (3TC) 150mg; Nevirapina (NVP) 200mg; Zidovudina (AZT) 300mg; Zidovudina (AZT) Solução Oral – Pediátrico; Indinavir (IDV) 400mg

SVS

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TABELA 4. CABO VERDE: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES E INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 2010

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PAÍS AÇÃO INSTITUIÇÃO

MOÇAMBIQUE • XX missão técnica no âmbito do projeto de instalação da fábrica de antirretrovirais e outros medicamentos em Maputo

• Visitação ao Instituto Nacional de Saúde • Reunião de avaliação e seleção dos bolsistas do

programa CNPQ/MCT-Moçambique• Apoio as ações de cooperação técnica internacional

na área da saúde da mulher, criança e adolescente• Participar do seminário preparatório para doutorado

em biociências e saúde pública

FIOCRUZ Ministério da saúde de

moçambique Associação internacional de

institutos nacionais de saúde pública (IANPHI)

Instituto Nacional em Saúde (INS)

Ministério de Ciência e Tecnologia de Moçambique

Instituto Fernandes Figueira (FIOCRUZ)

Universidade Eduardo Monblane

• Missão de avaliação do projeto Fortalecimento do Órgão Regulador de Medicamentos de Moçambique como agente regulador do setor farmacêutico. Marco legal: Ajuste Complementar ao Acordo Geral de Cooperação entre o Governo de ambos os países para implementação do projeto Fortalecimento Institucional do Órgão Regulador de Medicamentos de Moçambique como Agente Regulador do Setor Farmacêutico

• Visita de especialistas de Moçambique ao Brasil para intercâmbio na área regulatória de autorização e licenciamento de indústrias farmacêuticas, para discussão da proposta de regulamento de autorização e licenciamento da indústria farmacêutica, e demais atividades.

ANVISA Governo da República de

Moçambique Gerência-geral de inspeção e

controle de insumos, medicamentos e produtos (FIOCRUZ)

• Missão técnica sobre a fábrica de medicamentos de moçambique // II reunião do comitê de acompanhamento da fábrica de antirretroviral // reunião com o cdc moçambique // reunião com unaids - moçambique e os cncs/moçambique

SVS UNAIDS Conselho Nacional de Combate

ao HIV/SIDA – CNCS Centros para Controle e

Prevenção de Doenças - CDC

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TABELA 5. MOÇAMBIQUE: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES E INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 2010

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PAÍS AÇÃO INSTITUIÇÃOSÃO TOMÉ E

PRÍNCIPE• III Reunião de coordenação da rede

bvs EportuguêseFIOCRUZ Organização Mundial de

Saúde – OMS

• Doação de Medicamentos: Estavudina (d4T) 30mg

SVS

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TABELA 6. SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES E INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 2010

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As ações do governo federal brasileiro no continente africano (2010) ocorreram nos seguintes espaços

geopolíticos:

i) Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);ii) Cotton-Four (“Cotton 4”);

iii) Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC); e

iv) Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS).

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CATEGORIAS DE AÇÕES VALOR (R$)

Ações de desenvolvimento de capacidades, pesquisas conjuntas e articulação de políticas

61.359.802

Missões e operações de paz da ONU 20.824.059

Doações eventuais e em caráter emergencial 3.255.439

Contribuições para organismos internacionais 2.933.449

Ações de acolhimento e apoio a refugiados 2.581.200

TOTAL90.953.949

,00

TABELA 7Categorias de ações do governo federal brasileiro no âmbito da cooperação para o desenvolvimento internacional com a África e respectivos gastos, 2010Fonte: Ipea (2013).

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DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS SEGUNDO SETORES (2010)

SETORES VALOR (R$) %

Educação 36.867.048 56,96

Agricultura 5.358.661 8,28

Educação Profissional 4.889.461 7,57

Saúde 4.464.029 6,90

Energia 1.886.897 2,92

Meio Ambiente 1.821.651 2,81

# 85,44

TOTAL 64.723.035 100,00FONTE: IPEA (2013)

TABELA 8

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2011 2012 2013 Total 0

100

200

300

400

500

600

700

800

333303

152

788

137

9162

290

Todos os paísesÁfrica

GRÁFICO 1. RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE PROJETOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA EM PAÍSES AFRICANOS E NA TOTALIDADE DOS PAÍSES PARCEIROS.

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TABELA 9. RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE PROJETOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA EM PAÍSES AFRICANOS E NA TOTALIDADE DOS PAÍSES PARCEIROS

(2011-2013)

ANO

NÚMERO DE PROJETOS SEGUNDO PAÍSES

TOTAL PAÍSESAFRICANOS

%

2011 333 137 41

2012 303 91 30

2013 152 62 41

TOTAL 788 290 37

FONTE: AGÊNCIA BRASILEIRA DE COOPERAÇÃO (ABC/MRE) . 2014

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T

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FONTE: AGÊNCIA BRASILEIRA DE COOPERAÇÃO (ABC/MRE) . 2014

TABELA 10. PAÍSES AFRICANOS PARCEIROS DO BRASIL EM PROJETOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA

01. MOÇAMBIQUE 16. GANA

02. GUINÉ BISSAU 17. ÁFRICA DO SUL

03. CABO VERDE 18. UGANDA

04. ANGOLA 19. RUANDA

05. TUNÍSIA 20. GUINÉ EQUATORIAL

06. REPÚBLICA DO CONGO 21. ZIMBÁBUE

07. TOGO 22. GABÃO

08. SENEGAL 23. BURKINA FASO

09. BENIN 24. CHADE

10. MALAUI 25. MALI

11. SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE 26. COSTA DO MARFIM

12. LIBÉRIA 27. TANZÂNIA

13. MARROCOS 28. NIGÉRIA

14. CAMARÕES 29. REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

15. MAURITÂNIA 30. SUDÃO

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TABELA 11. CONTRIBUIÇÕES PARA ORGANISMOS INTERNACIONAIS (USD)ORGANISMOS INTERNACIONAIS 2011 2012 2013

Orçamento regular da ONU 37.837.402 38.070.591 38.070.591

Capital Master Plan ONU – Renovação sede 3.007.059 6.458.499 -

Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS 7.412.196 6.458.499 11.220.968

Organização Mundial de Saúde - OMS 7.482.270 - 14.560.149

Organização dos Estados Americanos - OEA 6.361.853 7.970.903 8.247.897

Org. Nações Unidas para Educação - UNESCO 2.261.763 2.261.763 4.516.089

Org. das Nações Unidas Alimentação - FAO 1.886.047 3.972.193 4.058.840

Inst. Interamericano de cooperação - IICA 2.205.341 1.941.764 3.572.436

Centro Pan-Americano da Febre Aftosa 2.534.306 2.242.339 2.926.645

Organização Mundial do Comércio - OMC 2.354.139 2.030.224 2.264.890

Organização de Polícia Criminal - Interpol - - 2.701.393

Org. de Aviação Civil Internacional - OACI 660.803 725.928 764.487

Organização Mundial de Meteorologia - OMM 1.176.222 1.072.389 1.023.363

União Internacional de Telecomunicações - UIT - 1.054.960 1.015.584

Org. dos estados Ibero-Americanos - OEI - 1.000.295 950.538

Org. do Tratado de Coop. Amazônica - OTCA 416.860 378.991 964.086

Outras contribuições 48.543.733 31.481.500 18.422.450

TOTAL 124.140.594 107.120.758 115.235.406

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1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

-1000

-500

0

500

1000

1500

2000

2500

GRÁFICO 2. Assistência oficial para o desenvolvimento – Brasil (1960-2012)(Em US$ milhões, valores de 2012) Fonte: OCDE (2013)

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Dos 54 países que constituem o continente africano, 52 desses países retomaram o processo de desenvolvimento na última

década com taxas acima da média mundial: 5,7% entre 2004 e 2013.

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TABELA 12. TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL 2004-2013 (%)

ANGOLA 11,1

ETIÓPIA 10,4

GUINÉ EQUATORIAL 9,8

CHADE 8,8

RUANDA 8,1

MOÇAMBIQUE 7,5

LIBÉRIA 7,4

GANA 7,4

NIGÉRIA 7,1

TANZANIA 6,9

UGANDA 6,7

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO 6,5

ZÂMBIA 6,4

BURKINA FASO 6,0

FONTE: Departamento de Estatística do Banco Africano de Desenvolvimento

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Fortaleza, 24 de novembro de 2014

OBRIGADO

JOÃO BRÍ[email protected]

(61) 3315 5424 9979 5076

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