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PUB FOTO JTM Operação financeira para reanimar Doca dos Pescadores A expansão do empreendimento da Ma- cau Legend Development vai ganhar novo impulso após a entrada na Bolsa, explicou David Chow ao JTM. Pág. 11 Explicações “insuficientes” da DSAT, diz Lau Si Io O Secretário para os Transportes e Obras Públicas disse que DSAT tem de respon- der aos media sobre a auditoria aos auto- carros públicos. Pág. 8 Tribunal volta a rejeitar marca com COTAI no nome A Las Vegas Sands registou a marca “COTAITicketing” mas o Tribunal de Segunda Instância rejeitou, como tinha pedido a Melco Crown. Pág. 9 Air Macau registou incidentes com mangas de evacuação Um passageiro que viajava junto a uma saída de emergência, ter-se-á sentido com calor e abriu a porta. Um outro caso en- volverá uma hospedeira. Pág. 7 Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4280 • Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 10 PATACAS Lavagem de dinheiro desperta “apetite pelo sensacionalismo” Pág. 5 Pág.7 Anúncio contra filipinos é “discriminação”, contesta Rosa Viloria SÁBADO COMEMORA-SE O DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA Adoptar em Macau é uma escolha de Amor Fátima Almeida Págs 2 a 4

FOTO JTM SÁBADO COMEMORA-SE O DIA INTERNACIONAL … · faz uma pausa no desenho. Ao chegar da escola cumprimenta-nos e agarra-se ao braço de Adelaide, para atenuar as saudades

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Operação financeira parareanimar Doca dos PescadoresA expansão do empreendimento da Ma-cau Legend Development vai ganhar novo impulso após a entrada na Bolsa, explicou David Chow ao JTM. Pág. 11

Explicações “insuficientes”da DSAT, diz Lau Si IoO Secretário para os Transportes e Obras Públicas disse que DSAT tem de respon-der aos media sobre a auditoria aos auto-carros públicos. Pág. 8

Tribunal volta a rejeitarmarca com COTAI no nomeA Las Vegas Sands registou a marca “COTAITicketing” mas o Tribunal de Segunda Instância rejeitou, como tinha pedido a Melco Crown. Pág. 9

Air Macau registou incidentescom mangas de evacuaçãoUm passageiro que viajava junto a uma saída de emergência, ter-se-á sentido com calor e abriu a porta. Um outro caso en-volverá uma hospedeira. Pág. 7

Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4280 • Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 10 PATACAS

30anos ao serviçode Macau

Lavagem de dinheiro desperta “apetitepelo sensacionalismo”

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Anúncio contra filipinos é “discriminação”, contesta Rosa Viloria

SÁBADO COMEMORA-SE O DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA

Adoptar em Macaué uma escolha de Amor Fátima Almeida

Págs 2 a 4

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02 JTM | LOCAL Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grande Repórter: Raquel Carvalho • Redacção: Helder Almeida (editor), Fátima Almeida, Pedro André Santos, Sandra Lobo Pimentel e Viviana Chan • Secretária Redacção: Susana Diniz • Colaboradores: Rogério P. D. Luz (S. Paulo), Rui Rey e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, António Ribeiro Martins, Daniel Carlier, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa e Xinhua • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Fátima Almeida

ADOPTAR EM MACAU É UMA ESCOLHA DE AMOR

Filhos que nasceram do CoraçãoSão pais e mães que constroem famílias com as linhas do afecto. Escolheram amar, além dos laços de sangue, mesmos inseridos numa cultura que valoriza muito essa ligação para perpetuar gerações. O JTM conheceu as histórias de um casal chinês e de uma mãe solteira que adoptaram em Macau. Nas suas candidaturas não desenharam as feições ideais de bebés. Preferiram procurar juntos a perfeição. Sábado comemora-se o Dia Mundial da Criança e graças a pais que vencem preconceitos há mais pequenos felizes

Brielle começa por desenhar o céu. Primeiro nuvens azuis e o sol também carregado de cor, como

se as linhas fossem a moldura para os sorrisos. São constantes. Depois balões, árvores, casas e sobretudo pessoas com rostos felizes ao lado de um arco-íris. Cada traço no papel evidencia a força de uma menina de cinco anos cuja per-sistência surpreendeu os pais, Adelaide Castilho e Andy Lai.

Quando entrou pela primeira vez no seu novo quarto os seus olhos de menina piscavam de cansaço, mas a determinação vencia. Tinha dois anos e meio. “Consigo lembrar-me perfeita-mente desse dia. Estávamos a pedir-lhe que descansasse e ela estava feliz, mas também muito determinada a não dor-mir. Estávamos todos com ela, incluin-do Roscoe, e os seus olhos iam fechan-do, mas de repente abria-os de novo”, recordou Andy. “Ela queria perceber primeiro se podia confiar em nós”, re-feriu por sua vez Adelaide.

Passaram três anos desde que se co-nheceram no Lar Berço da Esperança. “Foi no 1 de Maio de 2010. Quase não falava, era muito observadora, e repara-va na forma como as pessoas olhavam para as suas mãos e quando conhecia alguns estranhos recuava”, descreveu a mãe. “Nos primeiros encontros não

ficou tão próxima de mim, mas ela gos-tou logo do Andy”, continuou Adelai-de.

“Mas eu gosto de ti”, diz a peque-na Brielle, olhando para mãe enquanto faz uma pausa no desenho. Ao chegar da escola cumprimenta-nos e agarra-se ao braço de Adelaide, para atenuar as saudades e conversa com o pai. Depois pede uma folha de papel. São muitos os sonhos desta menina persistente a quem uma incapacidade motora nas mãos não impediu de aprender a escre-ver, pintar, jogar ténis, andar de bi-cicleta, mes-mo contra as previsões iniciais dos médicos. “Na noite anterior pediu ao pai para aprender a tocar piano. Em Julho iremos registá-la numa escola e vamos ver como corre”, contou a mãe.

A ideia da adopção começou a for-talecer-se nos corações de Andy Lai e Adelaide quando os jornais mostravam as imagens devastadoras do sismo de Sichuan que matou milhares de pes-soas e deixou órfãs muitas crianças. A família desejava ter um segundo filho e sempre esteve certa que o sangue não é único fio de ligação. Começaram a procurar instituições na China Conti-nental, mas como nem Adelaide nem Andy têm passaporte chinês, revelou-

-se uma missão difícil. “Tivemos a ideia de adoptar por causa do terramo-to de Sichuan. Não esperávamos que em Macau houvesse crianças para ser adoptadas e por isso não procurámos anteriormente a nível local. Mas depois descobrimos que existiam e fomos em frente”, recordou Andy Lai.

Da vontade até ao primeiro passo passou pouco tempo. Em 2008 o casal contactou os Serviços de Acção Social, remetendo uma carta para o presidente, e 15 dias após o requerimento realiza-se

uma entrevista. O formulário foi preenchido se-guindo o princí-pio da natureza. “Pensámos que se eu voltasse

a ficar grávida não poderia escolher o sexo ou saber previamente se o bebé teria alguma necessidade especial. Por isso, colocámos que estaríamos dispos-tos a aceitar uma criança que sofresse de alguma deficiência. Apenas pedimos que fosse mais nova que o nosso filho, porque se eu engravidasse tal acontece-ria de certeza”, explicou Adelaide.

Mas até conhecerem uma criança passaram dois anos. Uma demora “sem explicação”. O casal recebeu a notícia no início de 2010. “Lembro-me que nos contactaram em Fevereiro, estávamos próximos do Ano Novo Chinês. Passa-dos alguns meses decorreu o encontro”,

relembrou o pai.O sonho primeiro materializa-se em

imagens. Até ser assumido um com-promisso não é possível conhecer a criança pessoalmente. Numa sala são mostradas fotografias e pedido que seja tomada uma decisão. “Naquela altura pensei que era indecente pedirem que olhássemos para as fotografias e deci-díssemos, mas depois compreendi que se as crianças são logo expostas aos potenciais pais alguns podem recuar por algumas razões e isso prejudicar a criança”, referiu Adelaide.

Surgiram “algumas dúvidas”, por-que este “é um compromisso para a toda a vida”, mas uma semente de amor começou logo a germinar. E o casal nunca mais parou. “Algumas in-formações são confidenciais, o que é justo, mas por outro lado ela tinha uma incapacidade motora nas mãos e quan-do a assistente social nos mostrou as fotografias vieram várias questões à ca-beça: estaremos aptos para gerir tudo, apoiá-la financeiramente, cuidar dela, ensiná-la e providenciar-lhe tudo o que ela merece?”, relembrou Andy Lai.

Procuraram respostas que encontra-ram sobretudo no íntimo. Os médicos preferiram fazer diagnósticos sem es-perança e os serviços sociais foram par-cos em esclarecimentos. “Somos conhe-cidos como o ‘casal problema’, porque colocámos questões que nunca antes tinham sido levantadas e insistimos em

Adelaide Castinho e Andy Laidecidiram adoptar depois

do sismo de Sichuan

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levar para a frente a nossa posição de que não podíamos tomar a decisão sem ter mais informações”, explicou Adelai-de.

Até ser marcado um encontro for-mal o casal não viu Brielle, mas contac-tou com as pessoas que tomavam conta dela para saber pelo menos o que a fa-ria feliz, como dormia melhor e o que pensavam os profissionais sobre o seu desenvolvimento. “Estava a ser segui-da por dois médicos, um em Macau e outro em Hong Kong, onde fez duas cirurgias, e falámos com ambos para sabermos quais os passos que devía-mos dar no futuro. Mas, havia algumas questões que não podiam ser respon-didas como, por exemplo, se quando ela crescesse poderia trabalhar com as mãos. Por isso tínhamos de correr al-guns riscos”, recorda Adelaide.

Foi Andy o primeiro a experimen-tar a sensação de que o medo não cabia neste sonho. “A primeira decisão foi feita na cozinha – que era o espaço mais privado da casa naquela altura. Pergun-támos a nós mesmos se sentíamos que devíamos trazer esta criança para casa e ambos tivemos a mesma sensação. De-cidimos não focar o nosso pensamento na sua incapacidade mas sim no quanto poderíamos fazer por ela”. Os sentidos de Andy em nada falharam.

A crença A fé de Sharon Owens também deli-

neou uma história com dois finais feli-zes. Quando chegou ao território há 11 anos teve a certeza que este era o chão ideal para concretizar um desejo antigo. “Um ano depois de chegar decidi ini-ciar o processo de adopção. Já há anos que queria fazê-lo. Como me estabeleci aqui e gostei da cultu-ra pensei que aquele era o momento ideal”, contou.

Ao contrário de Andy e Adelaide, que são casados e de Ma-cau, Sharon Owens, americana, tinha de lutar sozinha. “Não estava certa de como o IAS iria responder ao facto de eu ser soltei-ra. Era como se tivesse dois aspectos negati-vos: ser solteira e es-trangeira. Pensei so-bre esta questão, mas tenho uma fé muito forte e senti que Deus me estava a dizer que era a altura certa para o fazer”.

O seu pedido aca-bou por ser aceite. Como tinha um cartão de residente não per-manente a sua candi-datura foi considerada de âmbito local, o que facilitou o processo. Depois da aprovação, Sharon também expe-rienciou o dissabor da esperar. “Não queria adoptar uma criança muito nova, por-que sei que há crianças mais velhas que têm dificuldade em serem adoptadas. Também estava preparada para aceitar uma criança com necessidades espe-ciais, mas a primeira que me disseram que poderia adoptar tinha deficiências muito graves”, recordou.

Esperou então dois anos até poder abraçar o rebento que há anos germi-nava no seu coração. “Um dia telefo-naram-me e nem queria acreditar que finalmente se iria concretizar. Disse-

ram-me que tinham uma criança para mim. Eu estava à espera há dois anos”. “Mostraram-me fotografias e disseram--me que era muito saudável. Pergunta-ram-me: está interessada? Eu disse que sim e fui conhecê-la”.

Durante dois meses, Sharon visi-tou Joanna todos os dias. “Algumas vezes saímos do orfanato e a cada vi-sita que passava tínhamos mais tem-po. Ela começou a perguntar se po-díamos ficar juntas e sentimos que ela estava pronta para a mudança e vir viver comigo”.

Naquela altura Sharon Owens ainda não tinha carro. Às vezes chegava a pas-sar quatro horas diárias num autocarro entre a Taipa e as Portas do Cerco, onde é a Associação Berço da Esperança. A cada quilómetro crescia o afecto, como se as duas fossem construindo uma es-trada para a felicidade. Mas o puzzle da família só ficou completo quatro anos depois, quando adoptou Peter, o irmão biológico de Joanna.

Ao concretizar a primeira adopção, o IAS disse-lhe que os irmãos teriam de quebrar os laços, uma vez que Peter não estava disponível para ser adop-tado. “O pai biológico estava a tentar construir uma relação com ele de modo a poder levá-lo para casa e educá-lo, mas foi vítima de um cancro e morreu. Nessa altura decidi adoptá-lo”.

Com a esperança de ver os dois jun-tos, Sharon Owens submeteu de ime-diato os papéis, mas o pedido foi recu-sado. “O IAS disse que não podia pedir para adoptar uma criança em específi-co, porque havia outras pessoas na lista de espera e essas famílias queriam um menino mais novo e eu iria passar-lhes à frente. Mesmo existindo entre eles um

casa tocou no cabelo de Joanna e disse esta é a minha irmã, seguia-a para todo o lado”, recordou a mãe. Mas ele tam-bém se lembra. “O que mais gosto aqui é que esta é minha casa e tenho a mi-nha irmã. Lembro-me de nós juntos. No início eu ia para onde ela fosse e fazia o que ela fizesse. Estou feliz por estar-mos todos juntos”, expressou Peter de 9 anos.

Joanna é mais calma. Aos 12 anos ainda é no colo da mãe que sente o con-forto. “Penso que ela estava preocupa-da que algo mudasse na nossa relação, mas a chegada do Peter nada mudou”, referiu Sharon. “ Quando o Peter veio viver connosco sentimos que foi como se ele sempre fizesse parte da família. Trouxe uma nova dinâmica”.

Sem motivos para resistir Crescer em conjunto é uma expe-

riência mais enriquecedora para as crianças. Depois de verem Roscoe e a irmã Brielle darem as mãos, Adelaide Castilho e Andy Lai também confir-maram aquele princípio. O primeiro encontro foi tímido, mas passo a passo da semente que começou por germinar destruindo as dúvidas iniciais floresceu a união.

“Em Maio, quando nos conhecemos, pensei que poderia levar mais tempo até que ficássemos próximos, mas de-pois em Julho já foi possível que Brielle viesse viver connosco e passados estes três anos estamos todos muito bem”, afirmou Andy Lai.

“No primeiro mês ainda não a po-díamos trazer a casa e quando a deixá-vamos no lar era como se tirassem um pedaços de nós, estávamos já afeiçoa-dos”, recordou, por sua vez, Adelaide

dade resiste a este gesto, por considerar que o sangue deve ser a linha que per-petua a família. “Na minha cultura há alguma resistência, mas não é difícil. A minha avô, apesar de já ter dois filhos biológicos, adoptou duas meninas, por isso crescemos habituados à adopção e sabemos que não há nada errado. Vi-víamos feliz. Por isso, e se há famílias que já têm um filho biológico, é bom considerarem também a adopção”, su-geriu, partilhando uma convicção que a força de Brielle ajudou a solidificar.

“Não é de todo importante se os nossos filhos são biológicos ou adop-tados, o importante é a maneira como eles crescem. Não pensamos se há uma ligação de sangue. Quando saímos to-dos juntos algumas pessoas comentam: tem uma menina pequena parece-se muito consigo. Mesmo, não sendo do mesmo sangue temos outro tipo de li-gação, provavelmente passamos muito tempo juntas, crescemos juntas e isso torna-nos parte do mesmo”.

Na casa de Sharon Owens é parti-lhada a mesma atmosfera. E permane-ce mesmo quando cruzam o Oceano para passar férias nos Estados Unidos. “A minha mãe e Joanna tornaram-se as melhores amigas. Sei que são diferen-tes, mas quando estão juntas podemos ver semelhanças entre elas, porque têm uma relação muito próxima”, relatou Sharon.

Peter também gosta da América, so-bretudo da neve. Aliás ele identifica-se mais com a cultura ocidental e a Joanna com a chinesa. Convivem diariamente com ambas. “Tento dar-lhe a conhecer um pouco das duas culturas para dei-xar que escolham o que mais gostam”.

Quando olha para os últimos oito anos, Sharon Owens só en-contra motivos para sorrir. Es-perar dois anos para poder abraçar os filhos que germinou no peito não é fácil, mas como faz questão de recordar a si mesma: nada do que vale a pena nesta vida se consegue num piscar de olhos. “ D i z i a m - m e : são as tuas do-res de parto”.

Depois ao olhar para o seu rebento respirou de alívio e uma alegria imen-sa contagiou-a. “Senti que as minhas orações tinham sido ouvidas, que Joanna era per-feita, a certa. Ela estava com um pouco de receio porque eu sou

estrangeira e demorou mais tempo até construirmos uma relação”, disse, no-tando porém que a mudança decorreu sem sobressaltos. “A adopção foi muito suave, porque o lar Berço e Fonte da Es-perança faz um trabalho fantástico com as crianças e elas não têm grandes pro-blemas de disciplina. E a Joanna estava muito feliz por ter uma família, foi uma transição natural”.

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grau de parentesco o organismo não concordou com esta candidatura”.

O coração tremeu, mas a crença de Sharon voltou a vencer. “Tive muita sorte e fé de que o Peter ficaria con-nosco”, afirmou. “A assistente social que nos acompanhava e que também queria que as crianças ficassem juntas entrevistou-as e fez um relatório para entregar ao presidente do IAS pedindo que fizesse uma excepção”.

E o verdadeiro sentido de família aumentou. “Quando o Peter chegou a

Castilho.Encontro após encontro o silêncio

foi dando lugar ao afecto. “Penso que o Roscoe aprendeu a partilhar mais com as outras pessoas e também a sacrificar, porque antes da Brielle estar connosco ele tinha toda a atenção para ele”, ob-servou. “Lutam como todos os irmãos o fazem, mas podemos ver que realmente gostam um do outro”.

A adopção já fazia parte da história da família de Adelaide Castilho, mas como chinesa sabe que a sua comuni-

Sharon Owens conseguiu juntar dois irmãos

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04 JTM | LOCAL Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

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Desde 2000 foram adoptadas em Macau 32 crianças, 28 por residentes e duas por pes-soas do exterior. Outras duas adopções es-

tão em fase experimental, ou seja, as famílias rece-bem visitas dos serviços sociais para acompanhar a adaptação das crianças. Só depois de passarem no teste podem recorrer ao Tribunal para conseguir o derradeiro carimbo. Segundo os números do Insti-tuto de Acção Social (IAS) até que todo o processo fique completo são necessários, em média, cerca de dois a três anos.

Em lista de espera para adoptar em Macau estão 43 famílias, mas o IAS diz que “além das crianças

com necessidades especiais não há muitas outras disponíveis para adopção”. Porém, não refere, em resposta escrita ao JTM, quantas meninas e meninas podem actualmente ser adoptadas.

No ano passado foram adoptadas três crianças, menos uma do que em 2011, com idades entre os 4 e 5 anos. Estes pais entregaram os pedidos entre 2009 e 2010. Nenhuma das candidaturas remetidas em 2012 foi chumbada, apenas emergem no silêncio da espera.

A razão que o IAS aponta para que não haja mais crianças com a possibilidade de ter uma família é o facto de estarem aptas para adopção maioritaria-mente as que têm alguma necessidade especial.

De acordo com a legislação em vigor, as crianças só poderão ser adoptadas quando perdem os pais bio-lógicos ou estes abdicam dos seus direitos parentais. “Até 2012 o IAS acompanhou o total de sete casos de abandono de crianças entre 1 ano e os 16 anos”.

Muitos pais biológicos que não têm condições para os filhos acabam por os deixar indefinidamente longe de casa e sem a oportunidade de terem uma nova família. Já no ano passado várias associações defendiam ao JTM que o Governo deveria delimitar um tempo para que os progenitores pudessem reu-nir condições para retirar as crianças do orfanato ou permitir que sejam adoptadas. F.A.

IAS DIZ QUE A MAIORIA DAS CRIANÇAS TEM NECESSIDADES ESPECIAIS

43 famílias esperam para adoptarSão mais as famílias que actualmente esperam por um filho do que as crianças que foram adoptadas em Macau desde 2000. O Instituto de Acção Social diz que além dos meninos e meninas que têm necessidades especiais são muito poucas as crianças “disponíveis” para adopção

Sendo mãe solteira e apenas portadora do cartão de residente não permanente, Sharon pensou que o processo pudesse ser mais complicado. “Não conside-ro que me tenham tratado de maneira diferente, mas fizeram-me um questionário em que perguntavam o que aconteceria se viesse a ter uma relação. Realizaram ainda algumas questões sobre a minha vida, mas penso que eram apropriadas”.

O seu histórico académico também contribuiu para que os serviços sociais sentissem firmeza. “O IAS sentiu-se confortável porque eu estudei Psico-logia, Educação, e Desenvolvimento Infantil e tinha experiência com crianças. Penso que estes aspectos aumentaram a confiança que tinham em mim como mãe solteira”.

Ainda assim houve provas que Sharon Owens teve de dar. Mesmo sem saber quando poderia abraçar um filho foi necessário contratar uma empregada, assegu-rando que quando o momento tão esperado chegasse tinha em casa uma pessoa de confiança para a ajudar.

Afecto incondicionalA adaptação de Brielle também foi natural e de dia

para dia a pequena com dois anos e meia foi-se trans-formando numa menina forte capaz de mostrar que poderia fazer tudo o que as crianças têm direito. Além da persistência de Brielle, os progressos conseguidos devem-se à dedicação dos pais e de instituições sem fins lucrativos. Inicialmente, o Governo não providen-ciou apoio.

“Os médicos disseram que depois da cirurgia não havia mais nada que se pudéssemos fazer, mas natu-ralmente somos pessoas rebeldes e nem sempre segui-mos o que nos dizem. Procurámos outros recursos e a Associação para o Desenvolvimento Infantil (MCDA, na sigla inglesa) foi uma das instituições que mais nos ajudou, porque são muito dedicados e não nos co-bram muito, sobretudo comparando com os progres-sos e competências que a Brielle conseguiu adquirir”, referiu Adelaide Castilho.

Mais tarde as consultas de terapia começaram a ser possíveis de realizar no hospital. “Ao início não tivemos apoio do Governo. Precisamos de encontrar por nós os tratamentos mais adequados e na MCDA providenciaram-nos terapia ocupacional. Depois con-seguimos que as consultas fossem providenciadas no hospital e descobrimos através daquela associação que a Direcção dos Serviços para a Educação e Juven-tude tinha um centro com estes serviços. Nem sobre isso o Governo nos informou”, partilhou por sua vez, Andy Lai.

Mesmo na altura de encontrar uma escola para Brielle, a resposta foi sempre: as vagas estão todas ocupadas. “Tivemos muito apoio da família e amigos, mas do Governo foi mediano, ou seja não é completo. Quando adoptámos a nossa filha ela estava quase na idade de ir para uma creche, mas como tinha aquela incapacidade preferimos colocá-la primeiro numa in-fantário, mas não conseguimos uma vaga, tivemos de

encontrar o nosso caminho. (...) Talvez seja sorte nossa, mas o director de um infantário viu as nossas necessidades e concedeu-nos uma excepção”, contou Adelaide, que ainda se mostra grata ao Berço da Esperança pelo acompanha-mento.

“Em relação à adopção os proce-dimentos também podem ser melho-rados, certamente que alguns prazos podem ser reduzidos. Isto poderá ser melhor para as crianças e famílias”, notou.

Depois de terem experienciado a adopção de uma menina com necessi-dades especiais, Adelaide e Andy nu-trem uma certeza: não há ter receio em acolher estas crianças. “Penso que não há muitas crianças 100 por cento sau-dáveis para adoptar, porque a maioria dos pais só prescinde dos seus direitos quando vêem que os filhos têm algu-ma incapacidade. Pensamos que as pessoas devem adoptar estas crianças, porque o facto de terem uma incapa-cidade não significa que não possam ter boas condições no futuro. Isso não é verdade e nossa filha provou-o”, frisa o casal.

Aliás Adelaide e Andy encantam-se dia para dia com Brielle. “Pessoalmen-te o que me surpreendeu mais foi ver que as crianças nesta idade podem ser tão teimosas, ela nunca desiste. É uma teimosia positiva. Quando não conse-gue fazer uma tarefa é capaz de estar duas horas a tentar”.

Andy, que trabalhava para o sec-tor privado, sacrificou-se pela família. Para que Brielle e Roscoe crescessem com mais apoio abdicou do emprego. “Para um ho-mem e sobretudo chinês não é fácil e é por isso que o admiro tanto”, notou Adelaide Castilho. “Sentimos que agora está tudo estável e poderá regressar ao tra-balho [a tempo inteiro]”.

Estes três anos foram suficientes para aprender o que é amar sem limites. Começando por Roscoe. Ao início os pequenos faziam algumas comparações e ha-via alguns ciúmes, mas a convivência abriu espaço à partilha. “Roscoe não faz perguntas sobre o passado, apenas aceitou Brielle e afeiçoou-se a ela como irmã. É impressionante como crianças tão pequenas podem dar tanto”, afirmou Andy, grato por o casal ter venci-do todas as dúvidas e poder ver os filhos chegar jun-tos a casa com um sorriso.

Sharon Owens também agradece por ter seguido o seu instinto maternal. “Ensinaram-me o que é o amor incondicional”, disse sem hesitação. Há a força do perdão. O entendimento entre vidas que se cruzam pelo que de puro há no humano. É como ela mesma costuma dizer: há filhos que nascem do ventre, outros do coração.

Na porta do quarto de Peter ainda está o urso cas-tanho que desenhou quando conheceu aquela casa como sua, aos cinco anos. Aos oito troca a bola por um livro, olha para a bicicleta na varanda, abraça a mãe no sofá, jogam juntos no computador.

Joanna também prefere os braços de Sharon. Se lhe perguntamos o que gosta mais de fazer, quase não há silêncio antes da resposta: “brincar com a minha mãe”. Para as outras questões as respostas demoram um pouco mais, mas a timidez de Joanna não já não é fruto da falta de confiança. Sabe que tem um lar de abraços e isso permitiu-lhe acreditar mais nas suas capacidades: toca piano e tanto o In-glês como os números são matérias que domina na escola.

Os lápis de cor espalhados pela mesa também já nos dizem o quanto Brielle consegue fazer brilhar o sol com as suas próprias mãos. Os testes da escola com pontuação de 100 por cento são apenas outra das evidências do seu progresso. Com um ar doce a pequena desenha-nos com um sorriso talvez porque saiba como ilustrar uma história com final feliz.

Brielle e Roscoe aprenderam a partilhar juntos

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BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS AFECTA REPUTAÇÃO INTERNACIONAL DE MACAU

Jogo alimenta “apetite pelo sensacionalismo”Uma reportagem da agência Reuters voltou a beliscar a reputação internacional de Macau no que respeita ao controlo dos capitais que circulam nos casinos. John Hardy, conselheiro da rainha de Inglaterra, presente em Macau numa conferência sobre cooperação judiciária, disse ao JTM que onde se concentra muito numerário, provavelmente parte estará contaminado. Já José Carapinha, jurista do Gabinete de Informação Financeira, refuta essa visão de Macau e pede maior rigor nas análises feitas, considerando que “há desconhecimento e apetite pelo sensacionalismo” da parte dos jornalistas

A boa reputação da RAEM tem vindo a ser posta em causa em algumas reportagens publica-

das na imprensa internacional. De pas-sagem pelo território para participar numa conferência sobre cooperação judiciária, John Hardy, conselheiro da rainha Isabel II, falou ao JTM sobre o panorama da lavagem de dinheiro e a imagem que tem de Macau nessa ma-téria.

Não querendo sugerir que as autori-dades de Macau não estão atentas, con-sidera que “onde há grandes concen-trações de dinheiro, algum é provável que esteja contaminado e provenha do crime”.

Essa ideia leva-o a afirmar que as “autoridades têm que ser particular-mente vigilantes”, mas admite que o problema do branqueamento de capi-tais acaba por ser uma consequência da natureza própria do sector do jogo.

Hardy considera que “o nível de cumprimento dos casinos tem de ser maior”, no entanto isso levanta um pro-blema prático, uma vez que “os casinos não querem impedir um jogador de vir gastar muito dinheiro e têm a pretensão de lucrar”.

Citando o jornal britânico “The Ti-mes”, que publicou uma reportagem sobre esse tema, na sua opinião, “al-gum equilíbrio tem que ser alcançado, para que Macau contrarie a imagem internacional de local para lavagem de dinheiro do Continente”.

“É difícil para o Governo dizer que

Branqueamento de capitais foi um dos temas discutidosem conferência no âmbito da cooperação jurídica com a UE

não quer continuar a receber impostos do jogo quando é esse dinheiro que paga as escolas, os hospitais e as infra--estruturas”, concluiu.

Já José Carapinha, jurista do Gabine-te de Informação Financeira (GIF), não aceita essa visão. “Temos um ambiente legislativo e de regulação muitíssimo mais saudável do que certas e determi-nadas notícias feitas em cima do joelho querem fazer parecer”.

No que respeita à reputação nega-tiva que Macau tem granjeado na im-prensa internacional, José Carapinha entende que “há desconhecimento e um apetite pelo sensacionalismo”, e apon-ta como exemplo a notícia da agência Reuters publicada recentemente, que dava conta da transferência ilícita de milhões de renminbis para Macau. Mas o responsável questiona essa ilicitude, lembrando que não há controlo de en-trada de divisas na RAEM.

“Se me dizem que há ilicitude na transferência da China, isso já é um problema dessa jurisdição”, afirmou. “Os dinheiros são transferidos, em vio-lação ou não dos controlos cambiais da China. Mas isso quer dizer que todos esses milhões são lavagem de dinheiro? Gostava de perguntar aos jornalistas da Reuters se todo o dinheiro que há na China é sujo, se não há dinheiro ho-nesto na China, gerado por actividades comerciais lícitas?”.

O especialista atenta que se “criam estigmas”, exigindo maior rigor e pro-fissionalismo nestes trabalhos, frisan-do que não houve da parte da Reuters nenhum pedido de esclarecimento ao GIF sobre esta situação. “Infelizmente, tenho verificado que uma mentira mui-

O Governo aceitou clarificar as regras para dispen-sa do concurso público na concessão de terrenos e introduziu mudanças no articulado da propos-

ta de revisão da Lei de Terras também no capítulo da retoma de terrenos, noticiou a Rádio Macau, citando a presidente da 1ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL). Segundo Kwan Tsui Hang, as novas regras relacionadas com a reversão de terrenos irão pro-teger melhor os direitos dos pequenos empresários e bancos.

“O essencial é garantir o aproveitamento efectivo dos terrenos. Assim sendo, o Governo aditou um conteúdo em que diz que se o terreno reunir condições para ser revertido, a Administração declara a caducidade da con-

cessão e esse terreno é concedido ao banco hipotecário”, explicou a deputada.

Tendo em conta que as instituições bancárias não po-derão desenvolver os projectos, o diploma irá incluir um prazo, a ser definido pelo Governo mediante os casos, para encontrar um novo promotor, sendo que este não poderá alterar a finalidade do terreno.

Por outro lado, a dispensa de concurso público na concessão de terrenos por motivos de interesse público só poderá ser decidida em três âmbitos. “Quando os em-preendimentos se articulem com as políticas do Governo já designadas no relatório anual das LAG [Linhas de Ac-ção Governativa] ou na secção de perguntas e respostas das LAG, bem como na divulgação em conferências de

imprensa relativas às políticas promovidas pelo Gover-no”, disse Kwan Tsui Hang, citada pela Rádio.

O Executivo também concordou com outras suges-tões apresentadas durante a discussão na especialidade, o que deixou “satisfeitos” quase todos os membros da 1ª Comissão da AL. “Claro que nem todos ficaram sa-tisfeitos e há um deputado que considera que há ainda margem para optimizar ainda mais o articulado, mas seja como for, é já um avanço significativo”, salientou a presidente da Comissão da AL, elogiando a abertura de-monstrada pela tutela dos Transportes e Obras Públicas, o que permitiu facilitar o trabalho de análise do diploma na especialidade. Por isso, a comissão decidiu inclusive cancelar a reunião que estava marcada para amanhã.

Deputados convencem Governo na Lei de TerrasVárias alterações propostas pelos deputados para a revisão da Lei de Terras mereceram a concordância do Executivo

Sandra Lobo Pimentel

tas vezes repetida, começa a tornar-se verdade”. E acrescenta que “nas insti-tuições internacionais onde temos as-sento, não recebemos essas críticas tão ferozes como vemos nos jornais”.

“Muito tem sido feito”Tal como foi noticiado pelo diário

Ponto Final, o Governo tem intenção de alterar a lei de combate ao branquea-mento de capitais e financiamento ao terrorismo. Segundo José Carapinha, “há necessidade de alterá-la” para ir de encontro ao relatório de 2007 da APG (Grupo Ásia Pacífico), “que foi a segun-da avaliação de Macau, e identificou al-gumas deficiências relativamente às 40 recomendações que na altura estavam em vigor”.

Também porque, no ano passado, “a Financial Action Task Force (FATF) reviu de um forma profunda as reco-mendações, trazendo novos requisitos e exigências. Como ainda não tínhamos actuado, vamos aproveitar para dar resposta”.

As matérias em causa são “funda-mentalmente, as obrigações ao nível das diligências com clientes, que têm que ser mais detalhadas”, mas também será alterado “o âmbito da lista dos cri-mes precedentes, uma vez que o nosso

crime de branqueamento de capitais não se aplica a alguns dos crimes pre-cedentes que a FATF quer que sejam abrangidos”.

Sobre a qualidade desta legislação no território, o especialista lembrou que “no momento da avaliação, em 2006, a lei tinha entrado em vigor há muito pouco tempo, e um dos factores que serve para fazer um abaixamento é a ausência de implementação. Se a lei tinha acabado de entrar em vigor, não podíamos ter resultado nesse aspecto”.

José Carapinha garante que “nos úl-timos sete anos, muito tem sido feito”, mas não deixa de referir que “mesmo assim, em 2006, das 40 recomendações da FAFT, Macau obteve um rating de não cumprimento, cerca de 17 parcial-mente cumprido, e o resto largamente cumprido e cumprido”.

É por isso que afirma, com base nas comparações dos ratings dos membros do APG, “estamos nos seis ou sete pri-meiros em termos de nível de cumpri-mento”. “Por isso, ou querem dizer que os peritos não percebem nada disto e foram simpáticos quando nos avalia-ram, que espero que não seja o caso, ou então nós temos um sistema muitíssi-mo bom para os padrões que vejo quer na região, quer a nível internacional”.

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06 JTM | LOCAL Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

Falência nº CV1-12-0002-CFI 1° Juízo Cível

REQUERENTE: Bank of America, National Association, sociedade comercial com sede registada em 100 North Tryon Street, Suite 170, Charlotte, North Carolina 28202, Estados Unidos da America e registada em Hong Kong Special Administrative Region, ali domiciliada em 42/F, Two International Finance Centre, 8 Finance Street, Hong Kong.REQUERIDA: Galleria Comercial Offshore de Macau Limitada, com sede em Macau, na Rua de São Domingos, n.º 16F-16L, Centro Comercial Hin Lei, 5.º andar, sala 62 registada na Conservatória de Registo Comercial, sob o n.º 23106(SO).

FAZ-SE SABER, que nos autos de Falência acima identificados, foi, por sentença de 03 de Maio de 2013, declarado em estado de falência a requerida Galleria Comercial Offshore de Macau Limitada, tendo sido fixado em 45 (quarenta e cinco) dias, contados da publicação do anúncio a que se refere o artigo 1089.º do C.P.C.M., de 1999, no Boletim Oficial da RAEM, o prazo para os credores reclamarem os seus créditos.

Tribunal Judicial de Base da RAEM, aos 06 de Maio de 2013.

A Juiz,Ana Meireles

A Escrivã Judicial Principal,Lei Ka Lou

“JTM” - 30 de Maio de 2013

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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UM DOS SUSPEITOS ERA GERENTE DO CASINO

Baralho “viciado” rendeu milhõesUm gerente de um casino foi detido por suspeita de envolvimento num caso de burla, causando um prejuízo no valor de 2,9 milhões de dólares de Hong Kong. O suspeito terá ajudado a “viciar” um baralho de cartas destinado a uma mesa de bacará, onde outro indivíduo conseguiu arrecadar aquele montante

Parece uma cena tirada de um filme de Hollywood. Um grupo decidiu “ata-

car” um casino e contou com a preciosa ajuda de uma pes-soa que lá trabalhava, mas esqueceu-se das câmaras de vigilância...

Segundo relatou a polícia, os responsáveis da seguran-ça terão visto um gerente do casino a entregar um baralho de cartas a uma mulher que o deixou de seguida num quar-to. Aproximadamente meia hora mais tarde foi buscar o baralho e devolveu-o àque-le responsável, que o deixou numa mesa de jogo. No local estava um indivíduo a jo-gar bacará que foi apontado também como cúmplice na história, acabando por conse-guir ganhos na ordem de 2,9 milhões de dólares de Hong Kong.

Já na esquadra, o suspeito que trabalhava no casino terá confessado que foi a segunda vez que tinha seguido seme-lhante prática. A primeira re-monta ao ano passado, altura em que foi abordado por um indivíduo que lhe falou no es-quema. Como tinha dívidas

para pagar acabou por aceitar, recebendo em troca dois mi-lhões de dólares.

As autoridades consegui-ram deter um dos outros res-ponsáveis quando tentava sair de Macau através das Portas do Cerco, mas acreditam que pelo menos cinco pessoas es-tejam envolvidas no caso.

Câmara na mangaOutro caso denunciado

pelas autoridades deu conta da detenção de mais um sus-peito num caso que remonta a Maio de 2011. Na ocasião, um grupo conseguiu burlar vários casinos do território também na mesa do bacará, conse-guindo ganhos superiores a dez milhões de dólares.

Para tal recorriam a uma câmara de vídeo que os joga-dores usavam escondida na manga, conseguindo assim ver o posicionamento das car-tas.

Desde então já tinham sido detidas 24 pessoas, tendo sido agora interceptado mais um suspeito, revelaram as autori-dades. Trata-se de um homem de 48 anos, oriundo da China Continental. P.A.S.

Os casos de burla em Macau não são pou-cos, e se por vezes há estratégias novas que até parecem bem orquestradas, ou-

tras inovam pela sua simplicidade. Segundo contaram as autoridades, um ho-

mem recebeu um telefonema de um indivíduo que disse “adivinha quem sou eu”. Após ter mencionado um nome, o indivíduo confirmou de imediato que era essa pessoa, e propôs bebe-rem um café no dia seguinte para colocar a con-versa em dia.

RESIDENTE QUASE BURLADO POR “AMIGO”

Adivinha quem sou eu...Um residente de Macau foi alvo de uma tentativa de burla por parte de um homem que tentou passar por um amigo próximo. Em causa estavam 48 mil patacas para pagar uma fiança, mas acabou por se descobrir que tudo não passou de um esquema ainda antes de se efectuar o pagamento

Burlão tentou convencer a vítima que era um amigo próximoUm casamento, duas versões

A Polícia de Segurança Pública foi contactada pelos Serviços de Identificação por suspeita de um caso de casamento falso entre um residente do território, de 61 anos, e uma mulher do Continente Chinês, de 35. Os agentes deslocaram-se à habitação do homem e começaram desde logo a desconfiar, já que não havia qualquer fotografia do casal, nem roupas de mulher. O indivíduo terá contado que a esposa vivia na China Continental, e que por isso só se viam aos domingos. O casal foi “convidado” a deslocar-se à esquadra para prestar declarações e as suspeitas da polícia voltaram a aumentar já que tinham versões diferentes sobre o jantar que fizeram para festejar o casamento: um disse que foi num restaurante em Macau, mas o outro afirmou que foi na Taipa...

No entanto, fez um novo telefonema na altu-ra em que era suposto encontrarem-se afirman-do que não ia poder comparecer já que tinha es-tado na véspera a beber vinho com uns amigos e que tinham ido todos com mulheres para um hotel.

Dez minutos depois, efectuou mais uma cha-mada, desta vez para pedir ajuda com uma nova história caricata. Apelou à longa amizade de am-bos e referiu que ele e os amigos que o acompa-nhavam tinham sido presos e que precisava da transferência de 48 mil patacas para uma conta bancária.

A vítima começou a desconfiar já que o ami-go em questão era dono de uma loja em Macau, e que por isso não fazia sentido que precisasse de ajuda para pagar essa quantia. Ligou então ao verdadeiro amigo e descobriu que tudo não passou de um esquema. O caso foi prontamente denunciado às autoridades que continuam em investigações.

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 JTM | LOCAL 07

Helder Almeida*

Num dos casos, um passageiro abriu a porta de emergência quando o avião esperava luz verde para descolar

EMPRESAS APELAM AO BOICOTE À CONTRATAÇÃO DE MÃO–DE-OBRA E AOS PRODUTOS

Anúncio contra filipinos é “lixo”O motivo para a publicação do anúncio na primeira página do “Ou Mun” prende-se com a morte, recentemente, de um pescador taiwanês em águas disputadas com as Filipinas. America Asia Amity Association (Macau Chapter) e Companhia de Investimento Predial e Construção Ferrocid, que construiu por exemplo o edifício da AL ou do TUI, assinam o anúncio. Mas a porta-voz da Rede para a Defesa dos Direitos dos Migrantes contesta-o

Um anúncio a todo o ta-manho da primeira pá-gina do diário em língua

chinesa de maior circulação em Macau – o Ou Mun – foi publi-cado ontem por uma associação e quatro empresas a apelar a um boicote à contratação de traba-lhadores filipinos assim como aos produtos das Filipinas. Ou-vida pelo JTM, a irmã Rosa Vi-loria, porta-voz da Rede para a Defesa dos Direitos dos Migran-tes classifica a publicidade como “lixo” e fala em “discriminação”.

O motivo para a publicação do anúncio, segundo o que vem descrito na primeira página da-quele jornal, prende-se com a morte, recentemente, de um pes-cador taiwanês depois de alguns disparos feitos pela Guarda Cos-teira filipina em águas disputa-das. Segundo apurou o JTM, um anúncio deste género custa cerca de 160 mil patacas.

“Não houve uma explicação e nem houve um pedido de des-culpa. As autoridades filipinas só pagaram uma indemnização, não é suficiente. O Governo das Filipinas deve ser julgado por um tribunal internacional por

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MANGAS DE EVACUAÇÃO ACCIONADAS EM DOIS VOOS

Incidentes na Air Macau em averiguação

Ocorreram dois incidentes com a companhia aérea do território, Air Macau, e em ambos os casos está envolvido o accionamento das man-

gas de evacuação dos aviões. Segundo disse ao JTM a porta-voz da companhia, Joy Gong, um passageiro do Continente abriu a porta de emergência porque sentiu falta de ar, isto quando o avião aguardava autorização para levantar voo na pista.

O avião da Air Macau estava à espera da ordem de levantamento em Hangzhou, no aeroporto de Xiaoshan. Devido ao controlo de tráfego aéreo naquela zona, os passageiros esperaram mais de uma hora dentro de avião, e o passageiro mudou de lugar sentando-se perto da porta de emergência.

De acordo com a notícia do jornal “Ou Mun”, o pas-sageiro sentiu-se abafado e começou com falta de ar. De-cidiu, por isso, abrir a porta - algo que só pode ser feito em casos de emergência - o que fez soltar as mangas de evacuação. O passageiro acabou por ser detido pela po-lícia local.

A porta-voz da Air Macau disse que o caso vai ser

A Air Macau registou recentemente dois incidentes com as mangas de evacuação dos aviões. No primeiro, um passageiro que viajava de Hangzhou junto a uma saída de emergência, ter-se-á sentido abafado e abriu a porta. No segundo caso, estará envolvida uma hospedeira, mas a Air Macau veiculou apenas que o caso está a ser averiguado

crime de homicídio! Porque as Filipinas são um país que ex-porta muitos trabalhadores, apelamos ao sector das pescas de todo o mundo e aos chineses para se unirem e não compra-rem os produtos das Filipinas, nem contratarem filipinos”, foi publicado.

Em primeiro lugar, surge o nome da “America Asia Amity Association (Macau Chapter)” (algo como Associação de Ami-zade América-Ásia de Macau). Depois, surgem os nomes da Companhia de Investimento

Predial e Construção Ferrocid, Limitada; da Kimren VIP Club (empresa “junket”); de uma outra com o mesmo nome mas ligada ao sector automóvel (Ki-mren empresa de automóveis); e uma companhia de segurança chamada JinShi.

Uma busca na internet mos-tra que tanto aquela associação, cujo nome do responsável é referido como sendo Alan Ho, como a Ferrocid partilham, em Macau, o mesmo escritório. Desta empresa, sabe-se que foi responsável por algumas obras

importantes no território, como o edifício do Tribunal de Última Instância, o terminal de carga do Aeroporto Internacional, o edi-fício da Assembleia Legislativa ou o túnel da Guia.

Na constituição da empresa em Macau, em 1989, os acio-nistas eram: Vítor Cheung (ac-tualmente deputado eleito por via indirecta); Edmund Ho, ex--Chefe do Executivo; Zhu Zhen-sheng, escritor, economista e empresário e Alan Ho, empresá-rio envolvido no sector do Jogo e turismo durante muitos anos.

Mas em 1997 houve uma alteração e, de acordo com o Boletim Oficial, foram identi-ficados como sócios gerentes Zhu Zhensheng, Xu Yuqing e Yin Shelian e, como não-sócio, Lu Qiansheng. Não se sabe se as personalidades acima referidas ainda mantêm algum contacto com esta empresa.

Rosa Viloria critica anúncios deste tipo porque “atentam con-tra a dignidade das pessoas”. No entanto, a irmã acredita que este tipo de anúncios não terá qualquer eco na sociedade de Macau. “Se todos os filipinos se fossem embora, quem é que, por exemplo, ia buscar as crian-ças às escolas ou tomaria conta das casa?”, questionou retori-camente, querendo referir-se às

inúmeras domésticas filipinas que trabalham na RAEM. “A menos que as pessoas não tives-sem inteligência é que de algu-ma forma os filipinos poderiam ser afectados”.

Rosa Viloria assegura que há empresas “que querem contratar filipinos por causa da educação e dos conhecimentos culturais que possuem” e porque “são profis-sionais”.

Mas esta responsável asso-ciativa recusa dar importância ao caso uma vez que o melhor é fazer como diz o ditado: “os cães ladram, mas não mordem”.

O JTM contactou ainda o Consulado das Filipinas em Ma-cau mas não ninguém atendeu.

O diferendo entre Taiwan e as Filipinas começou depois de um pescador ter morrido quan-do a embarcação foi atacada pe-las autoridades filipinas numa área disputada, o que causou um incidente diplomático.

O Governo da RP China, para quem Taiwan continua a ser uma província, também con-denou o incidente. As autorida-des taiwanesas acabaram depois por suspender a contratação de cidadãos filipinos até tudo se re-solver – têm exigido uma inves-tigação conjunta para apurar o que se passou ao certo.

*com Viviana Chan

Um anúncio como o que foi publicado no Ou Mun de ontem custa cerca de 160 mil patacas

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JTM

Viviana Chan

tratado pelas autoridades policiais do Interior da China e desconhece pormenores sobre o andamento desse pro-cesso. Este passageiro, do Continente chinês, viajava in-tegrado num grupo de viagem da Província de Zhejiang que vinha visitar as regiões de Macau e Hong Kong.

O outro caso aconteceu no domingo, no voo NX005 que aterrou em Macau, proveniente de Pequim. A chefe das hospedeiras de bordo anunciou a intenção de sus-pender as mangas de evacuação. Caso este procedimen-

to não seja feito, as mangas podem soltar-se automatica-mente quando as portas são abertas.

A hospedeira confirmou junto do piloto do avião que o referido procedimento tinha sido realizado, no entanto, depois de todos os passageiros saírem da aeronave, foi detectado que o mecanismo das mangas de evacuação fora iniciado. Em declarações ao JTM, Joy Gong confir-mou o caso mas disse apenas que as causas do incidente ainda estão a ser investigadas.

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DSS

OPT

08 JTM | LOCAL Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

DADOS DOIS DIAS AOS SERVIÇOS DE TRÁFEGO PARA RESPONDER AOS MEDIA

Explicações “insuficientes” de Wong WanPara o Secretário Lau Si Io, “a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego tem de fazer uma reflexão” e “tem de rever aquilo que está mal na fiscalização e melhorar esses aspectos”. Quanto aos problemas de inundações, causadas pelas chuvas torrenciais que ocorreram três vezes neste mês, o Governo vai recorrer a soluções de curto, médio e longo prazo

O director dos Serviços para os As-suntos de Tráfego, Wong Wan, bem que ensaiou uma explica-

ção aos ouvintes da Ou Mun Tin Toi, a propósito do relatório do Comissariado de Auditoria (CA) que detectou inúme-ras falhas na fiscalização aos autocarros públicos, mas Lau Sio Io não ficou satis-feito. Segundo o Canal Macau, o Secretá-rio para os Transportes e Obras Públicas contrapôs: “esta manhã, Wong Wan deu algumas explicações na rádio. Mas pen-so que não é suficiente. Por isso, peço a Wong Wan que responda perante a co-municação social, às questões levantadas pelo relatório do comissariado da audito-ria no prazo de um ou dois dias”.

Para o Secretário, “a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) tem de fazer uma reflexão” e “tem de rever aquilo que está mal na fis-calização e melhorar esses aspectos”.

Antes, Wong Wan tinha afirmado ao canal em chinês da Rádio Macau que já

se está a “trabalhar neste momento para melhorar o sistema de supervisão”. “É algo que estamos a fazer desde 2012. Neste momento, já temos capacidade para monitorizar o itinerário dos auto-carros assim com o sistema electrónico de recolha de tarifas durante o período de actividade de cada autocarro. Estes da-dos são depois cruzados com o número de viaturas que as operadoras colocam em circulação durante um dia. Este cru-zamento de dados é algo que fazemos desde Outubro de 2012”, disse, de acor-do com a tradução do Canal Macau, que transmitiu as declarações da Tin Toi.

“Se detectarmos indícios de que as operadoras nos sonegaram informações ou que falsas declarações foram presta-das tencionamos activar os procedimen-tos judiciais adequados”, garantiu ainda o responsável máximo da DSAT.

Por seu lado, Lau Si Io concordou com o relatório da auditoria do serviço públi-co de transportes colectivos rodoviários de passageiros e assegurou por sua vez que o Governo não iria fugir aos proble-mas que foram colocados pelo CA.

O Secretário sublinhou também que, nesta fase, o mais importante é a DSAT ter como prioridade o aperfeiçoamen-to do actual mecanismo interno de fis-calização, das regras de operação dos trabalhadores e do modelo de gestão. Adiantou que a DSAT tem solicitado a empresas profissionais de contabili-dade opiniões, não excluindo a possi-bilidade, no futuro, de introduzir mais métodos de fiscalização.

Recorde-se que na segunda-feira, o CA divulgou um relatório que concluiu que há pagamentos que o Governo pode estar a fazer às empresas que não têm fundamento.

E a este propósito, os deputados

Kwan Tsui Hang e Ho Ion Sang manifes-taram o seu desagrado pelo serviço que tem vindo a ser desenvolvido pela DSAT.

Soluções para cheiasQuanto aos problemas de inunda-

ções, causadas pelas chuvas torrenciais que ocorreram três vezes neste mês, o Governo vai recorrer a soluções de curto, médio e longo prazo. Relativamente às primeiras, vão ser instaladas em Macau, na Taipa e em Coloane, várias estações de monitorização de nível da água, para os serviços responsáveis pelas infra-estru-turas poderem conhecer melhor o nível das águas e possibilidade de inundações e activarem mecanismos de emergência. O mecanismo de divulgação de previsão de chuvas intensas também deverá ser

melhorado.As autoridades vão acelerar, a partir

de 1 de Junho, as obras de reforço da ca-pacidade de escoamento da rede de esgo-tos na Estrada do Governador Albano de Oliveira, e tentar concluir a mesma obra num semestre. Por outro lado, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) irá elevar a eficiência dos traba-lhos de limpeza e gestão da rede de esgo-tos e estações elevatórias.

No que diz respeito às medidas de médio e longo prazo, o Governo prevê uma grande alteração da topografia de Macau, e irá contratar uma companhia de consultores para uma avaliação so-bre a futura rede de esgotos, com o ob-jectivo de realizar as obras de amplia-ção e fluidez.

Pessoal de vários departamentos vai ter de se coordenar para evitar as inundações

DSSOPT IMPLEMENTOU PLANOS DE APOIO FINANCEIRO

Condóminos encorajados a reparar edifícios A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transporte afirma ter agilizado os procedimentos administrativos relativos à fiscalização e acompanhamento dos edifícios em mau estado de conservação e em ruína. Entre as medidas, encoraja os condóminos a repararem os edifícios através de vários planos de apoio financeiro

A DSSOPT sublinhou que está a implementar “me-didas de optimização para facilitar a vida dos ci-dadãos” no que respeita à fiscalização e acompa-

nhamento dos edifícios em mau estado de conservação ou em ruína.

O Governo quer “encorajar os condóminos a proce-derem à reparação dos seus edifícios”, e para isso está pensado um sistema de atribuição de crédito e de apoios financeiros para “elevar a vontade dos condóminos” nesse sentido.

Foi igualmente criada uma base de dados relativa aos edifícios em estado de conservação precária. Os edi-

fícios em mau estado de conservação, estado de ruína ou estado eminente de ruína, serão acompanhados e trata-dos em conformidade com o actual mecanismo.

“As acções de fiscalização da Administração são, so-bretudo, realizadas visualmente quanto ao aspecto ex-terior do edifício”, refere um comunicado da DSSOPT, apelando aos condóminos que estejam “sempre atentos ao estado de utilização do edifício, em particular das partes comuns e do interior das fracções autónomas”.

São instituídas três classes de urgência. Quando o edi-fício esteja em estado de perigo eminente de ruína, pondo em causa a segurança pública, pertence à classe um e será exigido ao seu proprietário a sua imediata demolição.

Já os edifícios em estado de ruína, mas sem perigo, classificam-se como classe dois e necessitam de imediata consolidação, enquanto os edifícios em mau estado de conservação pertencem à classe três.

“De forma a permitir aos proprietários que devido a impossibilidade de contacto possam directamente con-tactar com o técnico responsável”, o aviso passa a ser afi-xado no local ou distribuído na caixa postal. “A DSSOPT irá ainda proporcionar ao proprietário as directivas rela-tivas à reparação do seu edifício”.

Estando em época de chuva, a DSSOPT pretende re-forçar as suas acções de fiscalização dos edifícios em es-tado de conservação precária, em particular nos bairros

antigos, “cuja situação de estado de conservação precá-ria é bastante notória, sendo assim necessário abertura de processo para o acompanhamento da questão”.

A DSSOPT alerta os moradores que na realização das inspecções, os fiscais analisam, sobretudo, o exterior do edifícios, sendo que se for necessário inspeccionar o interior, esse procedimento carece de consentimento do proprietário.

Fiscais da DSSOPT analisam, sobretudo, o exterior do edifícios

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 JTM | LOCAL 09

Helder Almeida

• • • BREVESMICE com menos eventosno primeiro trimestreEntre Janeiro e Março, Macau acolheu 230 reuniões, conferências e exposições, menos 41 do que no mesmo período de 2012, revelaram os Serviços de Estatís-tica e Censos. Os eventos registados ti-veram uma duração média de 2,2 dias, envolvendo 203 mil participantes. Se-gundo os dados oficiais, até Março, os eventos MICE geraram receitas de 5,3 milhões de patacas (mais 51%), a maior parte decorrente da venda de produtos, e implicaram despesas de 34,75 milhões (mais 13%).

Acidente na Ponte Sai Vanprovocou vários feridosA Ponte de Sai Van foi ontem palco de mais um acidente, quando um “shuttle bus” de um casino embateu, por vol-ta das 04:00, em dois veículos e uma moto da PSP que acompanhavam a realização de um teste por parte de elementos do Laboratório de Engenha-ria Civil de Macau. Quatro trabalha-dores do casino ficaram ligeiramente feridos, bem como os condutores e os passageiros dos veículos das obras. Se-gundo a TDM, os Bombeiros precisa-ram de usar um equipamento especial para partir as janelas do “shuttle bus” e retirar as 20 pessoas que seguiam na viatura.

Reforçadas bolsas de mérito para mestrados e doutoramentosNo próximo ano lectivo, o Governo vai aumentar o número e montante das bolsas de mérito para mestrados e doutoramentos destinadas a residen-tes e alunos admitidos por instituições locais. Segundo o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior, as bolsas de mérito para doutoramentos sobem de 15 para 20 e o valor passará de 72 mil patacas para 75 mil. Nos cursos integrados de mestrado e doutoramento, as bolsas aumentam de uma para cinco e o valor cresce de 61.800 patacas para 66 mil. Já nos mestrados, as bolsas aumentam de 80 para 100 com montantes de 54 mil patacas face às actuais 51 mil patacas.

Prometidos mais rádio táxisaté Fevereiro de 2014A Companhia de Rádio Táxis Vang Iek pretende aumentar o número das suas viaturas para 40 até Fevereiro de 2014, data que irá marcar o término do actual contrato. Em declarações à imprensa em língua chinesa, o direc-tor da companhia, Cheang Wing Chio, garantiu que serão oferecidos salários fixos aos trabalhadores, como forma de atrair mais profissionais. 62 edifícios quase prontosno novo campus da UMNo novo campus da Universidade de Macau já foram acabadas as obras prin-cipais em 62 prédios, segundo o “Ou Mun”. A Biblioteca, o Museu de Histó-ria, o Centro de Educação já foram en-tregues ao Governo de Macau. O Centro Cultural, o prédio da Administração, o ginásio, o estádio e os oito edifícios das faculdades deverão ser entregues gra-dualmente até Setembro. Já a obra de arborização foi bloqueada por causa da chuva. Cerca de 1.200 trabalhadores es-tão a fazer as obras de acabamentos.

NEGADO NOVO REGISTO DA LAS VEGAS SANDS

Tribunal volta a rejeitar marca COTAI

O Tribunal de Segunda Instância (TSI) voltou a ne-gar à Las Vegas Sands o registo de uma marca que usava o nome “COTAI”. A fundamentação

para rejeitar o registo da marca “COTAI Strip COTAITi-cketing” é a mesma daquela que foi usada para negar o registo de COTAIExpo e COTAIArena.

O problema é sempre o mesmo: “a verdade é que “COTAI” é vocábulo que exprime um local específico de Macau (concretamente entre as ilhas da Taipa e de Coloane), uma zona e uma área geográfica do território. Por conseguinte, este sinal parece estar excluído da pro-tecção”, pode ler-se no acórdão que foi ontem disponi-bilizado pelo TSI.

Para o Colectivo ficou claro que “‘Cotai’ e ‘Strip’ re-metem para conceitos de localização geográfica, identi-ficadores de nenhum produto em particular a comercia-lizar, nenhum serviço a prestar. Têm, assim, um cunho totalmente genérico e indeterminado”.

Foi a Melco Crown Entertainment que se sentiu le-sada e recorreu aos tribunais depois do Departamento de Propriedade Intelectual da Direcção dos Serviços de Economia ter concedido à Las Vegas Sands a marca CO-TAITicketing, o que, aliás, já tinha feito noutras vezes em relação a outras marcas que também envolviam o nome COTAI, registadas pela Sands.

Entendeu a Melco na acção que colocou em tribunal “que a referida marca, na sua dimensão parcelar COTAI STRIP, não possui capacidade distintiva, não podendo, por isso, ser objecto de apropriação exclusiva, por con-sistir numa designação genérica e indeterminada, que

O tribunal sustenta que a marca COTAI STRIP não possui capacidade distintiva e remete para uma localização geográfica

Para o Colectivo ficou claro que “‘COTAI’ e ‘Strip’ remetem para conceitos de localização geográfica, identificadores de nenhum produto em particular a comercializar, nenhum serviço a prestar”. A Melco Crown foi a empresa que recorreu aos tribunais para impedir o registo, tal como aconteceu anteriormente com outras marcas que a Sands registou e que continham o nome COTAI, notícia avançada pelo JTM em primeira mão, na sexta-feira

não permite identificar um serviço ou produto, mas apenas uma faixa de aterro onde se desenvolvem ac-tividades ligadas ao jogo, entretenimento e hotelaria”. Desta forma, “não poderia, assim, ser apropriada exclu-sivamente pela interessada”, argumento a que os juízes foram sensíveis.

E quanto ao segmento “COTAITicketing” diz ainda a Melco que “não denuncia ele os produtos em referência, antes é designação abrangente, que do mesmo modo não pode merecer protecção, sendo até certo, por outro lado, que induz o público em erro ou confusão, fazen-do-o pensar que se trata de produtos produzidos numa determinada área ou região, no caso na “Strip do CO-TAI”, o que não atenta contra o princípio da verdade”.

Este é o quarto registo de uma marca que a Las Vegas Sands queria proteger, e contendo o nome do COTAI, a ser revogado. Antes tinha sido “COTAIExpo” e “CO-TAIArena” e ainda “COTAITravel”. Em todas as deci-sões os argumentos usados pelos juízes para sustentar a recusa foram semelhantes.

Uma Juíza da Primeira Instân-cia pediu escusa para não julgar um caso que envolve

um advogado que foi acusado pelo Ministério Público (MP) de falsificar um documento. Segundo se pode ler numa decisão divulgada ontem pelo Tribunal de Segunda Instância (TSI), a juíza argumentou que foi a própria que deu origem ao processo ao cau-sídico, enquanto vogal num outro julgamento, pelo que a intervenção no novo poderia levantar suspeitas de falta de imparcialidade.

A Juíza em causa, lê-se no acór-

MAGISTRADA DEU ORIGEM AO PROCESSO

Juíza pede escusa para evitarjulgamento de advogadoLou Ieng Ha foi Juíza num caso em que se considerou que dois advogados estariam envolvidos no cometimento de um crime de falsificação de documento. Foi a escolhida para examinar esse caso mas para não levantar suspeitas de falta de imparcialidade pediu para não julgar

dão, interveio no julgamento, em audiência de 22 de Abril de 2010, no Tribunal Judicial de Base (TJB), na qual, e após ouvidos um arguido e testemunhas de acusação e de defe-sa, o respectivo Tribunal Colectivo considerou que dois advogados, que não estão identificados, estariam envolvidos no cometimento de um crime de falsificação de documento. Por isso, ordenou que se extraíssem certidões de todo o processado dos autos e da acta da audiência para se-rem enviadas ao MP.

Em Janeiro deste ano, o caso se-

guiu para um dos Juízos Criminais do TJB, depois de um dos advogados ter sido pronunciado criminalmente.

A Juíza é identificada como sen-do Lou Ieng Ha e o Colectivo do TSI concorda que “o juiz que tiver subs-crito a participação criminal contra algum indivíduo suspeito não pode, naturalmente e sob pena de compro-meter irremediavelmente a estrutu-ra acusatória vigente na lei penal (...) vir a julgar, no processo instau-rado com base nessa participação, o mérito do crime então denunciado”.

H.A.

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10 JTM | PUBLICIDADE Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

Citibank N.A. - Sucursal de Macau

Balanço Anual de 31 de Dezembro de 2012

Síntese do Relatório de Actividade da Sucursal de Macau do Citibank

A Administração tem o prazer de anunciar os resultados financeiros auditados do Citibank NA, SUCURSAL DE MACAU (a “ SUCURSAL “) para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.

Referente aos resultados do Ano de 2012, o lucro antes de impostos foi de MOP14.957.698 O ativo total foi MOP4.445.705.393 Depósitos de clientes ascenderam a MOP3.958.129.704

Em nome da Administração do Citibank, eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para prestar homena-gem à Comunidade de Macau e, especificamente, para nossos clientes de prestígio. Estamos empenhados em prestar serviços de qualidade a todos os clientes e manter contribuir para a sociedade de Macau. acau.

Sr. Colin Chan Sik Lun Gerente da Sucursal de Macau do Citibank NA

Síntese do Parecer dos Auditores Externos

Para o gerência do Citibank N.A. - Sucursal de Macau(Sucursal de um banco comercial de responsabilidade limitada, incorporado nos Estados Unidos da América)

Procedemos à auditoria das demonstrações financeiras do Citibank N.A. - Sucursal de Macau relativas ao ano de 2012, nos termos das Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região Administrativa Especial de Macau. No nosso relatório, datado de 15 de Maio de 2013, expressámos uma opinião sem reservas relativamente às demonstrações financeiras das quais as presentes constituem um resumo.

As demonstrações financeiras a que se acima se alude compreendem o balanço, à data de 31 de Dezembro de 2012, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações na conta da sede e a demonstração de fluxos de caixa relativas ao ano findo, assim como um resumo das políticas contabilísticas relevantes e outras notas explicativas.

As demonstrações financeiras resumidas preparadas pela gerência resultam das demonstrações financei-ras anuais auditadas e dos livros e registos da sucursal. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e os livros e registos da sucursal.

Para a melhor compreensão da posição financeira do Citibank N.A. - Sucursal de Macau e dos resultados das suas operações, no período e âmbito abrangido pela nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas devem ser lidas conjuntamente com as demonstrações financeiras das quais as mesmas resultam e com o respectivo relatório de auditoria.

Lei Iun Mei, Auditor de ContasKPMG Macau, aos 15 de Maio de 2013

CoNtAS ExtRAPAtRiMoNiAiS

VALORES RECEBIDOS EM DEPÓSITO

VALORES RECEBIDOS PARA COBRANÇA

VALORES RECEBIDOS EM CAUÇÃO

GARANTIAS E AVALES PRESTADOS

CRÉDITOS ABERTOS

ACEITES EM CIRCULAÇÃO

VALORES DADOS EM CAUÇÃO

COMPRAS A PRAZO

VENDAS A PRAZO

OUTRAS CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

MoNtANtE

-

-

-

668,551

313,173,965

139,991,656

-

2,266,884,766

2,266,802,075

13,543,998

Patacas

ACtivo

CAIXA

DEPÓSITOS NA AMCM

VALORES A COBRAR

“DEPÓSITOS À ORDEM NOUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO”

DEPÓSITOS À ORDEM NO EXTERIOR

OURO E PRATA

OUTROS VALORES

CRÉDITO CONCEDIDO

“APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO”

“DEPÓSITOS COM PRÉ-AVISO E A PRAZO NO EXTERIOR”

ACÇÕES - OBRIGAÇÕES E QUOTAS

APLICAÇÕES DE RECURSOS CONSIGNADOS

DEVEDORES

OUTRAS APLICAÇÕES

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

IMÓVEIS

EQUIPAMENTO

CUSTOS PLURIENAIS

DESPESAS DE INSTALAÇÃO

IMOBILIZAÇÕES EM CURSO

OUTROS VALORES IMOBILIZADOS

CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO

TOTAIS

ACtivo BRUto

10,691,987

191,450,251

17,356,591

125,331,789

2,420,195,092

-

991,820

807,420,243

129,000,000

666,647,474

-

-

57,027,945

-

-

-

1,710,087

-

3,938,720

-

68,585

15,967,517

4,447,798,101

PRoviSõES, AMoRtizAçõES E

MENoS-vAliAS

-

1,692,862

-

331,261

-

68,585

-

2,092,708

ACtivo líqUiDo

10,691,987

191,450,251

17,356,591

125,331,789

2,420,195,092

-

991,820

807,420,243

129,000,000

666,647,474

-

-

57,027,945

-

-

-

17,225

-

3,607,459

-

-

15,967,517

4,445,705,393

Patacas

PASSivo

DEPÓSITOS À ORDEM DEPÓSITOS C / PRÉ-AVISO DEPÓSITOS A PRAZO DEPÓSITOS DE SECTOR PÚBLICO RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO RECURSOS DE OUTRAS ENTIDADES LOCAIS EMPRÉSTIMOS EM MOEDAS EXTERNAS EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES CREDORES POR RECURSOS CONSIGNADOS CHEQUES E ORDENS A PAGAR CREDORES EXIGIBILIDADES DIVERSAS CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO PROVISÕES PARA RISCOS DIVERSOS CAPITAL RESERVA LEGAL RESERVA ESTATUTÁRIA OUTRAS RESERVAS RESULTADOS TRANSITADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES RESULTADO DO EXERCÍCIO

TOTAIS

SUB-totAiS

3,435,544,036

177,959,630

344,626,038

-

-

-

229,070,834

-

-

6,455,242

169,280,822

998,847

19,288,753

-

-

-

-

8,779,047

39,473,127

14,229,017

totAl

3,958,129,704

405,805,745

28,067,800

53,702,144

4,445,705,393

Patacas

DEMoNStRAção DE RESUltADoS Do ExERCíCio DE 2012CoNtA DE ExPloRAção

DéBito

CUSTOS DE OPERAÇÕES PASSIVAS

CUSTOS COM PESSOAL :

“ REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO E FISCALIZAÇÃO” REMUNERAÇÕES DE EMPREGADOS

ENCARGOS SOCIAIS

OUTROS CUSTOS COM O PESSOAL

FORNECIMENTOS DE TERCEIROS

SERVIÇOS DE TERCEIROS

OUTROS CUSTOS BANCÁRIOS

IMPOSTOS

CUSTOS INORGÃNICOS

DOTAÇÕES PARA AMORTIZAÇÕES

DOTAÇÕES PARA PROVISÕES

LUCRO DA EXPLORAÇÃO

TOTAL

MoNtANtE

11,381,587

-

4,538,618

378,912

147,582

112,401

4,504,207

8,522,660

-

-

820,337

-

14,957,698

45,364,002

MoNtANtE

20,763,873

18,749,044

3,189,706

-

2,661,379

-

-

45,364,002

CRéDito

PROVEITOS DE OPERAÇÕES ACTIVAS

PROVEITOS DE SERVIÇOS BANCÁRIOS

PROVEITOS DE OUTRAS OPERAÇÕES BANCÁRIAS

RENDIMENTOS DE TÍTULOS DE CRÉDITO E DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

OUTROS PROVEITOS BANCÁRIOS

PROVEITOS INORGÂNICOS

PREJUÍZOS DE EXPLORAÇÃO

TOTAL

Patacas

DéBito

PREJUÍZO DE EXPLORAÇÃO

PERDAS RELATIVAS A EXERCÍCIOS ANTERIORES

PERDAS EXCEPCIONAIS

DOTAÇÕES PARA IMPOSTOS SOBRE LUCROS DO EXERCÍCIO

DOTAÇÕES ADICIONAIS PARA PROVISÕES CONFORME RJSF

RESULTADO DO EXERCÍCIO (SE POSITIVO)

TOTAL

MoNtANtE

-

-

-

2,066,088

(1,337,407)

14,229,017

14,957,698

MoNtANtE

14,957,698

-

-

-

-

14,957,698

CRéDito

LUCRO DE EXPLORAÇÃO

LUCROS RELATIVOS A EXERCÍCIOS ANTERIORES

LUCROS EXCEPCIONAIS

PROVISÕES UTILIZADAS

RESULTADO DO EXERCÍCIO (SE NEGATIVO)

TOTAL

CoNtA DE lUCRoS E PERDAS Patacas

**As Outras Reservas incluem uma reserva obrigatória no montante de 8,777,684 Patacas (antes do impostos diferidos). Porque a sucursal adopta as Macau Financial Reporting Standards (“MFRS”) na preparação das suas demonstrações financeiras anuais, as perdas de imparidade com base nas MFRS podem ser inferiores ao nível mínimo de provisões genéricas calculadas de acordo com o Aviso 18/93 da AMCM (o nível mínimo). A referida reserva obrigatória representa, pois, a diferença entre o nível mínimo e as perdas de imparidade nos termos das MFRS. Este mesmo montante, inscrito na linha “Dotações adicionais para provisões conforme RJSF” da Conta de Lucros e Perdas das contas resumidas, está reconciliado entre o “Lucro depois de impostos” e os “Resultados do ano de acordo com as regras da AMCM” na Conta de exploração das demonstrações financeiras auditadas anuais.

Nota: Cópia da divulgação da informação financeira está publicada no http://citigroup.com/citi/macau eestá disponível para consulta pública durante o horário comercial em: Citibank, N.A. Sucursal de Macau Avenida Comercial de Macau, nº 251a- 301, AIA Tower, 11º Andar, Unit1102 -1103, em Macau

O Gerente de Sucursal de Macau O Chefe da Contabilidade

Colin Chan Betty Chan

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 JTM | LOCAL 11

Nova fase da Doca dos Pescadores inclui marina para iates

ENTRADA NA BOLSA DE HONG KONG VAI DAR IMPULSO AO PROJECTO DE EXPANSÃO

OPI “revitaliza” Doca dos PescadoresO projecto de expansão do principal empreendimento da Macau Legend Development, que deverá estar concluído em 2015, vai ganhar um impulso decisivo com a listagem da empresa na Bolsa de Valores de Hong Kong, explicou David Chow ao JTM

Os fundos que a Macau Legend Development irá angariar com a oferta pública inicial de venda de

acções (OPI) na Bolsa de Valores de Hong Kong serão aplicados, praticamente na totalidade, no financiamento da expan-são da Doca dos Pescadores. Em declara-ções ao JTM, o CEO da empresa, David Chow, confirmou que o lançamento da OPI está agendado para 27 de Junho, enquanto que os preços das acções serão fixados no dia 21 do mesmo mês.

“Ainda precisamos de ter reuniões internas para discutir os preços das ac-ções”, esclareceu o empresário, escusan-do-se no entanto a revelar o montante total que a Macau Legend Development poderá arrecadar através da sua entrada no mercado de capitais. Segundo a agên-cia Reuters, a operação está avaliada em aproximadamente 600 milhões de dó-lares norte-americanos, o equivalente a cerca de 4,8 mil milhões de patacas. Es-timativas divulgadas na região vizinha indicam, por outro lado, que o valor de

mercado da Macau Legend Develop-ment poderá atingir até 18,7 mil milhões dólares de Hong Kong.

De acordo com o jornal “Apple Dai-ly”, após a reestruturação accionista, a empresa controlada por David Chow deterá 58,3 por cento do capital total. Ina Chan, conhecida como a terceira mulher de Stanley Ho também investiu na em-presa no ano passado, detendo 17,9 por cento das acções, enquanto que a Socie-dade de Jogos de Macau possui uma participação de quatro por cento. Entre os accionistas de referência consta ainda

Li Chi Keung, presidente do Conselho de Administração do Jockey Clube de Ma-cau, com 18,4 por cento.

Iates e dinossaurosO projecto de expansão da Doca dos

Pescadores recebeu “luz verde” do Go-verno em Setembro do ano passado, me-diante a revisão da concessão do terreno localizado na zona do Porto Exterior. Na prática, o Executivo aceitou atribuir, com dispensa de concurso público, mais 23.543 metros quadrados distribuídos por três parcelas de terreno, com vista à

concretização de um projecto orçado em cinco mil milhões de dólares Hong Kong.

A Macau Legend Development pas-sou assim a dispor de uma área total de 133.038 metros quadrados.

A nova fase da Doca dos Pescadores vai englobar uma marina com capacida-de para três dezenas de iates de luxo e barcos para passeios e pesca, bem como um museu dedicado aos dinossauros com cerca de 8,7 mil metros quadrados. Nos planos de David Chow entram ain-da duas unidades hoteleiras, casino e ou-tros atracções na área do entretenimento.

Viviana Chan

FOTO

ARQ

UIVO

O Instituto Cultural (IC) anunciou ontem que vai lançar um programa de subsí-dios para apoiar a actividade de estilis-

tas e, assim, incentivar o desenvolvimento de uma indústria da moda.

“O Instituto Cultural tem procurado promo-ver o desenvolvimento da indústria de “design” de moda de Macau e, para isso, vai lançar o Programa de Subsídios à Criação de Amostras de Design de Moda 2013, aberto a todos os de-signers de moda de Macau e com aceitação de propostas a partir de 17 de Junho”, refere um comunicado do organismo.

Os estilistas que tiverem a sua candidatura aprovada receberão um subsídio num máximo de 150 mil patacas.

Este novo programa de subsídios pretende “incentivar a produção de amostras de ‘design’ de moda, bem como de catálogos promocionais, instando os designers locais a explorarem acti-vidades comerciais e a participarem em desfiles de moda e marketing internacionais, ao mesmo tempo que se divulgam e promovem as criações locais”, acrescenta a nota.

O Instituto Cultural recebe candidaturas in-dividuais ou de equipas de dois elementos que terão de ser residentes de Macau e ter, pelo me-nos, 18 anos. No processo de candidatura, que terá duas fases, os estilistas terão de apresentar

DESIGNERS VÃO TER APOIO DO GOVERNO

Subsídios para a ModaO Executivo de Macau decidiu criar um programa de apoio financeiro para criadores de moda. Os candidatos poderão receber até 150 mil patacas

MAIS DE QUATRO MIL VAGAS EM ABERTO

Hotéis e restaurantesempregam 70 mil O número de postos de trabalho por preencher na hotelaria e restauração ainda supera os 4.000. Nos três primeiros três meses deste ano, os dois sectores passaram a empregar mais 9% de pessoas do que há um ano

Cerca de 70 mil pessoas trabalhavam em hotéis e restaurantes de Macau no

primeiro trimestre do ano, o que representa um aumento de 9% face a 2012.

De acordo com dados dos Serviços de Estatística e Censos, os hotéis, restaurantes e similares de Macau contavam com 69.619 trabalhadores, sendo que a maio-ria, 45.599, eram funcionários das unidades hoteleiras, mais 9,3% em relação aos três primeiros meses de 2012.

Em Março, a remuneração média dos trabalhadores a tem-po inteiro do sector da hotelaria e restauração da RAEM era de 12.050 patacas, mais 7,9 % face ao primeiro trimestre de 2012.

A remuneração média dos empregados de mesa dos ho-téis era de 8.500 patacas e a dos

empregados de limpeza dos quartos de hotel atingia as 7.830 patacas, enquanto a dos empre-gados de mesa dos restaurantes e similares era inferior, fixando--se em 6.940 patacas. O núme-ro de vagas nos restaurantes e similares caiu entre Janeiro e Março 37,3% face ao primeiro trimestre de 2012, atingindo 2.107 lugares, enquanto nos hotéis foram registadas 2.086 vagas, sendo pedidos conhe-cimentos de inglês e chinês na maioria dos casos.

O sector da restauração e si-milares registou o maior nível de rotatividade de trabalhadores em Macau no primeiro trimestre, de 6,9%, e de recrutamento, de 7,6%, registando ainda uma taxa de vagas de 9,5%, sendo que a mais alta pertencia à das indús-trias transformadoras.

desenhos das suas criações de moda que sejam originais e não tenham ainda sido publicados.

Um máximo de 15 candidatos passará à segunda fase, em que serão analisados crité-rios como a criatividade e originalidade das criações, potencial de mercado, qualidade dos materiais escolhidos e processo de fabrico. Os candidatos seleccionados para esta segunda fase terão direito a um subsídio especial para produzirem uma amostra de um conjunto da colecção proposta com base nos desenhos apre-sentados que será analisada por um júri. O júri seleccionará um máximo de oito finalistas para receberem subsídios.

O prazo de candidaturas para este novo programa de subsídios vai decorrer entre 17 de Junho e 16 de Agosto. JTM/Lusa

Estilistas terão de apresentar desenhos originais das suas criações

FOTO

ARQ

UIVO

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12 JTM | LOCAL Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

Um projecto de controlo de computadores através da mente garantiu a vitória num concurso de electrotécnica entre universidades do território e de Hong Kong ao cabo-verdiano Janir Nuno da Cruz, de 23 anos, recém-licenciado na Universidade de Macau

RECÉM-LICENCIADO NA UNIVERSIDADE DE MACAU GANHOU CONCURSO DE ELECTROTÉCNICA

“Controlo mental” vale prémio a aluno de Cabo Verde

O prémio foi atribuído esta semana pela secção de Macau da maior associação mundial de engenheiros, a IEEE - Instituto dos Engenheiros Electrotécnicos e Electrónicos,

sedeada nos EUA, disse Janir Nuno da Cruz à agência Lusa. “Este projecto está relacionado com a mente humana, tendo como ob-jectivo controlar computadores utilizando as ondas cerebrais”, explicou.

Ao indicar que o sistema é “pensado para pessoas com difi-culdades motoras”, para aumentar a sua autonomia, o estudante salientou que pode também ser aplicado a “videojogos, podendo ainda ser utilizado por militares e astronautas, pois é uma fer-ramenta adicional para se controlarem computadores, além das mãos e da voz”.

Através deste sistema, disse, “uma pessoa em frente a um ecrã de computador consegue, utilizando apenas um capacete com

INICIATIVA CONTOU COM QUASE 262 MIL PARTICIPANTES

Novo recorde de adesão no Dia do DesafioMacau participou ontem, pelo 13º ano consecutivo, no “Dia Mundial do Desafio 2013”, iniciativa conjunta do Instituto do Desporto e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. À semelhança das edições anteriores, Macau voltou a contar com uma grande adesão por parte dos seus habitantes, batendo mais um recorde de participação

Pedro André Santos

Em 13 edições a adesão da popula-ção de Macau tem vindo a crescer de ano para ano, e desta vez não

foi diferente. O “Dia Mundial do Desa-fio 2013” decorreu ontem no território e voltou a ser um sucesso, atraindo milhares de residentes que, durante 15 minutos, fizeram vários exercícios físi-cos.

De acordo com dados divulgados ontem à noite pelo Instituto do Des-porto, a actividade contou com o apoio dos serviços públicos, instituições, en-tidades comerciais, associações, esco-las, organismos sociais e individuais, registando 261.873 participantes. Este número corresponde a 45% da popula-ção de Macau e supera a taxa de 44,64% (248.800 participantes) contabilizada no ano passado, quando o território “mediu forças” com a cidade de De-samparados, na Costa Rica.

Depois de três sessões realizadas na parte da manhã por funcionários, no Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Instituto do Desporto e Hospital Conde S. Januário, a organiza-ção promoveu um encontro para a po-pulação no largo do Jardim de Iao Hon que contou com a presença de cerca de meio milhar de cidadãos. Ao final da tarde houve novo encontro, no Largo do Senado, com uma exibição recreati-va e desportiva para o público, haven-do ainda serviço gratuito de avaliação da condição física dos residentes.

“Correu bem. O tempo tentou aju-dar, chuviscou um bocado mas não quebrou o ritmo. Até ao meio-dia tí-nhamos mais de cem mil inscritos, o que significa mais de 800 pessoas em relação ao ano passado, o que já foi muito positivo”, disse ao JTM José Ta-

alguns eléctrodos, executar comandos simplesmente através do olhar”.

“Na demonstração que fiz [no concurso] utilizei o computa-dor com o objectivo de a pessoa escrever algo, recorrendo a um teclado virtual em que apenas se observam as letras que se quer escolher e depois o eléctrodo detecta-as e selecciona-as”, apontou.

O sistema pode também ser utilizado para “controlar cadeiras de rodas, braços eléctricos e outros equipamentos”.

“A investigação internacional relacionada com este tipo de projecto começou há cerca de dez anos, mas ele ainda não pode ser comercializado, porque está numa fase experimental e os si-nais da mente humana são muito fracos, por isso também procu-rei aumentar o sinal”, salientou.

Janir Nuno da Cruz, que terminou recentemente a licenciatura em Engenharia Electrotécnica e Electrónica na Universidade de

vares, vice-presidente do Instituto do Desporto, quando ainda não eram co-nhecidos os resultados finais.

Este ano estava previsto que Ma-cau concorresse com Jerusalém (Israel) e Joinville (Brasil), mas os últimos aca-

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JTM | LOCAL 13Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

Um projecto de controlo de computadores através da mente garantiu a vitória num concurso de electrotécnica entre universidades do território e de Hong Kong ao cabo-verdiano Janir Nuno da Cruz, de 23 anos, recém-licenciado na Universidade de Macau

RECÉM-LICENCIADO NA UNIVERSIDADE DE MACAU GANHOU CONCURSO DE ELECTROTÉCNICA

“Controlo mental” vale prémio a aluno de Cabo Verde

INICIATIVA CONTOU COM QUASE 262 MIL PARTICIPANTES

Novo recorde de adesão no Dia do DesafioMacau participou ontem, pelo 13º ano consecutivo, no “Dia Mundial do Desafio 2013”, iniciativa conjunta do Instituto do Desporto e do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. À semelhança das edições anteriores, Macau voltou a contar com uma grande adesão por parte dos seus habitantes, batendo mais um recorde de participação

alguns eléctrodos, executar comandos simplesmente através do olhar”.

“Na demonstração que fiz [no concurso] utilizei o computa-dor com o objectivo de a pessoa escrever algo, recorrendo a um teclado virtual em que apenas se observam as letras que se quer escolher e depois o eléctrodo detecta-as e selecciona-as”, apontou.

O sistema pode também ser utilizado para “controlar cadeiras de rodas, braços eléctricos e outros equipamentos”.

“A investigação internacional relacionada com este tipo de projecto começou há cerca de dez anos, mas ele ainda não pode ser comercializado, porque está numa fase experimental e os si-nais da mente humana são muito fracos, por isso também procu-rei aumentar o sinal”, salientou.

Janir Nuno da Cruz, que terminou recentemente a licenciatura em Engenharia Electrotécnica e Electrónica na Universidade de

Macau, onde chegou em 2009 através de uma bolsa da Fundação de Macau, vai participar, em Julho, num simpósio internacional na cidade chinesa de Dalian para apresentar o seu projecto, que será publicado na revista científica “Neurocomputing”.

Este cabo-verdiano, natural de São Vicente, pretende dar con-tinuidade aos estudos para depois regressar a Cabo Verde, onde

planeia “fomentar a investigação na área da engenharia biomédi-ca e lançar uma empresa que desenvolva projectos nessa área”, disse.

“Nos países subdesenvolvidos ainda há muitos problemas ao nível dos equipamentos que ainda não são calibrados para a nossa realidade e os profissionais de saúde também não têm preparação suficiente para utilizar determinados equipamentos sofisticados, por isso pretendo contribuir para melhorar esta si-tuação”, indicou.

Janir tem em vista aproveitar o facto de “Cabo Verde ser uma porta para África e desenvolver a partir daí projectos biomédicos que possam ser vendidos e adaptados ao clima da região, que sejam suficientemente simples para poderem ser utilizados pelos técnicos de saúde e robustos, tendo em conta as falhas de electri-cidade existentes nos países subdesenvolvidos”.

“Quando um país desenvolvido trabalha nestes sistemas não pensa muito nos problemas que existem nos países subdesenvol-vidos, como a instabilidade do sistema de distribuição de ener-gia eléctrica, mas em África é preciso pensar nisto e como não há muita investigação nesta área, vejo isto como um futuro”, con-cluiu.JTM/Lusa

Prémio foi atribuído pela secção de Macau da maior associação mundial de engenheiros

baram por renunciar ao desafio. “Foi uma competição só com Israel. Eles [Brasil] fizeram destacamento para outro sitio, por isso saíram fora e ficou uma competição só a dois”, acrescen-tou José Tavares.

Dia do Desafio mobilizou serviços públicos, escolas, associações e empresas

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14 JTM | PUBLILCIDADE Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 JTM | DESPORTO 15

Novo modelo foi testado no Twin Ring Motegi, no Japão, durante dois dias

MOTOGP

Nota positiva para novo modelo da Honda

A máquina, que ainda não tem nome ofi-cial e que será apresentada oficialmen-te no final do ano, ainda está neste mo-

mento um pouco atrasada, de acordo com os responsáveis, mas fez uma estreia positiva de pista pelas mãos do piloto de testes.

A moto rodou no Twin Ring Motegi, no Ja-pão, durante dois dias, no final da semana pas-sada.

“O resultado do teste mostrou mais do que esperávamos, em particular com no que toca à prestação,” comentou Shuhei Nakamoto, vice-presidente executivo da Honda Racing Corporation. “Estamos muito contentes neste

momento e vamos anunciar mais coisas num futuro próximo.”

A nova moto da Honda não terá o sistema de válvulas pneumáticas e a caixa de velocida-des também será a versão convencional, em vez da caixa “seamless” usada pela Repsol Honda.

Para além disso, o depósito de combustível terá capacidade para 24 litros em vez dos 20 li-tros das motos oficiais. A suspensão deverá ser fornecida pela Showa, ao invês das suspensões Öhlins que equipam as RC213V.

O valor previsto de cada moto ronda o um milhão de euros (cerca de 10,3 milhões de pa-tacas).

A Honda completou com sucesso o primeiro teste da sua máquina de corridas de produção, a moto que vai ser disponibilizada aos privados no MotoGP a partir da próxima temporada

LIGA FRANCESA

Mónaco em risco de não competirClube francês ainda não tem licença para competir e recorreu para a justiça. A audição está marcada para 20 de Junho, embora a disputa legal possa arrastar-se durante vários meses

O Mónaco continua a ser notícia quase diaria-mente devido às contratações milionárias que tem feito para construir uma equipa para

atacar o título (ver caixa). No entanto, a situação do clube francês é algo curiosa já que, nesta altura, ainda não tem a participação na Liga Francesa garantida para a próxima temporada.

O clube francês goza de um estatuto privilegia-do por estar instalado no Principado do Mónaco, um “paraíso fiscal” que beneficia da vantagem de não pa-gar impostos. A Liga e a Federação consideram que é concorrência desleal face às outras equipas, que estão sob uma enorme carga fiscal, pelo que intimaram o clube a mudar-se para solo francês.

O clube rejeitou, manteve reuniões com a Liga e foi decidido que devia pagar 200 milhões de euros ao longo de sete anos. Apesar de estar nas mãos de um multimilionário, a proposta foi recusava e Dmitry Ryboloviev até abandonou a última reunião a meio, optando por recorrer à justiça.

O Mónaco entrou com uma acção no Supremo Tribunal de Justiça francês e mostra-se confiante. Os advogados defendem-se com o tratado fiscal franco--monegasco, de 18 de Fevereiro de 1963, que lhe ga-rante que a lei está do seu lado.

A Liga Francesa continua a fazer “braço de ferro” e surge aqui o grande problema já que a disputa vai ser analisada pela primeira vez no Supremo Tribunal no próximo dia 20 de Junho, mas em França acredita--se que será apenas o início. Se tal acontecer, como se prevê, o caso pode arrastar-se durante meses, e o Mónaco continuará sem licença para jogar.

P.A.S.

• • • POLIDESPORTIVO

Josué e Licáconfirmados no DragãoLicá e Josué estão garantidos no F.C. Porto. Os dois jovens juntam-se assim a Carlos Eduardo, Ricardo, Tiago Rodri-gues e Diego Reyes no lote de reforços. Licá estava no Estoril desde a temporada 2011/12 após passagem prolongada pela Académica, e deverá assinar por três épo-cas. Em relação a Josué, os “dragões” já tinham 50 por cento do passe do jogador que actuou no Paços de Ferreira, tendo adquirido a parcela restante.

Nelo Vingada junta-se a Queiroz na selecção do IrãoNelo Vingada vai assumir, uma vez mais, a função de adjunto de Carlos Queiroz nos próximos três jogos de qualificação do Irão para o Mundial de 2014 de fute-bol. O Irão defrontará o Qatar, num jogo em que está obrigado a vencer, a 4 de Ju-nho, em Doha, seguindo-se os jogos com o Líbano, a 11 de Junho, e Coreia do Sul, a 18. A selecção iraniana é terceira no grupo A, com sete pontos, atrás do líder Uzbe-quistão (11 pontos e mais um jogo) e da Coreia do Sul (10 pontos).

Arsenal oferece 17,5 milhões por NaniO Arsenal não desiste e vai voltar à carga tendo em vista a contratação de Nani. De acordo com o “Daily Star”, os “gunners” vão oferecer 17,5 milhões de euros para convencer o Manchester United a ven-der o passe do internacional português. Na época transacta, recorde-se, os dois clubes negociaram a venda de Robin Van Persie para os “red devils”.

Milionário russo já escolheu o “onze”

O multimilionário russo Dmitry Rybolovlev já delineou a equipa titular que pretende para a próxima temporada, onde apenas figuram três jogadores do actual plantel do Mónaco, nomeadamente Raggi, Ndinga e Ferreira Carrasco. De acordo com o La Sexta, o “onze” pretendido apresenta Victor Valdés na baliza, seguindo-se uma defesa composta por Ivanovic, Ricardo Carvalho, Raggi e Fábio Coentrão. No meio campo surgem James Rodrivues, Ndinga, João Moutinho e Ferreira Carrasco, e na frente de ataque a dupla Carlos Tevez e Falcao. Até ao momento o Mónaco já contratou João Moutinho, James Rodriguez, Ricardo Carvalho e Falcao, embora este último ainda não tenha sido confirmado oficialmente.

Mónaco apresentou Ricardo Carvalho mas o clube francês ainda não tem licença para competir

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16 JTM | ACTUAL Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

OCDE prevê dificuldades acrescidas para as contas de Vítor Gaspar

BRICS devem crescer 4,3%este anoOs países emergentes ge-ralmente designados por BRICS, que inclui o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul vão crescer, em média, 4,3% este ano, acele-rando para os 5,3% em 2014, segundo o “Economic Ou-tlook” da Organização para a Cooperação e Desenvolvi-mento Económico (OCDE). De acordo com o relatório ontem divulgado, a China li-dera a lista destes países em termos de crescimento eco-nómico, avançando 7,8% este ano e 8,4% em 2014. Segue--se a Índia, crescendo 5,7% e 6,6% neste e no próximo ano. Uns patamares abaixo estão a Rússia, o Brasil e África do Sul, com crescimentos na casa dos 3% neste e no próximo ano. O Brasil sobe 2,9 e 3,5% neste e no próximo ano, ao passo que a Rússia cresce 2,3 e 3,6%, enquanto a África do Sul deverá ter um crescimen-to económico de 2,8 e 4,3% em 2013 e 2014. Segundo a OCDE, a China deverá ultra-passar os EUA e passar a ser a maior economia do mundo nos próximos anos e a Índia já deverá ter ultrapassado o Japão, sendo agora a terceira maior economia global.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera “improvável” que Por-tugal consiga cumprir as metas do défice orçamental

deste ano e para 2014, e defende que a “troika” deve permitir esta derrapagem.

De acordo com o relatório “Economic Outlook” ontem di-vulgado, o fraco crescimento económico e a declaração de in-constitucionalidade de quatro normas do Orçamento do Es-tado para 2013 pelo Tribunal Constitucional, vão levar a uma queda na receita fiscal e assim impedir que Portugal consiga atingir as metas que acordou com a “troika”.

Na sequência da sétima avaliação do Programa de As-sistência Económica e Financeira, o Governo acordou com a “troika” uma revisão da meta do défice orçamental para este ano de 4,5% do Produto Interno Bruto para 5,5%, e de 2,5% para 4% em 2014. A OCDE espera no entanto que as metas do défice resvalem nestes dois anos. A organização espera que o défice atinja os 6,4% este ano e 5,1% em 2014.

Mesmo com esta revisão – a segunda já que na quinta ava-liação as metas já tinham sido flexibilizadas – a organização não acredita que os objectivos sejam cumpridos, e defende que as metas “devem poder desviar-se [do objectivo] caso o crescimento seja mais fraco que o esperado”, assim como para evitar uma espiral negativa entre condições macroeco-nómicas e os objectivos orçamentais.

A OCDE considera que Portugal não deve tomar medi-das de consolidação adicionais caso o a recessão se agrave (e consequentemente o défice orçamental) devido a pressões externas, e que mais austeridade “iria reduzir a actividade no curto prazo e pode levar uma deterioração na confiança nos mercados financeiros”.

Ainda assim, a OCDE diz que é importante chegar a um

PORTUGAL

Défice com metas “improváveis”Portugal não deverá atingir as novas metas do défice para 2013 e 2014, antecipa a OCDE, desaconselhando no entanto um agravamento da austeridade

acordo sobre cortes permanentes na despesa “concentrados especialmente no consumo público e prestações sociais”.

A organização volta ainda a defender a necessidade de mais medidas de flexibilização no mercado de trabalho – como a abolição das portarias de extensão e a convergência no valor das indemnizações – e que existe margem para maior competição nos mercados da electricidade e do gás natural.

JTM/Lusa

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 JTM | ACTUAL 17

VOLTA AOMUND

CHINAAs autoridades de Pequim registaram um novo caso de gripe aviaria H7N9, o segundo da cidade, e o primeiro relata-do na China no intervalo de duas sema-nas. O novo caso eleva para 132 o total de casos, sendo que 37 pessoas morre-ram.

COREIA DO NORTE IPyongyang anunciou ontem a inten-ção de manter o arsenal nuclear num aparente desmentido da sua suposta vontade de retomar o diálogo sobre o programa atómico. “Aumentaremos o controlo sobre a valiosa espada nuclear e conduziremos as nossas batalhas con-tra os imperialistas com ainda mais vi-gor”, referiu, em editorial, o jornal oficial norte-coreano “Rodong Sinmun”.

COREIA DO NORTE IIO comércio externo da Coreia do Nor-te atingiu 6.810 milhões de dólares em 2012, mais 7,1 % do que em 2011, ape-sar das sanções impostas a Pyongyang, revelou a agência sul-coreana KOTRA. As sanções, contudo, parecem ter abranda-do o ritmo de crescimento anual do co-mércio que, em 2011, ascendeu a 51,3%.

MYANMARDezenas de edifícios, incluindo uma mesquita e um orfanato, foram incen-diados numa nova onda de violência sectária entre budistas e muçulmanos no nordeste de Myanmar. As autorida-des impuseram o recolher obrigatório na cidade de Lashio e destacaram mili-tares para controlar grupos de budistas que se dirigiam para bairros de maioria muçulmana.

TAILÂNDIA IA Tailândia acolheu 8,8 milhões de tu-ristas nos primeiros quatro meses deste ano, o que traduz uma subida de 19%. O número inclui 1,5 milhões de turistas chineses, mais 92,8% do que no período homólogo de 2012.

TAILÂNDIA IIMais de 100 pessoas foram resgatadas de um “ferry” turístico, que começou a afundar-se na noite de terça-feira, junto a Phuket. Segundo a polícia tailandesa, a embarcação foi atingida por ondas e rachou, mas o acidente não causou fe-ridos.

JAPÃO/RÚSSIAO Japão e a Rússia assinaram um acordo para desenvolverem em conjunto uma zona potencialmente rica em petróleo e gás no mar de Okhotsk, ao largo do Ex-tremo Oriente russo. O projecto junta as petrolíferas Rosneft, controlada maiori-tariamente pelo Estado russo, e a Inpex, que tem o Estado japonês como princi-pal accionista.

FRANÇAO suspeito de esfaquear um soldado francês, detido ontem nos arredores da capital francesa, “admitiu os factos” e disse ter agido em nome da sua “ideo-logia religiosa”, anunciou o procurador de Paris. O homem, de 22 anos, constava dos registos policiais por ter sido identi-ficado em 2007 por estar a rezar na rua, segundo a agência AFP.

Caso do “bebé 59” foi acidental Polícia de Zhejiang inocentou a mãe do recém-nascido que foi resgatado de um cano de esgoto

A queda de um recém-nascido num cano de esgoto na cidade de Jinhua foi acidental e a mãe

não será alvo de acusação, informaram ontem as autoridades da província oriental de Zhejiang, sublinhando ain-da que a criança está fora de perigo.

A mãe da criança, uma mulher sol-teira de 22 anos, escondeu a gravidez e deu à luz de forma surpreendente quando usava a sanita no sábado. “As nossas investigações mostram que foi um acidente”, disse à agência AFP uma fonte policial, confirmando que a mãe não será indiciada.

Segundo a polícia, a jovem escon-deu a gravidez dos vizinhos com medo de ser vítima de preconceitos, mas terá sido ela própria a telefonar para o se-nhorio, indicando que ouvira “baru-lhos estranhos” nos canos.

Depois do proprietário do imóvel ter alertado a polícia, bombeiros e mé-dicos demoraram quase uma hora a desfazer a secção do cano de 10 centí-metros de diâmetro onde estava o bebé, utilizando alicates e serras.

O incidente provocou centenas de

CHINA

Pequim prevê agravamentoda disputa sobre DiaoyuHá crescentes “incertezas” em torno da segurança da China, considera o “think thank” do Exército de Libertação Popular, num relatório que aponta a questão das ilhas Diaoyu como de difícil resolução

A situação da região da Ásia-Pacífico está a atra-vessar o período de reajustamento mais profun-do depois do fim da Segunda Guerra Mundial,

adverte um relatório do Centro de Pesquisa para Políti-cas da Defesa Nacional da Academia de Ciências Milita-res da China, ligado ao Exército de Libertação Popular. De acordo com o estudo, que foi destacado pela Rádio Internacional da China, “existe cada vez mais incerteza no ambiente de segurança da China”.

Grande parte das tensões regionais mora nas ilhas Diaoyu/Senkaku – como são conhecidas na China e Ja-pão, respectivamente - e, a curto prazo, será difícil que Pequim e Tóquio encontrem a melhor solução para re-solver a disputa, comentou Liu Lin, investigadora da Academia de Ciências Militares da China. “A disputa entre China e Japão poderá continuar, porque a ques-tão das ilhas Diaoyu está relacionada com assuntos de soberania e território nacional. É difícil que ambos os lados cedam alguma coisa. Por outro lado, a interven-ção dos EUA na disputa dificulta ainda mais a solução do problema. No início deste ano, o Japão enviou por várias vezes aviões e navios para impedir os cruzeiros da marinha chinesa. Portanto, não podemos excluir a possibilidade de um agravamento da disputa”, disse a académica.

O relatório de avaliação da estratégia militar, o se-gundo a ser divulgado nas versões chinesa e inglesa, analisa vários dossiers, como a crise nuclear do Irão, a situação da Península Coreana, a corrida ao armamento entre as grandes potências e a estratégia do retorno dos Estados Unidos à Ásia-Pacífico.

“A Ásia-Pacífico já se tornou um novo centro econó-mico, militar e geopolítico, desempenhando um papel cada vez mais importante na estratégia global. Há cola-boração e competição entre os países da região. Devido a isso, surgiram gradualmente várias questões polémi-cas, causando mudanças na conjuntura regional”, sa-lientou o director da Academia de Ciências Militares da

China, Chen Zhou, citado pelo site da rádio estatal.Na perspectiva de Chen Zhou, o actual contexto au-

menta ainda mais a incerteza em redor da segurança da China, pelo que a situação da segurança marítima da Ásia-Pacífico não inspira optimismo.

“A competição sobre os direitos marítimos entre as diversas nações da região está a agravar-se. Por exem-plo, os Estados Unidos estão a procurar um controlo absoluto sobre as águas do oeste do Oceano Pacífico. Por isso, os norte-americanos reforçaram as acções pre-ventivas contra algumas potências em ascensão. Por outro lado, as marinhas de vários países aceleraram a compra de armamento avançado, aumentando a possi-bilidade de uma corrida ao armamento naval”, alertou a investigadora Liu Lin.

milhares de comentários nos serviços do Weibo, semelhantes ao Twitter, com os utilizadores, espantados pelas notí-cias, a desejarem felicidades ao bebé.

Desde que foi encontrado até ser re-tirado, o menino de 2,3 quilos de peso esteve preso no cano durante duas a três horas, informaram as autoridades.

Sofreu alguns cortes na cara e nos membros e foi colocado numa incuba-dora do hospital Pujiang People, onde as enfermeiras lhe chamaram “Bebé número 59”, por causa do número da incubadora.

O director do hospital, Wu Xi-nhong, disse que o bebé está bem e

pode ter alta. “O seu estado é bom, mas os familiares ainda não vieram buscá--lo”, disse à AFP.

A polícia diz que a mãe está em es-tado grave devido a complicações liga-das ao parto, enquanto as autoridades estão à procura do pai.

As famílias chinesas são alvo de uma grande pressão social e financei-ra devido à política de um filho único, que impõe multas muito altas aos ca-sais que decidem ter mais de que um descendente.

Além disso, os bebés nascidos fora do casamento também são abandona-dos para evitar o estigma social.

Bebé sofreu cortes no rosto, pernas e braços, mas está fora de perigo

Relatório não prevê cedências de China e Japão sobre ilhas polémicas

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18 JTM | PUBLICIDADE Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

DIARIAMENTE: OBSERVATÓRIO, um olhar sobre o mundo pelo embaixador Carlos Frota

CRÓNICAS dos elementos da redacção do JTM

MACAU HÁ 20 ANOS, o que de importante se passou em Macau há duas décadas

EN PASSANT, a crónica ligeira da Direcção do JTM

... COM OPINIÃOdiversificada

JORGE RANGELex-secretário-adjunto e presidente do Instituto Internacional de Macau

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JOÃO FIGUEIRAprofessor de Jornalismo da Universidade de Coimbra,ex-residente em Macau

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JORGE SILVA jornalista da televisão de Macau

DANIEL CARLIERdocente e estudioso da obra de Confúcio

LUIZ OLIVEIRA DIASdocente e ex-presidente do Instituto Politécnico

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CARLOS FROTAex-embaixador de Portugal nas Coreias,ASEAN e Indonésia

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ALBANO MARTINSgestor

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FRANCISCO JOSÉ LEANDROprofessor doutor docente na Universidade de São José

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 JTM | ROTEIRO 19

TDM 13:00 TDM News - Repetição 13:30 Telejornal + 360° (Diferido) 14:45 RTPi DIRECTO 19:00 Montra do Lilau (Repetição) 19:30 Vingança 20:30 Telejornal 21:00 TDM Talk Show 21:35 Castle Sr.4 22:10 Escrito nas Estrelas 23:00 TDM News 23:35 Herman 2013

30 FOX SPORTS13:00 Chang World Of Football 2012/13 13:30 NASCAR Sprint Cup Series 2013 - Highlights 14:30 MLB Regular Season 2013 New York Mets vs. New York Yankees 17:30 (Delay) Baseball Tonight Interna-tional 2013 18:30 Total Rugby 19:00 ABL Crossover 2013 19:30 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:00 LIVE) Asean Basketball League 2013 Sports Rev Thailand Slammers vs. San Miguel Beerman 22:00 FOX SPORTS Central 22:30 Thursday Fight Night With UFC 23:00 UFC Countdown/ Unleashed T

31 STAR SPORTS13:00 Mobil 1 The Grid 2013 13:30 Smash 2013 14:00 Furusiyya FEI Nations Cup 2013 15:00 Sports Max 2012/13 16:00 European Le Mans Series 2013 - Imola 17:00 Mobil 1 The Grid 2013 17:30 Smash 2013 18:00 Russian Premier Liga 2012/13 19:30 FIA F1 World Championship 2013 - Highlights Monaco Grand Prix 21:00 2 Wheels 21:30 (LIVE) Score Tonight 2013 22:00 SBK Superbike World Championship 2013 - High-lights 22:30 2 Wheels 23:00 European Le Mans Series 2013 - Imola 40 FOX MOVIES12:20 The Girl With The Dragon Tattoo 14:55 Final Fantasy: The Spirits

Within 16:45 2012 19:20 The Barrens 21:00 Lockout 22:35 The Darkest Hour 00:05 Hellraiser: Revelations

41 HBO11:50 Constantine 13:50 Battleship 16:00 The Thing Called Love 17:55 Lassie 19:30 Hbo Central 20:00 S.W.A.T. 22:00 Game Of Thrones 23:00 The Hangover Part Ii 00:40 Coach Carter

42 CINEMAX12:00 Lost Boys 13:30 Unknown 15:25 Hollywood On Set 16:00 Assignment To Kill 17:45 Nick Of Time 19:15 Justice League 20:30 All About The Benjamins 22:00 Unknown 23:50 Never Back Down 2

50 DISCOVERY13:00 Dirty Great Machines 14:00 Ultimate Warfare 15:00 World War II In Colour 16:00 Surviving The Cut 17:00 Man Vs. Wild 18:00 How Do They Do It? 18:30 How It’s Made 14 19:00 Dirty Jobs 20:00 Body Bizarre 21:00 My Shocking Story 5 22:00 American Chopper 23:00 Danger By Design 00:00 Body Bizarre

51 NGC12:30 Inside 13:25 Mega Factories 14:20 Hunter Hunted 15:15 En-gineering Connections 16:10 80s: The Decade That Made Us 17:05 Wild Russia 18:00 Nordic Wild 19:00 Mega Factories 20:00 To Catch A Smuggler 21:00 Ghost Town Gold 22:00 Mega Breakdown 23:00 Best of Hard Time 00:00 Ghost Town Gold

54 HISTORY13:00 The Pickers 14:00 Cajun Pawn Stars 15:00 America Unearthed 16:00 Ancient Aliens 17:00 Axe Men 18:00 Kings Of Restoration 18:30 Pawn Stars 19:00 The Pickers 20:00 Serial Killer Earth 21:00 Swamp People 22:00 Duck Dynasty 22:30 Counting Cars 23:00 Pawn Stars 00:00 Stan Lee’s Superhumans

55 BIOGRAPHY13:00 Confessions: Animal Hoarding 14:00 Way Off Broadway 15:00 Marina Bay Sands 24/7 16:00 Sell This House: Extreme 17:00 Gene Sim-

mons: Family Jewels 18:00 Celebrity Close Calls 19:00 Never Satisfied

20:00 Barter Kings 21:00 My Ghost Story Asia 22:00 My Ghost Story:

Caught On Camera 23:00 Confessions: Animal Hoarding 00:00 Gene

Simmons: Family Jewels

62 AXN13:00 The Apprentice Asia 13:55 Caught On Camera 14:50 The

Amazing Race 15:40 Totally Insane Guinness World Records 16:10

Cash Cab Asia 16:40 CSI: Miami 17:30 Hawaii Five-0 18:20 CSI: Miami

19:15 CSI: Crime Scene Investigation 20:10 The Apprentice Asia 21:05

Chuck 22:00 Ncis: Los Angeles 22:55 CSI: Miami 23:50 Chuck 00:45

Ncis: Los Angeles

63 STAR WORLD12:30 How I Met Your Mother 13:25 Glee 14:20 New Girl 15:15

America’s Next Top Model 16:10 Don’t Trust the B**** in Apartment

23 17:05 Gallery Girls 18:00 Got To Dance UK S4 18:55 Ace of Cakes

19:50 Got To Dance UK 20:45 Ace of Cakes 21:40 Glee 22:35 90210

23:30 Got To Dance UK 00:25 Ace of Cakes

82 RTPI14:00 Telejornal Madeira 14:37 Biosfera 15:06 AntiCrise 15:28 Moda Portu-

gal16:00 Bom Dia Portugal-Directo 17:00 Destinos.pt 17:13 Portugal Aqui

Tão Perto 18:11 O Teu Olhar ( Telenovela) 18:59 República 20:00 Jornal da

Tarde-Directo 21:16 O Preço Certo 22:08 A Hora de Baco 22:38 Surf Report

22:54 Portugal no Coração-Directo 00:43 Notícias RTP - Madeira (17H00)

01:00 Portugal em Direto-Directo 02:05 Baía das Mulheres 03:00 Telejornal

+ 360º-Directo 04:00 Linha da Frente 04:36 AntiCrise 04:56 Portugal Aqui

Tão Perto 05:48 Esta É a Minha Família 06:29 Moda Portugal

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi (Amarelo) 28 519 519Táxi (Preto) 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

• • • TEMPO WWW.SMG.GOV.MO

270C / 320C

• • • CÂMBIOS BNU

PATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.95 8.05EURO 10.24 10.37YUAN (RPC) 1.256 1.318

SOCIEDADE PROTECTORA

DOS ANIMAIS DE MACAU

TEL: 28715732/63018939ANIMA

TELEFONES ÚTEIS

CLUBE MILITAR DE MACAUAvenida da Praia Grande, 975, Macau

TEL: 28714000

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

23:00

The Hangover Part II

HBO

• • • HOJE 30/5270C /310C

• • • AMANHÃ 31/5

CINETEATROS1 Fast and Furious 6 - 14:30 • 16:45 • 19.15 • 21:30

S2 Haunting in Connecticut 2: Ghosts of Georgia 14:30 • 16:30 • 19.15 • 21:30 TORRE DE MACAUStar Trek: Into Darkness (3D) (estreia dia 16) 14:00 • 16:30 • 19:00 • 21:30

GALAXYTHEATER 7The Great Gatsby 3D14:00 • 16:30 • 19:10 • 21:50 • 00:30

THEATER VÁRIOSStar Trek Into Darkness 3D - 19:30 • 20:50 • 22:00 • 22:50 • 23 •15 • 00: 30

THEATER 8Snitch - 18:30 • 20:40 • 01:50

THEATER 6 & 9*Dark Skies - 16:30 • 18:25 • 01:35*

THEATER 6The Last Exorcism Part II - 20:15 • 23:00 • 00:45

THEATER VÁRIOSIron Man 3 (3D) - 13:40 • 14:50 • 16:00 • 18:25 • 22:20 • 00:50

THEATER VÁRIOSTrance

14:35 • 16:3 5

THEATER 6The Big Wedding - 00:50

GRAND THEATER Great Expectations (02 de junho)

16:35

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20 JTM | OPINIÃO Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

JUÍZO EXTRASandra Lobo Pimentel*

Em declarações ao jornal Hoje Macau, Marinho e Pinto, bas-tonário da Ordem dos Advoga-

dos (OA) em Portugal, disse que vê a situação da suspensão do protocolo com a Associação dos Advogados de Macau (AAM), relativa ao Direito de Estabelecimento, com preocupação. Mas afirmou também que não discor-da da medida tomada. Nem poderia discordar. Senão vejamos.

O presidente da AAM disse ao JTM que “começaram a aparecer por Ma-cau pessoas com muito poucos conhe-cimentos, provenientes de algumas instituições de ensino em Portugal de muito baixa qualidade e também de-vido ao Processo de Bolonha, que só levou à degradação dos conhecimen-tos adquiridos”.

O famigerado Processo de Bolonha tem sido o motivo de todos os males do ensino em Portugal. Mas quem es-tudou por alturas da sua implemen-tação, lembra-se, nomeadamente, no curso de Direito, o tempo que demo-rou para a ser instituído, talvez com a ideia de que esta licenciatura em específico tivesse direito a uma qual-quer excepção.

Isso só levou a uma forma ataba-lhoada de fazer as coisas, instalou a confusão nas faculdades e os penali-zados foram os alunos, muitos, “apa-nhados” por Bolonha sem percebe-rem como e quando completariam as suas licenciaturas. Pode-se dizer que houve quem enfiasse a cabeça na

O famigerado Processo de Bolonha

areia, como a avestruz, a ver se a coisa passava. Mas não passou, resultando num processo feito em cima do joelho. Já não bastava as dificuldades que o ensino superior passava com o finan-ciamento.

A crítica fácil ao Processo de Bolo-nha começou a surgir desde logo, e Ma-rinho e Pinto foi um dos grandes obrei-ros desse estigma, apelidando o novo sistema de ensino superior de “fraude”.

Nos entretanto instituídos exames de acesso ao estágio da OA, chumba-ram 90 por cento dos 275 licenciados em Direito. E o bastonário responsa-bilizou a qualidade do ensino univer-sitário, que passou a ser de três anos.

Neste processo há vários obreiros e culpados, e não foi, com certeza, gerido da melhor forma. Mas há uma certeza que permanece para quem viveu estes

tempos: os alunos são os menos culpa-dos, mas são eles que sofrem as conse-quências. Agora também em Macau.

E quem não foi de Bolonha, tam-bém não tem qualidade para exercer na RAEM? Vai haver excepções? E aqueles que tiveram propostas ou en-trevistas por altura da suspensão do protocolo? Podem ser alvo de um re-gime diferente?

Muitas perguntas ainda por res-ponder, mas a certeza que os advo-gados de Macau farão justiça a quem tem mérito para se lhes juntar.

*Jornalista do JTM

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 JTM | OPINIÃO 21

Dito...“Mas não nos devemos esquecer que o que aqui se promove em massa é um negócio em grande parte associado ao vício, à corrup-ção, à prostituição e à extorsão”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

30/05/1993

OS 19 CONDECORADOSDO 10 DE JUNHOO padre Lancelote Rodrigues vai ser condecorado pelo governador Rocha Vieira com a medalha de valor de Ma-cau no dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A con-decoração visa distinguir o trabalho de auxílio do padre Lancelote Rodrigues às comunidades mais carenciadas, designadamente os refugiados. Em 1992, o padre Lancelote Rodrigues foi distinguido pela Rainha Isabel II com a medalha de “membro do império britânico”, também devido à assistên-cia prestada pelo religioso aos refugia-dos vietnamitas. Em dez de Junho, o Governador atribuirá um total de 19 condecorações, cabendo a medalha de dedicação a Maria Fernanda de Je-sus, Francisco Duarte Costa, Henrique Dias, Kok Tei, Pou Wai Chan, Tomás Ming Yeh Shih e Vong Peng Chung. Com a medalha de mérito profissio-nal serão distinguidos António Pinto Zacarias, Chan Kei I, Chau Kam Leng e Maria Alice do Rosário, enquanto a medalha de mérito cultural será atri-buída ao Clube de Macau, Clube Mi-litar e Tam Chi San. Ho Tin receberá a medalha de mérito industrial e comer-cial, cabendo a Pao Ma Chong a me-dalha de mérito desportivo, a Beatriz Noguez Lugo a medalha de mérito fi-lantrópico e a Fernando Macedo Pinto a medalha de mérito turístico.

MATERNIDADE JÁ ESTÁ NA ALA NOVAO lançamento na versão chinesa, do livro “Lições de Pediatria” elaborado por pediatras de Coimbra, assinala a transferência do Serviço de Pediatria e Neonatologia e de Obstetrícia e Gi-necologia para as novas Instalações do Centro Hospitalar Conde de S. Ja-nuário. Dado o interesse desta obra que já teve várias edições, a primeira das quais em 1980, decidiram os Ser-viços de Saúde de Macau traduzi-la para chinês, facultando assim um novo apoio aos clínicos gerais na formação da especialidade. Temas como o apoio pediátrico na sala de partos aos proble-mas mais frequentes do recém-nascido, designadamente a alimentação, as vaci-nações, o crescimento, deficiências do aparelho respiratório, infecção urinária, meningite, tuberculose, intervenções cirúrgicas, entre outros, são tratados com suficiente clareza e ilustrações de forma a assegurar desenvolvido apro-veitamento que fará perdurar a presen-ça da pediatria portuguesa em Macau. Aqueles Serviços que vão passar a fun-cionar nas novas instalações incluídas na segunda fase do CHCSJ, registaram o ano passado 1389 internamentos, dos quais 359 na Unidade de Cuidados Es-peciais de Recém-Nascidos (UCERN); 6796 consultas e 4534 recém-nascidos na Maternidade.

Vivi, na infância e na adolescência, em duas pequenas e pacatas cida-des angolanas, conhecendo bem

as vantagens e limitações do inerente es-tilo de vida.

Assim, ao regressar temporariamente a África, muitos anos depois, para cum-prir o meu posto na Guiné, por razões profissionais portanto e no contexto já das independências, não me moveu prin-cipalmente a nostalgia do passado, mas sobretudo a curiosidade pelo que se esta-va a construir ou se tinha idealizado.

Ou, para dizer a mesma coisa mas com mais rigor e verdade subjectiva, se alguma nostalgia foi o motor da ida, cedo foi suplantada pela decepção (não se re-vive nunca o que quer que seja...) por um lado; mas principalmente pela imensa curiosidade de ver e tentar interpretar o que estava a acontecer.

Para o europeu nostálgico da antiga África, Bissau era uma forte desilusão. Mas para o curioso da História e de como ela se vai fazendo, era uma janela notável de estudo e de observação.

E todo este aparente “cientismo” não era destituído, no meu caso, de forte sim-patia pelas pessoas, individual e colecti-vamente empenhadas em construírem o seu país!

De facto, milhares de jovens e menos jovens tinham morrido por uma causa. Instintivamente eu queria saber para quê, na observação concreta de quem tinha que actuar, como, quando e porquê...

A minha mira eram pois, muito para além das paisagens estereotipadas da África de sempre, e fazendo jus ao gosto que sentia crescer em mim do aprendiz de cientista político, observar as opções gizadas em prol do desenvolvimento; e o modo de agir dos políticos responsáveis pela sua concretização, daí em diante, após terem protagonizado, poucos anos antes, o nascimento das suas pátrias. Al-guma sensibilidade adquirida através do estudo da cooperação internacional e portuguesa também me ajudou a isso.

Por todos estes factores, e quando em Bissau, só de quando em vez pensava no país como uma ex-colónia portuguesa, de-vendo isto ser interpretado cum grano salis, naturalmente, ou em termos hábeis, como diriam os meus Mestres da vetusta Esco-la de Direito...o que certamente me livrou de qualquer tentação de paternalismo que não faria nenhum sentido, aliás.

E isto também pelo facto de, para o di-plomata mais do que para qualquer outro profissional, ser imprescindível uma afi-nada sensibilidade para o que é “nacio-nal” e o que não é ...sob pena de grosseira ingerência e suas consequências.

É interessante de facto recordar o quanto me foi proveitosa a “cultura auto--assimilada de estar no estrangeiro” que

me impus na Guiné, o que era menos ób-via para os portugueses do que para outros estrangeiros e menos óbvia ainda para os portugueses nascidos em África como eu.

A noção sempre presente da luta arma-da foi a linha psicológica de demarcação, não no sentido antagónico do facto, mas como realidade geradora para os guineen-ses uma nova cultura, uma nova psicologia de país e de nação que eu devia saber in-terpretar.

Se tal cultura seria cimento duradouro para construir unidade e consensos políti-cos - era naturalmente outra questão. Mas também aqui me fui alertando de que tudo é dinâmico e que, como as pessoas, os paí-ses fazem o caminho...caminhando!

Muitos anos depois, dou-me conta de que foi principalmente a experiência da Guiné-Bissau que construiu em mim os parâmetros interiores para viver a transi-ção de Macau, numa gestão já assimilada, noutro contexto embora, do “antes” e do “depois”.

Essa sensação de um “depois” que é ao mesmo tempo um começo e não um fim - foi a Guiné que me deu, pelas vivências do quotidiano.

Por isso, nos espaços vazios de uma Bissau deserta dos portugueses de outrora (como era óbvio!), eu antecipava mais do que tudo as oportunidades de um ressur-gir de outra maneira, nomeadamente para a juventude que via a sair das escolas e para quem a própria realidade que eu estava a viver, a dos primórdios da sua nação, seria não mais do que um parágrafo nos seus li-vros de História...

Creio que sou honesto comigo mesmo ao afirmar isto. Mas tal não obstava a que, visitando os parcos resquícios da antiga Bissau colonial, eu tivesse prazer e alegria de conhecer e visitar os velhos portugueses da cidade e dos arredores, os “teimosos” que, de tão radicados naquele solo, já não atribuíam significado especial a um even-tual retorno à Pátria simbólica com a qual só remotamente se identificavam. Tinham lançado a semente na fecundidade de ou-tros chãos. E daí nasceram outras vidas e outros sonhos.

O projecto das suas existências ia-se cumprindo assim longe dos caminhos de Portugal...a verdade era essa!

Entrando um dia numa antiga tabaca-ria do centro de Bissau, muito movimen-tado noutro tempo e depois esvaziado de vida, pela saída de muitos portugueses que ali animavam o comércio local, fui

Cadernos de um diplomata (X) - Os futuros por fazer...

NOTAS SOLTASCarlos Frota*

encontrar num canto esquecido um ve-lho exemplar de “Portugal e o Futuro”, do General Spínola.

Comprei o livro. Mas nunca o li. Tal-vez impedido pela teimosa resistência psicológica que se cola, para mim, as oportunidades perdidas e aos futuros que nunca existiram...

Praticamente despida de livros ou re-vistas e apenas provida de uns restos de tabaco Mayflower para cachimbo (que na altura gostava de fumar), a tabacaria do Senhor Saldanha passou a ser lugar de visitas espaçadas, ao fim da tarde, para conversar com o proprietário, um trans-montano tisnado pelo impiedoso sol da Guiné mas cheio de força e garra, nos seus setenta e muitos anos.

Sempre gostei, de facto, nos novos lugares onde chegava, de me abeirar dos mais velhos, isto é, de quem tinha algo que me seduziu sempre muito: a memó-ria das pessoas e dos lugares - que é a única possibilidade de ressuscitar a vida.

E ouvia histórias dos tempos antigos, sagas de militares e civis com as suas di-tas e desditas, fortunas e azares, tudo o que a existência contém.

Nos lugares pequenos, os residentes permanentes mantêm sempre uma me-mória precisa de quem chegou, de quem partiu, de quem casou, teve filhos, faleceu...

E com o meu pronunciado gosto para a recriação literária, punha-me nessas raras ocasiões a imaginar, sem nostalgia repito, mas com humana curiosidade e simpatia, o que teria sido a vida daquela cidadezinha muitas décadas atrás, onde a chegada de quando em vez do vapor de Lisboa era seguramente o acontecimento central da vida daquela pequena comu-nidade.

Mas logo o capítulo do passado se fe-chava para dar lugar ao presente e seus trabalhos.

É que, desse pano de fundo de formas esbatidas pelo tempo erguia-se a Guiné--Bissau, recém independente, a dar os primeiros passos na definição de tudo: o espaço público e privado, as elites e o seu papel, o sistema de educação como criador de valores, a economia e as suas incertezas, tudo.

Uma realidade me pareceu evidente desde os primeiros dias, a do predomínio dos militares principalmente no acesso a bens essenciais, forte indício de que o lema “os soldados primeiro” se estendia bem para além da sua função tradicional dentro dos quartéis.

Esta minha observação destacaria, sem eu avaliar a sua real dimensão no começo, um dos principais problemas da Guiné independente.

* Ex-embaixador de Portugal nas Coreias, ASEAN e Indonésia.

Docente da Universidade de S. José.

Inês Santinhos Gonçalves in “Ponto Final” JTM/DN

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Ronaldo assistiu ao concerto de Rihanna em LisboaCristiano Ronaldo assistiu, na terça-feira, ao concerto de Rihanna, em Lisboa. O jogador foi fotografado nos camarotes do Meo Arena (ex-Pavilhão Atlântico) já no final do concerto. Rihanna, recorde-se, actuou pela segunda vez em Portugal, contou com uma sala de espectáculos quase esgotada, e deslumbrou os fãs com a sua ousadia.

22 JTM | LAZER Quinta-feira, 30 de Maio de 2013

Shakira não vai posar nua para a PlayboyShakira veio a público desmentir que iria posar nua para a Playboy. A cantora colombiana veio negar as alegações do canal MTV Latino-américa, que tinha avançado que a artista aceitou despir-se para a revista masculina a troco de 50 milhões de dólares. “Absolutamente falso”, disse Shakira. “Mas vão-se habituando, todos os dias inventam algo novo”, comentou a beldade, citada pelo ElEspectador.com.

Capa da Vogue Brasil causa contestaçãoA edição de Junho da revista Vogue Brasil inclui na capa a modelo Gisele Bündchen, mas isso não bastou para a publicação evitar uma onda de contestação na internet. “Alguém ‘hackeou’ o Facebook da Vogue?”, “o editor de arte saiu para tomar um cafezinho” ou “edição de capa feita no Paint”, foram algumas das acusações deixadas pelos fãs da revista na página do Facebook.

Rosie tem um recorde curiosoModelo muito requisitada para as passerelles, Rosie Jones começou a dar nas vistas com apenas 17 anos, mas foi em 2012 que finalmente foi reconhecida, pela revista FHM, como uma das mulheres mais sensuais do Reino Unido. A beldade figura no livro do Guinness com um recorde curioso, alcançando a maior quantidade de soutiens tirada e vestida num minuto, com um total de sete.

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Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 JTM | LAZER 23

Tempos livresMaria João Oliveira

Só estou em Macau há alguns meses mas já me sinto numa segunda casa. É um local incrí-

vel pela mistura de contrastes que se consegue encontrar todos os dias, nas grandes e nas pequenas coisas, e que são sempre uma surpresa. Pode ser durante um passeio pela rua, em que um olhar mais

elevado permite ver que por trás de um prédio velho e quase em ruínas surge um hotel completamente mo-derno que desafia as leis da física. Pode ser numa ida a um jardim recheado de marcas portuguesas, como o Jardim de Camões, e ver que ao lado de um excerto dos Lusíadas esculpido na pedra alguém pratica Tai Chi. Pode ser numa ida à Penha a um domingo e ver que,

enquanto recém casados fazem as mais espampanan-tes sessões fotográficas junto à igreja, um grupo de es-cuteiros realiza uma cerimónia igual àquelas que acon-tecem numa qualquer cidade portuguesa. Passear e ser surpreendida com esta mistura tão natural de culturas e hábitos tão diferentes é mesmo o que mais gosto de fazer nos tempos livres.

Gente Gira Coordenação:Pedro André Santos

Envie as suas fotos para: [email protected]

Passeando na Feira do LivroAnita Inácio é macaense mas encontra-se neste momento em Portugal. Esta fotografia foi tirada durante um passeio na 83ª Feira do Livro de Lisboa, junto à mascote de uma das editoras que chamou a sua atenção.

Exposição de arquitecturaTiago, Joyce e Nestor são todos alunos do curso de arquitectura da Universidade de São José. Na imagem surgem os três jovens numa exposição de arquitectura que teve lugar no Centro Cultural, mostrando-se muito felizes dado que os seus trabalhos estavam em exibição.

91 anos cheios de energia

Natércia Gil enviou ao GENTE GIRA esta

fotografia da avó Helena Chan Gil durante o seu 91º aniversário.

Segundo disse, Helena tem tido uma vida verdadeiramente

espantosa. Nasceu no Equador, veio para a

China aos quatro anos de idade, e conheceu mais

tarde, em Macau, um português com quem

casou e teve cinco filhos. Uma vida doméstica

que nunca lhe poupou tempo nem esforços para

que pudesse cuidar da família da melhor forma.

Hoje, com seis netos e três bisnetos, continua

sempre sorridente e atenta à família. Parabéns

e felicidades!

Hóteis cápsulaOs hotéis cápsula

são muito famosos no Japão. Foram

concebidos especialmente

para trabalhadores que perderam o último Metro ou

beberam mais do que a sua conta nos

bares de karaoke. No entanto,

começam também a ser conhecidos do ponto de vista

turístico, e Natasha Fellini não perdeu a oportunidade de experimentar. Ao

GENTE GIRA contou que são mais

espaçosos do que se pensa e até têm

uma televisão!

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24 ÚLTIMA Quinta-feira, 30 de Maio de 2013 • Fecho da Edição • 02:10 horas

ENPASSANTJosé Rocha Dinis

Kwan Tsui Hang quer debate na ALsobre contratação de alunos não residentesA deputada Kwan Tsui Hang lançou ontem um apelo para que a questão do eventual recruta-mento de estudantes não residentes seja alvo de debate de interesse público na Assembleia Le-gislativa (AL). Segundo a líder da Federação da Associações dos Operários de Macau, depois do Chefe do Executivo ter revelado em Abril, na AL, que o Governo iria proceder a um estudo sobre a importação dos trabalhadores qualificados, chegou-se a falar num possível “consenso social”, mas na verdade têm sido expressas opiniões muito distintas sobre essa matéria. Embo-ra o Governo garanta que não tem uma posição pré-determinada sobre a questão dos alunos não residentes, Kwan Tsui Hang teme que o seu recrutamento venha a complicar ainda mais a área dos recursos humanos no território

Cibernautas queixam-se de poluição na Ilha Verde Uma fábrica da Ilha Verde passou a estar na mira dos cibernautas, depois de um utilizador do Facebook ter publicado uma fotografia alertando para a poluição causada pela infra-estrutura. Muitos cibernautas daque-la rede social garantiram que já viram sair fumo muito negro da chaminé do edifício industrial por diversas ocasiões e em vários períodos do dia. Até ao fecho desta edição a foto já tinha atraído 444 “likes” e 33 partilhas. Segundo um dos cibernautas, a fábrica é operada pela “Kokit Washing Company Limited”, que integra a “China Travel Service”, grupo contro-lado pelo Estado chinês. Um cibernauta exortou a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental a agir, enquanto que outro disse recear que as re-centes chuvas contribuam para agravar ainda mais o problema, podendo “empurrar” o fumo para outras zonas da cidade. V.C.

DiversificaçãoFoi agora anuncia-do que, através do Instituto Cultural,

o Executivo decidiu lançar um progra-ma de subsídios, que pode ir até 150 mil patacas,

para “promover o desenvolvimento da indústria de

“design” de moda de Macau.

É uma boa notí-cia, que, em nome da diversificação, necessita de ser

alargada a outros sectores da econo-

mia local. Enquanto as gran-des operadoras da indústria do jogo alcançam novas

somas recordes, fa-zendo aumentar os custos de produção de todos os servi-ços da Região, as

pequenas e médias empresas passam por momentos an-

gustiantes.As mais antigas

já desapareceram na voragem, dos grandes grupos económicos; as

mais modernas, al-gumas com notável acrescento de novas

tecnologias, não conseguem arran-car, devido à com-petitividade das

empresas de Hong Kong e Zhuhai.

Por isso, sem mer-cado local que as

sustente, as indús-trias criativas vão nascendo, mas são

incapazes de se sus-tentarem e muito

menos de se inter-nacionalizarem.

O Governo que diz promover a diver-sificação tem que

lhes dar uma ajuda.No fundo, trata-se, ainda e sempre, de ver como o Gover-no parte e reparte as somas que lhe

chegam aos cofres vindas do jogo...

Portas defende reforma do IRC negociada entre maioria e PSO ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal defendeu ontem um entendimento entre a maio-ria e o PS em matéria de IRC. “Só há uma maneira de o crédito fiscal e a reforma do IRC funcionarem a favor da economia, é a sua estabilidade”, disse Paulo Portas, que intervinha no debate de urgência requerido pelo BE sobre “o guião para a ‘reforma do Estado’ e o novo pacote de austeridade apresentado pelo Governo”. Paulo Portas apelou para que “em matéria de IRC haja capacidade de entendimento entre as forças políticas que são do chamado arco da governabilidade”. Portas considerou essencial que a reforma do IRC mantenha estabilida-de independentemente “das diferenças e da crispação” e dos “resultados eleitorais”.

França registou primeiro casamento gayDois homens casaram-se ontem pela primeira vez em França numa cerimónia em Montpellier, no sudeste do país, concretizando a lei que autoriza a união entre pessoas do mesmo sexo, promulgada no passado dia 18. Bruno Boileau, de 30 anos, e Vincent Autin, de 40, disseram o “sim” perante a autarca socialista de Montepellier, Hélène Mandrou. Diante de um retrato do Presidente francês François Hollande e o busto da República, a autarca destacou o “momento histórico” vivido ontem em França e lembrou os exemplos de Espanha e Portugal, antecedentes na legalização das uniões entre homossexuais. Os noivos vestiram fato escuro e à entrada para a sala da câmara municipal onde se casaram foram aplaudidos pelos cerca de 500 convidados. Cerca de uma centena de agentes da polícia foi destacada para garantir a segurança da cerimó-nia, decisão que atende à polémica suscitada em França pela promulgação do casamento homossexual, contra o qual dezenas de milhares de pessoas se manifestaram no domingo em Paris, um protesto que acabou com confrontos e detenções.

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Número dois dos talibãs paquistaneses morto em ataque com drone Waliur Rehman, considerado o número dois dos talibãs no Paquistão, morreu ontem após ter sido atingido por mísseis disparados por um drone (avião não tripulado) norte-americano, confirmaram fontes da segurança pa-quistanesa, em declarações à agência AFP. O ataque ocorreu no Waziristão do Norte - uma zona tribal do Paquistão perto da fronteira com o Afeganistão. Wali-ur-Rehman tinha sido preparado para suceder a Hakimullah Mehsud como líder do grupo “Tehreek-e-Taliban Pakistan”. O Governo norte-americano tinha oferecido uma recompensa de cinco milhões de dólares pela captura de Rehman.

África do Sul quer cercar fronteira com Moçambique para conter caçaA África do Sul quer reerguer o trecho de uma cerca na fronteira com Moçambique para evitar que os caçadores de rinocerontes façam incursões no Parque Nacional Kruger, no seu território, revelou a ministra do Meio Ambiente sul--africana, Edna Molewa. Segundo a agência AFP, os caçadores estão a usar um corredor sem cerca de 40 km - removido para criar um parque transfronteiriço - para entrar no Parque Kruger e matar rinocerontes para extrair os seus chifres, que depois são vendidos no mercado negro asiático. A nova cerca será electrificada e equipada com um sistema de de-tecção. O Parque Kruger perdeu 242 rinocerontes só este ano, de um total de 350 mortos no país.