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Junho de 2017 Edição: 369 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva FOGO ASSASSINO Pedrógão Grande Trágico incêndio Presidente da LBP aponta origem criminosa Presidente da LBP aponta origem criminosa Registos de um grande evento DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS AS PIONEIRAS MALVEIRA MALVEIRA Gonçalo Conceição Fernando Tomé (filho) Filipa Rodrigues Fernando Tomé (pai) Rui Rosinha Sabugal Páginas 14 e 15 Tábua Páginas 20 e 21 Página 5 Página 11 Páginas 16 e 17 Páginas 6 e 7 Foto: LUSA

Foto: LUSA Pedrógão Grande FOGO ASSASSINO · O culto dos mortos No universo dos bombeiros, como é sabido, há um ver-dadeiro culto dos mortos. Culto muito positivo que associa

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J u n h o   d e   2 0 1 7   Edição:  369  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

FOGOASSASSINO

Pedrógão Grande

Trágico incêndio

Presidente da LBP aponta origem criminosaPresidente da LBP aponta origem criminosa

Registos de um grande evento

DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊSDIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS

AS PIONEIRAS

MALVEIRAMALVEIRA

Gonçalo ConceiçãoFernando Tomé (filho)

Filipa Rodrigues

Fernando Tomé (pai)

Rui Rosinha

Sabugal Páginas 14 e 15

TábuaPáginas 20 e 21

Página 5

Página 11 Páginas 16 e 17

Páginas 6 e 7

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2 JUNHO 2017

O culto dos mortosNo universo dos bombeiros,

como é sabido, há um ver-dadeiro culto dos mortos. Culto muito positivo que associa o historial de cada associação e corpo de bombeiros a pessoas em concreto, que lembramos com orgulho, cuja memória saudamos e homenageamos a bem do passado, do presente e do futuro.

Saudamos essa memória co-lectiva, a bem do passado, no sentido de salvaguardar e valo-rizar o legado que nos deixa-ram. Lembramos a instituição mas, acima de tudo, cada um daqueles que ao longo dos tem-pos estiveram associados desde a sua fundação às sucessivas épocas e períodos que se segui-ram e durante os quais nela se deram passos importantes.

Em cada associação temos uma galeria de figuras do pas-sado a quem devemos tudo o que se passou, até muitos de nós termos recebido o testemu-nho e prosseguido o caminho.

Quantas dificuldades terão encontrado e vencido os que nos antecederam. Que circuns-tâncias pessoais e institucionais terão rodeado esses momen-tos. Com que angústias, com que obstáculos, com que adver-

sidades terão lutado, não por defenderem interesses pes-soais, mas em prol do bem co-mum, da satisfação das neces-sidades e do bem-estar da sua comunidade.

Quantas frustrações terão sentido por não conseguirem chegar onde pretenderam, des-conhecendo que os vindouros fi-nalmente lá chegaram. Quantos sonhos elegeram como desafios, tantas vezes só alcançados após o seu desaparecimento.

Quando cada um de nós con-segue atingir um objectivo na sua associação terá por certo que pensar e considerar que a sorte lhe reservou esse mo-mento, para o qual muitos ou-tros trabalharam, às vezes ao longo de muitas décadas.

Dou-vos o exemplo da asso-ciação de que faço parte relati-vamente à concretização do pri-meiro quartel construído de raiz, que foi possível erguer há 22 anos com a equipa de que faço parte, mas cuja concreti-zação foi luta permanente dos vários presidentes que nos an-tecederam e mérito que tem que ser atribuído e partilhado com todos eles.

Quantas vezes, quando se trata de tomar uma decisão di-

fícil, que possa vir a ter conse-quências especiais, eu próprio faço apelo à memória daqueles que repousam no talhão da nossa Associação para que nos possam ajudar a decidir. Muitos deles com quem convivi e aprendi e outros, com quem já não tenha lidado, mas que dei-xam na memória colectiva que nos é transmitida registos do

muito trabalho e dedicação à instituição, à causa dos bom-beiros e que muito nos confor-tam.

Quando há que decidir em momentos difíceis e nos recor-damos do legado que os mortos nos deixam, porventura, a op-ção a tomar estará confortada e apoiada nele.

A minha sensação é que não

estamos sozinhos, a cada mo-mento contamos com a presen-ça de todos eles. Vejo-os vivos, activos e participantes como se o tempo voltasse atrás ou pura e simplesmente tivesse parado de modo a todos podermos pri-var uns com os outros.

O culto dos mortos nos bom-beiros é o culto dos vivos, mes-mo que desaparecidos, mas

cuja memória permanece de facto viva, actuante, no sentido de influenciar e ajudar a acau-telar a longevidade das nossas associações. Segredo tão sim-ples mas nem sempre fácil de explicar ou entender por quem não vive a realidade dos bom-beiros e do voluntariado.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

E voltaram a abrir-se as portas do inferno por onde, invariavelmen-

te, os bombeiros passam para cum-prir a sua missão, por mais difícil e sofrida que seja. Vão, mesmo não sabendo se voltam, sempre nortea-dos por um desígnio maior de servir o próximo, ainda que esse peculiar despojamento nem sempre seja de-vidamente valorizado ou até reco-nhecido.

Enquanto se apuram as causas e se esperam consequências do mais mortífero incêndio de que há memó-ria na Pátria Lusa e embora pareça evidente que, em Pedrógão Grande, algo falhou, os bombeiros de Portu-gal não desmotivaram, não baixaram os braços e deram o melhor de si não cedendo ao cansaço nem mesmo à tristeza pela perda de uma camarada de luta.

Por estes dias a comunicação so-cial, nomeadamente as televisões le-varam a tragédia e os dramas pes-soais de tantas e tantas pessoas a casa de cada um de nós. Fomos con-frontados com imagens horríveis, mas também com o aproveitamento da miséria alheia, com as queixas de populações abandonadas à sua sor-te, com as lágrimas e o desespero de

quem perdeu tudo e o sofrimento atroz dos familiares e amigos dos 64 inocentes vítimas da fúria de um fogo carrasco, entre eles Gonçalo Conceição, o bravo bombeiro dos Vo-luntários da Castanheira de Pera.

Todos acompanhámos a tragédia ao segundo, assim como as declara-ções de governantes, de várias ou-tras entidades com responsabilidade no setor e de especialistas, muitos, nas mais diversas áreas. Durante cinco longos dias, aguaceiros de cer-tezas, foram dando lugar a uma tem-pestade de perguntas, ampliada por uma trovoada seca em respostas.

Mais de dois mil soldados da paz bateram-se, corajosamente, contra um inimigo feroz e traiçoeiro, distan-ciando-se, estrategicamente, de “ou-tras guerras” e das chamas da polé-mica.

Do muito que se disse e do outro tanto que continua por debater evi-dencia-se o silêncio dos bombeiros focados apenas no essencial, no es-trito e exemplar cumprimento da sua missão, uma postura que lhes vale o respeito de uma nação.

Em nota de rodapé, faz sentido re-cordar a surpresa com que os jorna-listas receberam um convite para

jantar no quartel de Castanheira de Pera, horas depois do funeral do bombeiro Gonçalo Conceição. Ainda tolhida pela dor, que perdurará, esta grande família reuniu-se mas não es-queceu os profissionais de outras áreas que durante dias também esti-

veram naquele território mártir do Pinhal Interior. A jornalista mostra-va-se sensibilizada com o gesto, que, afinal, mais não é que a imagem de marca destes homens e mulheres com e sem farda que vivem para dar, sem nada esperar em troca.

Obrigada Bombeiros de Portugal, que não vos falte a tenacidade, resi-liência e generosidade para continuar a servir esta nação que tem em cada um de vós um bom exemplo para se emendar.

Sofia Ribeiro

[email protected]

Obrigada Bombeiros de PortugalFo

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3JUNHO 2017

Os bombeiros portugueses têm uma faceta em comum, entre outras. Nunca ficam à espera

que a sorte ou os apoios lhes ve-nham do Céu. É sabido que, ao longo do tempo, ao longo da sua história, a par da busca de mais formação e preparação, os bombeiros têm pug-nado também em erguer as infraes-truturas e obter os meios para socor-rem melhor e mais rápido. Fazê-lo faz parte da sua dinâmica própria, do seu permanente desassossego em busca de tudo que lhes permita fazer melhor.

Ao longo da história dos bombeiros portugueses encontramos perma-nentemente exemplos disso. Exem-plos colhidos em diferentes épocas e em circunstâncias diversas. Mas exemplos com aspetos em comum, que testemunham bem a fibra dos nossos bombeiros em nunca baixar os braços, em nunca se deixarem vencer pelas adversidades, em nun-ca deixarem sem resposta quem de-les se acerca em busca de conforto, apoio ou socorro.

O mesmo conforto, apoio e socorro que, contudo, nem sempre lhes é ga-rantido no momento exato em que deles precisam, nomeadamente, da parte dos poderes instituídos.

As comunidades são sensíveis às necessidades dos bombeiros e são elas, tantas vezes, com destaque para beneméritos locais, particulares ou empresas, que acabam por cor-responder a necessidades prementes e até básicas que caberia a outrem garantir.

Todos estamos familiarizados com diferentes formas encontradas pelos bombeiros para obter mais apoios, mais associados e dar a conhecer as suas valências e respostas.

Todos conhecemos os cortejos de oferendas organizados em vários concelhos em articulação com as jun-tas de freguesias e com os respetivos Municípios para colmatar recursos que falham ou que nem se esperam de outra via.

Todos conhecemos o esforço de-senvolvido por milhares de bombei-

ros calcorreando as freguesias e os lugares da sua zona para obter fun-dos que lhes permitam substituir am-bulâncias de socorro, de transporte ou outras viaturas que de outro modo não lograriam alcançar.

Esse esforço deve ser homenagea-do e, sinceramente, motivo de muita reflexão pela sociedade, pelos pode-res instituídos, sejam centrais ou lo-cais. É natural concluir que se foi ne-cessário despender esse esforço é por que alguma coisa falhou episódi-ca ou permanentemente.

Não resolvem esta perspetiva do problema que acabo de traçar, mas constituem para nós, sem dúvida, um lenitivo as diversas campanhas a que a Liga dos Bombeiros Portugueses tem dado o aval e o reconhecimento através de protocolos.

Falo das campanhas realizadas nos últimos anos, e neste momento pre-ciso em curso, por diversas entidades

para apoio aos bombeiros e, em con-creto, para fortalecer o nosso Fundo de Proteção Social do Bombeiro.

Satisfaz-nos saudar essas campa-nhas, não só pelos recursos que atra-vés delas se possam juntar ao Fundo mas também pelo que traduzem e provam em respeito, admiração e so-lidariedade para com os bombeiros portugueses. Sejam promovidas por organizações da sociedade civil, se-jam por empresas no âmbito dos seus programas de responsabilidade social, são sempre bem vindas, note--se, nas duas perspetivas, ou seja, apoios que não enjeitamos, mas tam-bém demonstração de reconhecimen-to que nos anima e acalenta.

As campanhas de que os bombei-ros têm sido alvo têm motivado di-versas iniciativas, com bons exem-plos, aliás, que destacamos e que se têm mantido e repetido ao longo dos anos.

Empresas de distribuição, órgãos de comunicação social, televisões, entidades bancárias têm-se prodiga-lizado na dinamização dessas campa-nhas, certas da adesão da comunida-de mas, também, certas da impor-tância da sua própria afirmação e do reconhecimento da responsabilidade social que assim granjeiam.

Durante muito tempo, o período de combate aos incêndios florestais era o escolhido preferencialmente para essas campanhas. Hoje, apesar de ocorreram em especial nesse pe-ríodo, os seus promotores, como in-sistentemente chamámos a atenção, já fazem questão de sublinhar que a atividade dos bombeiros é perma-nente e preenchida durante todo o ano por emergências diversas e, por isso, são dignos de apoio durante todo o ano.

Todas as campanhas de que os bombeiros têm sido alvo através da

Liga dos Bombeiros Portugueses têm sido sujeitas a protocolos, ampla-mente divulgados, com precisão so-bre os fins a que se destinam. Por outro lado, quando findas, temos tido o cuidado de, através de circula-res, portais, blogues, da comunica-ção social, e deste mesmo jornal, di-vulgar com exatidão e visibilidade os seus resultados. Para não falar em todos os documentos internos, no-meadamente, Contas de Gerência e outras que temos divulgado no seio da nossa confederação e que regis-tam todos os resultados e fins.

E quaisquer dúvidas que haja nes-sa matéria, se apresentadas, serão prontamente acolhidas e respondi-das.

Essa tem sido sempre a nossa pos-tura e vai continuar a ser. O respeito pelos doadores, pelos bombeiros e por nós próprios impõe que assim seja sempre. Bem-haja a todos!

Campanhas reconhecem o papel dos bombeiros

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4 JUNHO 2017

O comandante do QH José Gomes da Costa passa a integrar o conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) na sequência do pedido de renúncia ao mandato de vice-

-presidente do comandante do QH José Joaquim da Silva Miranda.A informação foi prestada ao presidente da mesa dos congressos da LBP, comandante António

Carvalho, e dada a conhecer ao conselho executivo pelo seu presidente, comandante Jaime Marta Soares, na reunião daquele órgão de 8 de junho último.

Após essa reunião, o presidente da LBP deu a conhecer a mudança a todos os restantes mem-bros dos órgãos sociais da LBP, presidentes de federações, associações e comandantes de cor-pos de bombeiros.

LBP

Mudançano Conselho Executivo

A empresa Água do Luso, através da sua marca “Luso

com Gás”, lançou uma campa-nha nacional de angariação de fundos com o intuito de apoiar a Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP), no âmbito do Fundo de Proteção Social do Bombei-ros, que irá decorrer até 11 de agosto.

Na compra de “Luso com Gás” e de “Luso com Gás Li-mão” irão ser doados dois cên-timos por cada garrafa vendida no canal Horeca (consumo em hotéis, restauran-tes, cafés e similares).

Ao mesmo tempo, o protocolo assinado na sede da LBP, garante que o montante a doar no âmbito desta campanha terá um valor mínimo de 20 mil euros.

Para o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, “ a Liga está alta-mente empenhada nesta missão porque representa o sentimento de uma empre-sa que através da venda dos seus produ-tos afirma os valores da solidariedade para com aqueles que muitas vezes arris-cam a própria vida em defesa da vida do outro homem seu irmão”

“Luso com Gás” tem atuado no âmbito da preservação da natureza, e este ano decidiu avançar com uma parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, que protege as matas nacionais.

Em anos anteriores, “Luso com Gás” apoiou a Fundação Mata do Buçaco na valorização daquele ecossistema. Com isso contribuiu para a preservação dos re-cursos minerais naturais para as futuras gerações e do património hídrico e natu-ral do Luso, bem como para o desenvolvi-mento sustentável da Região.

“Esta causa é um reconhecimento do trabalho essencial dos Bombeiros Portu-gueses que estão ao serviço da comuni-dade todos os dias do ano. Pretendemos melho-rar e ‘dar gás à vida’ dos Bombeiros, no seu tra-balho de prevenção e socorro anual. É de extre-ma importância mobilizarmo-nos por uma causa como esta, que contribui para melhorar as condi-

ções de milhares de homens e mulheres que inte-gram as corporações dos Bombeiros por todo o país”, afirmou Nuno Pinto de Magalhães, diretor de comunicação e de relações institucionais da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas.

FUNDO DE PROTEÇÃO SOCIAL DO BOMBEIRO

“Luso com Gás” angaria apoios

A venda simbólica de um simples íman, designa-

do por “Albi”, foi a forma encontrada pela empresa de comercialização de combustíveis Alves Ban-deira para propor à Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP) uma campanha de apoio aos bombeiros denominada “Heróis sem Capa”.

Neste momento já ocor-reu a venda de 50 mil íman sendo objetivo da empresa chegar aos 200 mil.

A iniciativa, cujo proto-colo com a LBP foi entretanto assinado, “pretende alertar para a importância de apoiar os bombei-ros portugueses durante todo o ano e não apenas em épocas de incêndios florestais”.

Para o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, “ os bombeiros estão sempre pron-tos a defender as nossas vidas, mesmo que isso signifique perderem as deles” razão pela qual “também esperamos com esta campanha dar--lhes o devido valor e ajudá-los durante todo o

ano, tal como eles nos aju-dam a todos nós”.

Rui Bandeira, presidente do conselho de administra-ção da empresa Alves Ban-deira, sublinha que “os bombeiros estão disponí-veis para nós 365 dias por ano, são pessoas que arris-cam a vida para nos ajudar, não só nos incêndios como noutras emergências”, mo-tivo para que com esta campanha se reconheça “o trabalho destes heróis que estão ao nosso serviço to-dos os dias do ano”.

A comercialização do iman está a ser feita nos postos de abastecimen-to geridos pela empresa ou nas associações de bombeiros das zonas onde se encontrem esses postos e com quem a empresa tenha parceria.

Nesta caso, as receitas obtidas com a venda íman revertem directamente para as associações envolvidas na comercialização ou repartidas pro-porcionalmente em partes iguais entre as asso-ciações existentes em cada concelho onde este-jam inseridos os postos da Alves Bandeira.

“HERÓIS SEM CAPA”

Íman solidárioA empresa Global Notícias,

através do “Jornal de Notícias”(“JN”), em parceria com a Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP), tem em curso uma campanha de apoio aos bombeiros com diferentes ver-tentes.

A campanha inclui uma edi-ção especial, publicada em 18 de Maio último, um passatempo lançado juntos das associações e corpos de bombeiros para rea-lização de vídeos a promover aquelas entidades, a distribui-ção de água pelos bombeiros nos locais onde ocorram incên-dios florestais e a eleição da corporação do ano pelo “JN”.

A edição especial de 18 de Maio do “JN” previu uma tabela de publicidade solidária em que os anunciantes puderam partici-par, garantindo que metade da receita líquida da publicidade então angariada para o primeiro caderno do jornal possa ser en-tregue à LBP a 29 de Setembro próximo.

O segundo momento da cam-panha tratou-se de um concurso (entre 18 de Maio e 8 de Junho) lançado a todas as associações e corpos de bombeiros portu-gueses para que elaborassem um vídeo promocional da sua

instituição. Serão premiados os três melhores trabalhos com um cheque de 2 mil euros em gasó-leo para cada.

A campanha inclui ainda, en-tre 15 de Julho e 31 de Agosto próximos, a distribuição de água pelos bombeiros em diver-sos locais do país onde estejam a ocorrer incêndios florestais, com recurso a quatro viaturas

todo-o-terreno com os logótipos da campanha e da LBP.

A proclamação da “Corpora-ção do Ano” bem como a entre-ga dos prémios às associações e corpos de bombeiros vencedo-res do concurso bem como do cheque relativo à receita de pu-blicidade da edição de 18 de Maio irão decorrer em 29 de Se-tembro em local a designar.

SOLIDARIEDADE

JN vai “Ajudar quem Ajuda”

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5JUNHO 2017

As circunstâncias, que es-tiveram na origem, e que marcaram a evolu-

ção da tragédia que se abateu sobre Portugal, com maior in-cidência nos concelhos de Pe-drógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pampilhosa da Serra, Góis, Ansião e Cernache do Bonjar-dim e outros, irão ser alvo de inquérito conforme promessas reiteradas pelo Governo e re-comendação do próprio Presi-dente da República.

A fita do tempo das opera-ções, que já alguém caracteri-zou como uma verdadeira “fita”, por certo, permitirá tirar muitas conclusões e apontar linhas de investigação a es-miuçar e identificar com rigor e detalhe o sucedido.

Certo é que este teatro de operações (TO) complexo en-volveu milhares de bombeiros, chegaram a ser 2400, incluin-do a Força Especial de Bom-beiros (FEB), centenas de via-turas dos bombeiros, 400 identificadas no TO em simul-tâneo, 24 meios aéreos, in-cluindo, também, vindos de Itália, França e Espanha. Esti-veram ainda presentes, o INEM, a Cruz Vermelha Portu-guesa (CVP), GIPS/GNR, os Fuzileiros e militares do Exér-cito.

O apoio espanhol, além dos meios aéreos, traduziu-se também na presença de ele-mentos da Unidade Militar de Emergência e de bombeiros da

TRÁGICO INCÊNDIO

Presidente da LBPaponta origem de mão criminosa

Estremadura, Andaluzia, Gali-za e da Comunidade de Ma-drid.

Desta tragédia fica um ba-lanço, da morte de 64 pes-soas, uma delas bombeiro, mais de duas centenas de feri-dos, 4 deles bombeiros, o re-gisto de 2 mil desalojados, a perda de 50 mil hectares de floresta, mais de 90 por cento da floresta dos concelhos afe-tados destruída e duas cente-nas de habitações afetadas, muitas delas destruídas.

A par da tragédia, assistiu--se a um significativo movi-mento de solidariedade pro-movido por muitas entidades, empresas e particulares. Não haverá memória em Portugal de um movimento tão rápido e significativo como este. Foi tal a adesão que a própria Liga dos Bombeiros Portugueses, que desafiara os portugueses para o desencadear dessa soli-dariedade, perante a enorme adesão registada e o volume de bens doados, viu-se na ne-cessidade de, mais tarde, soli-citar a sua suspensão. “Este é o momento em que a solida-riedade se aplica na mais alta expressão, temos um povo so-lidário como não há no mun-do”, sublinhou então o presi-dente da LBP.

Para já, estão por esclarecer devidamente as circunstâncias da tragédia que têm sido apontadas como principais. Desde logo, a origem, facto que levou o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Mar-ta Soares, a ser o primeiro que publicamente apontou a even-tual existência de mão crimi-nosa. Isto, quando a tese do-minante, apontada pela pró-pria Polícia Judiciária (PJ), se-ria de causas naturais assentes na trovoada seca que tinha

ocorrido. Informações poste-riores, contudo, apontaram para o facto do fogo ter come-çado cerca de 2 horas antes do registo da dita trovoada e apontavam um conjunto sus-peito de ignições ocorridas nas proximidades nas últimas se-manas.

A opinião do presidente da LBP, que inicialmente terá le-vantado dúvidas a alguns, acabou por ser rapidamente secundada por muitos, aguar-dando-se agora o desenrolar das investigações que a PJ es-tará a fazer.

Não haverá dúvida sobre os fatores climáticos adversos existentes então, nomeada-mente, um índice de humidade perigosamente baixo, a tem-peratura excessiva e ventos fortes.

Com o desenrolar da opera-ção de combate e a chamada de grupos de reforço de todo o

país para apoiar os exaustos bombeiros locais veio a verifi-car-se a existência de anoma-lias que a investigação que es-tará no terreno terá que forço-samente analisar e tirar con-clusões.

As falhas registadas nas co-municações asseguradas pelo SIRESP parecem não suscitar dúvidas sobre o impacto na eficácia do combate e da movi-

mentação de meios. Apontam--se 14 horas durante as quais não terá funcionado conve-nientemente ou, pura e sim-plesmente, não funcionou. Fa-lhas que, no fundo, voltam a por em cursa a fiabilidade do SIRESP, a quem são aponta-das, pelo menos, 4 situações de falha grave nos últimos 5 anos em teatro de operações.

Este incêndio é apontado

como o maior registado em Portugal, não só tendo em conta a sua extensão mas também, em particular, tendo em conta o desfecho trágico de tantas mortes. Aliás, esse resultado, implicará forçosa-mente uma abordagem espe-cífica da investigação, tendo em conta as razões dessas mortes na grande maioria ve-rificadas na, entretanto cha-mada “estrada da morte”, EN236-1. É apontado que o atempado encerramento da-quela via teria evitado tão grande número de mortes.

Importa referir que, en-quanto o pavoroso incêndio ocorria em Pedrógão Grande e concelhos vizinhos, ao mesmo tempo, em 15 distrito conti-nentais, os bombeiros comba-teram pelo menos uma cente-na de ocorrências do mesmo tipo.

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6 JUNHO 2017

Na sequência das diligências feitas regularmente com a

direção e o comando dos Bom-beiros Voluntários de Castanhei-ra de Pera, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, deslocou-se recente-mente ao Hospital de Santa Ma-ria, em Lisboa, acompanhado pelo diretor nacional de bombei-ros da Autoridade Nacional da Proteção Civil, Pedro Lopes, para se inteirar do estado de saúde dos dois bombeiros ali interna-dos. Nesse sentido, reuniu-se

com a administração daquele estabelecimento e com respon-sáveis da sua unidade de quei-mados.

Como referimos noutra local, permanecem ali internados dois bombeiros de Castanheira de Pera, Fernando Tomé, pai e filho.

O presidente da LBP tem-se inteirado do evoluir do estado de saúde dos restantes bombeiros de Castanheira de Pera feridos, a Filipa, internada nos Hospitais da Universidade de Coimbra, e do Rui, internado no Hospital da Prelada, no Porto.

LISBOA

Presidente da LBP em Santa Maria

Os quatro bombeiros dos Vo-luntários de Castanheira de

Pera que permanecem interna-dos em estabelecimentos hospi-talares do Porto, Lisboa e Coim-bra.

Rui Rosinha, de 37 anos, está internado no Hospital da Prelada, no Porto, e é o que neste mo-mento inspira mais cuidados.

A situação verificada com o atendimento médico a este bom-beiro, com 10 horas de vicissitu-des várias até chegar ao hospital de destino, atrás referido, já sus-citou interrogações de deputados à Assembleia da República e de outros responsáveis.

Fernando Tomé, pai e filho, permanecem internados no Hos-

pital de Santa Maria, em Lisboa, e continuam a ser alvo de uma terapêutica apropriada ao seu estado de saúde.

Filipa Alexandra, de 24 anos, que impressionou o Presidente da República pela sua determi-nação em voltar à luta, está in-ternada nos Hospitais da Univer-sidade de Coimbra e, apesar das

sequelas, poderá ser a primeira a ter alta nas próximas sema-nas.

Mais bombeiros, estima-se que uma dezena, terá sido assis-tida no decorrer do combate, de-vido a exaustão e alguns trau-matismos sofridos que, porém, não obrigaram a internamento hospitalar.

O facto dos centros de saúde se encontrarem então encerra-dos, e só mais tarde alguns te-rem abertos as portas, inclusive, após alerta do presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, comandante Jaime Marta Soares junto do próprio ministro da Saúde, terão dificultado o atendimento normal e a triagem

que se exigia perante a gravida-de e tão grande número de aci-dentados. Mesmo assim, esses centros terão funcionado com insuficiência de meios humanos, terá dificultado o atendimento e triagem normal dos acidentados como, aliás, já referimos em re-lação ao ocorrido com o bombei-ro Rui Rosinha.

Filipa Rodrigues Fernando Tomé (filho)Fernando Tomé (pai) Rui Rosinha

CASTANHEIRA DE PERA

Bombeiros feridos lutam contra a adversidade

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7JUNHO 2017

Gonçalo Conceição pagou com a morte o gesto he-róico, tentado com os

restantes quatro colegas, de procurar socorrer uma família, três pessoas, que seguiam num veículo ligeiro que embateu na viatura de combate a incêndios em que se deslocavam na EN 236-1.

Os bombeiros deslocavam-se de Figueiró dos Vinhos para Castanheira de Pera após o combate às chamas.

O condutor do ligeiro estava desorientado pelo fumo que se fazia sentir e procurava rapida-mente fugir das chamas quando abalroou a viatura dos bombei-ros imobilizando-a e despistan-do-se de seguida.

Os bombeiros, apesar das circunstâncias não aconselha-rem mais demoras, nomeada-mente, devido à proximidade das chamas, contudo, saíram da viatura e procuraram ir logo em socorro dos ocupantes do li-

CASTANHEIRA DE PERA

Bombeiro herói vencido

geiro. Porém, apesar da tenaci-dade demonstrada pelo grupo de bombeiros, as chamas ro-dearam-no rapidamente e pro-vocaram-lhes queimaduras gra-ves, que acabaram por vitimar um deles e provocar sequelas graves que os restantes quatro tentam sarar.

Gonçalo Conceição foi então internado na unidade de quei-mados dos Hospitais da Univer-sidade de Coimbra, onde foi atendido prontamente. Porém, a gravidade do seu estado aca-bou por determinar o desfecho dramático da situação com a sua morte.

O seu funeral ocorrido entre-tanto em Castanheira de Pera constituiu uma manifestação de respeito pela sua memória e homenagem ao esforço desen-volvido com os seus compa-nheiros para tentar socorrer os ocupantes da viatura despista-da.

No funeral de Gonçalo Con-ceição estiveram presentes, o Presidente da República, Mar-celo Rebelo de Sousa, o Presi-dente da Assembleia da Repú-blica, Ferro Rodrigues, o pri-meiro ministro, António Costa, a ministra da Administração In-terna, Constança Urbano de Sousa, o secretário de Estado da Administração Interna, Jor-

ge Gomes, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, os principais líderes

partidários, os autarcas locais, o presidente da Autoridade Na-cional de Proteção Civil (ANPC), Joaquim Leitão, o diretor nacio-

nal de bombeiros da ANPC, Pe-dro Lopes, e muitos dirigentes e comandos de associações e cor-pos de bombeiros congéneres.

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8 JUNHO 2017

Os incêndios florestais que decorreram nos teatros de operações da zona centro do

país, originaram além das difíceis condições de combate aos incêndios florestais, a exposição a níveis de stresse muito exigentes, nomeada-mente envolvendo as vítimas mortais e seus fa-miliares. Em acréscimo, existiu o desgaste as-sociado ao próprio combate que conduziu a ní-veis elevados de esforço físico e psicológico.

Após este período, importa reparar o equipa-mento danificado, proceder à manutenção dos veículos e fundamentalmente promover a REA-BILITAÇÃO DAS MULHERES E HOMENS que es-tiveram empenhados nestes cenários de grande impacto emocional.

Algumas das situações a que os bombeiros estiveram expostos constituem incidentes po-tencialmente traumáticos, que podem conduzir a que as equipas de bombeiros experimentem fortes reações emocionais que podem interferir com a capacidade de funcionar, tanto no teatro de operações, como mais tarde no retorno à ati-vidade normal.

Com a compreensão e suporte familiar estas reações podem ser ultrapassadas mais facil-

mente, no entanto, pode ser necessário a inter-venção de um especialista, o que não significa que o bombeiro esteja doente, simplesmente, foi demasiado difícil para ser ultrapassado sozi-nho.

Existem algumas estratégias que podem ser seguidas para mais facilmente se conseguir ul-trapassar aquele evento:

• Retomar a rotina o mais cedo possível;• Falar com os colegas e com a família sobre

o que aconteceu;• Ter cuidado com a sua saúde, promover o

repouso, refeições equilibradas e evitar bebidas alcoólicas;

• Ocupar o tempo livre com atividades que proporcionem prazer;

• Não tomar decisões importantes, pois é uma fase em que temos mais dificuldade em analisar a nossa vida.

Se os sentimentos decorrentes da situação continuarem muito intensos, se persistirem pe-sadelos ou sintomas físicos ao fim de quatro a seis semanas, deve procurar ajuda profissional.

As Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS) sob a responsabilidade da Direção Nacional de Bom-

beiros, são equipas constituídas por bombeiros, que são simultaneamente psicólogos e assis-tentes sociais, integram a resposta operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e estão ao dispor dos bombeiros para os apoiar.

Os Comandos dos Corpos de Bombeiros têm à sua disposição as seguintes ferramentas que as EAPS da ANPC disponibilizam para os auxiliar na gestão dos seus recursos humanos, nomea-damente:

• CONSULTADORIA DE GESTÃO DE RECUR-SOS HUMANOS (CGRH) AOS COMANDOS - ação preventiva de promoção da capacidade de ges-tão de recursos humanos e de autogestão de incidentes críticos por parte das chefias e co-mandos dos Corpos de Bombeiros;

• INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM CRISE INDIVIDUAL (IPCI): Intervenção individual a bombeiros que tenham sido expostos a inciden-tes potencialmente traumáticos, para aumentar a sua capacidade de gestão do stresse e mini-mizar o impacto emocional na sua saúde;

• INTERVENÇÃO SOCIAL EM CRISE INDIVI-DUAL (ISCI): Intervenção individual a bombei-ros e de consultoria às Direções dos Corpos de Bombeiros, que tenham tido acidentes em ser-viço operacional, com vista a prestar esclareci-mentos e informações ao nível dos seguros de acidentes pessoais e do Fundo de Proteção So-cial do Bombeiro.

Para mais informações ou esclarecimentos, contacte a Coordenação Nacional das EAPS da (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Apoio psicológico e social aos bombeiros portugueses

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

“Tenho orgulho em todos os nossos bombeiros” afir-

mou o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joa-quim Couto, no Dia Municipal do Bombeiro instituído pelo au-tarca e que hoje continua a ser um marco de homenagem aos homens e mulheres das três corporações de bombeiros do concelho. O Dia Municipal do Bombeiro permitiu reunir em festa todas elas e lembrar que a autarquia apoia com cerca de 200 mil euros por ano os Bom-beiros Voluntários de Santo Tir-so, os Bombeiros Voluntários Tirsenses e os Bombeiros Vo-luntários de Vila das Aves.

A cerimónia contou com a presença de inúmeros convida-dos, nomeadamente, do co-mandante José Morais, em re-presentação do conselho exe-cutivo da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Este é o momento solene, realçou Joaquim Couto, em que a Câmara “reconhece o valor, a competência e o trabalho dos seus bombeiros, que de uma forma voluntária e empenhada cumprem as suas missões

como agentes de proteção ci-vil”.

Um reconhecimento que se tem traduzido ao longo dos di-ferentes anos. Ainda recente-mente, lembrou o presidente da autarquia, “graças a um traba-lho conjunto entre a Câmara, os Bombeiros Voluntários Tirsen-ses e o Governo, foi possível criar no concelho mais uma Equipa de Intervenção Perma-nente”.

Por outro lado, continuou, “temos também reconhecido a importância do trabalho presta-do pelos bombeiros, premian-do-os com incentivos como a atribuição de regalias sociais (bolsas de estudo, isenções, e acesso gratuito a atividades)” acrescentou.

Joaquim Couto lembrou ain-da que “temos tido a preocupa-ção de ir de encontro às neces-sidades das corporações, sendo certo que a Câmara não se deve substituir ao Estado que é a quem compete, por lei, finan-ciar a atividade dos bombeiros e da proteção civil”, defendendo que, de uma vez por todas, exista “uma clarificação da lei

do financiamento dos bombei-ros”.

A sessão solene terminou com a atribuição de várias me-dalhas de mérito e dedicação da LBP, relativa a 15 anos, aos bombeiros de 3ª Ana Paula Rios Vieira e José Manuel Moreira, e ao dirigente José Maria Dias, e de 25 anos, aos bombeiros do quadro de honra, José Maria Cunha e João Paulo Moura (1ª), Sérgio Bessa Vilaça (2ª) e ao antigo dirigente José Maria Cunha.

Foi ainda atribuída uma me-dalha de serviços distintos da LBP a Almerindo Varela Carnei-ro.

SANTO TIRSO

Dia municipal homenageia bombeiros

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9JUNHO 2017

Os bombeiros de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal estão

a boicotar o que denunciam ser uma estratégia economicista do Instituto Português de Oncolo-gia (IPO) que põe causa “quali-dade do transporte, a comodi-dade dos doentes e o respeito pelos bombeiros”. Desde o iní-cio do mês que os corpos de bombeiros dos quatro distritos apenas efetuam o transporte de doentes das suas áreas de in-tervenção

Esta posição surge após a ad-ministração do IPO de Lisboa ter passado a efetuar a marca-ção do transporte dos seus doentes com o intuito de asse-gurar uma poupança de 700 mil euros por ano, o que implica, segundo Francisco Ramos, pre-sidente do conselho de admi-nistração do IPO “alguma racio-nalização e algum agrupamento no transporte”. A medida não mereceu o acolhimento dos bombeiros do sul do país que consideram que a “central de

transportes” do IPO está a agrupar doentes de vários con-celhos e distritos sem ter em conta horários e distâncias”.

Em comunicado as federa-ções dão conta da tentativa de “agrupar os doentes da tarde com os da manhã, o que impli-cava que os doentes da 14 ho-ras teriam de ir às cinco da ma-nhã. Como é óbvio os doentes recusaram tendo ficado sem tratamento”. No mesmo docu-mento, a jornal Bombeiros de Portugal teve acesso, é ainda

revelada uma solicitação aos bombeiros de Cuba “para que transportassem um doente de Moura”, mas, também “a Ferrei-ra do Alentejo para que levas-sem doentes de Borba, a Beja para transportassem doentes de Aljustrel e Mértola e a Mon-temor-o-Novo para que trans-portassem um doente de Ponte de Sor”.

“Nada disto faz sentido” su-blinham os bombeiros, susten-tando que “médio prazo o se poupa dinheiro com esta ges-

tão, pode levar a gastos supe-riores”, pois em causa está a qualidade do serviço prestado aos doentes.

“Estamos e queremos estar do lado da solução e por isso, a bem das populações que servi-mos e pelo respeito que nos é devido, aguardamos que o IPO Lisboa se digne a analisar esta questão”, exigem as associa-

ções e corpos de bombeiros que, entretanto, já foram rece-bidos pelos responsáveis do IPO, que se comprometeram apenas, a analisar a situação.

A exposição mediática do caso, segundo apurou o Jornal Bombeiros de Portugal não terá agradado a Francisco Ramos, que, ainda assim, agendou, para 20 de junho, um novo en-

contro com os representais das federações e da Liga dos Bom-beiros Portugueses, mas que a tragédia de Pedrógão Grande acabou por inviabilizar.

Enquanto aguardam a mar-cação e uma nova data, os bombeiros do Alentejo e Setú-bal mantêm a recusa em acei-tar as novas regras impostas pelo IPO.

TRANSPORTE DE DOENTES

Bombeiros impõem regras ao IPO

MADEIRA

Meios aéreos com luz verde

Na reunião pública realizada a 17 de maio, no âmbito da

Semana da Proteção Civil Mu-nicipal dedicada à freguesia de Palmela, a Câmara Municipal de Palmela deliberou reforçar o apoio às três associações de bombeiros do concelho, Pal-mela, Pinhal Novo e Águas de Moura. Esse apoio diz respeito aos Protocolos de Apoio ao Funcionamento dos Grupos de Bombeiros Permanentes (GBP) em vigor, prevendo que a comparticipação municipal para o funcionamento de cada um destes grupos passará dos

112.868 euros para 128.992 euros – um reforço de 16.124 euros, que possibilitará a in-clusão de mais um elemento em cada GBP, num total de oito (mínimo) por cada asso-ciação. Os GBP são fundamen-tais para o aumento da capaci-dade de intervenção das cor-porações, contribuindo para a melhoria das condições de se-gurança das populações.

Na mesma reunião, A Câma-ra Municipal de Palmela tam-bém aprovou a atribuição de um apoio financeiro ao investi-mento no valor de 15 mil euros

a cada uma das associações. Este apoio responde ao com-

promisso assumido pelo Muni-cípio no sentido de, fruto da

atual sustentabilidade finan-ceira, ir além dos apoios já protocolados e contribuir para reforçar a capacidade de inves-timento, nomeadamente, no que respeita à aquisição de viaturas, uma vez que as can-didaturas apresentadas pelas associações não tiveram provi-mento por parte do POSEUR.

É de sublinhar, ainda, a atri-buição de 4.500 euros, a dis-tribuir equitativamente pelas três associações, como com-participação nos custos com formação, indispensável para a aquisição e manutenção dos

conhecimentos e competên-cias inerentes à função. Ape-sar de não se tratar de uma competência municipal, o Mu-nicípio entende que é seu de-ver apoiar a formação dos corpos de bombeiros, para a qual concorre, também, a ati-vidade desenvolvida pela Aca-demia da Proteção Civil de Palmela.

No total, este pacote de apoios às associações de bombeiros do concelho, apro-vados na última reunião públi-ca, soma, este ano, 436.476 euros.

PALMELA

Reforçado apoio municipal

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A utilização de meios aéreos no combate a incêndios em

áreas florestais e urbanas da Madeira “é possível, tendo em conta as especificidades do território”, segundo o relatório do Ministério da Administração Interna entregue ao Governo Regional.

“O relatório do Ministério da Administração Interna, recebi-do hoje, 20 de junho de 2017, indica que o uso de meios aé-

reos em áreas florestais e em áreas urbanas na Madeira é possível, tendo em conta as especificidades do território”, diz o comunicado divulgado pela secretaria regional da In-clusão e Assuntos Sociais ma-deirense que tutela a área da Proteção Civil.

O Governo Regional da Ma-deira anunciou ter recebido o relatório, que aponta para a possibilidade do uso deste tipo de meios e anuncia que vai criar “de imediato uma estru-

tura de missão” que, no prazo de 60 dias deverá apresentar “uma proposta de implemen-tação destes meios de comba-te a incêndios, onde custos, recursos e ações a desenca-

dear estarão claramente iden-tificadas”.

No mesmo documento, o Governo Regional adianta que a proposta também tem de conter “um cronograma de ações a desencadear” para que estejam “reunidas as con-dições tidas por necessárias e que constam das recomenda-ções / conclusões do referido relatório”.

Na Madeira, desde 15 de ju-nho e até 15 de outubro está

em vigor o Plano Operacional de Combate a Incêndios Flo-restais (POCIF), que inclui o patrulhamento e vigilância das serras da região, contando com a colaboração de todas as corporações de bombeiros, po-lícia florestal e GNR.

No total, são 180 pessoas, distribuídas por 12 equipas, que de forma permanente (24 horas /dia) têm como missão patrulhar, detetar e extinguir focos de incêndio.

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10 JUNHO 2017

A ocorrência de incêndios florestais de proporções e consequências alarman-

tes é um facto que faz história entre os bombeiros portugue-ses há 50 anos.

O primeiro grande sinistro do género, gerador da mudança de paradigma, ocorreu entre 6 e 12 de Setembro de 1966. Refe-rimo-nos ao grande incêndio na Serra de Sintra, onde perderam a vida, no combate às chamas, 25 militares do Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa. Até à altura não havia deflagrado, no país, um incêndio de efeitos tão devastadores, justificando a in-tervenção de mais de quatro mil homens, entre bombeiros, militares e paramilitares. A área ardida foi avaliada em 50 quiló-metros quadrados, tendo a in-vestigação da Polícia Judiciária apurado que o incêndio se ficou a dever a um simples descuido.

Posteriormente, o impacto da tragédia motivou a reflexão no seio dos bombeiros portu-gueses. Dedicaram-se ao estu-do da situação, sob o impulso do inspector de incêndios da Zona Sul, coronel Rogério de Campos Cansado, consideran-do aspectos organizativos aos níveis da prevenção e do com-bate, dois prestigiados e visio-nários comandantes: Mário Ferreira Lage, dos Bombeiros Voluntários de S. Pedro de Sin-tra, e João Maria de Magalhães Ferraz, dos Bombeiros Voluntá-rios de Algueirão-Mem Martins. Convertido em tese, o mesmo estudo veio a ser apresentado no XVIII Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, reunido em Lisboa de 16 a 20 de Outubro de 1968. Tratou-se de uma abordagem pioneira sobre a problemática dos in-cêndios florestais, privilegiando um sistema integrado multidis-

ciplinar. Ao longo dos anos, se-guiram-se muitas outras im-portantes reflexões, podendo--se concluir, histórica e factual-mente, que os bombeiros portugueses configuram, sem dúvida, a entidade que, entre nós, mais tem pugnado pela defesa da floresta, lançando sucessivos alertas, afirmando e demonstrando, por exemplo, vezes sem conta, com susten-tação, que os incêndios não se combatem, evitam-se.

A propósito da catástrofe de Pedrógão Grande, cujos prejuí-zos humanos e materiais ultra-passaram os efeitos do incêndio na Serra Sintra, recuperamos, a título de curiosidade, porque actuais nos seus principais basi-lares, algumas das mais signifi-cativas soluções avançadas pe-los comandantes Mário Ferreira Lage e João Maria de Magalhães

Ferraz, na sua tese “Defesa contra incêndios nos bosques, parques florestais, matos e ma-tas”, publicada no “Boletim da Liga dos Bombeiros Portugue-ses”:

Prevenção

Rondas de guardas florestais, para vigilância e detecção, em viaturas ou de outro modo com rádio-telefones ligados a uma central;

Telefones em diversos pontos do circuito, devidamente sinali-zados quer de noite quer de dia;

Meios de alarme, sirenes, se-máforos projectores, etc.;

Redes de recursos de água, tais como cisternas, ribeiros, poços, condutas, açudes, e ca-nalizações com bocas de incên-dio de 70 mm;

Abertura de estradas para fá-cil acesso de viaturas, caminhos para acesso de pessoal, etc.;

Cooperação de todos no ata-que ao incêndio, na prevenção sendo esta parte a principal;

Uma das bases principais numa floresta, bosques ou ma-tas é haver TORRES DE VIGI-LÂNCIA, com um guarda per-manente e ligadas por meio de rádio-telefones, tendo um mapa da região (igual ao exis-tente em todos os corpos de bombeiros);

É necessário fazer-se um re-gulamento de protecção contra o fogo, aliado a uma campanha persistente na rádio e na televi-são, com conferências, filmes, etc.;

Colocar em lugares visíveis cartazes de propaganda, com indicações;

Proibição de fumar, deitar fósforos para o chão, etc.;

Proibir terminantemente de fazer lume nas bermas das es-tradas, dentro das matas e das zonas florestais;

Verificação do uso de chami-nés de lenha dentro das flores-tas e matas;

Obrigação de manter as zo-nas florestais limpas de matos e árvores secas, etc.;

Na ocasião de perigo latente, pôr de alerta os bombeiros e brigadas de socorro;

Montar com urgência liga-ções telefónicas com cabo sub-terrâneo, rádio-telefones, etc.;

Colocar em activa vigilância não só a guarda florestal mas as forças do Exército, da Guar-da Nacional Republicana e avia-ção, por meios de carros-patru-lha, «jeeps», etc..

Meios de combate

Pessoal:Deve existir uma colaboração

entre os bombeiros e os Servi-ços Florestais, assim como com as Forças Policiais, de forma a

actuar-se contra aqueles que provoquem os incêndios;

Devem também treinar-se todos os utentes dos locais na luta contra o fogo;

Deve existir uma coordena-ção de esforços entre os Corpos de Bombeiros e os Serviços Flo-restais, podendo estes fornecer material e directrizes na luta contra o fogo.

Como se verifica normalmen-te que os fogos são, na sua maioria, provocados por negli-gência, imprevidência e malva-dez, devia haver uma fiscaliza-ção rigorosa e as necessárias sanções.

Assim, os Serviços Florestais deviam contar com:

Serviços de postos de vigi-lância;

Serviços diversos de obser-vação climática;

Serviço permanente de escu-ta;

Agentes de ligação;Serviços permanentes nas

Administrações Florestais, com especialidade na luta contra o fogo;

Telefones em todas as casas dos guardas florestais, postos diversos devidamente assinala-dos, nas residências, devendo ser por meio de cabo subterrâ-neo;

Centros de socorro;Equipas de intervenção rápi-

da, brigadas de choque com equipas devidamente treinadas e bem equipadas;

Quartéis de bombeiros;Encarregados de recruta-

mento de pessoal auxiliar;Apoio aéreo;Ajuda rápida das forças do

Exército, quando pedidas pelos comandos dos bombeiros.

Armazéns de ferramentas:Devem existir:Enxadas, machados e ma-

chadinhas, catanas, gadanhos, ancinhos, picaretas, croques, forquilhas, desforradeiras, ba-tedores de diversos tipos, foi-

ces, máquinas de ceifar, mega-fones, moto-serras, lanternas, bombinhas portáteis, capacetes de protecção, baldes, regado-res, pulverizadores, etc. e ainda telefones ligados à rede da Companhia.

Os corpos de bombeiros de-viam ter:

Camiões de todo o terreno com depósitos de água entre 2.000 e 3.000 litros, com bom-bas acopladas ao tanque, po-dendo ser mesmo de trabalhar a petróleo, com saída de 50 mm;

1 rádio-telefone, batedores, pás, enxadas, machados, foi-ces, moto-serras de disco e de cadeia, 2 postos de rádio portá-teis, megafones, bombas portá-teis, megafones, bombas portá-teis de mochila, lanternas eléc-tricas, capacetes de protecção para brigadas auxiliares, 1 ba-lão de lona para 500 a 1000 li-tros de água, 1 auto-pronto-so-corro de todo o terreno, com bomba para duas saídas de 70 mm e com pequeno tanque, 1 auto-tanque de apoio para 5000 litros, 1 camioneta para transporte de pessoal, 1 auto--comando de todo o terreno, com posto emissor receptor, com cartas topográficas e ser-vindo de transporte de pessoal.

Além disto, o material orgâ-nico dos bombeiros urbanos, podendo ter tractores, etc..

Isto que se apresenta é aqui-lo que se julga mais necessário para os fogos de bosques, ma-tos, matas e florestas nas nos-sas zonas de acção, mas para isso é necessário o auxílio do Estado, porque não podem ar-car os bombeiros com total des-pesa, visto que já fazemos um enorme sacrifício com a manu-tenção dos serviços actuais.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

INCÊNDIOS FLORESTAISSoluções pensadas há 50 anos para a prevenção e combate

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11JUNHO 2017

O sorriso tímido, que de-nuncia pouco à vontade com a curiosidade dos

jornalistas, rapidamente se dissipa, dois dedos de conver-sa, e as Marias veteranas bom-beiras soltam as memórias de outros tempos. Falam com de-senvoltura das aventuras na velhinha Volkswagen, ou na mais moderna Peugeot com que respondiam às solicitações das grávidas “a caminho da Magalhães Coutinho ou do Hospital de Torres”, onde che-gavam muitas vezes já com os bebés no colo. Cerca de duas dezenas de mulheres cumpria essa missão e são às dezenas os partos efetuados em casa das parturientes ou na berma da estrada, porque, nesse tempo, os caminhos eram tor-tuosos e as distâncias difíceis de vencer.

Maria Emília Bróis e Maria de Lourdes Mimosa já passaram a meta dos 80, mas a idade não lhes tirou o brilhozinho dos olhos que só uma grande pai-

xão permite. Gostam da causa e das coisas dos bombeiros e, por isso, acompanham, com orgulho e entusiasmo a evolu-ção do setor, sobretudo na casa dos Voluntários da Mal-veira que serviram durante quase vinte anos.

No início da década de 70 do século passado, o corpo femi-nino dos Voluntários da Malvei-ra, apoiavam a instituição na logística, asseguravam a ma-nutenção do quartel e “ainda os partos”. Todas as voluntá-rias, dividiam os dias entre as atividades profissionais, as exigências familiares e as tare-fas no quartel, nada que afadi-gasse ou fizesse desistir um grupo de dinâmicas jovens, sempre prontas para, abnega-damente, servir a comunidade, em várias frentes.

“Quase todos os dias saía-mos. Fizemos muitos partos, a falecida Joaquina, mais de 20… Eu era motorista, mas, ainda assim, vi e ajudei a nascer umas dez crianças”, recorda

MALVEIRA

Pioneirismo no femininoAtavio, brio e orgulho estampado no rosto são os distintivos das

Marias, duas das quase 20 mulheres que na década de 70 do século passado, e durante mais de uma década, tripularam a

ambulância que “acudia” às parturientes.Numa época em que elas não tinham lugar nos quartéis, esta

equipa fez história, venceu preconceitos, granjeou respeito, abriu portas e roubou o género à palavra bombeiro.

Texto: Sofia ribeiro

Fotos: Marques Valentim

Maria Emília Bróis, enriquecen-do o relato com episódios que transformavam cada uma des-tas ocorrências numa verda-deira aventura. Diz que, não raras vezes, o combustível fal-tava a meio caminho, cabendo às bombeiras empurrar a “am-bulância das prenhas”, sorri, para depois dar conta das constantes “chamadas de atenção” do comandante Car-los Sousa, sobretudo naquele dia em que, por distração, tra-vou mal a ambulância que só parou no muro de uma mora-dia ou da outra vez que, “na confusão”, se esqueceram da maca no hospital e tiveram que voltar para trás e demoraram horas a regressar á base. As Marias olham-se cúmplices e as lembranças animam, ainda mais o discurso. “E quando a Emília teve que tirar roupa a um estendal porque na ambu-lância não havia nem mesmo uma toalha ou lençol”?. Reve-lam então que a desenrascada Emília sem “material” para

acudir a uma mulher prestes a dar á luz não teve outra solu-ção que a socorrer-se de um estendal de onde retirou o que necessitava. Dias depois – “está claro” – foi devolver os lençóis à dona convencida que tinha sido assaltada.

“Eram momentos tão bons”, assinala Lourdes Mimosa fa-lando com ternura dos recém--nascidos que acolhia nos seus braços.

“Que saudade… quando nas-ciam na ambulância queria sempre leva-los ao colo”, diz--nos

“Não tínhamos nada, às ve-zes nem gasóleo. Quantas ve-

zes tivemos que empurrar a ambulância!”, recorda Maria Emília, reconhecendo que nes-sa época “tudo era muito mais difícil”, mas que ainda assim só guarda “boas recordações des-ses tempos”, não obstante as noites mal dormidas e as “mui-tas vezes” que nem sequer conseguiam “ir à cama”, o can-saço de quem saia diretamente do quartel para o trabalho só minimizado pelo conforto de um “pão quentinho acabado de sair do forno” comprado de madrugada na padaria da vila.

Recordam com simpatia a exigência do comandante Car-los Sousa que “não permitia

qualquer contacto entre ho-mens e mulheres” e não es-condem a mágoa no dia em que um responsável decidiu “acabar com o corpo feminino”. Maria Emília confessa até que, durante anos, recusou-se a en-trar no quartel.

Tudo passa e hoje estas bombeiras estão de regresso ao seio da família, participan-do, ativamente, nas iniciativas da associação, “colaborando em tudo o que podem”. Maria Emília faz questão de elogiar atenção dada pelo atual co-mandante, Miguel Oliveira, aos mais velhos, que pelo seu exemplo e trabalho em prol da instituição merecem reconhe-cimento.

Episódios em catadupa en-chem de vivacidade os relatos das duas bombeiras, unidas pelo pioneirismo de terem dado uma face feminina aos bombeiros, numa época em que os quartéis eram espaços com admissão reservada a ho-mens. Fizeram história e de al-guma forma, à sua maneira, abriram portas às muitas cen-tenas de mulheres que hoje, se afirmam pelo profissionalismo e preparação nas mais distin-tas missões, nos mais difíceis teatros de operações. Derru-bados os muros do preconceito elas integram por direito e mé-rito o bravo pelotão dos bom-beiros de Portugal.

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12 JUNHO 2017

A Escola Nacional de Bombei-ros (ENB) viu aprovada uma

candidatura submetida ao Pro-grama Operacional Inclusão So-cial e Emprego (POISE), com um volume de formação supe-rior a 1,4 milhões de horas de formação a bombeiros, mas, entre outros constrangimentos, os fundos comunitários atribuí-dos apenas irão cobrir metade dos custos, como explica o pre-sidente da ENB, José Ferreira, que apela à colaboração dos formadores e das associações.

Em que consiste esta can-didatura apresentada ao Programa Operacional In-clusão Social e Emprego (POISE)?

Trata-se de um projeto de formação apresentado em agosto de 2016 e cuja aprova-ção nos foi comunicada em maio passado, aguardando-se a respetiva assinatura do contra-to. A candidatura aprovada pre-vê a realização de um volume de formação de cerca de 1 mi-lhão e 400 mil horas de forma-ção, repartidas por três áreas geográficas equivalentes às Co-missões de Coordenação e De-senvolvimento Regional (CCDR) do Norte, do Centro e do Alen-tejo.

Porque é que as outras zo-nas do país não foram abrangidas?

Esse é um dos problemas que temos, na medida em que, se-gundo as regras comunitárias, grande parte do distrito de Lis-boa, uma parte do distrito de Setúbal, e todo o distrito de Faro, não são elegíveis para re-ceber apoios comunitários. Ou seja, as corporações destas áreas não terão acesso direto ao volume de formação aprova-do.

A ENB irá tentar contornar essa limitação?

Sim, os CB que se localizam nestas zonas não serão prejudi-cados, realizando formação a

custas da ENB, dado que este apoio também permitirá redire-cionar fundos próprios para a realização de formação nas áreas que não são elegíveis.

Que tipo de formação será ministrada?

Quanto ao leque de formação será vasto, desde o ingresso e acesso, bem como de aperfei-çoamento técnico e/ou atuali-zação. Estão incluídas as áreas de TAT, TS, Salvamento e De-sencarceramento, Incêndios Florestais (níveis 1 e 2), Incên-dios Urbanos e Industriais (ní-veis 1 e 2), Condução Defensi-va, Matérias Perigosas e Lide-rança e Motivação Humana. O processo de constituição das turmas está já a ser conduzido em articulação com os coman-dantes distritais da ANPC, os formadores e respetivos co-mandantes dos CB.

E, nas áreas elegíveis, o POISE financia o projeto na totalidade?

Não, e esse é outro grande constrangimento: só nos foi atribuída cerca de metade da verba destinada a pagar a ho-norários com os formadores para o volume de formação pro-posto, ou seja, os 1,4 milhões de horas. Houve uma diminui-ção muito considerável e o re-sultado é que na região Norte, só 43,4% desta rubrica foi aprovada, na região Centro 42,92% e na região do Alentejo 53,33%. Ou seja, a ENB vai ter de encontrar forma de poder compensar esta verba que não é comparticipada por este pro-grama.

Como é que essa compen-sação será feita?

Desde o início da atividade da ENB que um dos seus objetivos é dotar os CB de formadores para que estes sejam autóno-mos em algumas áreas de for-mação. Mesmo com o esforço que tem existido nos últimos anos na formação de formado-

res, ainda não nos foi possível atingir este objetivo. Assim te-mos que apelar mais uma vez à compreensão e colaboração dos formadores externos, até por-que nos termos do regulamento dos formadores da ENB, é seu compromisso assegurar anual-mente duas ações de formação sem honorários. De acordo com orientações definidas pelos as-sociados da ENB na última as-sembleia geral (a ANPC e a LBP), adotaremos a seguinte estratégia: por cada ação mi-nistrada sem honorários, a se-guinte será com honorários, porque só desta forma conse-guiremos equilibrar os 50% que não são financiados.

E espera contar com a co-laboração dos formadores?

Reconhecemos que é um es-forço, mas também é uma

oportunidade que temos para ministrar mais formação aos bombeiros portugueses, grande parte dela de aperfeiçoamento técnico e de atualização, que de outra forma não haverá possibi-lidade de se realizar. Nesse sen-tido, teremos todos de fazer um esforço até julho de 2018, para atingir este volume de forma-ção e não termos de devolver parte da verba agora atribuída.

Outra dificuldade será a ausência de pagamento das refeições dos formandos. A que se deve essa situação?

É outra das condicionantes

com que somos confrontados, dado que nos termos da candi-datura aprovada não consegui-mos ter os recursos financeiros para suportar as despesas de alimentação. Se a ENB tivesse de o fazer, teria de encontrar quase 200 mil euros dos seus recursos próprios, o que é im-possível. Assim, pede-se tam-bém a colaboração das AHB para que estas suportem as re-feições dos elementos que vão frequentar a formação. No en-tanto, para os formandos que se encontram em processo de formação de acesso na carreira

de Bombeiro Voluntário e de Oficial Bombeiro, a ENB suporta as despesas com a alimenta-ção.

Os CB que se localizam geo-graficamente nas zonas que não são elegíveis segundo as regras comunitárias, terão a necessidade de fazer maiores deslocações para CB geografi-camente localizados e que se-jam elegíveis no âmbito do pro-grama. Em Lisboa, por exem-plo, como o norte do distrito está enquadrado em termos co-munitários na área da CCDR Centro, naturalmente que ire-mos procurar que as associa-ções excluídas à partida (por ex. Sintra Cascais, Oeiras, Lou-res, etc.) possam ir receber a formação aos concelhos da área norte de Lisboa, logo, com en-quadramento.

JOSÉ FERREIRA EM DISCURSO DIRETO

ENB pede a colaboraçãodos formadores e das associações

ENB apela a esforço conjunto para atingir um volume de formação superior a 1,4 milhões de horas de formação

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13JUNHO 2017

Foi em ambiente de festa que decor-reu em 10 de junho último, a cerimó-

nia de inauguração do Monumento de Homenagem aos Bombeiros Voluntários de Vidago, mandado erigir pela junta de freguesia local. Foi essa forma decidida por aquela autarquia para demonstrar o reconhecimento do trabalho desenvol-vido pelos bombeiros em prol no socor-ro e proteção às populações ao longo de meio século de existência.

A cerimónia iniciou-se com a bênção do monumento pelo pároco de Vidago, padre José Carlos.

Uma homenagem que, para o presi-

dente da Junta de Freguesia, Rui Bran-co, não é mais que um reconhecimento público do espírito de missão de todos quantos, ao longo dos 50 anos de exis-tência da associação, dedicaram “gran-de parte do seu tempo” à corporação e a servir o seu semelhante. “Há momen-tos nas nossas vidas que ficam grava-dos para sempre, e este é certamente um deles, é um marco histórico para esta Vila de Vidago”, referiu o autarca.

O presidente da direção da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Volun-tários de Vidago, Francisco Oliveira, agradeceu ao presidente da União de

Freguesias de Vidago a homenagem, considerando a inauguração deste mo-numento ao bombeiro “um momento de grande simbolismo”, sobretudo numa altura em que vão escasseando este “tipo de reconhecimentos públicos”. “Penso que esta não é só uma homena-gem aos bombeiros de Vidago, mas po-derá considerar-se uma homenagem a todos os bombeiros portugueses”, refe-riu, num longo discurso, onde lembrou a figura dos fundadores desta associa-ção - órgãos socais e bombeiros. “Esta-mos também aqui, a homenagear todos os que nos antecederam”, afirmou, diri-

gindo-se ao atual corpo de bombeiros que, no seu entender, “tem sabido hon-rar o passado e a história desta institui-ção”.

O presidente da Câmara Municipal, António Cabeleira, também presente, saudou a iniciativa da junta de fregue-sia de edificar um monumento ao bom-beiro na Vila, julgando que este repre-senta “ o sentimento de gratidão que todos devemos ter para com os nossos bombeiros.”

O presidente da Federação dos Bom-beiros de Vila Real, José Pinheiro, e o comandante operacional distrital, Álva-

ro Ribeiro, por seu turno, enalteceram e reconheceram a importância e o traba-lho desenvolvido pelos bombeiros de Vi-dago no socorro que prestam às popu-lações, não só na sua área de atuação, no distrito e fora dele.

O Monumento ao Bombeiro de Vida-go é uma obra escultórica do artista fla-viense Mário Lino, com elementos de imitação de bronze que o autor desig-nou de “Herói sem Rosto” sendo o pro-jeto da autoria da arquiteta Maribel Ri-beiro, e a iniciativa partiu do presidente dos Bombeiros de Vidago, Francisco Oli-veira.

VIDAGO

Junta presta tributo aos soldados da paz

A secretária Regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais do Governo da Madei-

ra garantiu que o Estatuto Social do Bom-beiro deverá ser levado ainda este ano à Assembleia Legislativa da Madeira para aprovação.

Rubina Leal, responsável pela área da proteção civil, garantiu que o “Estatuto So-cial do Bombeiro não está esquecido” quan-do presidia às cerimónias do Dia do Bom-beiro promovido pela Federação de Bom-beiros da Região Autónoma da Madeira em conjunto com a Câmara Municipal de Ma-chico.

Na oportunidade, a secretária regional foi agraciada pela Liga dos Bombeiros Portu-gueses, por proposta da Federação de Bombeiros da Madeira, com a medalha de serviços distintos grau ouro, em ato coor-denado pelo comandante José Morais, membro do conselho executivo da confede-ração presente na cerimónia.

Rubina Leal agradeceu a distinção e lem-brou os investimentos realizados e em cur-so na área da proteção civil pelo Governo Regional, nomeadamente, a aquisição de 10 ambulâncias em final de concurso, idên-tico procedimento para 18 viaturas de com-bate a incêndios e a aquisição do quartel da Ribeira Brava.

A tónica dos discursos dos responsáveis presentes centrou-se na falta de incentivos ao voluntariado e a legislação vigente que

não estimula o exercício da causa solidária. Assim falou o presidente da Federação de Bombeiros da Madeira, Paulo Rocha da Sil-va, e também o presidente da Câmara do Machico, Ricardo Franco, que também alu-diu ao facto incompreensível dos voluntá-rios que queiram passar a profissionais dos Municipais do Machico sejam obrigados a repetir a formação básica de bombeiro du-rante mais de um ano “quando esses já de-tém essas qualificações e até já têm expe-riência prática no exercício das funções de bombeiro”.

As comemorações do Dia do Bombeiro repartiram-se entre 9 e 11 de junho último, com a partida da chama, à noite, no dia 9, do quartel dos Bombeiros Voluntários de Porto Santo em direção ao porto de mar e chegada de madrugada ao Funchal, ao quartel dos Municipais de Santa Cruz. De-pois, no dia 10 seguiu-se o périplo da cha-ma por todos os quartéis de bombeiros da ilha, Voluntários Madeirenses, Municipais

do Funchal, Voluntários de Câmara de Lo-bos, da Calheta, da Ribeira Brava, São Vi-cente, Santana e Municipais do Machico.

No mesmo dia decorreu a apresentação do projeto “Floresta Negra”, com a presen-ça do fotógrafo John Gallo, no salão nobre dos paços do concelho e seguiu-se uma missa.

No dia 11, a cerimónia teve lugar no Lar-go da Praça, no centro da cidade do Machi-co, com formatura que incorporou todos os estandartes das associações e corpos de bombeiros madeirenses.

MADEIRA

Estatuto Social ainda este ano

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14 JUNHO 2017

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios do Sabugal, prepara-

-se para uma nova etapa com a construção de um novo comple-xo operacional, uma luta ence-tada há mais de uma década. O quartel de 1982 deixou de res-ponder às necessidades de um corpo de bombeiros voltado para o futuro. As tentativas de candidatura aos quadros comu-nitários, em 2010 e em 2014 saíram goradas, mas 2017 trouxe a garantia de financia-mento. Concluído o projeto de especialidades a obra deverá ter início até o final do ano para ser inaugurada no decorrer de 2018, conforme disse ao Jornal Bombeiros de Portugal, Luís Carriço, o presidente da direção da instituição.

Trata-se de um investimento total na ordem dos 900 mil eu-ros, sendo 85 por cento da ver-ba assegurada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) e o restante pela Câmara Municipal do Sabugal, que mais uma vez se assume como parceira dos bombeiros. O novo complexo que se de-senvolve numa área de mil metros quadrados surgirá jun-to ao campo de futebol em ter-reno cedido pela autarquia.

“Em todas as candidaturas que temos feito o município assumiu sempre a sua parte e desta vez não foi diferente, aliás tenho mesmo também a esperança que colabore com a associação no pagamento de alguns trabalhos não elegíveis

SABUGAL

Contagem decrescente para inauguração Há já alguns anos que os Bombeiros

do Sabugal sonham com um novo quartel, mas 2018 assegurará a concretização dessa

antiga aspiração.A obra orçada em cerca de 900 mil euros

permitirá dotar a instituição de instalações, devidamente, preparadas para responder às exigências operacionais e de formação

da meia centena de operacionais que integram este efetivo.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

dade com as populações e ao mesmo tempo assegurem al-guma receita para o corpo de bombeiros, nomeadamente para a aquisição de algum equipamento.

O presidente admite ser “di-fícil gerir tostões”, mas, ainda assim revela que a associação “nunca comprou nada que não fosse a pronto”, o que exige muito rigor nas contas. Puxa dos galões do alto dos mais dos mais 30 anos de dirigente,

para considerar que com “quei-xas e pedinchice não se chega a lado nenhum“.

José Henriques, na estrutura de comando há algum anos mas como carreira de bombei-ro com mais de três décadas, assumiu o comando há poucos meses e revela que “o maior dos desafios é recrutar novos elementos para o corpo ativo”. Fala da interioridade que vai empurrando os mais jovens para outras áreas do País e de-

fende que os mais jovens estão poucos sensibilizados para as questões do voluntariado, ain-da assim diz-se empenhado em atrair os mais novos para a causa, porque o futuro destas instituições impõe novas estra-tégias.

“Ainda no ano passado apos-tamos na criação de uma esco-la que contou com cerca de 30 inscrições, o que não é mau”, avalia o comandante, valori-zando o entusiasmo dos for-

Arranjem-nos gente que os meios chegarão.

Luís Carriço,presidente da direção

da Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários de Sabugal

palavra de PRESIDENTECom 122 anos de história, a Asso-

ciação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sabugal pode orgulhar--se dos serviços prestados ao conce-lho, ao distrito da Guarda e ao País.

Cerca de 50 operacionais honram, nas mais distintas missões, em dife-rentes cenários, o bom nome desta instituição servindo com profissiona-lismo e entrega total cerca de sete mil habitantes de 15 das 30 freguesias de um município com mais 800 quilóme-tros quadrados que, em termos ope-racionais, partilha com os Voluntários do Soi-to.

A associação conta, atualmente, com 22 profissionais, entre os quais os elementos da Equipa Intervenção Permanente (EIP) e uma

outra de Silvicultura Preventiva, todos essen-ciais na valorização e qualificação do missão desempenhada pelo voluntariado que conti-nua ser a pedra basilar deste projeto centená-rio.

Cartão de visita

no processo de candidatura”, refere o dirigente.

No Sabugal não abundam os apoios, faltam as grandes in-dústrias, como refere Luís Car-riço, o que impõe muito traba-lho para que nada falte aos cerca de 50 operacionais que garantem o socorro a cerca de mil habitantes de 15 freguesias deste concelho da Guarda.

A associação tem investido na promoção de iniciativas vá-rias que fomentem a proximi-

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15JUNHO 2017

As Associações de Bombeiros Voluntários de Pedrógão

Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos receberam um apoio da GALP correspon-dente a 16.500 euros a atribuir a cada uma delas em combustí-vel.

A cerimónia de entrega dos cartões de combustível por par-te da administração da empre-sa, que decorreu na sede, em Lisboa, contou com as presen-

ças, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, co-mandante Jaime Marta Soares, do presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria, Rui Vargas Henriques, e dos presidentes da direção das três associações de bombeiros.

Na oportunidade, o presiden-te da LBP realçou o apoio agora facultado aos bombeiros volun-tários das áreas devastadas re-centemente pelas chamas, des-

tacou o papel da empresa em anteriores iniciativas da mesma índole, sem deixar de fazer alu-são ao vasto movimento de so-lidariedade que a tragédia que se abateu sobre o distrito de Leiria e dos concelhos vizinhos dos distritos de Coimbra e Cas-telo Branco suscitou na socie-dade portuguesa, quer a partir de empresas, outras institui-ções e entidades ou simples ci-dadãos.

GALP/LBP

Apoio em combustívelFo

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A comunidade chinesa de Cascais vai doar aos

Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera 28 mil euros destinados a reparar a viatura em que o bombeiro falecido e os restantes bom-beiros feridos se desloca-vam. A sugestão foi dada à comunidade pelos Bombei-ros Voluntários de Cascais, com o apoio do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, em homenagem ao bombeiro falecido, Gon-çalo Conceição, e aos colegas feridos, chefe Tomé, Fernando, Rui e Filipa, pelo ato heroico que praticaram, com risco evidente da própria vida, ao terem tentado resgatar do interior de uma viatura acidentada os seus ocupantes quando toda a zona já estava tomada pelas chamas.

CASTANHEIRA DE PÊRA

Comunidade chinesa solidária

O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais asse-

gurou que a Autarquia vai con-tinuar a apoiar na íntegra a for-mação de mais tripulantes de ambulâncias de socorro (TAS) das cinco associações de bom-beiros voluntários do concelho.

Miguel Pinto Luz presidiu à entrega dos certificados TAS aos 30 bombeiros das 5 asso-ciações que frequentaram os dois cursos já realizados e su-portados pela Câmara Munici-pal. A sessão decorreu no auditório dos Bombei-ros Voluntários do Estoril.

O vice-presidente da Câmara sublinhou que o apoio solicitado pelos bombeiros tem tido um reflexo muito direto no próprio socorro pré-hos-pitalar, com mais capacidade e com mais quali-ficação na sua prestação, razão pela qual, em função da parceria existente, “só temos que

continuar a trilhar o mesmo caminho que garan-te mais preparação e resposta às necessidades das populações”.

A formação de TAS ministrada em Cascais com apoio municipal, além de não representar qualquer encargo para as cinco associações, permite também a frequência em período pós--laboral.

CASCAIS

Prometida mais formação TAS

do novo quartel

  O maior dos desafios é recrutar novos elementos para o corpo ativo

José Henriques,comandante do corpo de Bombeiros do Sabugal

voz de COMANDO

mandos, que lhe permite acre-ditar que a maioria poderá mesmo vir a reforçar o contin-gente. Esta ação terá motivado o comando a avançar com tra-balho junto da comunidade es-colar, dando particular atenção aos alunos dos cursos profis-sionais, que, “em principio, não seguem o ensino universi-tário” responsável pela prema-tura saída dos jovens para fora dos limites do concelho,

O comandante fala da ne-cessidade de dotar o quartel de mais meios ou de renovar os existentes, nomeadamente nas valências de combate a in-cêndios florestais e de emer-gência pré-hospitalar, lacunas

que a direção reconhece e se mostra determinada a colma-tar.

“Arranjem-nos gente que os meios chegarão”, ironiza o pre-sidente, dizendo-se, contudo, atento a todas às solicitações do corpo de bombeiros, bem como às janelas de oportuni-dade que os programas comu-nitários vão abrindo, nomea-damente para investimentos de maior envergadura.

Este é um território com inú-meros desafios que impõem preparação aos bombeiros, desde logo os rigores do clima, com os gélidos dias de inverno a contrastar com os tórridos verões, que invariavelmente

trazem a ameaça de grandes incêndios, não obstante a es-tratégia de prevenção há anos adotada pela autarquia, à qual se associam, deste a primeira hora, os Voluntários do Sabu-gal com uma Equipa de Silvi-cultura Preventiva, que vai permitindo controlar danos.

O comandante fala com or-gulho dos homens e mulheres que integram o corpo de bom-beiros “um grupo muito dedi-cado” com quem pode “sempre contar” e que de tudo fazem para honrar o legado dos ho-mens bons que no dia 7 de agosto de 1895 começaram a escrever a história desta insti-tuição.

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16 JUNHO 2017

As comemorações do Dia do Bombeiro Português, em Cascais, no passado dia 28 de maio, incluí-ram a entrega do Prémio Bombeiro de Mérito 2016, ex aequo, ao sub-chefe dos Bombeiros Voluntários de Almada, Paulo Oliveira, e à bom-beira de 3.ª dos Bombeiros Volun-tários dos Carvalhos, Dulce Leitão,

e de um conjunto de menções hon-rosas associadas ao prémio patro-cinado pela Fundação Montepio.

A cerimónia foi presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e contou com a presença, da ministra da Adminis-tração Interna, Constança Urbano de Sousa, e do presidente da Câ-

mara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, entre outros.

A cerimónia reuniu o maior nú-mero de estandartes de federa-ções, associações e corpos de bom-beiros de todo o país alguma vez visto numa cerimónia idêntica.

A dignidade da cerimónia e o colorido emprestado pela presen-

ça de tantos estandartes, símbolos máximos das instituições repre-sentadas, permitiu a captação de um considerável e diversificado número de fotos que não conse-guimos reproduzir em maior nú-mero na edição anterior, motivo para que aqui prossigamos essa publicação

DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS

Prémio Bombeiro de Mérito 2016

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17JUNHO 2017

DIA DO BOMBEIRO PORTUGUÊS

Prémio Bombeiro de Mérito 2016

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18 JUNHO 2017

Os Bombeiros Voluntários da Guarda realizaram um exercício durante 36

horas com o objetivo de “trei-nar e agilizar a gestão opera-cional e logística” e que envol-veu 60 elementos e 15 viaturas do corpo de bombeiros, confor-me nos informou o seu coman-dante.

Segundo o comandante Pau-lo Sequeira, o exercício, deno-minado “Total Training 36 - In-cidentes, formação e treino de aperfeiçoamento”, decorreu com assinalável êxito, pela pri-meira vez na região, vocacio-nado para as diversas funções e níveis, incluindo comando, oficiais e chefias dos bombei-ros, e delineado como uma jor-nada contínua de trabalho, du-rante a qual foram abordadas diversas valências operacio-nais.

O exercício teve por base um

incêndio florestal e abordou te-máticas como gestão de opera-ções, combate a incêndios flo-restais, movimentação de meios (grupo combate), comu-nicações e logística, resgate combinado, segurança nas operações e salvamento e de-sencarceramento.

Segundo o comandante Pau-lo Sequeira, a ideia de realizar o treino operacional surgiu “de-vido ao facto de, na realidade, os bombeiros responderem a inúmeras situações de socorro em qualquer horário, e tam-bém pelo facto de durante o combate a incêndios florestais de alguma dimensão surgirem outros incidentes, como aci-dentes, quedas ou a proximida-de das chamas de habitações, que obrigam a reações inopina-das e que alteram a gestão da própria operação”.

Com este exercício, o corpo

de bombeiros conseguiu “trei-nar esses aspetos e reagir a si-tuações que vão aparecendo ao longo do combate deste grande incêndio fictício”, sublinhada o mesmo responsável

Paulo Sequeira referiu ainda que a iniciativa, que é realizada pela primeira vez na região,

visa “treinar e agilizar a gestão operacional e logística”, para testar capacidades e promover a melhoria do serviço prestado à comunidade.

As atividades do treino ope-

racional decorreram na zona da carreira de tiro e do posto de vigia da Guarda, nas proximi-dades da cidade, para que os voluntários pudessem “envol-ver o maior número de meios”

e para que, em caso de neces-sidade real, possam estar perto do quartel para atuar, disse Paulo Sequeira.

O corpo de bombeiros da Guarda tem cerca de 140 ele-mentos, incluindo estagiários e o grupo de cadetes e de infan-tes.

O parque de viaturas da cor-poração encontra-se “envelhe-cido” e, segundo o comandan-te, existem carências, princi-palmente ao nível de ambulân-cias de socorro, de veículos de apoio tático (autotanques), de ligeiros de combate a incên-dios, de salvamento e desen-carceramento.

GUARDA

Exercício de 36 horas treina gestão operacional

As instalações do Campo de Manobras da Unidade de Apoio do Comando do Pessoal do Exército, em Vila Nova de Gaia, foram

o cenário para um mass training de Salvamento e Desencarcera-mento, uma iniciativa que contou com a participação de 50 bom-beiros oriundos de vários corpos de bombeiros, designadamente Aguda, Avintes, Camarate, Carvalhos, Falck SCI Portugal, Melres, Paços de Ferreira, Rebordosa, São Mamede de Infesta, Valadares e Valbom.

A organização desta ação esteve a cargo dos Bombeiros Sapa-dores e Proteção Civil de Vila Nova de Gaia e contou com o apoio de diversas entidades, nomeadamente do Município de Vila Nova de Gaia e do Exército, mas também das empresas Salvador Cae-tano, Caetano Baviera, Interfire, Jacinto, Redifogo, Vianas e Águas de Gaia.

VILA NOVA DE GAIA

Mass training no campo de manobras

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19JUNHO 2017

Os bombeiros de Oliveira de Frades, no distrito de Viseu, levaram a

cabo recentemente um exercício poli-valente designado por “Lafões Rescue 2017”.

Com a duração de 24 horas, os ope-racionais foram colocados à prova em três duros exercícios preparados pela organização.

O Lafões Rescue 2017 envolveu pela primeira vez num exercício, fonte da organização, equipas de salvamento e grande angulo com equipas de mergu-lhadores, tendo como objetivo criar di-

versos cenários de aprendizagem onde as equipas puderam interagir e testar as suas competências operacionais em cenários aquáticos.

O ponto alto do evento, onde tam-bém estiveram envolvidos mais opera-cionais, foi registado no domingo. Pela manhã foi dado um alerta de que o ní-vel da água da barragem terá subido repentinamente, o que terá provocado o isolamento de diversos escuteiros numa pequena ilha existente na barra-gem e nas suas margens. Há ainda a indicação de vítimas que terão sido ar-

rastadas pela corrente e outras tantas desaparecidas.

Perante o cenário complexo foi ne-cessário mobilizar para o local equi-pas: cinotécnicas, salvamento em grande ângulo, mergulhadores, emer-gência médica e equipas de apoio psi-cossocial da ANPC.

Este evento, segundo a organização, permitiu aos intervenientes ter um co-nhecimento mais profundo das poten-cialidades de cada equipa; melhorar a articulação, integração e coordenação dos meios envolvidos; identificar os

aspetos positivos e a melhorar no mo-delo organizativo e articulação das for-ças; identificar constrangimentos e oportunidades no que se refere ao res-gate de vitimas e a melhoria contínua no processo de socorro.

No Lafões Rescue 2017 estiveram envolvidos diversos corpos de bombei-ros do distrito de Viseu e Aveiro, o Cor-po de Intervenção em Operações de Proteção e Socorro da GNR e escutei-ros, envolvendo perto de 200 elemen-tos apoiadas por 50 veículos e 9 em-barcações.

Como observadores, este evento contou com colaboração da subchefe Fernanda Pinto dos Bombeiros de S. Romão, Nuno Marques, dos bombeiros de Santa Comba Dão e do CODIS de Viseu.

A organização esteve a cargo da ad-junto de comando dos Voluntários de Oliveira de Frades, Sofia Ferreira, apoiada por elementos do mesmo cor-po de bombeiros.

(Agradecemosa colaboração de Bombeiros.pt)

OLIVEIRA DE FRADES

Primeiro exercício polivalente

Foto

: BOM

BEIR

OS.P

T

Os Bombeiros de Águas de Moura participaram no trei-

no da UNISA 15 - Unidade de Intervenção e Salvamento Aquático do distrito de Setúbal.

Registe-se que a UNISA tem por missão, o socorro a náufra-gos e as buscas subaquáticas, garantindo uma permanente coordenação entre todos os corpos de bombeiros do distri-to, em matérias de treino ope-racional e intervenções

SETÚBAL

Treino subaquáticoA convite da Associación Pro-

fesional de Rescate en Acci-dentes de Trafico (APRAT), de Espanha, uma equipa de Salva-mento e Desencarceramento do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste participou no XIII En-cuentro Nacional de Rescate en Accidentes de Tráfico, que de-correu em Valência.

A Equipa de Salvamento e Desencarceramento do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste foi composta por seis bombei-ros de 2.ª Rui Maçãs, Miguel Saldanha, Nádia Conceição e Ricardo Pimenta e ainda os bombeiros de 3.ª Pe-dro Tomé e Daniel Cardoso.

A participação no encontro ocorreu pelo quinto

ano consecutivo, consolidando-se, assim, uma relação ibérica profícua “com impacto muito rele-vante” a nível da formação especializada.

BARREIRO

Sul e Sueste em Espanha

Os Bombeiros de Águas de Moura participaram no módulo de forma-

ção de Segurança e Comportamento do Incêndio Florestal que decorreu no iní-cio de maio no Centro de Formação Es-pecializado em Incêndios Florestais da Escola Nacional de Bombeiros na Lou-sã.

Esta formação tem como objetivo principal dotar os formandos com com-petências para avaliarem o comporta-mento dos incêndios florestais, que lhes possibilite a definição de estraté-gias, táticas e manobras garantindo to-das as condições de segurança e mini-mizando a ocorrência de acidentes durante as operações de extinção de incêndios florestais.

Também no polo da Lousã, elementos deste cor-poração efetuaram o módulo de formação de In-

cêndios Florestais (Nível 4), que visa dotar os for-mandos com competências técnico-operacionais para chefiar grupos de combate ou de reforço (GCIF e GRIF) no combate aos incêndios.

ÁGUAS DE MOURA

Bombeiros em formação

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20 JUNHO 2017

Realizou-se, no passado dia 11 de junho, no quartel sede dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova, a cerimónia de in-

gresso na carreira de bombeiro voluntário de oito estagiários que concluíram o período probatório e de estágio.

A sessão de imposição de divisas decorreu na zona fronteira ao quartel e consistiu numa formatura que englobou as equipas de serviço de piquete, os elementos afetos ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) e os oito novos bombeiros de 3.ª.

Perante o comando do corpo de bombeiros, e tendo como teste-munhas os familiares e amigos dos novos bombeiros, apresenta-ram-se: Ana Sofia Reis, Carlos Leitão, Daniel Pereira, Filipa Macha-do, Inês Santos, Pedro Tadeia, Tatiana Santos e Tiago Tomás.

Nos últimos anos, através da aposta na divulgação das campa-nhas de recrutamento para novos bombeiros, os Bombeiros de Idanha-a-Nova têm mantido uma média de novos ingressos muito significativa.

IDANHA A NOVA

Reforços chegam ao quartel

O Centro Qualifica do Agrupa-mento de Escolas da Louri-

nhã está a desenvolver, em par-ceria com os corpos de bombei-ros, um projeto de qualificação profissional dos seus ativos, através do desenvolvimento de processos de reconhecimento, validação e certificação de com-petências profissionais de nível 2 (Bombeiro) e nível 4 (Técnico de Proteção Civil), na área de qualificação 861 (Proteção de Pessoas e Bens).

Os Bombeiros de Óbidos e do Bombarral, re-presentadas pelos seus comandantes, Carlos Sil-va e Pedro Lourenço, foram os primeiros a aceitar este desafio, integrando o projeto-piloto nestes moldes.

No início do mês de maio, 61 bombeiros de ambas as corporações, prestaram provas de cer-tificação, tendo obtido a qualificação profissional nível 2.

Fizeram parte do júri de certificação três for-madores exteriores ao processo, um dirigente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e um dirigente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais.

Os Centros Qualifica são uma iniciativa gover-namental e têm por missão aumentar os níveis de certificação e de qualificação profissional da população portuguesa.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Mais de 60 com competências certificadas

A Escola Nacional de Bombeiros lançou no

início de maio a nova ver-são do módulo Equipa-mentos, Manobras e Veícu-los (M801) do curso para ingresso na carreira de bombeiro voluntário, que inclui programa de forma-ção, guião do formador, apresentações, fichas de manobra, texto de apoio, fichas de avaliação prática e teste-tipo. Estes materiais poderão ser utilizados na forma-ção dos estagiários, mas também no treino/ins-trução contínua do pessoal do corpo de bombei-ros.

A ENB tem vindo a atualizar os materiais didá-ticos da formação de ingresso de modo a substi-

tuir o conjunto de CD distri-buídos a todos os corpos de bombeiros em 2009. Na plataforma e-learning ENB, estão também disponíveis os conjuntos corresponden-tes aos módulos Introdução ao Serviço de Bombeiros (M800), Extinção de Incên-dios Florestais (M200) e

Técnicas de Salvamento e Desencarceramento (M500), este último atualizado em 2016.

O acesso a estes materiais faz-se exclusiva-mente na área “corpo de bombeiros/curso de for-mação para ingresso na carreira de bombeiro vo-luntário”, utilizando o “nome do utilizador” asso-ciado ao corpo de bombeiros e respetiva “pala-vra-passe”.

FORMAÇÃO PARA INGRESSO NA CARREIRA DE BOMBEIRO

Módulo M801 recebe atualização

Por estes dias a ampliação e requalificação do quartel é motivo de todas as conver-

sas dos Voluntários de Tábua, que já sonham com as novas instalações devidamente adap-tadas para responder às solici-tações dos 80 operacionais que integram este efetivo.

O projeto que ronda um mi-lhão de euros, obteve um finan-ciamento de pouco mais de 300 mil euros do Programa Opera-cional Sustentabilidade e Efi-ciência no Uso de Recursos (PO SEUR), pelo que a restante ver-ba terá que ser assegurada pela associação, como revela ao jor-nal Bombeiros de Portugal Má-rio Loureiro, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tá-bua.

“Queremos melhorar as con-dições, estes homens e mulhe-res merecem um espaço com mais dignidade”, diz o dirigente, enunciando algumas das bene-ficiações contempladas no pro-jeto, designadamente a amplia-ção do parque de viaturas, a criação de áreas de formação e

a instalação de painéis fotovol-taicos.

“O concurso público será lan-çado em breve e, ainda este ano, têm início os trabalhos que deverão estar concluídas no de-correr do próximo ano”, refere Mário Loureiro.

Esta intervenção de fundo, há muito planeada, não impe-diu, contudo, que nos últimos anos o quartel tivesse recebido um conjunto de melhoramen-tos, nomeadamente, no âmbito da eficiência energética, confor-me assinala o dirigente.

O investimento tem sido uma constante nesta casa, também no que concerne a meios e equipamentos, como explica o comandante Diogo Simões que nos últimos tempos recebeu no quartel “duas novas ambulân-cias de transporte de doentes e uma moderna embarcação com motor a quatro tempos menos poluente para operar na barra-gem da Aguieira”. Na mesma linha, o responsável regista também a proteção individual, a segurança e formação dos operacionais como fortes apos-

TÁBUA

InvestimentoA Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Tábua

anuncia para breve o arranque da empreitada de ampliaçãoe requalificação do quartel, um investimento

de grande envergadura, que é justificado com a justa ambiçãode garantir as melhores condições de trabalho aos homense mulheres colocados ao serviço do socorro das populações

deste concelho do distrito de Coimbra.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

Tentamos prestar um serviçode excelência às populações,soubemos adaptara-nos às suas necessidades e isso é reconhecido 

Mário de Almeida Loureiro,presidente da direção

palavra de PRESIDENTE

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21JUNHO 2017

TÁBUA

potencia desenvolvimento

tas de direção e comando, infle-xíveis na qualidade e na pronti-dão do serviço prestado a cerca de sete mil habitantes do con-celho.

“Tentamos prestar um servi-ço de excelência às populações, soubemos adaptara-nos às suas necessidades e isso é re-conhecido”, considera Mário Loureiro.

Neste sentido, o comandante assinala que a “saída ao minu-to” e “a primeira intervenção” são fundamentais para o êxito das operações, dando como exemplo o combate aos incên-dios florestais.

“A primeira intervenção é crucial, assente num dispositivo musculado e na triangulação de meios em articulação com os corpos de bombeiros dos con-celhos limítrofes tem funciona-do bem” sublinha o presidente, convicto de que “os incêndios só são grandes se os deixarem ser grandes”.

Mário Loureiro acumula as funções de dirigente associativo

com as de presidente da Câma-ra Municipal de Tábua, mas re-cusa qualquer conflito de inte-resses, até porque na autarquia não vota propostas que envol-vem os corpos de bombeiros do concelho, convicto, ainda as-sim, que o município “faz tudo o que é possível pelas duas asso-ciações”. O edil, o cidadão e o presidente dos Bombeiros de Tábua, falam a uma só voz e partilham a mesma convicção:

“Sinto-me bastante tranquilo e em segurança com duas asso-ciações, disponíveis e respon-sáveis, com que o município pode, sempre, contar”.

A comunidade mantém uma relação de proximidade com os seus bombeiros, consideram presidente e comandante que salientam o apoio das popula-ções e a colaboração das enti-dades locais nomeadamente da juntas de freguesia e das em-presas, nomeadamente, do grupo Aquino o maior emprega-dor do concelho que para além de facilitar a dispensa dos tra-

balhadores bombeiros, em si-tuações de “maior aperto”, ain-da se mostra sempre atento ás necessidades da instituição.

Registe-se que a associação gere quatro centros de exames de condução automóvel no País – Tábua, Mirandela, Portimão e Coimbra – uma situação única a nível nacional, que apesar da exigência e da responsabilida-de, permite garantir a estabili-dade e a sustentabilidade desta casa, onde pouco ou nada falta.

O voluntariado ainda é a tra-ve mestra desta organização, um movimento que neste con-celho parece não esmorecer, como refere o comandante:

“O socorro noturno e ao fim de semana é assegurado pelo voluntariado”, uma realidade que o operacional acredita per-durará tendo em conta que os Voluntários de Tábua contam, atualmente, com uma recruta de 20 elementos “a maior dos últimos anos”. Esta situação, que contrasta com a realidade de um País onde a falta de dis-

ponibilidade, causa enorme perturbação no setor, é justifi-cada com um amplo trabalho nas escolas, ações de sensibili-zação junto das populações, a participação assídua no Dia da Defesa Nacional em Viseu e em Coimbra, mas, também, a dina-mização de uma fanfarra com mais de 60 elementos na maio-ria jovens, que comando e dire-ção acreditam ser reforços para o futuro. Entretanto, existe um projeto para a criação de uma escola de infantes e cadetes, mas cuja concretização está, agora, dependente da conclu-são das obras no quartel.

  O socorro noturno e ao fim de semana é assegurado pelo voluntariado 

Diogo Simões,comandante dos bombeiros de Tábua

voz de COMANDOA Associação Humanitária dos Bombeiros de Tábua

tem a sua génese no Club Desportivo Tabuense funda-do em 1935, embora date de 28 de abril de 1937 o despa-cho do Governo Civil de Coimbra que autoriza a cria-ção do corpo de bombeiros.

A instituição que gere quatro centros nacionais de exames de condução auto-móvel conta, atualmente com um total de meia centena de funcioná-rios.

Na vertente operacional são 80 os elemen-tos que integram o contingente que serve sete mil habitantes de quatro freguesias e parte de

outras três, num território que partilha com os Voluntários de Vila Nova da Oliveirinha.

A dinâmica secção desportiva e a solicitada fanfarra, com 60 músicos, completam as va-lências desta instituição.

Cartão de visita

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22 JUNHO 2017

José Oliveira tomou posse como comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede. Numa

cerimónia bastante emotiva o recém-empossado agradeceu o “voto de confiança” e assumiu o com-promisso com “empenho, confiança e dignidade”.

Voluntário nos Bombeiros de Cantanhede há 37 anos, José Oliveira foi durante sete anos quartelei-ro, época em que esteve ao serviço 24 horas por dia, seis dias por semana.

“Quando aceitei o desafio de ser quarteiro, sabia que tinha que estar sempre disponível no quartel. Por isso, mudei-me com a família de armas e ba-gagens para lá. Tinha apenas o domingo de folga”, recorda.

Num “dia especial”, que ficará “gravado para

sempre na memória”, o agora Comandante dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede fez questão de agradecer o apoio recebido pela sua família e o “voto de confiança” da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.

Embora reconheça que este é “um desafio bas-tante difícil”, José Oliveira orgulha-se de conhecer bem o corpo de bombeiros de que dispõe e, como tal, sabe que pode ir “até ao fim”.

“Darei o melhor de mim. Entrego-me com em-penho, confiança e dignidade a este compromis-so”, garantiu.

Na ocasião alertou para as dificuldades com que os corpos de bombeiros se debatem no que diz respeito à captação dos jovens para as suas filei-

ras, defendendo serem “necessário incentivos para captar novos elementos” afirmou, comprometen-do-se a, em breve, “apresentar propostas ao mu-nicípio nesse sentido”.

Em 2011 passou a integrar o comando como 2.º comandante, tendo no último ano assumido a es-trutura em regime de substituição.

Com José Oliveira foi também empossado o até agora adjunto Nuno Carvalho que passa a desem-penhar funções de 2.º comandante.

A sessão incluiu, ainda, a apresentação ao públi-co do novo edifício de formação do quartel.

em fase final de construção. O edifício dispõe de uma ampla sala de formação e de espaços de con-vívio e outra de lazer para os operacionais.

A aposta da formação foi sublinhada pelo re-cém-empossado Comandante, que manifestou a vontade de adquirir contentores para a formação na área dos incêndios urbanos. Outro dos seus ob-jetivos é o de criar uma escola de cadetes e infan-tes.

Adérito Machado, presidente da Direção da As-sociação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, falou na aposta da sua equipa nas componentes humana da formação e da discipli-nam assumindo numa outra vertente que o novo complexo que se traduz num investimento que ronda os 150 mil euros “pode vir a ser uma fonte de rendimento, já que pode ser alugada por enti-dades externas”.

CANTANHEDE

Compromisso com “empenho, confiança e dignidade”

Os Bombeiros Voluntários de Lordelo dispõem de um novo comandante,

José Freitas, natural de Baltar, com 39 anos de idade, bombeiro há cerca de um

quarto de século e herdeiro de uma tradi-ção familiar já que seu pai e irmãos são também bombeiros voluntários.

O novo comandante, profissional da Po-

licia de Segurança Pública, ingressou nos Voluntários de Baltar em 1992 como ca-dete e seguiu a carreira de bombeiro nos diversos postos até subchefe. É também

formador da Escola Nacional de Bombei-ros e técnico de ambulância de socorro.

Entretanto, desempenhou a função de adjunto de comando dos Bombeiros de

Baltar, entre Dezembro de 2015 e Março último, altura em que foi convidado para assumir o comando do vizinho corpo de Lordelo.

LORDELO

José Freitas assume estrutura

A Associação de Comandantes de Bombeiros de Portugal (ACBP) empossou recentemente os seus órgãos sociais para o triénio

2017/2019.A assembleia-geral é presidida por Miguel Antunes, tendo como

secretários, Francisco Rosa e Jorge Mendes.A direção continua a ser presidida por Carlos Jaime Santos, tendo

como vice, Francisco Rosado Santos, como secretários, Angelo Reis (1.º) e João Manuel Santos (2.º), como tesoureiro, Nelson Rodri-gues, e como vogais, Raul Moura e João Macedo.

O conselho fiscal é presidido por Carlos Santos, acompanhado por Mário Borges (secretário) e Duarte Rocha (relator).

COMANDANTES

Novos órgãos sociais empossados

O ex-comandante dos Bombeiros Voluntários de Lou-res, Américo Mateus, foi alvo de uma homenagem

promovida pela direção e comando daquela Associa-ção, presidente Carlos Monserrate e comandante Ân-gelo Simões, que contou com as presenças, a título particular, do primeiro-ministro, António Costa, do pre-sidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, do presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernar-dino Soares, entre os muitos dirigentes, elementos de comando, familiares e amigos que se juntaram à inicia-tiva.

A festa integrou-se nas comemorações em curso do 130.º aniversário da Associação e destinou-se a home-nagear o antigo comandante, que desempenhou o car-go durante 18 anos, e o seu contributo para a estrutu-ra do socorro em Portugal, nomeadamente, enquanto comandante operacional, formador e diretor da Escola Nacional de Bombeiros, e mentor de um conjunto sig-nificativo de projetos inovadores para o setor, seja a vacinação contra a hepatite B, a organização setorial da Expo 98, a tipificação dos corpos de bombeiros.

O comandante Mateus foi ainda, nomeado pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) para conselheiro superior de bombeiros, júri do concurso nacional de manobras e secretário técnico do conselho executivo da LBP.

LOURES

Homenagem ao comandante Mateus

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23JUNHO 2017

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Felgueiras deu a conhecer, re-centemente, o projeto de am-pliação e remodelação do quartel que terá capacidade e todas as condições para receber 121 ope-racionais. Na mesma ocasião, foi assinado protocolo de colabora-ção com a Câmara Municipal de Felgueiras que viabiliza a concre-tização da obra que deverá ter início até ao próximo mês de agosto.

O quartel passa a ocupar ter-renos das instalações da escola profissional local, cedidos pela Câmara Municipal e vai agora possibilitar a concretização de um sonho de anos:

“Após muitos anos de espera o quartel vai agora ser alvo de re-modelação. Vamos finalmente ter as condições necessárias para que todos os bombeiros possam desempenhar as suas funções”, diz o Arnaldo Freitas, presidente da Associação Huma-nitária de Bombeiros Voluntários de Felgueiras.

O projeto, a desenvolver numa

área de cerca de 3300 metros quadrados, tem a assinatura ga-binete Ad Quadratum Arquitetos, tratando-se de um “intervenção fortemente condicionada pelo processo de tutela e programa de financiamento, no âmbito do concurso para Intervenções na rede de infraestruturas para re-forço da operacionalidade”, con-forme assinala o arquiteto José António Lopes.

A obra vai ser realizada ao abrigo de uma candidatura a fun-dos comunitários, um investi-

mento de 750 mil euros, com-participado em 85 por cento, “mas com possibilidade de ser majorada até 95 por cento se a obra for realizada de forma mais acelerada”.

A empreitada prevê a constru-ção de raiz de um novo parque de viaturas de incêndio, possibili-tando assim separar estas das ambulâncias; a remodelação de camaratas, a construção de bal-neários e sanitários masculinos e femininos e vestiários ainda área para o comando, central de co-

municações, parada; sala de for-mação, oficina, um espaço de convívio e zonas de arrumos e a criação de um espaço onde ficará exposto o espólio dos bombeiros.

Inicialmente a Associação pre-tendia construir um quartel novo, mas abdicou da ideia, pre-ferindo remodelar e ampliar o atual, com 45 anos, possibilitan-do assim melhores condições ao corpo de bombeiros.

‘O quartel não sofre alterações desde 1980 e melhorias desde 1998. Com esta requalificação

vamos dar resposta às necessi-dades dos nossos bombeiros, em especial às mulheres que tinham condições mais restritas, pois não tinham balneários próprios’, afirma o comandante Júlio Perei-ra realçando também o facto de

o atual quartel “não ter capaci-dade para albergar todas as via-turas, sendo que parte delas fica parqueada em áreas descober-tas, o que as danifica”.

FELGUEIRAS

Apresentado projeto de remodelação do quartel

O dia 10 de junho, Dia de Portugal, foi a data escolhida pelos Bombeiros de

Ponte de Sor para mais uma cerimónia de imposição de insígnias, este ano, a 18 novos bombeiros de 3.ª e a sete de 1.ª.

No decurso da cerimónia, houve ainda lugar à apresentação pública dos ele-

mentos da Equipa de Intervenção Per-manente (EIP), assim como, para a lei-tura e entrega de um Louvor ao Bombei-ro de 1.ª, Artur Monteiro Alexandre.

Na ocasião foram apresentadas duas novas viaturas de combate a incêndios, um Veículo Florestal de Combate a In-cêndios (VFCI), adquirido no âmbito do

(PO SEUR), e um Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI), oferta do município de Ponte de Sor.

Numa manhã de emoções, no mo-mento em que os bombeiros, convida-dos e população, se deslocavam para junto dos dois novos veículos, já em ex-posição no parque de estacionamento

em frente ao quartel, eis que entra na-quele espaço um veículo de comando, de rotativo e sirene ligada com a inscri-ção, “BOMBEIROS DE PONTE DE SOR”, “VCOT 02. Naturalmente, este foi mais um momento de surpresa e grande emoção.

Registe-se que os Voluntário de Ponte

de Sor “careciam de um veículo de co-mando com melhores condições” e a ne-cessidade estava sinalizada, estando o investimento previsto apenas para 2018, contudo a direção, “após relevan-te ginástica financeira”, conseguiu suprir a lacuna “ainda antes do início da fase “Charlie” do DECIF 2017”.

PONTE DE SOR

Direção surpreende comando

Os Bombeiros Voluntários de Barcelinhos co-memoraram o seu 96º aniversário com a im-

posição de medalhas a um conjunto significativo de elementos do corpo de bombeiros e a inaugu-ração de quatro novas ambulâncias de transporte de doentes (ABTM) oferecidas por empresas e beneméritos locais no passado dia 24 de junho.

A sessão solene comemorativa foi presidida por Miguel Costa Gomes, presidente da Câmara Municipal de Barcelos, e contou também com as

presenças, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, do presidente da Federação de Bombeiros do Dis-trito de Braga, Fernando Vilaça, do comandante operacional distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Hermenegildo Abreu, acolhidos, pelo presidente da direção da Associação, José Arlindo Costa, pelo comandante, José Beleza, e restantes órgãos sociais e elementos do quadro de comando.

Ainda no dia 24, além do arranque das come-morações com o tradicional hastear das bandei-ras, decorreu ainda um almoço e o habitual pas-seio proporcionado às crianças.

No dia 25 de junho, domingo, procedeu-se à romagem aos cemitérios, à homenagem ao bom-beiro no monumento existente e à celebração de uma missa, na igreja paroquial, de ação de gra-ças e sufrágio pelos bombeiros, associados, ben-feitores e dirigentes falecidos.

BARCELINHOS

Bombeiros inauguram quatro ambulâncias

Foto

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elos

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24 JUNHO 2017

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soa-

res inaugurou, no dia 20 de ju-nho, o quartel dos Bombeiros Voluntários de Trancoso, um moderno e operacional comple-xo com todas as condições para receber operacionais e meios. Foram muitos os populares e outros tantos convidados que marcaram presença nesta ceri-mónia que serviu também para assinalar o 85.º aniversário desta instituição do concelho da Guarda. E que teve como mo-mento maior um introspetivo minuto de silêncio em memória das vítimas do inferno de Pe-drógão Grande.

Depois de uma semana ne-gra, marcada pela tragédia, Jai-me Marta Soares aproveitou o púlpito, para uma vez mais, louvar o trabalho dos bombei-ros e a missão que desempe-nham exemplarmente, mesmo nos mais exigentes teatros de operações, garantindo:

“Os nossos bombeiros valen-tes, sempre no lugar certo, evi-taram que a desgraça fosse maior, com os seus conheci-mentos e a sua competência di-minuíram em muito os estra-gos” defendeu, para depois prestar homenagem pública ao bombeiro Gonçalo Conceição que pereceu neste violento campo de batalha e aos quatro outros operacionais dos Volun-tários de Castanheira de Pera que ainda lutam pela vida no hospital.

Falou do “monstro” de Pedró-gão e da Castanheira, reconhe-ceu a sua força brutal e destrui-dora, que “ninguém podia pre-ver, nem mesmo os grandes especialistas” mas colocou-se à margem da polémica que lavra em praça pública com um dis-curso de recolhimento, quase intimista, em jeito de elogio e agradecimento, também, aos dirigentes e às famílias dos bombeiros que classificou como “retaguarda avançada da estru-tura”.

O novo quartel dos Voluntá-rios de Trancoso traduz um in-vestimento de 1.1 milhões de euros e obteve financiamento, em 85 por cento, do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT) sendo o res-tante assegurado pela autar-

quia que, também, cedeu o ter-reno. Ainda a funcionar nas acanhadas instalações no cen-tro da cidade, os bombeiros contam em breve mudar para a nova casa, logo que esteja as-segurado o sistema de comuni-cações, conforme garantiu ao jornal Bombeiros de Portugal, João Batista, o presidente da instituição.

Em dia de festa grande, fo-ram, ainda, apresentadas e benzidas quatro viaturas de vá-rias valências, a maioria ofere-cida pelo departamento de in-cêndio do cantão suíço de Waa-dt, mercê do empenho de João Fonseca, um antigo bombeiro trancosense que, mesmo de-pois de emigrar para a Suíça, não deixou de colaborar com a instituição, à qual já garantiu cerca de uma dezena de viatu-ras e muito e variado material, incluindo equipamentos de pro-teção individual. Dedicado à causa, que serve no país de acolhimento, também, como voluntário, este emigrante nas-cido nas Courelas muito tem contribuído para melhorar a operacionalidade dos corpos de bombeiros não só neste conce-lho, mas também nos territó-rios vizinhos. A ânsia de querer trazer tudo para a sua terra passou-a aos responsáveis suí-

ços também empenhados neste desígnio, a prová-lo a presença de três destes elementos nesta cerimónia.

O programa, vasto, incluiu a celebração de missa nas novas instalações, bem como a entre-ga a vários elementos do corpo de bombeiros de medalhas de assiduidade e a distinção do chefe Quadro de Honra José Au-gusto Veríssimo, com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses.

No decorrer da sessão sole-ne, o presidente da direção da associação, João Baptista e o comandante do corpo de bom-beiros, Luiz Vaz, falaram do projeto que enceta um novo ci-clo na já longa vida da institui-ção e não esqueceram todos os que de alguma forma ajudar a concretizar o sonho e a erguer o novo complexo operacional, no-meadamente Jaime Marta Soa-res, os presidentes da Câmara Municipal e da federação dos bombeiros da Guarda, o bispo da Guarda, o comandante ope-racional distrital e ainda Antó-nio Fonseca, Olivier Jenmond, Álvaro Guerreiro, Gil Barreiros, Serra Bugalho, o cónego Joa-quim António, Luís Caetano e Júlio Sarmento, todos agracia-dos com um “capacete de Hon-ra”.

TRANCOSO

Bombeiros já têm nova casa

Juntaram-se à festa do 85.º aniversário dos Voluntários de Trancoso, entre outras indivi-dualidades, o presidente do município, Amílcar Salvador; o presidente da Mesa da Assem-bleia Geral da associação, Júlio Sarmento; o Comandante Ope-racional Distrital (CODIS) de Braga, António Fonseca; o pre-sidente da Federação de Bom-beiros do Distrito da Guarda, Paulo Amaral e bispo da Guar-da, D. Manuel da Rocha Felício, par além de associados, fami-liares e amigos dos bombeiros e representantes das congéneres não só do distrito, mas também de outros pontos do Pais.

Sofia Ribeiro

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25JUNHO 2017

Numa cerimónia emotiva Almeida Lopes, depois de 25 anos no comando dos

Voluntários de Leiria passou o testemunho ao seu filho Luís Lopes. Lágrimas, abraços, agradecimentos e memórias marcaram, assim, presença nas cerimónias comemorativas do 33.º aniversário deste corpo de bombeiros que tiveram como cenário a Fonte Luminosa, em pleno coração da cidade, onde foram, ainda, inauguradas três novas viaturas.

Frontal, alinhado apenas com a causa e combativo José Car-los Fonseca de Almeida e Lopes granjeou respeito no setor que lhe deve o reconhecimento pelo trabalho e pelo exemplo, como aliás assinalou o presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) Jaime Marta Soares.

“Homem polémico, irreve-rente, homem de um coração maior, com valor e substância”. São homens como este que os bombeiros portugueses preci-sam”, Obrigada Almeida Lopes pelos que fizeste e vais fazer pelos bombeiros de Portugal”, disse o líder da confederação.

Registe-se que Almeida Lo-pes ingressou no Corpo de Bombeiros Voluntários de Pene-dono em 1 de janeiro de 1974, na categoria de cadete, tendo sido transferido para o quartel de Lamego em fevereiro de 1976, cidade onde estudou, até janeiro de 1977. Regressou a Penedono de onde saiu em 1981 como bombeiro de 2.ª para assumir o comando dos Voluntários de Celorico da Beira até 1989, quando, por razões profissionais se mudou para Leiria. Assumiu o comando dos Voluntários de Leiria em março de 1992 missão que cumpriu

até 4 de junho de 2017. Assim, depois de 36 anos, três meses e 24 dias no quadro ativo e 25 anos, três meses e três dias Al-meida Lopes ingressou no qua-dro de honra, revelando-se, contudo, para continuar a cola-borar ativamente com a insti-tuição.

O novo comandante Luís Lo-pes abraçou a causa 1995 como cadete nos Voluntários de Lei-ria, onde efetuou a sua carreira no quadro ativo até à categoria de Subchefe em 29 de maio de 2005. Tomou posse como 2.º comandante a 21 de julho de 2006, tendo permanecido no Quadro de Comando até 1 de março de 2013, data em que assumiu funções na Autoridade Nacional de Proteção Civil como 2.º Comandante Operacional Distrital de Leiria. Licenciado em Proteção Civil pela Escola Superior de Tecnologia e Ges-tão do Instituto Politécnico de Leiria e mestrando em Dinâmi-cas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos da Universidade de Coimbra, regressou aos Vo-luntários de Leiria em fevereiro de 2017 na categoria de oficial bombeiro de 1ª.

Na sua intervenção o presi-dente da LBP prestou tributo aos fundadores, enalteceu o trabalho dos bombeiros em prol

da comunidade que servem e o País, mas não esqueceu os ele-mentos dos órgãos sociais, os “bombeiros sem farda” e os as-sociados como garante “do fun-cionamento democrático da in-dependência” e que inviabili-zam “a utilização abusiva de associações livres e autóno-mas”.

Apelou á união na salvaguar-da e defesa dos “pontos de vis-ta dos bombeiros” na organiza-ção que visam “objetivamente as ferramentas que permitem alavancar a prestação de servi-ço à comunidade”

“Não pedimos nada para nós, queremos ter para poder dar. Não somos pelo ter, somos pelo ser”, disse, para (re)centrar o discurso da união e congrega-ção de esforços evidenciados, segundo Jaime Marta Soares, no êxito das comemorações do Dia do Bombeiro Português, não obstante o “incidente de re-cusa” das Federação dos Bom-beiros do Distrito de Lisboa.

“A unidade ficou afirmada no dia 28 junho em Cascais, onde estiveram representadas com os seus estandartes mais de 85 por cento das associações do Pais, e nem aqueles que, por-ventura, têm agendas próprias, conseguiram estragar, só con-seguiram prestar um mau ser-

viço aos bombeiros portugue-ses”, fez questão de sublinhar.

Numa cerimónia marcada pelo reconhecimento dos ho-mens e mulheres que volunta-riamente servem a cidade de Leiria a Liga dos Bombeiros Por-tugueses agraciou com meda-lhas de Serviços Distintos o 2.º comandante Paulo Sérgio Alves de Sousa a Bombeira Supranu-merária de 2. ª Maria de Fátima Moital e o chefe Paulo Carlos Marques Grilo (prata).

Na ocasião foram distinguidos vários elementos dos órgãos so-ciais e bombeiros com medalhas de “Bons Serviços Prestados” da associação, da mesma forma que foram agraciados com me-dalhas de assiduidades da Liga dos Bombeiros Portugueses os bombeiros de 3.ª Alda Filipa Gaspar Gomes, Daniela Alexan-dra Coutinho Pedrosa, Dário João dos Santos Brites, Diana Filipa Matos de Oliveira, Edite Ferreira Filipe, João Miguel Gon-çalves Antunes, Luis Filipe Ma-tos Teixeira, Raul Gomes Velez,

Ricardo Manuel Gonçalves Silva e Tiago João Cruz Reis (grau Co-bre), ainda os bombeiros de 2.ª Cidália Maria Santos Gonçalves Antunes, Fábio André Carvalho Teixeira, Nelly Loureiro Vieira e Patrício Neves Rosa e o bombei-ro de 3.ª Ana Raquel Rodrigues Matias (grau Prata) e, também, o subchefe João Tiago Brites Agostinho, os chefes Hugo Ma-nuel Simões Belo e Luis Manuel Vieira Dias o bombeiro de 2.ª Luis Eduardo Nogueira Sousa Lopes e o bombeiro de 3.ª Fer-nando Manuel Mendes Cordeiro.

chefe Albino Gomes Rodrigues, o Subchefe Arlindo da Silva Al-ves, os bombeiros de 1.ª Carlos da Mota Pereira e José António da Silva Costa e o bombeiro de 2.ª Magda Hiola Jesus Abreu (grau Ouro).

A sessão ficou ainda marcada pelo ingresso no quadro de hon-ra do chefe Basílio de Jesus Cas-tro, porta-estandarte da asso-ciação depois de cumprir 28 anos, cinco meses e 25 dias de “exemplares serviços à comuni-dade”.

Sofia Ribeiro

LEIRIA

“Não somos pelo ter, somos pelo ser”

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26 JUNHO 2017

O presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP)

defendeu em Arruda dos Vinhos que “os bombeiros não podem receber menos do que recebe-ram no ano anterior” em termos de financiamento e lembrou que a confederação “não faz discus-são na rua mas somos muito reivindicativos mesmo que com elevação institucional”.

O comandante Jaime Marta Soares falava na sessão solene comemorativa do 128.º aniver-sário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ar-ruda dos Vinhos e lembrou, na oportunidade, que, “não abdica-remos que em 30 de setembro próximo estejam fechados os documentos”, a propósito dos grupos de trabalhos criados en-tre a LBP e o Ministério da Admi-nistração Interna (MAI) para re-ver a lei do financiamento das associações e arrancar com o cartão social do bombeiro.

O presidente da LBP defendeu ainda que, na fase “Charlie” do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DE-CIF) o MAI aumente 1 euro a compensação dada aos bombei-

ros e que até 2020 esse apoio atinja os 50 euros por dia.

O programa comemorativo incluiu a inauguração da galeria dos presidentes no salão nobre do quartel, na sequência da ga-leria dos comandantes já exis-tente na mesma sala.

No caso dos presidentes, es-tão patentes as 12 fotografias dos dirigentes que ocuparam aquele cargo desde 1945: Luis Ferreira, capitão Celestino da Costa, tenente Armando Ribei-ro, João Manuel Vaz Monteiro Carvalho, José do Carmo Mar-ques, Manuel Pinto Matos, Jeró-nimo Raposo Dias, Rui Santos Silva, António Tomás dos San-

tos, Américo Carvalho Ferreira, Joaquim Gonçalves.

O aniversário foi o momento encontrado para inaugurar o novo estandarte da Associação, agora com duas fases ao contrá-rio do anterior que dispunha ape-nas de uma face com o símbolo da instituição e para saudar a es-cola de cadetes e infantes com meia centena de elementos.

A Associação de Bombeiros Ultramarinos – NABUL, aprovei-tou também a ocasião para pro-ceder à entrega do diploma de sócio honorário ao presidente da assembleia-geral da Associa-ção e antigo dirigente da LBP, Rui Silva.

Na sua intervenção, o co-mandante Acácio Raimundo rei-vindicou mais uma vez a neces-sidade do corpo de bombeiros dispor de uma EIP e divulgou louvores, ao adjunto de coman-do Pedro Pereira, por um salva-mento realizado em S. Pedro de Soito, e aos bombeiros, Élio David (1.ª) e Élio Amaral (3.ª) pelo trabalho desenvolvido com a escola de infantes e cadetes.

Foram também entregues medalhas de assiduidade da

LBP, por 15 anos, ao adjunto Pe-dro Pereira, ao bombeiro de 2.ª Nuno Carvalho e ao bombeiro de 3.ª Pedro André Ramos, de 10 anos, à bombeira de 3.ª Ana Rita Pereira, e de 5 anos, ao bombeiro de 3.ª Marco Raimun-do e ao estagiário Diogo Pereira.

A sessão solene foi presidida pelo presidente da Câmara Mu-nicipal de Arruda dos Vinhos, André Rijo, e contou com as presenças, da presidente da As-sembleia Municipal, Catarina

Gaspar, do presidente da LBP, do Diretor Nacional de Bombei-ros da ANPC, Pedro Lopes, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lis-boa, comandante Manuel Vare-la, do comandante distrital de Lisboa da ANPC, André Fernan-des, acolhidos, pelo presidente da assembleia-geral, Rui San-tos Silva, pelo presidente da di-reção, José Maria Seixas, res-tantes órgãos sociais e coman-do.

ARRUDA DOS VINHOS

Bombeiros não podem receber menos

O comandante Fernando Lu-cas foi agraciado com o cra-

chá de ouro da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP), no decorrer na cerimónia comemo-rativa dos 142.º aniversário dos Bombeiros da Covilhã,

Há 37 anos ligado à causa, Fernando Lucas não esconde a satisfação pela distinção que partilha com todos os elemen-tos do corpo ativo que diz o tem apoiado “nesta labuta diária que é a função de um coman-dante”.

A sessão fica, ainda, marcada pela entrega das insígnias aos 22 novos bombeiros covilhanen-ses, “mais-valia para a atividade operacional”, uma vez que “a captação de novos voluntários continua a ser uma prioridade”.

“Cada vez mais os corpos de bombeiros têm que saber cati-var voluntários sabendo-se que a nível nacional existe um gran-de défice no recrutamento”, as-

sinala o comandante para de-pois se congratular com a o in-gresso destas mais de duas de-zenas de elementos que “vão, com toda a certeza, contribuir para um melhor funcionamento do corpo de bombeiros”.

Em dia de festa os Voluntários da Covilhã receberam duas no-vas ambulâncias, sendo que até final do ano o comandante es-pera, ainda, ter ao serviço uma

viatura ligeira de combate a in-cêndios e uma outra ambulância de socorro, assegurando a ne-cessária renovação de uma “frota obsoleta” .

“Temos ambulâncias que saem do quartel e quando re-

gressam têm de ir logo para a oficina. A maior parte dos carros de incêndio está nas mesmas circunstâncias e por isso impor-ta prosseguir o esforço de reno-vação”, assinala Fernando Lu-cas.

COVILHÃ

Comandante distinguido

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27JUNHO 2017

A Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Fundão assi-

nalou recentemente o seu 90.º aniver-sário, em clima de festa e grande parti-cipação popular. O programa comemo-rativo começou bem cedo com o içar das bandeiras e a entrega das meda-lhas de assiduidade e bons serviços atribuídas pela Liga dos Bombeiros Por-tugueses aos bombeiros e dirigentes e a aposição das divisas e entrega de ca-pacetes a seis novos bombeiros (quatro

homens e duas mulheres) a que se se-guiu o desfile das viaturas – em serviço e antigas, pelas ruas da cidade do Fun-dão.

Após o desfile apeado, constituído pela fanfarra, corpo ativo e escola de infantes e cadetes, realizou-se uma missa aniversaria presidida pelo cape-lão dos Bombeiros Voluntários do Fun-dão, à qual se seguiu a homenagem aos bombeiros falecidos junto do talhão dos bombeiros no cemitério local.

As cerimónias ficaram ainda marca-das pela bênção de 6 novas viaturas, das quais, 4 ambulância de transporte de doentes, 1 ambulância de socorro, que vêm renovar parcialmente a frota antiga, e uma viatura de salvamento e assistência especial.

Para encerrar as comemorações, rea-lizou-se um almoço convívio, onde mar-caram presença os bombeiros, dirigen-tes e convidados. Na oportunidade, o presidente da Câmara Municipal do

Fundão anunciou a disponibilidade do Município em assumir a componente nacional para a aquisição do VFCI apoiada no âmbito do POSEUR, e comu-nicou que se encontra em elaboração uma proposta de Regulamento Munici-pal de Concessão de Apoios Sociais aos Bombeiros Voluntários do Fundão. Car-los Jerónimo, presidente da Direção, anunciou que muito em breve se espera uma decisão do secretário de Estado da Administração Interna quanto à consti-

tuição da EIP do Fundão, assunto da maior urgência para os bombeiros e concelho do Fundão.

Marcaram presença nas comemora-ções, além do executivo da Câmara Mu-nicipal do Fundão e da União de Fregue-sias do Fundão, o segundo comandante distrital de operações de socorro de Castelo Branco da ANPC, e os coman-dantes dos Bombeiros Voluntários de Belmonte, Idanha a Nova, Sertã e Pe-namacor.

FUNDÃO

Inauguradas seis novas viaturas

“Tudo o que se fizer para ajudar os bombeiros é

para ajudar todos”, lembrou o presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) na ceri-mónia comemorativa do 111.º aniversário da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Volun-tários de Oliveira de Azeméis.

O comandante Jaime Marta Soares, a propósito dos recen-tes incêndios de Pedrógão Grande, sublinhou que “os bombeiros nunca se renderam e voltaram sempre à luta afir-mando conhecimentos, cora-gem e altruísmo no máximo pa-tamar” e frisou que “não pen-sem os mensageiros da desgra-ça que andam por aí que nos vão desviar da nossa obrigação e exigência do lado dos bombei-ros para que seja reconhecido o seu papel e para que sejam res-sarcidos à medida do esforço que desenvolvem”.

A propósito, o presidente da LBP lembrou que os bombeiros correspondem a 96 por cento dos meios humanos e materiais presentes nos sinistros e que “são os que menos recebem do bolo do Estado, sem horários fi-xos ou horas extraordinárias como outros”.

O comandante Jaime Soares informou ainda que a proposta feita pela direção dos Bombei-ros de Oliveira de Azeméis para a atribuição do colar de mérito da confederação ao comenda-

dor António Rodrigues irá ser presente ao próximo congresso da LBP, conforme determina o regulamento de distinções ho-noríficas.

Durante a cerimónia come-morativa, o presidente da LBP convidou alguns dos presentes na mesa para o acompanharem na atribuição do crachá de ouro ao secretário da direção, Sérgio Albergaria, ao subchefe Manuel Tavares dos Santos e ao bene-mérito Rui Paulo Rodrigues, e a medalha de serviços distintos grau cobre ao bombeiro de 1ª Manuel Alves Moreira.

Por seu turno, a Associação dos Bombeiros de Oliveira de Azeméis atribuiu pela primeira a sua medalha de ouro à bene-mérita Maria Aldina Valente.

Antes da sessão solene, em parada, assistiu-se ao juramen-to de 10 novos bombeiros de 3.ª (Rui Seabra, Rui Santos, Jorge Machado, Marco Pinto, Marta Nunes, João Oliveira, Si-mão Lopes, Rúben Pinho, Rú-ben Tavares e Ricardo Gomes), a promoção a 2.ª dos bombei-ros, Nuno Oliveira, Agostinho, Xavier Silva e João Nunes.

Procedeu-se ainda à entrega de medalhas de assiduidade da LBP, do quadro de honra, a Luis Santos, António Costa e José Maria, de dedicação 25 anos, a Manuel Monte, e de cinco anos, aos bombeiros, Paulo Soares, João Nunes e Cecília Martins.

Ainda em parada, decorreu a inauguração de três novas via-turas, uma ABTM, uma ABSC e uma VETA, apadrinhadas, res-petivamente, pelo comendador António Silva Rodrigues, por Rui Paulo Rodrigues e pelo Gru-po Simoldes. Com esta inaugu-ração, a Associação irá proce-der ao abate de quatro viaturas antigas.

As cerimónias foram presidi-das pelo vice-presidente da Câ-mara Municipal de Oliveira de Azeméis, Ricardo Tavares, e contou com as presenças, do presidente da Assembleia Muni-cipal, do presidente da LBP, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Avei-ro, Marco Braga, pelo coman-dante distrital de Aveiro da ANPC, António Ribeiro, acolhi-dos, pelo presidente da assem-bleia-geral, professor José Go-dinho, do presidente da dire-ção, professor António Almeida

Gomes, do comandante Paulo Vitória, e restantes membros dos órgãos sociais e do coman-do.

Inicialmente, ao aniversário

dos Bombeiros de Azeméis es-tavam também associados, quer o dia municipal, quer o dia distrital dos Bombeiros, com manifestações de rua previstas.

As trágicas ocorrências verifica-das no país levaram à suspen-são dessas manifestações e, apenas, à realização do aniver-sário dentro de portas.

OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Ajudar os bombeiros é ajudar todosFo

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28 JUNHO 2017

As comemorações recentes do 46.º aniversário da Associa-

ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas (AHBVB) ficaram marcadas pela inaugura-ção das obras de requalificação do quartel e de uma nova ambu-lância de transporte múltiplo (ABTM), apadrinhada a título póstumo por Olímpio Pires André, ex-presidente da Junta de Fre-guesia de Boticas e antigo diri-gente da associação.

A celebração teve início com o hastear da bandeira nacional e a romagem ao cemitério, para ho-menagem a bombeiros e dirigen-tes já falecidos. Seguiu-se a habi-tual formatura, que contou com a presença de representantes de entidades e instituições locais, regionais e nacionais de proteção civil, bem como familiares, ami-gos e sócios da Associação Hu-manitária de Boticas, durante a

qual tiveram ainda lugar as pro-moções de três bombeiros da corporação.

De seguida decorreu a inaugu-ração das obras de beneficiação e requalificação do quartel compar-ticipadas pela empresa Iberdrola, ao abrigo do programa de com-pensações financeiras atribuídas no âmbito da construção da bar-ragem do Alto Tâmega. O descer-ramento da placa foi feito pelo

presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, e pela res-ponsável ambiental do Projeto Tâmega da Iberdrola, Sara Hoya.

A cerimónia, que decorreu no salão nobre do quartel e que pre-cedeu a celebração eucarística, contou ainda com a presença do representante da Liga dos Bom-beiros Portugueses, comandante José Fernandes, do comandante distrital de operações de socorro

(CODIS), Álvaro Ribeiro, e do presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Vila Real, José Pinheiro.

A aquisição de mais uma via-tura vem, segundo o Presidente da AHBVB, Fernando Queiroga, “contribuir para um melhor e mais eficiente apoio às popula-ções, permitindo que as desloca-ções até aos serviços de saúde sejam mais rápidas e menos

cansativos. Temos recebido inú-meras solicitações, tornando-se fundamental mais esta viatura para podermos dar uma resposta à altura das necessidades da po-pulação”. Fernando Queiroga in-formou ainda que em 2017, “só em termos de saúde foram reali-zados mais de 37 mil serviços, perfazendo perto de 500 mil qui-lómetros percorridos”. A propósi-to desta aquisição, que contou

com a comparticipação da Câma-ra Municipal, o presidente recor-dou que “desde que tomamos posse em 2005, há 12 anos, por-tanto, já adquirimos 14 novas viaturas, entre carros de incên-dio e de saúde, o que nos permi-tiu renovar o parque automóvel e ter atualmente uma frota capaz de dar resposta às necessida-des”.

Logo após a missa, realizou-se o tradicional desfile apeado e mo-torizado pelo centro da vila de Boticas e a homenagem a todos os bombeiros junto ao monu-mento dedicado aos soldados da Paz, localizado na rotunda do Largo Conde Vila Real.

Por fim, decorreu no Pavilhão Multiusos um almoço convívio onde não faltou o habitual bolo de aniversário alusivo ao 46º ani-versário dos Bombeiros Voluntá-rios de Boticas.

BOTICAS

Nova ambulância é homenagem póstuma

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Salvação Pública comemorou o 81.º aniversário e recebeu da parte do presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira, que presidiu à ses-são solene, a garantia de um reforço de 10 euros por dia aos bombeiros que integrem o com-bate aos incêndios florestais no âmbito do DECIF.

As comemorações do aniver-sário tiveram início com o has-tear das bandeiras no quartel e com a romagem ao cemitério novo, ao Senhor das Portas e ao cemitério velho. Seguiu-se o desfile motorizado pelas principais artérias da cidade, que terminou no quartel, com os bombeiros em formatura, acompanhados pela fanfarra

dos Bombeiros Voluntários de Vidago.

Em parada procedeu-se en-tão à atribuição de medalhas de assiduidade aos bombeiros, Bruno Borges e Amélia Teixeira, de grau ouro, correspondentes a 20 e 15 anos de serviço, res-petivamente, Tiago Silva, de grau prata, por 10 anos, e An-tónio Pinto, de grau cobre por cinco anos de dedicação à cau-sa humanitária.

As comemorações continua-ram com a sessão solene reali-zada no salão nobre onde mar-caram presença várias entida-des, incluindo, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real, José Pi-nheiro, o comandante distrital da ANPC, António Ribeiro, au-tarcas e outros representantes

institucionais, familiares e ami-gos dos bombeiros.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Chaves, António Ca-beleira, referiu o apoio agora facultado aos bombeiros refe-rindo que será um “esforço sig-nificativo para o concelho” mas

que vale a pena porque “esta-mos a gratificar de forma sim-bólica a disponibilidade perma-nente dos bombeiros” que abdi-cam do tempo com as suas fa-mílias e que põem em risco as suas vidas para “salvar a nossa e os nossos bens”.

O autarca flaviense disse ainda que, embora a maior par-te dos apoios provenha do Esta-do, a Câmara de Chaves tem conseguido complementar es-sas ajudas através da realiza-ção de obras nos quartéis, na aquisição de viaturas e, este

ano, no aumento do subsídio entregue a cada corporação, no valor de 45 mil euros.

Na sessão solene o coman-dante José Carlos Silva entre-gou ainda louvores aos bombei-ros Ricardo Rebelo e Ana Cristi-na Jesus.

CHAVES

Salvação Pública recebe reforço municipal

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29JUNHO 2017

A atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Por-

tugueses (LBP) aos subchefes Davide Medeiros e Jorge Olivei-ra foi um dos pontos altos das comemorações do 105.º ani-versário da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários do Faial, Açores.

O programa das comemora-ções distribuiu-se entre 4 e 16 de maio último, culminando com a sessão solene em que fo-ram atribuídos os crachás e ou-tras distinções. Entre elas, in-cluíram-se, a atribuição das medalhas, de serviços distintos grau ouro e de assiduidade por 25 anos, da LBP, ao segundo comandante do corpo de bom-beiros Luis Paulo Medeiros Du-tra de Andrade, atualmente em

comissão de serviço como ins-petor coordenador do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

Foram também condecorados com a medalha de assiduidade, por 20 anos, da LBP, os subche-fes Manuel Correia e Marco Aze-vedo e o bombeiro de 2.ª Paulo Pereira, e passou ao quadro de honra o bombeiro de 1.ª Gabriel Gil da Costa Medeiros.

No capítulo das promoções, quatro bombeiros foram pro-movidos a subchefe, Davide Medeiros, Manuel Correia, Mar-co Azevedo e Paulo Teixeira, e sete a bombeiros de 2.ª, Álvaro Fialho, Délcio Dias, Elisabete Pamplona, João Miguel, Luis Riscado, Márcia Medeiros e Nuno Prazeres.

A sessão solene que concluiu as comemorações foi presidida pelo secretário regional da Saú-de, Rui Luis, e contou com as presenças, do presidente da Câmara Municipal da Horta, José Leonardo da Silva, do ins-petor coordenador do SRPCBA já referido, do presidente da Fe-deração de Bombeiros dos Aço-res, Manuel Soares, do delega-do da Secretaria Regional de

Turismo e Transportes da Horta, Nuno Pacheco, do chefe do Ser-viço de Socorros do Aeroporto da Horta, Paulo Fialho, do capi-tão do Porto da Horta, capitão de fragata Paulo Silva, e outros representantes de entidades lo-cais, acolhidos pelo presidente da direção, José Manuel Braia

Ferreira, restantes órgãos so-ciais e comando do corpo de bombeiros da Associação.

O programa das comemora-ções incluiu, no dia 4 de maio, um toque de sirene e 1 minuto de silêncio por ocasião do dia internacional do bombeiro, no dia 13, um dia aberto à comuni-

dade, no dia 14, a comemora-ção do Dia Municipal do Bom-beiro e, no dia 16, a romagem ao cemitério do Carmo, missa de ação de graças na igreja ma-triz do Santíssimo Salvador da Horta, um desfile motorizado e, por fim, a sessão solene a que fizemos também referência.

FAIAL

Crachá de ouro para subchefes

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP) comandante Jaime Mar-ta Soares, saudou em Bragan-ça a abertura dada pelo Minis-tério da Administração Interna para acolher a necessidade de rever a lei de financiamento das associações humanitárias de bombeiros e defendeu a necessidade urgente de, nesse sentido, evitar a insolvência das associações e, para já, ga-rantir que “nenhuma associa-ção receba menos que no ano anterior” e que “tem de haver sempre um aumento anual de 2,5 milhões de euros”.

O comandante Marta Soares falava durante a sessão solene comemorativa do 127º aniver-sário da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Bragança que foi presidida pelo secretário de Estado da Administração Interna.

Jorge Gomes aproveitou o ensejo para desvalorizar as críticas de que foi alvo por par-te dos bombeiros e garante que nunca chamou amadores

BRAGANÇA

Presidente da LBP saúda alterações ao financiamento

aos soldados da paz e assegu-rou que nunca teve intenção de pôr em causa o profissiona-lismo dos bombeiros.

Sobre o financiamento das associações, Jorge Gomes su-blinhou que “a lei, que é de 2015, não é boa” e adiantou que “tivemos uma reunião

com a Liga dos Bombeiros Portugueses e chegámos à conclusão que seria melhor procedermos a uma proposta de alteração de lei e criámos para isso um grupo de traba-lho”.

A sessão solene comemora-tiva dos 127 anos da Associa-

ção Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Bragança, ficou assinalada com promo-ções, com a inauguração de uma ambulância, uma das duas previstas obter este ano, e a inauguração de um hangar de viaturas pagos na íntegra por fundos próprios, incluindo

a quotização dos associados e mão-de-obra oferecida, como

esclareceu o presidente da as-sociação, Rui Correia.

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30 JUNHO 2017

Os Bombeiros de Felgueiras lançaram, recentemente, a

campanha ‘VOCÊ escolhe ajudar, NÓS ajudamos! aceita?’, visando sensibilizar a população incenti-vando-a a associar-se à institui-ção e à causa.

‘Os Bombeiros Voluntários de Felgueiras necessitam da ajuda de todos para continuarem a aju-dar a salvar vidas. Queremos uma associação forte, que consi-ga, sempre, dar resposta às mais variadas solicitações da comunidade’, afirma o presidente da direção, Arnaldo Freitas.

A par da campanha que se prolonga até ao final do ano com o objetivo de alcançar os 10 mil associados, a instituição vai realizar várias ações nas diversas freguesias do concelho, no-meadamente workshops de Suporte Básico de Vida e de Incêndios Florestais, com datas ainda a definir.

A Associação Empresarial está comprometida

com este desígnio e os Bombeiros de Felgueiras esperam novos parceiros que permitam assegu-rar algumas regalias aos associados.

Registe-se que em 2016 este corpo de bom-beiros prestou socorro a 2745 pessoas, comba-teu em 290 incêndios florestais 49 em constru-ções e 14 incêndios em viaturas. ‘Para tudo isto percorremos 651 251 km e dedicamos à comu-nidade 22 070 horas de trabalho’, conforme as-sinala o presidente da associação.

FELGUEIRAS

Associação apela ao envolvimento

A Fundação Rotária Portugue-sa entregou 12 equipamen-

tos de proteção individual para o combate a incêndios florestais aos Bombeiros de Alter do Chão.

A oferta efetuada em duas fa-ses teve como mentora Manuela Branco, do Rotary E-Club Portu-gal D. 1960 apoiada pelos jo-

vens do Rotaract Clube da Ama-dora, Castelo Branco e Tavira.

Em comunicado direção e co-mando dos Voluntários de Alter

do Chão agradecem “o trabalho e tempo despendido e o envolvi-mento de todos os que torna-ram possível esta dádiva”.

ALTER DO CHÃO

Rotários garantem EPIA Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede

assinalou o Dia Internacional da Família (15 de maio) com uma caminhada solidária cuja a favor dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, que juntou a equipa formativa, as crianças da creche e jardim infantil, pais e outros familiares.

De acordo com a Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede, “com esta iniciativa pretendeu-se sensibilizar e envolver toda a comunidade escolar e a população em geral, para a importância de uma cidadania ativa, no âmbito de uma campa-nha solidária a favor dos bombeiros”.

A verba apurada, cerca de 470 euros, permitiu a aquisição de um capacete de combate a fogo urbano.

Entretanto, dias depois, o salão da sede dos Voluntários de Cantanhede foi palco para a quar-ta edição do “Concerto Solidário” realizado pelos alunos da Orquestra de Sopros da Academia de Música de Cantanhede, a favor dos bombeiros.

Dirigidos pelo professor Nuno Choupeiro, os jo-vens músicos interpretaram, com uma qualidade assinalável, temas como “Fall River Overture”, “The Tempest”, “The sun will rise again”, “Pearl

Harbor”, “Encanto”, “African Symphony” e “Latin Gold”.

De referir que a Academia de Música de Canta-nhede é uma escola particular com autonomia pedagógica e conta com cerca de 200 alunos a frequentar os níveis de iniciação e curso básico de música nos vários instrumentos de acordo com a sua oferta educativa.

Também o Rancho Regional “Os Esticadinhos”, e o Grupo Folclórico Cancioneiro de Cantanhede, deram as mãos na promoção do I Festival da Amizade, cujas receitas reverteram na totalidade para os Bombeiros de Cantanhede.

Participaram no encontro, para além dos gru-pos anfitriões, o Rancho “Os Resineiros” de Alca-ravela e o Grupo Folclórico do Centro Social de Vila Nova de Sande.

CANTANHEDE

Comunidade solidária

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de

Fanhões comemorou o seu 89.º aniversário e aproveitou a oca-sião para proceder à inaugura-ção de uma nova ambulância de socorro, à promoção de novos bombeiros e a atribuição de me-dalhas de assiduidade.

A ambulância foi obtida com o apoio das empresas “Socorsul”, “Renascimento”, “Portigrade” e da igreja Maná, entidades alvo da devida homenagem durante a sessão solene que se seguiu à inauguração.

Foram promovidos a bombei-ros de 3.ª os estagiários, Tiago Alexandre serra Jacinto, Rui Tia-go Cruz Oliveira, Bruno Filipe Silva Anjos, João Pedro Ribeiro Torres e Raul Manuel Oliveira Di-nis. A tenacidade deste grupo de novos bombeiros foi várias ve-zes elogiada tendo em conta que, por vicissitudes vária, o seu estágio acabou por durar dois anos, muito para além do pre-visto e do que seria lógico.

Foram também atribuídas medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), por 5 anos, ao bombeiro de 3.ª Vitor Ramos, de 10 anos, ao bombeiro especialista João Carlos Basto, de 15 anos, aos bombeiros de 1.ª, Sílvio Vicente, Fábio Cerqueira e Henrique Frei-re, e ao bombeiro de 2.ª Nelson Bastos.

Procedeu-se também à entre-ga de medalhas de assiduidade da LBP, por 20 anos, ao bombei-ro de 1.ª David Gonçalves e à bombeira de 3.ª Ester Marques, e por 25 anos de dedicação aos subchefes, Pedro Fernandes e Rogério Coelho.

Na oportunidade, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, que presidiu à sessão solene, adiantou que está a ser ultimado um regula-mento municipal para a atribui-ção de diversas regalias aos vo-luntários e que tem vindo a ser elaborado em conjunto entre as associações e a autarquia.

Bernardino Soares justificou a medida como forma de “com-pensar uma pequena parte do muito que os bombeiros dão”.

A cerimónia contou também com as presenças, da presiden-te da Assembleia Municipal, Fernanda Santos, do represen-tante da LBP, Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lis-boa, comandante Pedro Araújo, pelo comandante distrital da Autoridade Nacional da Prote-

ção Civil (ANPC), do comandan-te operacional municipal, Joa-quim Vicente, acolhidos, pelo

presidente da assembleia-ge-ral, Manuel Barbosa, do presi-dente da direção, José Alfredo

Sequeira, do comandante Hen-rique Oliveira, e restantes ór-gãos sociais.

FANHÕES

Inaugurada ambulância de socorro

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31JUNHO 2017

ANIVERSÁRIOS2 de julhoBombeiros Voluntários de Alhandra . . . . . 117Bombeiros Voluntários de Carcavelos – S. Domingos Rana. . . . . . . . . . . . . . . . 106Bombeiros Voluntários de Riba de Ave . . . . 67Bombeiros Voluntários de Vila de Aves . . . . 404 de julhoBombeiros Voluntários de Gouveia . . . . . . 1135 de julhoBombeiros Voluntários de Linda-a-Pastora. 126Bombeiros Voluntários de Caneças . . . . . . . 406 de julhoBombeiros Voluntários de Penafiel . . . . . . 136Bombeiros Voluntários de São Pedro do Sul 1327 de julhoBombeiros Voluntários de Sobral de Monte Agraço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1048 de julhoBombeiros Voluntários de Benavente . . . . 132Bombeiros Voluntários de Alcoentre . . . . . . 819 de julhoBombeiros Voluntários de Alijó. . . . . . . . . . 8512 de julhoBombeiros Voluntários de Matosinhos Leça da Palmeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144Bombeiros Voluntários de Freamunde. . . . . 8613 de julhoBombeiros Voluntários de Estarreja . . . . . . 93Bombeiros Voluntários de Fajões . . . . . . . . 3515 de julhoBombeiros Voluntários de Santo Tirso. . . . 139Bombeiros Voluntários de Belas . . . . . . . . . 9218 de julhoBombeiros Voluntários de Cercal do Alentejo 42

Bombeiros Voluntários de Serpa . . . . . . . . 3819 de julhoBombeiros Voluntários de Vouzela . . . . . . 132Bombeiros Voluntários de Lamego . . . . . . 140Bombeiros Voluntários de Meda . . . . . . . . . 87Bombeiros Voluntários da Golegã. . . . . . . . 74Bombeiros Voluntários de Águas de Moura . 3722 de julhoBombeiros Voluntários de Madalena . . . . . . 37Bombeiros Voluntários de Serpins . . . . . . . 2423 de julhoBombeiros Voluntários Sul e Sueste, Barreiro. . . . . . . . . . . . . . . 12324 de julhoBombeiros Municipais de Viseu . . . . . . . . 190Bombeiros Voluntários de Lagos. . . . . . . . 131Bombeiros Voluntários de Santa Marta de Penaguião . . . . . . . . . . 3625 de julhoBombeiros Privativos Nestlé . . . . . . . . . . . 3226 de julhoBombeiros Voluntários de Bucelas . . . . . . 126Bombeiros Voluntários da Mealhada . . . . . . 9029 de julhoBombeiros Voluntários de Mougadouro . . . . 85Bombeiros Voluntários da Ilha do Corvo . . . 3030 de julhoBombeiros Voluntários de Mangualde . . . . . 88Bombeiros Voluntários de Brasfemes . . . . . 7831 de julhoBombeiros Municipais de Santarém . . . . . 187

Fonte: Base de Dados LBP

Os Bombeiros Voluntários de Cantanhede participaram

numa ação de sensibilização di-rigida a cerca de 90 alunos do Agrupamento de Escolas Gân-dara-Mar sobre os cuidados a ter na praia. Organizada a 5 de junho pela Associação de Mora-dores da Praia da Tocha, a ini-ciativa contou ainda com a par-ticipação da Capitania do Porto da Figueira da Foz, da Capitania do Porto da Figueira da Foz, da Polícia Marítima, da Guarda Nacional Republica-na, da Câmara Municipal de Cantanhede e da Junta de Freguesia da Tocha.

O programa da iniciativa incluiu uma palestra sobre os perigos e os cuidados a ter na praia, uma simulação de salvamento a náufragos (com recurso a mota de água) e um conjunto de exer-cícios de suporte básico de vida.

No final os cerca alunos do 7.º e 8.º anos mos-

traram-se muito satisfeitos com esta ação, re-pleta de “conselhos importantes, que contri-buem para que não façamos coisas erradas no verão”.

“Já não são crianças, são jovens e aventureiros como já fomos, pelo que é importante sensibilizá--los para não passarem por situações de aflição”, defendeu Pedro Lindim, presidente da Associação de Moradores da Praia da Tocha, que acredita que “esta faixa etária é muito sensível a estas ques-tões”.

PREVENÇÃO

Jovens aprendem cuidados a ter na praia

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No final do passado mês de maio, a convite da Asso-

ciação Náutica do Seixal, os Bombeiros e a Escola de In-fantes e Cadetes dos Bombei-ros Mistos do Concelho do

Seixal e seus familiares, rea-lizaram um passeio marítimo nos barcos dragões pela Baía do Seixal e Amora.

A atividade contou com cerca de 40 participantes,

que durante a manhã percor-reram conviveram ao mesmo tempo que treinaram o traba-lho em equipa “para poderem levar a embarcação a bom porto.”

SEIXAL

Bombeiros em atividade náutica

em junho de 1997

A 17 de junho um dos antigos Mestres Florestais dos ex-

tintos Serviços Florestais, Fer-nando Santos Pessoa, escreveu um artigo cheio de paixão, em que manifesta o perigo que se deu com tal extinção, pois dei-xou de haver cuidados que são indispensáveis nas florestas. Estes Mestres eram “fundamen-tais vigilantes das matas” e para além dos outros benefícios que prestavam tinham os vigi-lantes nas torres de vigia que alertavam os Bombeiros logo que viam um simples largar de fumos, e estes assim avisados

em tempo, acorriam a apagar os fogos nascentes, muito mais fáceis de apagar. E, nesse tem-po, era o que valia, pois não ha-via ainda os carros com água e os incêndios tinham de ser apa-gados à força de braços e cos-tas, com os velhos batedores de retalhos de mangueira.

Hoje os bombeiros são avisa-dos com os fogos já alastrados e, mesmo com os carros com

água, têm uma grande dificul-dade em os apagar.

Lá diz o Comandante Jaime Marta Soares que “o que muitos de nós andamos a dizer há dé-cadas: a montante destas tra-gédias está a falta de uma polí-tica florestal correta, de orde-namento, limpeza e vigilância das matas”.

Comandante AlegriaHonorário de Oliveira de Azeméis

Florestas

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Page 32: Foto: LUSA Pedrógão Grande FOGO ASSASSINO · O culto dos mortos No universo dos bombeiros, como é sabido, há um ver-dadeiro culto dos mortos. Culto muito positivo que associa

32 JUNHO 2017

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore – Praceta das Ordenações Afonsinas, 3-A – 2615-022 ALVERCA – Telef.: 21 145 1300 – web: http://www.quarkcore.pt – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal.

A Crónicado bombeiro Manel

É sempre assim por esta época do ano. Já estamos à espera. En-

quanto os bombeiros calcorreiam as serras a dar luta às chamas há figurões de quem ninguém ouve falar durante o resto do ano que parecem umas molas a sair das suas tocas de ar condicionado para dar palpites. E não calam a sua in-dignação por tudo o que se passa, exibem estudos e são useiros e ve-zeiros em dar prognósticos depois de tudo passado e conhecido.

Dizem muito daquilo para que ao

longo dos anos a própria Liga, as federações e as nossas associações e comandantes têm chamado a atenção e que os portugueses bem sabem. A floresta está desordena-da, mal cuidada, abandonada, muitas vezes não cuidam de acei-ros nem das limpezas em volta das casas. Estamos fartos de fazer alertas para isso, enquanto duram os fogos há outros que dizem o mesmo mas tememos mais uma vez, apesar dos mortos que lamen-tamos, que acabado o verão as coi-

sas voltem ao mesmo até para o ano.

Choramos também um dos nos-sos, o nosso camarada Gonçalo Conceição dos Bombeiros de Casta-nheira de Pera. Onde estiver será mais um a cuidar dos que por cá es-tão a continuar a lutar. Um abraço para todos os bombeiros de Casta-nheira de Pera, para todos os bom-beiros do país que lutaram contra o fogo durante tantos e tantos dias.

Um abraço muito especial para os feridos, o Rui, o Fernando, o

chefe Tomé, a Filipa. Obrigado ca-maradas pelo sacrifício, obrigado pela coragem na tentativa de sal-var os ocupantes da viatura. Vocês não olharam para trás, sabiam ao que se estavam a arriscar.

São os nossos heróis!Gostava de saber de onde saí-

ram nos últimos dias tantos coletes da proteção civil. Toda a gente tem um. Arranjarão um para mim? É que faço coleção.

[email protected]

Os especialistas fora das tocas

“A Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) em nome

de todas as associações e cor-pos de bombeiros vem agrade-cer aos portugueses todos os apoios diretos ou indiretos fa-cultados aos soldados da paz”, referiu o comunicado assinado pelo presidente da LBP, coman-dante Jaime Marta Soares, di-vulgado em 19 de junho últi-mo.

Tratavam-se de “apoios que

têm sido canalizados para os bombeiros que denodadamente combatem os incêndios flores-tais com especial referência para os ocorridos nos distritos de Leiria, Castelo Branco e Coimbra”.

“A expressão da solidarieda-de dos portugueses foi tão pronta e tão significativa que neste momento é possível con-cluir estarem satisfeitas as ne-cessidades que conduziram ao

apelo lançado pela LBP” referiu o comunicado, explicando que “por esse motivo solicitamos que suspendam próximas dádi-vas”.

“Fica o tributo do reconheci-mento da LBP para todos os portugueses, que foram muitos, que provaram mais uma vez se-rem exemplarmente solidários”, termina o comunicado assinado pelo comandante Jaime Marta Soares.

SOLIDARIEDADE

Tributo e reconhecimento aos portugueses

INCÊNDIOS FLORESTAIS

LBP enaltece e agradece esforço

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: Pau

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/EPA

Neste momento particularmente difícil em que choramos a morte de um dos nossos bombeiros, que se junta ao

universo de muitos outros que no passado também foram vítimas do seu esforço e abnegação;

Neste momento em que acompanhamos com preocupação outros bombeiros hospi-talizados, desejamos que rapidamente possam voltar restabelecidos ao seio das suas famílias e Associações;

Neste momento de Luto Nacional, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) não pode deixar de enaltecer e realçar o esfor-ço titânico desenvolvido pelas bombeiras e bombeiros de todo o país na luta contra as chamas, na defesa de pessoas e de bens.

Perante esta inquestionável realidade a LBP saúda e enaltece as Associações Hu-manitárias de Bombeiros Voluntários, en-quanto entidades detentoras dos corpos de

bombeiros, pela forma eficiente, solidária e digna como estão a apoiar as bombeiras e bombeiros que combatem em todas as frentes, na certeza do dever cumprido sob o lema “Vida por Vida”.

Estas Associações são, sem dúvida, exemplos claros e inequívocos da organi-zação e solidariedade da sociedade civil, no seio da qual continuam a demonstrar ser o expoente máximo dos valores do altruísmo e da solidariedade.

Apesar do comandamento das opera-ções não competir aos Bombeiros, os seus dirigentes, comando e corpo ativo têm ga-rantido exemplarmente as condições para a operacionalidade, colocando meios ao dispor, para o êxito da sua missão. É a con-jugação de todos esses fatores que torna possível a luta para debelar os enormes danos pessoais e materiais causados pelo fogo.

O Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), reu-

nido na sede da confederação, no pas-sado dia 29 de junho decidiu, por una-nimidade “apresentar ao congresso or-dinário, a realizar na cidade de Fafe, nos dias 26, 27 e 28 de outubro, candi-datura aos órgãos sociais para o qua-driénio 2018/2021”, bem como “man-datar o comandante Jaime Marta Soa-res, para elaborar a lista candidata”.

ÚLTIMA HORA

Recandidatura anunciada